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Po r t uguê s – D E M SU R /2014 Elementos da Comunicação Com os elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação, informação, expressão e signicados os diversos sistemas simbólicos das diferentes linguagem. A forma de comunicação est divida entre! Emissor " o #ue emite a mensagem. $eceptor " o #ue recebe a mensagem. %ensagem " o con&unto de informaç'es transmitidas. Código " a combinação de signos utili(ados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concreti(ar, se o receptor souber decodicar a mensagem. Canal de Comunicação " por onde a mensagem é transmitida! )*, rdio, &ornal, revista, cordas vocais, ar+ Contexto " a situação a #ue a mensagem se refere, também camado de referente. $uído " #ual#uer perturbação na comunicação. -unç'es da inguagem / linguista russo camado $oman 0a1obson caracteri(ou seis funç'es de linguagem, ligadas ao ato da comunicação! $eferencial  ) ambém camada de denotativa ou informativa, é #uando o ob&etivo é passar uma informação ob&etivas e impessoal no texto. 2 valori(ado o ob&eto ou a situação de #ue se trata a mensagem sem manifestaç'es pessoais ou persuasivas. -unção expressiva  ) ambém camada de emotiva, passa para o texto mar cas de atitudes pessoais como emoç'es, opini'es, avaliaç'es. 3a função expressiva, o emi ssor ou destinador é o produtor da mensagem. / produtor mostra #ue est presente no texto mostrando aos olos de todos seus pensamentos. Conativa 2 #uando a mensagem do texto busca sedu(ir, envolver o leitor levando4o a adotar um determinado comportamento. 3a função conativa a presença do receptor est marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo. -tica 2 o canal por onde a mensagem camina de #uem a escreve para #uem a recebe.  ) ambém designa algumas formas #ue se usa para camar atenção. %etalinguística 2 #uando a linguagem f ala de si própria. 5redominam em anlises literrias, interpretaç'es e críticas diversas. -unção poética! E usada para despertar a surpresa e pra(er estético. 2 elaborada de forma imprevista e inovadora. 2 importante notarmos #ue a linguagem sempre varia de acordo com a situação e as funç'es de linguagem nunca estão isoladas num texto. 2 claro #ue num texto uma função predomina, mas as funç'es mesclam4se e combinam4se o tempo todo. 6em7ntica 86in9nimos e Ant9nimos: ;om9nimos e 5ar9nimos< 6E%=3)>CA 2 a denominação dada ao estudo da signicação das palavras. 6ignicante e signicado 6ignicante é a parte física da palavra 8os fonemas e as letras<. 6ignicado é o sentido da palavra #ue provoca na mente do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma ideia. / #ue são 6in9nimos e Ant9nimos! ? 6in9nimos 6ão palavras de sentido igual ou aproximado! alfabeto 4 abecedrio: brado, grito 4 clamor: extinguir, apagar 4 abolir . /bservação! A contribuição greco4latina é responsvel pela exist@ncia de numerosos pares de sin9nimos! adversrio e antagonista:

Português - DEMSUR

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Portugus DEMSUR/2014

Elementos da Comunicao

Com os elementos da comunicao, possvel usar como forma de comunicao, informao, expresso e significados os diversos sistemas simblicos das diferentes linguagem. A forma de comunicao est divida entre:

Emissor o que emite a mensagem.

Receptor o que recebe a mensagem.

Mensagem o conjunto de informaes transmitidas.

Cdigo a combinao de signos utilizados na transmisso de uma mensagem. A comunicao s se concretizar, se o receptor souber decodificar a mensagem.

Canal de Comunicao por onde a mensagem transmitida: TV, rdio, jornal, revista, cordas vocais, ar

Contexto a situao a que a mensagem se refere, tambm chamado de referente.

Rudo qualquer perturbao na comunicao.

Funes da Linguagem

O linguista russo chamadoRoman Jakobsoncaracterizou seis funes de linguagem, ligadas ao ato da comunicao:

Referencial

Tambm chamada dedenotativaou informativa, quando o objetivo passar uma informao objetivas e impessoal no texto. valorizado o objeto ou a situao de que se trata a mensagem sem manifestaes pessoais ou persuasivas.

Funo expressiva

Tambm chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais como emoes, opinies, avaliaes. Na funo expressiva, o emissor ou destinador o produtor da mensagem. O produtor mostra que est presente notextomostrando aos olhos de todos seus pensamentos.

Conativa

quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar um determinado comportamento. Na funo conativa a presena do receptor est marcada sempre por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo.

Ftica

o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Tambm designa algumas formas que se usa para chamar ateno.

Metalingustica

quando a linguagem fala de si prpria. Predominam em anlises literrias,interpretaese crticas diversas.

Funo potica:

E usada para despertar a surpresa e prazer esttico. elaborada de forma imprevista e inovadora.

importante notarmos que a linguagem sempre varia de acordo com a situao e as funes de linguagem nunca esto isoladas num texto. claro que num texto uma funo predomina, mas as funes mesclam-se e combinam-se o tempo todo.

Semntica (Sinnimos e Antnimos; Homnimos e Parnimos)

SEMNTICA a denominao dada ao estudo da significao das palavras.

Significantee significado

Significante a parte fsica da palavra (os fonemas e as letras). Significado o sentido da palavra que provoca na mente do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma ideia.

O que so Sinnimos e Antnimos:

* Sinnimos

So palavras desentido igualou aproximado:

alfabeto - abecedrio;

brado, grito - clamor;

extinguir, apagar - abolir.

Observao: A contribuio greco-latina responsvel pela existncia de numerosos pares de sinnimos:

adversrio e antagonista;

translcido e difano;

semicrculo e hemiciclo;

contraveneno e antdoto;

moral e tica;

colquio e dilogo;

transformao e metamorfose;

oposio e anttese.

* Antnimos

So palavras designificao oposta:

ordem - anarquia;

soberba - humildade;

louvar - censurar;

mal - bem.

Observao: A antonmia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:

bendizer e maldizer;

simptico e antiptico;

progredir e regredir;

concrdia e discrdia;

ativo e inativo;

esperar e desesperar;

comunista e anticomunista;

simtrico e assimtrico.

O que so Homnimos e Parnimos:

* Homnimos

a)Homgrafos: so palavras iguais na escrita e diferentes na pronncia:

rego (subst.) e rego (verbo);

colher (verbo) e colher (subst.);

jogo (subst.) e jogo (verbo);

apoio (subst.) e apio (verbo);

denncia (subst.) e denuncia (verbo);

providncia (subst.) e providencia (verbo).

b)Homfonos: so palavras iguais na pronncia e diferentes na escrita:

acender (atear) e ascender (subir);

concertar (harmonizar) e consertar (reparar);

cela (compartimento) e sela (arreio);

censo (recenseamento) e senso (juzo);

pao (palcio) e passo (andar).

c)Homgrafos e homfonos simultaneamente: So palavras iguais na escrita e na pronncia:

caminho (subst.) e caminho (verbo);

cedo (verbo) e cedo (adv.);

livre (adj.) e livre (verbo).

* Parnimos

So palavras parecidas na escrita e na pronncia:

coro e couro;

cesta e sesta;

eminente e iminente;

osso e ouo;

sede e cede;

comprimento e cumprimento;

tetnico e titnico;

autuar e atuar;

degradar e degredar;

infligir e infringir;

deferir e diferir;

suar e soar.

Tipos de Composio Textual

Descrio:

1) Retrato de pessoas, ambientes, objetos;

2) Predomnio de atributos;

3) Uso de verbos de ligao;

4) Freqente emprego de metforas, comparaes e outras figuras de linguagem;

5) Tem como resultado a imagem fsica ou psicolgica do que descreve.

Narrao:

1) Relato de fatos;

2) Presena de narrador, personagens, enredo, cenrio, tempo;

3) Apresentao de um conflito;

4) Uso de verbos de ao;

5) Geralmente, mesclada de descries;

6) O dilogo direto freqente.

Dissertao:

1) Defesa de um argumento:

a)apresentao de uma tese que ser definida.

b)desenvolvimento ou argumentao.

c)fechamento ou concluso.

2) Predomnio da linguagem objetiva;

3) Prevalece a denotao.

Elementos da estrutura da narrativa

O elemento mais importante de uma narrativa o enredo ou a histria em uma histria no h um caso. Tem-se a ao da histria, que ocorre no tempo, feita por personagens num determinado meio ou espao onde vivem. Algum conta a histria: esse elemento o foco narrativo.

Tempo

o elemento que decide tudo. Se for exterior, chamado de histrico ou cronolgico: obedece ao relgio e determina que a ao e o espao tambm sejam exteriores. Se for interior, se passar no consciente ou subconsciente de uma ou mais personagens, chamado psicolgico.

Espao

Geralmente caracterizado pelas descries. Dependendo do que quer enfatizar, o narrador conciso ou se estende no que descreve. O espao exterior costuma ter importncia nas narrativas de ao, aventurescas.

Foco Narrativo

Quem conta a histria?

Assim como inventa os personagens, o autor inventa um narrador para contar a histria. O leitor menos acostumado literatura tende a confundir autor e narrador, pensando que so a mesma pessoa. No entanto, s vezes o autor d a palavra ao narrador, como se fosse um porta-voz, para transmitir a sua viso de mundo.

Ele o autor pode, porm, dar suas opinies tambm por meio de uma ou mais personagens, uma vez que tudo, inveno, fico e fantasia.

O enfoque escolhido, isto , o ngulo de viso atravs do qual o autor vai contar a histria, determina o ponto de vista ou foco narrativo.

Os tipos de foco narrativo ou narrador so:

Em primeira pessoa, personagem principal:h um eu participante que conta a histria e o protagonista. Ele o centro das aes, pois narra a sua prpria histria.

Em primeira pessoa, mero observador dos fatos: um recurso escolhido pelo autor para dar mais verossimilhana narrativa. como se dissesse: verdade, pode acreditar, eu estava l e vi. Para saber se personagem ou observador, imagine que fosse dramatizar o texto narrativo. Haveria um papel de algum destaque para o narrador? Ele participaria da ao ou s serviria para contar a histria?

Esse tipo pode at ser confundido com narrador em terceira pessoa, porque s vezes, a primeira pessoa que observa e conta os fatos demora a usar algum indcio de um eu narrador.

Em terceira pessoa, narrador onisciente:no h um eu que conta; uma terceira pessoa, aparentemente alheia histria mas s aparentemente. s vezes, d mais palpite do que o de primeira pessoa, emite opinio, pode at conversar com o leitor, mostrando que sabe o que est acontecendo, o que vai acontecer e mesmo o que as personagens pensam: onisciente, sabe tudo.

Em terceira pessoa, narrador objetivo (observador dos fatos):o narrador objetivo procura no se envolver com fatos narrados, conta a histria como objetivamente ela seria vista por uma cmera fotogrfica ou filmadora. A sua pretensa neutralidade tambm no passa de um recurso narrativo, inventado pelo autor. bvio que, quando o tempo psicolgico, esse tipo de narrativa no se adqua, pois impossvel saber o que se passa na cabea da personagem.

Tipos de Discurso

Um grande recurso utilizado nos textos narrativos so os tipos de discurso que podem ser: indireto, direto e indireto livre.

