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FOTOS DIVULGAÇÃO ESTILO & TENDÊNCIA Slingback A nova moda de calçados tem um nome um tanto es- quisito, mas é muito confortá- vel. Os slingbacks são chiques e bem delicados, deixando o calcanhar à mostra, com ape- nas uma tirinha prendendo atrás. Esse modelo viajou no tempo graças ao estilista Karl Lagerfeld, que trouxe o sapato bicolor de biquinho redondo na passarela da Cha- nel em 2015, no seu desfile ARAUTO | Sexta-feira, 26 de janeiro de 2018 03 Por Ana Caroline Thomsen | [email protected] outono-inverno. A marca também estreou os kitten heels (ou salto gatinho), como também é chamado o slingback quando tem salto afinado e mais baixinho. Depois dessa estreia, foi um pulo até as marcas adotarem suas releituras do modelo. E o que percebemos com essa mudança de estilo? Que vem temporada, vai temporada, a tendência continua sendo o conforto (lembram dos dad sneakers que falamos semana passada?), indo ao contrário dos saltos nas alturas e apostando cada vez mais nos tênis. Com seu ar vintage e salto baixo, o slingback parece um sapatinho de vovó. Mas não se engane: ele pode se encaixar em diversos estilos e promete ser o queridinho das próximas estações. Apesar do modelo autêntico ter o saltinho baixo e grosso, muitas marcas investiram em outras versões do sapato, apostando nas sandálias rasteiras e sapatilhas, por exemplo, e assim ele acabou ficando mais versátil, se ade- quando a diversas ocasiões. Já deu pra perceber que o modelo é bem confortável, mas ele pode ser um pouco complicado de se coordenar com outras peças, muitas vezes deixando o look meio sem graça se não tiver o truque de estilo certo. Uma dica é combinar o slingback, que tem um ar mais anos 50, bem clássico e sofisti- cado, com peças mais modernas e casuais. Nossos pequenos vão crescendo e os desafios aumentam na mesma proporção. Não, não é quando são bebês que “dão mais trabalho”, no bom sentido. Na medida em que vão ficando grandes, eles também vão criando vontades, entendendo o que podem e o que não podem. E nós, pais, precisamos mostrar o certo e o errado e dar limites. Parece fácil, mas não é. Lidar com manhas e birras pode ser bastante estressante. Precisamos de paciência, muita paciência. Castigo funciona? Disciplina à moda antiga? Ninguém tem a receita. A certeza é uma só: tentamos fazer o que acreditamos ser o melhor, por eles. Seu filho respondeu pela enésima vez e essa foi a gota d’água. Não dá mais para segurar e você grita: “Já para o seu quarto!”. Momentos depois você percebe que agiu igualzinho à sua mãe. Calma, você não está sozinha. É normal que, numa reação impensada, quando nossos filhos se comportam mal, a gente faça com eles o que faziam conosco. Mas será que estes métodos ainda funcionam? Muitas mães e pais levaram tapas quando eram crianças e acabam fazendo o mesmo com os filhos. Alguns dizem que um tapa no bumbum ou na mão é a única coisa que funciona, quando já tentaram de tudo. Já outros são totalmente contra. Afinal, tem gente que lembra quantos tapas levou, da dor e do choro, mas não consegue recordar o motivo. Sugestões para lidar com a criança sem precisar bater: | Deixá-la sozinha (por exemplo, colocá-la num canto por alguns minutos para “pensar na vida”). | Tirar privilégios (como um brinquedo, um passeio, o tempo de TV). | Consertar o erro (fazê-la reparar o que fez de errado para só então poder fazer outra atividade). Fazer a criança “pensar na vida” Deixar a criança de castigo,no quarto, continua a ser uma opção muito usada pelos pais de crianças a partir de 2 anos. Outros pais preferem colocar a criança em outro lugar, como num degrau da escada ou num banquinho, e explicar por que ela tem que ficar ali: para pensar no que fez. Depois, sentam e conversam com a criança sobre o que aconteceu. Alguns especialistas defendem que castigos assim são adequados quando dados na hora. Pode ser uma boa estra- tégia para ajudar crianças agressivas a se acalmar. Mas isso deve ser feito de acordo com a idade, o temperamento e o grau do mau comportamento da criança. A sugestão mais simples para quem tem de 3 a 7 anos é: o castigo deve durar um minuto para cada ano da idade (três minutos para as crianças de 3 anos, quatro minutos para as de 4, e assim por diante). É importante deixar claro para a criança qual foi o comportamento inadequado e como você esperava que ela agisse. Mostre de um jeito bem claro, pois às vezes a criança não sabe o que devia ter feito. Depois de deixá-la pensando no que fez, peça a ela que escreva ou desenhe o que fez de errado, ou bata um papo sobre o assunto com ela. Quando a criança é muito pequena, é bom preferir lugares que inspirem silêncio e tranquilidade; não há problema se houver almofadas ou bichos de pelúcia. ALGUÉM AÍ FAZENDO BIRRA?

