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PNPOT CADERNOS DOS SEMINÁRIOS REGIONAIS Caderno 04/2016 Território e Turismo Auditório da CCDR ALGARVE | 30 novembro 2016

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PNPOT

CADERNOS DOS SEMINÁRIOS REGIONAIS

Caderno 04/2016

Território e Turismo

Auditório da CCDR ALGARVE | 30 novembro 2016

Território e Turismo | CCDR Algarve

Seminários Regionais PNPOT | Caderno 04/2016

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Território e Turismo | CCDR Algarve

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FICHA TÉCNICA

Título

PNPOT - CADERNOS DOS SEMINÁRIOS REGIONAIS

Caderno 04/2016 – Território e Turismo

Auditório da CCDR Algarve | 30 de novembro de 2016

Coleção

PNPOT - CADERNOS DOS SEMINÁRIOS REGIONAIS | 2016

Coordenação, edição e tratamento de dados

Direção de Serviços do Ordenamento do Território

Direção de Serviços de Planeamento, Relações Institucionais, Comunicação e Apoio

CCDR-Algarve / Direção de Serviços de Ordenamento do Território

© DGT 2017

Direção-Geral do Território

Rua da Artilharia Um, n.º 107 | 1099-052 Lisboa | www.dgterritorio.pt

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5

PROGRAMA DO SEMINÁRIO ................................................................................................. 8

RESUMOS .......................................................................................................................... 11

Resumo | Vitor Neto ............................................................................................................. 12

Resumo | Marta Cabral ........................................................................................................ 18

Resumo | Paulo Pinheiro ...................................................................................................... 23

Resumo | Mário Azevedo Ferreira ........................................................................................ 27

Resumo | Dália Paulo ........................................................................................................... 31

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INTRODUÇÃO

O Programa Nacional da Politica de Ordenamento do Território (PNPOT) é um instrumento de

desenvolvimento territorial de natureza estratégica que estabelece as grandes opções com relevância

para a organização do território nacional, consubstancia o quadro de referência a considerar na

elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial e constitui um instrumento de cooperação com

os demais Estados membros para a organização do território da União Europeia.

O PNPOT aplica-se a todo o território nacional, abrangendo o território historicamente definido no

continente europeu e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, bem como as águas territoriais

definidas por lei, sem prejuízo das competências das Regiões Autónomas.

O PNPOT foi aprovado pela Lei n.º 58/2007, de 4 de Setembro, retificada pelas Declarações de

Retificação n.º 80-A/2007, de 7 de Setembro, e n.º 103-A/2007, de 23 de Novembro, e é constituído por

um Relatório e por um Programa de Ação.

Após o seu período de implementação e a realização da avaliação do Programa de Ação em 2014, foi

decidido dar início ao processo de alteração através da Resolução do Conselho de Ministros nº 44/2016

de 23 de agosto.

No âmbito deste processo, iniciado no último trimestre de 2016, as Comissões de Coordenação

Regional (CCDR) desenvolveram um conjunto de exercícios de diagnóstico e reflexão estratégica sobre

os problemas e desafios do ordenamento do território na perspetiva nacional e regional, que incluíram a

participação e o envolvimento de atores relevantes, através da organização de Seminários Temáticos

Regionais.

Neste âmbito, cada uma das cinco Comissões de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR

Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) organizou e realizou o seu Seminário em

função de um tema que considerou determinante para encarar os desafios do desenvolvimento

territorial das próximas décadas.

Território e Turismo | CCDR Algarve

Seminários Regionais PNPOT | Caderno 04/2016

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Tabela - Seminários Regionais realizados no âmbito da alteração do PA do PNPOT

CCDR Título Local / Data

Lisboa e Vale

do Tejo

Território e Economia Circular Auditório da CCDR LVT /

27-10-2016

Alentejo Território e paisagem – paisagens sustentáveis e

oportunidades de desenvolvimento

Auditório CCDR Alentejo

/ 16-11-2016

Centro Território e sistema urbano - desafios emergentes e

novas respostas

Auditório da CCDR

Centro / 23-11-2016

Algarve Território e Turismo Auditório da CCDR

Algarve / 30-11-2016

Norte Território e Alterações climáticas: a desertificação; as

periferias urbanas

Centro de Congressos da

Alfândega do Porto / 07-

12-2016

Cada Seminário Regional elenca um conjunto de subtemas cuja reflexão e discussão dos intervenientes

teve por base contribuir para as respostas às seguintes questões:

Quais os principais problemas e desafios que se colocam, a nível nacional e regional na área temática

abordada?

De que forma o PNPOT pode dar resposta a esses desafios?

A presente publicação, acordada no decorrer do processo de alteração Programa de Ação do PNPOT,

tem por objetivo a divulgação das reflexões e conclusões dos Seminários Regionais e está estruturada

em cinco Cadernos Regionais (cuja numeração segue a ordem cronológica de realização):

Caderno 1 – Território e Economia Circular

Caderno 2 – Território e paisagem – paisagens sustentáveis e oportunidades de

desenvolvimento

Caderno 3 – Território e sistema urbano - desafios emergentes e novas respostas

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Caderno 4 – Território e Turismo

Caderno 5 – Alterações climáticas, abandono de territórios e periferias urbanas

Cada Caderno Regional contém o índice articulado com o programa do respetivo Seminário, bem como

o acesso às comunicações, textos ou registo vídeo disponíveis no caso em que foi autorizada a

disponibilização pelos respetivos autores.

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Caderno 4 – Território e Turismo

PROGRAMA DO SEMINÁRIO

Seminário

PNPOT | Território e Turismo Faro, 30 de novembro 2016 | 10h – 18h | [Auditório da CCDR-Algarve

PROGRAMA

Seminário | Território e Turismo

O que se espera do PNPOT face aos desafios

GERIR OS RECURSOS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Manhã | 10:00h – 12:30h

10:00 – Abertura dos trabalhos

Francisco Serra | Presidente da CCDR Algarve

Rui Amaro Alves | Diretor-Geral do Território

10:30 – Mesa redonda

Turismo e desenvolvimento urbano: problemas e desafios em matéria de

ordenamento do território

Nuno Marques | Vice-Presidente da CCDR – moderador

José Manuel Simões | Instituto de Geografia e Ordenamento do Território

(IGOT – ULisboa)

Turismo e desenvolvimento sustentável: do litoral sul à valorização do interior

Fernando Perna | Universidade do Algarve (UAlg)

Vítor Neto | Presidente do NERA

11:50 – Participação do público

12:30 – Almoço livre

Seminário

PNPOT | Território e Turismo Faro, 30 de novembro 2016 | 10h – 18h | [Auditório da CCDR-Algarve

Tarde | 14:00h – 18:00h

14:00 – Mesa redonda

Turismo em territórios de alta e baixa densidade: para um desenvolvimento e um

ordenamento sustentável e integrador

Teresa Sá Marques | Coordenadora da alteração ao PNPOT – moderadora

Frederico Pedro Nunes | Chief Development Officer Vilamoura World

João Ministro | Diretor Geral da Proactivetur

Pedro Lopes | Administrador Executivo do Grupo Pestana

Marta Cabral | Presidente da Associação Rota Vicentina

Lúcio Pires do Rosário | Comissão Nacional de Coordenação de Combate à

Desertificação

15:40 – Coffee break

16:00 – Mesa redonda

Território: produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade

Jorge Botelho | Presidente da AMAL – moderador

Paulo Pinheiro | CEO Parkalgar

António Moura | Presidente do Clube Hípico de Vilamoura

Luís Correia da Silva | CEO Oceânico Golfe S.A.

