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1 Preleções 2° Grau - Companheiro Maçom - Preleções – Rito York (Ritual de Emulação Praticado no GOMB) Trabalho Emulação Jan de 2011 da E V

Preleções - York GOMB - Companheiro Maçom

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Preleções

2° Grau - Companheiro Maçom -

Preleções – Rito York (Ritual de Emulação Praticado no GOMB)

Trabalho Emulação Jan de 2011 da E V

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Caráter de Autenticidade

O exemplar deste Ritual de Grau Simbólico de

Preleções do 2° Grau do Rito de York (Ritual de Emulação,

praticado no Grande Oriente Maçônico do Brasil – GOMB)

só será considerado autêntico quando, além do número de

ordem e do timbre do Grande Oriente Maçônico do Brasil –

GOMB, levar as rubricas do Grande Secretário de

Orientação Ritualística, e do Grande Secretário da Guarda

dos Selos.

N°________

___________________________________ João Sergio Leite de Miranda

Grande Secretário da Guarda dos Selos

___________________________________ Genisson Morais de Carvalho

Grande Secretário de Orientação Ritualística

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Este exemplar de Preleções do 2º Grau do RITO

DE YORK (Emulação) é destinado para uso pessoal do

Ir_____________________________________________

_______________________________, membro efetivo da

A R L S___________________________________

______________________________________ N° ______,

situada à ________________________________________

________________________________________________,

no Or _________________________________________,

Estado (UF) _______ CEP __________________, Passado

aos ______ dias do mês de ______________________, do

ano de __________, da E V, ao Grau de Companheiro

Maçom.

___________________________________ Venerável Mestre

___________________________________ Secretário

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Preleções – Rito York

(Ritual de Emulação Praticado no GOMB)

2° Grau

O Companheiro Maçom

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Índice

1ª Seção da Segunda Preleção ............................... 07

2ª Seção da Segunda Preleção ............................... 20

3ª Seção da Segunda Preleção ............................... 29

4ª Seção da Segunda Preleção ............................... 37

5ª Seção da Segunda Preleção ............................... 50

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1ª Seção da 2ª Preleção

V. M. Ir. .............., daríeis vossa colaboração para o trabalho da 1ª Seção da 2ª Preleção.

Ir. Eu ficarei ou darei o melhor de mim, V. M..

(dirige-se ao N. do pedestal do 1° Vig.; saúda o V. M. no grau em que a loja estiver aberta)

Perg. Onde passastes ao Grau de Companheiro? Resp. Numa Loja de Companheiros. Perg. Consistindo de Quantos? Resp. Cinco. Perg. Sob quais denominações? Resp. O V. M., seus dois VVig. e dois CComp.. Perg. Como fostes Passado? Resp. Fui submetido a um exame prévio em Loja

Aberta e recebi uma prova de mérito que conduz a este Grau.

Perg. E para onde fostes conduzido?

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Resp. A uma sala contígua à Loja de Companheiros para ser preparado.

Perg. Como fostes preparado? Resp. De uma maneira muito semelhante à anterior,

salvo que, neste grau, não me v. os o., desnudaram meu b. e., pt. e. e j. d. e meu p. e. foi c. um c..

Perg. O que habilitou a ser admitido numa Loj. de

Comp.? Resp. A proteção de Deus, o auxílio do E. e a

vantagem de uma P. de P.. Perg. Como fostes admitido? Resp. Pelas bbat. de Ap.. Perg. Em qual instrumento fostes admitido? Resp. No E.. Perg. O que é um E.? Resp. Um ângulo de noventa graus ou a quarta parte

de um círculo. Perg. Quais são os objetivos peculiares de pesquisa

neste Grau?

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Resp. Os mistérios ocultos da natureza e da ciência. Perg. Quando admitido na Loja, onde fostes

colocado? Resp. Fui conduzido entre os DD. e colocado à

esquerda do 1° Vig., e orientado a avançar como Maçom.

Perg. E o que foi solicitado então? Resp. Que eu me aj. para receber o benefício de uma

prece Maçônica. Perg. É o que vos solicito que façais agora. V. M. (dá !, seguido pelos IIr. VVig..) Todos (Levantam-se e fazem o Sn. de R.) Resp. Suplicamos a continuidade de Teu auxílio. Oh!

Senhor Misericordioso, em nosso favor e deste que se aj. diante de Ti; possa o trabalho iniciado em Teu nome, ser continuado para a Tua Gloria e para sempre estabelecido entre nós em obediência aos Teus preceitos ( A prece é feita pelo V.M.).

Todos Que assim seja.

(baixam o Sn. de R., e sentam-se).

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Perg. Como fostes orientado após a prece? Resp. Fui conduzido duas vezes ao redor da Loja. Perg. O que foi solicitado na primeira perambulação? Resp. Saudar o V. M. como Maçom, aproximar-me do

2° Vig. como tal mostrando o Sn. e comunicando o T. de P.

Perg. Para que tiveram sua atenção orientada? Resp. Para mim, que fora regularmente iniciado na

Maçonaria e que iria passar diante deles para mostrar que era um Candidato devidamente preparado para ser Passado ao Grau de Companheiro.

Perg. O que vos foi solicitado na segunda

perambulação? Resp. Saudar o V. M. e o 2° Vig. como Maçom,

aproximar-me do 1° Vig. como tal, mostrando o Sn. e comunicando o T. de P. e a P. de P. que conduzem do Primeiro ao Segundo Grau.

Perg. Como procedeu, o 1° Vig.? Resp. Apresentou-me ao V. M. como Candidato

devidamente preparado para ser passado ao Segundo Grau.

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Perg. O que o V. M. ordenou? Resp. Que o 1° Vig. ordenasse ao 1° D. a instruir-me

para que me dirigisse ao Oriente na devida forma. Perg. Solicito-vos mostrar o método de avançar do

Oc. para o Or. neste Grau. Resp. (Isto é feito, dirigindo-se ao Or. e avançando

como se subindo por uma escada em caracol. Após o que retorna ao seu lugar).

Perg. Como o V. M. se pronunciou quando fostes

colocado em frente ao mesmo, no Or.? Resp. Na Maçonaria, cada Grau deve ser mantido

exclusiva e separadamente, portanto um outro J. em muitos aspectos similar ao anterior vos será exigido agora. Quereis prestá-lo?

Perg. O que o V. M. vos solicitou a seguir? Resp. Que eu me aj. sobre o j. d.; que meu p. e.

formasse um E.; que eu colocasse minha m. d. sobre o L. das SS. EE., enquanto meu b. e. era sustentado no ângulo do E..

