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PONTES INTRODUÇÃO GERAL - DEFINIÇÕES Moacyr de Freitas EPUSP PEF/401 •- 1978

Pontes 001

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PONTESINTRODUÇÃO GERAL - DEFINIÇÕES

Moacyr de FreitasEPUSP PEF/401

•- 1978

Page 2: Pontes 001

P í9 tf T £" 5

INTRODUÇÃO GEEAL - DEFINIÇÕES

Moaeyr de F ré i t as

EPUSP - PEF/401

1978

Page 3: Pontes 001

P O N T E S

INTRODUÇÃO GERAL - DEFINIÇÕES

OBSERVAÇÃO INICIAL

S habitual que em to do curso de i, n t vodu ç ao g ô pai ao

es tudo de pontes seja^ de in í cio ^ feita uma referência ao his tô_

rico desse importante tipo de obras 3 com a descrição do respec-

tivo desenvolvimento ao longo do tempo3 dês de os tipos primiti-

vos ate as modernas e grandes pontes. Como j porém, esse assunto

pode ser considerado como sendo mais de caráier i lustrati vo e

face ao grande número de publicações disponíveis sobre o tema>

não foi o mesmo considerado nas notas que se se g nem.

Em relação à história das pontesy bem como sobre di_

ferentes aspectos não técnicos sob ré essas o b rãs > p o de-s e ci-

tar a seguinte bibliografia:

1 - The Story of the Bridge

F. W.Robins - Cornish Bros . Ltd.

Birmingham

2 - The Morldrs Great Bridges

R. Shirley Smith - Phoenix House Ltd.

London - 1953

S - The Architecture o f Bridges

E li z abe th S. Mock - The Mus e um o f Modern

Art. - New York - 1949

4 - The Story of Bridges

Archibald Brack - Whittlesey House

New York - 2936

5 - Bridges and their Builâers

David B. Steinmann & Sara Ruth Watson

Dover Publications3 Inc. - New York 1957

Bibliogrã fi a Geral

Alêm de algumas réferencias bibliogrãficãs feitas no

próprio texto> p o de-s e indicar as seguintes publicaçoes para o

estudo das pontes em geral:

Page 4: Pontes 001

1 - "Pontes em Concreto Armado e Protendido"

Jayme Mason - Livros Técnicos e Cienttfiaoa

Editora S. A. - 197?

2 - "Pontes Metálicas e Mistas &m Viga Beta'"

Jayme Mason - Li-oro s Técnicos e Científicos

Editora S. A. -2976

3 - "Concrete Bridges"

Derrick Beekett - Surrey University Press

Oxford Shire - 1973

4 - "Bri dge Deck Behavious"Edmund C. Hambly - Chapman and tiall

Lonãon - 1976

5 - "Concrete B ri age Dês ign"

R.E. Rowe - C.B. Books Ltd. - London - 1962

6 - "Design o f B ri dge Superstruetures "

Colin 0'Connor - Wiley - Intersci&nce

New York - 1971

(traduzido para o português)

7 - "La Costruzione dei Ponti"

Guiseppe Rinalãi - (3 vols.)

Eãitrice Eredi V. Venchi - Roma - 1974

8 - "J Ponti1'

Guiseppe Albenga - '(3 vols)

Unione Tipográfico - Editrice Torinese - 19b 3

9 - "La Costruzione dei Ponti"

Luigi C roce (2 vols)

Libreria Editrice M. Bozzi - Génova - 1948

10 - "MassivbrUcksn"

Hans Hunger - B.G.Teubner Verlags geselhchaft

Leipzig - 2956

11 - "Brilcken aus Stahlbe ton und Spannbeton"

Emil Môrsch - (2 vols.)

Verlag Konrad Wittwer - Stuttgart - 2958

Page 5: Pontes 001

22 - "Brttckenbau" (4 vols.)

Werner Koch - Werner Verlag - 2969

Alem da bibliografia resumida acima^ deve-se consi-

derar a importante contribuição para o estudo das pontes> par-

ticularmente &ob o aspecto construtivo^ em revistas técnicas

periódicas* das quais pode-se citar as seguintes:

- Beton und Stahlbetonbau

- Bauingenieur

- Die Bautechnik

- Der Stahlbau

- L'Industria Italiana dei Cemento

- The Structural Engineer

- Informes de Ia Construccion

- Annales de L 'Institut Technique du Batiment et dês

Travaux Publica

- Journal of the Structural Division (ASCE)

- The In&titution o f Civil Engineers - Proceedings

Page 6: Pontes 001

PONTES

In t TOâuçao Geral - Definições

l - Definições

Chama-se "ponte" a uma obra destinada a manter a eontinui^

âade de uma via de comunicação qualquer* através de um obstá-

culo natural ou artificial* com a característica de não inter_

romper totalmente esse obstáculo.

A via de comunicação pode ser uma rodovia* uma ferrovia*

uma via de pedestres ou um canal navegável. Pode ainda* por

extensão* ser representada por um aqueduto; modernamente* a

via de comunicação pode ser representada* em um aeroporto * p£

Ia pista de ligação do pátio de embarque com a pista princi-

pal de aterragem ou 'à&co l age m dos aviões.

O obstáculo natural ê* geralmente* representado P&? um rio*

um lago* um trecho de mar ou por uma depressão do terreno* QO_

mo um vale ou uma erosão profunda e extensa ("canyonn ) * o obo__

tãculo artificial é representado por outra via de comunicação

(cruzamento de uma rodovia ou ferrovia* por exemplo) ou um ea_

nal ou lago* construídos com uma de terminada finalidade.

, Por não interromper inteiramente o obstáculo transposto *

a ponte difere dos aterros, também executados com a finalida-

de de conservar a continuidade da via de comunicação * porém

vedando totalmente a secção de travessia. Em geral * no caso de

utilização de aterros* ha necessidade de prever a execução de

pequenas obras enterradas* representadas quase sempre por ga-

lerias * destinadas a manter a continuidade de pequenos cursos

d'agua* de regime permanente ou temporário* constitui do s por

ribeiroes ou corregos e Io c ali zados no fundo de vale s (fi g.

(2).

Page 7: Pontes 001

— O -_

Aterro da estrada

cornSQQperfil natural doterreno

fig.

Em sen ti- ao restrito , o termo n ponte " ê utilizado quando

o obstáculo transposto pela obra e representado , de forma

predominante ^ pela água. É o caso do cruzamento de rios y ca-

nais j trechos de mar e lagos . No caso em que o obstáculo

não apresenta agua ou esta comparece de modo pouco significa^

tivo A constituindo apenas pequena parcela do obstáculo^ a obra

recebe a designação de "viaduto ". São exemplos de viadutos

as obras executadas sobre vias de comunicação (ruas^ avenidas

ou estradas ) ou para transpor vales em que a água s 6 aparece

sob a forma de pequenos riachos ou córregos . Em sua grande

maioria j as obras executadas no perime tro urbano das cidades

são exemplos de viadutos . Na construção de estradas o viadu-

to dês tina- s e a substituir aterros de custo elevado ou de es_

tabilidade precária, ou necessitando de obras secundarias de

arrimo muito caras e de difícil execução . É o caso do chama-

do "Viaduto de meia encosta" > muito comum em estradas cujo

traçado se desenvolve em terreno montanhoso . Esse tipo de

viaduto (fig. ( 4 ) ) é encontrado no trecho da Serra do Mar na

Via Anchieta* por exemplo .

Em obras de grande extensão * pode ocorrer a necessidade

de transpor^ simul taneamente > trechos com considerável quan-

tidade de agua e trechos longos nas margens ^ onde 3 por ra-

zões diversas^ não há possibilidade ou a conveniência da exe_

cução de aterros . Nesses casos t e m- s e 3 reunidos em uma s õ

obra j viadutos e pontes _, sendo que os primeiros recebem a de_

Page 8: Pontes 001

-3-

Ponte fi g.(2)

Viadutoencosta

fig* C4)

Page 9: Pontes 001

signação de "viadutos de acesso" (fig.(5). Como exemplos po_

dem ser citados a ponte Rio-Niteroi e a ponte de Kfrhlbrand,

recentemente construída no porto de Hamburgo (Alemanha).

r*^i~*'*?

viaduto de aceeso

NA

9TJ-Círponte

fig. (5)

2 - Requisitos de uma ponte

os principais requisitos que devem ser atendidos por uma

ponte são os seguintes:

2.1 - Funcionalidade

2.2 - Segurança

2.3 - Economia

2.4 - Estética

A importância de cada um desses requisitos & variável e

depende da ponte em exame. Dessa forma* ha casos em que a

economia ê mais importante que a estética, enquanto que em

outros verifica-se o contrario. Deve-se observar j porém, que

a funcionalidade e a segurança devem ser atendidas em qual-quer caso.

As principais características de cada um desses requisi_tos são as seguintes:

2.2 ~ Funcionalidade

Segundo o requisito de funcionalidade> toda ponte deve

preencher as condições de utilização para as quais foi pré-

Page 10: Pontes 001

-5-

vista. Entre essas condições podem ser citadas a corre ta

capacidade de escoamento do trafego de veículos, com o nume_

ro de faixas conveniente^ a previsão adequada para a circu-

lação de pedestres (se for o caso)^ a sua carreta adequação

ao sistema viário em que esta inclui da3 e outras * Ainda>

quanto à funcionalidade * a ponte devera ser projetada de w£

do a servir durante um intervalo de tempo suficientemente

longo, isto ê, apresentar disposições e dimensões tais que

atenda as solicitações de trafego com uma previsão conveni-

ente e de acordo com o tempo de vida útil admitido para a

obra.

A ponte executada sem atender as exigências dá funcio-

nalidade> em breve prazo, passa a apresentar problemas pa-

ra a sua boa utilização ^ obrigando_, não raro3 ã execução de

obras complementares de alto custo e com interferência so-

bre o trafego normal dos veículos.