Mário Azevedo Ferreira | CEO Nau Hotels & Resorts

Dália Paulo | Comissária do Programa 365 Algarve – Ministério da Cultura

17:40 – Participação do público

18:00 – Encerramento dos trabalhos

Nuno Marques | Vice-Presidente da CCDR Algarve

Célia Ramos | Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da

Conservação da Natureza

Território e Turismo | CCDR Algarve

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Caderno 4 – Território e Turismo

RESUMOS

(Apresentações dos oradores ficam disponíveis na página Web da CCDR-Algarve)

Território e Turismo | CCDR Algarve

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Caderno 4 – Território e Turismo

Resumo | Vitor Neto Presidente da Direção do NERA

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SEMINÁRIO

TERRITÓRIO E TURISMO

GERIR OS RECURSOS PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Faro - 30 de novembro de 2016

Vítor Neto

Presidente do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve

Síntese da Intervenção

____________________________________________________________________________________

Pressupostos de fundo na abordagem do Tema proposto:

1. Trata-se de uma problemática ACTUALÍSSIMA para o futuro do País

2. No caso do ALGARVE: trata-se de uma opção ESTRATÉGICA obrigatória

*

Portugal dispõe desde o final dos anos 90 de instrumentos Legais integradores das POLITICAS de

ORDENAMENTO do TERRITORIO, nomeadamente:

AGOSTO 1998 - LEI de BASES da POLITICA de ORDENAMENTO do TERRITORIO e

URBANISMO – aprofundada em Setembro de 1999

ABRIL de 2002 - lançamento das Bases do PNPOT – Plano Nacional da POLITICA de

ORDENAMENTO TERRITORIO – que seria concretizado mais tarde

Acompanhei, como membro do governo (SETurismo/1997- 2002), este processo.

Estes Instrumentos, não sendo perfeitos, foram muito importantes.

Estabeleciam REGRAS, travaram erros e obrigaram a novas atitudes.

POSIÇÃO de princípio:

Sou um defensor convicto do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

Partilho – como cidadão/Empresário - os princípios que o fundamentam

Pensando no futuro do país: não concebo desenvolvimento sem preservação do território,

património, cultura, e sem utilização dos seus recursos numa perspetiva de

SUSTENTABILIDADE

NO CASO ESPECIFICO do ALGARVE- esta preocupação - além de importante: é VITAL.

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1. NÃO Podemos IGNORAR A REALIDADE – Sem complacências - mas também sem falsos

moralismos: temos de ter em conta os ERROS cometidos no passado – e que devem ser

corrigidos com inteligência

2. NÃO PODEMOS IGNORAR – que esses erros estão ligados – em larga medida –

à FORMA como o CRESCIMENTO do TURISMO se processou:

quase sempre sem estratégia, sem planificação e com oportunismo

HÁ RAZÕES FORTES que nos obrigam a uma atitude correta:

1. É DEVER de uma CIDADANIA RESPONSÁVEL – ter consciência

da importância do TURISMO na ECONOMIA do país

e do PESO que ALGARVE nela representa (cerca de 40-50%),

E que o país precisa de consolidar esse contributo.

2. O TURISMO não terá um futuro garantido no ALGARVE – sem uma política de

TERRITÓRIO no quadro de uma estratégia de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

*

QUAL É NOSSO DEVER, HOJE: TENDO EM CONTA O QUE ESTÁ em JOGO?

COMO ENFRENTAR os DESAFIOS e CONSTRUIR o FUTURO do ALGARVE?

PONTO DE PARTIDA

Sem esquecer os benefícios económicos e sociais do turismo – emerge um dado:

O TERRITÓRIO do ALGARVE sofreu profundas alterações nos últimos 40/50 anos (muitas delas

negativas) em consequência do IMPACTO do TURISMO -

1. Agrediram-se vastas áreas do Território – nomeadamente do LITORAL – com o

excesso construção urbana, aloj. turístico e grandes projetos imobiliários – em

desrespeito ambiental e do património

2. Esta evolução conduziu a uma concentração populacional e a uma litorialização da

Região. Conduziu a um DESEQUILÍBRIO TERRITORIAL.

Hoje temos cerca de 70% população em 20% território e 50% Popul. numa faixa de 10

Km do litoral.

CONSEQUÊNCIA: esta evolução provocou também um desequilíbrio Estrutural da Economia do Algarve:

os setores tradicionais diminuíram o seu peso – nomeadamente com uma quebra da

Agricultura/Pescas/Industria

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PERANTE ESTE QUADRO: QUE ESTRATÉGIA PARA A REGIÃO NAS PRÓXIMAS DÉCADAS?

Dado relevante sobre o Turismo:

Estes 30/40 anos – que conduziram ao domínio TURISMO…não foram lineares, nem fáceis.

O TURISMO EM PORTUGAL CRESCEU – ininterruptamente entre 1990 e 2002

O TURISMO tornou-se uma ATIVIDADE RELEVANTE EM PORTUGAL: ultrapassou os 12

Milhões de Turistas estrangeiros em 2002 (eram 8 Milhões em 1990)

ALGARVE - é um dos principais responsáveis dessa evolução do Turismo

ALGARVE - afirmou-se como 1º. Destino: 50% dormidas estrangeiros e 30% portug.

QUE SE PASSOU ÚLTIMOS 15 ANOS? ONDE ESTAMOS HOJE?

Sendo verdade que até 2002 o Turismo cresceu de forma contínua, no período 2002-2012/13 – a

realidade é diferente:

ESTAGNAÇÃO na evolução do turismo a nível nacional

ALGARVE teve mesmo uma QUEBRA nesse período (os números são claros)

PERÍODO 2002 – 2012: UM PERÍODO DE ESTAGNAÇÃO

Trata-se de um período que pôs a nu fragilidades Turismo nacional e no Algarve.