Perg. Nesta posição o que fizestes? Resp. Prestei um solene J. de Companheiro.

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Todos (Levantam-se com Sn de F.) Perg. Eu, . . . . ., (nome completo) na presença do G.

G. D. U. e perante esta digna e venerável Loja de Comp. Maç., regularmente constituída, reunida, e devidamente consagrada, de minha livre e espontânea vontade, por e sobre este L. solenemente prometo e juro que sempre guardarei, ocultarei, e nunca indevidamente revelarei quaisquer dos SS. ou MM. de ou pertencentes ao Segundo Grau da Maç., denominado Grau de C., àquele que seja somente um Ap., como tão pouco divulgarei quaisquer deles a pessoas profanas, que não sejam Maçons. Ainda mais prometo solenemente juro ainda agir como um verdadeiro e fiel Companheiro, responder a SSn., atender às convocações e manter os princípios estabelecidos no grau anterior. Estes diversos pontos eu juro solenemente e prometo observar sem evasivas, subterfúgios ou restrição mental de qualquer natureza. Assim me ajude D. Onipotente e me conserve firme neste meu solene J. de um C. Maç..

Todos (baixam o Sn e sentam-se). Perg. O que o V. M. vos solicitou após terdes

prestado o Solene J. de Companheiro? Resp. Que, como penhor de minha fidelidade e para

tornar solene o J. que de outra forma poderia ser considerado apenas como uma séria promessa, que

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eu o selasse com meus lábios duas vezes sobre o L. das SS. EE..

Perg. O que ele vos informou a seguir? Resp. O vosso progresso na Maçonaria é assinalado

pela posição do E. e do C.. Quando fostes feito Aprendiz, ambas as pontas estavam ocultas; neste Grau, uma está exposta, significando que agora estais a meio caminho na Maçonaria, superior a um Aprendiz mas inferior àquele que no futuro, espero, atingireis.

Perg. Como procedeu então o V. M.? Resp. Ele tomou a minha mão direita e disse:

“Levantai, recém juramentado Companheiro Maçom”.

Perg. O que ele vos disse depois? Resp. Tendo Prestado o solene J. de Companheiro,

vou confiar-lhe os ss. do Grau. Portanto, deveis dirigir-vos a mim como na vossa iniciação.

Perg. O que o V. M. vos solicitou, então? Resp. A dar um outro passo curto na sua direção com

meu p. e., colocando o c. do p. d. na concavidade do p. e. como antes. Este, me informou ele, ser o

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segundo p. r. na Maçonaria e é nesta posição que são comunicados os ss. do Grau.

Perg. De que consistem esses ss.? Resp. Como no precedente consistem de SSn. TT. e

PP., com diferença de que neste Grau o Sn. é de natureza tríplice.

Perg. Eu vos solicito a fazer a primeira parte do Sn.

tríplice? Resp. (Faz-se o SN) Perg. O que é isto? Resp. O Sn. de F., emblematicamente para proteger o

repositório de meus ss. contra ataques dos insidiosos.

Perg. A Segunda parte? Resp. (Faz-se o Sn.) Perg. O que é isto? Resp. O Sn. de Saudação ou de Perseverança. Perg. Quando teve sua origem?

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Resp. Na ocasião em que Josué travava as batalhas do Senhor. Nesta posição orava fervorosamente ao Onipotente para manter a Luz do dia, permitindo-lhe completar a derrota de seus inimigos.

Perg. A terceira parte Resp. (Faz-se o Sn.) Perg. O que é isto? Resp. O Sn. de Pe.. Perg. A que alude? Resp. A penalidade simbólica, outrora incluída no J.

deste Grau, significando que, como homem honrado, um Companheiro Maçom preferia ter o c. a. de seu p. (o V. M. mostra e o interlocutor imita), a indevidamente revelar os ss. a ele confiados. A penalidade completa era ter o c. a. do p. e dado às aves de rapina ou para as feras predadoras, como presa.

Perg. Comunicai o T. ao irmão .....? Resp. (O que é feito) Perg. Esta correto?

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Resp. (Pelo Irmão que recebeu o T., com o Sn. do Grau em que a L. está aberta) Está V. M..

Perg. O que exige ele? Resp. Uma palavra. Perg. Dai-me esta palavra. Resp. Neste Grau, como no anterior, ensinaram-me a

ser cauteloso eu a soletrarei ou dividirei convosco. Perg. Como quiserdes começai. Resp. (Neste ponto a palavra é dividida). Perg. De onde deriva esta palavra? Resp. Da c. do lado d. do p. ou e. do T. do R. S.,

assim chamada em recordação de J., o Assist. do S. Sacerdote que oficiou a sua dedicação.

Perg. Qual o significado desta palavra? Resp. Estabelecer Perg. E quando reunida a do Grau anterior? Resp. Estabilidade, pois Deus disse: “Em solidez Eu

estabelecerei esta Minha Casa para ficar firme para sempre”.

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Perg. Tendo sido juramentado e recebido os ss., fostes investido?

Resp. Sim, fui investido com o Avental de um

Companheiro Maçom, para marcar o progresso feito por mim na ciência, segundo informou-me o 1° Vig.

Perg. Solicito repetir as palavras então proferidas pelo

V. M.. Resp. Deixai-me acrescentar ao que foi dito pelo 1°

Vig. que a insígnia com a qual fostes agora investido, indica que como Companheiro, se espera que façais das Artes e Ciências Liberais o vosso futuro estudo para que melhor possais desempenhar os vossos deveres como maçom, e melhor avaliar as maravilhosas obras do Onipotente.

Perg. Onde fostes colocado a seguir? Resp. Na parte SE. da Loja. Perg. Solicito-vos repetir a exortação. Resp. Sendo a Maçonaria uma ciência progressista,

quando iniciado Aprendiz fostes colocado na parte NE. da Loja, para indicar terdes sido admitido recentemente, estais agora sendo colocado na parte SE., para assinalar o progresso que fizestes na Ciência. Personificando agora um Companheiro

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Maçom, justo e reto, e eu vos aconselho, com empenho, a sempre prosseguirdes agindo como tal; e como espero que o teor da última preleção não está e nem nunca estará apagando de vossa memória, contento-me em observar que, como no Grau anterior, tomastes conhecimento dos princípios da verdade moral e da virtude. Tendes agora permissão para entenderdes as vossas pesquisas aos Mistérios ocultos da Natureza da Ciência.