2.2- Segurança

 segurança ê um dos mais importantes requisitos a se-

rem atendidos por qualquer estrutura. No caso de pontes^ a

segurança e particularmente importante ^ não só pela necessi_

dade de garantia da integridade f is i ca dos seus usuários co_

mo também pelas graves consequências económicas que a sua

ruína (estado limite último) ou mesmo pela sua inutilização

temporária ou definitiva (estado limite de utilização) po-

dem trazer à comunidade.

De acordo com o conceito de segurança, a ponte devera

apresentar suficiente ré si s tenda à ação das cargas que a

solicitam^ bem como adequado compor t amen to nas corresponder^

te s deformações.

A vê rifioação â segurança dos elementos estruturais que

constituem a ponte tem apresentado uma evolução muito i^por

t ante nos úl timos tempos _, através da sequência de me todos

desenvolvidos em analise de estruturas ^ a saber:

- método das tensões admissíveis

- meto do da rupt ura.- método dos estados limites.

Page 11: Pontes 001

-6-

Modernamente> o método dos estados limites > de carâter

semiprobabilietico^ e o preferível* por conduzir à conside-

ração da segurança mais próxima da realidade3 face a um t rã

tamento estatístico dos dados disponíveis sobre as proprie-

dades dos materiais e um melhor conhecimento das variações

das açoes que agem sobre as estruturas, É o método atualmen^

te adotado pelo CEE para as obrae em concreto eatruturaKar^

maâo e protendido) e pelas normas que * para esse material e

baseadas nas recomendações do CEB^ estão sendo utilizadas

em grande número de países^ inclusive o Brasil, com a nova

reãação da NB1/76.

Em rélação aos métodos de segurança de eetrututurae* &

sua evolução* ê imprescindível a leitura da publicação "In-

trodução da Segurança no Pró j e to Estrutural ", de Dedo de

Zagottis (Esoola Politécnica - USP).

2.3- Economia

Um dos principais objet-ivos do Engenheiro^ ao estudar &

projetar uma nova obra, é obter o resultado mais económico pos_

s ívê l j atendidas as demais exigências estabelecidas previa-

mente para cada caso e relativas à segurança^ funcionalida-

de e estética. Em gê Ta l > o p roble ma de economia e resolvido

pela escolha inicial da estrutura mais adequada, uma Vez

que j posterio r me n te _, as modificações que pó s s am ser intro du

zidas em uma estrutura impropriamente escolhida não trarão

economia sensível no cus to final. Para a escolha inicial da

estrutura mais conveniente e que conduzira ao custo mínimo

de execução j de vê-s e f aze r uma serie de estudos co mpara t ivos

entre as várias soluções possíveis do problema proposto. Nes_

sã fase j serão comparadas sóluções em que se adota um certo

material (concreto armado3 concreto protendido ou aço, por

exemplo) e * a seguir9 comparadas as soluções escolhidas eo-

mo mais favoráveis para os vários materiais. Em outros ter-

mos j se A^ ^ F e C são as soluções consideradas mais eaonomi^

cãs quando se utiliza, para a estrutura em estudo9 o concre_

to armado3 o concreto protendido e o aço> respectivamente5

compara-se finalmente essas soluções £3 B e Q entre si para

a decisão final.

Page 12: Pontes 001

Em relação a economia* deve-se também* ressaltar que e

um elemento de importância para a decisão sobre propostas vence_

doras em concorrências públicas* por parte de entidades oficiais*

para a execução de pontes.

2.4- Estética

O problema de estética nas pontes ê* evidentemente* de

carãter subjetivo* variável* em consequência* de uma pessoa pa-

ra outra. Esse problema tem* também* se modificado ao longo do

tempo * apresentando~se* nos dias atuais* com carãter inteiramen-

te diverso de* por exemplo j ha 100 anos atras. Assim* modernam&n^

te* não se admitem mais nas pontes os ornatos e decorações tão

comuns em obras da segunda metade do século passado e inicio do

século atual, Embora variando de um indivíduo para outro, o con-

ceito de estética nas pontes deve* porém atender a um mínimo de

exigências para que o aspecto da obra concluída tenha aceitação

geral. Admite-se* como princípio básico para a boa estética que*

sempre que for possível* uma ponte deve causar a impressão de ter

nascido no local onde foi implantada. Para esse fim* devera se

harmonizar* da melhor forma* com os elementos do ambiente que a

cercam* não provocando choques ou contrastes com os mesmos * ãe mo^

do a causar* no espectador* uma sensação de ser uma parte natural

desse mesmo ambiente.

Em geral* essa harmonia ê naturalmente obtida no oaso

de grandes pontes* pela própria grandiosidade da estrutura da pon^

te e pela açao impressionante dos elementos naturais envolvidos*

representados por grandes vales * grandes rios ou enormes depres-

sões do terreno * ou mesmo em extensos braços de mar. Nes sés ca-

sos * o problema da estética das pontes fica* quase sempre* auto-

maticamente resolvido* em consequência de possuírem* como fundo *

a grandeza do próprio ambiente. Esse problema ê* ao contrario*

de solução mais difícil * no sentido de obter um aspecto agra_

dãvel para a respectiva estrutura* no caso de pontes peque-

nas e medias. São obras que cruzam pequenos cursos ã'agua*

estradas de rodagem ou ferrovias e muito mais frequentes que

as grandes pontes. Para esses casos* devem ser considerados os s£

g u i n t e s f a t o rés j a fim de obter resultados estéticos favo y*ã V &i s:

Page 13: Pontes 001

-8-

1 - Esbeltez dos elementos estruturais,

2 - Distribuição adequada das massas.

3 - Continuidade de linhas.

4 - Simplicidade de detalhes,

5 - Similaridade de materiais > evitando o emprego de

materiais com características muito diferentes.

6 - Compatibilidade com os elementos do meio ambiente.

De vê - s e * ai em dieso 3 evitar o Qmprego de elementos e u—

perfluo8 ou adornos desnecessários, bem como impedir que a

disposição dos elementos estruturais mascarem o funcionamen_

to estrutural dos mesmos.

Finalmente j a designação geral de "obras de arte" dada

às pontes e viadutos, e ainda utilizada nos dias atuaisy de_

GO r ré exatamente de ser sempre uma condição a observar a ob_

tenção de aspecto estético favorãvel nessas obras. A desig-

nação de "'obras de arte" serve j ainda > para diferenciar^ em

uma estrada* as pontes e viadutos das chamadas nobras de te

ra"j representadas pelos aterros e cortes dessa mesma estra_

da,

3 - Conhecimentos afins

O estudo e o pró je to de pontes são j provavelmente^ as

atividades da Engenharia Civil que exigem o maior número de

conhecimentos auxiliares para o seu desenvolvimento. Entre

esses conhecimentos j por exemplo 3 podem ser citados os se-

guintes j cuja importância relativa depende de cada caso:

3.2- Resistência dos Materiais

3.2- Estabilidade das Construções

3.3- Mecânica dos Solos

3.4- Hidráulica

3.5 - Hidrodinamica

3.6 - Aerodinâmica

3.7 - Materiais de Construção

3.8- Arquitetura

Page 14: Pontes 001

_ o.

3.9 - Estatística

Z. 10 ~ Topografia

3. 21 - Sismologia

3. 22 - Estradas

3.23 - Geo logia

3. 14 - Planejamento

3. 25 - Paisagismo

Evidentemente ^ a aplicação dos referidos conhecimento Q

ao estudo e prometo de uma ponte de importância pressupõe a

existência de uma equipe, na qual as diferentes tarefas a fi

ré m desenvolvi das esta r ao distribui das entre os profissio-

nais especializados em cada ramo .

4 - Nomenclatura dos Elementos de uma Ponte

Sendo as pontes mais frequentes > principalmente no B rã

si l j as que apresentam viga 3 como elementos resistentes prin_

cipaiSj a nomenclatura a seguir indicada será referente àe

chamqdas "pontes de vigas n . Para esse tipo de pontes a sub-

divisão mais usual dos elementos constituintes é a seguinte

4.1.1 - Estrutura Princi

4.1 - Superestruturas pai

l 4.1.2 - Estrutura Secun-

dariaElementos das Pontes \ Vigas

4.2 - Aparelhos de apoio

4.3 - Infraestrutura

Suportes

^Fundações

PilaresEncontros

Pilares-En-contros

4.l - Superestrutura

ff constituída pelos elementos destinados a vencer o o~bs_

tãoulo a transpor^ e receber as cargas dos veículos e outras

cargas que transitam sobre a ponte. A superestrutura subdi-

vide-se em:

Page 15: Pontes 001

-10-

4.2.1 - Estrutura principal

É formada pelas peças que3 após receberem^ de forma di~

ré t a ou indireta* as cargas que transitam sobre a ponto > as

transmitem aos elementos da infraestrutura^ através dos apa-

relhos de apoio. A estrutura principal nas pontes de vigas é

constituida pelas "vigas principais"^ que são peças longitu-

dinais .

4.2.2 - Estrutura Secundaria

A estrutura secundária ê representada pelo conjunto de

elementos que recebem diretamente a ação das cargas que cir-

culam sobre a ponte, transmitindo-a aos elementos da estrutura

principal3 de forma ai ré t a ou indireta. S constituida pelas

lajes j t ransvê rsinas e cortinas (certos casos).

4 » 2 - Aparelhos de apoio

Os aparelh-os de apoio são dispositivos colocados entre

a super e a infraestrutura^ tendo a finalidade de concentrar

as ré aço e s de apoio em regiões b&m delimitadas da estrutura*

bem como permitir (ou impedir) determinadas deformações ou

deslocamentos dos elem&ntos estruturais. O estudo dos apare-

lhos de apoio 3 com a escolha dos tipos adequados e a sua dis^

posição na estrutura^ tem importância fundamental na nature"

za3 grandeza e orientação dos esforços que a superestrutura,

através desses aparelhos s transmitirá para a infraestrutura.