Mas a nível internacional o quadro foi diferente:

No mesmo período no MUNDO (EUROPA) e os nossos CONCORRENTES DIRETOS: CRESCERAM

PORTUGAL/ALGARVE - CAUSAS da Estagnação/quebra

EXPLOSÃO DA CRISE IMOBILIARIA/RESIDENCIAL – provocou desinvestimentos

e falência de investidores/devedores em crise, Bancos fragilizados - o que conduziu à venda (a

baixo preço) a investidores estrangeiros

ESTRATÉGIA ERRADA de TURISMO (Nacional e Algarve): sobrevalorização dos governos no

setor imobiliário e subestimação das ALTERAÇOES estruturais do TURISMO a nível mundial:

o Transporte Aereo – Low Cost

o Afirmação das NOVAS Tecnologias de Informação

o Alterações na atividade dos grandes Operadores

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o Novos perfis dos turistas. Maior concorrência de produtos e destinos

Cometeram-se «erros» de políticas de turismo: Allgarves,TopTen, PENT´s, PIN´s,etc … que

afinal eram coerentes com a opção de favorecer a imobiliária

*

PERANTE este QUADRO - QUE FAZER?

TENDO EM CONTA O TURISMO VOLTOU A CRESCER (2012/2013)

DEFENDO a definição e implementação de uma ESTRATÉGIA

num quadro de SUSTENTABILIDADE e pensando no FUTURO da Região

DISCORDO de uma política de NAVEGAÇÃO à VISTA, cavalgando oportunisticamente

conjunturas favoráveis

TENDO SEMPRE PRESENTE A IMPORTÂNCIA do TURISMO do ALGARVE NA ECONOMIA

NACIONAL

**********

PROPOSTA de LINHAS de TRABALHO

PROPONHO: ESTRATEGIA que APONTE para um DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1. POR UM LADO – CORRIJA ERROS e CONSOLIDE e REFORCE a COMPETITIVIDADE do

TURISMO preparando-o – ao mesmo tempo para TREMENDOS DESAFIOS que já aí estão

2. POR OUTRO LADO nos PROJETE para uma RECUPERAÇÃO e DINAMIZAÇÃO dos outros

setores ECONOMICOS – ligados aos RECURSOS endógenos da Região – Terra, Agro

Industria, Industria, Mar, etc.

TENDO BEM PRESENTE QUE A PRÓPRIA EVOLUÇÃO do TURISMO se apresenta MUITO DIFICIL

O TURISMO do FUTURO (ainda mais que no passado) não vai SER um PASSEIO!

VAI HAVER CADA vez MAIS TURISTAS - mas será cada vez MAIS COMPLEXO

PORTUGAL/ALGARVE: sujeitos a tremendos desafios de competitividade

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(V. Neto -2016- milhões de turistas)

COMO PODEMOS TER SUCESSO – ECONÓMICO/SOCIAL neste QUADRO?

COM ESTRATEGIA ADEQUADA aos NOVOS TEMPOS e NOVOS DESAFIOS.

AFIRMANDO a NOSSA QUALIDADE EM TUDO e começando no que é SÓ NOSSO e por isso

DIFERENTE

COMEÇANDO pelo PRODUTO BASE: o TERRITORIO

Só Nosso. Único. É a nossa maior Riqueza

Que comporta Ambiente e recursos Naturais e Culturais - preservados, ordenados,

enriquecidos, valorizados.

É EM TORNO DESTES VALORES DE FUNDO – tendo por base o TERRITÓRIO – que se perfilam e

integram TODOS os PRODUTOS e OFERTAS do Turismo

Isto só é possível manter, preservar e enriquecer, no quadro de uma estratégia integrada que acredita na

economia do Algarve, vocacionada para turismo e para os outros setores.

Que se preocupa com uma gestão de recursos numa perspetiva de desenvolvimento sustentável.

O PNPOT deve corresponder a estas preocupações.

Vítor Neto (janeiro 2017)

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Caderno 4 – Território e Turismo

Resumo | Marta Cabral

Presidente da Associação Rota Vicentina

 

  1  

SEMINÁRIO  “TURISMO  E  TERRITÓRIO”  -­‐  CCDR  ALGARVE  30  NOV.  2016  

RESUMO  DA  COMUNICAÇÃO  –  MARTA  CABRAL  –  PRESIDENTE  DA  ROTA  VICENTINA  

 

A  -­‐  O  PAÍS  

1. São  bem  conhecidos  os  números  do  turismo  a  nível  mundial,  a  tendência  de  crescimento  exponencial,  a   posição   privilegiada   de   Portugal   na   dinâmica   mundial   e   europeia   e   o   seu   enorme   potencial   na  “periferia”  do  mediterrâneo,  para  além  das  taxas  de  crescimento  que  aumentam  elas  próprias  a  cada  momento;  

2. Portugal   vive   assim   momentos   muito   favoráveis   ao   turismo,   que   têm   que   ser   cada   vez   mais  estruturais,   garantindo   satisfação,   passa-­‐palavra   e   fidelização.   Por   outro   lado,   o  mercado   está   a  mudar,   procura   e   oferta   convergem   cada   vez   mais   para   a   sustentabilidade   e   os   destinos   que   se  posicionarem  como  verdadeiramente  responsáveis  terão  resultados  garantidos  a  curto  e  longo  prazo.  

3. Em   algumas   áreas   urbanas   e   outras   tantas   áreas   rurais   e   naturais,   as   capacidades   de   carga  aproximam-­‐se   do   limite,   sendo   importante   qualificar   e   não   reforçar   esta   capacidade,   seja   com  hotelaria,   turismo   rural   ou   alojamento   local,   com   particular   atenção   à   segunda   habitação   (“camas  frias”).  Outras   regiões  há,  que   lutam  por  uma  maior  atenção  do   turismo  que  certamente  merecem,  mas  não  têm  capacidade  ou  estrutura  suficiente  para  criar  a  escala  mínima.    

4. O  tema  da  sazonalidade  aplica-­‐se  impiedosamente  aos  destinos  litorais  que  começam  a  muito  custo  a  tentar  reforçar  a  sua  oferta  com  produtos  complementares  e  qualificados,  associados  à  natureza  e  à  cultura.  

5. A  economia  partilhada  e  a  economia  paralela  têm  uma  expressão  económica  e  social  crescente  que  tem  que  ser  enquadrada  na  oferta  turística  “oficial”  e  considerada  na  presenta  estratégia;  

6. Não  são  conhecidas  metas  para  os  vários  destinos  nacionais,  para  além  de  um  aumento  de  dormidas  ou   gastos  médios.  Este  é  um  dos  aspectos  mais   importantes,  uma  vez  que  vários  estudos  mostram  que  os  turistas  mais  exigentes  não  procuram  destinos  massificados.  O  conceito  de  “desmassificação”  deve   ir   ao   encontro   da   satisfação   simultânea   de   visitantes   e   residentes   no   usufruto   de   um  determinado   destino   e   serviços   associados,   bem   como   da   sua   qualidade   de   vida,   não   podendo   o  retorno  económico  de  curto  prazo  ser  a  bitola  a  seguir.  A  qualidade  em  detrimento  da  quantidade.  