Perg. A seguir o que o V. M. vos apresentou? Resp. Os instrumentos de um companheiro Maçom,

que são: o E. o Ni. e o Pr.. Perg. Para que servem? Resp. O E. serve para verificar e ajustar os cantos

retangulares dos edifícios, e auxiliar a dar forma apropriada à matéria bruta; O Ni., para fazer nivelamento e provar as horizontais; e o Pr., para ajustar e testar verticais, ao serem colocadas em suas bases.

Perg. Como não somos Maçons operativos, mas sim

livres e aceitos, ou especulativos, como aplicamos esses instrumentos à nossa moral?

Resp. Neste sentido o E. ensina a moralidade, o Ni. a

igualdade e o Pr. correção e retidão na vida e nas

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ações. Assim, por esquadria na conduta, passos nivelados e intenções retas, esperamos ascender às mansões imortais de onde emana toda bondade.

Perg. Qual a permissão que vos foi dada? Resp. A de retirar-me para retomar o meu conforto

pessoal. O V. M. informou-me que meu regresso à Loja, solicitaria a minha atenção para a explanação da Tábua de Delinear.

P. M. I. IIr., aqui termina a 1ª Seção da Segunda

Preleção, e a EXORTAÇÃO é: “À todos os Companheiros Maçons justos e perfeitos”. V. M. À Ordem IIr.! Todos (sentados, Peito, Mão e Avental, 5 vezes) V. M. Obrigado Ir. .......... Resp. (Faz o Sn. e volta ao seu lugar)

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2ª Seção da 2ª Preleção V. M. Ir. .............., daríeis vossa colaboração para o

trabalho da 2ª Seção da 2ª Preleção. Ir. Eu ficarei ou darei o melhor de mim, V. M..

(dirige-se ao N. do pedestal do 1° Vig.; saúda o V. M. no grau em que a loja estiver aberta)

Perg. Por que fostes passado para o Grau de

Companheiro? Resp. Para benefício da Geometria ou a Quinta

ciência, sobre a qual está fundamentada a Maçonaria.

Perg. O que é Geometria? Resp. É a ciência pela qual evidenciamos o conteúdo

de corpos não mensurados, por sua comparação com outros já medidos.

Perg. Quais são seus principais tópicos? Resp. Grandeza e Extensão ou a progressão normal

da ciência, de um ponto para uma linha, da linha para uma superfície e desta para um sólido.

Perg. O que é um ponto?

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Resp. O começo da matéria geométrica. Perg. O que é uma linha? Resp. A continuação do ponto. Perg. O que é uma superfície? Resp. É o comprimento e a largura, sem uma

determinada espessura. Perg. O que é um sólido? Resp. É o comprimento e a largura com uma certa

espessura, que forma um cubo e compreende o todo.

Perg. Onde a Geometria foi considerada como

ciência? Resp. Em Alexandria, no Egito. Perg. Qual a razão dela Ter nascido ali? Resp. As inundações anuais do Rio Nilo obrigavam os

habitantes de suas margens a procurar refúgio nas partes mais altas e montanhosas do país, retomando às suas habitações assim que as águas baixavam. Freqüentemente essas inundações destruíam ou deslocavam os marcos de identificação das terras (Landmarks), causando

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sérias disputas entre eles e que, não raro, redundavam em guerra civil. Tomando conhecimento da existência de uma Loja Maçônica em Alexandria, capital de seu país, presidida por Euclides, os habitantes enviaram uma delegação ao mesmo, informando-o sobre os seus problemas. Este com ajuda de seus Vigilantes e demais Irmãos, reuniram os elementos dispersos da Geometria, assinalando e ordenando-os em um sistema regular, tal como praticado então pelas demais nações e que, atualmente, é ampliada com o uso de flexões, seções cônicas e outros melhoramentos. Pela ciência da Geometria, ele ensinou aos egípcios a medir e determinar os diferentes distritos de suas terras, pondo fim às suas disputas e resolvendo amigavelmente as suas diferenças.

Perg. Eu vos solicito mencionar as vantagens morais

da Geometria? Resp. A Geometria é a primeira e mais nobre das

ciências e é a base sobre a qual a estrutura da Maçonaria está erigida. Com a geometria podemos acompanhar cuidadosamente a natureza por meio de suas várias ramificações até aos seus mais profundos recantos. Com ela podemos discernir o poder, a sabedoria e a bondade do Grande Geômetra do Universo e visualizar, com grande admiração, as belas proporções que ligam e embelezam este vasto sistema. É com ela que podemos descobrir como os planetas se movem em

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suas órbitas e demonstrar matematicamente suas revoluções. Ainda, a prever racionalmente as estações do ano e a variedade de cenários que cada uma proporciona aos nossos olhos. Temos um número infinito de mundos à nossa volta, todos formados pelo mesmo artista Divino e que orbitam no espaço imensos, regidos pela mesma invariável lei da natureza. Atentando para esses elementos é que nos damos conta de quanto devemos nos aperfeiçoar e da grandeza das idéias que devem permear nossas mentes. Foi a pesquisa da natureza e uma observação das suas admiráveis proporções que induziram os homens a imitar o plano Divino e a estudar simetria e ordem. Daí surgiu a sociedade e foram geradas todas as artes úteis. O arquiteto começou a desenhar, e os projetos que concebeu, aperfeiçoados no tempo e pela experiência, geraram algumas das excelentes obras que tem sido alvo de admiração em todos os tempos.

Perg. Já viajastes? Resp. Os meus antepassados viajaram. Perg. Para onde? Resp. Tanto ao Oriente quanto ao Ocidente. Perg. Qual foi o motivo da viagem?

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Resp. Eles viajaram ao Oriente em busca de instrução e ao Ocidente para propagar o conhecimento que haviam adquirido.

Perg. Já trabalhastes? Resp. Meus antigos Irmão o fizeram. Perg. Onde eles trabalhavam? Resp. Na construção do Templo do Rei Salomão e

muitos outros edifícios majestosos. Perg. Se eles trabalharam, presumo que tenham

recebido salários? Por quanto tempo? Resp. Seis dias ou menos. Perg. Por que não no sétimo dia? Resp. Porque o Onipotente levou seis dias na criação

dos Céus e da Terra, com todas as coisas que continham, descansando no Sétimo.

