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Ano X - Edição 108 - Novembro 2016 Distribuição Gratuita Dez anos a serviço da educação, da cidadania e valorização das culturas e tradições brasileiras RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site O Rei Davi e a música Se há um nome que nos faz pensar na música e em músicos da antiguidade, esse nome é Davi, um homem notável que viveu há cerca de três mil anos. De fato, muito do que sabemos sobre a música daquela época se deve aos re- latos bíblicos sobre as atividades de Davi. Página 4 Um símbolo Nacional No Brasil, comemo- ra-se o dia da Ban- deira no dia 19 de novembro de cada ano, data que foi instituída à nossa bandeira nacio- nal republicana pelo decreto nº 04 em 1889. Após a Proclamação da República em 15 de novembro do mesmo ano, esse decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do governo provisório da época, elaborado por Raimundo Teixeira Mendes, um positivista, Página 6 A Importância da Cultura na Formação do Cidadão Cultura – somatória de costu- mes, tradições e valores - é um jeito próprio de ser, estar e sentir o mundo, ‘jeito’ este que leva o indi- víduo a fazer, ou a expressar-se, de forma característica. Ora, SER é também PERTENCER – a algum lugar, a alguma fé ou a um grupo, seja família, amigos ou povo. Páginas 8 e 13 O NOVO ENSINO MÉDIO: SOBRE O NOTÓRIO SABER A Medida Provisória 746 de 2016, a MP do Ensino Médio, vem sendo discutida aqui neste espa- ço. No mês passado procurei tra- zer a discussão para a questão da infraestrutura. Neste mês pretendo discutir um pouco sobre a polêmi- ca do “Notório Saber”. Vamos ex- plicar. Página 9 - Boa música Brasileira - Cultura - Educação - Cidadania - Sustentabilidade Social Agora também no seu www.culturaonlinebr.org Baixe o aplicativo IOS NO SITE A única possibilidade de nos eternizamos nessa frágil vida, é plantando boas sementes. É a melhor herança que deixamos! Patriotismo: Identificação com a Pátria “A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do ci- dadão. Sem essa identificação o indivíduo não exerce a cidadania sequer no seu lar, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade e no seu estado, quanto mais na de- fesa do País.” Assim relaciona Antonio Fernando Pinheiro Pedro cidadania com sentimento de identificação, do indivíduo com o meio em que vive. Para o advogado e consultor ambiental, sem esse “sentimento de pertencimento, não há como exercer o indivíduo a sua cidadania”. ” Grande parte dos problemas relacionados à educação e ao civismo, está justa- mente na falta de ambientação dos jovens no bairro onde moram. O avanço da conurbação urbana, desacompanhada da presença efetiva do governo na melho- ria das condições de vida da população, sem infraestrutura, educação, e sem criação de espaços de lazer, arborização e segurança, faz com que imensos es- paços sejam destinados à marginalidade, relegados a bairros-dormitórios, desti- nados ao desprezo dos próprios ocupantes”. “Pergunto, que sentimento podem os jovens nutrir pelo pedaço de chão onde vi- vem, se não se sentem queridos ali, pelo Estado que os gerencia?” “De toda forma”, alerta o advogado, “devemos resgatar o patriotismo a partir da educação básica, pois, se o governo, hoje, nada entende desse assunto, a geração educada com esses valores poderá mudar a situação e reivindicar, com amor à pátria, as mudanças necessárias para dignifi- car a Nação.” Educação Um dos aspectos mais destacados pelos entrevistados foi a importância da educação no desenvolvimento de um genuíno comportamento cívico. Vale lembrar que, até meados da década dos 80, os então chamados cursos primário e secundário (atuais fundamental e médio) e até superior, de instituições de ensino público ou privado, tinham na grade curricular disciplinas como Educação Moral e Cívica ou Organização Social e Políti- ca Brasileira, cujo objetivo era promover o conhecimento e sentimento de patriotismo nos alunos desde tenra idade. Taxativo, o jornalista Heródo- to Barbeiro diz que ressuscitar essas matérias não surtiria o efeito desejado. “É hora de entendermos a expressão patriotismo sob o olhar da cidadania, e não de uma classe social, que se apropria disso e aqueles que forem contrários à sua perspectiva são tidos como antinacionalistas, antibrasileiros e por aí afora”, comenta Heródoto. “Se hoje estamos falando sobre a falta de patriotismo do povo brasileiro é porque essas aulas não deram certo. Esse não é o caminho. O patrio- tismo não é para ser imposto, mas sim conquistado pelas pessoas por meio de acesso a educação de boa qualidade, emprego, vida digna”, aponta o jornalista, enfatizando que é preciso manter essa questão longe do uso político. Todos os povos da Terra valorizam as suas raízes ancestrais e históricas. Mui- tos povos de história antiga se orgulham do seu passado glorioso, mesmo não se destacando na geopolítica e geoecono- mia atuais. Página 5 Por que a Lusofonia?

Patriotismo: Identificação com a Pátria · Patriotismo: Identificação com a Pátria “A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do ci-dadão

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Page 1: Patriotismo: Identificação com a Pátria · Patriotismo: Identificação com a Pátria “A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do ci-dadão

Ano X - Edição 108 - Novembro 2016 Distribuição Gratuita

Dez anos a serviço da educação, da cidadania e valorização das culturas e tradições brasileiras

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O Rei Davi e a música

Se há um nome que nos faz pensar na música e em músicos da antiguidade, esse nome é Davi, um homem notável que viveu há cerca de três mil anos. De fato, muito do que sabemos sobre a música daquela época se deve aos re-latos bíblicos sobre as atividades de Davi.

Página 4

Um símbolo Nacional No Brasil, comemo-ra-se o dia da Ban-deira no dia 19 de novembro de cada ano, data que foi

instituída à nossa bandeira nacio-nal republicana pelo decreto nº 04 em 1889. Após a Proclamação da República em 15 de novembro do mesmo ano, esse decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do governo provisório da época, elaborado por Raimundo Teixeira Mendes, um positivista,

Página 6

A Importância da Cultura na

Formação do Cidadão

Cultura – somatória de costu-mes, tradições e valores - é um jeito próprio de ser, estar e sentir o mundo, ‘jeito’ este que leva o indi-víduo a fazer, ou a expressar-se, de forma característica.

Ora, SER é também PERTENCER – a algum lugar, a alguma fé ou a um grupo, seja família, amigos ou povo.

Páginas 8 e 13

O NOVO ENSINO MÉDIO: SOBRE O NOTÓRIO

SABER

A Medida Provisória 746 de

2016, a MP do Ensino Médio, vem

sendo discutida aqui neste espa-

ço. No mês passado procurei tra-

zer a discussão para a questão da

infraestrutura. Neste mês pretendo

discutir um pouco sobre a polêmi-

ca do “Notório Saber”. Vamos ex-

plicar.

Página 9

- Boa música Brasileira - Cultura - Educação - Cidadania - Sustentabilidade Social

Agora também no seu

www.culturaonlinebr.org

Baixe o aplicativo IOS

NO SITE

A única possibilidade de nos eternizamos nessa frágil vida, é plantando boas sementes. É a melhor herança que deixamos!

Patriotismo: Identificação com a Pátria “A identificação com os valores da pátria faz toda a diferença na formação do ci-dadão. Sem essa identificação o indivíduo não exerce a cidadania sequer no seu lar, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade e no seu estado, quanto mais na de-fesa do País.” Assim relaciona Antonio Fernando Pinheiro Pedro cidadania com sentimento de identificação, do indivíduo com o meio em que vive.

Para o advogado e consultor ambiental, sem esse “sentimento de pertencimento, não há como exercer o indivíduo a sua cidadania”.

” Grande parte dos problemas relacionados à educação e ao civismo, está justa-mente na falta de ambientação dos jovens no bairro onde moram. O avanço da conurbação urbana, desacompanhada da presença efetiva do governo na melho-ria das condições de vida da população, sem infraestrutura, educação, e sem criação de espaços de lazer, arborização e segurança, faz com que imensos es-paços sejam destinados à marginalidade, relegados a bairros-dormitórios, desti-nados ao desprezo dos próprios ocupantes”.

“Pergunto, que sentimento podem os jovens nutrir pelo pedaço de chão onde vi-vem, se não se sentem queridos ali, pelo Estado que os gerencia?”

“De toda forma”, alerta o advogado, “devemos resgatar o patriotismo a partir da educação básica, pois, se o governo, hoje, nada entende desse assunto, a geração educada com esses valores poderá mudar a situação e reivindicar, com amor à pátria, as mudanças necessárias para dignifi-car a Nação.”

Educação

Um dos aspectos mais destacados pelos entrevistados foi a importância da educação no desenvolvimento de um genuíno comportamento cívico. Vale lembrar que, até meados da década dos 80, os então chamados cursos primário e secundário (atuais fundamental e médio) e até superior, de instituições de ensino público ou privado, tinham na grade curricular disciplinas como Educação Moral e Cívica ou Organização Social e Políti-ca Brasileira, cujo objetivo era promover o conhecimento e sentimento de patriotismo nos alunos desde tenra idade. Taxativo, o jornalista Heródo-to Barbeiro diz que ressuscitar essas matérias não surtiria o efeito desejado.

“É hora de entendermos a expressão patriotismo sob o olhar da cidadania, e não de uma classe social, que se apropria disso e aqueles que forem contrários à sua perspectiva são tidos como antinacionalistas, antibrasileiros e por aí afora”, comenta Heródoto.

“Se hoje estamos falando sobre a falta de patriotismo do povo brasileiro é porque essas aulas não deram certo. Esse não é o caminho. O patrio-tismo não é para ser imposto, mas sim conquistado pelas pessoas por meio de acesso a educação de boa qualidade, emprego, vida digna”, aponta o jornalista, enfatizando que é preciso manter essa questão longe do uso político.

Todos os povos da Terra valorizam as suas raízes ancestrais e históricas. Mui-tos povos de história antiga se orgulham do seu passado glorioso, mesmo não se destacando na geopolítica e geoecono-mia atuais.

Página 5

Por que a Lusofonia?

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 2

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download na web

Editor e Jornalista responsável: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Ajude-nos a manter este projeto por apenas R$ 2,00 mensal Email: [email protected]

Gazeta Valeparaibana e

CULTURAonline BRASIL

Juntas, a serviço da E-ducação e da divulgação da

CULTURA Nacional

Darcy Ribeiro Antropólogo e educador, completaria

no passado dia 27 de Outubro, 94 anos

“Ultimamente a coisa se tornou mais complexa porque as instituições tradicio-nais estão perdendo todo o seu poder de controle e de doutrina. A escola não ensina, a igreja não catequiza, os parti-dos não politizam. O que opera é um monstruoso sistema de comunicação de massa, impondo padrões de consumo inatingíveis e desejos inalcançáveis, a-profundando mais a marginalidade des-sas populações.” ”O ruim no Brasil e efetivo fator do atra-so, é o modo de ordenação da socieda-de, estruturada contra os interesses da população, desde sempre sangrada pa-ra servir a desígnios alheios e opostos aos seus…O que houve e há é uma mi-noria dominante, espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente” “Somos um povo novo”

Editorial

IMPORTANTE

Todas as matérias, reportagens, fo-tos e demais conteúdos são de intei-ra responsabilidade dos colaborado-res que assinam as matérias, poden-do seus conteúdos não corresponde-

rem à opinião deste projeto nem deste Jornal.

Os artigos publicados são responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da Gazeta Valeparaibana

Olá caros leitores e leitoras,

Sejam muito bem vindos ao ler mais uma publicação da Gazeta Valeparaibana, um

jornal/revista desenvolvido pensando exclusivamente em você e em vossos alunos,

caros professores ou educadores.

Os nossos artigos tem como foco as datas comemorativas do mês e assuntos pon-

tuais nas mídias, no mês anterior, onde procuramos desenvolver opiniões e suscitar

reflexões.

Nossa intenção é possibilitar o espírito crítico nas discussões em sala de aula ou

em família, afim de se desenvolver o raciocínio lógico, contribuindo-se com isso pa-

ra a formação cidadã de nossa juventude, capacitando-a para o seu atual e futuro

papel na sociedade.

Botar a cabeça de nossos jovens para trabalhar ao invés de decorar, é a única for-

ma de traze-los para dentro dos problemas sociais e políticos, de forma agradável,

despertando-lhes o interesse por novas pesquisas.

A sua participação, caro leitor, cara leitora, caro professor, professora, educador ou

educadora é fundamental para que possamos aprimorar a qualidade de nosso

Jornal/Revista.