7. Importa   assumir  o   tipo   de   turista   que  mais   interessa   ao   país:   com  elevado  nível   sócio-­‐económico,  mas   também  cultural:  o   turista   responsável.  De   facto,  o   turista  que   interessa  a  Portugal  é  cada  vez  mais   sensível   à   noção   de   sustentabilidade   que   a   experiência   turística   lhe   oferece   e   só   essa  preocupação   poderá   garantir   o   futuro   do   turismo   em   Portugal   como   uma   das   principais   fontes   de  exportação;  

8. Importa   igualmente   encontrar   o   tipo   de   investidor   que   mais   interessa   ao   país:   o   investidor  responsável  que  vê  o  sector  com  o  potencial  de  desenvolvimento  sustentável  que  verdadeiramente  merece,   em   detrimento   do   oportunista   que   retira   dividendos   sem   assumir   uma   responsabilidade  colectiva  pelos  respectivos  impactos;  

9. Liberalizar  o  mercado  e  deixar  que  todos  –  oferta  e  procura  –  operem  livremente  não  retira  ao  Estado  a  obrigação  de  estabelecer  estratégias   inteligentes   e   concertadas  que  definam  metas  e  protejam  o  país,   os   seus   cidadãos   e   investidores   de   uma   situação   de   subjugação   aos   apetites   do   mercado,  particularmente  quando  é  o  próprio  mercado  que  solicita  cada  vez  mais  essa  protecção;  

10. Neste  momento,  em  destinos  como  Lisboa  e  Porto,  os  residentes  afirmam  a  insegurança  que  sentem  em  relação  ao  futuro,  não  sabendo  até  onde  pode  ir  esta  “onda”  turística  e  qual  será  o  seu  lugar  no  futuro   destas   cidades   –   e   particularmente   dos   seus   centros   históricos.   Nas   cidades   é   urgente  redistribuir   os   fluxos   turísticos   para   novos   bairros,   criando   novas   oportunidades   de   investimento   e  uma  vivência  mais   autêntica  para   turistas  que  procurem  essa  autenticidade.  Berlim  é  um  excelente  

 

  2  

exemplo   que   tem   conseguido   diluir   os   fluxos   turísticos   por   toda   a   cidade   e   este   trabalho   deve  envolver   as   estratégias   municipais   e   as   próprias   freguesias.   O   incentivo   financeiro   a   projectos   de  dinamização  social  assentes  na  identidade  de  cada  bairro,  por  exemplo,  apostando  em  associações  de  moradores  ou  a  criação  de  condições  especiais  ou  cedência  de  espaços  especiais  para  micro-­‐empresas  qualificadas   e   com   soluções   inovadoras   (lojas   de   autor,   ateliers   de   artes,   espaços   co-­‐working,   etc.)  pode  ser  um  caminho.  Mas  haverá  dezenas  ou  centenas  de  outros.  

11. As  tendências  mostram  que  os  ex-­‐libris   irão  sempre  ser  visitados  mas  que  cada  vez  mais  se  procura  uma  vivência  do  “normal  dos  locais”,  em  que  se  convive  com  a  dinâmica  local,  de  deslocações  para  o  trabalho,  a  escola  ou  mercearias.   Este  pode  e  deve   ser  o  modelo,  não   só  para  as   cidades  mas  para  todo  o  país:  diluir  ao  máximo  a  presença  dos  turistas,  garantindo  uma  maior  qualidade  de  vida  fora  dos  núcleos  turísticos.  

 

B  -­‐  ÁREAS  RURAIS  E  ÁREAS  PROTEGIDAS  

12. No  caso  das  áreas  rurais,  o  problema  centra-­‐se  ainda  mais  fora  do  âmbito  turístico  e  passa  por  uma  verdadeira   aposta   no   repovoamento   do   interior,   nomeadamente   garantido   os   necessários   apoios  sociais.  O  custo  de  uma  criança  no  interior,  em  creche  ou  numa  escola,  será  necessariamente  superior  enquanto  não  houver  massa  crítica,  mas  enquanto  não  for  feito  esse  investimento  público,  não  haverá  condições  para  atrair   famílias   jovens  num  curto  espaço  de  tempo  (ainda  mais  quando  estas   famílias  ficarão  necessariamente  deslocadas  do  apoio  das  suas  próprias  famílias).    

13. Também   as   dinâmicas   culturais   podem   garantir   um   fluxo  migratório   para   o   interior   de   um   capital  intelectual  e  criativo  –  mas  também  económico  –  que  se  sente  sem  espaço  nas  cidades  e  que  é  crucial  para   dinamizar   o   interior   e   o   seu   potencial   atractivo.   Este   é   ainda,   em   Portugal,   um   bloqueio  histórico-­‐cultural   que   virá   a   ser   ultrapassado,  mas   que   requer   um   forte   investimento   público   para  abreviar   fortemente   esse   processo,   que   é   urgente.   Programas   como  o   365  Algarve   podem   ter   esse  potencial,   desde   que   sejam   programas   consistentes   e   contínuos,   que   ofereçam   segurança   de  enquadramento  sócio-­‐cultural  a  longo  prazo.  A  ideia  da  auto-­‐sustentabilidade  dos  eventos  culturais  é  perigosa   se  não   for   contextualizada  nos  objectivos   concretos  de   cada   região  e   suas   condicionantes.  Também   numa   lógica   de   reforço   das   identidades   locais,   turismo   e   cultura   devem   andar   de   mãos  dadas,  mesmo  quando  o  retorno  turístico  possa  não  ser  de  curto  prazo.  

14. Também   os   investidores   mais   interessantes   querem   garantias   de   sustentabilidade   para   que   não  aconteça   o   que   neste   momento   sucede   com   o   tema   dos   hidrocarbonetos   no   Algarve   que   afasta  qualquer   investidor   inteligente  que  esperará  para  ver  o  que  vai  acontecer,   sem  se  querer   sujeitar  a  novas  reviravoltas  inesperadas;  a  confiança  conquista-­‐se  com  percursos  consistentes  e  corajosos;  

15. O  Ordenamento   do   Território   é   de   facto   uma   questão   crucial,   quando   nas   áreas   rurais   o   turismo  depende   tanto   das   paisagens   e   conteúdos   sócio-­‐culturais   associados,   cada   vez  mais   ameaçados.   O  actual  abismo  existente  entre  turismo,  ambiente  e  agricultura  é  intransponível.  A  actual  aliança  entre  ambiente   e   florestas   é   francamente   prejudicial   à   natureza.   O   ambiente   é   hoje   um   forte   aliado   das  populações  rurais,  não  no  sentido  de  anular  as  actividades  produtivas,  mas  no  sentido  de  as  orientar,  monitorizar   e   estimular   investimentos   sustentáveis.   Mas   é   um   fraco   elemento   deste   círculo  governativo  que  acaba  sempre  por  perder.  Ambiente  e  Turismo  não  podem  caminhar  separados   já  que   apenas   o   turismo   pode   garantir   a   necessária   sustentabilidade   económica   de   que   o   Ambiente  precisa.  