Perg. Esta é uma bela ilustração dos seis períodos da

Criação e que vos solicito relatar; Resp. Ao considerarmos que a formação do mundo foi

obra daquele ser Onipotente que criou este admirável sistema do Universo, mantendo toda a natureza sob Seu cuidado e proteção, devemos

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magnificar e adotar o Seu Santo nome por Sua infinita sabedoria, bondade e misericórdia aos filhos dos homens. Antes que aprouvesse ao Onipotente colocar em existência esta imensidão, os elementos e materiais da Criação estavam aglomerados sem forma ou distinção. As trevas cobriam o Oceano quando o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E, como exemplo aos homens de que as coisas do momento devem ser feitas com real deliberação, Ele levou seis dias para transformar o caos em perfeição. O primeiro momento do Seu poder supremo foi manifesto ao ordenar que fosse feita a Luz. E, satisfazendo-se com o resultado de Sua divina bondade, Ele deu a Sua Santa aprovação dando-lhe um nome: à luz Ele chamou “dia” e às trevas Ele chamou “noite”.

Para manter este recém formado material dentro dos limites justos, Ele ocupou o segundo período na formação dos Céus, que Ele chamou de firmamento, destinado a conter as águas dentro das nuvens, separadas das que estavam debaixo do firmamento.

O terceiro período foi empregado em ordenar que as águas abaixo do firmamento se juntassem num só lugar, fazendo aparecer o solo firme, a que Ele chamou “Terra” e ao ajuntamento das águas, “Mar”. Ao ver que a Terra ainda era irregular e sem cultivo, Deus ordenou e imediatamente ela foi coberta de um tapete de grama para servir de pastagem à

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criação rude; a isso se seguiram as ervas, plantas, flores, arbustos e árvores de todos os tipos, para dar frutos e sementes maduras e perfeitas.

No quarto período foram criados dois grandes luminares, o Sol e a Lua, um para regular o dia e o outro para governar a noite. Nos informa ainda o historiador sagrado, que eles foram destinados para orientar, assinalar estações, os dias e os anos. Além do Sol e da Lua, aprouve ao Onipotente enfeitar o côncavo etéreo com uma imensidão de Estrelas para que o homem, que ele pretendia fazer, pudesse contemplá-lo e admirar a majestade e a glória de Seu criador. No quinto período Ele criou as aves para alegrar os olhos e ouvidos do homem, deliciando-se com a bela plumagem e raros instintos de umas e o canto melodioso de outras. Ao mesmo tempo Ele encheu as águas com uma grande variedade de peixes e, para impressionar o homem e fazê-lo reverenciar a Sua divina Onipotência, Ele criou as grandes baleias e outros habitantes das profundezas, fazendo-os multiplicar e crescer segundo as suas espécies.

No sexto período Ele criou os animais selvagens e os répteis que rastejam no solo. E aqui podemos perceber claramente a sabedoria e bondade no Onipotente, manifesta em todas as Suas obras, produzindo todos os efeitos desejados sem a ajuda

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de causas naturais, tais como dar luz ao mundo antes de criar o Sol e fazendo a Terra tomar-se frutífera sem influência dos Corpos Celestes. Ele não criou os animais selvagens sem antes prover pastagens suficientes para seu sustento e não criou o homem antes que Ele tivesse completado o restante de Suas obras, dando-lhe uma morada para conforto e prazer. Então, para ainda mais dignificar o trabalho de Suas mãos, Ele criou o homem, que veio ao mundo com maior esplendor do que qualquer outra criatura que o precedeu; todos passaram a existir por nada mais que uma simples ordem - Deus falou e estava feito -, com exceção do homem, para cuja formação houve consenso. Deus disse expressamente: façamos o homem e este foi formado do pó da terra, recebeu o sopro divino nas narinas e tornou-se um ser vivo. E nesta criatura foi concentrado tudo o que havia de melhor em toda a criação: a qualidade ou substância de animal, a vida das plantas, o sentido das feras e acima de tudo, a compreensão dos Anjos. Sendo a imagem de Deus com a retidão do corpo e juntando assim, a integridade e a retidão que deliberadamente o agraciou com a faculdade de fala enriquecendo-o com aquele nobre instinto chamado razão.

O Onipotente, em Seu último e melhor presente ao homem, criou a mulher. Suas mãos criadoras fizeram crescer uma criatura, parecida ao homem mas com o sexo diferente e tão atraente que se

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sobressaía a tudo o que antes parecia belo no mundo. Ela chegou, trazida por seu divino Criador, embora invisível, guiada por Sua voz, adornada com tudo que a Terra ou o Céu pudesse conferir para fazê-la graciosa; havia graças em seus passos, o Céu no seu olhar, dignidade e amor em cada gesto. Tendo Deus terminado seu trabalho no sexto período, no sétimo Ele descansou de seu labor; por isso Ele santificou, abençoou e agraciou o sétimo dia, deixando aos homens uma lição útil - a trabalhar seis dias diligentemente no sustento de suas famílias ordenando estritamente a descansar no sétimo, para melhor contemplar os trabalhos da criação e adorar o seu Criador; a entrar em Seu Santuário para agradecer pela sua preservação, bem-estar e todas as outras bênçãos recebidas de Suas mãos.

P. M. I. IIr., aqui termina a 2ª Seção da Segunda

Preleção: a EXORTAÇÃO é: “Que a lembrança dos seis períodos da Criação estimule aos Companheiros a ações grandiosas”. V. M. À Ordem IIr.! Todos (sentados, Peito, Mão e Avental, 5 vezes) V. M. Obrigado Ir. .......... Resp. (Faz o Sn. e volta ao seu lugar)

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3ª Seção da 2ª Preleção V. M. Ir. .............., daríeis vossa colaboração para o

trabalho da 3ª Seção da 2ª Preleção. Ir. Eu ficarei ou darei o melhor de mim, V. M..

(dirige-se ao N. do pedestal do 1° Vig.; saúda o V. M. no grau em que a loja estiver aberta)

Perg. Quais os nomes das duas grandes Colunas do

pórtico ou entrada do Templo do Rei Salomão? Resp. A da esquerda era chamada B..., e a da direita

J.... Perg. Quais são os seus significados: separados e

unidas? Resp. A primeira significa E...F... e a outra Est..., pois

Deus disse, “Em .......... Eu .............. esta Minha Casa para ficar firme para sempre”.

Perg. Qual era a altura dessas Colunas? Resp. Dezesseis côvados e meio, cada uma. Perg. E a sua circunferência? Resp. Doze côvados.

