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PISCICULTURA ZOOTECNIA – 1º semestre Prof. Dr. Paulo Lopes Iniciação a Zootecnia

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PISCICULTURA

ZOOTECNIA – 1º semestre Prof. Dr. Paulo Lopes Iniciação a Zootecnia

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ACADÊMICOS:

• Bianca Bundt

• Franciela Rocha

• Jéssica Barbosa

• Juliana Luna

• Rafael Madruga

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O QUE É PISCICULTURA?

• Segundo o dicionário, é a arte de criar e multiplicar peixes.

• Esta técnica milenar teve inicio na China, onde o povo utilizava o esterco de bovinos para fertilizar os tanques em que criavam os peixes, a fim de aumentar a produção do pescado.

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• O cultivo de peixes é um ramo promissor, por causa do

seu baixo custo e tem um retorno financeiro consideravelmente alto, pois a proteína fornecida pela carne dos pescados oferece interesse à população mundial.

• É uma prática sustentável, pois contribui para a conservação de determinadas espécies de peixes.

• A atividade progrediu e continua a crescer no Brasil, pois é riquíssimo em recursos hídricos, tendo grande parte da  porcentagem de água doce do planeta.

• O Brasil, segundo a Food and Agriculture Organization, até 2030 poderá ser um dos maiores produtores de pescado, pois é um país que possui imenso potencial pesqueiro.

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COMO INICIAR:

• Inicia-se a piscicultura com a avaliação de um local para o criadouro, sendo necessária a escolha das espécies a serem cultivadas, sendo relevante alguns aspectos como adaptação da espécie, qualidade da água, nível de oxigênio e outros.

• Também é preciso a autorização governamental de órgãos como IBAMA e o Ministério Público.

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COMO INICIAR:

• Depois de escolhido o local e ser autorizado pelo governo, deve-se escolher a melhor espécie de alevinos (filhotes de peixe) de boa procedência.

• A partir disso, tendo um bom manejo e aplicando técnicas de reprodução e nutrição, tem-se uma alta qualidade produtiva, e com isso, um bom retorno financeiro.

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PREPARANDO O TERRENO

• O criadouro ou viveiro da piscicultura pode ser um reservatório escavado em local natural, onde haja sistemas de abastecimento e de drenagem da água, a fim de encher ou esvaziar o tanque em curtos intervalos de tempo.

• O tanque tem sua estrutura parecida com a do viveiro; revestido com alvenaria de pedra ou tijolo em concreto. Porém, é menor que o viveiro, tendo sempre características de derivação.

• Na piscicultura são usados diversos tanques, dependendo da sua finalidade (manutenção de reprodutores, preparo de reprodutores, acasalamento, criação de pós-larvas e de alevinos, engorda, etc.).

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PREPARANDO O TERRENO

• Os viveiros são classificados em dois tipos:

Viveiro de barragem: É construído no fundo de um vale, onde corre curso de água em córrego ou olho d'água, mediante o crescimento de uma pequena barragem ou dique.

Viveiro de derivação: Escavado ou elevado no terreno natural, é abastecido por água de nascente, de uma represa ou açude, por meio de um sifão, galeria etc. A água é conduzida por canais abertos ou por bombeamento através de curso de água ou reservatório, dando controle de entrada e saída de água.

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QUALIDADE DA ÁGUA

• A água deve ser de qualidade.

• É importante verificar a temperatura, pois isso influencia na reprodução e no crescimento do pescado.

• Temperaturas muito baixas ou elevadas atingem negativamente na alimentação dos peixes.

• Mede-se usando um termômetro de imersão com escala de 0 a 50ºC.

• A água do fundo é tirada por um frasco com tampa, que é destampado quando atinge a profundidade desejada.

• Quanto mais transparente a água, maior será a penetração da luz. As águas claras, levemente azuladas ou esverdeadas são melhor para abastecer o tanque.

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QUALIDADE DA ÁGUA

• Essencial para os seres produtores de matéria orgânica, os fitoplânctons, bactérias fotossintéticas e macrófitas aquáticas (organismos que dependem da luminosidade para fazer fotossíntese.)