16. As   áreas   protegidas   encontram-­‐se   profundamente  maltratadas   e   é   urgente   uma   revisão   do   papel  interventivo  do  ICNF  nas  áreas  rurais  e  naturais.  Falta  de  orçamento  e  pessoal  técnico  competente  e  motivado  são  dados  adquiridos  há  décadas,  o  que  anula  qualquer  credibilidade  do  seu  papel  nestas  regiões,   que   se   foca   no   único   trabalho   visível   que   é   o   das   “proibições”.   Um   papel   activo   de  sensibilização,  reflexão,  participação  na  vida  das  comunidades  e  empresas  é  urgente.  

 

 

  3  

C  –  COSTA  ALENTEJANA  E  VICENTINA  

17. O  caso  do  Parque  Natural  do  Sw  Alentejano  e  Costa  Vicentina  é  sintomático  desta  situação,  sendo  a  carga  turística  crescente  e  os  seus   impactos  ambientais  dramáticos.  Trata-­‐se  de  um  parque  costeiro  com  mais   de   100   kms   de   costa   selvagem,   pelo   que   a   pressão   é   superior   a   qualquer   outro   parque  natural,  particularmente  no  Verão.  Autocaravanas  nas  falésias,  campismo  selvagem  (em  alguns  casos  com  comunidades   já   residentes),   caravanas  diárias  de  motas  e   jipes  em  caminhos  e  dunas   (trazidas  por   operadores   internacionais   ao   longo   de   todo   o   ano),   lixo   que   se   amontoa   em   falésias   e   praias  menos   acessíveis   são   apenas   alguns   exemplos,   a   somar   às   espécies   invasoras   que   destroem   os  habitats   autóctones   a   cada   ano   sem   qualquer   resistência.   Particularmente   grave   é   a   exploração  agrícola   intensiva   do   Perímetro   de   Rega   do   Mira   que   anulou   totalmente   a   vertente   ambiental   do  território   comum,  que  nada  mais   é  do  que   toda  a   área  mais  nobre  deste  parque  natural   entre  Vila  Nova  de  Milfontes  e  Aljezur.  O  país  não  está  a  assumir  a  sua  responsabilidade  para  com  esta  área  protegida   e   a   região   –   e   o   que   ela   representa   na   promoção   integrada   do   país   –   vai   ressentir-­‐se  seriamente  com  esta  perda.  

18. Investir   nas   áreas   protegidas   não   é   apenas   dinamizá-­‐las   e   promovê-­‐las.   A   efectiva   protecção   dos  valores   naturais   e   sócio-­‐culturais  está  prevista  no  Plano  de  Ordenamento  mas  não  está  a   ser   feita.  Este  é  um  parque  natural  onde  a  única  informação  turística  em  inglês  é  da  Rota  Vicentina  e  onde  80%  da  sinalética  que  orienta  os  visitantes  quanto  às  regras  a  observar  é  também  da  Rota  Vicentina.  A  Rota  Vicentina   assume   que   a   sinalética   actual   é  manifestamente  marginal   face   às   reais   necessidades   do  território.   Os   parques   naturais   precisam   de   estruturas   locais   dedicadas,   pró-­‐activas   e   capazes   de  envolver   população   e   agentes   locais.   Com   capacidade   de   resposta   às   sérias   ameaças   dos   valores  naturais,  capaz  de  mobilizar  parcerias  e  projectos  de  conservação.    

19. A   Agricultura   e   as   Florestas   têm   que   se   sentar   com   o   Ambiente   e   o   Turismo   com   seriedade   no  compromisso  de  conservação  ambiental.  Nos   casos  em  que  essa   compatibilização  é  mais  difícil,   é  o  esforço   de   todas   as   partes   que   tem   que   ser  maior   e   não   os   efeitos   surgirem  mais   nefastos   e,   em  muitos  casos,  irreversíveis.  

20. Entendemos  ainda  que  deve  ser  revista,  flexibilizada  e  incentivada  a  interacção  entre  regiões,  o  que  se   torna   tarefa   impossível   através   dos   Programas   Operacionais   Regionais   que   recusam   qualquer  projecto   inter-­‐regional.   Este   aspecto   é   crucial   na   vertente   do   desenvolvimento   territorial   e   turismo  das  áreas  de  baixas  densidades  que  precisam  de  escala  e  um  conceito  integrado  para  se  desenvolver,  como  é  o  caso  do  Alentejo  e  Algarve  interior  ou  Costa  Alentejana  e  Vicentina.  

 

D  –  TURISMO  ACTIVO,  CULTURAL  E  DE  AVENTURA  

21. O   Turismo   Activo,   Cultural   e   de   Aventura   assenta   num   conceito   mais   alargado   de   criação   de  conteúdos  vendáveis  que  vêm  sublinhar  a  identidade  do  país  ou  da  região  percepcionada  pelo  turista  nacional  ou  estrangeiro,  mas  também  pelo  habitante  local.  Este  investimento  privado  deve  ser  muito  bem  acompanhado  pelo  Estado  e  devem  ser  apoiadas  as  iniciativas  com  maior  potencial  conceptual.  Havendo  fundos  próprios  para  esse  efeito,  o  Governo  deve  criar  mecanismos  de  potenciação  sectorial  ou   territorial   desses   conteúdos   tão   importantes,   a  par  do  que  há  décadas  é   feito  pela   gastronomia  nacional.  

22. Podem  e  devem  haver  fundos  públicos   regulares  para  projectos  com  potencial  de  desenvolvimento  territorial   e   turístico   fora  dos   grandes   centros   turísticos,   eventualmente   condicionados  a   resultados  mas  sempre  garantindo  a  necessária  estabilidade  face  a  um  eventual  sucesso  demonstrado.  Este  tipo  de  projectos  apenas  podem  funcionar  com  agentes   locais  que  não  têm  capacidade  de   investimento.  Da  mesma  forma  que  o  Ministério  da  Cultura  financia  projectos  plurianuais  a  quatro  anos,  o  turismo  deve  fazer  o  mesmo,  salvaguardando  que  o  financiamento  não  se  destina  a  empresas  mas  a  projectos  estruturantes  que  estimulem  o  desenvolvimento  das  micro-­‐estruturas  empresariais  existentes  e  a  sua  multiplicação  e  que  sejam  actores  chave  no  trabalho  de  monitorização  e  regulação  das  capacidades  de  carga,  em  parceria  com  autarquias,  ICNF  ou  DR  Cultura,  por  exemplo.  