Discurso Indireto:h um narrador que conta a histria, que intermedeia. Ele nos d os fatos e reconta os dilogos. As falas, quando existem, so apresentadas indiretamente por ele.

Discurso Direto:so as falas das personagens apresentadas diretamente ao leitor, sem a interferncia do narrador. Pode ser dilogo (entre duas ou mais personagens) ou monlogo (uma personagem fala ou pensa sozinha).

Discurso Indireto Livre: um recurso relativamente recente. Surgiu com os romancistas inovadores do sculo XX.

O discurso indireto livre um tipo hbrido, misto dos dois anteriores. H um narrador (em primeira pessoa ou terceira pessoa) que conta a histria. Sem dar diretamente a palavra a uma personagem, ele entremeia o que conta com parte da fala, a ponto de se saber at onde o narrador est presente e onde comea a personagem. O discurso indireto livre ocorre quando o narrador onisciente.

Tipos de Personagens

Personagens so habitantes de um texto ficcional. Elas reproduzem as pessoas e criam uma realidade para o leitor. Elas podem ser:

Personagens Planas ou Lineares:so aquelas que apresentam um comportamento absolutamente previsvel: o chato que s sabe ser chato, o gozador que est sempre fazendo graa, o trgico que s v desgraa em tudo, o moralista que vive fazendo sermes, a me do tipo que padece no paraso. Geralmente dividem-se entre o bem e o mal.

Personagens Redondos ou Esfricos:so aqueles cujo comportamento imprevisvel como a prpria vida. So capazes de fazer o bem e ao mesmo tempo fazer o mal. So humanas no apresentando uma caracterizao positiva ou negativa continuamente.

Personagens Protagonistas ou Principais:so aquelas em torno das quais os fatos se desenrolam. Esto envolvidas na maioria das aes da narrativa.

Personagens Antagonistas:so aquelas cujas aes se opem as aes das personagens protagonistas. Normalmente, so os viles, mas isso no uma regra.

Personagens Secundrios:so aquelas que interagem com as personagens principais; so as coadjuvantes da ao. So das mais diferentes espcies: opositoras, aliadas ou apenas figurantes.

Estrutura da narrao

O texto narrativo tem trs partes: introduo, desenvolvimento e concluso:

- Introduo:Apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espao.

- Desenvolvimento:Atravs das aes das personagens, constri-se a trama e o suspense que culmina no clmax.

- Concluso:Existem vrias maneiras de se concluir uma narrao. Esclarecer a trama apenas uma delas.

O que se pede:

Imaginao para compor urna histria cativante que entretenha o leitor, provocando expectativa. Pode ser romntica, dramtica ou humorstica.

Elementos bsicos da narrativa:Depois de escolher o tipo de narrador que vai utilizar, necessrio ainda conhecer os elementos bsicos de qualquer narrao.

Todo o texto narrativo conta umfato que se passa em determinadotempo e lugar. A narrao s existe na medida em que h aco; esta ao praticada pelos personagens.Um fato, em geral, acontece por uma determinadacausa e desenrola-se envolvendo certas circunstncias que o caracterizam. necessrio, portanto, mencionar omodo como tudo aconteceu detalhadamente, isto , de que maneira o facto ocorreu. Um acontecimento pode provocar consequencias, as quais devem ser observadas.

Fato -o que se vai narrar (O qu?) Tempo -quando o fato ocorreu (Quando?) Lugar -onde o fato se deu (Onde?) Personagens -quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?) Causa -motivo que determinou a ocorrncia (Por qu?) Modo -como se deu o fato (Como?) Conseqncias Geralmente provoca determinado desfecho.

Aps definir os elementos da narrativa, basta organiz-los para elaborar uma narrao.

Estrutura do texto dissertativo

O texto dissertativo composto por trs partes essenciais:

- Introduo:

um bom incio de texto que desperta no leitor vontade de continuar a l-lo. Na introduo que se define o que ser dito, e nessa parte que o escritor deve mostrar para o leitor que seu texto merece ateno.

O assunto a ser tratado deve ser apresentado de maneira clara, existem assuntos que abrem espao para definies, citaes, perguntas, exposio de ponto de vista oposto, comparaes, descrio.

A introduo pode apresentar uma:

- Afirmao geral sobre o assunto- Considerao do tipo histrico-filosfico- Citao- Comparao- Uma ou mais perguntas- Narrao

Alm destes, outras introdues podem ser empregados de acordo com quem escreve.

- Desenvolvimento:Na dissertao a persuaso aparece de forma explcita, essa se faz presente no desenvolvimento do texto. nesse momento que o escritor desenvolve o tema, seja atravs de argumentao por citao, comprovao ou raciocnio lgico, tomando sua posio a respeito do que est sendo discutido.O contedo do desenvolvimento pode ser organizado de diversas maneiras, depender das propostas do texto e das informaes disponveis.- Concluso:A concluso a parte final do texto, um resumo forte e breve de tudo o que j foi dito, cabe tambm a essa parte responder questo proposta inicialmente, expondo uma avaliao final do assunto.Coeso e Coerncia textual

Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita amensagempretendida,necessrio que esteja coerente e coeso. Paracompreenderum pouco melhor os conceitos de Coerncia textual e de Coesotextual, e tambmpara distingui-los, vejamos:

O que coeso textual?

Quando falamos deCOESOtextual, falamos a respeito dos mecanismos lingusticos que permitem uma sequncia lgico-semntica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, pargrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesode um texto, temos:

As referncias e as reiteraes:Este tipo de coesoacontece quando um termo faz referncia a outro dentro do texto, quando reitera algo que jfoi dito antes ou quando uma palavrasubstituda por outra que possui com ela alguma relao semntica. Alguns destes termos spodem ser compreendidos mediante estas relaes com outros termos do texto, comoo caso daanfora e da catfora.

As substituies lexicais(elementos que fazem a coesolexical): este tipo de coesoacontece quando um termosubstitudo por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relao de sinonmia, antonmia, hiponmia ou hiperonmia, ou mesmo quando ha repetio da mesma unidade lexical (mesma palavra).

Os conectores(elementos que fazem a coesointerfrsica): Estes elementos coesivos estabelecem as relaes de dependncia e ligao entre os termos, ou seja, soconjunes, preposies e advrbios conectivos.

A correlao dos verbos(coesotemporal e aspectual): consiste na correta utilizao dostempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lgica e linear, que irpermitir a compreensoda sequncia dos mesmos.

Soos elementos coesivos de um texto que permitem as articulaes e ligaes entre suas diferentes partes, bem como a sequenciao das ideias.

O que coerncia textual?

Quando falamos emCOERNCIA textual, falamos acerca da significao do texto, e nomais dos elementos estruturais que o compem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, pormincoerente.o caso do exemplo abaixo:

"As ruas estomolhadas porque nochoveu"

Helementos coesivos no texto acima, como a conjuno, a sequncia lgica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESO, o texto notem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que huma incoerncia, pois se as ruas estomolhadas,porque algummolhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Noter chovido noo motivo de as ruas estarem molhadas. O texto estincoerente.

Podemosentendermelhor a coerncia compreendendo os seus trsprincpios bsicos:

Princpio da NoContradio:em um texto nose pode ter situaes ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lgica.

Princpio da NoTautologia:Tautologiaum vcio de linguagem que consiste n a repetio de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informao, mas quando h repetio excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de noconseguir transmitir a informao. Caso ele noconstrua uma informao ou mensagem completa, entoele serincoerente

Princpio da Relevncia:Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que nose relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerncia individual. Sendo assim, a representao de idias ou fatos norelacionados entre si, fere o princpio da relevncia, e trazem incoerncia ao texto.

Outros dois conceitos importantes para a construo da coerncia textual soa CONTINUIDADE TEMTICA e a PROGRESSOSEMNTICA.

Hquebra de continuidade temtica quando nose faz a correlao entre uma e outras partes do texto (quebrando tambma coeso). A sensaoque se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor.

Ja quebra da progressosemntica acontece quando noha introduo de novas informaes para dar sequncia a um todo significativo (queo texto). A sensao do leitorque o textodemasiadamente prolixo, e que nochega ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.

Em resumo, podemos dizer que a COESOtrata da conexoharmoniosa entre as partes do texto, do pargrafo, da frase. Ela permite a ligao entre as palavras e frases, fazendo com que um dsequncia lgica ao outro. A COERNCIA, por sua vez,a relao lgica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, nose contradigam e formem um todo significativo queo texto.

Vale salientar tambmque hmuito para seestudarsobre coerncia e coesotextuais, e que cada um dos conceitos apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor compreendidos.

Descrio objetiva e subjetiva

Descrio objetiva e subjetiva

Adescrio objetiva aquela apresenta o objeto de forma concreta, buscando maior proximidade com a realidade, deixando de lado as impresses do observador. Apresenta caractersticas como: forma, tamanho, peso, cor, espessura, volume, etc.A descrio objetiva preocupa-se com a exatido dos detalhes e com a preciso dos vocbulos.

Exemplo:

Mnica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos claros, cabelos castanhos, compridos e lisos.

Nadescrio subjetivao objeto transfigurado conforme a sensibilidade do observador, ou seja, o objeto descrito da forma como ele visto e sentido. O observador transmite para a descrio a sua emoo em relao ao objeto.No h preocupao com a exatido dos detalhes do objeto descrito, o importante transmitir a impresso que o objeto causa ao observador.

Exemplo:

O sujeito, que parecia um carro de boi cruzando com trem de ferro, j entrou soltando fogo pela folga do dente de ouro.(Jos Cndido de Carvalho)

LINGUAGEM DENOTATIVA E LINGUAGEM CONOTATIVA

LINGUAGEM DENOTATIVA

Quando o emissor busca objetividade de expresso da mensagem, utiliza a linguagem denotativa, com funo referencial. As palavras so empregadas em seu significao (usual, literal, real), referindo-se a uma realidade concreta ou imaginria.

A denotao encontrada em textos de natureza informativa, como textos jornalsticos ou cientficos, visto que o emissor busca informar objetivamente o receptor. comum na literatura brasileira os autores empregarem as palavras em um outro sentido, o conotativo (figurado). Todavia, na poesia que isso ocorre com mais frequncia, embora no seja apenas na literatura e na poesia que a conotao aparece, mas tambm nos anncios publicitrios e at mesmo na linguagem do dia-a-dia.Denotao de um termo o objeto ao qual o mesmo se refere. o emprego de palavras no seu sentido proprio, comum, habitual, preciso, aquele que consta nos dicionrios. A linguagem denotativa basicamente informativa, ou seja, no produz emoo ao leitor. informao bruta com o nico objetivo de informar. a forma de linguagem que lemos em jornais, bulas de remdios, em um manual de instrues etc.Por isso, a palavra literria conotativa, uma linguagem carregada de emoes e sons. Isto fica evidente em momentos da crnica Notcia de Jornal de Stanislaw Ponte Preta: "Joo Jos Gualberto, vulgo Sorriso, foi preso na madrugada de ontem, no Beco da Felicidade, por ter assaltado a Casa Garson, de onde roubara um lote de discos. ()"

LINGUAGEM CONOTATIVA

Conotao o emprego de uma palavra tomada em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre do contexto. Muitas vezes um sentido potico, fazendo comparaes.Exemplos:A frieza do olhar nao se esconde.

A lua nova o sorriso do cu.