4.3- Infraestrutura

 infraestrutura ê constituida pelos elementos que, ré-

cebendo as cargas da superestrutura* através dos aparelhos de

apoio3 as transmitem ao terreno de fundação. As partes que

formam a infraestrutura são os suportes e as fundações. O Q

suportes são representados pelas peças situadas imediatamen-

te abaixo dos aparelhos de apoio j isto ê 3 são os elementos

intermediários aos aparelhos de apoio e as fundações. Subdi-

videm-se em:

Page 16: Pontes 001

-11-

4. 3.l - Pilares

São suportes situados em posição intermediária na pon-

te , N ao estão sujeitos > em geral± a empuxo s de terra G t Sm

por função estabelecer uma subdivisão do comprimento da pon-

te > sem obstruir totalmente o obstáculo transposto pela mes-

ma.

4.3.2 - Encontros

São suportes situados nas extremidades da ponte ± desti-

nando-se a estabelecer a transição entre os aterros de aces-

so e a estrutura da obra. Em consequência^ são elementos de

apoio sempre sujeitos ã açao d& empuxos dó terra (fig-(?)).

Por essa razão s os encontros são , geralmente3 peças estrutu-

r ais dotadas de grande massa, com dimensões importantes >prir^

cipalmente no caso de pontes ferroviárias. Deve-se observar

que ha tipos de pontes que não apresentam encontros, nas quais

a retenção dos aterros nas extremidades é feita por meio de

Cortinas ligadas à superestrutura (fig.(Q)).

encontro transversingde apoto intermediária

II\a

principal

*&A^ &£?•//& v^AvíVJv iò-S ÍÉt*/ ]J

J

^ 1pilar

líV / vwtyí'!'*'* /^?

ri\o

de apoio

¥^'fX£y/£;*//'^>J?£S'//*~ " , .

fundação L '

ig* (?) - Ponte com Encontros

t i

cortina tronsversina

» CB) - Ponte sem Encontros

Page 17: Pontes 001

-22-

4.3,3 - Pilares - Encontro

São tipos especiais de pilares que* pela possibili Jade

de fia arem sujeitos a empuxo s elevados j possuem dimensões su-

periores as habituais. É^por exemplo* o oaso de pontes const£

tuidas por uma série de arcos (fig. (9)), nas quais certos pi_

lares apresentam-s e reforçados para que3 em a as o de acidente

com um dos arcos ^ se verifique ruptura em apenas uma parte da

ponte.

ruptura

H = empuxo do arco

fig. (9)

As fundações_, finalmente_, são as peças estruturais em

contato direto com o terreno j ao qual devem transmitir todas

as cargas provenientes da ponte.

A subdivisão indicada para as pontes de vigas ê menos

evidente quando se tratar de outro tipo es trutural para a es_

trutura principal da ponte. Ef, por exemplo^ o caso de pon-

tes com estrutura principal em pórtico (fig. (10))ou consti-

tuída por um arco (fig. (11)). Nesses casos3 não se caracte-

riza uma separação nítida entre oe elementos da super e da

infraestrutura* ocorrendo, geralmente9 a ausência de apare-

lhos de apoio.

Page 18: Pontes 001

fig. no)

Ponte em Pórtico

fig. (11)

Ponte em

5 - Elementos Geométricos de urna Ponte

Os elementos geométricos que devem ser considerados em

uma ponte são subdivididos da seguinte forma:

Elementos /

Geométricos

ô. l-'Horizontais<

5.1.1-Longitudinais /

5.2-VerticaÍQ

\ 2~Tran&i)ersaÍ8 <

vão total

" parcial

" livre

" de escoa

mento

" económico

\ crítico

Pista de Ro-

lamento

Acostamentos

Defensas

Passeios

Guarda-corpo

5.2.1-Altura de Construção

5.2.2-Altura livre

Page 19: Pontes 001

ti.l - Elementos Geométriaos Horizontais

Podem ser de dois tipos: longitudinais e T

confo rme s e j am considerados segundo o eixo da ponte o ^ -~ & -

gundo a normal a esse eixo^ respectivamente.

5.1.1 - Elementos Geométricos Horizontais Longitudinais

Longitudinalmente^ o elemento geométrico mais impor-

tante é o "vão". Designa-se por nvão",, de modo genérico3 a

distancia entre duas secções quaisquer da superestrutura

da ponte. Ha vários tipos de vão:

5.2,1.1 - 75o total

Éj por definição^ a distancia, medida horizontalmente

segundo o eixo > entre as duas secções extremas da ponte.

É também chamado "comprimento da ponte" (fig. ( 2 2 ) ) .

5. 1.1.2 - Vão parcial

Ê também denominado "vão teórico" ou "tramo". É re-

presentado pela distancia entre os centros de 2 apoios con_

secutivos da superestrutura (fig. (22)). O vão teórico 3 i m

portante_, uma vez que é uti lizado nos cálculos da viga prin_

cipal.

5.2.1.3 - Vão livre

ff a distância entre as faces que se correspondem de

dois suportes consecutivos da ponte (fig» (12))* Observa-se

que o Vão livre pó de ser constante ou variável.

5.2.2.4 - Vão de escoamento

fí o vão livre const derado no interior da massa líqui-

da, no caso de pontes propriamente dit as (fig. ( 2 2 ) ) .

L " vão to tal

* l* ^* ? ~ Aramos (vãos parciais)

% ~ - vão livre (variãvel)

H . = Vão livre (constante)

Page 20: Pontes 001

-75-

fig. (12)

= vão de escoamento

h = altura de construçãoG

h = altura livre

5.1.15 - Vão Económico

Em uma ponte de vigas^ o vão económico & representado

pelo valor do tramo ou vão parcial que torna mínimo o cus-

to da obra. Dado um certo vão total L3 a ser vencido por

meio de uma ponte de vigas* p o de-s e * evidentemente, subdi-

vidir esse vão em um numero variável de tramo8 de compri-

mento _£ . Ao aumentar o número de tramos* ou seja^ ao ares_

cer o numero de pilares^ a superestrutura diminue o seu cus_

to C j enquanto que* simultaneamente3 cresce o custo C- daQ -í

infraestrutura* face ao aumento do numero de pilares. Ao

contrario * ao ser redusido o número de suportes cresce o

custo C da super (por aumentar o comprimento Jl do tramo) 33 ~"~

enquanto diminue o custo C T da infra (por t ornar-s e menor

o numero de pi lares). Devera, em consequência* existir um

certo valor £ do tramo tal que lhe corresponda um cucto to_

tal C - mínimo da ponte isto ê, seja mínima a soma:

Page 21: Pontes 001

-16-

Es a e valor a ê, por definição, o comprimento ao tramo

ou vão económico.

Na pratica, geralmente, escolhidos os materiais a se-

rem utilizados na ponte (por exemplo, concreto armado para

toda a estrutura)j através de "lay-outsrt da ponte em estudo,

com vários valores do comprimento fc do tramo, determina-se

os custos aproximados CT da infra e C da superestrutura res_-L Q

pectivas, traçando-se, a seguir, gráficos representativos da

variação desses custos. Somando-se, para cada valor de z, as

ordenadas das duas curvas, obtêm-se a curva do custo total

C correspondente, cuja ordenada mínima dará o valor i pro-

curado, que e o vão económico, (fig. (13)),

CT (ca.)

cr (c.p.-t-c.a.)

es

^CSCc.p)

Cl (c.Q.1) 00(C. p.

o 10

fig. (13)c.a

c.p

60 90 100 í(m)

- concreto armado

- concreto pró tendi do

Utilizando-se outros materiais (por exemplo, infra em

concreto armado e superestrutura em concreto pretendido, ou,

Page 22: Pontes 001

-17-

infra em concreto armado e superestutura em aço) 3 obtèm-se

novas curvas de custo total C^ e novos valores do tramo eco_

nomico £- j podendo-se adotar o que for mais vantajoso. As-

sim, na fig (13) ^ a solução em concreto armado na infra e

concreto pró tendi do na superestrutura conduziu a um custo

mais económico que a obra executada totalmente em concreto

armado} com o tramo económico £ 0 da ordem de 4em.

5.7.2.6 - Vão Crítico

Dado um certo material e um daU^ tipo estrutural para

a ponte> define-se como "vão crítico" ao maior valor do tra^

mo que pode ser alcançado nessa ponte j com base nos limites

de resistência do material adotado, Ê um conceito puramente

teórico3 sem grande interesse pratico. Por exemploa para os

materiais e tipos estruturais indicados, foram determinados

teoricamente os seguintes vãos crítico:

Material

concreto armado

aço

tipo estru-tural

arco

pênsil

Vão cr^tico

l.OOOm

4.OOOm

tramo ^mo existen_te

230m

l 30 O m

5.1.2 - Elementos Geométricos Horizontais Transversais

5.1.2.2 - Pista de ro lamento

É a largura do tabuleiro disponível para o trafego nor-

mal dos veículos que uti Usam a ponte. A pista de rolamento

êf geralmente3 subdividida em faixas de tráfego, sendo fre-

quente o emprego de 2 faixas. A largura usualmente empregada

para cada faixa de tráfego varia de 3>50m a 4,OOm. (fig.

* 7C

. í>5O Q4.OO

\) ... tjjjJMSSJSJSJW

o a ôoo i SL

Í 350 0 4CO .

f (faixa)

SÁ// fSSJJMJ» ) J-r ^

fig.