Se gosta de escrever e se interessa por algum tipo de assunto que gostaria de ver

publicado, fique à vontade para nos enviar para o endereço abaixo mencionado.

Creiam que sempre serão bem vindas críticas e chamadas de atenção para possí-

veis erros, bem como elogios que nos ajudam a superar as dificuldades que não

são poucas; por isso agradecemos seu contato, nos enviando seu comentário ou

artigo para: [email protected].

Um grande abraço, uma profícua leitura e um mês de muito sucesso.

Equipe

Gazeta Valeparaibana

A Guiné-Bissau foi em tempos o reino de Gabu, parte do Império do Mali, e partes do reino sobreviveram até ao século XVIII. Além do território continental, o país inte-gra cerca de oitenta ilhas que constituem o arquipélago dos Bijagós, separado do Continente pelos canais do rio Geba, Pedro Álvares, Bolama e Canhabaque. Mais sobre a Guiné-Bissau Localizada na costa ocidental da África, a Guiné-Bissau faz fronteiras com o Sene-gal (ao norte), Guiné (ao sul e leste) e com o oceano Atlântico (a oeste). Também faz parte do território da Guiné-Bissau o arquipélago dos Bijagós, formado por mais de 80 ilhas. A nação integra a Comunidade dos Países de Língua Estrangeira. O território que atualmente corresponde ao país da Guiné-Bissau foi colonizado por portugueses em 1446. Os colonizadores instalaram feitorias para a realização do tráfico de escravos com a população nativa. Somente no dia 24 de setembro de 1974, a Guiné-Bissau conquistou sua independência, tornando-se a primeira colô-nia portuguesa na África a conseguir esse feito. A economia do país é pouco desenvolvida. A agricultura, responsável por absorver mais de 80% da força de trabalho local, baseia-se no cultivo de castanha de caju (o país é o sexto maior produtor mundial), algodão, arroz, inhame, banana, manga e cana-de-açúcar.

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 3

12 - Dia do Diretor de Escola

A Reforma do Ensino Escolar

Caro leitor e cara leitora, neste momento há uma polêmica sobre a intenção do go-

verno federal querer reformar o Ensino Médio.

Eu não estou aqui, neste artigo, apoiando as intenções do governo federal em es-

pecífico, estou expondo a minha opinião pessoal sobre reformar o ensino escolar. Que

haja uma reforma no ensino escolar, no currículo de disciplinas, eu sou plenamente a fa-

vor. Cada aluno tem o seu perfil. Alguns alunos se dão bem com ciências humanas, ou-

tros com ciências exatas, outros, com ciências biológicas, outros com esportes e outros

com artes. Eu pessoalmente não acho justo obrigar um aluno que vai fazer faculdade de

Direito ou de Letras ter que estudar Física e Química com profundidade, fazer prova de

vestibular dessas disciplinas. E também acho injusto que um aluno que vai fazer faculda-

de de Engenharia Civil tenha que estudar História e Literatura com profundidade, ter que

fazer prova no vestibular dessas disciplinas.

Eu sou a favor de dividir o currículo escolar em pelo menos dois grupos, um com

ênfase em ciências humanas e outro com ênfase em ciências exatas e biológicas. Contu-

do, eu concordo que há disciplinas e assuntos que todo aluno vai ter que aprender por

serem usuais no decorrer da vida em sociedade. Língua Portuguesa (Gramática, Ortogra-

fia, Interpretação de Texto e Redação), uma Língua estrangeira, Matemática Básica/

Essencial e noções de Matemática Financeira, noções básicas/essenciais de Biologia e

Saúde, conhecimento jurídico básico (código de trânsito, código de defesa do consumi-

dor, CLT, Constituição Federal, etc), Informática Básica... aquilo que as pessoas em geral

vão deparar no decorrer de suas vidas e vão ter que lidar. No caso da Redação, além de

Narração, Descrição e Dissertação, eu defendo o ensino de Redação Jurídica/Formal

(Ofício, Memorando, Declaração, Ata, Procuração, Requerimento, etc).

Eu sou defensor do Ensino Escolar utilitário, pragmático, que respeite a vocação

disciplinar de cada aluno, não tome o tempo do aluno com algo que ele não vai utilizar

quando adulto. Eu tenho a crença de que, para que a alfabetização seja bem-sucedida, o

aluno tem que gostar da escola, tem que se sentir bem lá. Ele não pode ver as aulas co-

mo um sacrifício, como algo desagradável. E tem que ter uma visão positiva dos profes-

sores. E o que vocês acham, caro leitor e cara leitora?

João Paulo E. Barros

Calendário

Algumas datas comemorativas

01 - Dia de Todos os Santos 01 - Dia Mundial do Veganismo 02 - Finados 05 - Dia do Radioamador 05 - Dia Nacional da Língua Portuguesa 07 - Dia do Radialista 12 - Dia do Diretor de Escola 12 - Dia Mundial da Pneumonia 14 - Dia do Bandeirante 14 - Dia Nacional da Alfabetização 15 - Proclamação da República 15 - Dia Nacional da Umbanda 16 - Dia Internacional da Tolerância 17 - Dia da Criatividade 17- Dia Internacional dos Estudantes 19 - Dia da Bandeira 19 - Dia Internacional do Homem 20 - Dia Nacional da Consciência Negra 21 - Dia Mundial da Saudação 22 - Dia do Músico 25 - Dia do Doador Voluntário de Sangue 25 - Dia Inter. da Violência Contra Mulheres 27 - Dia Nacional de Combate ao Câncer 28 - Dia do Soldado Desconhecido

www.culturaonlinebrasil.net /// CULTURAonline BRASIL /// www.culturaonlinebr.org

Rádio web CULTURAonline Brasil

NOVOS HORÁRIOS e NOVOS PROGRAMAS

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós !

A Rádio web CULTURAonline Brasil, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Profes-sor , Família e Sociedade.

Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, onde a Educação se discute num debate aber-to, crítico e livre. Mas com responsabilidade!

Acessível no link: www.culturaonlinebrasil.net

Mensagem a você Dia do Diretor de Escola

"Queremos que saiba que sua ajuda é de grande valia.

Que pessoas tão especiais como vocês estão sempre prontas para fortalecer o aprendiza-do e a cultura, ultrapassar barreiras e viver novas experiências.

Como reconhecemos o trabalho que é cuidar de uma escola, homenageamos essas pes-soas super esforçadas, parabenizamos e desejamos-lhe todo o sucesso.

Obrigado(a) por sua atenção e carinho dedicado! Parabéns pelo seu dia!"

Diretoria da Gazeta Valeparaibana

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 4

22 - Dia do Músico

O Rei Davi e a música

Se há um nome que nos faz pensar na músi-ca e em músicos da antiguidade, esse nome é Davi, um homem notável que viveu há cerca de três mil anos. De fato, muito do que sabe-mos sobre a música daquela época se deve aos relatos bíblicos sobre as atividades de Davi — desde o tempo em que ele era um jo-vem pastor até quando se tornou rei e hábil organizador.

Podemos aprender muito sobre a música dos tempos bíblicos por meio de Davi. Por exem-plo, que instrumentos eram tocados e que tipo de música era cantada? Que papel a música tinha na vida de Davi e, numa escala maior, na nação de Israel?

O papel da música no Israel antigo

Quando repetimos a letra de uma música é comum nos lembrarmos da melodia que a a-companha. A Bíblia contém a letra de muitas músicas. Infelizmente, até hoje não sabemos a melodia delas, mas deviam ser belas, até mesmo sublimes. A grandeza poética do livro dos Salmos sugere que a música que os a-companhava tinha a mesma beleza.

Sobre os instrumentos, a Bíblia nos dá ape-nas breves descrições. (Veja abaixo

“Instrumentos nos tempos bíblicos”.) Não te-mos certeza nem mesmo do tipo de harpa que Davi usava. No entanto, é digno de nota que os israelitas inventaram vários instrumen-tos, tais como raras e preciosas harpas de madeira..

Mas uma coisa é certa. A música tinha um papel importante na vida dos hebreus, especi-almente na sua adoração a Deus. Era tocada em coroações, cerimônias religiosas e tinha seu lugar nas guerras. Também animava a corte real, dava vida a casamentos e reuniões familiares, e criava um ambiente alegre du-rante as festividades da colheita das uvas e dos cereais. Infelizmente, a música também estava associada a lugares de má reputação. E, quando morria alguém, ela era usada para aliviar a dor dos enlutados.

Em Israel, a música tinha ainda outras fun-ções. Era conhecida por ajudar as pessoas a meditar em coisas importantes e por fazer com que os profetas ficassem espiritualmente receptivos. Foi ao som de um instrumento de cordas que Eliseu encontrou inspiração divi-na. A música também era usada para comuni-car eventos anuais. As luas novas e as festivi-dades eram anunciadas pelo som de duas trombetas de prata. No dia do Jubileu, o som de buzina proclamava liberdade aos escravos e a devolução de terras e casas aos seus do-nos. Com certeza, as pessoas pobres se sen-tiam muito alegres ao ouvir a música anunciar que estavam livres ou que teriam suas propri-edades de volta!

Alguns israelitas deviam ser músicos ou can-tores extraordinários. De fato, de acordo com um baixo-relevo assírio, o Rei Senaqueribe pediu ao Rei Ezequias cantores e cantoras como tributo. Pelo visto, eram artistas de alto gabarito. Mas entre todos esses virtuosos, quem se destacava era Davi.

Um músico notável

Davi era notável por ser ao mesmo tempo músico e poeta. Mais da metade dos salmos são atribuídos a ele. Quando era menino, Da-vi era pastor, e sua mente sensível e percepti-va era influenciada pelas cenas pastorais de Belém. O som de riachos borbulhantes e de cordeiros respondendo quando ele os chama-va eram pequenas alegrias que lhe eram bem familiares. A “música” do mundo em sua volta emocionava Davi, e ele pegava sua harpa e elevava a voz em louvor a Deus. Deve ter si-do uma experiência incrível ouvir a música que Davi compôs para o Salmo 23!

Quando era rapaz, Davi tocava tão bem a harpa que o recomendaram ao Rei Saul. Ele

o levou para a corte. Quando os pensamentos de Saul o angustiavam e perturbavam, Davi ia até ele e com sua harpa produzia um som melodioso e suave que tranquilizava o cora-ção do rei. Os pensamentos que assombra-vam Saul desapareciam, e ele ficava mais calmo.

A música, que Davi tanto amava e que tanta felicidade lhe dava, também lhe causou pro-blemas. Um dia, quando Davi e Saul estavam voltando vitoriosos da guerra contra os filis-teus, uma música triunfante e alegre chegou aos ouvidos do rei. As mulheres cantavam: “Saul golpeou os seus milhares, e Davi as su-as dezenas de milhares.” Por causa disso, Saul ficou tão furioso e ciumento que ‘daquele dia em diante olhava continuamente com sus-peita para Davi’.

Inspirado pela música

Os cânticos que Davi foi divinamente inspira-do a compor sobressaem de várias maneiras. Suas músicas incluem salmos contemplativos e pastorais. Eles contêm desde expressões de louvor a narrativas históricas, de expres-sões de alegria pela colheita das uvas à pom-pa da inauguração do palácio, desde memó-rias a palavras de esperança, de pedidos a súplicas. Quando Saul e seu filho, Jonatã, morreram, Davi compôs um poema triste, ou endecha, chamado “O Arco”, que começa com as palavras: “A formosura, ó Israel, foi morta sobre os teus altos.” O tom era triste. Davi sabia expressar uma grande variedade de sentimentos tanto em palavras como na música de sua harpa.

Davi era uma pessoa cheia de vida e amava música alegre, animada e com bastante ritmo. Quando trouxe a arca do pacto para Sião, ele pulou e dançou com toda sua energia come-morando o acontecimento. O relato da Bíblia indica que a música devia ser extremamente contagiante. Consegue imaginar a cena? É verdade que sua esposa Mical o repreendeu, mas isso não importava para Davi. Ele amava a Jeová, e aquela música, que o deixou tão feliz, o levou a demonstrar essa alegria peran-te seu Deus.

Como se tudo isso não bastasse, Davi tam-bém era um notável inventor de instrumentos musicais.

Resumindo, parece que Davi foi um artista excepcionalmente talentoso. Ele fazia instru-mentos, era poeta, compositor e músico.

Fonte: wol.jw.org/.

Edição: Filipe de Sousa

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 5

Cidadania

O outro lado da moeda

Como afirmava o filósofo grego Aristóteles, o homem é um animal político. O ser humano é um ser que necessita de coisas e dos outros. Não é um ser autossuficiente. Por um lado, eu concordo que não podemos viver fingindo que a política não é importante para nós todos,

porque é muito importante para cada um de nós.