Exemplos de conotao: Os provrbios ou ditos populares so exemplos da linguagem de uso conotativo.

"Quem est na chuva para se molhar" seria o mesmo que: "Quando algum opta por uma determinada experincia, deve assumir todas as regras e consequncias decorrentes dessa experincia"."Em Casa de ferreiro, o espeto de pau" equivalente a que a pessoa faz favores fora de casa, para os outros, mas no faz em casa, para si mesma.

Conotao a associao subjetiva, cultural e/ou emocional, que est para alm do significado estrito ou literal de uma palavra, frase ou conceito. Alm da sua denotao, o sentido referencial, literal, cada palavra remete a inmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que so apenas sugeridos, evocando outras idias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. o sentido de palavras em um sentido incomum,figurado,circunstancial,que depende sempre do contexto.Figuras e Vcios de Linguagem

Figuras de Linguagem

Figuras de Palavras

Substituio ou transposio do sentido real para o sentido figurado da palavra.

- Comparao: estabelece uma relao de qualidade entre dois termos da orao, a fim de destacar a semelhana entre eles (geralmente com o uso de expresses ou elementos: como, tal qual, assim como, to... quanto, tanto... quanto, etc.)

Ex.: A sombra das roas macia e doce,como uma carcia.

Sua boca como um cadeadoe meu corpo como uma fogueira.

- Metfora: uma comparao mental e subjetiva, que consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, mas estabelecendo relao entre o sentido habitual e o figurado.

Ex.: Meu pensamento umrio subterrneo.

A propaganda aalmado negcio.

- Catacrese: consiste em utilizar um termo j existente e com significado prprio em outro sentido, por falta de palavras que possam express-lo.

Ex.: Opda mesa quebrou.

Apernado sof est fraca.

- Metonmia: substituio de um termo por outro, por haver relao externa entre eles. Essa relao pode ser:

O abstrato pelo concreto: Era difcil resistir aos encantos daqueladoura. (pessoa agradvel, meiga)

O autor pela obra: Achei difcil lerCames. (a obra dele)

O efeito pela causa: Quantasprimaverasj haviam passado desde a ltima vez que a vi. (anos)

O continente pelo contedo:Pratos e pratosso devorados pela colnia. (contm a comida)

O instrumento pela pessoa: Ele bom degarfo. (instrumento utilizado para comer)

O sinal pela coisa significada: Otronoingls est abalado. (o governo exercido pela monarquia)

A parte pelo todo: Enormeschaminsdominam os bairros fabris da cidade inglesa. (partes de um todo: fbrica)

O singular pelo plural: Obrasileirotenta encontrar uma sada para suportar a crise. (um indivduo representa todos)

A classe pelo indivduo: No acredito mais noJuizadobrasileiro. (juzes)

A matria pelo objeto: O jantar foi servido base deporcelanas e cristais. (material de que feito o objeto)

- Antonomsia: Figura que identifica algum por uma qualidade marcante de si, um aspecto peculiar de sua obra, possibilitando sua identificao com facilidade.

Ex.: A humanidade agradece aognio da lmpada. (Thomas Edson)

... durante o reinado do rei-sol. (Lus XIV)

- Perfrase: a figura que exprime, por meio de uma certa extenso, algo que poderia ser expresso pelo emprego de apenas uma palavra.

Ex.: Sua infinitafalta de alegriao tornava s vezes uma pessoa incmoda. (tristeza)

- Sinestesia: Figura de linguagem que se consegue por meio do cruzamento de sensaes (audio, viso, olfato, paladar, tato) ou de uma sensao com um sentido.

Ex.: A felicidade se manifesta nascores berrantesde suas roupas. (viso e audio)

Aluz cruada madrugada invadia meu quarto. (viso e paladar)

Figuras de Pensamento

- Anttese: Consiste em realar um conceito ou ideia por meio de palavras de sentido oposto.

Ex.: Era oporvir em frente dopassado; Aliberdade em face Escravido.

Os jardins tmvidaemorte.

- Ironia: Figura por meio da qual se exprime uma idia contrria ao que se quer dizer. Muitas vezes s pode ser entendida atravs do contexto.

Ex.:Parabnspela suagrande idia: conseguiu estragar os meus planos!

Aexcelente Dona Incia era mestra na arte de judiar as crianas.

- Eufemismo: Substituio de uma palavra ou expresso com sentido desagradvel por outra, com a finalidade de amenizar seu significado.

Ex.: Ele enriqueceu pormeios ilcitos. (roubou)

Bateu as botas. (morreu)

- Hiprbole: Uso de expresso exagerada para dar maior nfase frase.

Ex.: Estoumorrendode sede.

J li istomil vezes.

- Reticncia: consiste em suspender o pensamento enunciado na frase sem que ele esteja concludo, a fim de que o leitor ou ouvinte complete a idia.

Ex.: Ou voc comea logo a partida, ou ento...

- Gradao: consiste em apresentar idias em progresso ascendente (clmax) ou descendente (anticlmax).

Ex.: Avida, ocu, omar, oinfinito...

Umaluta, umabatalha, umaguerra.

- Apstrofe: invocao ou interpelao que se faz a algum.

Ex.:Deus! Deus! Onde ests que no respondes?

Lua,lua,lua, por um momento meu canto contigo compactua.

- Prosopopia: consiste em atribuir caractersticas de seres animados a seres inanimados ou irracionais.

Ex.: Umailuso gemiaem cada canto,choravaem cada canto umasaudade!

Orio murmuranum banzeiro de gua pesada e oleosa.

- Oxmoro: uso de duas de idias antagnicas em uma mesma estrutura frasal, se cruzando.

Ex.: Menino do rio,calorque provocaarrepio.

Amor fogo queardesem se ver, ferida quedieno se sente.

Figuras de construo e sintaxe

Apresentam algum tipo de modificao na estrutura da orao.

- Repetio: consiste em repetir diversas vezes a mesma palavra.

Ex.:Nadade asas!Nadade poesia!Nadade alegria!

Ou setemchuva e no setemsol, ou setemsol e no setemchuva.

- Anstrofe: consiste em alterar a ordem normal da frase, provocando a inverso dos termos da orao, geralmente o sujeito e o predicado.

Ex.:Entre as nuvens do amoreladormia!

(adjunto adverbial/predicado sujeito predicado/verbo)

- Silepse: consiste na concordncia no com o que vem expresso, com o que est implcito. A silepse pode ser:

1. De gnero: predicativo concorda com a idia que est implcita, e no com a forma gramatical.

Ex.: Ivete d o ritmono Estao Globo. (no programa)

So Paulo muitofria. (a cidade)

2. De nmero: quando o sujeito um coletivo ou uma palavra que indica mais de um ser e o verbo fica no plural.

Ex.: O pobrepovoda terra vivia quase comondios.

3. De pessoa: sujeito na 3 pessoa e verbo na 1 pessoa do plural: o narrador integra o sujeito (se inclui na ao).

Ex.: Convocotodospara quereconstruamos...

Todos falamosfutebol.

- Elipse: consiste na omisso de uma ou mais palavras, sem prejudicar o sentido da frase.

Ex.: Na terra,(h)tanta guerra, tanto engano, tanta necessidade aborrecida.

Na sala,(havia)apenas quatro ou cinco convidados.

- Zeugma: figura de sintaxe que consiste em suprimir ou ocultar palavras expressas anteriormente e que se encontram subentendidas.

Ex.: Ele prefere cinema; eu,(prefiro)teatro.

Ainda um outro ms e neste(ms)o mel mudado em fel, a alegria(mudada)em tristeza, a bonana(mudada)em tempestade.

- Pleonasmo: figura de redundncia ou repetio. Tem efeito estilstico quando o emissor quer realar uma idia.

Ex.: Erirmeurisoe derramar meu pranto.

E quem sabesonhavas meus sonhospor fim.

- Polissndeto: repetio constante de uma conjuno coordenativa entre oraes ou termos coordenados entre si.

Ex.: Penso com os olhosecom os ouvidosecom as moseos psecom o narizea boca.

- Anacoluto: consiste na quebra da estrutura normal da orao a fim de introduzir uma palavra ou expresso sem ligao sinttica com as demais.

Ex.:Meu filho, no admito que falem mal dele.

O homem daqui, seu conceito de felicidade muito mais subjetivo.

- Hiprbato: inverso na ordem direta dos termos da orao, constituindo uma alterao mais forte do que a da anstrofe.

Ex.: Dana, noite, o casal de apaixonados no clube.

Do que a terra mais garrida/ Teus risonhos, lindos campos tem mais flores.

- Anfora: repetio de uma ou mais palavras no incio de versos seguidos. Difere da repetio por possuir a caracterstica de localizao determinada.

Ex.: Vios navios irem e voltarem.

Vios infelizes irem e voltarem.

Vios homens obesos dentro do fogo.

Viziguezagues na escurido.

- Assndeto: caracteriza-se pela ausncia de conjuno coordenativa entre termos ou oraes. (contrrio ao polissndeto)

Ex.: Se o estpido negar insisto, falo,(e)discuto...

A vida no antologia, no tem gramtica, no tem adjetivos bonitos,(e)no tem pontuao.

Figuras de Harmonia (ou recursos sonoros)

- Aliterao: repetio de um mesmo fonema (consoante) para destacar determinado som ou para imprimir ritmo frase. um recurso bastante utilizado na poesia.

Ex.: Velhoventovagabundo!

No teu rosnar sonolento

Leva aolonge estelamento.

- Assonncia: uso do mesmo timbre voclico em palavras distintas, em especial no final das frases que se sucedem

Ex.: Sou um mulato nato no sentido lato

Mulato democrtico do litoral.

- Paronomsia: consiste na aproximao de palavras de sonoridade e/ou formao morfolgica semelhante, mas com sentidos diferentes.

Ex.: Eu que passo, penso e peo.

- Onomatopia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um rudo ou som.

Ex.:triiim,chu,bu,pingue-pongue,miau,tique-taque,zunzum

Vcios de Linguagem

- Ambiguidade (anfibologia): consiste em construir uma orao de modo que ela possa apresentar mais de um sentido.

Ex.: O guarda deteve o suspeito emsuacasa.

O professor protestou contra asuafalta de ateno.

- Barbarismo: ocorre quando se pronuncia ou se escreve de forma incorreta certas palavras ou, ainda, quando se d palavra ou expresso um significado errado.

Ex.:mendigo mendigo

Rubrica rubrica

Misntropo misantropo

- Cacofonia: consiste na juno de duas palavras formando uma terceira de sentido inconveniente ou desagradvel.

Ex.: Meu corao porti gela.

J que no possoamar ela.

- Pleonasmo vicioso: quando a repetio do termo ou expresso considerada desnecessria ou quando a redundncia no trouxer acrscimo ou reforo estilstico idia.

Ex.:subir para cima,descer para baixo,grande maioria,sair para fora,entrar para dentro,comer a comida

- Estrangeirismo: o emprego de certas palavras ou expresses estrangeiras no lugar de termos correspondentes na prpria lngua.

Galicismo:quando a palavra francesa.

Anglicismo:quando a palavra inglesa.

Germanismo:quando a palavra alem.

Ex.:buqu,chance,chofer,comit,enquete,gafe,marcante,menu,performance,revanche

- Solecismo: o erro que infringe as regras de sintaxe. Pode ser de regncia, concordncia ou colocao pronominal.