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Perg. Qual o seu diâmetro? Resp. Quatro côvados. Perg. Foram fundidas, ocas ou sólidas? Resp. Ocas. Perg. Por que foram feitas ocas? Resp. Para melhor servirem como arquivo para a

Maçonaria, pois nelas foram depositados os documentos constitucionais.

Perg. Sendo ocas, qual era a espessura da parede

externa? Resp. Quatro polegadas ou a largura da mão. Perg. De que foram feitas? Resp. De bronze fundido. Perg. E onde foram fundidas? Resp. Na planície da Jordânia, no terreno argiloso

entre Zucot e Seredatá, onde o Rei Salomão mandou fundir estes e todos os seus vasos sagrados.

Perg. Quem foi o superintendente da fundição?

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Resp. Hiram Abiff. Perg. Como essas Colunas foram adornadas? Resp. Com dois capitéis. Perg. Qual era a altura desses capitéis? Resp. Cada um com cinco côvados de altura. Perg. Como foram enriquecidas? Resp. Com uma rede de malha, lírios e romãs. Perg. O que significam a rede de malha, os lírios e as

romãs? Resp. A rede, pela conexão de suas malhas significa

união; os lírios pela sua alvura, paz e as romãs, pela exuberância de suas sementes, abundância.

Perg. Quantas fileiras de romãs foram colocadas em

cada capitel e quantas em cada fileira? Resp. Duas fileiras de romãs em cada capitel e cem

em cada fileira. Perg. Com que mais foram adornadas? Resp. Com duas esferas.

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Perg. O que estava delineado nestas esferas? Resp. Os mapas dos Globos, Celestial e Terrestre. Perg. A que alude isso? Resp. Alude a Maçonaria Universal. Perg. Quando foram consideradas prontas? Resp. Quando a rede de malhas ou dossel foi

estendida sobre elas. Perg. Onde o Rei Salomão mandou erguê-las? Resp. Na entrada do Templo, como recordação aos

filhos de Israel, daquela milagrosa coluna de fogo e nuvem que teve dois efeitos maravilhosos: o fogo iluminou os israelitas durante a sua fuga da escravidão egípcia e a nuvem produziu escuridão para o Faraó e seus seguidores quando tentaram alcançá-las. O Rei Salomão ordenou que fossem erguidas na entrada do Templo por ser mais próprio e visível. Assim, quando os filhos de Israel fossem ou voltassem de sua adoração divina, tivessem diante de seus olhos a lembrança da feliz libertação de seus antepassados.

Perg. Onde os nossos antigos Irmãos recebiam seus

salários?

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Resp. Na câmara do meio do Templo do Rei Salomão. Perg. Como chegavam lá? Resp. Pelo pórtico ou entrada do lado Sul. Perg. Após entrar pelo pórtico, aonde eles

chegavam? Resp. Ao pé da escada em caracol que conduzia à

câmara do meio. Perg. Quem impedia a sua subida? Resp. O Segundo Vigilante. Perg. O que ele pedia aos antigos Irmãos? Resp. O T. de P. e a P. de P. que conduzem do

Primeiro ao Segundo Grau. Perg. Comunicai o T. de P. ao Irmão ........ Resp. (o que é feito) Perg. Esta correto? Resp. (Pelo Irmão a quem foi comunicado; com Sn.

do Grau em que a Loja estiver aberta) Sim Mestre. Perg. O que exige ele?

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Resp. Uma P. de P.. Perg. Dai-me essa P. de P.? Resp. (o que é feito) Perg. Qual seu significado? Resp. A...........a. Perg. Como é representada em nossa Lojas? Resp. Por uma espiga de trigo junto a uma queda

d'água. Perg. Quando essa palavra teve sua origem? Resp. A palavra A...........a teve sua origem na ocasião

em que um exército de Efraimitas atravessou o Rio Jordão, em atitude agressiva contra Jeffé, o renomado general Galaadita. O motivo que eles deram para essa visita hostil, foi a de não terem sido chamados a participar das honras da guerra Amonita. Mas, o seu verdadeiro objetivo era o de participar dos ricos despojos com que Jeffé e seu exército estavam então carregados em conseqüência daquela guerra. Os Efraimitas sempre foram considerados um povo turbulento, mas naquela ocasião, mostraram-se claramente violentos e após graves insultos contra os Galaaditas em geral, ameaçaram destruir seu

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vitorioso comandante e sua casa pelo fogo. Jeffé, por seu lado, tentou apaziguá-los por meios brandos, mas sendo ineficazes, recorreu a métodos mais rigorosos. Mobilizou seu exército, deu combate aos Efraimitas, derrotando-os e pondo-os em fuga; e para tornar decisiva a sua vitória e resguardar-se de incômodos semelhantes no futuro, ele enviou destacamentos de seu exército para guarnecerem as passagens do Rio Jordão, por onde sabia que os rebeldes seriam obrigados a passar ao tentarem regressar à sua terra natal. Deu ordens terminantes para que, se qualquer fugitivo viesse por aquele caminho declarando-se efraimita, fosse imediatamente abatido. Mas, se titubeasse ou negasse, lhe fosse solicitado pronunciar uma palavra de teste: a palavra S.............h. Por um defeito de aspiração peculiar ao seu dialeto, eles não podiam pronunciá-la corretamente, e diziam “Z..........é”. Essa pequena variação denunciava sua origem e lhes custava a vida. As escrituras nos informam que naquele dia tombaram, no campo de batalha e nas margens do Rio Jordão, quarenta e dois mil efraimitas. E como S................h era então uma palavra de prova para distinguir amigos de inimigos, o Rei Salomão resolveu adotá-la como uma palavra de passe numa Loja de Companheiros para evitar que qualquer pessoa não qualificada subisse a escada em caracol que conduzia à câmara do meio do Templo.

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P. M. I. IIr., aqui termina a 3ª Seção da Segunda Preleção: a EXORTAÇÃO é:

“Que a Paz, a Abundância e a União reinem sempre entre os Companheiros”. V. M. À Ordem IIr.! Todos (sentados, Peito, Mão e Avental, 5 vezes) V. M. Obrigado Ir. .......... Resp. (Faz o Sn. e volta ao seu lugar)

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4ª Seção da 2ª Preleção V. M. Ir. .............., daríeis vossa colaboração para o

trabalho da 4ª Seção da 2ª Preleção. Ir. Eu ficarei ou darei o melhor de mim, V. M..

(dirige-se ao N. do pedestal do 1° Vig.; saúda o V. M. no grau em que a loja estiver aberta)

Perg. O que o Segundo Vigilante dizia depois que os

nossos antigos Irmãos davam essas provas convincentes?

