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Perspectivas para a Inflação Luiz Awazu Pereira da Silva Relatório de Inflação Junho de 2015

Perspectivas para a Inflação - bcb.gov.br · monetária em curso ... Valorização do Dólar é Tendência (mas Vol existe) ... japonês, libra esterlina, euro e coroa sueca)

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Perspectivas para a Inflação

Luiz Awazu Pereira da Silva

Relatório de Inflação Junho de 2015

2 2

I. Principal Mensagem

II. Ambiente Internacional

III. Condições Financeiras

IV. Atividade

V. Evolução da Inflação

Índice

3

I. Principal Mensagem

• Política Monetária está e deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5 % no final de 2016

• Inflação está elevada em 2015; Copom reitera necessidade de determinação e perseverança no combate à inflação no curto, médio e longo prazos

4 4

• Ajuste macroeconômico é padrão e necessário: é preciso perseverar com as políticas fiscal e monetária em curso

• Observa-se redução inicial de desequilíbrios com duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos); melhora na conta corrente

• Esforço deve continuar para fortalecer fundamentos, preparar para normalização monetária externa e construir base sólida para novo ciclo de crescimento sustentável

Primeiros Resultados em 2015 Mostram Transição

5 Fontes: BCB e IBGE

Ajuste de Preços Relativos: Administrados x Livres %

em

12

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mai 15

IPCA

IPCA Administrados

IPCA Livres

IPCA Adm. Livres 2013 5,91 1,54 7,29 2014 6,41 5,32 6,72 exp. 2015* 8,97 14,50 6,55 exp. 2016* 5,50 5,90 5,33

*mediana das expectativas em 19/6

6 Fontes: BCB e Bloomberg

Ajuste de Preços Relativos: Câmbio R

$/U

S$, f

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15

R$/US$ REER DXY

R$/US$ e DXY até junho (19/6), REER até maio *mediana das expectativas em 19/6 (fim de período)

jun

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Taxa Nominal de Câmbio (R$/US$) 2013 2,34 2014 2,66 expectativa 2015* 3,20 expectativa 2016* 3,40

7 7

• O duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos) impactou a inflação no 1º semestre de 2015, elevando a inflação acumulada em doze meses

• É objetivo da política monetária impedir a transmissão desse impacto para 2016 e para prazos mais longos

• A política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem, para circunscrevê-los a 2015

• Por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016

Ajustes de Preços Impactam Inflação 2015

8

100 100

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9

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19/jun

Fonte: BCB (Focus)

Desvio das Expectativas de Mercado em Relação a 4,5% bps

No Médio-Longo Prazo (2017,2018 e 2019): Ancoragem

Desvio

25bps Desvio

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9 Fonte: BCB (Focus)

Desvio das Expectativas de Mercado em Relação à Meta bps

No Curto Prazo (2016): Progresso ainda não é suficiente

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2016

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19/jun

10 Fonte: BCB (Focus)

Desvio das Expectativas de Mercado em Relação a 4,5%

Expectativa de Inflação para 2017: Top 5 MP x Agregada

bps

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MP

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19/jun

Top 5 MP para 2017 Ancorado em 4,5%

11 11

• Projeções de inflação têm mostrado estabilidade para 2016, apesar do aumento para 2015

Projeções do Relatório de Inflação para o IPCA

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Projeções do RI - IPCA

Fonte: BCB (RI)

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31/dez31/mar19/jun

mediana: 340 bps

mediana: 259 bps fr

equ

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cia

rela

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(%

)

mediana: 93 bps

Fonte: BCB (Focus)

Distribuição da Desinflação de 2016 v-à-v 2015

limite superior de cada intervalo

Expectativas Focus para o IPCA - Diferenças entre 2015 e 2016 Distribuição de Frequências

Desinflação em 2016 mais forte

13 13

Convergência para o Curto e Médio-Longo Prazos

Fonte: BCB (Focus)

Intensificação do ajuste de preços relativos

Política macroeconômica atuando nas expectativas de médio e longo prazos

Expectativas de inflação para o IPCA anual (Focus mediana)

2015 2016 2017 2018

2/jan 6,56 5,70 5,50 5,50

19/jun 8,97 5,50 4,75 4,50

variação 2,41 p.p. -0,20 p.p. -0,75 p.p. -1,00 p.p.