Ex.:Fazemdois meses que ele no aparece.

Vou nocorreio agora.

- Coliso: sequncia desagradvel de fonemas consonantais idnticos.

Ex.:Semcessar,sseisofrer pro voc.

Viajareij emjaneiro.

- Arcasmo: uso de palavras ou expresses que pertencem a uma etapa j ultrapassada da evoluo da lngua.

Ex.:Vosmec voc

Fremosa formosa

Variantes Lingusticas

Uma lngua nunca falada da mesma forma, sendo que ela estar sempre sujeita a variaes, como: diferena de pocas (oportugusfalado hoje diferente do portugus de 50 anos atrs), regionalidade (diferentes lugares, diferentes falas), grupo social (uso de etiqueta, assim como grias por determinadas tribos) e ainda as diferentes situaes (fala forma e informal).

Alm das variaes j citadas, h ainda outras variaes, como, modo de falar de diferentesprofissionais(linguagem tcnica da rea), as grias das diferentes faixas etrias, a lngua escrita e oral.

Diante de tantasvariantes lingsticas, comum perguntar-se qual a forma mais correta. Porm no existe forma mais correta, existe sim a forma mais adequada de se expressar de acordo com a situao. Dessa forma, a pessoa que fala bem aquela que consegue estabelecer a forma mais adequada de se expressar de acordo com a situao, conseguindo o mximo de eficincia da lngua.

Usar o portugus rgido e srio (linguagem formalescrita) em uma comunicao informal, descontrada falar de forma inadequada. Soa como pretensioso, artificial. Da mesma forma, inadequado utilizar grias, termos chulos e desrespeitosos em uma situao formal.

Ao se falar de variantes preciso no perder de vista que a lngua um cdigo de comunicao e tambm um fato com repercusses sociais. Existem muitas formas de comunicar que no perturbam a comunicao, mas afetam a imagem social do comunicador. Uma frase como O povo exageram tem o mesmo sentido que O povo exagera. Como sabemos o coletivo como contedo sempre plural. Porm hoje a concordncia com a forma. Nesse particular, h uma aproximao mxima entre lngua e etiqueta social. Atualmente falar O povo exageram deprecia a imagem do falante.

Para resolver essas chamadas questes de correes de frase aconselhvel tomar os seguintes cuidados:

-checar problemas deacentuao, crase e grafias problemticos;-observar o verbo (conjugao, concordncia, regncia);-observar os pronomes (colocao, funo sinttica);-observar se as palavras esto sendo utilizadas em sua forma e sentido correto.

Exemplo.

Convidamos aosprofessorespara que d incio as discusses dos assuntos em pauta

Forma correta

Convidamos os professores para que dem incio s discusses dos assuntos em pauta

Lngua Oral e Lngua Escrita

Cada uma com suas propriedades, aLngua Orale aLngua Escritase completam. Os falantes no escrevem exatamente como falam, pois a fala apresenta como caractersticas uma maior liberdade no discurso, pois no necessita ser planejada; pode ser redundante; enftica; usando timbre, entonao e pausas de acordo com a retrica estas caractersticas so representadas na lngua escrita por meio de pontuaes.

Necessita-se de contato direto com o falante para que hajalinguagem oral, sendo a mesma espontnea e estando em constante renovao. Assim, como o falante no planeja, em seu discurso pode haver uma transgresso norma culta.

Aescrita, por vez, mantm contato indireto entre escritor e leitor. Sendo mais objetiva, necessita de grande ateno e obedincia s normas gramaticais, assim caracteriza-se por frases completas, bem elaboradas e revisadas, explcitas, vocabulrio distinto e variado, clareza no dilogo e uso de sinnimos. Devido a estes traos esta uma linguagem conservadora aos padres estabelecidos pelas regras gramaticais.

Ambas as linguagens apresentam caractersticas distintas que variam de acordo com o indivduo que a utiliza, portanto considerando que as mesmas sofrem influncia da cultura e do meio social, no se pode determinar que uma seja melhor que a outra, pois seria desconsiderar essas influncias. No momento que cada indivduo, com sua particularidade, consegue se comunicar a linguagem teve sua funo exercida.

Linguagem Oral e Escrita - O erro

Atualmente, o dominio da lingua, oral e escrita, e fundamental para a participacao social efetiva, pois e por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informacao, expressa e defende pontos de vista, divide ou constroi visoes de mundo e produz novos conhecimentos.

Nesse sentido, ao ensina-la a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos os saberes linguisticos, necessarios ao exercicio da cidadania, um direito de todos. Por isso, o ensino da lingua portuguesa, tem sido o centro das discussoes a fim melhorar a qualidade da educacao no pais.

Analisando o contexto historico do ensino no Brasil, percebe-se que a pedagogia tradicional transmite muitas mensagens, como por exemplo, que o erro e vergonhoso precisando ser evitado a qualquer custo. Sob este ponto de vista, o aluno fica sem coragem de expressar seu pensamento, por medo de escrever ou falar de forma errada. A visao culposa do erro, na pratica escolar, tem conduzido ao uso permanente do castigo como forma de correcao e direcao da aprendizagem, tornando a avaliacao como base da decisao.

A ideia de erro surge no contexto da existencia de um padrao considerado correto. A solucao insatisfatoria de um problema so pode ser considerada errada, a partir do momento que se tem uma forma considerada certa de resolve-lo; uma conduta e considerada errada, na medida em que se tem uma definicao de como seria considerada correta, e assim por diante.

A tradicao escolar, cuja crenca e a de que se aprende pela repeticao, concebe os erros como inadequacoes que as criancas cometem ao reproduzir o conteudo que se ensinou.(Kaufmann et al; 1998, p. 46). Assim, todo o esforco do professor consiste em evitar que os erros ocorram e em corrigir aqueles que nao puderam ser evitados.

Porem, de acordo com as novas praticas pedagogicas, o erros e visto como um indicador dos conhecimentos adquiridos ou em construcao. Uma visao sadia do erro permite sua utilizacao de forma construtiva. Face a isto, quando tratamos de avaliacao, impreterivelmente, precisamos enfrentar a questao do erro. Lidar com os erros dos aprendizes e, possivelmente, uma das maiores dificuldades dos professores. Superar essa dificuldade implica refletir a cerca do conceito que temos de erro.

Se o trabalho desenvolvido em sala de aula permitir as criancas escreveremlivremente, da forma como sabem, o resultado de suas escritas criara nelas proprias aflicao e, consequentemente, a necessidade de superar os erros que cometem.

E fundamental ver os erros das criancas como indicacoes a cerca do nivel de conhecimento que elas possuem sobre a lingua escrita. Desse modo, o educador tera condicoes de planejar atividades que venham ajudar o aluno a superar suas limitacoes temporarias e, assim, progredir cognitivamente. Tais atividades envolveriam o ensino ludico da ortografia, os trabalhos individuais e grupais, utilizacao de diferentes tipos de recursos didaticos e do proprio meio.

Receber o erro como processo de construcao do conhecimento nao significa ignora-lo, aguardando que o aluno o perceba sozinho, e sim gerar situacoes problematizadoras e instigantes, que levam o aluno a reformular hipoteses e confrontar saberes.

O que linguagem formal e informal?

A linguagem a forma que usamos para nos comunicar uns com os outros. Temos a linguagem oral,escritae visual, por exemplo, mas todas estas seguem padres adotados pela sociedade que diferem entre si dependendo da situao ou do ambiente em que o indivduo se encontra. Atualmente, numa poca de modernidade lquida onde as coisas so passageiras e rpidas bastante comum que faamos uso da linguagem para acompanhar este ritmo.

Por exemplo, quando conversamos com pessoas vindas de lugares diferentes, com outros costumes e outrosvcios de linguagemtendemos a absorver certas expresses e at mesmo grias que acabam tornando-se comum em nosso cotidiano. Entre amigos e alguns familiares perfeitamente normal que faamos uso destas grias, falando de forma mais desleixada e, saindo da parte da oralidade, quando conversamos com algum pelo celular ou computador, atravs e mensagens de texto, nossa forma de linguagem continua a mesma, fazemos usos de abreviaes que no constam na nossa lngua e at inventamos algumas palavras. Este tipo de linguagem chamamos de informal.

J a linguagem formal aquela que utilizamos em situaes que requerem seriedade, o tipo de linguagem requerida em exames que trazem uma parte deredaocomo alguns concursos pblicos e principalmente o temido vestibular. Ela tambm utilizada na oralidade quando temos que lhe dar com algum mais velho ou de um cargo superior, por exemplo, no se atendo somente escrita. Imagine voc prestes a fazer um discurso, para um auditrio lotado, todos prestando ateno em cada palavra que tem a dizer naquele momento, fica claro que o tipo de linguagem a ser utilizada a linguagem formal. Ou quando temos que enviar uma carta ou um documento.

Saiba diferenciar a linguagem formal da informal

Conhecer estes dois tipos de linguagem essencial para que possamos ter boa desenvoltura no meioprofissionalou acadmico, saber se expressar com certeza a chave para o sucesso. Veja abaixo um exemplo e algumas diferenas ntidas entre a linguagem formal e a informal.

Caramba! To perdido, no sei como chegar no hotel. Este trecho estescritona linguagem informal, visto que, faz uso de grias cotidianas como caramba e de expresses utilizadas oralmente com bastante frequncia como o to. Chegar no hotel tambm encontra-se escrito de maneira informal, o trecho uma transcrio fiel da fala.

Estou perdido, no sei como chegar ao hotel. Desta vez o mesmo trecho, sem a gria, est escrito de maneira formal. Observe o uso da palavra Estou e no to, abreviada e informal, como no trecho anterior e a preposio ao em No sei como chegar ao hotel est empregada corretamente em lugar do no do trecho anterior.

E a, como que ce anda? Nesta frase h o uso da expresso ce que d ideia de voc o que caracteriza a linguagem informal.

Como que voc est? Neste caso j vemos o uso da linguagem formal sem que o voc seja substitudo por uma expresso ouabreviaomais informal.

Oportugusno uma das lnguas mais fceis, contudo, torna-se prazeroso estudar sobre a nossa lngua quando temos peculiaridades to interessantes quanto a linguagem formal e informal. Aprender nunca demais e na nossa lngua no faltam tpicos a serem estudados e desmistificados.

Gria

O que gria?Gria um tipo de linguagem empregada em um determinado grupo social, mas que pode se estender sociedade em razo do grau de aceitao.

Portanto, a gria pode ficar restrita ou pode se tornar pblica. Trata-se de um fato social obtido atravs da lngua e, por este motivo, definido como fenmeno lingustico e compreende:

Gria de grupo restrita s pessoas do grupo, pois s elas so capazes de decifrar o que est sendo dito; cdigo entre seus membros; meio de identificao prpria, peculiar; expresso de sentimentos de restrio relativos sociedade; representa uma escolha social.

Gria comum aquela que tomou propores maiores e atingiu a populao; ocasiona vnculo com os demais, a fim de se formar uma identidade nacional; rompe com a formalidade; expresso de sentimentos de frustrao, felicidade, concordncia e discordncia.

A expanso da gria ocorre de acordo com a proporo social que atingiu. Ento, comum se ouvir nas ruas algo que est sendo dito em uma novela ou programa de audincia.