Resp. Passai, J........ Perg. Para onde se dirigiam depois? Resp. Eles subiam a escada em caracol. Perg. De quantos degraus consistia ela? Resp. De três, cinco, sete ou mais. Perg. Porque três? Resp. Porque três governam a Loja. Perg. Por que cinco?

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Resp. Cinco constituem uma Loja. Perg. E por que sete ou mais? Resp. Porque sete ou mais a tornam perfeita. Perg. Quais são as três que governam a Loja? Resp. O Mestre e seus dois Vigilantes. Perg. Quais são as Cinco que constituem uma Loja? Resp. O Mestre, dois Vigilantes e dois Companheiros. Perg. E quem são os sete que a tornam perfeita? Resp. Dois aprendizes reunidos aos cinco anteriores. Perg. Por que três governam a Loja? Resp. Porque somente três Grão-Mestres chefiaram e

orientaram na construção do Templo de Jerusalém, a saber: Salomão, Rei de Israel, Hiram Rei de Tiro, e Hiram Habiff.

Perg. Por que cinco constituem uma Loja? Resp. Em alusão às cinco nobre ordens da

Arquitetura, denominadas: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita.

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Perg. Eu vos solicito dissertar sobre a origem dessas ordens.

Resp. Nada existe de mais notável na história do

homem do que a Maçonaria e a civilização caminhando lado a lado como irmãs gêmeas. As Ordens da Arquitetura marcam o seu progresso e desenvolvimento. Antes que a Maçonaria tivesse lançado seu plano e ampliado seus limites, os dias eram sombrios, tristonhos e sem conforto. Os homens no uso pleno da sua liberdade incontrolada, mutuamente temerosos e ofendendo-se uns aos outros, refugiavam-se no meio das florestas ou em grutas e cavernas. Foi nesses esconderijos pobres e de sombria solidão que a Maçonaria os encontrou e o Grande Geômetra do Universo penalizado pela sua desolada condição, instruiu-os a construírem cabanas para seu descanso, defesa e conforto. É fácil imaginar que naquele estágio inicial da sociedade a genialidade pouco se expandiu. Os primeiros esforços foram pequenos e de estruturas simples e rudes. Nada além de alguns troncos juntados no topo em forma de cone, entrelaçados com ramos e, para completar a obra, cobertos de barro para proteção contra ventos.

Podemos supor que nesse estágio cada um desejava fazer sua habitação mais adequada do que a do vizinho, sempre melhorando o que já havia sido feito antes. Assim, ao longo do tempo, a

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observação e a sagacidade natural inerente até as mentes menos desenvolvidas, levou-os a considerar as inconveniências das habitações redondas e procurando fazer outras mais convenientes e espaçosas, de forma quadrada. Colocaram troncos de árvores perpendiculares ao solo para formar os lados, preenchendo seus espaços com ramos, firmemente entrelaçados e cobertos com argila. Vigas horizontais foram colocadas sobre os troncos verticais que, amarrados com firmeza nos ângulos, mantinham firmes os lados. Serviam para suportar a cobertura composta de travessas sobre as quais eram colocadas camadas de ramos, folhas e argila. Por mais deselegantes e rudes que fossem, essas construções tiveram um efeito salutar: pela agregação dos Homens abriram o caminho para novos aperfeiçoamentos das artes e da civilização - os materiais mais duros serão polidos com o atrito e as maneiras mais rudes pelo companheirismo e miscigenação. Em estágios, a humanidade se desenvolveu na arte de construir e inventou métodos para tornar as suas cabanas mais duráveis, bonitas e cômodas. Removeram os nós e saliências dos troncos que formavam os lados das construções, elevaram-nas sobre pedras para afastá-las do solo e da umidade, cobrindo-as com pedras finas e planos como telhas para proteção contra as chuvas. Os espaços entre as extremidades das travessas foram fechados com argila e a outras substâncias e o acabamento com

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tábuas em forma de beiral. A forma dos telhados também sofreu alteração, pois sendo planos, eram inadequados para suportar as águas que caiam em abundância nas estações chuvosas. Por isso, levantaram os telhados no meio, em duas águas, colocando esteios nas travessas para suportar o peso da argila e outros materiais que compunham a cobertura.

As ordens da Arquitetura tiveram a sua origem nessas formas simples. Quando os homens começavam a erigir edificações de pedra, mais sólidas e imponentes, abandonando as construções de madeira, imitaram as partes que a necessidade havia introduzido em suas cabanas primitivas e adaptando-as aos seus Templos. De simples e rudes a princípio foram ao longo do tempo sendo modeladas e melhoradas pela engenhosidade dos arquitetos e, a tal grau de perfeição em seus diferentes modelos, que cada uma foi denominada “Ordem” em razão de sua eminência.

Das Ordens, três são de origem grega, e chamadas de Ordens Gregas. São conhecidas por: Dórica, Jônica e Coríntia, exibindo três características de composição, sugeridas pela diversidade de formas da natureza humana. As outras duas são de origem italiana e são referidas por Ordens Romanas, distinguindo-se pelos nomes de Toscana e Compósita.

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A Ordem Toscana é a mais simples e robusta, constando em primeiro lugar na lista das cinco Ordens da Arquitetura, em razão de sua forma simples e despojada. A altura de sua coluna equivale a sete vezes o seu diâmetro. Sua base, capitel e entablamento não apresentam outros ornamentos além de algumas ranhuras e aneletes, e por isto, tem sido comparada a um robusto trabalhador, vestido com roupas caseiras.

Esta Ordem nada mais é do que a Dórica simplificada, destituída de seus ornamentos, para atender a certas finalidades e adaptadas pelos habitantes da região da Toscana, na Itália, que eram uma colônia dos Dóricos. Mas, na sua simplicidade há uma beleza peculiar que a valoriza e a torna adequada na aplicação em estruturas nas quais as Ordens mais elaboradas poderão parecer supérfluas.