2019

5,00*

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- 0,50 p.p.

*em 12/jan, primeiro dado disponível

14 14

• Impacto dos realinhamentos de preços será circunscrito a 2015; a trajetória da inflação acumulada em 12 meses terá efeito descarte significativo no 1º T de 2016

• Transmissão dos ajustes de preços relativos dá-se com início de distensão do mercado de trabalho

•Diminuição da intensidade de repasses dos ajustes (inclusive pass-through) na fase atual do ciclo

• Política Fiscal alinhada contribui para contenção da demanda

•Moderação do crédito e redução de subsídios

Balanço de Riscos para a Inflação de 2016 (1)

15 15

• Processo em curso é normal; ajustes podem ocorrer como combinação de quantidade e preço

• Retorno de jovens e idosos tende a contribuir para o aumento da produtividade no setor de serviços

• Maior competição pode favorecer adequação de salários e produtividade; maior retorno sobre “anos de educação” cria incentivos para melhorar capital humano e produtividade

Balanço de Riscos para a Inflação de 2016 (2)

Início de Distensão no Mercado de Trabalho

16 Fontes: IBGE e Caged

Mercado de Trabalho: Sinais de Distensão

Variação Interanual da Média Móvel de 3 Meses

%

0

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PO

PEA

População Rendimento Real

Caged: até maio/2015; PME, até abril/2015

17 17

Persistência Inflacionária a partir de Choques Setoriais

• Busca identificar a existência de comportamento diferenciado na propagação da inflação a partir da origem em setores específicos

Boxe: Persistência Inflacionária Setorial

Resposta da Inflação Plena a Choques Setoriais*

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10

trimestre

alimentação no domicílio administrados

produtos industriais serviços

• Os resultados indicam diferenças na dinâmica inflacionária, sendo a propagação da inflação mais alta nos preços do setor de produtos industriais e mais baixa nos de administrados, sugerindo menor grau de persistência para a inflação plena deste ano

* Choques com efeito de 1 p.p. no IPCA pleno

18 18

• 1ª fase: Ajuste impacta quantidades (e.g., atividade); eventos não-econômicos estão se sobrepondo ao processo; queda forte do investimento atenuou abertura do hiato do produto

• 2ª fase: Ajuste impacta preços (e.g., inflação); persistência recente da inflação está se sobrepondo ao processo

• 3ª fase: Resultados melhores sinalizam horizonte de estabilidade para agentes (e.g., inflação na meta de 4,5% e ancorada no curto, médio e longo prazos)

• Consolidação do processo de ajuste requer determinação e perseverança

Ano de 2015 é de Ajuste Macroeconômico Padrão

19 19

• Depois da 3ª fase, redução de desequilíbrios melhora fundamentos e percepção: aumenta confiança dos agentes, favorece planejamento e “espíritos animais” dos investidores

• Quadro contribui para mudar composição da demanda e favorece mais o investimento, que aumenta produto potencial e a produtividade

• Mercado doméstico robusto com “low hanging fruits”, oportunidades de investimentos que continuam presentes

Situação em 2016 Deverá Ser de Retomada

20 20

• Melhor contribuição da política monetária para esse círculo virtuoso e mais crescimento é colocar a inflação na meta de 4,5% no final de 2016 e ancorar expectativas no médio-longo prazos

Situação em 2016 Deverá Ser de Retomada

21

II. Ambiente Internacional • Esperando a normalização dos juros pelo Fed;

nesse contexto, fortalecimento global do dólar com melhora nos EUA; mesmo com melhor preparação, volatilidade é possível

• Processo de moderação de preços de commodities; melhor ambiente e redução do deficit da nossa conta corrente

22 Fonte: FMI

Preços de Commodities em Queda ín

dic

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Índice de commodities e subíndices calculados pelo FMI

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mai 15

Índice de Preços de CommoditiesAlimentosMetaisEnergia

23 Fonte: Bloomberg

Valorização do Dólar é Tendência (mas Vol existe)

dados até 19/6; *dollar index: mede o valor internacional do dólar contra cesta das seis maiores moedas de reserva do mundo (franco suíço, dólar canadense, iene japonês, libra esterlina, euro e coroa sueca)