A gria tambm acompanha os movimentos de ordem poltica e podem surgir nos palanques, nas manifestaes de reivindicao por melhoras, nas reunies sindicais, nas propagandas, etc.

importante estudar a gria e seu efeito em relao aos valores sociais, pois um meio de se entender o mundo atual e a repercusso que os canais de comunicao detm. No entanto, sempre estabelecendo os limites e os motivos pelos quais tal fenmeno usado. Pois h muitos que o utilizam desordenadamente.Saber por que as variaes lingusticas ocorrem vlido, no entanto, deve-se ter cuidado para no se fazer apologia em respeito a elas.

Alguns tipos de grias comuns:

Abrir o jogo- contar a verdadeBaixar a bola acalmarArregaar as mangas dar incio a um trabalhopaty ou patricinha rica, bem-vestida, mulher frescabaranga, tribufu mulher feiaplayboy ou mauricinho garoto rico ou que quer aparentar que bater na mesma tecla insistirbater boca brigar, discutircom a faca e o queijo na mo com tudo para resolver um problemadar com a lngua nos dentes fofocar, contar um segredofazer vista grossa fingir que no viu algo importante, negligenciarMudar da gua para o vinho mudar radicalmente para melhor

Slaba e Diviso silbica

Slaba a unidade ou grupo de fonemas emitidos num s impulso davoz.

Diviso silbicaA fala o primeiro e mais importante recurso usado para a diviso silbica na escrita.

Regra geral:Toda slaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.

Regras prticas:No se separam ditongos e tritongos.Exemplos: mau, averiguei.

Separam-se as letras que representam os hiatos.Exemplos: sa--da, vo-o...

Separam-se somente os dgrafos rr, ss, sc, s, xc.Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to...

Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente.Exemplo: car-ta.

Os elementos mrficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados palavra, obedecem s regras gerais.Exemplos:de-sa-ten-to,bi-sa-v,tran-sa-tln-ti-co...

Consoante no seguida de vogal permanece na slaba anterior. Quando isso ocorrer em incio de palavra, a consoante ser anexa slaba seguinte.Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-t-nio,psi-c-lo-go,gno-mo...

Classificando as palavras quanto ao nmero de slabas

Compreender o verdadeiro sentido que se atribui ao termo slaba revela-se como pressuposto de fundamental importncia para o estudo do elemento em questo. Entende-se por slaba o conjunto de um ou mais fonemas pronunciados sob uma nica emisso de voz.De modo a exemplificarmos, subsidiar-nos-emos na palavra casa que, uma vez pronunciada, se obtm como resultado:

CA - SA

Desse modo, constatamos que o vocbulo em evidncia se divide em duas slabas, literalmente caracterizado como disslabo. A partir de tais requisitos, ocupemo-nos, pois, em conhecer algumas peculiaridades voltadas para a classificao das palavras, levando-se em considerao o nmero de slabas por elas retratado. Assim, vejamos:

MonosslabasCaracterizam-se por apresentar uma nica slaba, bem como nos revelam os seguintes exemplos:

CO P R FLOR AR H ...

DisslabasConstituem-se por duas slabas, assim evidenciadas:

JACA BOMBA MESA TIL LIVRO...

TrisslabasFormadas por trs slabas, evidenciando-se por:

RVORE LMPADA LTIMO MDICO...

PolisslabasApresentam mais de trs slabas, assim representadas:

AUTOMVEL BICICLETA ULTIMATO TRINGULO...Slaba Tnica

A nossa Lngua Portuguesa possui vrias regras e normas que devemos seguir para escrevermos corretamente e de forma culta. Cada idioma segue a sua regra de acentuao! Ela no to fcil e nem to simples, mas devemos aprend-la. Algumas regras esclarecem com maior clareza o motivo pelo qual as palavras precisam ser acentuadas. Vamos entend-las melhor!

Detalhes da Slaba tnica

A slaba tnica diferenciada por ser a slaba mais forte em uma palavra, ou seja, que pronunciamos com maior intensidade.

Elaaparece em diferentes posies da palavra. Dependendo da posio dessa slaba, a palavra ter uma classificao, e isso depender da intensidade com que pronunciada. Vamos conhecer as regras de classificao das palavras, conforme a posio da slaba tnica.

Regras de acentuao com relao a slaba tnica

Para classificar uma palavra conforme a slaba tnica, verificamos a posio dessa slaba de trs para frente da palavra. So trs posies possveis: na ltima slaba da palavra, na penltima slaba da palavra ou na antepenltima. Vamos observar!

Quando a slaba tnica a ultima, dizemos que a palavra oxtona. Exemplo: ba, chapu, girassol, coragem, nariz, pas, cip, ningum, leite, assobio, mo, vo, voc, etc;

Quando a slaba tnica a penltima, dizemos que a palavra paroxtona. Exemplos: chocolate, lbum, criana, varinha, livro, alfinete, sabonete, colgio, cantava, relgio, mansinho, carinho, etc;

Quando a slaba tnica a antipenltima, dizemos que a palavra proparoxtona. Exemplos: matemtica, pssimo, fbrica, pssaro, mdico, vtima, mquina, xcara, culos, slaba, penltima, etc.

Sinais de acentuao

O sinal () chamando de acento agudo e usamos sobre as vogaisa, e, i, o, uda slaba tnica das palavras indicando um som aberto.

O sinal (^) chamado de acento circunflexo e usamos sobre as vogaisa,e,oda slaba tnica das palavras indicando um som fechado. Com a nova regra de acentuao no utilizamos mais esse acento nas vogaisieu.

O sinal (~) chamado de til e usamos esse acento nas vogaisaeoindicando o som nasal. Ex.: alem, rgo, irm, corao.

O sinal () chamado de trema e, conforme o novo acordo ortogrfico, pode ser aplicado somente nas palavras de origem estrangeira ou nome prprio.

O sinal (`) chamado de acento grave e usamos para indicar juno da preposioacom os artigosaease com os pronomes demonstrativos(aquele, aquela, aquilo). Ex.: , s, quele, quilo.

Acentuao

A acentuao um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramtica Normativa. Esta compe-se de algumas particularidades, s quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relao de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prtica na linguagem escrita.

medida que desenvolvemos o hbito da leitura e a prtica de redigir, automaticamente aprimoramos essas competncias, e to logo nos adequamos forma padro.

Em se tratando do referido assunto, devemos nos ater questo dasNovas Regras Ortogrficas da Lngua Portuguesa,as quais entraram em vigor desde o dia1 de janeiro de 2009.E como toda mudana implica em adequao, o ideal que faamos uso das novas regras o quanto antes.

O estudo exposto a seguir visa aprofundar nossos conhecimentos no que se refere maneira correta de grafarmos as palavras, levando em considerao as regras de acentuao por elas utilizadas. Lembrando que elas j esto voltadas para o novo acordo ortogrfico.Acentos agudo e circunflexo

Em nossa escrita, as vogais so representadas, na maioria dos casos, com grafemas bsicos sem diacrticos (a, e, i, o, u). Uma quantidade reduzida de vogais, porm, representada com o uso dos acentos agudo e circunflexo (, , , , , , , ).

As razes normalmente invocadas para o uso dos acentos na nossa escrita podem ser resumidas, grosso modo, da seguinte forma: acentua-se a vogal da slaba mais intensa entre as trs ltimas da palavra sempre que isso for necessrio para orientar o leitor quanto intensidade da slaba, quanto ao timbre da vogal, se aberto ou fechado e, em certos casos, para diferenciar entre dois sentidos distintos para a palavra.

As motivaes tradicionais para o uso dos acentos j esto superadas. Podem ter sido importantes em outra poca, mas na realidade atual do idioma, as regras de acentuao soam arbitrrias. Basta uma anlise ligeira para perceber que quem definiu as regras da nossa ortografia selecionou arbitrariamente os casos em que o leitor supostamente precisa de orientao quanto ao timbre da vogal e posio da slaba intensa. Da mesma forma, os casos em que se usa o chamado acento diferencial tambm foram definidos arbitrariamente. Alm disso, concluiu-se erroneamente que o leitor precisa ser orientado sobre essas informaes. O leitor identifica as caractersticas das vogais nos casos em que no se usa acento e que so a maioria, ento por que no as identificaria nas posies em que o acento usado? Apesar de as razes tradicionais para uso dos acentos no serem razoveis, as regras de acentuao continuam sendo exigidas em contextos formais e, por isso, vamos a elas.

As regras de uso dos acentos agudo e circunflexo so as seguintes:

Uso do acento agudo

O acento agudo usado na representao das vogais abertas //, //, // e tambm de /i/ e /u/. Exemplos:gua, poca, bvio, coneetil. Alm disso, o acento agudo aparece nos dgrafosn, m, n, em,que representam vogais nasais. Exemplos: ndio, mpio, nicoeplmbeo.

Uso do acento circunflexo

O acento circunflexo usado na representao das vogais fechadas //, // e //. Exemplos: mago, convnioecompl. Alm disso, aparece nos dgrafosm, n, m, n, men, que representam vogais nasais. Exemplos:mbar, nfora, mbolo, nfase, cmputoecncavo.

Acentos e intensidade da slaba

Os acentos agudo e circunflexo s ocorrem na slaba mais intensa entre as trs ltimas da palavra. Por exemplo: a palavracom-ple-t-ssi-motem duas slabas com intensidade destacada, mas s a ltima apresenta grafema com acento porque est entre as trs ltimas da palavra. A conseqncia dessa regra que s se pode usar um acento por palavra.

Proparoxtonas

Proparoxtonas so as palavras em que a antepenltima slaba mais intensa que as posteriores. Todas as palavras deste grupo so acentuadas. Por exemplo:blsamo,cmara,stimo,trmulo,ctrico,prximo,cmodo eltimo. Esta regra se estende aos dgrafos que representam vogais nasais como em:mpetoembolo.

Paroxtonas

Paroxtonas so as palavras em que a penltima slaba a mais intensa entre as trs slabas finais. S uma parte do grupo acentuada e h vrias regras a seguir neste caso. So acentuadas as palavras paroxtonas que terminam com:

semivogal + vogal ou vice-versa, seguida ou no de /s/. Exemplos:sbia/s-by/,brios/-brys/lrio/li-ry/,pio/-py/,vcuo/v-cw/,rguas/r-gws/ ejquei/j-ky/. Esta regra se estende aos dgrafos que representam vogais nasais como em:ndio/-dy/ecmbio/c-by/.

/i/, /u/ ou //, seguidas ou no por /s/. Exemplos:cqui,tnis,bnus,jri,lbuns,frum. Esta regra se estende a dgrafos que representam vogais nasais como emdndi.

grafemasouo, seguidos ou no por /s/. Exemplos:m,bnoergos.

grafemasl, n, r,x, teps.Exemplos:afvel, terrvel,hfen,hmen,prton,ter, acar,crtex,ltex,supervit,bcepsefrcepsA regra se estende aos dgrafos que representam vogais nasais comombar. O plural dessas palavras, quando resulta em paroxtona acentuado, salvo excees comohifens.