Page 23: Pontes 001

-18-

6 . l . 2 .. 2 - AQOS tamentos

São larguras adicionais à pista de rolamento * dispostas

lateralmente e destinadas ã utilização pelos veíaulos em ca"

sós d& emergência. Os acostamentos sobre pontes não âeVQtn s e r

utilizados para es taaionamento de V

Ha casos de pistas com um ou dois acostamentos. Quando a

pista ê destinada a transito em um único sen ti do 3 utiliza-se

apenas um acostamento _> à direita (fig* ( 15) ) . A largura utili^

zada nos acostamentos é variável de 2 9 50 a 3,

250 250a o

5f 3co ,. prn -«.rn ^

,

acost* ( psia ) acost- i

l///s/s//

fig. (15)

5.1.2.3 - Defensas

As ãefensas s ao elementos de proteçao aos veículos> colo

cadas ao longo do tabuleiro das pontes lateralmente ao ô acos

tamentos ou à própria pista de rolamento (quando não forem

lizados aoostamentos) (fig. (16)) ,

45

de)

Page 24: Pontes 001

-20-

No pró j e to das de f ene as deve ser prevista a sua reais ten^

cia ao impacto de veículos3 adotando-se uma secção transver-

sal apropriada para reduzir 03 efeitos desse choque e recondu

zir o veiculo acidentado para o interior da pista» A pesquisa

ao perfil mais apropriado para as de.fensas tem sido objeto de

atenção de vários Engenheiros e Entidades3 podendo-se ai t ar,

por exemplo3 as experiências realizadas por Leonhardt e as da

General Motors. As defensas podem* também* ser representadas

por "guard-rails", com o que a largura de tabuleiro ocupada

passa a ser menor do que no caso do uso de defensas de secção

convencional.

6.2.2.4 - Passeios

São larguras j colocadas lateralmente no tabuleiro j desti-

nadas exclusivamente ao trafego de pedestres sobre a ponte. Os

passeios são necessários em pontes executadas em zonas urbanas

ou nas regiões de aglomeração de pessoas± em geral. Nas obras

rurais * normalmentes os passeios são dispensáveis.

Para evitar a invasão dos passeios pelos veículos* eao 00

mesmos executados em um nível mais alto (25 a 30cm) que a pavi^

mentaçãot da qual são separados por um elemento mais reforçado

denominado nguarda-rodas " (fig. (17)).

quando corço

fig.

Page 25: Pontes 001

-20-

5 . 7 * 2 . 5 - Guarda-Corpo

São elementos de proteção aos pedes três que transitam

sobre a ponte3 colocados lateralmente aos passeios (fig.

(17)) . O guarda-corpo não tem função estrutural propriamen^

te dita j não devendo j em consequência, ser atingido pelos

veículos> aos quais não oferecem qualquer resistência.

5.2 - Elementos Geométricos Verticais

Os principais elementos geométricos verticais a serem

considerados era uma ponte são:

6.2.1 - Alt ura de conetruçao

Designa-se por "altura de construção", em uma dada

secção transversal da ponte* a distância entre o ponto mais

baixo e o ponto mais alto da superestrutura nessa secção

(fig. (12)). A altura de construção & um elemento geométri-

co importante3 podendo determinar^ em certos casosA a pró-

pria escolha do material e ao tipo estrutural a serem empre-

gados . Ê o que ocoréa por exemplo 3 quando existem restri-

ções de altura para a implantação da ponte> determinadas por

obras j ã existentes ou por condições locais especiais; as-

sim* por vezes j no cruzamento de uma linha férrea eletrifi-

cada por um viaduto cuja rampa está preestabelecida^ a altu

rã de construção disponível pode restringir a solução do pro_

blema* limitando o projetista ao uso de certos tipos estru

turais e ao emprego de um certo material (concreto

dido ou aço, por exemplo (fig. (28)).

(Ver pagina 21)

Page 26: Pontes 001

-21-

obnQQtanoda estrada

//// ////

// // //////////f/// //*^ via férrea

= altura áô construção diepon-tvel

6.2.2 -

4 aZíwra livre ê> por definição^ em uma dada secção da

ponte j a distancia entre o ponto mais baixo da ôuperestrutu

rã e o ponto mais alto do obstáculo transposto pela obra

(fig. (12)) . A altura livre ê9 também^ um elemento geomêtri^

co importante a considerar^ uma i>es que caracteriza o e&pa-

ço livre existente sob a ponte e disponível para o eaóoamen_

to da agua ou a passagem de embarcação (ou veículos) em vias

navegáveis (ou vias terrestres) cruzadas pela obra.

Observações: Ao conjunto de dimensões livres^ considera-

das como um todo em uma ponte, seja na ai ré ç ao horizontal *

se j a na direçao vertical j ou em ambas, da-s e o nome de "ga-

barito ". Os gabaritos são3 em geral9 estabelecidos previamen_

te pelas entidades que de terminam a execução da obra e de-

vem ser rigorosamente obedecidos no seu projeto. Asaim3 ha

gabaritos para pontes rodoviárias ou ferroviárias * eetabele^

eidos para que a utili sacão dessas obras atenda às finalida

dês previstas. Por exemplo, nas pontes rodoviárias do DOP>

destinadas a estradas municipais no interior do Estado de

São Paulo j deve ser obedecido o seguinte gabarito para as

dimensões transversais do tabuleiro (fig. ( 2 9 ) ) :

Page 27: Pontes 001

-22-

15

103O

aço 5 SÓ A»

\

fig. (19)

Para o DNER, o gabarito em apreço é o seguinte (fig.(2ú)):

12BD

fi g. (20)

6 - Classificação das pontes

As pontes podem ser classificadas segundo vários cri t ê

rios t a saber;

6.1- Segundo o seu comprimento

6.2- Segundo a duração

6.3 - Segundo a natureza do trafego

6.4 - Segundo o material da super

6.6 - Segundo o desenvolvimento planimStrioo

6.6- Segundo o desenvolvimento ai ti métrico

6.7- Segundo o tipo estático da super

6.8 - Segundo o s is tema estrutural da super

6.9 - Segundo a posição do tabuleiro

Page 28: Pontes 001

-2.5-

6.10 - Segundo a mobilidade do tramo

5*21 - Segundo o tipo construtivo da super

6.12 - Segundo o tipo da secção transversal

As principais características desses critérios de

sificação são as seguintes:

6.1- Segundo o comprimento

Levando em consideração o vão total* as pontes se olao_

si fiçam em:

- bueiros : âe % a 3m

- pontilhões: de 3 a lOm

- pontes propriamente ditas: acima de lOm.

Essa classificação não ê uniformef variando os valores

acima indicados conforme os autores. Por outro lado, ê um

critério de classificação de pouca importância.

6.2 - Segundo a duração

Tendo em conta o período de tempo que a ponte deve per

mane cê r em serviço (pé rio do de utilização ou vida útil da

obra)j t em-s e os seguintes tipos ;

- pontes provisórias

- pontes definitivas

As pontes provisórias, utiUsadas durante um pôríodo

de tempo relativamente curto^ destinam-se3 em geral * a ser

utilizadas enquanto se constróem as obras definitivas cor-

respondentes . São j via de regra* executadas em um desvio da

estrada^ quase sempre nas proximidades do local da obra fi-

nal . Em virtude do seu carãter transitório * as pontes pro-

visórias são _, geralmente j de construção precária^ necessitar^

do constante conservação durante o período de tempo em que

permanecem em uso. O material nelas utilizado ê com maior

frequência, a madeira* embora possam apresentar peças de cem

cré to ou de aço. Não raros por deficiência de fiscalização 3

tão logo ê concluída a obra definitiva, a ponte provisória

ê totalmente abandonada, sem a necessária demolição e cor-

respondente limpeza da secção do rio em que foi construida,

Page 29: Pontes 001

-24-

onãe passa a constituir* obstáculo a sua livre vazão. Sempre

que possível, é preferível executar a ponte provisória ã ju-

zante da ponte definitiva* para evitar que a sua eventual de_

mo li cão pela ação de uma enchente imprevista possa* através

do material arrastado pelas águas > causar danos nos elemen-

tos em construção desta última.

As pontes definitivas* como o nome indica, são as cóno^

t rui das em oarãter permanente * no local previamente determi-

nado para a sua implantação* Em sentido amplo j não ê possível

a existência de pontes definitivas^ uma i)ea que toda obra ê

executada com a previsão de uma determinada vida útilà isto

é3 um determinado período de tempo para a sua utilização.

6.3 - Segundo a natureza do tráfego

De acordo oom a natureza do trafego que devem atender^

as pontes se classificam em:

- pontes rodoviárias

- pontes ferroviárias

- pontes para pedestres ou p as s are Ias

- pontes-canal

- aquedutos

~ pontes aeroviãrias

- pontes mistas

Nos três primeiros casos * a própria designação já tor-

na evidente o tipo de trafego a que as correspondentes pon-

tes se destinam**

As pontes-canal destinam-se a permitir que um canal, ge_

ralmente navegável* transponha um determinado obstáculo.

O s aquedutos são obras destinadas a permitir^ em um

sistema de agua potável^ a passagem do dueto ou duetos e obre

obstáculos9 geralmente representados por depressões do ter-

reno. Foram f arnosos os aquedutos construídos pelos romanos,

com a utilização de arcos plenos de alvenaria ãe pedra, alguns

de grande altura. Como exemplo desses aquedutos executados p£

Io s romanos e ainda existente, pode-se citar o aqueduto Du

Gard, na França.

Às pontes aeroviãrias destinam"s e ao transito de aviões

em suas operações de taxiam&nto nos aeroportos3 sobre obsta-

Page 30: Pontes 001

-"•5-

culos diversos j principalmente sobre vias de comunicação que

servem os referidos aeroportos. O novo aeroporto do Galeão 3

no Pio de Janeiro^ apresenta obras desse tipo.

As pontes mistas são as que se destinam a mais dá um

tipo de via de comunicação. São comuns as pontes rodo-ferro-

viárias, por exemplo., algumas apenas adaptadas e outras já

previstas para comportar os dois tipos de trafego.