Por outro lado, também não é sábio contar só com a política para a solução de todos os problemas, individuais, familiares ou comunitários. Neste ano houve eleições municipais no Brasil, e o município está mais perto do cidadão do que o estado e a união estão. Mas, não podemos desconsiderar que o político é, antes de tudo, uma pessoa comum como qualquer um de nós. Seja vereador, prefeito, deputado estadual, governador, deputado federal, senador ou presidente, o político tem os seus próprios anseios como ser humano, os seus próprios objetivos pessoais, os seus próprios problemas para resolver, no meio político há disputa de poder, de influência, choque de interesses discordantes entre si, os políticos não são deuses e nem anjos, são pessoas como nós. Foi a grande lição que eu aprendi desde que o primeiro mandato do Lula começou em 2003, que não se deve esperar tudo da política para solução de problemas sociais. Muitos de nós cidadãos precisamos aprender a ter senso de comunidade, aprender a ser mais unidos, começar a unir forças e tomar iniciativa para tentar resolver

os problemas comunitários, e não ficar esperando sempre só pelo governo e pelo Estado.

É necessário prestar muita atenção na política, mas não é sábio ficar contando só com os políticos para solucionar os problemas sociais e mesmo os problemas pessoais. A própria sociedade civil precisa se empenhar em solucionar os problemas sociais. A população também precisa ter consciência de união, de parceria, pensar no bem-estar alheio, pensar na coletividade. Seja na geração de trabalho e renda, seja sobre tratamento de saúde, seja sobre ensino escolar, a comunidade precisa aprender a ser mais colaborativa entre si. O político não é salvador da pátria, é um ser humano comum como cada um de nós. Os candidatos pedem votos, fazem promessas e propostas, fazem propaganda, porém, o eleitor tem que correr atrás das informações, tem que procurar se informar, se instruir para não ser enrolado por candidatos com promessas absurdas e impossíveis de serem cumpridas.

João Paulo E. Barros

Porque precisamos fazer a Reforma Política no Brasil?

Seus impostos merecem boa administração. Bons políti-cos não vem do nada. Para que existam bons políticos

para administrar o país, toda a sociedade precisa colaborar para que eles possam nascer e terem sucesso. É preciso um sistema eleitoral moderno para melhorar a qualidade da política. Os políticos "tradicionais" tem horror à reforma política, porque ela pode mudar a situa-ção atual onde eles usam e manipulam o eleitor e são pouco cobrados !

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Nossa Língua

Por que a Lusofonia?

Todos os povos da Terra valo-

rizam as suas raízes ancestrais e históricas. Muitos povos de história

antiga se orgulham do seu passado glorioso, mesmo não se desta-

cando na geopolítica e geoeconomia atuais. As civilizações primá-

rias, primárias no sentido de não serem derivadas de outras anterio-

res, surgiram como originais, como as dos grandes rios como Tigre e

Eufrates, Nilo, Indo, Amarelo, etc. Outras civilizações são derivadas

de anteriores, como a Austrália é derivada da Grã-Bretanha, a Ar-

gentina é derivada da Espanha (e fortemente influenciada pela Itá-

lia), etc.

O Brasil é, na realidade, uma junção de culturas, o conjunto das

antigas nações indígenas pré-cabralinas, que eram diversas etnias e

culturas, os portugueses (católicos romanos e judeus sefarditas), a-

fricanos de diversas etnias, e descendente de imigrantes diversos,

italianos, alemães, japoneses, espanhóis, sírio-libaneses, poloneses

e ucranianos, etc. O povo brasileiro é um povo pluralista, multicultu-

ral, multiétnico. Mas de todos os povos que formaram o Brasil, quem

organizou o Brasil como país, como Estado, e lhe legou um idioma

oficial, foram os portugueses.

Uma característica típica de uma nação próspera é dar impor-

tância às suas raízes, às suas matrizes nacionais. O primeiro elo de

ligação do Brasil com o mundo é a língua portuguesa. Para o brasi-

leiro se autoconhecer como brasileiro, convém que ele valorize as

suas raízes no passado. E a melhor forma de conhecer tais raízes é

ter contato cultural com os demais países lusófonos espalhados pe-

los continentes da Terra.

Mesmo os brasileiros afrodescendentes, muito de suas origens

ancestrais estão em países como Angola, Moçambique, Guiné-

Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, assim como em países

africanos não lusófonos, como o Benin e a Nigéria.

Regiões asiáticas como Goa, Macau e o país Timor-Leste tam-

bém têm o que ensinar aos brasileiros sobre legado cultural. Eu con-

vido os brasileiros à conhecerem mais sobre a Lusofonia mundial.

João Paulo E. Barros

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19 - Dia da Bandeira

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Carl Jung .O sonho é uma pequena porta secreta a-brindo-se durante a noite cósmica que a-

alma era muito antes do surgimento da consciência.

*****

Um homem que não cruzou o inferno de suas paixões, nunca as superou.

*****

As pessoas fazem o que for, não importa o absurdo que seja, para evitar o confronto

com sua própria alma.

*****

Eu não sou o que me aconteceu. Sou o que escolhi ser.

*****

Podemos chegar a pensar que não controla-mos nada por completo. Porém, um amigo pode facilmente nos contar algo sobre nós

de que não fazíamos nem ideia.

*****

’Mágico’ é apenas outra palavra para definir a alma.

*****

De uma forma ou de outra, somos partes de uma só mente que tudo engloba,

um único ’grande homem (...)’.

*****

“Se você é uma pessoa talentosa, isso não significa que você ganhou alguma coisa. Sig-

nifica que você tem algo a dar.”

*****

“Não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas fazendo a escuridão

consciente.”

*****

“Eu não sou o que aconteceu comigo, eu sou o que eu optei por me tornar.”

*****

Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 6

Um símbolo Nacional

No Brasil, comemora-se o dia da Bandeira no dia 19 de novembro de cada ano, data que foi instituída à nossa bandeira nacional republica-na pelo decreto nº 04 em 1889.

Após a Proclamação da República em 15 de novembro do mesmo ano, esse decreto foi pre-parado por Benjamin Constant, membro do go-verno provisório da época, elaborado por Rai-mundo Teixeira Mendes, um positivista, Miguel Lemos, diretor do Apostolado Positivista do Brasil, Manuel Pereira Reis, astrônomo e, Dé-cio Vilares, um pintor.

Durante a história, o Brasil teve várias Bandei-ras até que ficasse definida a oficial.

A Bandeira anterior à que temos hoje, confor-me figura abaixo foi provisória no período de 15 a 19 de novembro e, a imagem da Bandeira seguinte foi instituída em 19 de novembro até os dias de hoje.

Nossa Bandeira é formada por um retângulo verde, com um losango amarelo e no centro um círculo azul com estrelas brancas (cada es-trela representa um Estado e o Distrito Fede-ral) e uma faixa branca com os dizeres: “Ordem e Progresso”.

A frase “Ordem e Progresso” foi por influência de Auguste Comte, filósofo francês e fundador do positivismo que defendia a ideia de que as superstições, religiões e demais ensinamento teológicos deveriam ser ignorados, pois não colaboram para o desenvolvimento da humani-dade. Ele defendia que o progresso era uma das únicas saídas para a evolução da humani-dade.

Cada cor tem um significado: o verde repre-senta as matas brasileiras, o amarelo simboliza a riqueza dos nossos minerais, o azul nosso céu, o branco a paz.

As estrelas estão distribuídas na Bandeira con-forme o céu da cidade do Rio de Janeiro às 08:30 horas do dia 15 de novembro de 1889 onde a Constelação do Cruzeiro do Sul apre-sentava-se verticalmente em relação ao hori-zonte da capital. No entanto, Raimundo Teixei-ra fez um desenho contrariando aspectos da

astronomia e priorizou a disposição estética das estrelas e não a perfeição sideral.

A primeira versão da nossa Bandeira era com-posta por vinte e uma estrelas representando os Estados existentes na época. Outras estre-las foram inseridas a partir da Lei nº 5.443 de 28 de maio de 1968 que permite atualização do número de estrelas sempre que houver cria-ção ou extinção de algum Estado e, essa foi a única alteração sofrida desde que ela foi adota-da e, seis delas, foram inseridas representando o Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Ao contrário do que muitos pensam, a estrela que está acima da faixa branca, ela não repre-senta o Distrito Federal e sim o Estado do Pará que, na época, era o maior território próximo ao eixo equatorial.

Nessa data ocorrem várias comemorações cí-vicas acompanhadas do Hino à Bandeira com-posto por Olavo Bilac e Francisco Braga. Ao meio dia com as bandeiras rasgadas, descolo-ridas e sem serventia acontece o Cerimonial Peculiar onde são incineradas.

A Bandeira Nacional é um dos símbolos mais importantes da nação e obrigatoriamente de-vem ser hasteadas em todos os órgãos públi-cos, escolas, secretarias do governo e outros. O hasteamento é feito pela manhã e arriada no final da tarde e, não pode ficar exposta durante a noite, a não ser que o local em que estiver lhe permita ser bastante iluminada.

Algumas regras devem ser seguidas para que se garanta o respeito a “ela” e garantida pelo artigo 31 da Lei nº 5.700 de 1º de setembro de 1971:

É considerado desrespeito e proibido:

- Apresentá-la em mau estado de conservação

- Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico (frase expressa), ou, acrescentar-lhe outras inscrições.

- Usá-la como roupa, reposteiro (cortina, ador-no), pano de boca, guarnição de mesa.

- Revestimento de tribuna, cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar.

- Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de pro-dutos expostos à venda.

Mesmo sendo importante esse símbolo e essa data para o país, esse dia não é considerado feriado nacional.

Genha Auga – Jornalista – MTB:15.320

1 - a Bandeira Nacional. 2 - o Hino Nacional. 3 - as Armas Nacionais. 4 - o Selo Nacional.

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 7

Crônicas, Contos e Poesia

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QUE BANDEIRA SOU EU?

SOU BANDEIRA DO BRASIL

VARONIL!

RESPEITADA JÁ FUI,

HOJE SOU USADA COMO PANO DE CHÃO

ADORNO DE CAIXÃO,

REPRESENTO MELHOR O FUTEBOL

DO QUE A HONRA QUE JÁ NÃO TENHO

MAIS.

SOU BANDEIRA DO BRASIL

IDOLATRADA...

ESTOU DESVALORIZADA,

MOTIVO DE VERGONHA.

ESSA BANDEIRA NÃO REPRESENTA MAIS

MOTIVO DE COMEMORAÇÃO.

SOU BANDEIRA DO BRASIL

DESONRADA!

DESPEDAÇADA PELOS MEUS PRÓPRIOS

AMADOS BRASILEIROS.

FUI BANDEIRA DO BRASIL

MOTIVO DE HONRA!

HOJE MOTIVO DE TRISTEZA

E ABANDONADA.

MEU HINO NEM SE CANTA MAIS,

ESTOU DEBOCHADA

CADÊ MEU POVO?

CADÊ OS REPRESENTANTES

DESSA NAÇÃO...

SOFRO COM ESSA HISTÓRIA

QUE A CADA DIA

ME AMARROTA E QUE

TRANSFORMOU-ME

EM SUCATA...

Genha Auga

É GUERRA!

Noite fria! Nada como um banho e um cho-colate quente, um pijama confortável, chine-los felpudinhos e escovar os dentes bem rapidinho por conta da água estar muito ge-lada.

Olhando uma nos olhos da outra, escovam com movimentos frenéticos para livrarem-se do frio e correr para debaixo das cobertas bem quentinhas.

Eis que surge uma dúvida...

Uma olhou bem séria para a outra e pergun-tou:

- O que foi, porque está me olhando assim?

- Por nada, respondeu a companheira. Não posso olhar?

- Pode, respondeu a que argumentou pri-meiro com cara de invocada, espirrando á-gua fria no rosto dela.

- Ah! Reivindicou a vítima, fazendo o mes-mo.

- Bem furiosa, aquela que tudo começou, molhou o cabelo da coitadinha e, esta tam-bém se invocou e molhou o pijama da ad-versária e num instante ficaram “ensopadas” e tremendo de frio.

O banheiro ficou alagado, o papel higiênico encharcado e, a gata olhava assustada sem entender nada.

Entraram debaixo do chuveiro quentinho novamente e rindo demais dessa “Guerra Fria”.

A garotinha olhou com os olhos bem aperta-dinhos e disse:

- Vó, amanhã você se prepara que isso não vai ficar assim e rindo foram dormir.