• Com um instrumento chamado disco de SECCHI é possível medir a transparência da água.

• Amarra-se o disco com um cabo de náilon de 3/16”, mergulha (até que não seja mais visto). Através do cabo, faz-se a medição da profundidade e a transparência da água dos viveiros deve ser menor do que 30cm.   

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QUANTIDADE DE ÁGUA

• A quantidade necessária para encher o criadouro é diretamente proporcional à capacidade de acumulação, calculada com base em sua área e profundidade média.

Ex: quando ele possui área de um hectare e profundidade média de um metro, deve enchê-lo com 10 mil metros cúbicos de água, em intervalo de no máximo, 72 horas.

• Depois de cheio, só se coloca água para compensar as perdas por evaporação ou percolação.

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CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

• Quando der início à construção do tanque, é necessário conhecer: O pH, Dureza, Alcalinidade e teores de nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Sódio, Magnésio, Enxofre, Ferro e Alumínio.

• Se o ferro ou o alumínio estiverem em alta escala no terreno, construir viveiros torna-se uma ação não recomendável.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• Um terreno argiloso é vantajoso devido a capacidade de impenetrabilidade do solo, bem como os minerais produzidos por ela.

• Os arenosos, não são viáveis por não reterem a água, além de sua pobreza mineral.

• É interessante a construção de viveiros de derivação. Por outro lado, em terrenos pedregosos não é aconselhável.

• A profundidade deve ser um pouco mais que dois metros e é importante estudar a área em que será construída a bacia de peixes.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• A topografia do local vai indicar os aspectos para a construção como:

O número de tanques.

O tipo de viveiros.

Se é barragem ou derivação.

Se há possibilidade da construção.

A forma do tanque.

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ALIMENTAÇÃO DOS PEIXES

• Todas as larvas de peixe, qualquer que seja a espécie, após a absorção do saco vitelino, alimentam-se do plâncton.

• A alimentação dos peixes pelo plâncton pode-se dar direta ou indiretamente.

• Algumas espécies dão preferência ao fito e outras ao zooplâncton.

• Atingida a fase de alevino o regime alimentar do peixe se define, porém existem certas espécies que permanecem fitoplanctófagas durante toda a vida.

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CADEIA PRODUTIVA

• Compreende um conjunto de agentes econômicos que interagem e se relacionam para entender as necessidades dos consumidores em adquirir um determinado produto.

• Evidencia também o fato de que nenhuma empresa ou setor de uma economia está só, como um elemento isolado.

• A economia é organizada por meios de diferentes relações entre os agentes econômicos, produzindo certos tipos de estruturas ou organizações que desempenham um importante papel junto aos integrantes envolvidos.

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CADEIA PRODUTIVA

• A cadeia produtiva do pescado é constituída pelos segmentos de suprimento, produção, transformação, distribuição e consumo.

• O conceito de cadeia produtiva permite:

Visualizar as relações entre os agentes existentes.

Identificar problemas e potencialidades.

Apontar fatores condicionantes ao desenvolvimento da atividade produtiva analisada.

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ELOS DA CADEIA PRODUTIVA

• O principal elo, na cadeia produtiva desta espécie é o da fabricação de rações.

• O objetivo da piscicultura, é produzir o peixe desejado pelo consumidor, com a qualidade que ele exige e no preço que ele se dispõe a pagar.

• É preciso investir na aquisição da tecnologia de produção e conhecer o perfil dos clientes e organizações que irá tratar.

• É uma atividade que quando mal conduzida, pode provocar sérios prejuízos ao meio ambiente, sendo considerada uma atividade potencialmente perigosa à natureza.

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ELOS DA CADEIA PRODUTIVA

• Quando formulada corretamente para a espécie em criação ajuda a reduzir os custos de produção. Possibilitando, assim, um preço em conta para o consumidor.