Oxtonas

Palavras em que a ltima slaba a mais intensa entre as trs slabas finais so oxtonas. Apenas algumas palavras deste grupo so acentuadas. Vejamos as regras:

So acentuadas as palavras oxtonas que terminam com //, //, //, //, //, seguidas ou no de /s/. Exemplos:d, vatap,f, acarajs,l,cr, dend,bisavebibels.Esto includas nesta regra flexes verbais que perdem o fonema final diante dos pronomes oblquoslo,la,loselas. Exemplos:cont-la, escrev-laep-lo.

So acentuadas as oxtonas com duas slabas ou mais que terminam com // ou /y/, seguidos ou no de /s/. Exemplos:tambm, /t-by/,mantm/m-ty/parabns/p-r-bs/, etc. Observe que, neste caso, o acento usado o agudo, mas a pronncia da vogal fechada. No so acentuadas as monossilbicasbem, tem, cem, etc. As flexes de terceira pessoa singular de verbos como:obtm, convm e retm, seguem a regra. As flexes de terceira pessoa plural, porm, so acentuadas com acento circunflexo. Exemplos:obtm, convm e retm.

Vogais contguas

Temos duas regras ligadas a vogais contguas.

Levam acento, palavras em que a slaba intensa apresenta /u/ antecedido pelos grafemasgouqe seguido de vogal. Exemplos:argieaverige.

Levam acento as palavras em que a slaba intensa apresenta /i/ ou /u/ antecedidos de outra vogal. Exemplos:herona, pas, sadeevivo. Essa regra vlida para vogais orais. A regra no se estende a palavras comocontribuinteeruim, que apresentam vogais nasais na slaba intensa, representadas pelos dgrafosineim. Existem algumas excees regra. Vejamos quais so.

No so acentuadas as palavras que seguem esta regra se aps /i/ ou /u/ tivermos, na mesma slaba, /r/ ou /s/. Exemplos:diluirejuiz.

No so acentuadas as palavras que seguem essa regra, mas apresentam aps /i/ ou /u/, na slaba seguinte, o fonema //. Exemplos:ladainhaetainha.

No levam acento as palavras que seguem esta regra, se /i/ e /u/ forem seguidos de semivogal. Exemplo:contribuiu.

Slabas intensas que apresentam /w/

So acentuadas as palavras em que a slaba intensa apresenta as seqncias dadas. Exemplos:ru, tabarue chapu.

Acentos diferenciais

Usa-se acento diferencial em algumas palavras, supostamente para diferenci-las de outras com grafia idntica, exceto pelo acento. Esse recurso usado, por exemplo, para diferenciar entre duas flexes verbais como em:vem(singular) evm(plural). Em alguns casos, temos fonemas distintos, em outros no. Veja na tabela a seguir, alguns pares de palavras cuja grafia se diferencia pelos acentos diferenciais.

Sem acentoCom acento

Aspalavras.sdo volante.

Sigapelaestrada.Plade borracha.

Entradapeloporto principal.Plode barba.

Tenho medo que meplo.

Elepodevencer mas improvvel.Elepdevencer porque se esforou.

Venhaporaqui.Vamosprcombustvel no tanque.

Ele sabe oporqudo problemaVouporquequero.

Eletemum bom carro.Elestmuma bela casa.

Paulovempara o almoo.Elesvmpara o almoo.

Palavras monossilbicas de intensidade fraca

Observe a srie seguinte:

Tente encontr-la.

Docedeleite.

Concentre-se.

As palavras em negrito no so acentuadas, embora aparentemente atendam regra de acentuao das palavras oxtonas. Diferentemente, so acentuadas as palavras da srie a seguir:

Encontro vocl.

D-me o livro.

Scorreto.

Catedral das.

A diferena est na intensidade da slaba que compe a palavra. Na primeira srie, temos palavras monossilbicas, pronunciadas sempre em uma intensidade mais fraca que a das slabas prximas de palavras adjacentes. Pela nossa ortografia, palavras monossilbicas de intensidade fraca no so acentuadas.

Acento grave

Acento grave(`) Usado, hoje, apenas para indicar o fenmeno da crase fuso de a (preposio) + a(s) (artigo):

Fuifesta.

Chegamosnoite.

Fizemos refernciasobras romnticas.

Crase tambm fuso do a (preposio) + o primeiro a dos demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo, aqueloutro.

Refiro-mequelerapaz.

Endereamos acartaquelamoa.

Prefiro istoquilo.

Crase tambm fuso de a (preposio) + a (pronome demonstrativo).

No me refiro a voc e simque estava doente.

Esta camisa semelhanteque ganhei no aniversrio passado.

Regras de Acentuao Grfica

Baseiam-se na constatao de que, em nossa lngua, as palavras mais numerosas so asparoxtonas, seguidas pelasoxtonas. A maioria das paroxtonas termina em-a, -e, -o, -em,podendo ou no ser seguidas de "s". Essas paroxtonas, por serem maioria,noso acentuadas graficamente. J asproparoxtonas, por serem pouco numerosas, so sempre acentuadas.

Proparoxtonas

Slaba tnica: antepenltima

As proparoxtonas sotodasacentuadas graficamente.Exemplos:

trgico, pattico,rvore

Paroxtonas

Slaba tnica: penltima

Acentuam-se as paroxtonas terminadas em:

lfcil

nplen

rcadver

psbceps

xtrax

usvrus

i, isjri,lpis

om, onsindom,ons

um, unslbum,lbuns

(s), o(s)rf,rfs, rfo,rfos

ditongo oral (seguido ou no de s)jquei,tneis

Observaes:

1) As paroxtonas terminadas em"n"so acentuadas (hfen), mas as que terminam em"ens",no. (hifens, jovens)

2) No so acentuados os prefixos terminados em"i"e"r". (semi, super)

3) Acentuam-se as paroxtonas terminadas em ditongos crescentes:ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s),io(s).

Exemplos:

vrzea,mgoa,leo, rgua, frias, tnue,crie,ingnuo,incio

Oxtonas

Slaba tnica: ltima

Acentuam-se as oxtonas terminadas em:

a(s):sof,sofs

e(s):jacar, vocs

o(s):palet, avs

em, ens:ningum, armazns

Monosslabos

Os monosslabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem sertnicosoutonos.

Monosslabos Tnicos

Possuem autonomia fontica, sendo proferidosfortementena frase onde aparecem. Acentuam-se os monosslabos tnicos terminados em:

a(s):l, ce(s):p, mso(s):s, p, ns, ps

Monosslabos tonos

No possuem autonomia fontica, sendo proferidosfracamente,como se fossem slabas tonas do vocbulo a que se apoiam.

Exemplos:

o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.

Observaes:

1) Os monosslabos tonos so palavras vazias de sentido, vindo representados por artigos, pronomes oblquos, elementos de ligao (preposies, conjunes).

2) H monosslabos que so tnicos numa frase e tonos em outras.

Exemplos:

Voc trouxe sua mochila paraqu? (tnico) /Quetem dentro da sua mochila? (tono)

H sempre ummaspara questionar. (tnico) / Eu sei seu nome,masno me recordo agora. (tono)

Saiba que:

Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblquos, produzem formas oxtonas ou monossilbicas que devem ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminaes contidas nas regras.Exemplos:

beijar + a = beij-la

fez + o = f-lo

dar + as = d-las

fazer + o = faz-lo

Acento de Insistncia

Sentimentos fortes (emoo, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de enfatizar uma ideia podem levar o falante a emitir a slaba tnica ou a primeira slaba de certas palavras com uma intensidade e durao alm do normal.

Exemplos:

Estmuuuuitofrio hoje!

Deve haver equilbrio entreexportao eimportao.

Regras Especiais

Alm das regras fundamentais, h um conjunto de regras destinadas a pr em evidncia alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:

Ditongos Abertos

Os ditongosi, uei, sempre que tiverem pronncia aberta em palavrasoxtonas(i e no i), so acentuados. Veja:

i (s):anis, fiis, papisu (s):trofu, cusi (s):heri,constri, caubis

Obs.:os ditongos abertos ocorridos em palavrasparoxtonasNO so acentuados.

Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc.

Ateno: a palavradestrier acentuada por ser uma paroxtona terminada em "r" (e no por possuir ditongo aberto "i").

Hiatos

Acentuam-se o"i"e"u"tnicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na slaba ou acompanhados apenas de"s", desde que no sejam seguidos por"-nh".

Exemplos:

sa- - dae - go- s -mosa- - de

No se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:

ju -izra -izru -imca -ir

Razo:-iou-uno esto sozinhos nem acompanhados de-sna slaba.

Observao: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados no por serem hiatos, mas por outras razes. Veja os exemplos abaixo:

po--ti-co:proparoxtonabo--mio:paroxtona terminada em ditongo crescente.ja-:oxtona terminada em "o".

Verbos Ter e Vir

Acentua-se com circunflexo a 3 pessoa do plural do presente do indicativo dos verbosterevir, bem como nos seus compostos (deter, conter,reter,advir,convir,intervir, etc.). Veja:

Ele temEles tm

Ela vemElas vm

Ele retmEles retm

Ele intervmEles intervm

Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo:

eledetm-elesdetmeleadvm-elesadvm.

CRASE

A palavracrase de origem grega e significa "fuso", "mistura". Na lngua portuguesa, o nome que se d "juno" de duas vogais idnticas. de grande importncia a crase da preposio"a"com o artigo feminino"a" (s), com o pronome demonstrativo"a" (s), com o"a"inicial dos pronomesaquele (s),aquela (s),aquiloe com o"a"do relativoa qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreenso da fuso das duas vogais. fundamental tambm, para o entendimento da crase, dominar a regncia dos verbos e nomes que exigem a preposio"a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrncia simultnea de uma preposio e um artigo ou pronome.Observe:

Voua aigreja.Vouigreja.

No exemplo acima, temos a ocorrncia da preposio"a",exigida pelo verboir(ir a algum lugar) e a ocorrncia do artigo"a"que est determinando o substantivo femininoigreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a unio delas indicada pelo acento grave.Observe os outros exemplos:

Conheoaaluna.Refiro-mealuna.

No primeiro exemplo, o verbo transitivo (conhecer algo ou algum), logo no exige preposio e a crase no pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo transitivo indireto (referir-se a algo ou a algum) e exige a preposio"a". Portanto, a crase possvel, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino"a"ou um dos pronomes j especificados.

H duas maneiras de verificar a existncia de um artigo feminino"a" (s)ou de um pronome demonstrativo"a" (s)aps uma preposio"a":

1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se est em dvida. Se surgir a formaao, ocorrer crase antes do termo feminino.

Veja os exemplos:

Conheo"a"aluna. / Conheooaluno.Refiro-meaoaluno. / Refiro-mealuna.

2- Trocar o termo regente acompanhado da preposioapor outro acompanhado de uma preposio diferente(para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposies no se contrarem com o artigo, ou seja, se no surgirem novas formas(na (s), da (s), pela (s),...), no haver crase.

Veja os exemplos:

- Pensonaaluna.- Apaixonei-mepelaaluna.

- Comeou a brigar.- Cansoudebrigar.- Insisteembrigar.- Foi punidoporbrigar.- Optouporbrigar.

Ateno: lembre-se sempre de que no basta provar a existncia da preposio"a"ou do artigo"a", preciso provar que existem os dois.