6.4 - Segundo o material da super

Tomando por base o material utilizado para a execução

da superestrutura, as pontes se classificam em;

- de madeira

- de alvenaria

- de concreto simples

- de concreto armado

- de concreto pretendido

- de aço

- mistas

As pontes com super de madeira* alvenaria e concreto sim-

ples acham-se em desuso; em particular,, o emprego de madeira

esta restrito apenas ã execução de obras provisórias.

Para a infraestrutura* as pontes atuais utiUsam o COQ

cré t o armado com maior frequência, sendo também emprega . - : • > • > o

aço em alguns casos *

6.5 ~ Segundo o desenvolvimento p l anime t ri GO

Tendo em vista o desenvolvimento em planta do seu eixo >

as pontes podem ser classificadas da seguinte forma:^

l 6,5.1.1 - Ortogonais

6.5.1 - Pontes ré t as <-

l 5 .5 ,1 .2 - &Rcansas

6.5.2 - Pontes curvas

6.5,2 - Pontes ré tas

São aquelas que apresentam eixo ré tilíneo, Podem ser

de dois tipos, a saber:

Page 31: Pontes 001

-26-

€.5.1.1 - Pontes petas ortogonais

Apresentam o seu eixo com disposição normal ao eixo do

obstáculo transposto (fig. (21));

eixo do ponte

gjxo do obstáculo

/ / / /

6.5.1.2 - Pontes petas esconsas

Apresentam o seu eixo formando um certo angulo a X ^

<30m o e-íjjo do obstacwZo (fig.(22)). a é o chamado "angulo de

esconsidade ".

c?asc> de pontes escjonsas., pó de -se ter dois casos

esconsidade à direita ( fig . (22) ) .<2ixo daponte

/

,-/v< eixo do obstáculo/

f / r r f/ // /7T7777T777T77

fig. (22)

Page 32: Pontes 001

-27-

- esaonsiãade à esquerda (fig*

erro do\/ / / / x / /\o ÒD obstáculo

Pode-se ainda, para as pontes esconsas, definir dois

pôs de vão (fig* (24) ) ;

- Dão

- vo esconso

fig.

Evidentemente; Ã ~ S. sen a

Page 33: Pontes 001

-28-

6.5.2 - Pontee curvas

São ae que apresentam eixo segundo uma eurva

(25)) :

do obstáculo

f i g -

Em geral> a curva utilizada para o eixo deste tipo de

pontes ê a circular. Todavia* por imposição dó traçado, por

vezes j o eixo curvo pode incluir um trecho correspondente3

parcial ou totalmente> ã curva de transição da estrada (fig<(26)) :

curva circular -^ *

fig. ( 2 6 )

Page 34: Pontes 001

-29-

Não sãúj tambêma raros os casos em que o eixo da pon-

te ê misto j incluindo trechos ré t os e curvos 9 o que pode

ocorrem em obras muito longas^ por exemplo3 em viadutos

viários (fig. (27).

reta transição

O

fig. (27)

6.8 - Segundo o desenvolvimento altimetrico

De acordo com a projeção do eixo da ponte em um plano

vertical longitudinal* tem-s e a seguinte classificação;

l horizontais- pontes retas <[

j em rampa

- pontes curvas

As pontes retas apresentam eixo com projeção retilínea

em um plano vertical longitudinal. São horizontais quando es_

sã projeção esta em nível e são em rampa quando a projeção

do eixo é inclinada (fie. (28)) :

Page 35: Pontes 001

-30-

0,00

£3^7777777777^

HORIZONTAL

O.OO

O. CO

EKA RAMPA

fig. (28)

 s pontes curvas apre sentam eixo com projôção curva em

um plano vertical longitudinal (fig. (29)).

TABULEIRO CONVEXO TABULEIRO CÔNCAVO

fig. (29)

6.7 - Segundo o tipo estático da

Considerando o tipo estático utilizado na &uperestrutu_

s ao pontes podem

- isostátioas

- hiperestãticas

São ieostãtiaas quando a ôstvutura da super pode s e Y

analisada com o emprego exclusivo das equações de equi librio

da Estática. Em particular essas equações para sistemas i&os_

t atiço s planos são representadas por* :

Page 36: Pontes 001

. = o -

Z M . = O -

-31-

somatãria nula das projeções das forças

externas sobre o eixo das abcissas.

idem^ sobre o eixo das ordenadas.

somatória nula dos momentos das forças ex^

ternas em relação a um ponto qualquer do

plano dessas forças.

São hiperestáticas quando a estrutura da super não p£

de ser analisada oom o emprego único das equações de equil^

brio da Estática^ sendo necessárias equações suplementares j

obtidas considerando-s e as deformações e as condições de Qom_

patibilidade do sistema estrutural.

6.8 - Segundo o sistema estrutural da super

Tendo em vista a natureza do sistema estrutural da s u

per^ podem ser considerados os seguintes tipos principais de

pontes:

- pontes de vigas

- pontes em pórticos

— pontes em arco

- pontes de cabos [ pontes pênseis

ou suspensas j pontes atirantaâasi***

As pontes em vigas são as mais frequentes, principal-

mente no Bras i l. Apresentam a estrutura principal da super

constitui das por vigas simplesmente apoiadass tipo Gerber

ou contínuas. (fig. (30)):

51MPLESVIENTE1 APOIAQA,

1=5 '/V//

r±±)

GERBER

y//////

CONTINUA

(fig, ( 3 0 )

l

Page 37: Pontes 001

As pontes em pórtico tSm a sua estrutura principal em

forma de pórticos^ simples ou contínuos (fig. (31).

PÓRTICO SIMPLES PÓRTICO CONTINUO

4e pontes em arco apresentam a sua estrutura principal

em arcOj geralmente simples. São mais raras* atualmente* as

pontes em arcos contínuos. Por sua vez, o arco utilizado pode

ser tri articulado ou b i ar ticulado3 sendo também utilizado com

frequência o arco engastado (fig. (32)).

TR1ARTICULADO BIARTICULADO BIENGASTADO

fig. (32)

As pontes de cabos são as que apresentam a estrutura

principal da super dotada de cabos de^aço. No caso das pontes

penseisa esses cabos são curvos e representam a parte estrutu^

ral principal da obra. Os demais elementos da super são liga-

dos aos cabos por meio de tirantes de açot geralmente dispos-

tos verticalmente (fig. (33)).

Page 38: Pontes 001

torre

7 Tf /A

bloco de.ancorogem

As pontes penseis apresentam os maiores vãos entro to-

dos os tipos estruturais conhecidos sendo o máximo vão ate

o presente construi do o apresentado pela ponte "Verrazano -

Narrows "9 na entrada do porto de Nova Yorkj com 229 8m de ex-

tensão .

As pontes atiranta das _, ou pontes de cabos ré tos > ÍMprv_

priamente denominadas como pontes "estaiadas " (decorrente da

corrupte Ia da designação inglesa para essas pontes "stayeã-

bridges"^ com base na palavra "stay" que significa "escora")

incluem- s e entre as obras mais modernas e de tecnologia mais

avançada. Embora o principio estrutural utilizado nessas p cm

t es j ã tenha sido aplicado desde remota antiguidade e utili-

zado também em pontes^ com exemplos de 1617 e 1784 _, bem como

numerosas aplicações no século passado ., geralmente mal suce-

didas pela falta de materiais adequados e de maior úonhecmen

to da analise estrutural que exigem^ somente apôs o término

da 2a . grande guerra^ a partir de 2949 tornaram-se frequen-

tes na Eupopa^ com algumas ap li caçoes também no Canada e Ja-

pão . Ae pontes atirantadas > geralmente metálicas > apresentam

o seu tabuleiro suspenso > em vários de seus pontos por meio

de tirantes inclinados e apoiados por sua ves^ em torres me_

t ali cãs ou de concreto . Considera-se que essas pontes preen-

chem o intervalo de vãos livres representado pelo máximo vão

alcançado em pontes de vigas (da ordem de 200m) e o mínimo

Vão em que as pontes pênseis passam a se tornar económicas ,

da ordem de SOO a 700m. Dessa forma3 as pontes atirantadas

podem ser empregadas, com grande economia^ em vãos de 200 a

500m9 conforme demonstram as obras desse tipo j ã executadas .

Page 39: Pontes 001

-34-

Conforme a disposição que apresentam o Q tirantes^ as

pontes atirantaãas podem ser alas s i ficadas nos seguintes ti-

pos f/í gr. (34)).

- tipo radial

- tipo harpa

- tipo leque

- tipo estrela

RADIAL

HARPA

LEQUE

ESTRELA

fig. (34)

Cada um dos tipos indicados apresenta suas caracterís^

ti cãs próprias, que se destacam nos processos de calculo e nos

métodos executivos. Ê possível utili z ar tipos estruturais mis-

Page 40: Pontes 001

-35-

j com o emprego simultâneo das vadias modalidades indica

das.

O tipo de torves também e bastante variável^ podendo se

apresentar como fustes isolados* em forma de pórticos > em for_

ma ãe Âf et c . P o de -s e t amb Sm encont rã r exe mp los de Q mpre g o dá

uma única torre (fig. (35)), como ê o oaso ãa célebre ponte

sobre o rio Severin, em Colónia (Alemanha) * conhecida como a

"Lira de Co lonia ".

TORRES

tabuleiro

IW77

fi g* (35) tabuleiro

fig.(36)

Os exemplos recentes mais notáveis de pontes atirantaãas

são:

- Ponte de Erskine - Escócia

- Ponte de Kfthlbrand - Hamburgo (Alemanha)

- Ponte de Saint-Nazaire - Saint Brevin^ sobre o estuário

do Rio Loire (França) (vão central de 404m)

Na América do Sul* pode-se^ citar a ponte sobre o rio Pa

ranã, em Corrientes, na Argentina^ com um vão central da 245m.