No dia seguinte choveu muito e fomos an-dar na chuva com os pés descalços no bar-ro da estrada de terra do sítio.

Pronto! Iniciou-se outra “guerra” a de lama...

Nosso tempo juntas é sempre bom, mesmo com frio e chuva.

Genha Auga – Jornalista MTB: 15.320

Hino à Bandeira Nacional Brasileira

Apresentado pela primeira vez em 15/08/1906

Letra de Olavo Bilac e Música de Francisco Braga

Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz!

Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra

em nosso peito juvenil Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul,

A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amado,

poderoso e feliz há de ser!

Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor,

Paira sempre sagrada bandeira Pavilhão da justiça e do amor!

Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil,

Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!

Genha Auga

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 8

Cultura

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A Importância da Cultura na Formação do Cidadão

A cultura – somatória de costumes, tradi-ções e valores - é um jeito próprio de ser, es-tar e sentir o mundo, ‘jeito’ este que leva o in-divíduo a fazer, ou a expressar-se, de forma característica.

Ora, SER é também PERTENCER – a algum lugar, a alguma fé ou a um grupo, seja famí-lia, amigos ou povo.

Daí ser a cultura um forte agente de identifica-ção pessoal e social, um modelo de compor-tamento que integra segmentos sociais e ge-rações, uma terapia efetiva que desperta os recursos internos do indivíduo e fomenta sua interação com o grupo e um fator essencial na promoção da saúde, na medida em que o in-divíduo se realiza como pessoa e expande suas potencialidades.

A percepção individual do mundo é influencia-da pelo grupo. Aquilo que o grupo aprova ou valoriza tende a ser selecionado na percep-ção pessoal; já o que é rejeitado ou indiferen-te aos valores do grupo tem menor possibili-dade de ser selecionado pela percepção do sujeito – e se for significativa para o sujeito, este o guarda para si ou o elabora de forma a adaptá-lo aos valores grupais, seja de foram lúdica, simbólica ou distorcida, no intuito de evitar a censura coletiva.

O indivíduo que consegue burlar a censura grupal e introduzir nela uma significativa mu-dança de valores adquire o poder de influenci-ar a História, daí o dizer-se que ‘os poetas são profetas’. Explica-se, assim, o medo que os governos autoritários e ditatoriais tem da elite cultural a a perseguição política acirrada que os representantes da cultura tem sofrido através dos séculos – por exemplo, queima de livros e de sábios nas fogueiras da Inquisi-ção, acusados de bruxaria e de pacto com o demônio.

Os povos evoluem através de mudanças sig-nificativas em sua cultura e as mudanças a-contecem rapidamente quando o clima políti-co é de liberdade; caso contrário demora ape-nas mais uma pouquinho, o tempo de o pen-samento, que é livre, romper os grilhões da intolerância.

A CULTURA E A IDENTIDADE PESSOAL Quem sou?

A identidade alicerça-se em capacidades e em valores, no que somos capazes de com-preender do mundo e no significado que da-mos às nossas vidas. Destaco a seguir quatro processos de a cultura influir na identidade personalizando a atuação individual:

O agente cultural:

O artista, seja ele escritor, pintor, cantor, com-positor – e também o esportista – sente-se alguém. Alguém que é respeitado pelo que é capaz de realizar, e, na velhice, mesmo se incapaz de criar, por limitações decorrentes da idade (mãos trêmulas, declínio da voz, fra-queza muscular etc) é amiúde solicitado a transmitir suas vivências aos mais jovens. Desta forma, o indivíduo sente-se útil e é gra-tificante recordar as glórias passadas sentin-do que contribui ainda para estimular e incen-tivar o ideal de uma vida.

O propagador cultural: Há indivíduos que não criam, mas apreciam o belo, dedicando suas vidas a promover cultu-ra. Assim, diz-se que ‘o crítico literário é um autor frustrado’, aforismo que pode ser esten-dido aos comentaristas de arte e de esportes, bem como às demais atividades críticas. Os mecenas são outra categoria de pessoas que extraem prazer estético da arte que promo-vem e não são capazes de criar.

Há que citar os que comercializam a arte, vendendo ou comprando os produtos cultu-rais, grupo hoje em dia acrescido dos profis-sionais da mídia, com o poder de promove-rem no mercado o que lhe convém, à revelia da qualidade. Ainda que interesses de lucro interfiram ou entravem a promoção dos pro-dutos bons, em última análise esses entraves econômicos agem como um desafio motiva-dor, e o julgamento de valor fica para a poste-ridade: o joio e o trigo separam-se aos olhos da geração futura e os grandes gênios, que em vida passaram privações e até morreram esquecidos, recebem seu reconhecimento a posteriori. A História está cheia de exemplos de ‘vitórias’ fugazes, hoje relegadas ao es-quecimento, e de autores e pintores geniais desprezados em vida.

Assim, agentes culturais diversos dão signifi-cado a suas vidas organizando, promovendo e divulgando eventos vários.

O espectador cultural: E finalmente, há aquele que não cria nem pro-move e que no entanto aprecia intensamente a arte. Indivíduos assim identificam-se entre si e organizam-se em fãs clubes, cuja penetra-ção varia desde o bate-papo informal com os amigos até a distribuição de zines e elabora-ção de congressos ou entidades mais ou me-nos sofisticadas, com a finalidade de admirar e cultuar o ídolo. Cito como exemplo o grupo de admiradores da série Jornada nas Estre-las.

Uma categoria em especial destaca-se por sua importância no resgate cultural de certas épocas ou certos ídolos: os colecionadores. O prazer de colecionar começa pela identifica-ção com o ídolo, passa pelo orgulho de pos-suir objetos raros e culmina na satisfação de deter e divulgar conhecimento. Colecionado-res contribuem significativamente para a pre-servação e para o resgate cultural de uma é-poca ou arte específica.

Assim, na questão da identidade, a cultura elabora a identidade de quem faz, de quem divulga e de quem conhece um aspecto deter-minado dessa cultura. Enfim, ser alguém ca-paz – seja de fazer, de divulgar ou de conhe-cer arte – estabelece uma identidade pessoal que efetivamente enriquece uma existência.

O alienado cultural Este é um agente às avessas, alguém que denuncia a incapacidade daquela sociedade em particular promover a integração de certos segmentos ou indivíduos. Frequente nos go-vernos ditatoriais, o alienado cultural evidenci-a a exclusão social, a opressão e a manipula-ção de segmentos menos poderosos nem por isso menos numerosos da sociedade.

Se a alienação cultural é um sintoma, o é an-tes de um doença social do que individual.

Frequentemente o alienado cultural expressa-se por meios próprios alternativos, através de uma subcultura, que as elites dominantes desvalorizam, desprezam e que podem adqui-rir proporções de verdadeira rebelião cultural. Foi o caso do movimento Impressionista na pintura, na França, e da Semana de Arte Mo-derna de 1922 no Brasil. E nesses casos po-de ocorrer o fenômeno da ‘contracultura’.

Atualmente temos grafiteiros, descendentes diretos de pichadores marginalizados, que se autodenominam ‘cultura de rua’. E também os raps, as danças de rua, entre outros.

Esta polarização entre a elite e os excluídos dá origem a um movimento pendular entre os extremos da comunidade de tal sorte que a História da arte é a história de uma sequencia de movimentos de polaridade: depois do ro-mantismo segue-se o realismo, após longos períodos de valorização do espiritual, segue-se um longo período de valorização do carnal etc.

A CULTURA A IDENTIDADE SOCIAL Quem mais?

A consciência de SER pode gerar solidão ca-so não haja a consciência de PERTENCER, ou seja, de compartilhar a existência com ou-tros.

Assim, o conhecimento de que outros tam-bém fazem, divulgam e apreciam o mesmo que o indivíduo, é o meio de integrá-lo à soci-edade. Ser poeta é bom, mas ser um poeta brasileiro entre outros poetas brasileiros é melhor. A comparação inevitável com os ou-tros é desafiadora e motivadora. Diga-se o mesmo para qualquer outra modalidade cultu-ral. Ao prazer de criar, soma-se o prazer de cultivar um estilo próprio. Já não se trata mais de criar, divulgar ou apreciar arte, mas de cri-ar, divulgar ou apreciar sob uma ótica diferen-te, peculiar, personalizada.

Esta identidade cultural, em diferentes níveis, vai alicerçando a consciência do povo. Fala-se e vivencia-se um música brasileira, porém há ritmos baianos e, dentro da música regio-nalista baiana, aprecia-se esta ou aquele de-terminada tendência. Nem por isso deixamos de sentir que existe uma musicalidade comum a todos os povos e a todas as eras, pois, a-lém de universal, a música é transcendental, ou seja, dá-nos a sensação de união com a divindade.

Esse sentimento de transcender o espaço e o tempo está presente em todas as formas de manifestação cultural. É um sentimento atávi-co, inerente à espécie.

Este atavismo é decorrência da necessidade de comunicação, pois quem vive, comunica-se, e o homem que se comunica, o faz neces-sariamente através de certos meios e símbo-los. Ora, a existência de meios e símbolos de comunicação são, em si, o alicerce da cultura – o jeito de ser – de um grupo. A formação cultural de um grupo estabelece-se alicerçada nos fatores climáticos e geográ-ficos inicialmente, passando pelas atividades de sobrevivência mais adequadas àquele gru-po pelo tipo de alimento disponível, e a seguir

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 9

E agora José? Debatendo a educação

O NOVO ENSINO MÉDIO: SOBRE O NOTÓRIO SABER

A Medida Provisória 746 de 2016, a MP do Ensino Médio, vem

sendo discutida aqui neste espaço. No mês passado procurei trazer a

discussão para a questão da infraestrutura. Neste mês pretendo discu-

tir um pouco sobre a polêmica do “Notório Saber”. Vamos explicar.

A Medida Provisória alterou (vai alterar se for aprovada) vários

artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.

9.394/1996). Uma dessas alterações se dá sobre o artigo 61, que trata

do que se considera um “profissional da educação” acrescenta: IV -

profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos siste-

mas de ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação

para atender o disposto no inciso V do caput do art. 36. O artigo 36 tra-

ta do Currículo do Ensino Médio, o inciso V trata do ensino técnico e

profissional. Ou seja, de acordo com a MP o futuro professor do ensino

técnico deverá demonstrar o “notório saber” sobre a área em que vai

ministrar.

Sobre essa questão tenho acompanhado diversos debates. U-

ma dessas vertentes afirma que isso abriria um pressuposto para que

diferentes profissionais pudessem ministrar disciplinas do currículo bá-

sico (Geografia, História, Filosofia, etc). Ainda que a Medida Provisória

não deixe isso claro, como pode ser lido na indicação acima, ela tem

um fundamento de razão. O Senador Cristovam Buarque (PPS-DF)

tem defendido a ideia de que profissionais aposentados de diferentes

áreas (como engenheiros, por exemplo) possam dar aulas de matemá-

tica ou química, ou que um jornalista desempregado ou aposentado

possa dar aula de Língua Portuguesa, essas declarações você pode

acompanhar neste link: https://goo.gl/6f4G1w.

O que talvez o senador tenha esquecido é que não basta para um pro-

fessor saber seu conteúdo. Claramente que isso é importante, mas

não só isso. Essa visão de que qualquer um pode ser um professor é

uma visão antiga. Claramente uma visão liberal tradicional que enten-

de que basta o adulto saber o conteúdo que ele pode transmiti-lo para

qualquer criança.

Ainda que a tendência liberal tradicional tenha sido cunhada no decor-

rer dos séculos XVIII e XIX na Europa, essa concepção de que qual-

quer um poderia ser um professor, já havia sido combatida por Comê-

nius nos idos de 1600. Comênius, o pai da didática, entendia que o

professor deveria ter um método de trabalho e a descreve em seu livro

Didactica Magna.

O Prof. José Carlos LIbâneo, no livro Didática, corrobora essa questão

do método de trabalho do professor. O autor afirma que toda prática

docente é intencional. Não basta apenas instruir. Instruir, para Libâ-

neo, está subordinado ao ensino, já que esta é muito mais ampla do

que aquela. Para ensinar é preciso desenvolver ações, meios e condi-

ções para a realização da instrução. Ainda que seja tentador tomar o

rumo da conversa para se aprofundar na didática, deixarei essa ques-

tão de lado, já que o foco deste trabalho não é este. De qualquer for-

ma, fica a indicação de leitura (inclusive aos que defendem o “notório

saber”).

Voltando a discussão sobre os critérios de contratação de professores,

ou dos profissionais da educação, como está na Medida Provisória,

vamos aqui apresentar uma proposta, já que ela está ai e muito prova-

velmente será aprovada.