Por Ana Caroline Thomsen | [email protected] Slingbackadmv2.sizing.com.br/projetos/arauto/images/PagMat/Pag055964/MAIS... · num degrau da escada ou num banquinho, e explicar

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SlingbackA nova moda de calçados

tem um nome um tanto es-quisito, mas é muito confortá-vel. Os slingbacks são chiques e bem delicados, deixando o calcanhar à mostra, com ape-nas uma tirinha prendendo atrás.

Esse modelo viajou no tempo graças ao estilista Karl Lagerfeld, que trouxe o sapato bicolor de biquinho redondo na passarela da Cha-nel em 2015, no seu desfi le

ARAUTO | Sexta-feira, 26 de janeiro de 2018 03

Por Ana Caroline Thomsen | [email protected]

outono-inverno. A marca também estreou os kitten heels (ou salto gatinho), como também é chamado o slingback quando tem salto afi nado e mais baixinho. Depois dessa estreia, foi um pulo até as marcas adotarem suas releituras do modelo.

E o que percebemos com essa mudança de estilo? Que vem temporada, vai temporada, a tendência continua sendo o conforto (lembram dos dad sneakers que falamos semana passada?), indo ao contrário dos saltos nas alturas e apostando cada vez mais nos tênis.

Com seu ar vintage e salto baixo, o slingback parece um sapatinho de vovó. Mas não se engane: ele pode se encaixar em diversos estilos e promete ser o queridinho das próximas estações. Apesar do modelo autêntico ter o saltinho baixo e grosso, muitas marcas investiram em outras versões do sapato, apostando nas sandálias rasteiras e sapatilhas, por exemplo, e assim ele acabou fi cando mais versátil, se ade-quando a diversas ocasiões.

Já deu pra perceber que o modelo é bem confortável, mas ele pode ser um pouco complicado de se coordenar com outras peças, muitas vezes deixando o look meio sem graça se não tiver o truque de estilo certo. Uma dica é combinar o slingback, que tem um ar mais anos 50, bem clássico e sofi sti-cado, com peças mais modernas e casuais.

Nossos pequenos vão crescendo e os desafios aumentam na mesma proporção. Não, não é quando são bebês que “dão mais trabalho”, no bom sentido. Na medida em que vão ficando grandes, eles também vão criando vontades, entendendo o que podem e o que não podem. E nós, pais, precisamos mostrar o certo e o errado e dar limites. Parece fácil, mas não é. Lidar com manhas e birras pode ser bastante estressante. Precisamos de paciência, muita paciência. Castigo funciona? Disciplina à moda antiga? Ninguém tem a receita. A certeza é uma só: tentamos fazer o que acreditamos ser o melhor, por eles.

Seu filho respondeu pela enésima vez e essa foi a gota d’água. Não dá mais para segurar e você grita: “Já para o seu quarto!”. Momentos depois você percebe que agiu igualzinho à sua mãe. Calma, você não está sozinha. É normal que, numa reação impensada, quando nossos filhos se comportam mal, a gente faça com eles o que faziam conosco.

Mas será que estes métodos ainda funcionam? Muitas mães e pais levaram tapas quando eram crianças e

acabam fazendo o mesmo com os filhos. Alguns dizem que um tapa no bumbum ou na mão é a única coisa que funciona, quando já tentaram de tudo. Já outros são totalmente contra. Afinal, tem gente que lembra quantos tapas levou, da dor e do choro, mas não consegue recordar o motivo.

Sugestões para lidar com a criança sem precisar bater:| Deixá-la sozinha (por exemplo, colocá-la num canto por

alguns minutos para “pensar na vida”).| Tirar privilégios (como um brinquedo, um passeio, o

tempo de TV).| Consertar o erro (fazê-la reparar o que fez de errado para

só então poder fazer outra atividade).

Fazer a criança “pensar na vida”Deixar a criança de castigo,no quarto, continua a ser uma

opção muito usada pelos pais de crianças a partir de 2 anos. Outros pais preferem colocar a criança em outro lugar, como num degrau da escada ou num banquinho, e explicar por que ela tem que ficar ali: para pensar no que fez. Depois, sentam e conversam com a criança sobre o que aconteceu.

Alguns especialistas defendem que castigos assim são adequados quando dados na hora. Pode ser uma boa estra-tégia para ajudar crianças agressivas a se acalmar. Mas isso deve ser feito de acordo com a idade, o temperamento e o grau do mau comportamento da criança.

A sugestão mais simples para quem tem de 3 a 7 anos é: o castigo deve durar um minuto para cada ano da idade (três minutos para as crianças de 3 anos, quatro minutos para as de 4, e assim por diante). É importante deixar claro para a criança qual foi o comportamento inadequado e como você esperava que ela agisse. Mostre de um jeito bem claro, pois às vezes a criança não sabe o que devia ter feito.

Depois de deixá-la pensando no que fez, peça a ela que escreva ou desenhe o que fez de errado, ou bata um papo sobre o assunto com ela. Quando a criança é muito pequena, é bom preferir lugares que inspirem silêncio e tranquilidade; não há problema se houver almofadas ou bichos de pelúcia.

ALGUÉM AÍ FAZENDO BIRRA?