Na literatura moderna sobre este tipo de pontes destacam-

-se as seguintes publicações:

- Podolny - Sealzi: "Construction and Design o f Cable -

Stayed Bridges" - 1976

Editora: John Wiley & Sons - New lork

Page 41: Pontes 001

-36-

- M.S.Troitsky: "Cable-Stayed Bridges" - 297?

Editora: Granada Publishing Limited - London

6.9 - Segundo a posição do tabuleiro

Conforme a posição do tabuleiro em relação â estrutura

prinoipal da ponte A pó de-s e ter os seguintes aaso s3 os quais

tornam-s e mais evidentes para as pontes em arao (fi g.(37)):

- tabuleiro superior

" intermediário

" inferior

SUPERIOR

INTERMEDIÁRIO

INFERIOR

fig. (37)

6.10 - Segundo a mobilidade do tramo

Considerando a mobilidaâe dos seus tramos* as pontes se

olaesifioam em:

6.10.2 - Pontes fixas

6.10.2 - Pontes níveis

6.10.2 - Pontes fixas

As pontes fixas são as que não apresentam qualquer tramo

rnõvel. São as mais frequentes.

Page 42: Pontes 001

-37-

6.10.2 - Pontes moveis

AQ pontes moveis apresentam um ou mais toamos moveis* des_

tinadoa ã passagem de embarcações * São obras localizadas so-

bre rios ou canais navegáveis * bem como na entrada de baias*

estuários e portos. Podem ser dos seguintes tipos principais:

- giratórias ; movimento de rotação do tramo em torno de

um eixo vertical*.

- basculantes: movimento de rotação do tramo em torno de

um ei&o horizontal.

- levadiças : o tramo movei apresenta movimento dó trans^

lação vertical.

- corrediças : o tramo movei apresenta movimento de trans_

lação horizontal longitudinal.

- oscilantes : empregadas no acesso a balsas.

- flutuantes : apresentam apoios sobre elementos flutuan_

tes (barcaças^ tambores3 etc.). São geral_

mente pontes militares.

Os t ramos moveis são, em geral * metálicos^ por apresenta^

rem menos peso e maior facilidade na instalação dos equipamen_

tos destinados a produzir a sua movimentação.

Exemplos de pontes moveis no Brasil:

- ponte sobre o rio Guaiba> em Porto Alegre* com tramo

levadiço.

- ponte sobre o rio São Francisco* em Joa&eiro3 com um

tramo levadiço.

- ponte sobre o canal de Bertioga (ferroviária)* em cons-

trução no acesso à parte do porto de Santos situada na

Ilha de Viaente de Carvalho.

6.11 - Segundo o tipo construtivo da ponte

Com base no processo construtivo da superestrutura^ as

pontes podem ser classificadas em:

6.11.1 - pontes executadas rrin loco"

6.11.2 - pontes em elementos premoldados

6.11.3 - pontee em balanços sucessivos

6.11.4 - pontes em aduelas ou segmentos

6. 11.5 - pontes em balanços progressivos

Page 43: Pontes 001

$.21.6 - pontes com formas deslocáveis

6.11.1 - Pontes executadas "in loco"

São pontes inteiramente executadas * por processo tradicio^

nal* no próprio local da sua implantação. No caso de obras dó

concreto armado ou protenãido ^ essas pontes são construi deis so_

bre escoramentos especiais, denominados "cimbres" ou "cimbra-

men to s n* os quais * em certos casos* representam* por si mesmos^

obras de grande complexidade e importância* como ocorre na ôa?£

cução de determinadas pontes em arco, O cimbramento pode ser

de ma de i rã* envolvendo o emprego de ma dei r a r o liça e ma de i rã

aparelhada* ou inteiramente metálico (como os conhecidos ai>m-

bramentos de elementos tubulares da Companhia Rohr), ou mis-

tos . O carregamento do cimbramento, na operação de concretagem,

por exemplo, exige * nas obras mais importantes a o estudo prédio

através do chamado "programa de concretagem"* no qual constam

as fases a serem obedecidas nessa operação. Da mesma forma9apõs

o concreto ter atingido a resistência exigida* a operação â& re_

tirada do cimbramento^ denominada "de s cimbramento "* também exi_

gê cuidados especiais e obediência a uma sequência previamente

determinada^ para evitar a introdução na estrutura de esforços

não levados em conta no seu calculo. A operação de descimbramen_

to ê muito facilitada com o emprego de dispositivos especiais

denominados "aparelhos de dêscimbramento"9 convenientemente oo_

locados em pontos adequados do cimbramento (fig.(38)) .

x x QpcinginOQ dgdaeci rnbrarnentõ

* (38)

Page 44: Pontes 001

-30-

6.11.2 - Pontes em elementos premoldados

São pontes que utilizam, na execução da superestrutura,

vigas prêmol dadas, geralmente de concreto protendião , Esse

tipo de ponte ê muito usual no Brasil, principalmente quando j

em consequência da extensão da obra* o número dá elementos

prêmol dados idênticos a empregar ê suficientemente grande po_

rã justificar, economicamente, a utilização de vigas executa^

das previamente, em seguida transportadas e colocadas sobra

os pilares.

Po de -s e fazer uma distinção entro elementos prêmoldado&

e e lementos pré- fabricados :

- elementos premo l dado s; executados no próprio canteiro

âe serviço da obra.

- elementos pré- fabricados : executados em uma instalação

industrial (fabrica) previamente preparada, em geral

distante do local da própria obra, com localização de-

terminada em função de vãrios fatores favoráveis, tais

como obtenção vantajosa de matérias primas ou e labora-

das , facilidade de mão de obra e fornecimento de ener-

gia, e outros • Os elementos pré- fabricados são, poste-

riormente, enviados por transporte apropriado e atra-

vés de estradas , ao local da própria obra, onde são ar_

mazenaáos ou diretamente colocados na sua posição defi_

nitiva sobre os pi lares .

Convém notar que 3 raramente , a não ser em casos especiais

de obras de pequenas dimensões , a ponte tem a sua superestru-

tura inteiramente prêmoldada. No caso geral, apôs a colocação

das vigas premoldadas , ha necessidade de executar "in loco "aã

partes restantes da super, com a aonorôtagem de lajes, vigas

transversais, cortinas, et c. , âiretamente apoiadas sobre as

vigas principais .

6.11*3 - Pontes em balanços sucessivos

A utilização do processo construtivo de pontes por meio

de balanços sucessivos representa uma das mais importantes

caçoes do concreto protendido , No entanto, ae bases conceitu-

ais deeee processo encontram-se na ponte executada pelo EngÇ

Emílio Baumgart, no ano de 19 32^ em concreto armado sobre o

rio do Peixe, em Herval (no Estado de Santa Catarina), apre<~

Page 45: Pontes 001

-40-

sentando um tramo central de 68m e uma altura de viga de l s?0m

na secção central desse t ramo 9 dando , em consequência a rela-

O desenvolvimento atual das pontes em balanços sucessivos 3

uti li B ando concreto protendi do * deu- s e a partir de 1950 , quan-

do o engenheiro alemão Finsterwalder executou a ponte de Worms>

sobre o rio Reno 3 cuja estrutura principal ê representada por

uma viga contínua com os tramos m - m - m.

A partir dessa data* o processo apresentou contínuo aper-

feiçoamentOy passando a ser aplicado um grande numero de vezee^

sendo o seu emprego mais económico para t ramo s de 60 a 150m.

É j por outro lado^ o processo indicado nos casos em que 9 por

varias razoe s , a execução de cimbramento habitual ê difícil*

anti -económico ou mesmo praticamente impossível . Entre essas

razões a podem ser citadas as seguintes:

- existência de t rafe g o intenso na secção onde se rã e xecu^

tada a obra.

- rios com correnteza muito forte .

- rios sujeitos a enchentes violentas e imprevisíveis »

- rios com aguas muito profundas .

- depressões profundas do terreno .

Os maiores t r amo s de pontes _, em vigas r et as executadas ate

a presente data fizeram emprego do processo de balanços sucessi-

vos j a saber ;

- ponte sobre o rio Reno y em Bendorf (Alemanha)* com 208m.

- ponte na baia de Urado (Japão) > oom 23Qm*

Nos dois oasos aitados foi utilizado o sistema dó pró tensão

Dywidag> que faz uso de barras de aço de alta resistência como

unidades de protensào .

No processo dos balanços sucessivos > como o próprio nome in_

dica* a superestrutura ê executada a partir do pilar e para cada

um dos lados do mesmo con cr e t ando -s e simultaneamente trechos em

balanço , na direção do centro dos t r amos adjacentes ao pilar COQ

siderado (fig.(39)). A construção desses trechos e feita apoian-

do-se sobre as partes já anteriormente executadas s ate atingir o

centro do t ramo 3 onde se faz a união dos trechos correspondentes

Page 46: Pontes 001

-41-

a dois pilares consecutivos. Essas união podo ser feita por

meio de uma articulação ou* como esta sendo utilizado de pre-

ferencia nas pontes atuais > por meio de protensão através de

cabos adicionais3 destinados a resistir momentos f l et ore B po-

sitivos .equipamento equipamento parte inicial

fig. (39)

A carão t e ris ti oa principal do processo dos balanços

sivos consiste na concretagem nin loco " dos e lementos em balar^

ço,, utilizando -s e equipamentos especiais e apropriados que se

deslocam em direção ao centro aos respectivos t r amo s a à medida

que a construção progride . Esses elementos são executados com

comprimento que variam^ nos casos usuais^ de 3 a 4m, em em pe-

ríodo de tempo que vai de 3 a 6 dias > para um par de elementos *

O processo ê iniciado com a construção do pi lar e de um

elemento da super a ele ligado . Dependendo do sistema estrutu-

ral final previsto^ essa ligação pode ser representada por en-

gastam&nto perfeito ou por meio de cabos de protensão > de di-

ré ç ao vertical y ou3 ainda3 por escoramentos especiais executa-

dos junto ao pilar ( fig . ( 40 ) ) .