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5

Dollar index*

Índice de 20 moedas emergentes

Euro

Iene

24 24

• Aversão ao risco em patamar reduzido, mas com episódios de volatilidade (e.g., bônus soberanos das economias maduras); possível volatilidade em moedas (e.g., fortalecimento do dólar)

• Com o processo de recuperação desigual nas economias do G3, os respectivos bancos centrais empreenderam ações assimétricas na condução da política monetária

• Riscos para a estabilidade financeira global ainda tendem a permanecer elevados

Retrospectiva – Exterior (desde 1º T 2015)

25 25

• Ao longo do horizonte relevante para a política monetária, perspectivas de ritmo mais intenso de atividade global (e.g., melhora nos EUA, QE na Europa e Japão)

• Tendência à redução dos preços do petróleo e commodities sugere inflação global contida em 2015 e 2016; apesar de avanço mais recente nos preços de commodities energéticas e metálicas, recuo no segmento de agrícolas

Perspectivas – Exterior 2015-2016

26 Fonte: FMI (WEO Update, abril de 2015)

Economia Global em Recuperação Gradual cr

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Avançados

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15

Fonte: U.S. BEA; Federal Reserve e U.S. BLS

Recuperação da Economia dos EUA

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nonfarm payroll employment (dessaz.)

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28 Fonte: Bloomberg

Europa – Crescimento e Inflação %

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Crescimento do PIB – Área do Euro Inflação ao Consumidor – Área do Euro

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15

29 Fonte: Bloomberg

China – Desaceleração Gradual va

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mai 15

indicador antecedente

crescimento real do PIB

30 30

• Economias avançadas em posições distintas do ciclo econômico. EUA já consolidando a retomada do crescimento econômico

• Riscos de deflação aumentaram desde o 2º semestre de 2014, sobretudo na Área do Euro e no Japão; na margem, esse risco diminuiu

• Políticas monetárias em momentos distintos: Fed já tendo encerrado o Programa de Compra de Ativos, BCE e BoJ em meio a esse processo. Fed sinaliza provável início de ciclo de alta em sua taxa de referência

• Crescimento mais forte nos EUA e perspectiva de alta para os fed funds favorecem a apreciação do dólar. Dollar Index valorizou-se 18,4% entre julho de 2014 e 10 de julho de 2015

• Recentes elevações nos rendimentos dos papéis de 10 anos dos EUA e Alemanha. Mas, postura atual de política monetária na Europa e Japão tende a ser viés de baixa para a inclinação da curva de juros nos EUA

Boxe: Política Monetária no G3

31 Fonte: Bloomberg

Divergência na Política Monetária %

Juros de Títulos de 10 Anos

0

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15

Japão

Estados Unidos

Área do Euro

32 Fonte: Bloomberg

Volatilidade

dados até 19/6

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VIX e Volatilidade nos Mercados de Títulos

Volatilidade de Moedas

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5

BrasilÍndiaÁfrica do Sul

33 33

Revisão para 2015 mostra sinais de melhoras em curso:

• O ajuste macroeconômico em curso permitiu reduzir a estimativa de deficit em conta corrente de US$84 bilhões para US$81 bilhões (4,2% do PIB). Em 2014, o deficit em conta corrente atingiu US$104,8 bilhões (4,5% do PIB)

• Estima-se manutenção do superavit comercial em US$3 bilhões, acompanhado de nova contração na corrente de comércio. Estimativas para exportação e importação foram reduzidas, em US$10 bilhões cada, para US$200 bilhões e US$197 bilhões, respectivamente

• O recuo no deficit projetado de serviços decorreu, principalmente, de menores despesas esperadas em viagens (redução de US$1,5 bilhão) e transportes (redução de US$1 bilhão)

• A projeção de lucros e dividendos foi reduzida em US$1,5 bilhão, atingindo US$21 bilhões, ante US$31,2 bilhões ocorridos em 2014

• Nos passivos da conta financeira, as estimativas de Investimento Direto (US$80 bilhões) e taxa de rolagem (100%) foram mantidas, enquanto o ingresso líquido de ações e fundos de investimento foi elevado de US$13 bilhões para US$15 bilhões

Boxe: Projeções para o Balanço de Pagamentos

34

•Normalização é complexa; Fed lift-off depois do tapering é evento mais esperado, bem anunciado e bem preparado