Não há dúvidas de que qualquer um que se queira prestar ao trabalho

de professor deve possuir conhecimentos pedagógicos mínimos tais

como: teorias do currículo, didática, avaliação escolar, teorias de a-

prendizagem, métodos e técnicas de ensino e vários outros conheci-

mentos que possui o pedagogo. Porém, se o candidato não pretende

trabalhar com a educação infantil e com os anos finais do ensino fun-

damental, talvez não seja tão necessário que ele curse 3 ou 4 anos de

pedagogia. Por isso, essa proposta é que os cursos de pedagogia pos-

sam adequar seus currículos para criar um curso de um ano ou um a-

no e meio para algum tipo de introdução à pedagogia.

O leitor mais conhecedor dirá que a Resolução 02/2015 do Conselho

Nacional de Educação já prevê isso. Realmente este parecer oferece

ao profissional formado em qualquer área, a possibilidade de se formar

Pedagogo em apenas um ano e meio. Releia: formar um pedagogo em

um ano e meio. O que isso significa? Que este profissional (por exem-

plo, um engenheiro elétrico), em um curso de um ano e meio poderá

se tornar um professor alfabetizador.

Gostaria muito da sua atenção neste ponto. A formação do Pedagogo

é algo amplo que pode tomar várias direções. O Pedagogo que fica 3

anos (no mínimo, passando para 4 anos em 2017 a partir da Resolu-

ção 02/2015) que será o alfabetizador, é o mesmo que será o diretor

de escola. É o mesmo que será professor dos anos iniciais do ensino

fundamental. É o mesmo que será alfabetizador de adultos. É o mes-

mo que será coordenador de escola. É o mesmo que será assessor

pedagógico, e por ai vai.

Ora, se para formar um Pedagogo leva-se (a toque de caixa) pelo me-

nos 3 anos, como que uma resolução permite que um profissional que

tenha o Ensino Superior em qualquer área, se torne Pedagogo em a-

penas um ano e meio? Se assim é, gostaria eu de cursar Direito em

um ano e meio! Ou Medicina, quem sabe! Ou Fisioterapia, Odontologi-

a, Geologia ou qualquer outra profissão. Totalmente contraditório,

não?

Pois bem, gostaria de deixar essa reflexão para você. Se já temos u-

ma situação capenga na educação brasileira com a formação de pro-

fessores em três anos, imagina como se dará a contratação daqueles

que deverão demonstrar o “notório saber”?

Ivan Claudio Guedes, 36 Geógrafo e Pedagogo. [email protected] www.icguedes.pro.br

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 10

15 - Proclamação da República

CURIOSIDADES

Juntamente com a agitação abolicionista da década de 1870, chegou também ao Brasil a propaganda republicana. Durante a década de 1880, a ideia de República angariou sim-patizantes no país, mas em número menor que o abolicionismo, e num ritmo muito mais lento. Somente após o fim da escravidão, ela entrou na ordem-do-dia. Os primeiros a en-grossar as fileiras do novo grupo foram os ca-feicultores, revoltados com a monarquia. Res-ponsabilizavam o governo imperial pela perda dos escravos, sem indenização.

Depois da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, os líderes do setor cafeeiro rapidamente se uniram aos idealistas do Partido Republicano, fundado havia quase duas décadas. Até en-tão, a agremiação contava apenas com mili-tantes jovens e idealistas. Mas o partido não decolou. Durante dez anos, seu desempenho eleitoral foi pífio: não conseguia eleger seus candidatos à Câmara e ao Senado.

Escravos no exército Entretanto, durante nos anos 1880, a política não era feita somente na Assembléia, mas também nos quartéis. O Exército foi uma insti-tuição que saiu fortalecida da Guerra do Para-guai. Literalmente, os soldados tinham sido os salvadores da pátria. Para a tarefa, contribuí-ram milhares de escravos incorporados às tropas. Os negros formaram a maioria dos ba-talhões brasileiros naquele momento.

Para não morrer nos campos de batalha, os aristocratas tinham o direito de mandar os es-cravos em seu lugar. Além disso, para au-mentar o número de recrutas, o governo ofe-receu liberdade aos escravos que fossem guerrear. Aproximando-se dos soldados nas dificuldes da guerra, os oficiais desenvolve-ram simpatia pelo abolicionismo. Com isso, mais um elemento veio afastar o Exército da monarquia.

Oficiais sem dinheiro nem prestígio Outro motivo de insatisfação com o governo era a origem social da maioria dos comandan-tes: as classes sociais médias. Para seus membros, a carreira militar parecia uma opor-tunidade de subir na vida. Entretanto, os ofici-ais estavam ganhando pouco. Além disso, não tinham sequer a contrapartida do prestí-gio social ou do poder político.

Nessas circunstâncias, uma grande solidarie-dade conquistou a oficialidade do Exército, unindo-a entre si e com as tropas e evidenci-ando diferenças entre o militar e o civil. Nos quartéis, o poder dos civis logo passou a ser questionado. Em 1886, as opiniões dos milita-res chegaram às ruas através dos jornais.

A Questão Militar No Piauí e no Rio Grande do Sul, respectiva-mente, os coronéis Cunha Matos e Sena Ma-dureira atacaram o ministro da Guerra, Afredo Chaves, um civil. Estava aberta uma série de desentendimentos com o governo, que ficou conhecida como Questão Militar.

O Império puniu com a prisão os dois coro-néis, lembrando que, de acordo com a Consti-tuição, a participação na política interna do Brasil não era um dever do Exército. Em

1887, depois de outros atritos entre os milita-res e o Ministério da Guerra, foi fundado o Clube Militar, uma entidade que passou a fun-cionar como órgão político e porta-voz da ca-tegoria. Para a sua presidência, elegeu-se u-ma das maiores lideranças militares do país: o marechal Deodoro da Fonseca.

Na queda de braço do coronel Sena Madurei-ra com o ministro da Guerra, Deodoro tinha ficado ao lado do coronel. Desde então, pas-sou a ser cortejado tanto pelos oficiais insatis-feitos com a monarquia, quanto pelos republi-canos. Como militar, efetivamente não apro-vava as atitudes do governo em relação aos militares. Mas não identificava o governo com a monarquia, nem com a pessoa do impera-dor - a quem respeitava e de quem era ami-go.

Propaganda republicana Para a maioria dos militares, o Império talvez devesse chegar ao fim, mas a República podi-a esperar pela morte de Pedro 2º O respeito ao "velhinho" retardou o rompimento definitivo entre os oficiais e a monarquia. Por isso, a ação dos grupos republicanos ligados aos ca-feicultores passou a atacar o imperador atra-vés de sua herdeira, a Princesa Isabel.

A sucessão e o futuro reinado foram transfor-mados em fantasmas assustadores pela pro-paganda republicana. A idéia de uma mulher no trono causava arrepios na mentalidade machista da época. Para piorar, pairava sobre a princesa Isabel a figura do conde D'Eu, anti-pático e estrangeiro. Em surdina, começou a conspiração que iria derrubar a monarquia.

Desgastado com o poder econômico dos ca-feicultores, com a opinião pública e com os militares, o Império tentou promover reformas na ordem política. Em junho de 1889, formou-se um novo ministério, que tinha em sua pre-sidência Afonso Celso de Assis Figueiredo, o visconde de Ouro Preto - que já havia presta-do relevantes serviços ao governo no passa-do. A ele caberia solucionar os problemas so-ciais e garantir a sucessão da monarquia.

Visconde de Ouro Preto Ouro Preto tentou resolver a questão militar enfraquecendo o Exército. Procurou distribuir as tropas pela imensidão do território nacional e transferiu comandantes e líderes para luga-res afastados. Promoveu uma política de va-lorização de outros grupos armados, como a Polícia e a Guarda Nacional, além de criar a Guarda Cívica e a Guarda Negra, formada por antigos escravos.

Em contrapartida, os republicanos espalha-ram o boato de que o governo pretendia aca-bar com o Exército. Não existia nenhuma evi-dência nesse sentido, mas o boato incendiou os quartéis. Na manhã de 15 de novembro de 1889, sob o comando do marechal Deodoro, tropas revoltadas saíram às ruas para derru-bar o ministério de Ouro Preto. Os soldados teoricamente leais ao governo nada fizeram em sua defesa. Ao contrário, seu comandan-te, Floriano Peixoto, simplesmente disse que não poderia lutar conta brasileiros.

Após depor Ouro Preto, Deodoro se recolheu em sua casa, pois estava doente. Ao deixar o palácio, escutou um soldado gritar "Viva a Re-

pública", respondeu: "Cale a boca, rapaz!". Deodoro pretendia esperar a volta do impera-dor ao Rio de Janeiro, para discutir com ele a situação. Dom Pedro 2º estava em Petrópolis, alheio a todos aqueles acontecimentos. Ao receber as notícias pelo telégrafo, voltou às pressas à corte, para tentar formar um novo ministério. Não houve tempo.

Proclamação da República Entre a queda do ministro Ouro Preto e a vol-ta de dom Pedro 2º ao Rio, enquanto republi-canos e líderes militares se perguntavam o que fazer, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu proclamar a República por conta própria. A Câmara do Rio, evidente-mente, não tinha nenhuma autoridade para falar em nome do Brasil, mas, naquele mo-mento de confusão, seu pronunciamento foi seguido pelos republicanos, com o apoio ar-mado do Exército.

Formou-se então um governo provisório, cuja chefia foi entregue ao marechal Deodoro da Fonseca. Informado de que dom Pedro 2º pretendia compor um novo ministério que teri-a como presidente um inimigo pessoal seu, o marechal aderiu à causa republicana, de que até aquele instante fora um simples instru-mento.

Dom Pedro 2º rumo ao exílio

No dia seguinte, no Paço da Cidade, dom Pe-dro 2º foi notificado de que a monarquia já não era a forma de governo em vigor no Bra-sil. Como Ouro Preto, o imperador também estava deposto e intimado a deixar o país em 24 horas. O governo provisório tinha provi-denciado um navio para transportá-lo para o exílio, em Portugal. Dom Pedro 2º não se o-pôs, declarando aceitar a vontade da opinião pública nacional.

O navio partiu na madrugada de 17 de no-vembro. O horário foi escolhido para evitar manifestações populares favoráveis ao impe-rador. Um forte esquema de segurança foi montado na cidade para acompanhar a famí-lia imperial a bordo. Embora fosse improvável que o povo se levantasse para defender dom Pedro 2º, a República preferia não arriscar. Na verdade, o povo estava à margem dos a-contecimentos, mas isso não impedia que manifestasse sua opinião, como nos versi-nhos abaixo, que circularam no Rio de Janei-ro pouco depois do embarque do ex-soberano:

"Partiu dom Pedro Segundo Para o reino de Lisboa.

Acabou a monarquia E o Brasil ficou à toa."

A avaliação que o escritor Lima Barreto fez do episódio também merece ser transcri-ta: "Uma rematada tolice que foi a tal república. No fundo, o que se deu em 15 de novembro foi a queda do Partido Liberal e a subida do Conservador, sobretudo da parte mais retró-grada dele, os escravocratas de quatro costa-dos"

* Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunica-ção (com educacao.uol.com.br).

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 11

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Começar ou Recomeçar? Depende... Do que? Da situação que se está vivendo. Recomeçar segundo o dicionário é :

começar de novo; refazer depois de

interrupção; retornar a fazer qual-

quer coisa

Começar: estrear, ocasionar o início

de; iniciar algo.

Parece igual? Mas não é.

Recomeçar tem a ver com uma nova tentativa, algo que não tá bom e se tenta de novo. É

refazer algo de outra maneira, uma mesma situação com um novo olhar e uma nova atitude,

porque daquele jeito não estava funcionando. Começar tem a ver com algo novo, com um

início. Muitos de nós começamos e recomeçamos várias vezes, várias coisas durante a vida.

Recomeçamos uma vida profissional, relacionamentos, amizades, e isso nada têm a ver

com fracassos. Tem a ver com querer melhorar, um novo olhar, uma nova maneira de enca-

rar determinadas situações. Melhorar, aperfeiçoar.

Começar de novo pode ter a ver com novos rumos que queremos dar a nossa vida, novos

sentidos, poderá ser algo que a gente faça conscientemente. Está na hora de mudar, porque

minhas escolhas já não estão mais fazendo sentido pra mim, ou então, o começo ou reco-

meço acontece involuntariamente. A vida nos obriga. Faz parte da evolução. Muitas vezes

toda essa mudança vem acompanhada de dor, às vezes sofrimento. Outras vezes acontece

o contrário. O começar ou recomeçar nos enche de alegria e esperança, dá um novo sentido

a nossa vida. Fato é que isso faz parte da nossa existência e pasmem, não só da nossa,

mas da maioria dos mortais. Só não acontece com quem é perfeito, e posso garantir que

nunca encontrei ninguém que não tivesse passado por uma dessas situações.