 

  4  

E  -­‐  CONCLUSÃO  

23. Em   resumo,   o   Estado   deve   assumir   as   suas   responsabilidades   de   gestão   do   território   e   defesa   dos  recursos  naturais,  sociais  e  culturais,  apoiando  assim  a  iniciativa  privada,  seja  de  carácter  empresarial  ou   de   desenvolvimento   local/territorial.   Assumir   que   esta   responsabilidade   é   demasiado   alargada  para  caber  ao  Ordenamento  do  Território  é  negligenciar  o  potencial  turístico  do  país.  Sabemos  que  as  nossas  recomendações  são  ambiciosas,  mas  Portugal  é  um  dos  mais  interessantes  destinos  turísticos  do  Mundo.   A   responsabilidade   não   é  menor   do   que   este   título.  Não   precisamos   de   atrair   muitos  turistas,  precisamos  de  atrair  bons  turistas,  que  comunguem  dos  nossos  interesses  e  preocupações  e  que  tenham  capacidade  para  pagar  por  bons  serviços  e  produtos  que  nos  interessa  prestar  e  produzir.  Queremos  que  o  Programa  Nacional  da  Política  de  Ordenamento  do  Território  espelhe  a  preocupação  e  capacidade  de  intervenção  do  Turismo  na  sua  matéria  prima  que  são  o  território  e  a  qualidade  de  vida  dos  residentes.  

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Caderno 4 – Território e Turismo

Resumo | Paulo Pinheiro

CEO Parkalgar

Seminário l Território e TurismoSeminário l Território e Turismo“Gerir os Recursos para um Desenvolvimento Sustentável”

Território: “produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade”

CCDR (Faro) – 30 de Novembro de 2016

Território: produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade

Princípios que conduziram aos projectos Autódromo, Kartódromo, Off-Road, Hotel e Apartamentos:e Apartamentos:

• Colmatar uma falha de infraestruturas deste género na zona Sul do país• Ser um importante pólo de atracção turística ao longo de todo o ano.

Como?

1. Organização de Eventos de forte Projecção Internacional1. Organização de Eventos de forte Projecção Internacional

2. Criação de um vasto leque de Experiências

3. Organização de Eventos Corporate e Apresentações Mundiais

Combate à sazonalidade na região do algarve

«Seminário |TERRITÓRIO: produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade»

Território: produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade

1. Organização de Eventos de forte projecção Internacional

No período, entre os meses de Setembro a Junho, o AIA regista uma taxa de ocupação superior ap , , g p ç p95%. Gerando cerca de 40.000 Room Nights e perto de 80.000 refeições. O KIA, durante o Verãoapresenta uma passagem diária média: 800 Pax

ê2. Criação de um vasto leque de ExperiênciasAIA – Autódromo Internacional do Algarve

Racing SchoolKIA – Kartódromo Internacional do Algarve

gAtividades Disponíveis Auto e Moto:

- Cursos de Condução desportiva- Cursos de Condução defensiva

- Escola de pilotagem - Aluguer do Circuito para uso Particular- Eventos Corporate

Cursos de Condução defensiva - Track Days- Taxi Experience- Eventos Corporate

Aluguer do Circuito para uso Particular

AIA + KIA + TT = ExperiênciasEspaço de animação, diversão e lazer- Aluguer do Circuito para uso Particular Espaço de animação, diversão e lazer

Criação de outros produtos / Captação de diferentes públicos:

TT – Off-Road Park

Atividades Disponíveis Auto e Moto:• Eventos Musicais;• Eventos de ciclismo;• Open Days

Atividades Disponíveis Auto e Moto:- Track Days- Taxi Experience- Eventos Corporate

Aluguer do Circuito para uso Particular

«Seminário |TERRITÓRIO: produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade»

- Aluguer do Circuito para uso Particular

Território: produtos turísticos e excelência para a mitigação da sazonalidade

3. Organização de Eventos Corporate e Apresentações Mundiais

6 Corridas Internacionais – 1.800 pilotos e 7.000 agentes

4 Apresentações Mundiais contabilizando total de 250 dias contratados hoje para 2017

Campeonato organizado em mais de 60 países

Avaliação de Impacto de Eventos 2017 – Exemplos:

p g p3ª final a decorrer no Algarve

Cerca de 400 pilotosOriundos de mais de 50 países

Cerca de 300 pilotosOriundos de mais de 20 países

3.500 Acompanhantes (Jornalistas, equipa, família eOriundos de mais de 50 países

1.200 Acompanhantes (Jornalistas, equipa, família e organização)

3.500 Acompanhantes (Jornalistas, equipa, família e organização)

4 dias de prova15 dias de testes durante o ano

7 dias de prova6 dias de testes durante o ano

670 000€ Room Nights

15 dias de testes durante o ano

164.000 Room NightsValor médio estimado de 1.200.000€ em room nights

670.000€ Room Nights

22.500 RefeiçõesValor médio estimado de 500.00€ em refeições

28.000 RefeiçõesValor médio estimado de 500.00€ em refeições

«Seminário |TERRITÓRIO: produtos turísticos de excelência para a mitigação da sazonalidade»

Parkalgar,S.A.Sítio do Escampadinho Mexilhoeira GrandeSítio do Escampadinho, Mexilhoeira Grande 8500-148 Portimão | Portugalwww.autodromodoalgarve.com

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Caderno 4 – Território e Turismo

Resumo | Mário Azevedo Ferreira

CEO Nau Hotels & Resorts

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Seminário "Território e Turismo" CCDR Algarve – 30 Novembro 2016

Resumo da Intervenção de Mário Azevedo Ferreira

CEO da NAU Hotels & Resorts

1. As estratégias centrais para o Território têm um impacto decisivo na qualidade da oferta Turística, em

todas as suas vertentes:

Nas decisões de investimento;

Na tipologia de serviços Turísticos de um destino;

Na operacionalização dos serviços;

Na qualidade percebida pelo Turistas;

Na rentabilidade das empresas e dos investimentos.

2. Por conseguinte, uma alteração de estratégia para um Território deve ter em conta a sua situação

presente, mas sobretudo uma Visão para o Futuro.

“Como se pretende que esse Território evolua nos próximos 15 a 20 anos”

Já que as decisões que tomarmos hoje, afetarão a evolução futura.

3. Importa, por conseguinte, perceber como estão a evoluir as Tendências de comportamento das

sociedades em alguns aspetos fundamentais.

4. Na minha opinião, são 4 os aspetos fundamentais que caracterizam as tendências recentes, e se

manterão no futuro próximo, das sociedades do Mundo Ocidental (aquele em que vivemos…), e com

especial incidência no setor do Turismo:

Desregulamentação

É uma tendência geral, que afeta transversalmente toda a sociedade. Começa na

Globalização da Economia, na eliminação de fronteiras e de taxas aduaneiras, até às

atividades setoriais – em grande medida, devido à evolução das tecnologias de

comunicação que revolucionaram e facilitaram todos os processos.

No setor Turístico, começou com a desregulamentação do transporte aéreo – que originou

as Low Cost, reduziu o preço das tarifas e democratizou as viagens de avião – até

fenómenos mais recentes como a Uber, Airbnb, Booking.com, etc.

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Partilha

É igualmente uma tendência que se tem vindo a generalizar, e que tem origem e impacto na

tendência de desregulamentação. A chamada Economia de Partilha, que leva a que

diferentes pessoas se organizem em torno de um conceito, aproveitando a Internet como

meio de comunicação e de distribuição de massas.