• Percepções sobre o Brasil estão evoluindo; efeito positivo do ajuste macroeconômico; não houve “tempestade perfeita”; mas, apesar da melhora na percepção, é imprescindível continuar o processo de ajuste

• Temos que estar com a macroeconomia em ordem e estabilizada para o lift-off; usando receita padrão: reforçar o arcabouço de política econômica, mantendo fundamentos sólidos

Resumo Externo: Preparar-Nos para “Lift-Off” do Fed

35

III. Condições Financeiras

• Moderação no ritmo de concessão de crédito condizente com ajuste e ciclo

• Robustez e liquidez do SFN permanecem e garantem estabilidade financeira

36 Fonte: BCB

Crédito/PIB %

do

PIB

nova metodologia a partir de 2011; *mai 15

2009-2014: 16,1% (crescimento médio do

saldo nominal)

2005-2008: 25,4% (crescimento médio do

saldo nominal)

25,6 25,8 24,3 25,5

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5*

37 Fonte: BCB

Crédito e Inadimplência

Expansão do Saldo do Crédito Inadimplência

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5

38 Fonte: BCB

Endividamento das Famílias em Declínio

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15

endividamento ex-habitacional

comprometimento ex-habitacional

39 Fonte: FMI (FSI – últimos dados disponíveis)

Indicadores de Solidez Financeira

12,4

12,5

12,5

13,7

14,2

14,2

14,4

14,6

15,0

15,3

15,4

15,8

15,9

16,6

16,7

18,0

0 5 10 15 20

Austrália

Índia

Rússia

Espanha

Canadá

Coreia

EUA

África do Sul

Itália

Japão

França

México

Turquia

Reino Unido

Brasil

Alemanha

Índice de Basileia

-32,0

-18,4

-17,3

-14,3

-12,8

-9,8

-8,8

-8,5

-5,5

-3,8

-3,8

4,5

11,0

-60 -40 -20 0 20

Espanha

África do Sul

Índia

Japão

Rússia

Austrália

EUA

Reino Unido

Canadá

Coreia

Turquia

México

Brasil

(Provisões – Inadimplência)/ Capital

24,8

34,7

38,7

39,9

41,5

47,1

50,3

66,5

80,4

90,0

118,4

122,6

145,5

202,2

0 70 140 210

Índia

África do Sul

Japão

Reino Unido

Austrália

México

Canadá

Turquia

Rússia

EUA

Coreia

Itália

Alemanha

Brasil

Ativos Líquidos/ Passivo de Curto Prazo

40

IV. Atividade

• 2015 ano de ajuste, esperam-se reflexo na atividade e taxas de crescimento que tendem a ser baixas (abaixo do potencial); eventos não-econômicos sobrepõem-se ao ciclo