Começar em um emprego novo, em uma nova profissão. Recomeçar a vida em uma outra

cidade ou outro país. Retomar uma relação que parecia findada e recomeçar de novo. Co-

meçar uma nova amizade, começar um novo amor. Começar uma dieta, um exercício físico.

Recomeçar a fazer coisas que me davam prazer e por vários motivos deixei de fazer. Come-

çar coisas novas, aprender a tocar um instrumento, são tantas coisas que começamos e re-

começamos que nem nos damos conta. Parece as vezes que estamos ligados no piloto au-

tomático, apenas realizando coisas. Damos-nos conta que algo está mudando, quando aqui-

lo nos causa muito prazer ou muita dor.

Às vezes fazemos escolhas erradas, achamos que estamos no caminho certo e num piscar

de olhos vemos que nos enganamos. Não sabemos se devemos agir movidos pela emoção

ou pela razão. Temos que aceitar a impermanência das coisas. Aceitar quando algo já não

nos preenche e já se tornou pesado demais. Começar ou recomeçar é sair da zona de con-

forto em que nos encontramos. Mesmo que esse lugar já não nos dê mais nenhuma satisfa-

ção, por comodismo, às vezes, não conseguimos sair dele. A compreensão pode demorar a

chegar, mas quando o começar ou o recomeçar se faz necessário, o véu da ignorância cai e

vamos com tudo, cheios de esperança para o novo.

Sempre teremos novas oportunidades, novos rumos e direção para seguir e continuar ten-

tando. Só nós podemos mudar o rumo das nossas vidas. As escolhas são nossas.

Re...Começar, recriar, refazer,viver,viver,viver...

Mariene Hildebrando Email: [email protected]

FRASES SOBRE MENTIRAS

“Imaginação: um armazém de fatos gerido em parceria pelo poeta e pelo mentiroso”.

Ambrose Bierce * * *

“Não faça perguntas e não te direi mentiras”. Em Harry Porter e o Cálice de Fogo

* * * “Há uma razão para a mentira: funciona”.

Dr. House * * *

“O espelho pode mentir, não mostra como vo-cê é por dentro”.

Demi Lovato * * *

“Mas o que é real? Você não pode descobrir a verdade, você só escolhe a mentira da qual

mais gosta”. Marilyn Manson

* * * “Meu Senhor, ajude-me a dizer a verdade diante dos fortes e não dizer mentiras para

ganhar o aplauso dos fracos”. Mahatma Gandhi

* * * “A arte é a mais bela das mentiras”.

Claude Debussy * * *

“A arte é a magia libertada da mentira de ser verdadeira”.

Theodore Adorno * * *

“A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”.

Pablo Picasso * * *

“A mentira só aos mentirosos prejudica”. Guerra Junqueiro

* * * “A linguagem política, destina-se a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se

torne respeitável, bem como a imprimir ao vento uma aparência de solidez”.

George Orwell * * *

“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário”.

George Orwell, de novo * * *

Mês que vem tem mais...

Socializando

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 12

+ Datas comemorativas

O Dia Mundial do Veganismo ou Dia Mundial Vegano (World Vegan Day, em inglês) é comemorado em 1º de novembro.

A data celebra em todo o planeta a consciência vegana, ou seja, um ato de protesto contra o consumo de produtos de origem animal. O veganismo não aconselha a ingestão de alimentos de origem animal e derivados, como leite e ovos, por exemplo.

Os veganos são ainda mais extremos que os vegetarianos, aliás, vo-cê sabe a diferença entre veganos e vegetarianos?

Os vegetarianos não consomem alimentos de origem animal (carnes, peixes, frangos e etc). Os veganos, por sua vez, não consomem ab-solutamente nada que tenha relação com os animais, e isso inclui roupas, cosméticos e até mesmo medicamentos.

Em suma, ser vegano não se resume apenas a questão alimentar, mas também a todo um modo de vida sem contato com produtos deri-vados a partir dos animais.

Origem do Dia Mundial do Veganismo

A data surgiu em 1994, por intermédio de Louise Wallis, presidente da Vegan Society, em comemoração aos 50 anos da fundação da So-ciedade Vegana do Reino Unido, fundada em 1944.

Dia Mundial do Vegetarianismo

Por norma, uma pessoa para se tornar vegano passa primeiro pelo vegetarianismo, um estilo menos extremo de "protesto contra o con-sumo de carne".

A data homenageia os personagens responsáveis por desbravar e ajudar a conquistar e proteger grande parte do território brasileiro durante o período da colonização portuguesa: os ban-deirantes.

Bandeirantes eram chamados os ex-ploradores que saiam do litoral em direção ao interior do Brasil, uma regi-ão até então inexplorada, em busca de ouro e pedras preciosas. Foram

responsáveis pela expansão do território nacional, mas ao mesmo tempo, um dos principais inimigos dos indígenas da época.

Os bandeirantes caçavam os índios e negros e escravizavam-os du-rante as expedições. Foram um dos grandes protagonistas do siste-ma escravocrata no período do Brasil Colonial.

As expedições organizadas por grupos particulares (senhores do en-genho, fazendeiros, comerciantes) eram chamadas de Bandeiras, já os grupos de desbravadores enviados pelo governo recebiam o nome de Entradas.

Origem do Dia do Bandeirante

O Dia do Bandeirante é celebrado em 14 de Novembro, no entanto não há um registro que oficialize a data ou que explique o motivo para a sua escolha.

Mas, as comemorações acontecem em todo o país, principalmente nas escolas. Os alunos realizam atividades que lembram a importân-cia que estes personagens tiveram para a construção da história do Brasil.

A data foi aprovada pelos estados membros da UNESCO após a ce-lebração, em 1995, do Ano das Nações Unidas para a Tolerância.

A celebração do Dia Internacional da Tolerância visa promover o bem estar, progresso e liberdade de todos os cidadãos, assim como fo-mentar a tolerância, respeito, diálogo e cooperação entre diferentes culturas, povos e civilizações. É um dia destinado não só aos gover-nos e organizações mas também às comunidades e aos cidadãos, cabendo a todos promover a tolerância no seu espaço e no mundo.

Realizam-se neste dia encontros, debates, campanhas de informa-ção, entre outras iniciativas. O ênfase vai para a educação para a to-lerância e para as várias formas de injustiça, opressão, racismo e dis-criminação, assim como para as consequências deste na sociedade.

Declaração Universal dos Direitos Humanos

A instauração da data é baseada na Declaração Universal dos Direi-tos Humanos, nomeadamente nos artigos 18, 19 e 26:

Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciên-cia e religião.

Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão.

A educação deve promover a com-preensão, a tolerância e a amizade enA criatividade é considerada co-mo uma aptidão para inventar ou criar coisas novas. Uma pessoa cri-ativa é uma pessoa inovadora, que tem ideias originais.

Esta característica pode se revelar em várias áreas diferentes, como a música, poesia, pintura, etc. Em al-gumas profissões a criatividade é um elemento essencial, como nas agências de publicidade e design.

Além disso, a criatividade também pode estar relacionadas com áreas como a engenharia (nas suas vá-rias vertentes). Isto porque a criati-vidade é uma atitude de alguém que cria soluções para resolver um determinado problema.

A criatividade está relacionada com a capacidade de fazer perguntas e procurar respostas para essas perguntas, usando para isso a capacidade de imaginação.

Uma pessoa criativa é uma pessoa pioneira, que tenta fazer coisas que nunca foram feitas antes. A criatividade faz o mundo avançar, o pensamento criativo do ser humano foi o motor que capacitou gran-des invenções e descobertas.

No Dia da Criatividade comprometa-se a ser criativo no trabalho, na escola ou em casa. Faça as coisas de modo diferente, desde as refei-ções ao desporto que pratique. Aponte as suas ideias. Faça um ví-deo, componha uma música ou escreva um texto para partilhar com os amigos ou para guardar para si mesmo.tre todas as nações, gru-pos raciais e religiosos.

Fonte: Calendar

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01 - Dia Mundial do Veganismo

17 - Dia do Bandeirante

12 - Dia Internacional da Tolerância

17 - Dia da Criatividade

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 13

Cultura

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CONTINUAÇÃO DA PAGINA 8

...pela religião e atividades de lazer que se estabelecem em decorrência das primeiras condições citadas.

Assim, onde há frio, lê-se muito, come-se grande quantidade de gordura, a solidarieda-de é sinônimo de sobrevivência. Onde há ca-lor exercita-se o corpo, come-se frutas fres-cas, impera o espírito de aventura. Há uma psicologia das montanhas diversa da psicolo-gia das planícies; o montanhês sente segu-rança e proteção onde os nativos das planí-cies percebe perigos desconhecidos; o mon-tanhês sente-se exposto e vulnerável na am-plidão que, para o nativo das planícies é a es-sência mesmo do seu bem-estar no mundo. É o meio influenciando o homem e moldando-o à sua imagem, sendo a seguir também moldado e modificado por ele.

A mídia e as facilidades tecnológicas moder-nas diminuíram os contrastes sem anular as diferenças. A comunicação entre os povos es-timula a compreensão e o respeito mútuo, e enriquece a humanidade.

A CULTURA COMO PONTE ENTRE

GERAÇÕES E EXTRATOS SOCIAIS O fazer e o admirar a arte, utilizando-a como fator de integração social e formador de iden-tidade, é comportamento transmitido de pai para filho, e começa no berço, ao som das primeiras cantigas de ninar e das primeiras histórias de fadas.

Muito há que se falar sobre as histórias de fa-das, a linguagem que os adultos encontram para penetrar no universo infantil.

As histórias de fadas oferecem muito mais do que magia e encantamento à mente de crian-ças de todas as idades.

Os contos de fadas, trabalhados há séculos por gerações e gerações de crianças, têm u-ma sabedoria própria e são o veículo ideal pa-ra introduzir a criança em seu contexto cultu-ral.

As histórias infantis refletem-se no psiquismo infantil em vários níveis, conscientes e incons-cientes. A utilização destas histórias permite uma ampla abordagem da problemática infan-til por várias razões:

a - a mais óbvia é a razão estética: sendo a-gradável, capta a atenção da criança.

b- é uma atividade lúdica que permite o des-dobramento do tema utilizando a criatividade e a participação ativa da criança, podendo ser transformada em dramatização simples, peça teatral elaborada, pintura, letra de música e brincadeira de faz de conta.

c- contar uma história estabelece e/ou fortale-ce os vínculos afetivos entre quem conte e quem ouve. Através das interações não ver-bais que se estabelecem entre o narrador e o ouvinte, cria-se uma cumplicidade, uma em-patia que fortalece a sensação de segurança e compreensão do outro por parte do narrador quanto do ouvinte.

d- ouvir histórias auxilia a criança a sentir-se incluída no mundo e integrada à realidade. Como os pais contam para ela que na sua i-dade ouviam histórias contadas pelos avós, e

que ela poderá, por sua vez, contar a seus filhos, a criança pode identificar-se com os pais, projetar-se no futuro, modelar seus com-portamentos e perceber-se como um elo vivo na cadeias de gerações.

e- as histórias ampliam o vocabulário infantil e transmitem por estímulos subliminares todo tipo de informação cultural e conhecimentos teóricos sobre a história, a geografia, a religi-ão e os costumes dos povos.

A criança, ao aprender algo com o avô ou ou-tro idoso, adquire respeito pela sabedoria ad-quirida, admira o outro, valoriza a tradição e deseja para si esta sabedoria enriquecida pe-los anos. O ancião, por sua vez, ao ensinar, renova seu conhecimento , ao percebê-lo a-través dos olhos infantis; revive as boas lem-branças, consolida sua autoestima. No conta-to entre velhos e jovens verifica-se um enri-quecimento mútuo: os velhos melhoram a a-tenção, a memória, a saúde e o humor; os jo-vens ganham em paciência e em humildade. Através da cultura, o conflito pode transformar-se em parceria, a tolerância dar lugar à inte-gração dos novos passos no mesmo caminho antigo.

Uma cumplicidade estabelece-se entre pesso-as de todas as idades e de todos os extratos sociais frente a uma manifestação cultural. Por meio de um elo invisível, já não se trata mais de ser rico ou pobre, branco, negro ou mestiço, rural ou urbano – trata-se de SER brasileiro, e neste termo ‘brasileiro’, ao som do Hino Nacional, todos sentem-se iguais.