Um s is tema de protensao p ar t i eu larmente adaptado à execu-

ção do processo de balanços sucessivos e o sistema Dy w i dag .

Detalhes sobre a execução de pontes pelo processo de ba-

lanços sucessivos encontram- s e na bibliografia de obras em con_

creto pretendido, podendo-ee citar> por exemplo > "Beton Precontraint"

Vol . JJj Y vês Guyon ,

Page 47: Pontes 001

-42-

d ementoelernentoInicial

pi brpiar

cdbos provisoRtOs

Q- ENCANTAMENTO PERFEITO

m^\b-CAEO PROVISÓRIOS

elemento inicial

escoramento

c- ESCORAMENTOS

6 .1 .14 - Pontes em aduelas ou segmentos

O processo de execução de pontes por aduelas ou segmen-

tos apresenta as mesmas características do processo de balan-

ços sucessivos, do qual difere apenas pelo emprego de trechos

prêmoldados (ou pré- fabricados) 3 em lugar de concretá-los "in

loco". (fig.(42)). Esses trechos ou elementos prêmoldados de-

nominam-se n aduelas íf ou "segmentos"* sendo unidos aos anterio_

mente colocados por meio de protensão . São utilizados aos pa-

res > colocados simetricamente em relação ao pilar . Para a sua

melhor fixação, antes de ser feita a protensão, ê habitual o

emprego de resina "epoxi " nas juntas de ligação . Um exemplo

de obra recente onde foi utilizado c processo de aduelas e a

ponte Eio-Niteroi.

Page 48: Pontes 001

-43-

Qduela acolocada

flutuador

aduelascolocados

adagia acdocadQ

flutuador

^///7W?

6.11.4 - Pontes em balanços progressivos

O processo dos balanços progressivos difere dos dois

ri o ré s (balanços sucessivos e adu elas) por apresentar avanço

ou progressão da superestrutura em um único sentidof a partir

do pilar. Para a sua utilização,, ê necessário que j ã exista

um tramo executado, para equilibrar os trechos em balanço 3 os

quais podem ser construidos "in loco" ou uti Usando aâue Ias

(fig•(42)) . O tramo iniaial ê* preferivelmente^ situado em uma

das extremidades da ponte3 por ser geralmente a sua execução

mais simples3 face à menor altura dos pilares, permitindo o

uso de oimbramento t radioional. O processo dos balanços pro-

gressivos ê utilizado para vãos médios* da ordem de W a 5Qm.

Arecho executado/nicialrnente cabos

da

J L I l T-r-r-r

Av v v vA trechosconcretodo^in loco ouaduelas

fig. (42)

Page 49: Pontes 001

-44-

6.11.5 - Pontes com formas deslocáveis

S um processo semelhante ao dos balanços progressivos* do

qual difere pé Ia execução do tramo todo* de cada vez* no senti

do da progressão da construção da ponte. Para esse fim* são ut£

lizadas formas especiais* montadas em equipamento de grandes

dimensões e dotados de todos os dispositivos a execução do tra

mo correspondente lfig.(43)).

à medida que* no sentido em que a obra avança* e conclui-

da a concretagem de um tramo* todo o conjunto com as formas e

deslocado* por translação sobre elementos metálicos adequados *

para o tramo seguinte* e assim sucessivamente* até a conclusão

de toda a superestrutura. Ê* portanto* um processo prático pa-

ra pontes de grande comprimento.

progressão

/w ifxíjL- _

1£^y//^_

/a a n

<\ /MM/\e

^xPr iconjuntoformas

- -

fig. (43)

Um exemplo notável deste processo o^rstrutivo e o da

Luegbrtíoke* na Áustria* executada pela Firma Polensky & Ztfllner.

6.12 - Segundo o tipo da secção transversal

Considerando o tipo da çecção transversal da superestrutura*

as pontes se classificam em:

6.12.1 - Secção aberta

6.12.2 - secção fechada ou celular

6,12. 3 - secção mista

As principais características desses tipos de secções são

aã seguintes:

Page 50: Pontes 001

-45-

6.22.1 - Secção aberta

A superestrutura é de secção aberta quando não apresenta

laje inferior, t o tipo usual das pontes de vigas* sejam as

que possuem duas Digas principais* ou as grelhas (fig- (44))„

VIGAS PRINCIPAIS

fig. ( 4 4 )

6.12.2 - Secção Celular

A superestrutura ê de secção celular quando pôs sue laje

inferior (fig.(45)). Neste oaso> as vigas principais recebem

o nome de nervuras.

ncrvuras r—ir—i^ ^^ ^

inferior

nervurqs

UWICELU! AR

laje intrerior

PLURICELULAR

fig. (45)

Embora apresente problemas construtivos mais complexos

que as secções abertas^ as secções celulares vem tendo crés-

cente utilização na execução de pontes e viadutos. Alem do

aspecto estético mais favorável, o que as torna preferíveis

na execução de obras urbanas> as secções celulares apresen-

tam maior resistência à torção que as s e oco es abertas > sen-

do j em consequência^ menos deformáveis. É a existência da lei

je inferior que permite a uma secção celular apresentar com_

portamente estático mais favorável, na torção> em relação a

Page 51: Pontes 001

-46-

uma secção aberta com as mesmas proporções . Esse comportamento

pode ser compreendido comparando -a e os dois tipos de secção eu_

jeitos a açao de uma certa carga concentrada P 9 nas seguintes

condições

a - carga P centrada (fig.(46))

^ --.'-^

ÍJ n\. TA

«r| Bnsf

-í/1i\

l\ n

\it

*"^_— • - -— -— _ _^-^^p

_ _

Secção aberta

(grande de formabi l idade)

Secção celular

(pequena de formabilidade)

fig.(46)

As reações nas duae peças principais > pela simetria 9

iguais a P_~2

b - carga P excêntrica (fig. (47))

so

\ p ' 1

^I

<•r\

p——'

k^-^F

M.Pe , ?

\ aberta

fig. 4?

Page 52: Pontes 001

-47-

M-Ffe

t!_-<,

Tl

. jj,-r—^ ~=^£-

secção celular

fig. (4?)

M-, - momento de torção absorvido pela secçãoo

Observa-se que no easo da secção celular ser infinita-

w^nte rígida à torção s t em-s e:

e j portanto:

To

l

E _ PII

Pé ~ o

isto ê 9 qualquer que seja a excentricidade da carga P > eôta oar_

ga ãistribue-se em parcelas iguais pelas nervuras. Neste caso as

nervuras f lê t em igualmente3 ou aejat não ha rotação da secção

em torno do eixo da ponte.

Em geral, senão grande a r es is tenda ã torção da secção ce_

lular, tem-se: M? = Pe e a distribuição transversal da carga

nessas secções se faz> praticamente_, em parcelas iguais pelas

nervuras correspondentes, Demonstra-ne qu& o erro nesta aproxi-

mação ê tanto menor quanto maior for o valor da Te loção ^/b, em

que;

Page 53: Pontes 001

-48-

i = vão do tramo simplesmente apoiado ou distancia entre

as secções de momentos fletores nulos no tramo.

b - distancia entre os eixos das nervuras externas da sec_

çao celular.

£ frequente adotar~se a mencionada aproximação sempre for

A / ' > */b - 3

embora certos autores ou projôtistaâ dá pontes considerem Valo_

rés maiores para essa relação (5 ou mais em lugar de 3),

Portanto* para esses valores de ^/b^ considera-se que o

tabuleiro da ponte de secção cêlular se comporta como uma viga

única. São, então * determinados os esforços solicitantes devi-

dos aos vários carregamentos sobre essa viga e feito o corres-

pondente dimensionamento de suas secções; no caso particular do

concreto armado ou protendido3 a armação assim determinadas s£

rã> a seguirj igualmente distribui da pelas nervurae da secção

celular.

As pontes para ^/b _> 3 são consideradas "estreitas "j is-

to ê3 com o comprimento prevalecendo de forma considerável so-

bre a largura; caso contrario^ isto é> para */b <3, serão con-

sideradas pontes "largas" e o critério exposto não poderá ser

mais aplicado^ devendo-se determinar a distribuição transver-

sal das cargas pó l aã nervuras3 correspondendo a cada uma valo-

res > em geral> bastante diferentes entre si. Em consequência^

o estudo das pontes largas ê mais complexo9 existindo diversos

processos de calculo para a solução do problema, com maior ou

menor aproximação.

No caso de secção aberta^ a qual apresenta pequena resis-

tência â torção., pó de-s e considerar praticamente My - O. Para

e&te tipo de secção^ tem-se:

,

RI^

RII =

p _,_2 +

PJ ~

eT-p£.

Q.

F"

ou 0eja> ae vigas principais recebem^ na distribuição transver

sal da carga P^ parcelas diferentes desta carta. Observa-se que*

para a secção aberta^ tem-e e os seguintes casos particulares pá

Page 54: Pontes 001

-49-

ra o pôs Í cionamen to da carga P:

a - carga P sobre a viga principal I:

b£1 ™

2

s* p '"p= P

PP ?•

b - carga P no ponto central da secção

RI

e = O

P . „ P

P P

«II = l - ° = -2

a - aarga P sobre a viga principal II

PR 2,I 2 5

pP í>

Estes valores justificam o processo simplificado utiliza^

do na pratica para a distribuição transversal de cargas nas

secções abertas com duas vigas principais j em que se admite

o tabuleiro como simplesmente apoiado sobre as vigas prin-

cipais j adotando~~se como linha de influencia para a referida

distribuição a da reação de apoio da viga principal considera

da (fig.(48). Essa linha de influência tem desenvolvimento li-

near.

Page 55: Pontes 001

-SÓ-

,, l Rir

fig. (48)

As considerações anteriores tem, finalmente* importante

aplicação no preparo do trem-tipo relativo a uma viga princi-

pal ^ o qual permite determinar a ação das cargas móveis sobre

a viga considerada, (ver item 7.1.2).