• Retomada a partir da melhora da confiança

41 Fontes: IBGE e Funcex

Oferta: baixo dinamismo %

12

m/1

2m

an

t %

a/a

-1

2015: estimativas IBGE em mai/15

% 1

2m

/12

m a

nt

% m

/m-1

2, m

m3

m

-4,8 -5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3d

ez 1

1

abr

12

ago

12

dez 1

2

abr

13

ago

13

dez 1

3

abr

14

ago

14

dez 1

4

abr

1516,3

2,5

5,9

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

200

3

200

4

200

5

200

6

200

7

200

8

200

9

201

0

201

1

201

2

201

3

201

4

201

5

-5,9

-6

-3

0

3

6

9

jan 1

2

ma

i 1

2

se

t 1

2

jan 1

3

ma

i 1

3

se

t 1

3

jan 1

4

ma

i 1

4

se

t 1

4

jan 1

5

ma

i 1

5

2,9

2

4

6

8

10

12

abr

12

ago

12

dez 1

2

abr

13

ago

13

dez 1

3

abr

14

ago

14

dez 1

4

abr

15

Produção Industrial

Safra Agrícola Quantum de Importações

Receita Nominal de Serviços

42 Fontes: IBGE e Funcex

Demanda: moderação em linha com ajuste %

var

. em

4 t

rim

estr

es

Consumo das Famílias

Quantum de Exportações

% 1

2m

/12

m a

nt

FBCF

Consumo do Governo

% v

ar. e

m 4

tri

mes

tres

% v

ar. e

m 4

tri

mes

tres

0,2

0

1

2

3

4

5

6

71

T 1

1

3T

11

1T

12

3T

12

1T

13

3T

13

1T

14

3T

14

1T

15

-1,2

-4

-2

0

2

4

6

jan 1

2

ma

i 1

2

se

t 1

2

jan 1

3

ma

i 1

3

se

t 1

3

jan 1

4

ma

i 1

4

se

t 1

4

jan 1

5

ma

i 1

5

-6,9

-10

-5

0

5

10

15

1T

11

3T

11

1T

12

3T

12

1T

13

3T

13

1T

14

3T

14

1T

15

0,4 0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

1T

11

3T

11

1T

12

3T

12

1T

13

3T

13

1T

14

3T

14

1T

15

43 Fonte: FGV

Confiança: ICC Estabilização na Queda

Obs.: Proporção de respostas favoráveis – proporção de respostas desfavoráveis + 100 (100=neutro)

set/

05

=10

0, d

ess

az.

Índice de Confiança do Consumidor

75

80

85

90

95

100

105

110

115

120

125

130

135m

ar

13

mai 13

jul 1

3

set 13

nov 1

3

jan 1

4

mar

14

mai 14

jul 1

4

se

t 1

4

nov 1

4

jan 1

5

mar

15

mai 15

ICC

Sit. Atual

Expectativa

44 44

• Revisão da taxa de crescimento em 2015, de -0,5% para -1,1% (demanda interna, -2,6 p.p.; e exportações líquidas, +1,5 p.p.): o

• Oferta:

• Agropecuária: 1,9% (0,6% no 1ºtri/2015)

• Indústria: -3,0% (-2,5% no 1ºtri/2015)

• Serviços: -0,8% (-0,2% no 1ºtri/2015)

• Demanda:

• Investimentos: -7,0% (-6,9% no 1ºtri/2015)

• Consumo das Famílias: -0,5% (0,2% no 1ºtri/2015)

• Consumo do Governo: -1,6% (0,4% no 1ºtri/2015)

• Recuo de 0,8% nos quatro trimestres encerrados em março de 2016

Boxe: Projeções para o PIB

45

V. Evolução da Inflação •O duplo ajuste de preços relativos (administrados e

externos) impactou a inflação no 1º semestre de 2015, elevando inflação acumulada em 12 meses; objetivo é impedir sua transmissão para 2016 e para prazos mais longos

•A política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem, para circunscrevê-los a 2015; por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016

46

Evolução da Inflação: Puxada por Administrados

Fontes: IBGE e FGV

variação em 12 meses (%)