A identificação dos diferentes segmentos da coletividade frente a uma equipe esportiva, defendendo o nome do país nos Jogos Olím-picos, em um campeonato mundial, ou frente a um filme que concorra a uma premiação in-ternacional, cria um forte vínculo ante o qual desaparecem as diferenças menos significati-vas. Em torno do ideal cultural é possível uni-ficar toda uma nação e motivá-la para um im-portante trabalho de desenvolvimento social – lembremos o que ocorreu em diversos países após a Segunda Grande Guerra.

No Brasil existem atualmente diversos grupos isolados trabalhando a cultura com a intenção de integrar à sociedade segmentos marginali-zados – menores, doentes e idosos. No caso do idoso, os cursos e clubes de lazer para a Terceira Idade são um importante fator de melhora de qualidade de vida.

A solução cultural é a melhor arma de que dispomos para combater os graves problemas socioeconômicos de nosso país, pois a cultu-ra interfere na autoestima de maneira surpre-endente, atribuindo valor, identidade, discipli-na e motivação para mudar. A cultura propor-ciona prazer em SER, FAZER e PERTEN-CER, sendo este o prazer sadio do bem viver, força capaz de contrapor-se ao medonho pra-zer das drogas e da tendência autodestruição para que se dirigem os excluídos sociais.

A CULTURA COMO TERAPIA Do grego vem a palavra ‘catarse’, que quer dizer purificação.

A arte é uma forma de catarse, em todas as suas manifestações: literatura, teatro, música, canto, dança, pintura etc. E toda catarse tem um aspecto terapêutico.

Para o artista, a arte é uma forma de libera-ção emocional, sendo a criação uma forma elaborada e complexa de transformar o sofri-mento em beleza, o objeto artistíco sendo a forma de comunicação do mundo interno do artista. Em alguns casos extremos, a solução final: comunicar-se ou enlouquecer.

Também para o espectador, que se projeta na obra admirada, a catarse acontece. E a emo-ção do esportista, e do torcedor, também são poderosas formas de catarse. Na emoção do momento, protegido pelo simbolismo cultural, pode o indivíduo soltar as emoções represa-das em seu cotidiano. Exemplo impressionan-te de catarse popular aconteceu quando do falecimento de Airton Senna. Todas aquelas lágrimas, seguramente eram mais do que a tristeza pela perda do ídolo. O símbolo cultu-ral tem esta plasticidade de prestar-se a diver-sas interpretações em vários níveis de com-plexidade psicológica.

No caso específico da saúde, podemos obser-var pela época da aposentadoria a eclosão de diversas doenças, com destaque para as de-pressões, decorrentes do sentimento de inuti-lidade e pela percepção da proximidade da morte. Também as lutas sociais pelo poder, as frustrações e, as desilusões geram toda sorte de sofrimento moral e físico.

É quando FAZER arte pode consolar aquele que não pode TER e levá-lo ao equilíbrio psí-quico por SER alguém.

Grupos que se reúnem por um interesse cul-tural comum e permitem-se CRIAR obtém ex-celentes resultados. Ao fazer versos, cantar, pintar, representar, o indivíduo percebe apti-dões inexploradas, e, entretido na atividade catártica, abandona o mau-humor, a depres-são, esquece as dores, supera limitações e por vezes descobre talentos adormecidos.

A corrida atrás do dinheiro, a luta pela sobre-vivência embota aos poucos a sensibilidade. É na aposentadoria que muitos se permitem liberar , ou descobrem pela primeira vez, a criatividade pelo prazer, desvinculada de qual-quer vínculo prático ou monetário, e, como a criança, que vive intensamente o presente, o indivíduo recupera o amor pela vida, ingredi-ente principal da saúde.

A CULTURA COMO RESGATE DA

CIDADANIA Pelo exposto acima, concluímos que a cultu-ra, em todos os seus aspectos, artísticos ou outros, tanto de criação, quanto de admiração e divulgação, tem como resultado fortalecer a identidade pessoal e social do indivíduo, bem como de integrá-lo em sua família e em sua comunidade, fornecendo-lhe, através do bem estar mental e social, condições de bem estar no mundo, ou seja, de saúde, em latu sensu.

O indivíduo comprometido com a cultura é fe-liz, portanto, pois sua vida adquire um signifi-cado útil.

Este é – ou deveria ser – o objetivo da socie-dade humana: o bem estar do grupo alicerça-da na felicidade de cada um.

Autora: Dra. Sonia Regina Rocha Rodrigues (Médica e Escritora)

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 14

Grandes Mestres

O Povo Brasileiro - Darci Ribeiro "Nós, brasileiros, somos um povo em ser, im-pedido de sê-lo”. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.

Essa massa de nativos viveu por séculos sem consciência de si “... Assim foi até se definir como uma nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros..." Darcy Ribeiro, em O Povo Brasileiro.

Brasileiros... Um povo novo? Que tipo de po-vo somos nós? A verdade é que muito já se escreveu sobre isso. E, no entanto, continua-mos a fazer as mesmas perguntas... O Povo Brasileiro: vamos ver o que este livro conta.

Meu livro mostra por que caminhos e como nós viemos, criando aquilo que eu cha-mo de Nova Roma. Roma com boa justifica-ção... Roma por quê? A grande presença no futuro da romanidade, dos neolatinos é a nos-sa presença.

Isso é o Brasil, uma Roma melhor porque mestiça, lavada em sangue negro, em sangue índio, sofrida e tropical. Com as vantagens imensas de um mundo enorme que não tem inverno e onde tudo é verde e lindo, e a vida é muito mais bela... E é uma gente que acom-panha esse ambiente com uma alegria de vi-ver que não se vê em outra parte.

Esse país tropical, mestiço, orgulhoso de sua mestiçagem... Isso é que me levou muito tem-po. Entender como isso se fez... Havia muita bibliografia sobre aspectos particulares, mas não uma visão de conjunto. Deixa eu contar pra vocês como é que isso se fez?

"Os iberos se lançaram à aventura no além-mar... desembarcavam sempre desabusados, atentos aos mundos novos, querendo fruí-los, recriá-los, convertê-los e mesclar-se racial-mente com eles... "

O Povo Brasileiro

No Brasil a mestiçagem sempre se fez com muita alegria, e se fez desde o pri-meiro dia... Eu prometi contar como. Imagine a seguinte situação: uns mil índios colocados na praia e chamando outros: "venham ver, venham ver, tem um trem nunca visto"... E achavam que viam barcas de Deus, aqueles navios enormes com as velas enfurnadas... "O que é aquilo que vem?"

Eles olhavam, encantados com aqueles bar-cos de Deus, do Deus Maíra chegando pelo

mar grosso. Quando chegaram mais perto, se horrorizaram. Deus mandou pra cá seus de-mônios, só pode ser.

Que gente! Que coisa feia! Porque nunca ti-nham visto gente barbada – os portugueses todos barbados, todos feridentos de escorbu-to, fétidos, meses sem banho no mar... Mas os portugueses e outros europeus feiosos as-sim traziam uma coisa encantadora: traziam faquinhas, facões, machados, espelhos, mi-çangas, mas, sobretudo ferramentas.

Para o índio passou a ser indispensável ter uma ferramenta. Se uma tribo tinha uma fer-ramenta, a tribo do lado fazia uma guerra pra tomá-la.

Crianças indígenas: junto à natureza

Ao longo da costa brasileira se defrontaram duas visões de mundo completamente opos-tas: a selvageria e a civilização. Concepções diferentes de mundo, da vida, da morte, do amor, se chocaram cruamente.

Aos olhos dos europeus os indígenas pareci-am belos seres inocentes, que não tinham no-ção do "pecado". Mas com um grande defeito: eram "vadios", não produziam nada que pu-desse ter valor comercial.

Serviam apenas para ser vendidos como es-cravos. Com a descoberta de que as matas estavam cheias de pau-brasil, o interesse mu-dou... Era preciso mão-de-obra para retirar a madeira.

Onde tinha algum europeu instalado na cos-ta em contato com as naus, e portanto capaz de fornecer mercadoria, cada aldeia, e eram milhares de aldeias, levava uma moça pra ca-sar com ele. Se ele transasse com a moça, então ele se tornava cunhado.

Ele passou a ter sogro, sogra, genros... ele passou a ser parente. Então o sabido do por-tuguês, do europeu, conseguia desse modo pôr milhares de índios a serviço dele, pra der-rubar pau-brasil...

A porta de entrada do branco na cultura indí-gena foi o "cunhadismo". Através desse cos-tume foi possível a formação do povo brasilei-ro. E da união das índias com os europeus nasceu uma gente mestiça que efetivamente ocupou o Brasil.

No ventre das mulheres indígenas começavam a surgir seres que não eram indí-genas, meninas prenhadas pelos homens brancos – e meninos que sabiam que não e-ram índios... que não eram europeus.

O europeu não aceitava como igual. O que era ? Era uma gente "ninguém ", era uma gente vazia. O que significavam eles do ponto de vista étnico ? Eles seriam a matéria com a qual se faria no futuro os brasileiros...

Um dos primeiros núcleos povoadores surgiu em São Paulo, chefiado pelo português João Ramalho. Há quem afirme que ele tenha che-gado ao planalto paulista antes mesmo da chegada de Cabral.

Os poucos registros da época supõem que ele teve mais de trinta mulheres índias e qua-se oitenta filhos mestiços. Um escândalo co-mentado numa carta do padre Manoel da Nó-brega de 1553!

Edificação antiga em SP: povoamento

"É principal estorvo para com a gentilidade que temos, por ser ele muito conhecido e a-parentado com os índios. Tem muitas mulhe-res. Ele e seus filhos andam com irmãs e têm filhos delas... suas festas são de índios e as-sim vivem andando nus como os mesmos ín-dios... " Trecho da carta de Manoel da Nóbre-ga

O povoamento se fez a partir do litoral. Na Bahia, em Pernambuco, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, em toda a costa os euro-peus geraram uma legião de mestiços.

Homens e mulheres chamados de mamelu-cos pelos jesuítas espanhóis, por acusa do aspecto rústico e da violência com que captu-ravam e escravizavam os indígenas, de quem descendiam.

"A expansão do domínio português terra a-dentro, na constituição do Brasil, é obra dos mamelucos...”

“O mameluco abriu seu mundo vasto andando descalço, em fila, por trilhas e estreitos sen-deiros, carregando cargas no próprio ombro e no de índios e índias cativas..."

O Povo Brasileiro

Esses filhos das índias aprendem o nome das árvores, o nome dos bichos dá no-me a cada rio... Eles aprenderam, dominaram parcialmente uma sabedoria copiosa, que os índios tinham composto em dez mil anos.

Em dez mil anos os índios aprenderam a viver na floresta tropical, identificaram 64 tipos de árvores frutíferas, domesticaram muitas plan-tas, essas que a gente usa: mandioca, milho, amendoim... Quarenta e tantas que nós de-mos ao mundo...

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

Numa sociedade movida à dinheiro e hipocrisia, encontramos pessoas propensas aos mais diversos rumos incluindo-se a devassidão. Cuidado com quem andas, pois tua companhia sumariza quem és. Não tenha medo de lutar pelo que acredita, apenas seja você mesmo nos mais diver-gentes momentos que possam surgir. Fazendo isto, certamente afetará os que estão à tua volta que não gostam do que veem. Saberão fazer a triagem do joio e do trigo. Só tome cuidado com o lado com que ficará, pois uma escolha errada pode te afetar drasticamente. Pense no seu futuro. Sua escolha hoje, será o seu futuro amanhã. Seja feliz, haja com honestidade sempre. Mas acima de tudo, cuidado com o que te tornarás!

Filipe de Sousa

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Novembro 2016 Gazeta Valeparaibana Página 15

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EUROPA hoje e ontem (artigo continuado)

Por: Michael Löwy Sociólogo, é nascido no Brasil, formado em

Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, e vive em Paris desde 1969. Diretor emérito de

pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Homenageado, em 1994, com a medalha de prata do CNRS em Ciências Sociais, é autor de Walter Benjamin: aviso de

incêndio (2005), Lucien Goldmann ou a dialética da totalidade (2009), A teoria da revolução no

jovem Marx (2012) e organizador de Revoluções (2009) e Capitalismo como religião (2013), de

Walter Benjamin

Capitalismo e democracia na Europa

PARTE XI

... A UE não tinha mecanismos institucionais que pudessem prestar socorro a sócios que enfrentassem graves problemas de caixa. Europa continuava sendo o “gigante econômico e pigmeu político”, com seus quase 500 milhões de consumidores (o maior “mercado interno” do planeta), mas incapaz de ter uma política unificada diante de problemas internos ou externos graves.