O Turismo tem sido um setor onde esta economia de Partilha mais se tem manifestado –

Uber, Alojamento local…

Conectividade

Estar conectado – através sobretudo de smartphones e tablets, mas também laptops e

desktops – faz com que as massas acedam em tempo real a informação, estímulos vários e

as leve a reagir, igualmente em tempo real. A Humanidade produz hoje mais “data”

(informatizada, digitalizada) em 10 minutos, do que toda a que produziu desde o ano Zero e

até 2003 – porque foi a partir de 2003 que se expandiu rapidamente a utilização de

smartphones.

A tendência vai-se acentuar – as nossas casas, carros e as pessoas estarão conectados e

online 24 horas por dia. Receberão informação, estímulos, poderão reagir, exprimir opiniões,

partilhar, poderão comprar ou vender.

Cada vez mais, a tecnologia ocupará um espaço importante nas vidas das pessoas.

Experiencias

Visitar lugares ou fazer férias de praia já não é suficiente. As pessoas querem viver

experiências, de todo o tipo:

Radicais, testes às suas capacidades físicas, com adrenalina;

Emocionais – paisagens, relacionadas com a Fé

Holísticas

Esotéricas

Gastronómicas

Sensoriais

Etc.

Procuram autenticidade, ou pelo contrário, cenários produzidos – uma paisagem no

Canadá, versus Las Vegas ou Dubai.

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5. Por conseguinte, uma Estratégia e Política de Território, e em especial num Território tão

vocacionado para o Turismo como é o Algarve, deve ter em conta estas tendências, atuais e futuras,

para definir o caminho nos próximos 20 anos.

6. Alguns aspetos essenciais que a Politica de Território deveria contemplar para o Algarve são, na

minha opinião:

A atração e fixação de população residente, que permita combater a escassez de mão de

obra. Através de uma politica de solos que permita o aumento da oferta de habitação a

preços controlados para residentes nacionais.

A oferta de habitação tem sido orientada para a procura turística internacional, que as

classes trabalhadoras não conseguem pagar.

Uma politica de solos clara e transparente, que reduz a burocracia dos processos de

licenciamento, e reduz os riscos de corrupção ativa ou passiva, ou a simples inércia ou

excesso de zelo das administrações.

Evitar proteção excessiva de zonas ditas “sensíveis”. Portugal e o Algarve têm excesso de

zonas protegidas – Linhas de POOC, REN, RAN, Parques, etc. O litoral deve ser protegido,

mas também contribuir para a produção de riqueza e usufruído como um bem económico

relevante.

Convergência e coordenação de restrições entre os vários atores – as linhas POOC e REN

não são coincidentes, e por vezes há restrições contraditórias.

Resolver definitivamente conflitos entre direitos adquiridos antes da imposição de restrições,

e as restrições a impor. Salvaguardando o interesse público, mas igualmente os direitos das

pessoas.

Favorecer o aparecimento de zonas de conhecimento – investigação, etc. O Algarve

apresenta uma lacuna no que se refere a Conhecimento, R&D e novas industrias. Isso

impede, por exemplo, a vinda de congressos médicos internacionais, por questões de

compliance, que poderiam ser resolvidas se existisse um polo de conhecimento científico

associado á Universidade do Algarve.

Em conclusão – uma estratégia para um Território deveria ser um fator de estímulo ao desenvolvimento.

Muitas vezes é vista apenas como um conjunto de regras e leis que definem o que não se pode fazer.

Mário Azevedo Ferreira

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Caderno 4 – Território e Turismo

Resumo | Dália Paulo

CEO Comissária do Programa 365 Algarve Ministério da Cultura

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Seminário Território e Turismo | Mesa Redonda “Território: produtos turísticos de excelência para

a mitigação da sazonalidade”

Resumo da participação Dália Paulo

Território e turismo: uma ligação que na região do Algarve não foi muito cuidada nas últimas décadas.

Apesar disso, nos últimos dez anos, começou a perceber-se que a segunda não existe de forma

sustentada e duradoura sem um olhar atento sobre o território. Em territórios que são turísticos por

excelência, deve integrar a indústria do turismo na sua definição e visão de ordenamento do território.

Este foi o mote para o debate, tendo o contributo sido dado partindo da leitura do Programa Nacional da

Politica de Ordenamento do Território (PNPOT).

O contributo para o debate teve como base a seleção de quatro aspetos nos quais se focou a

intervenção: conhecimento, como fator diferenciador na construção do destino; desenvolvimento

integrado, como forma de pensar holisticamente o território/destino; coesão, quer social quer territorial, de

modo a construir uma oferta de qualidade solidamente alicerçada e, por último, a acessibilidade, como

fator diferenciador do destino e como bandeira de humanidade e de inclusão. E no final uma abordagem

sistematizada sobre o programa 365 Algarve, que na sua origem e definição de conceito pretende

constituir-se como um dos produtos para mitigar a sazonalidade.

Centremo-nos no primeiro. Quando falamos em conhecimento, no âmbito do PNPOT, este deve vir aliado

à inovação e a outra área fundamental para a criação de produtos turístico-culturais de excelência que

são as indústrias culturais e criativas (ICC). Estas podem conjugar fatores importantes para atenuar a

sazonalidade, para a criação de emprego, para aumentar as exportações e para diferenciar o destino. De

referir que esta proposta/ aposta se articula com a Estratégia Regional de Investigação e Inovação para a

Especialização Inteligente (RIS3)1 que indica como área emergente para o Algarve as Indústrias Culturais

e Criativas, de modo a tornar a região mais competitiva, pelo que a sua inclusão numa estratégia nacional

de médio prazo (PNPOT) é imperativa.

Um território que beneficia de um clima ameno todo o ano, de excelentes acessibilidades internacionais,

de segurança, de uma Universidade (que pode vir a tornar-se um centro dinamizador e polarizador de

ação), de um rico património cultural (material e imaterial) tem aqui os ingredientes para se tornar num

profícuo polo de ICC’s.

1 Para mais informações deve ser consultado o documento https://www.portugal2020.pt/Portal2020/Media/Default/Docs/EstrategiasEInteligente/EREI%20Algarve.pdf (consultado a 30 de dezembro de 2016)

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Por outro lado, criar conhecimento para uma melhor refuncionalização do património (veja-se o programa

Revive2), adaptando-o às novas necessidades dos turistas e valorizando-o como um ativo económico e

de identidade, numa articulação vantajosa para o território e seu ordenamento.

O conhecimento deve, ainda, ser desenvolvido para criar ferramentas interativas que possibilitem novas

aproximações ao território e aliar-se para produzir conteúdos que sejam disponibilizados on-line de forma

a aumentar o acesso à informação, a atratividade do destino e servir de facilitador nas escolhas dos

visitantes, conjugando em dispositivos únicos informação essencial ao visitante. Por último na área do

conhecimento, importa reforçar a importância de valorizar os centros de investigação para a qualificação

e a criação de produtos de excelência, de modo a que a visita ao território seja apelativa todo o ano. Em

sede de PNPOT, poder-se-iam criar polos especializados em todo o país, que espelhassem as

especificidades de cada universidade e região, e que incrementassem a criação de empresas ligadas ao

turismo e à cultura, promovendo uma maior relação entre tecido académico, inovação e empresas.