A Dórica é a primeira das Ordens Gregas e consta em segundo lugar entre as cinco Ordens da Arquitetura. Sua coluna, de proporções mais modernas tem oito vezes o diâmetro de altura. Não possui outros ornamentos além das molduras em sua base ou capitel. O seu friso se distingue por tríglifos e métopas e sua cornija por um bloco que se projeta da estrutura. Sendo a mais primitiva de todas as ordens, mostra mais do que as outras o estilo das cabanas primitivas. Os tríglifos no seu friso representam as pontas das travessas e os

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blocos que projetam na cornija, as vigas. Sua composição é nobre e grandiosa. Sua forma inspirada no modelo musculoso de um homem adulto rejeita ornamentos refinados em sua solidez característica. Desponta pela regularidade de suas proporções e sua aplicação é adequada em estruturas sóbrias, em que se requer resistência e simplicidade. Naquela era, embora as construções tivessem sido calculadas admiravelmente para a solidez e conveniência, lhes faltava algo em graça e elegância, suprida pela contínua observação do sexo fraco, pois os olhos atentos à simetria devem se conscientizar da beleza e elegância das mulheres. Isso deu origem à Ordem Jônica. A altura de sua coluna equivale a nove vezes o diâmetro; seu capitel é adornado com volutas e sua cornija com blocos dentilhados. A história nos informa que o Templo de Diana, em Éfeso, (cuja construção levou mais de duzentos anos) foi composto com duas colunas desta Ordem. A elegância e o talento despontaram na criação desta coluna. Tendo por modelo uma bela mulher de porte elegante, com seus cabelos penteados contrastando com a Dórica que representa o homem forte e robusto.

Então, o gênio humano começou a brotar. Cada folha e cada flor atingindo a perfeição e produzindo os mais refinados e admiráveis frutos - todas as artes liberais, todas as ciências engenhosas que pudessem civilizar, refinar e exaltar a humanidade. E foi então, que a Maçonaria vestiu o seu mais fino

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manto e revestiu-se com a mais brilhante indumentária. Um novo capitel foi criado por Calímaco, no Coríntio, dando origem à Coríntia, considerada a mais rica das Ordens e uma obra prima da arte. A sua coluna tem de 9 a 11 diâmetros de altura; seu capitel é ornado com duas fileiras de folhas de acanto e oito volutas que sustentas o ábaco. Esta ordem é usada principalmente em estruturas notáveis e majestosas. Foi uma circunstância marcante que inspirou Calímaco na concepção do capitel desta coluna. Passando acidentalmente pela sepultura de uma menina, teve a atenção voltada a uma cesta com brinquedos, ali deixada por sua pajem, coberta por uma lajota e colocada sobre uma raiz de acanto; à medida que a planta crescia, as filhas envolviam a cesta, chegando até a lajota, que fazia com que se dobrassem para baixo. Calímaco, admirado com o objeto, pôs-se a imitar a figura - o vaso do capitel representa a cesta, o ábaco imitando a lajota e as volutas imitando as folhas dobradas.

A Maçonaria, ainda não satisfeita com essa magistral criação de seus poderes, empunhou a sua tocha e iluminou todo o círculo das artes e das ciências. Isto deu origem à Ordem Compósita, assim chamada por ser constituída de partes das outras Ordens. Seu capitel é ornado com duas fileiras de folhas da Coríntia, as volutas da Jônica e a arquitrave da Ordens Toscana e Dórica. Sua

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coluna tem dez diâmetros de altura e a cornija tem ornamentos dentilhados. Esta Ordem é usada principalmente em estruturas que apresentam solidez, elegância e beleza.

A Pintura e a Escultura tiveram que se esmerar ao extremo para adornar as construções erigidas pela admirável ciência. As mãos hábeis e destras contribuíram com mobiliário e tapeçaria, embelezando e adornando com MÚSICA, ELOQUÊNCIA, POESIA, TEMPERANÇA, ENERGIA, PRUDÊNCIA, JUSTIÇA, VIRTUDE, HONRA, MISERICÓRDIA, FÉ, ESPERANÇA, CARIDADE e muitos outros emblemas Maçônicos. Nenhum deles, no entanto, brilha com esplendor maior que o AMOR FRATERNAL, a CARIDADE e a VERDADE.

Perg. Por que sete ou mais fazem uma Loja perfeita? Resp. Porque o Rei Salomão levou sete anos ou mais,

para construir, completar e dedicar o Templo de Jerusalém ao Serviço de Deus.

Perg. Eles têm outra alusão? Resp. Aludem às sete Artes Liberais e Ciências, a

saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.

Perg. Solicito-vos definir GRAMÁTICA?

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Resp. A gramática ensina o arranjo apropriado das

palavras conforme o idioma ou dialeto de determinado pais ou povo. A perfeição da pronuncia, possibilita falar e escrever a linguagem com correção e precisão, adequada à razão, autoridade e às regras na literatura.

Perg. RETÓRICA. Resp. Ensina a falar com exuberância e fluência sobre

qualquer tema, independente de precisão, mas com as vantagens do vigor e da elegância, articulando a palavra com sabedoria para cativar o ouvinte pela solidez de argumentação e beleza de expressão, seja para instruir, exortar, admoestar ou aplaudir.

Perg. LÓGICA. Resp. Orienta a guiar criteriosamente a nossa razão

no conhecimento geral das coisas e a direcionar as nossas pesquisas para a verdade, tanto para instruir aos outros quanto para o nosso próprio aperfeiçoamento. Consiste na sucessão regular de argumentos pelos quais nós inferimos, deduzimos e concluímos, de acordo com certas premissas colocadas, admitidas ou aceitas. Nela são empregadas as faculdades de conceder, arrazoar, julgar e dispor, todas num encadeamento natural e gradual até que seja finalmente determinado o ponto em questão.

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Perg. ARITMÉTICA. Resp. Trata das forças e das propriedades dos

números por meio de títulos, tabelas, quadros e instrumentos. Por esta arte são dadas razões e feitas demonstrações para encontrar determinado número que tenha relação ou afinidade com outro já conhecido.

Perg. GEOMETRIA. Resp. Trata dos poderes e propriedades das

grandezas em geral, em que são considerados comprimento e largura ou, comprimento, largura e espessura. Por esta ciência, o Arquiteto é capaz de executar os seus projetos e estimar os seus planos, o General e a coordenar os seus comandados, o Engenheiro a marcar o solo para os acampamentos, o Geólogo a determinar as dimensões do mundo, a delinear a extensão dos oceanos e a especificar as divisões das nações, países e províncias. Por ela, também o Astrônomo é capaz de fazer suas observações para calcular e fixar a duração do tempo, estações, anos e ciclos. Em suma, a Geometria é o fundamento e a raiz da matemática.

Perg. MÚSICA.