Na Europa, assim, a crise iniciada nos EUA se aprofundou, mostrando uma face dupla: os bancos europeus ficaram atolados duplamente, pelos “ativos tóxicos” dos EUA e pela exposição no Leste europeu. O custo dos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) dos bancos – operações pelas quais o mercado compra um seguro contra o calote de um título – disparou. A saída à crise pela injeção de fundos públicos no setor financeiro falido, em proporções gigantescas, nos EUA e na Europa, adiou por pouco tempo sua reaparição como explosão da dívida pública.

Os novos episódios da crise puseram fim às afirmações de sua superação a partir da segunda metade de 2009. O espectro dos defaults soberanos, desde Grécia até a Irlanda, sacudiu o conjunto da Eurozona, e revelou o impacto catastrófico das montanhas de dívidas dos Estados em todo o planeta, começando pelos EUA. Em inícios de 2010, os bancos franceses e alemães alertaram à UE e ao BCE que o déficit público grego e de outros países os punha sob um risco grave de falência.

A condição imposta pelo BCE e do FMI para “salvar” os países endividados foi a adoção de drásticos planos de austeridade, que provocaram revoltas sociais (explosão social em Atenas, até se chegar à greve geral em 5 de maio de 2010, os “indignados” espanhóis, as greves gerais em Portugal e Irlanda) como já acontecera na “periferia da periferia” europeia (os países bálticos e balcânicos). Impuseram-se medidas draconianas sobre Irlanda e um programa mais duro, como o anteriormente aplicado na Letônia, foi apresentado pela UE como ultimato à Grécia. O resultado foi maior crise financeira e fuga de capitais (os “mercados” fugiram dos países “contaminados”), e novas explosões sociais. Os principais bancos europeus foram submetidos a “testes de estresse”, nos quais o falido Dexia ocupou um honroso 12º lugar

entre 91 instituições testadas (ou seja, que havia oitenta bancos em situação ainda pior).

O s b a n c o s e u r o p e u s e s t a v a m sobrecarregados com títulos de dívida soberana (dos tesouros nacionais). A agência Moody’s rebaixou a classificação de crédito de doze instituições financeiras do Reino Unido e nove de Portugal. No Reino Unido a reclassificação incluiu entidades de peso como a Lloyds, o RBS (Royal Bank of Scotland), o banco hipotecário Nationwide, o Co-operative, além do Banco Santander. O BCE passou a fazer o que antes negara: recomprar dos bancos europeus os títulos da dívida pública, recomprando no mercado secundário títulos da Grécia, Portugal e Irlanda, que a rede bancária não vinha conseguindo manter em carteira. Problemas semelhantes começaram a acontecer na Itália e Espanha, países com dívidas três ou quatro vezes maiores que as de Grécia, Portugal e Irlanda. Estes três últimos são responsáveis só por 6% do PIB da zona do euro, enquanto Espanha e Itália são responsáveis por 30%.

Reformas e Resgates

Em 2008, no início da crise, a dívida pública espanhola equivalia a 40% do seu PIB. Em 2011 já equivalia a 68%. Além disso, a dívida pública fazia parte de um endividamento total (de bancos, empresas e famílias) que chegava a quase quatro vezes o PIB espanhol, metade do qual era dívida externa. Na Itália, a dívida pública era equivalente a dez vezes a dívida da Grécia. A cada mês a Itália ia a leilão com 25 bilhões de euros em títulos, equivalente ao que Grécia leiloava em todo um ano. Os países “pequenos” só haviam dado o chute inicial da crise.

A União Europeia não tinha mecanismos institucionais para conter crises dessa envergadura, carecendo até de um sistema único de dívida pública. O projeto de Constituição Europeia fracassou quando foi rejeitado em vários plebiscitos nacionais e, por isso, abandonado.

A partir de março de 2010, a Zona Euro e o FMI debateram conjuntamente um pacote de medidas destinadas a resgatar a economia grega, que foi bloqueado durante semanas devido a divergências entre a Alemanha e os outros países membros da zona (sem trocadilho). Durante essas negociações, a “desconfiança” aumentou nos mercados financeiros, enquanto o euro teve uma queda regular e as praças bolsistas apresentaram fortes quedas. Finalmente, em maio de 2010, a União Europeia (UE) e o FMI acordaram um plano de resgate para evitar que a crise grega se estendesse por toda a Zona Euro. Ao mesmo tempo, os maiores países europeus tiveram que adotar os seus próprios planos de ajuste das finanças públicas, inaugurando uma “era de austeridade” geral. Esse primeiro pacote de ajuda à Grécia tinha um valor de 110 bilhões de euros, sendo 80 bilhões de responsabilidade da UE e 30 bilhões do FMI. Em contrapartida o país assumiu o compromisso de realizar um forte ajuste fiscal e reduzir seu déficit público de 13,6% para 3,0% em 2014.

A 10 de maio de 2010 foi criado o fundo de estabilização coletiva da Europa, cuja função foi definida como a de dar cobertura de liquidez a países membros do bloco do euro; ele dispunha de 440 bilhões de euros (o equivalente ao passivo de um só banco privado) e, ainda assim, seus estatutos deviam ser previamente aprovados nos parlamentos de cada país. Enquanto isso, as notícias a respeito do possível rebaixamento francês pelas agências internacionais de classificação de risco foram suficientes para derrubar as cotações dos bancos: as ações da Société Générale, por exemplo, chegaram a despencar 21% e fecharam em fortíssima baixa de 14% – num único pregão.

A possibilidade de quebra em cadeia dos bancos de todo o mundo entrou na agenda política internacional, e foi verificada nos ataques ao Bank of America (Estados Unidos); ao Crédit Agricole, ao BNP Paribas e à Societé Générale (França). O economista Nouriel Roubini estimou que “a menos que se triplique o montante do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira – movimento contra o qual a Alemanha resistirá –, só restará, como opção, a reestruturação ordeira, mas coercitiva, das dívidas de Itália e Espanha, como aconteceu na Grécia”. “2009” tinha sido um ponto de inflexão, não o pico passageiro de uma crise também passageira.

França e Alemanha defenderam nesse momento a implantação de uma “regra de ouro”, estipulando metas de controle do déficit público, para ser incluída na Constituição dos países membros da zona do euro.[26] As reformas propostas seriam um passo em direção da união fiscal da Europa, o que equivaleria à sua absorção pela Alemanha. Como fazê-las aceitar pelos parlamentos nacionais? Na sua intervenção no parlamento para defender o “pacote” de austeridade, o ministro de Fazenda, Giulio Tremonti, comparou a situação da Itália à do Titanic. O “plano de ajuste reforçado” da Itália visou aumentar os ganhos financeiros em até 20% (para atingir o equilíbrio fiscal em 2013): todos os títulos financeiros teriam taxas entre 12,5% e 20%. O resultado disso tudo? Um ano depois de seu primeiro “resgate”, a Grécia, brutalmente golpeada, não podia garantir os pagamentos do mês de julho e só lhe faltava declarar-se falida. Todos os créditos do primeiro “resgate” foram utilizados para pagar empréstimos anteriores, e quanto mais se pagava, mais dinheiro se devia, com juros em cima de mais juros, uma situação típica de um empréstimo de caráter usurário. Na sua senilidade, o capitalismo volta aos métodos de sua acumulação primitiva, desta vez, porém, não para nascer, crescer e se desenvolver, mas para se salvar da morte.

Um novo resgate europeu tornou-se necessário. Desta vez, diferentemente do primeiro, o “contágio” (expresso no “prêmio de risco” ou “risco-país”: a diferença entre a taxa de juros entre a dívida paga pelo país e a paga pela Alemanha) não só afetou Portugal e Irlanda como também atingiu à Espanha e, pela primeira vez, à Itália.

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Novembro 2016 - Última página

Uma crônica para novembro

Novembro desfila os seus últimos dias no calendário cansado deste ano incomum. Mas, hoje, não vou oferecer esta página para os inu-meráveis assuntos que pulularam, meses e meses, frente aos nossos olhos estupefatos: crise econômica, operações policiais, violência ur-bana, drogas, assassinatos, acidentes ecológicos, terrorismo mundial, etc. Acordei cedo, e o vizinho me afirmou (não sei se por educação ou por sinceridade) que gostava de ler os meus textos nos periódicos: “Em especial, as crônicas!” Despedi-me dele com um sorriso (não sei se sincero ou protocolar), deixei o lixo no depósito do prédio e entrei. Preparei um café, bebendo-o com os olhos vagos na distância. E, pouco depois, aqui estou, frente ao meu ofício de cronista semanal. Folheio as minhas anotações, porém nada havia rabiscado como as-sunto, mote para discorrer. Quando levanto os olhos da tela do computador, a presença de um pequeno calendário toma a minha atenção. Nele, duas folhinhas de resto: novembro e dezembro. Novembro marcando 23. Será que este novembro merece uma crônica? — inquiro-me. Volto os olhos no tempo e corro as últimas semanas num trotear acelerado e atento: nada de sublime, apesar de muitas coisas trágicas. Porém, concluo, o trágico já foi ofertado em doses fartas nas outras páginas dos jornais! Quer no campo da política, quer na pauta da economia, quer nas manchetes dos temas internacionais. “E com o quê você queria se deparar?” — instiga-me o paciente leitor. Ah!, sinceramente, não sei. No mínimo, o flagrante de uma flor teimo-sa que pudesse ter encantado os jardins (e os corações?) esturrica-dos pela falta d’água nesta nossa região. Contudo, não me lembro de

ter presenciado tal cena. Ou, quem sabe, um nascer do sol com pinta de romantismo, banhan-do de carinho e carícia, este fim de ano tão tomado pelo desemprego da alegria. Se não isto, pelo menos um gesto de amizade e amor por ente os nossos cidadãos. Como? Não queria a lembrança de algo descomu-nal e milagroso. Não, algo bem simples. Como, por exemplo, ao cami-nharmos para os compromissos diários, alguém resolvendo parar, convidar um cidadão que passa cabisbaixo, dar-lhe um abraço e en-trar na primeira cafeteria que encontrarem; lá, falando apenas acerca de coisas que tragam o riso e a beleza para os lábios antes tão ferra-dos pela dor do irmão. Ou o flagrante de um casal sentado na praça, a ler e reler as cartas que cada um escrevera ao outro, à época da conquista do namoro. Deleitando-se com cada passagem e reafirmando as juras de amor eterno lá contidas. Entremeando, entre cada epístola, um beijo arden-te, tal qual o que plantavam nos lábios um do outro no fogo da paque-ra de então. Ou alguém alumbrado na leitura de uma crônica que decantasse coi-sas tão pequenas, segundo os pragmáticos, e tão fundamentais, se-gundo os poetas. Lembrei-me de Carlos Nejar: “A diferença entre um poeta e um homem comum é a de que aquele leva a alma nas costas e esse leva as costas na alma”. Daquelas páginas que — por nos se-rem tão encantadoras e agradáveis, por abordarem algo que sempre quiséramos expressar — decidimos recortá-la, levá-la no bolso e divi-di-la com os amigos e conhecidos rua afora. No entanto, novembro vai findando… e eu ainda não flagrei nada dis-so. Tal qual um cometa sem brilho no horizonte dos dias, novembro não nos deixou o seu rastro de luz? Ou fui eu que não tive a serenida-de, a sapiência e a sensibilidade de colher tais “momentos”? Crise econômica, operações policiais, violência urbana, drogas, as-sassinatos, acidentes ecológicos, terrorismo mundial… Tantas más notícias embotaram este cronista? E você, leitor, colheu algo especial neste novembro? Também não! Melhor, então, ficar por aqui. Há meses em que a crônica não se nos anuncia. Autor: Clauder Arcanjo Jornal Maranhense

Numa sociedade movida à dinheiro e hipocrisia, encontramos pessoas propensas aos mais diversos rumos incluindo-se a devassidão. Cuidado com quem andas, pois tua companhia sumariza quem és. Não tenha medo de lutar pelo que acredita, apenas seja você mesmo nos mais divergentes momentos que possam surgir. Fazendo isto, certamente afetará os que estão à tua volta que não gostam do que veem. Saberão fazer a triagem do joio e do trigo. Só tome cuidado com o lado com que ficará, pois uma escolha errada pode te afetar drasticamente. Pense no seu futuro. Sua escolha hoje, será o seu futuro amanhã. Seja feliz, haja com honestidade sempre. Mas acima de tudo, cuidado com o que te tornarás!

Filipe de Sousa Programa: Noites de Domingo - Todos os Domingos ás 20 horas