Evidentemente, se o termo regido no admitir a anteposio do artigo feminino "a" (s), no haver crase. Veja os principais casos em que a craseNOocorre:

- Diante de substantivos masculinos:

Andamosacavalo.Fomosap.Passou a camisaaferro.Fazer o exerccioalpis.Compramos os mveisaprazo.Assistimosaespetculos magnficos.

- Diante de verbos no infinitivo:

A criana comeouafalar.Ela no tem nadaadizer.Estavamacorrer pelo parque.Estou dispostoaajudar.Continuamosaobservar as plantas.Voltamosacontemplar o cu.

Obs.: como os verbos no admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima apenas preposio, logo no ocorrer crase.

- Diante da maioria dos pronomes e das expresses de tratamento, com exceo das formassenhora, senhorita e dona:

Digaaelaque no estarei em casa amanh.Entregueiatodosos documentos necessrios.Ele fez refernciaaVossa Excelnciano discurso de ontem.PeoaVossa Senhoriaque aguarde alguns minutos.Mostrareiavocsnossas propostas de trabalho.Quero informaraalgumaspessoas o que est acontecendo.Isso no interessaanenhumde ns.Aonde voc pretende iraestahora?Agradeci a ele,aquemtudo devo.

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo mtodo explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construo surgir a forma ao, ocorrer crase.Por exemplo:

Refiro-memesma pessoa. (Refiro-meaomesmo indivduo.)Informei o ocorridosenhora. (Informei o ocorridoaosenhor.)Peaprpria Cludia para sair mais cedo. (Peaaoprprio Cludio para sair mais cedo.)

- Diante de numerais cardinais:

Chegouaduzentoso nmero de feridos.Daquiaumasemana comea o campeonato.

Casos em que a craseSEMPREocorre:

- Diante de palavras femininas:

Amanh iremosfesta de aniversrio de minha colega.Sempre vamospraia no vero.Ela disseirm o que havia escutado pelos corredores.Sou gratapopulao.Fumar prejudicialsade.Este aparelho posteriorinveno do telefone.

- Diante da palavra "moda", com o sentido de " moda de" (mesmo que a expressomoda defique subentendida):

O jogador fez um gol(moda de) Pel.Usava sapatos(moda de) Lus XV.O menino resolveu vestir-se(moda de) Fidel Castro.

- Na indicao de horas:

Acordeissete horas da manh.Elas chegaramsdez horas.Foram dormirmeia-noite.Ele saiusduas horas.

Obs.: com a preposio "at", a crase ser facultativa.

Por exemplo:Dormiram at as/s 14 horas.

- Em locues adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.Por exemplo:

tardes ocultass pressas medida que

noites clarass escondidas fora

vontade bea larga escuta

s avessas revelia exceo de imitao de

esquerdas turrass vezes chave

direita procura deriva toa

luz sombra de frente de proporo que

semelhana des ordens beira de

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar no admitem a anteposio do artigo"a". Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haver crase, desde que o termo regente exija a preposio"a". Para saber se um nome de lugar admite ou no a anteposio do artigo feminino"a", deve-se substituir o termo regente por um verbo que pea a preposio"de"ou"em". A ocorrncia da contrao"da"ou"na"prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haver crase.Por exemplo:

VouFrana. (VimdaFrana. EstounaFrana.)ChegueiGrcia. (VimdaGrcia. EstounaGrcia.)RetornareiItlia. (VimdaItlia. Estou na Itlia)VouaPorto Alegre. (VimdePorto Alegre. EstouemPorto Alegre.)ChegueiaPernambuco. (VimdePernambuco. EstouemPernambuco.)RetornareiaSo Paulo. (VimdeSo Paulo. EstouemSo Paulo.)

ATENO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrer crase. Veja:

RetornareiSo Paulo dos bandeirantes.IreiSalvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes DemonstrativosAquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haver crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposio"a".Por exemplo:

Refiro-meaaqueleatentado.

PreposioPronome

Refiro-mequeleatentado.

O termo regente do exemplo acima o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou algum) e exige preposio, portanto, ocorre a crase.

Observe este outroexemplo:

Alugueiaquelacasa.

O verbo "alugar" transitivo direto (alugar algo) e no exige preposio. Logo, a crase no ocorre nesse caso.Veja outros exemplos:

Dediqueiquelasenhora todo o meu trabalho.Quero agradecerquelesque me socorreram.Refiro-mequiloque aconteceu com seu pai.No obedecereiquelesujeito.Assistiquelefilme trs vezes.Esperoaquelerapaz.Fizaquiloque voc disse.Compreiaquelacaneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrncia da crase com os pronomes relativosa qualeas quaisdepende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposio"a",haver crase. possvel detectar a ocorrncia da crase nesses casos, utilizando a substituio do termo regido feminino por um termo regido masculino.Por exemplo:

A igreja qualme refiro fica no centro da cidade.O monumentoaoqual me refiro fica no centro da cidade.Caso surja a formaaocom a troca do termo, ocorrer a crase.

Veja outros exemplos:

So normass quaistodos os alunos devem obedecer.Esta foi a concluso qualele chegou.Vrias alunass quaisele fez perguntas no souberam responder nenhuma das questes.A sesso qualassisti estava vazia.

Crase com o Pronome Demonstrativo"a"

A ocorrncia da crase com o pronome demonstrativo"a"tambm pode ser detectada pela substituio do termo regente feminino por um termo regido masculino.Veja:

Minha revolta ligadado meu pas.Meu luto ligadoaodo meu pas.As oraes so semelhantessde antes.Os exemplos so semelhantesaosde antes.Aquela rua transversalque vai dar na minha casa.Aquele beco transversalaoque vai dar na minha casa.Suas perguntas so superioressdele.Seus argumentos so superioresaosdele.Sua blusa idnticade minha colega.Seu casaco idnticoaode minha colega.

A PalavraDistncia

Se a palavradistnciaestiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer.Por exemplo:

Sua casa ficadistncia de 100 quilmetros daqui. (A palavra est determinada.)Todos devem ficardistncia de 50 metros do palco. (A palavra est especificada.)

Se a palavradistnciano estiver especificada, a crasenopode ocorrer.Por exemplo:

Os militares ficaramadistncia.Gostava de fotografaradistncia.Ensinouadistncia.Dizem que aquele mdico curaadistncia.Reconheci o meninoadistncia.

Observao: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:

Gostava de fotografardistncia.Ensinoudistncia.Dizem que aquele mdico curadistncia.

Casos em que a ocorrncia da crase FACULTATIVA

- Diante de nomes prprios femininos:

Observao: facultativo o uso da crase diante de nomes prprios femininos porque facultativo o uso do artigo. Observe:

Paula muito bonita.Laura minha amiga.

A Paula muito bonita.A Laura minha amiga.

Como podemos constatar, facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes prprios femininos, ento podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Entreguei o cartoaPaula.Entreguei o cartoaRoberto.

Entreguei o cartoPaula.Entreguei o cartoaoRoberto.

ConteiaLaura o que havia ocorrido na noite passada.ConteiaPedro o que havia ocorrido na noite passada.

ConteiLaura o que havia ocorrido na noite passada.ConteiaoPedro o que havia ocorrido na noite passada.

- Diante de pronome possessivo feminino:

Observao: facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque facultativo o uso do artigo.Observe:

Minha av tem setenta anos.Minha irm est esperando por voc.

A minha av tem setenta anos.A minha irm est esperando por voc.

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, ento podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Cedi o lugaraminha av.Cedi o lugarameu av.

Cedi o lugarminha av.Cedi o lugaraomeu av.

Digaasua irm que estou esperando por ela.Digaaseu irmo que estou esperando por ele.

Digasua irm que estou esperando por ela.Digaaoseu irmo que estou esperando por ele.

- Depois da preposioat:

Fui atapraia.ouFui atpraia.

Acompanhe-o ataporta.ouAcompanhe-o atporta.

A palestra vai atascinco horas da tarde.ouA palestra vai atscinco horas da tarde.

Encontro Voclico, Encontro Consonantal e Dgrafo

Encontro Voclico o encontro de duas ou mais vogais em uma palavra.

Exemplos: corao, mame, heri, loiro, Paraguai, cime e potico.

Classificao do encontro voclico: ditongo, hiato e tritongo.

DITONGO-> o encontro de duas vogais pronunciadas na mesma slaba.

Exemplos:gua-> guaespcie-> es p - ciemuito -> mui topeloto-> pe - lo topais -> pais

HIATO-> o encontro de duas vogais pronunciadas em slabas separadas.Exemplos:

receoso -> re ce o - sotriunfo -> tri un fopoeta -> po e tapas -> pa - s

TRITONGO-> o encontro de trs vogais pronunciadas na mesma slaba.

Exemplos:sagues -> sa guesquaisquer -> quais querenxaguou-> en xa guou

Encontro consonantal o encontro de duasconsoantes, as duas consoantes so pronunciadas.

Exemplos com as consoantes na mesma slaba:

Pedra -> pe draPlanta -> plan taGlicose -> gli co seGravidade -> gra vi da de

Exemplos com as consoantes em slabas separadas:

Garfo -> gar foIgnorar -> ig no rarVista -> vis ta

Dgrafo o encontro de duasletras com umnicosom.

Exemplos:chapu, piscina, carroa, descer, pssaro, mosquito, exceo, galinha, tampa, ponta,ndia, comprimido e renda.

Ortografia

A ortografia se caracteriza por estabelecer padres para a forma escrita das palavras. Essa escrita est relacionada tanto a critrios etimolgicos (ligados origem das palavras) quanto fonolgicos (ligados aos fonemas representados). importante compreender que a ortografia fruto de uma conveno. A forma de grafar as palavras produto de acordos ortogrficos que envolvem os diversos pases em que a lngua portuguesa oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia ler, escrever e consultar o dicionrio sempre que houver dvida.

O Alfabeto

O alfabeto da lngua portuguesa formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minscula e outra maiscula. Veja:

a A()

b B(b)

c C(c)

d D(d)

e E()

f F(efe)

g G(g ou gu)

h H(ag)

i I(i)j J(jota)

k K(c)

l L(ele)

m M(eme)

n N(ene)

o O()

p P(p)

q Q(qu)

r R(erre)s S(esse)

t T(t)

u U(u)

v V(v)

w W(dblio)

x X(xis)

y Y(psilon)

z Z(z)

Observao: emprega-se tambm o , que representa o fonema /s/ diante das letras:a, o, euem determinadas palavras.

Emprego das letras K, W e Y

Utilizam-se nos seguintes casos:

a)Em antropnimos originrios de outras lnguas e seus derivados.

Exemplos:Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.

b)Em topnimos originrios de outras lnguas e seus derivados.

Exemplos:Kuwait, kuwaitiano.

c)Em siglas, smbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.

Exemplos:K (Potssio), W (West), kg (quilograma), km (quilmetro), Watt.

Emprego de X e Ch

Emprega-se oX:

1) Aps um ditongo.

Exemplos:caixa, frouxo, peixe

Exceo:recauchutar e seus derivados

2) Aps a slaba inicial "en".

Exemplos:enxame, enxada, enxaqueca

Exceo: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-"

Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)

3) Aps a slaba inicial "me-".

Exemplos:mexer, mexerica, mexicano, mexilho

Exceo: mecha

4) Em vocbulos de origem indgena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.