• A parte da legislação também pode ser incluida como um elo forte dessa cadeia. O crédito, que são as linhas de financiamento, e a política oficial do governo para o setor.

• Com a ajuda do governo, possibilito uma grande redução no custo de produção de peixes, além de viabilizar a disseminação das tecnologias desenvolvidas nas Universidades e Centros de Pesquisa nas áreas de nutrição e manejo.

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ELOS DA CADEIA PRODUTIVA

• Podemos aliar à esse elo a formulação de ração. A ração é um insumo básico e a sua falta impossibilita a produção de peixes em densidades mais elevadas.

• Os equipamentos de transporte de peixes vivos, os filtros para cultivo em alta densidade e os equipamentos eletro-eletrônicos estão mais acessiveis, se tornando um impulso para o produtor aprimorar a criação. Melhorando a qualidade da água.

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ELOS DA CADEIA PRODUTIVA

• Na criação de peixes, o único modo de avaliar a condição do ambiente é pela mensuração dos parâmetros físicos e químicos da água, que é o meio e o principal nutriente para esses animais, com auxílio de instrumentos.

• A água deve ser contanstantemente verificada. O Ph, os nutrientes, o oxigênio, a composição organica deve ser sempre regularizada e monitorada. A transparência da água e a posição quanto a luz solar é importante.

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PEIXES ORNAMENTAIS

• Criação de peixes ornamentais esta em crescimento no país.

• Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) defende o fortalecimento da cadeia produtiva nacional.

• Benefícios de se ter peixes como animais de estimação são amplos.

• Criadores de aquários caseiros tomam consciência do quanto é importante um ecossistema para sobrevivência das espécies.

• Adquirem conhecimento de questões ambientais, pois o aquário é um pequeno ecossistema, e precisa tomar providencias para deixar o ambiente propicio para criação da espécie.

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PRODUÇÃO

• A produção da aquicultura de água doce somou 132 mil toneladas de peixes (96,24%).

• Estima-se que somente na atividade pesqueira brasileira existam, aproximadamente, 700.000 pescadores e cerca de 4 milhões de pessoas que dependam direta ou indiretamente do setor.

• O Brasil contava, em 2000, com 98.657 piscicultores, distribuídos em todo o território nacional, ocupando uma área cultivada de 78.552 hectares.(OSTRENSKY e BORGHETTI, 2000, p. 368).

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• A tabela a seguir, apresenta a distribuição dos piscicultores no Brasil.

DISTRIBUIÇÃO DE PISCICULTORES POR ESTADOS - 2000

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• Nesta tabela, observa-se que ocorre uma concentração do número de piscicultores na região Sul, com 70,7% do total brasileiro.

ESTADOS COM MAIOR NÚMERO DE PISCICULTORES NO BRASIL -2000

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CONSUMO

• A preocupação em consumir alimentos mais saudáveis, com baixos teores de gordura, livres de colesterol e produzidos sem o uso de produtos químicos, tem contribuído para um acentuado crescimento no consumo mundial de peixes.

• Outro elemento de grande importância para este crescimento é o desenvolvimento do setor industrial, que tem demonstrado capacidade de ajuste e de inovação na procedência e forma de apresentação dos produtos destinados ao consumo humano.

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• Conforme o Gráfico, a frequência de consumo da carne de peixe demonstra que o consumidor brasileiro consome pouco peixe e que ainda existe uma grande margem para crescimento.

FREQUÊNCIA DO CONSUMO DE CARNE DE PEIXE

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• Este gráfico mostra as principais razões que levam o consumidor brasileiro a consumir carne de peixe:

MOTIVOS DE CONSUMO DE PEIXE NO BRASIL

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CONCLUSÃO

A partir da análise dos dados acima mencionados, podemos vir a inferir que a piscicultura vem conquistando seu espaço na economia nacional. Dessa forma podemos dizer que a população está mais adepta ao cultivo da piscicultura, aplicando de forma mais intensa a tecnologia no cultivo da mesma, com os devidos fins de aumentar a criação sem ocasionar danos econômicos e ambientais.