Centremo-nos no segundo aspeto elencado inicialmente, o desenvolvimento integrado e transversal, aqui

entendido como aquele que tem a capacidade de reunir os contributos pluridisciplinares na construção de

uma visão prospetiva, duradoura e sustentada de um território e destino. Com esta noção integradora

conseguiremos desenvolver e promover a região através da criação de produtos turísticos de excelência

para a mitigação da sazonalidade, que passam por uma definição estratégica e um investimento claro e

consistente na cultura, no património e nas paisagens culturais, como fatores diferenciadores da escolha

do destino. De modo a contribuir para o desenvolvimento integrado e em sede de reavaliação e alteração

do PNPOT, tendo como foco o eixo de mitigação da sazonalidade dos territórios, considera-se que se

deve aprofundar a oferta de turismo cultural e turismo criativo e a sua relação com o território e com a

cultura. Nesse sentido, deve prever-se a existência no todo nacional, e em especial a Sul, de Escolas de

Artes e Ofícios/ Centros de Design3 que trabalhem a especificidade dos produtos regionais, promovendo

nichos específicos que contribuam para uma oferta diversificada todo o ano. Neste ponto do

desenvolvimento integrado, outra área identificada como a mapear e a desenvolver na região do Algarve

é a da Arte Contemporânea, através da criação de um Museu de Arte Contemporânea de referência

2 O programa Revive, apresentado pelo Governo, visa a “recuperação e valorização do património cultural e histórico, presente em todo o território nacional, e a sua transformação num ativo económico do país abrindo “o património ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos, através da realização de concursos públicos.” In http://revive.turismodeportugal.pt/ (consultada a 30 de dezembro de 2016) 3 Que se insere não que foi definido na medida 1.12 do Programa Nacional para a Coesão Territorial “Reforçar a valorização do ensino politécnico e a sua ligação ao tecido económico, social e cultural” e na medida 3.16 “Restruturação do atual Programa de Promoção de Artes e Ofícios tendo em vista a valorização das artes e ofícios tradicionais através da introdução de novas medidas de formação, na linha de anteriores medidas como as Escolas -Oficina e o programa de valorização do património.”

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internacional, constituindo-se como uma plataforma para dar a conhecer a Arte e os artistas portugueses

e como fator de qualidade de atração todo o ano, quer através de exposições temporárias, quer de

residências artísticas.

Quando se fala em desenvolvimento integrado implica que haja uma articulação das várias áreas; por

exemplo, quando se aborda a questão das paisagens culturais deve ter-se em atenção em termos de

ordenamento do território o que se deve fazer na agricultura, na indústria, na economia, entre outras, para

que todas as áreas sectoriais concorram para um mesmo fim: um destino turístico identitário,

diferenciador e de excelência.

Ainda em âmbito de ordenamento do território e no momento em que a Fortaleza de Sagres é Marca do

Património Europeu e Lugar de Globalização4 deve ser considerada a vila de Sagres e todo o promontório

sacro como local a intervir e a requalificar urbanisticamente de modo a atrair mais turistas todo o ano,

aliando cultura, ambiente e atividades náuticas, nomeadamente o surf.

Deve ser dada especial atenção à possibilidade de repensar os Centros Históricos das cidades, aliando

sempre (e isto é imperativo) a vida das pessoas locais a novos usos e novos turistas (de cidade) que a

região está a receber, qualificando as cidades e promovendo novas economias e empresas.

Este terceiro aspeto da coesão territorial e social deve relacionar-se com o que foi recentemente incluído

no Programa Nacional para a Coesão Territorial5 e que se refere o que parece importante reforçar ou

consolidar em sede de PNPOT: redes de equipamentos culturais, a criação de roteiros temáticos e

geográficos, para a criação de emprego qualificado e gerador de economia. A coesão territorial no

Algarve significa aproveitar todo o território e criar ligações entre interior e litoral, entre barlavento e

sotavento, nesse sentido (e em âmbito de PNPOT) uma área crucial é a da mobilidade, porque por mais

oferta diferenciadora e inovadora que se crie em todo o território, se não se repensar e desenvolver (de

forma integrada) um sistema de mobilidade em todo o Algarve, qualquer processo valorização patrimonial

e de programação cultural integrada e em rede claudicará. Quando se quis abordar a coesão social foi

por dois motivos principais: a qualificação e valorização da oferta formativa na região e uma maior

articulação entre a área do emprego e a área da cultura (em colaboração com os Municípios) para criar

programas específicos que promovam a abertura de equipamentos patrimoniais e culturais todo o ano no

Algarve e que, assim, enriqueçam a visita, aumentem o emprego não sazonal na região e promovam a

4 Conferir em http://promontoriodesagres.pt (consultado a 30 de dezembro de 2016). 5 Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/2016, 24 de novembro.

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criação de pacotes turísticos temáticos e regionais, proporcionando o aparecimento de empresas de

animação turístico-cultural.

O último ponto a evidenciar é o da acessibilidade, quando, em 2015, a Universidade de Surrey, em

Inglaterra, publica o estudo Economic impact and travel patterns of accessible tourism in Europe,

apresentando o impacto negativo na economia europeia por não se ter em atenção as questões de

acessibilidade; num painel de mitigação da sazonalidade e de criação de produtos de qualidade é fulcral

incidir nesta questão. O estudo indica que a Europa perde anualmente 142 mil milhões de Euros por não

investir no turismo acessível. Numa Europa onde a esperança média de vida está a aumentar, a questão

do turismo acessível - ou aqui especificamente também chamado turismo sénior - deve ser considerado

como uma mais valida quando se estrutura um produto e se repensa um destino, que se quer com vida

todo o ano.

Assim, como medidas prioritárias na ligação turismo-cultura para a criação de produtos turísticos de

excelência e mitigação da sazonalidade propunha:

1. Reforçar os programas de recuperação do património, que se constituem como recursos

indispensáveis (da responsabilidade do Estado que pode ser partilhada com privados) para a

criação de produtos turísticos de qualidade (a desenvolver maioritariamente por privados),

nomeadamente: rotas, roteiros, cruzamentos entre gastronomia, património, entre outros.

2. Realizar ações de âmbito transversal a toda a cadeia de valor do território que se relacione com

o turista, de forma a transformar o Algarve num destino acessível todo o ano.

3. Criar polos geradores de inovação e de aprendizagem ligados ao território, quer à sua

materialidade quer imaterialidade, para dinamizarem a economia.

4. Desenvolver duas âncoras no território que polarizem a oferta todo o ano – Sagres (com o

reordenamento e intervenção na vila) e um centro de Arte Contemporânea – património e

contemporaneidade juntos na dinamização do território, aliados à valorização do trabalho em

rede de teatros e museus.