Click here to load reader

Pluralidade Corrigido 4

Embed Size (px)

Citation preview

EDUCAO E DIVERSIDADEPROFESSORA: Ma. Mariciane Mores NunesAcadmicos: Claudia Rosane Iank - RA:381437 e-mail:[email protected] Gerson Henrique Iank - RA:375805 e-mail:[email protected]

Luiz Fernando Ribeiro Prado - RA:375942

e-mail:[email protected] Fontoura - RA:375806 e-mail:[email protected] Castro 2012

DIREITOS HUMANOS E PLURALIDADE CULTURALNa Constituio Federal em seu artigo 1 so garantidos todos os direitos fundamentais dos seres humanos, no art. 5 fala que todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, e da por diante regem vrios artigos captulos e pargrafos sobre os direitos dos cidados brasileiros. Ao discutirmos em grupo o tema verificamos que a nossa gerao vem com uma carga de diversos pr-conceitos por vrios motivos, escola, educao, famlia, regio geogrfica entre outros, e, ainda, a cada novo grupo que alcana o reconhecimento de algum direito , ns criamos outro pr-conceito, querendo que prevalea a nossa verdade. Infelizmente estas verdades esto enraizadas em nossa mentalidade, ento como podemos trabalhar a pluralidade cultural se j estamos condicionados e assim impossibilitados de conceber a plena vivncia da liberdade to falada na Constituio Federal.2

Destacamos as dificuldades em discutir sobre o tema em grupo, analisamos as diferenas de pensamentos entre as pessoas, sendo estas valiosas e construtivas, pois no existem verdades absolutas, o que hoje uma verdade amanh o deixa de ser. O que deve existir e prevalecer entre todos o respeito a forma de pensar de cada um, assim verificamos quo difcil desconstruirmos os pr-conceitos, e, concebermos outros conceitos dentro dos parmetros do respeito pleno da pluralidade sem esbarrarmos em algum ponto de divergncia entre os interesses de cada grupo e ou comunidade. Chegamos numa etapa na Educao Brasileira que temos que desconstruir nossos pr-conceitos e sensibilizarmos outras pessoas e nesta reconstruo do livre pensar com base no respeito as diferenas da pluralidade cultural, pois o modelo atual regido por parmetros onde se excluem pessoas ou grupos que cremos estarem fora do padro social. O que deve existir entre os seres humanos o respeito ao ser pensante que somos, e verificamos quo amplo e difcil desconstruirmos os pr-conceitos, e, concebermos outros que venham ao encontro do respeito pleno da pluralidade sem esbarrarmos em algum ponto de divergncia das pessoas.3

A INVENO DA INFNCIA

4

Fonte: Htt://mais.uol.com.br/view/hszu9it1iy1v

Pesquisa Valores Humanos na EducaoAntnio Lopes de S, em seu livro tica e valores humanos, 2001, p. 39, nos diz que "muito se tem discutido sobre as dificuldades que envolvem o ato educacional, tem-se buscado incessantemente solues para tais dificuldades, porm muito pouco se tem encontrado. Vive-se em um perodo de transio de valores, que influencia diretamente a educao, no que tange o aprendizado e desenvolvimento dos alunos." "A urgncia de compreender melhor o inter-relacionamento dos seres humanos, assim como suas expectativas e nveis de interesse, tem levado nestes ltimos anos a um aprofundamento radical nos estudos ticos e morais, ressaltando deste modo uma nova e promissora perspectiva para o crescimento e educao das futuras geraes". FRASE Em relao as nossas crianas, as diferenas e as desigualdades so frutos de nossa indiferena, para mudar, no basta criar leis ou pensar na diferena e necessrio e urgente agir diferente.

5

Experincia VividaAcadmica: Claudia Rosane Iank - RA:381437 A muitos anos um senhor recolhe o descarte de material reciclvel em minha rua, sempre o considerei uma pessoa simples e educada. Numa tarde enquanto ele acomodava os reciclveis no carrinho, comeamos a conversar e percebi ao longo da conversa que ele sabia com preciso as datas de nascimento de todos de sua famlia, quantos dias de vida cada um tinha e quando perguntei como ele memorizava tudo ele disse que isso era uma coisa que ele no sabia, pois s pode frequentar a escola por 34 dias, pois a professora o expulsou da escola por ter epilepsia, isso a assustava por que podia passar pra ela, e se teimasse eles mandavam para franco, onde ficavam os doentes da cabea. Mas que ele aprendeu a fazer as contas sozinho, como calcular quantas horas tem um ano, quantos segundos, quanta gua passa por baixo da6

Experincia VividaAcadmica: Claudia Rosane Iank - RA:381437

ponte em um dia no rio, qual a distncia que ele percorre por dia, entre muitos outros exemplos que deixaram claro sua habilidade em calcular. Quando perguntei o que ele acha que acontece hoje com a crianas que tem epilepsia nas escolas ele foi claro em sua resposta:Hoje tem tratamento e essa doena no passa mais pros outros , a sade d remdio, cuida e mesmo se desmaiar no pode expulsar ningum da escola , isso hoje crime por que a escola defende os alunos, por que l agora tem lei