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Resp. Nos ensina a arte de formar acordes e gerar uma agradável harmonia pelo arranjo proporcional e matemático de sons graves, agudos e suas combinações. Esta arte, por uma variedade de experimentações, redunda em uma ciência demonstrativa com respeito aos tons e intervalos de sons. Pesquisa a natureza das concordâncias e discordâncias, capacitando-nos a encontrar a proporção por números. O seu emprego pleno é quando a usamos para louvar o Grande Geômetra do Universo.

Perg. ASTRONOMIA. Resp. É aquela arte Divina pela qual somos ensinados

a ler a Sabedoria, Força e Beleza do Criador Onipotente nas páginas sagradas do hemisfério celeste. Com a ajuda da Astronomia podemos observar os movimentos, medir as distâncias, avaliar as grandezas e calcular os períodos e eclipses dos Corpos Celestes; é também por ela que aprendemos a usar os Globos, o sistema do Universo e as leis da natureza. Aplicando-nos no estudo desta ciência podemos perceber exemplos, sem paralelos, que marcam a sabedoria e a bondade do Glorioso Criador em todas as Suas Obras.

P. M. I. IIr., aqui termina a 4ª Seção da Segunda

Preleção: a EXORTAÇÃO é:

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“Que o estudo das sete artes Liberais e Ciências nos faça sempre suscetíveis à bondade de um Ser Supremo!”. V. M. À Ordem IIr.! Todos (sentados, Peito, Mão e Avental, 5 vezes) V. M. Obrigado Ir. .......... Resp. (Faz o Sn. e volta ao seu lugar)

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5ª Seção da 2ª Preleção V. M. Ir. .............., daríeis vossa colaboração para o

trabalho da 5ª Seção da 2ª Preleção. Ir. Eu ficarei ou darei o melhor de mim, V. M..

(dirige-se ao N. do pedestal do 1° Vig.; saúda o V. M. no grau em que a loja estiver aberta)

Perg. Onde chegavam nossos antigos Ir. depois que

se atingiam o topo da escada em caracol? Resp. Na porta da câmara do meio do Templo. Perg. Como eles a encontravam? Resp. Aberta, mas devidamente coberta. Perg. Estava coberta por quem? Resp. Pelo Primeiro Vigilante. Perg. Contra quem? Resp. Contra todos abaixo do Grau de Companheiro. Perg. O que ele pedia aos nossos antigos IIr.?

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Resp. O Sn., o T. e a P. de um Companheiro. Perg. O que ele lhes dizia após haverem dado essas

provas convincentes? Resp. Passai J.........n. Perg. Para onde eles passavam então? Resp. Para a câmara do meio do Templo. Perg. Por que eles se dirigiam para ali? Resp. Para receber seus salários. Perg. Como eles os recebiam. Resp. Sem escrúpulos ou receios. Perg. Por que dessa maneira peculiar? Resp. Sem escrúpulos, porque sabiam que a eles

tinham todo o direito e sem receio pela grande confiança que depositavam, naquela época, na integridade de seus mestres.

Perg. Antes de proceder a finalização da Preleção

gostaria de saber em quantas classes se dividiam os trabalhadores.

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Resp. O Rei Salomão dividiu os artífices em três classes. Uma circunstância adotada pelos Maçons, pois deduzimos que a origem do nosso sistema atual de administração da Ordem está baseada nos planos de construção da magnífica estrutura construída pelo monarca.

Perg. Nomeais as classes. Resp. Regentes ou Diretores gerais, Supervisores ou

fiscais dos trabalhadores e Obreiros ou executores do trabalho.

Perg. Indicai o número em cada classe. Resp. Havia Trezentos Diretores, Três mil e trezentos

Supervisores e oitenta mil Obreiros. Os Diretores e Supervisores eram todos trabalhadores qualificados ou homens da ciência. Para a finalidade de instrução e para dividir o emprego dos obreiros, foram organizados em companhias ou Lojas, consistindo de sete Aprendizes e cinco Companheiros, cada uma delas presidida por um obreiro qualificado.

Perg. Qual a razão dessa divisão? Resp. Além de ser simbólica, essa divisão tríplice foi

adotada para assegurar promoções por mérito, preservar a subordinação e evitar confusão no trabalho.

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Perg. Havia outros que foram empregados na

construção? Resp. Foram empregados outros setenta mil,

consistindo de carregadores e pedreiros, sob a superintendência de Adoniran, um artista engenhoso que alcançou as mais altas honrarias por seu zelo e fidelidade. O número total dos homens empregados na construção foi de cento e cinqüenta e três mil e seiscentos.

Perg. Por quanto tempo eles estiveram empregados? Resp. Por sete anos e seis meses, pois o trabalho foi

iniciado no quarto ano do reinado do Rei Salomão, no segundo dia do segundo mês, tendo sido completado no décimo primeiro do seu reinado. No ano seguinte foi dedicado à Deus, pelo Rei Salomão, na presença das doze tribos de Israel e uma imensa platéia de espectadores das nações vizinhas, com todo o esplendor e a magnificência que o gênio humano poderia conceber para reconhecer a bondade e dispôs à glória de seu Criador. A oração usada nessa ocasião solene consta em registros sagrados.

Perg. Para o que, os nossos IIr. tinham a sua atenção

atraída quando estavam na câmara do meio do Templo?

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Resp. Para certos caracteres em hebraico e que agora são representados em uma Loja de Companheiro pela letra “G”.

V. M. (Dá ! seguido pelo 1º Vig., e pelo 2º Vig.) Todos (levantam-se) Perg. O que significa a letra “G” ? Resp. Deus, (todos fazem o Sn. de R.) o Grande

Geômetra do Universo, a quem todos devemos nos submeter e a quem devemos adorar com humildade.

Todos (Baixam o Sn.) P. M. I. IIr., aqui termina a 5ª Seção da Segunda

Preleção: a EXORTAÇÃO é: “Ao Eminente Grão-Mestre”. V. M. À Ordem IIr.!

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Sn. (palmas) (palmas) (palmas) Sn. (palmas) (palmas) (palmas) Sn. (palmas) (palmas) (palmas) Sn. (palmas) (palmas) (palmas) (O encerramento da última seção da Segunda

preleção é usualmente feito pelo que é conhecido como Fogo Maçônico. Na Loja de Emulação de Aperfeiçoamento isto é feito por uma cadência dignificante e é costume inserir o Sn de Apr. antes de cada um dos últimos grupos de três palmas).

Todos (sentados, Peito, Mão e Avental, 5 vezes) V. M. Obrigado Ir. .......... Resp. (Faz o Sn. e volta ao seu lugar)