7. Esforços Externos nas Pontes

Os esforços externos (ou as suas causas) a serem consi-

derados no estudo e projeto de pontes podem ser classificadosda seguinte forma:

EsforçosExternos * 7.2

7.1 - Esforços <Principais

7.1.1 - Cargas Permanentes

7. 1. l Cargas Moveis

Esforços Secundários3 Adicionais ouAcidentais

7.3- Esforços Especiais

As principais características desses esforços são a a 0£

guir> consideradas.

7.1- Esforços Principais

Os esforços principais são aqueles qu& devem ser leva-

dos em conta no estudo e projeto de toda e qualquer ponte.

Page 56: Pontes 001

-52-

Sub dividem- s e em:

7.1.1 - Cargas Permanentes

7.1.2 - Cargas Moveis

7.1.1 - Cargas Permanentes

As cargas permanentes são representadas pelo peso próprio

dos elementos estruturais* bem como pelo peso próprio dos ele-

mentos que j embora não tendo função estrutural^ tais como a p£

vimentaçãoj defensas^ passeios * guarda-corpo^ postes y sistemas

de drenagem e outros^ se acham ligados ã estrutura da ponte de

forma permanente. Â determinação exata do peso próprio dos e^£

mentos da ponte, sejam estruturais ou não, é um problema de di^

ficil solução, face à variabilidade do peso específico de

material* de uma obra para outra. Na pratica* como

aceitável, utiliza-se o valor médio do peso específico dos vá-

rios materiais; p o de-s e assumir nos cálculos > para os mate-

riais mais empregados j os seguintes valores:

material peso específico X ( /m )

concreto simples 2_, 2

concreto armado 2,5

aço 7j 85

aterro 1^6 a 1*8

madeira O 3 7 a 0^8

A determinação das cargas permanentes ê feita através da

cubagem (ou determinação do volume) dos e tementes da ponte. ô

com o emprego do peso específico médio correspondente a cada

material empregado. Para efetuar essa cubagem ha necessidade

de serem previamente conhecidas as dimensões das peças da pon^

te . Essas dimensões são inicialmente assumidas, com base no

tipo estrutural adotado e na experiência do projetista ou atra

vês de comparação com outras obras de mesmas características e

j ã executadas.

Ha. dois casos principais para as cargas permanentes assim

determinadas:

- cargas concentradas: são cargas que> teoricamente3 agem

em um dado ponto da estrutura. Senão V e y ° volume & o peso

Page 57: Pontes 001

-52-

e apeei fico > respectivamente , do elemento considerado, o seu p£

só valeria ( fig. (49) ) :

P =

fig. C49)

- cargas âistribuidas: são cargas que agem sobre uma su-

perfície ou ao longo de uma determinada linha (representada pe_

Io eixo da peça considerada). No caso de vigas, utilizam-se car

gás distribuídas ao longo de eixos e para as lájea* cortinas e

outros elementos estruturais bidimensionais> e ao empregadas &&£_

gás distribuídas sobre superfícies.

Sendo Y e v o peso específico Q o volume (por unidade d&

comprimento ou de área)> respectivamente, do elemento conside-

rado 3 o seu peso valera Cfig. (50)):

P =

fig. (50)

teA carga será uniformemente distribuída quando for p-c

ff o caso da carga permanente das vigas prismáticas,

Uma vês determinadas todas as cargas permanentes que agem

sobre um determinado elemento estrutural deve-se fazer o chama_

do ''esquema das cargas permanentes" relativo a esse elemento^

consistindo em uma representação da distribuição dessas cargas

ao longo do eixo (ou da superfície) do mesmo. Essa distribui-

ção ê feita levando em conta o tipo estrutural da ponte em es-

tudo. Por se tratar de cargas permanentes> são fixas > isto e>

ocupam uma posição invariável no elemento estrutural em consi-

deração . Com o esquema das cargas permanentes são3 a seguir>

Page 58: Pontes 001

-52-

Sub dividem- s e em:

7.1.1 - Cargas Permanentes

7.1.2 - Cargas Move i s

7.1.1 - Cargas Permanentes

As cargas permanentes são representadas pé Io peso próprio

dos elementos estruturais3 bem oomo pelo peso próprio dos ele-

mentos que j embola não tendo função estrutural3 tais como a ptz

vimentaçãoj defensas, passeios^ guarda-corpo, postes ,> sistemas

de drenagem e outros, se aoham ligados ã estrutura da ponte de

forma permanente. A determinação exata do peso próprio dos ôlâ_

mentos da ponte s sejam estruturais ou não * ê um problema de d-i^

fíoil solução, faee â variabilidade do peso específico de cada

material, de uma obra para outra. Na pratica, oomo aproximação

aceitável, utiliza-se o valor médio do pó só especifico dos va~

rios materiais; po de-s e assumir nos cálculos > para os mate-

riais mais empregados j os seguintes valores:

t 3material peso espeaí f Í ú o A ( /w )

concreto simples 2, 2

concreto armado 2^5

aço 7, 85

aterro 1^6 a 2,8

madeira 0,7 a 0,8

 determinação das cargas permanente Q e feita através da

cubagem (ou determinação do volume), dos elementos da ponte e

com o emprego do peso específico médio correspondente a aã da

material empregado. Para efetuar essa cubagem ha necessidade

de serem previamente conhecidas as dimensões das peças da pon_

t&. Essas dimensões são inicialmente assumidas, com base no

tipo estrutural adotaão e na experiência do projetista ou atra

vês de comparação com outras obras de mesmas características e

jã executadas.

Ha dois Q as o G principais para as cargas p&rmanentes assim

determinadas:

- cargas concentradas: são cargas que, teoricamente, agem

em um dado ponto da estrutura. Sendo V e y ° volume e o peso

Page 59: Pontes 001

-53-

determinadas as reações de apoio do referido elemento estrutu

ral> bem como traçadas as "linhas de estado" correspondentes,

as quais serão representadas por diagramas de forças normais t

forças cortantes> momentos flê to rés e momentos de torção> no

caso mais geral.

Para estruturas isostãticas> o traçado desses diagramas

é 9 geralmente3 de simples determinação. Nas estruturas hiper-

res t áticas t o problema e mais complexo^ principalmente quando

os elementos estruturais são de inércia variável,

Esses diagramas fornecem valores dos esforços solicitan-

tes que serãoA posteriormente3 em outra fas& dos calculo® .> s£

mados ai gebricamente aos correspondentes e devidos à ação de

outros esforços (tais como cargas móveis, frenagem* variação

de temperatura* retvaçãoj e outros), para o dimensionamento das

secções dos elementos estruturais,

Poderá ocorrer que, ao ser efetuado esse dimensionamento,

as dimensões inicialmente assumidas para as peças demonstrem

ser insuficientes para atender as condições de tensões 9 de co-

locação de armadura ou outras, tornando-se necessária a altera^

cão dessas dimensões. Nesse caso, ha modificação das cargas per

manentes, obrigando a refazer todos os cálculos. Todavia, se-

gundo a NB2/61 - item 53 no caso de pontes de concreto9 se a

variação de peso próprio for inferior a 5% em relação ao valor

inicialmente assumido * não haverá necessidade de ser feito no-

vo cálculo. De modo geral * a porcentagem admitida para a varia

cão do peso próprio utilizado no dimensionamento final &m relQ

cão ao peso próprio inicialmente assumido para os cálculos, cor^

forme o material^ ê a seguinte:

material A* ———• —concreto 5%

aço 3%

madeira 10%

7.1.2 - Cargas moveis

7. 1.2.1 - Pontes Fi^loviãpias

Co mo o nome indica^ as cargas move is são r e p i*e s e n t a da e pe_

Io peso dos veículos que transitam sobre a ponte. Esse peso ê3

Page 60: Pontes 001

-54-

normalmente* estabelecido atravêe de normas estruturais as quais

são variáveis de um pais para outro. Engre as varias normas no-

ta-se, porem* um ponto comum segundo o qual as cargas moveis des^

tina das ao pró j et o de pontes rodoviárias são constituídas por

um conjunto de cargas concentradas> representadas pelo peso de

eixos ou rodas de veículos> e cargas distribuídas uniformemente^

geralmente designadas como "cargas de multidão" ou simplesmente

"multidão11. Nota-se^ aindaj que noa países de rede ferroviária

bastante desenvolvida* as cargas moveis destinadas a pontes ro~

doviãrias são relativamente pequenas, face ã suposição de que as

cargas maiores circulem por via ferroviária»

O quadro seguinte* extraído do livro "Briage Deck Analyaia11

A. J?. Cusen/R.P* Pama* mostra a grande variação que existe entre

os pé ao s totais dos veículos adotados nas normas estruturais de

vários países, (ver pagina 55)

No Brasil j as cargas moveis a serem utilizadas no pró j e-

to de pontes rodoviárias são especificadas na NB6/60. Segundo

essa norma * as o ar g as moveis são alas si ficadas de acordo com QC^

tegoria ou classe da estrada* sendo representadas por cargas

concentradas referentes ao peso de eixos ou rodas d& veíouíos

padronizados e por cargas uniformemente distribuídas referentes

a multidão. Os valores dessas cargas^ de acordo com a classe da

estrada^ são os seguintes;

Classeda

Estrada

I

II

III

VEÍCULOS

cargatotal

36ton

24 "

12 "

n9de eixos

3

3

diantÇ* traz9

n9 derodas

6

6

2

2

cargapor eixo

12 ton

8 "

4 " .

B "

cargapor roda

6 ton

4 "

2 "

4 "

MULTIDÃO

na faixaao veiculo

Q, 500* /m

0^400 "

0,300 *»

no restantedo tabl?

03 300* /m2

0, 300 "

0, 300 "

As características geométricas doa veículos são aã se-

guintes: (ver pagina 56)