7

Experincia VividaAcadmica: Marly Fontoura - RA:375806 Tenho uma amiga que da religio Candomblecista, seu filho foi iniciado no Candombl e como existe um ritual a ser seguido, ele foi para escola de roupas brancas e cabea raspada, a professora o impediu de ficar em sala de aula e o levou at a coordenao da escola para que ele se explicasse, aps ter ouvido a criana foi chamado sua me para se explicar. A me explicou sua religio e as obrigaes que o filho tinha com a iniciao na religio e solicitou que fosse respeitada a sua crena. A coordenao da escola para resolver o assunto chamou o Conselho Tutelar, o qual conversou com a me e teve o entendimento juntamente com a escola que seu filho indo para escola com aquelas roupas estava tirando a ateno dos outros alunos e sendo ridicularizado perante os colegas. Mais uma vez a me tentou explicar sua crena e pediu para ser respeitada No havendo consenso da escola e da me, o caso foi para na Vara da Criana e Juventude, que aps ouvir as partes deu o seguinte encaminhamento:

8

Experincia VividaAcadmica: Marly Fontoura - RA:375806 Que o menino ficasse em casa at passar o perodo de suas obrigaes na religio, que as tarefas seriam encaminhadas em sua casa e as faltas dele seriam justificadas. Como podemos observar o encaminhamento dado s vem reforar que tanto no setor da educao como nos outros rgos governamentais e sociedade civil tem um pr-conceito, e uma dificuldade em mudar os padres estabelecidos pela sociedade. Ou seja, a diversidade e a pluralidade cultural existente no Brasil no so respeitadas por falta de conhecimento e ou comprometimento dos profissionais da educao como da sociedade como um todo. Neste caso a professora com ajuda da equipe pedaggica da escola poderia ter aproveitado para fazer pesquisa sobre as diversas crenas no Brasil, assim mediando possveis conflitos, visando integrao e interao das crianas nas diversas crenas e cultura que so ricas em nosso pas, apesar de mistificadas e desconhecidas por muitos.9

Experincia VividaAcadmico: Gerson Henrique Iank - RA:375805 No ms passado a diretora de uma escola ligou no meu local de trabalho perguntando se eu conhecia uma pessoa (me de uma aluna), ao telefone falei que a conhecia, mas ela no trabalhava todos os dias. Logo aps a diretora pedir para que eu desse recado para esta me entrar em contato com a escola; comeou a me falar que a coordenadora pedaggica entrou na sala de aula para dar um recado sobre uniformes e a aluna fez um escndalo na escola agredindo verbalmente a coordenadora inclusive usando palavras de baixo escalo. Preocupado relatei a me da aluna tudo o que me foi falado. A me da aluna foi at a escola e a diretora negou tudo o que tinha me falado. Disse para a me da aluna que foi tudo um mal entendido e que era para esquecerem tudo o que havia ocorrido. Mas o que realmente aconteceu que uns alunos comearam a zombar da coordenadora, e a mesma comeou a gritar com os alunos, inclusive com esta aluna. Aps a coordenadora saiu da sala e inventou toda esta historia para a diretora, somente porque a aluna negra, pobre e no tem pai.

10

Experincia VividaAcadmico: Gerson Henrique Iank - RA:375805 O problema que a diretora no fez nada em relao ao ocorrido, e ainda como poder a coordenadora cobrar postura dos educadores quando ela no esta preparada psicologicamente para controlar uma turma de alunos e ainda dissimulada. Mas na certeza de que a famlia simples, no tem conhecimento sobre seus direitos, nada ir acontecer com a coordenadora ou com a diretora, casos como esses no iro acabar to cedo.

11

Experincia VividaAcadmico: Luiz Fernando Ribeiro Prado RA:375942 Eu estava na escola e um rapaz da minha classe no havia feito as tarefas de casa, a professora irritou-se com ele, chamando sua ateno de forma inapropriada, demonstrando racismo e verbalizando palavres, ele respondeu tambm com palavres e num acesso de furia tentou agredir a professora com uma cadeira. Certamente que o comportamento do aluno no pode ser justificado. A professora nem deu tempo para ele explicar que trabalhava o dia todo e no tinha tempo para fazer as tarefas extras, ela foi logo ligando para o conselho tutelar. O aluno foi expulso da escola e nunca mais voltou a estudar, o caso no foi mais comentado, mas em minha opinio a professora errou muito e devia no mnimo ser questionada sobre suas atitudes e no apenas o aluno que em minha opinio foi o maior prejudicado, e a professora nem tentou compreender suas razes.12

Experincia VividaAcadmico: Luiz Fernando Ribeiro Prado RA:375942 Acredito que a escola e o conselho falharam gravemente, no questionando o que realmente havia acontecido ouvindo somente a professora.