mai/14 mai/15

IPCA 6,37 8,47 ▲

Livres 7,07 6,82 ▼

Administrados 4,08 14,09 ▲

Comercializáveis 6,67 5,71 ▼

Não-Comercializáveis 7,42 7,79 ▲

INPC 6,08 8,34 ▲

IPC-C1 6,00 8,97 ▲

IGP-DI 7,26 4,83 ▼

IPA-DI 7,43 3,29 ▼

Agrícola 9,32 2,75 ▼

Industrial 6,73 3,50 ▼

IPC-DI 6,57 8,63 ▲

INCC-DI 7,75 5,74 ▼

47

% e

m 1

2 m

eses

Preços: Ajuste Lento em Não-Comercializáveis

Fontes: BCB, IBGE e FGV

Inflação (IPCA) Preços ao Produtor e IGP

Inflação de Serviços

% e

m 1

2 m

eses

%

em

12

mes

es

% e

m 1

2 m

eses

Livres e Administrados

0

2

4

6

8

10

se

t 1

2

dez 1

2

ma

r 13

jun 1

3

se

t 1

3

dez 1

3

ma

r 14

jun 1

4

se

t 1

4

dez 1

4

ma

r 1

5

jun 1

5

IPP

IPA

IGP

8,2

7,5

7,7

7,9

8,1

8,3

8,5

8,7

8,9

9,1

9,3

ago

12

nov 1

2

fev 1

3

ma

i 1

3

ago

13

nov 1

3

fev 1

4

ma

i 1

4

ago

14

nov 1

4

fev 1

5

ma

i 1

5

7,8

5,7

2

4

6

8

10

ago

12

nov 1

2

fev 1

3

ma

i 1

3

ago

13

nov 1

3

fev 1

4

ma

i 1

4

ago

14

nov 1

4

fev 1

5

ma

i 1

5

não-comercializáveis

comercializáveis

6,8

14,1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

ago

12

nov 1

2

fev 1

3

ma

i 1

3

ago

13

nov 1

3

fev 1

4

ma

i 1

4

ago

14

nov 1

4

fev 1

5

ma

i 1

5

livres

administrados

5,16% IGP-10

jun 2015

5,63% IPP

abr 2015

3,84% IPA-10

jun 2015

48 Fontes: IBGE e MTE

Salários: Ajustes em Curso, mas ainda Riscos au

men

to a

nu

al m

édio

%

Rendimento Real

*12m até abr; ** Custo Unitário do Trabalho na Indústria de Transformação: Folha de Pagamento Nominal/Produção física

% e

m 1

2 m

eses

CUT**

reaj

ust

e re

al %

Convenções Coletivas de Trabalho

4,0

3,2 3,4 3,2

3,8

2,7

4,1

1,8

2,7

1,2

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,52

00

6

200

7

200

8

200

9

201

0

201

1

201

2

201

3

201

4

201

5*

10,5

-2

2

6

10

14

abr

11

out

11

abr

12

out

12

abr

13

out

13

abr

14

out

14

abr

15

2,6

-0,4

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

ma

i 1

3

nov 1

3

ma

i 1

4

nov 1

4

ma

i 1

5

49 Fonte: BCB

Cenário de Referência: Juros constantes de 13,75% a.a. e câmbio de R$3,10/US$

Projeções do Banco Central para a Inflação

Obs.: inflação acumulada em 12 meses (% a.a.)

Período

Intervalo de probabilidade

Projeção central

50%

30%

10%

2015 2 8,9 8,9 8,9 9,0 9,0 9,1 9,0

2015 3 9,0 9,1 9,3 9,4 9,6 9,7 9,3

2015 4 8,4 8,7 8,9 9,1 9,4 9,6 9,0

2016 1 5,9 6,3 6,6 6,8 7,1 7,5 6,7

2016 2 4,5 4,9 5,3 5,6 6,0 6,3 5,4

2016 3 4,0 4,4 4,8 5,1 5,5 5,9 5,0

2016 4 3,8 4,2 4,6 4,9 5,3 5,7 4,8

2017 1 3,8 4,2 4,5 4,9 5,2 5,6 4,7

2017 2 3,5 3,9 4,3 4,6 5,0 5,4 4,5

50 Fonte: BCB

Projeções do Banco Central para a Inflação

Cenário de Mercado*: 2015 Juros de 14,00% a.a. e câmbio médio de R$3,19/US$ 2016 Juros de 12,00% a.a. e câmbio médio de R$3,30/US$

Obs.: inflação acumulada em 12 meses (% a.a.); *dados de 12/6

Período

Intervalo de probabilidade

Projeção central

50%

30%

10%

2015 2 8,9 8,9 8,9 9,0 9,0 9,1 9,0

2015 3 9,0 9,1 9,3 9,4 9,6 9,7 9,3

2015 4 8,5 8,7 9,0 9,2 9,4 9,6 9,1

2016 1 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5 6,8

2016 2 4,6 5,0 5,4 5,7 6,0 6,4 5,5

2016 3 4,2 4,6 5,0 5,3 5,7 6,1 5,2

2016 4 4,1 4,5 4,9 5,2 5,6 6,0 5,1

2017 1 4,0 4,4 4,8 5,1 5,5 5,9 5,0

2017 2 3,9 4,3 4,7 5,0 5,4 5,8 4,8

51

Cenário Prospectivo – Política Monetária

O Copom avalia que a política monetária deve contribuir para a consolidação de um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. Nesse sentido, reitera que, no regime de metas para a inflação, orienta suas decisões de acordo com os valores projetados para a inflação pelo Banco Central e com base na análise de cenários alternativos para a evolução das principais variáveis que determinam a dinâmica dos preços.

O Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido. Contudo, os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes.

Perspectivas para a Inflação

Obrigado! Relatório de Inflação Junho de 2015