Exemplos:abacaxi,xavante, orix,xar,xerife,xampu

5) Nas seguintes palavras:

bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxal, praxe, roxo, vexame,xadrez,xarope,xaxim,xcara,xale,xingar, etc.

Emprega-se o dgrafoCh:

1) Nos seguintes vocbulos:

bochecha, bucha, cachimbo,chal,charque,chimarro,chuchu,chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.

Para representar o fonema/j/na forma escrita, a grafia considerada correta aquela que ocorre de acordo com aorigemda palavra.Veja os exemplos:

gesso:Origina-se do gregogypsosjipe:Origina-se do inglsjeep.

Emprega-se oG:

1) Nos substantivos terminados em-agem, -igem, -ugem

Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem

Exceo: pajem

2) Nas palavras terminadas em-gio, -gio, -gio, -gio, -gio

Exemplos:estgio, privilgio,prestgio,relgio,refgio

3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam comg

Exemplos:engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)

4) Nos seguintes vocbulos:

algema, auge, bege, estrangeiro,geada,gengiva,gibi,gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.

Emprega-se oJ:

1) Nas formas dos verbos terminados em-jarou-jear

Exemplos:

arranjar: arranjo, arranje, arranjemdespejar:despejo, despeje, despejemgorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeandoenferrujar: enferruje, enferrujemviajar: viajo, viaje, viajem

2) Nas palavras de origem tupi, africana, rabe ou extica

Exemplos:biju, jiboia, canjica, paj,jerico, manjerico, Moji

3) Nas palavras derivadas de outras que j apresentamj

Exemplos:

laranja- laranjeiraloja- lojistalisonja - lisonjeadornojo- nojeira

cereja- cerejeiravarejo- varejistarijo- enrijecerjeito- ajeitar

4) Nos seguintes vocbulos:

berinjela, cafajeste,jeca,jegue, majestade,jeito,jejum, laje, traje, pegajento

Emprego das Letras S e Z

Emprega-se oS:

1) Nas palavras derivadas de outras que j apresentamsno radical

Exemplos:

anlise- analisarcatlise- catalisador

casa- casinha, casebreliso- alisar

2) Nos sufixos-se-esa, ao indicarem nacionalidade, ttulo ou origem

Exemplos:

burgus- burguesaingls- inglesa

chins- chinesamilans- milanesa

3) Nos sufixos formadores de adjetivos-ense, -osoe-osa

Exemplos:

catarinensegostoso- gostosaamoroso- amorosa

palmeirensegasoso- gasosateimoso- teimosa

4) Nos sufixos gregos-ese, -isa, -osa

Exemplos:

catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose

5) Aps ditongos

Exemplos:

coisa, pouso, lousa, nusea

6) Nas formas dos verbosprequerer, bem como em seus derivados

Exemplos:

pus, ps, pusemos, puseram, pusera, pusesse, pusssemos

quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quisssemos

repus, repusera, repusesse, repusssemos

7) Nos seguintes nomes prprios personativos:

Baltasar, Helosa, Ins, Isabel, Lus, Lusa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Toms

8) Nos seguintes vocbulos:

abuso, asilo, atravs, aviso, besouro, brasa, cortesia, deciso,despesa, empresa, freguesia, fusvel, maisena, mesada, paisagem, paraso, psames, prespio, presdio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigsimo, visita, etc.

Emprega-se oZ:

1) Nas palavras derivadas de outras que j apresentamzno radical

Exemplos:

deslize- deslizarrazo- razovelvazio- esvaziar

raiz- enraizarcruz-cruzeiro

2) Nos sufixos-ez, -eza,ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos

Exemplos:

invlido- invalidezlimpo-limpezamacio- maciezrgido- rigidez

frio- friezanobre- nobrezapobre-pobrezasurdo- surdez

3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e-izao, ao formar substantivos

Exemplos:

civilizar- civilizaohospitalizar- hospitalizao

colonizar- colonizaorealizar- realizao

4) Nos derivados em-zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita

Exemplos:

cafezal,cafezeiro,cafezinho,arvorezinha,cozito,avezita

5) Nos seguintes vocbulos:

azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizo, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.

6) Nos vocbulos homfonos, estabelecendo distino no contraste entre oSe oZ

Exemplos:

cozer (cozinhar) e coser (costurar)prezar( ter em considerao) e presar (prender)traz(forma do verbo trazer) e trs(parte posterior)

Observao: em muitas palavras, a letraXsoa comoZ.Veja os exemplos:

exame

exato

exausto

exemplo

existir

extico

inexorvel

Emprego de S, , X e dos Dgrafos Sc, S, Ss, Xc, Xs

Existem diversas formas para a representao do fonema /S/. Observe:

Emprega-se oS:

Nos substantivos derivados de verbos terminados em"andir","ender", "verter" e "pelir"

Exemplos:

expandir- expansopretender- pretensoverter- versoexpelir-expulso

estender- extensosuspender- suspensoconverter- conversorepelir-repulso

Emprega-se:

Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer"

Exemplos:

ater- atenotorcer- toro

deter- detenodistorcer-distoro

manter- manutenocontorcer- contoro

Emprega-se oX:

Em alguns casos, a letraXsoa comoSs

Exemplos:

auxlio, expectativa, experto, extroverso, sexta, sintaxe, texto, trouxe

Emprega-seSc:

Nos termos eruditos

Exemplos:

acrscimo, ascensorista, conscincia, descender, discente, fascculo, fascnio, imprescindvel, miscigenao, miscvel, plebiscito, resciso, seiscentos, transcender, etc.

Emprega-seS:

Na conjugao de alguns verbos

Exemplos:

nascer- naso, nasacrescer- creso, cresadescer- deso, desa

Emprega-seSs:

Nos substantivos derivados de verbos terminados em"gredir", "mitir", "ceder" e "cutir"

Exemplos:

agredir- agressodemitir- demissoceder- cessodiscutir- discusso

progredir- progressotransmitir- transmissoexceder- excessorepercutir- repercusso

Emprega-se oXce oXs:

Em dgrafos que soam comoSs

Exemplos:

exceo, excntrico, excedente, excepcional, exsudar

Observaes sobre o uso da letraX

1) O X pode representar os seguintes fonemas:

/ch/ -xarope, vexame

/cs/ - axila, nexo

/z/ - exame, exlio

/ss/ - mximo, prximo

/s/ - texto, extenso

2) No soa nos grupos internos-xce-e-xci-

Exemplos:excelente, excitar

Emprego das letras E e I

Na lngua falada, a distino entre as vogais tonas /e/ e /i / pode no ser ntida.Observe:

Emprega-se oE:

1) Em slabas finais dos verbos terminados em-oar, -uar

Exemplos:

magoar -magoe, magoes

continuar- continue, continues

2) Em palavras formadas com o prefixoante-(antes, anterior)

Exemplos:antebrao, antecipar

3) Nos seguintes vocbulos:

cadeado, confete, disenteria,empecilho, irrequieto, mexerico, orqudea, etc.

Emprega-se oI:

1) Em slabas finais dos verbos terminados em-air, -oer, -uir

Exemplos:

cair-cai

doer- di

influir- influi

2) Em palavras formadas com o prefixoanti-(contra)

Exemplos:

Anticristo, antitetnico

3) Nos seguintes vocbulos:

aborgine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilgio, etc.

Emprego das letras O e U

Emprega-se oO/U:

A oposioo/u responsvel pela diferena de significado de algumas palavras.Veja os exemplos:

comprimento (extenso) e cumprimento (saudao, realizao)

soar (emitir som) e suar (transpirar)

Grafam-se com a letraO:bolacha, bssola, costume, moleque.

Grafam-se com a letraU:camundongo, jabuti, Manuel, tbua

Emprego da letra H

Esta letra, em incio ou fim de palavras, no tem valor fontico. Conservou-se apenas como smbolo, por fora da etimologia e da tradio escrita. A palavrahoje,por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latinahodie.

Emprega-se oH:

1)Inicial, quando etimolgico

Exemplos: hbito, hesitar, homologar, Horcio

2)Medial, como integrante dos dgrafosch, lh, nh

Exemplos:flecha, telha, companhia

3)Finaleinicial, em certas interjeies

Exemplos:ah!, ih!, eh!, oh!,hem?,hum!, etc.

4) Em compostos unidos porhfen, no incio do segundo elemento, se etimolgico

Exemplos:anti-higinico, pr-histrico, super-homem, etc.

Observaes:

1) No substantivoBahia, o"h" sobrevive por tradio. Note que nos substantivos derivados comobaiano,baianadaoubaianinhaele no utilizado.

2) Os vocbuloserva,Espanhaeinvernono possuem a letra"h"na sua composio. No entanto, seus derivados eruditos sempre so grafados comh.Veja:

herbvoro,hispnico,hibernal.

Emprego das Iniciais Maisculas e Minsculas

1) Utiliza-se inicial maiscula:

a) No comeo de um perodo, verso ou citao direta.

Exemplos:

Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, estar no Paraso."

"Auriverde pendo de minha terra,Que a brisa do Brasil beija e balana,Estandarte que luz do sol encerraAs promessas divinas da Esperana"(Castro Alves)

Observaes:

- No incio dos versos quenoabrem perodo, facultativoo uso da letra maiscula.

Por Exemplo:

"Aqui, sim, no meu cantinho,vendo rir-me o candeeiro,gozo o bem de estar sozinhoeesquecer o mundo inteiro."

- Depois de dois pontos,nose tratando de citao direta, usa-se letraminscula.

Por Exemplo:

"Chegam os magos do Oriente, com suas ddivas:ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)

b) Nos antropnimos, reais ou fictcios.

Exemplos:Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.

c) Nos topnimos, reais ou fictcios.

Exemplos:Rio de Janeiro, Rssia, Macondo.

d) Nos nomes mitolgicos.

Exemplos:Dionsio, Netuno.

e) Nos nomes de festas e festividades.

Exemplos:Natal, Pscoa, Ramad.

f) Em siglas, smbolos ou abreviaturas internacionais.

Exemplos:ONU, Sr., V. Ex..

g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, polticos ou nacionalistas.

Exemplos:Igreja (Catlica, Apostlica, Romana), Estado, Nao, Ptria, Unio, etc.

Observao: esses nomes escrevem-se com inicialminsculaquando so empregados em sentido geral ou indeterminado.

Exemplo:Todos amam suaptria.

Emprego FACULTATIVO de letra maiscula:

a) Nos nomes de logradouros pblicos, templos e edifcios.

Exemplos:

Rua da Liberdadeourua da LiberdadeIgreja do Rosrioouigreja do RosrioEdifcio Azevedoouedifcio Azevedo

2) Utiliza-se inicial minscula:

a) Em todos os vocbulos da lngua, nos usos correntes.

Exemplos:carro, flor, boneca, menino, porta, etc.

b) Nos nomes de meses, estaes do ano e dias da semana.

Exemplos:janeiro, julho, dezembro, etc.segunda, sexta, domingo, etc.primavera, vero, outono, inverno

c) Nos pontos cardeais.

Exemplos:Percorri o pas denorteasule delesteaoeste.Estes so os pontos colaterais:nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.

Observao: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais so grafados com letra maiscula.

Exemplos:Nordeste (regio do Brasil)Ocidente (europeu)Oriente (asitico)

Lembre-se:

Depois de dois-pontos,nose tratando de citao direta, usa-se letraminscula.

Ex