13

RELAES DE GNERO

Fonte:Htt://mais.uol.com.br/view/hszu9it1iy1v/relaoesgnero

Fonte: Associao da Pastoral da mulheres de Belo Horizonte

Fonte: Htt://mais.uol.com.br/view/hszu9it1iy1v/relaoesgnero

14

REFLEXO ESTERETIPOS DE GNEROAristteles h milnios, j sabia que seria necessrio e primordial para um Estado democrtico de direito, "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais nas propores de suas desigualdades", mas em se tratando de gnero esta questo fica realmente complicada e urgente. Como os educadores ao tratar de gnero no mbito escolar, considerando que estes foram educados de acordo com esteretipo masculino e feminino numa viso androcntrica do mundo, podem se desfazer desses moldes culturais e estabelecer em que ponto certo a igualdade termina e inicia diferena, a fim de desenvolver uma postura tica na construo de uma educao democrtica voltada para a resoluo de conflitos de gnero na escola. Onde se deu inicio a cultura androcntrica impossvel saber, mas certamente Aristteles a reforou com esta fala:15

[...] Entre os brbaros, contudo, a mulher e o escravo confundem-se na mesma classe; a razo disso que no h entre eles quem seja capaz, por natureza, de comandar, e sua associao a de um escravo ou escrava [...]. Aristteles, A Politica, no livro I, Cap. I.

Ainda hoje mais de 2000 anos depois permanecem ainda fortes resqucios deste pensamento em nossos padres sociais, culturais e psicolgicos de feminilidade e de masculinidade, de fora e fragilidade, de poder e submisso. Cabe aos rgos governamentais, profissionais da educao e sociedade civil mudar esta realidade, investir na formao e superao deste pensamento arcaico e discriminatrio e partir para uma educao baseada na tica orientando no s para a convivncia harmoniosa entre o masculino e o feminino, mas principalmente na superao das diferenas, sejam elas quais forem atendendo e entendendo nossos alunos de forma a reconhecer suas igualdades e particularidades, bem como respeitando sua histria, sua cultura, suas necessidades e sua estrutura social.16

PRTICA PEDAGGICA E A SUPERAO DOS PRECONCEITOSNo momento que o humano se tornou um ser social, criaram-se cdigos de conduta, o que aceitvel e o que recusado em cada sociedade. Ao longo da histria as sociedades transformaram estes cdigos em Leis, os quais so traduzidos em tratados Internacionais e as Leis que regem cada nao. No Brasil na Constituio Federal de 1988 constam todos os direitos assegurados dos cidados brasileiros, na Lei LDB 9394/96 trata das Normas que atuam o ensino brasileiro, ao abordarmos a construo das identidades dos estudantes, as dinmicas sociais de raa, credo, gnero e sexualidade presentes no cotidiano escolar, verificamos que nenhuma destas totalmente colocada em prtica, seja pelos profissionais da educao por falta de conhecimento e ou comprometimento e a ausncia da participao efetivas da sociedade iniciando pelas famlias que se eximem da responsabilidade de acompanhar e participar do processo educacional dos seus.17

Tornamo-nos conscientes de que o pertencimento e a identidade no tem solidez de uma rocha, no so garantidos para a toda a vida, so bastante negociveis, e de que as decises que o prprio indivduo toma, os caminhos que percorre, a maneira como age e a determinao de se manter firme a tudo isso so fatores cruciais tanto para o pertencimento quanto para a identidade (BAUMAN,2005, p.17).

Acreditamos que a mudana, acontecer simultaneamente proporo de investimentos na educao, bem como o comprometimento de profissionais que atuam na rea da educao e da sociedade como um todo, respeitando e sendo respeitado com o propsito de valorizar as mltiplas identidades presentes no ambiente escolar, propondo-se a trabalhar, sobretudo com o questes relacionadas a raa, credo, gnero e sexualidade, visto a importncia da escola como espao em que se faz possvel para promover o respeito diversidade pelo acesso a novos conhecimentos e pela adoo de determinados valores.

18

BIBLIOGRAFIASAristteles. Poltica. Trad. Mrio da gama kury, braslia: unb, 1989, livro i, cap. I. 317p. Auad, Daniela. Relaes De Gnero Na Sala De Aula: Atividades De Fronteira E Jogos De Separao Nas Prticas Escolares. Pro-posies, v. 17, n.3 (51) set. /dez. 2006. Disponvel em - acessado em 29/03/2012

http://www.proposicoes.fe.unicamp.br/~proposicoes/textos/51_artigos_auadd.pdfBauman, Zygmunt. 1925- Identidade: entrevista a benedetto vecchi/ zygmunt bauman; traduo, medeiros, c.a. rio de janeiro: jorge zahar ed., 2005. Blogassociaoapastoraldamulheredebelohorizonte-acessado 02/04/2012 Lopes de S, Antnio. tica e valores humanos. Juru. Curitiba. 2007. Moreira, Antonio F. B.: Candau, Vera Maria. Multiculturalismo. 1 ed. Petrpolis. Vozes, 2008.

Projeto educacional franciscano: Escola Paroquial Santo Antnio Braslia-df, 2008Coordenao De Educao A Distncia/Universidade Federal De Pernambuco.19