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Edição de Janeiro /2012 - Número 06 www.cpodisseia.com/odisseiaemrevista Observadores do céu O início do desenvolvimento da humanidade

Odisseia em Revista - 6ª. Edição

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Odisseia, Revista

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Page 1: Odisseia em Revista - 6ª. Edição

Edição de Janeiro /2012 - Número 06 www.cpodisseia.com/odisseiaemrevista

Observadores do céu O início do desenvolvimento da humanidade

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O casamento no mundo pré-colombiano por Jonatan Tostes

Página 04

Observadores do Céu O início do desenvolvimento da Humanidade.

por Marcio Maia Página 06

São Thomás de Aquino por Thiago Abramson

Página 08

A Arte do solo de John McLaughlin por Humberto Farias

Página 09

Tecnologia por Alexandre Abramson

Página 10

Arte digital por Leandro Zermiani

Página 12

Nesta edição...

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Caros amigos do Centro de Pesquisas Odisseia, é com imenso prazer que inicia-

mos o ano de 2012, ano que será caracterizado por grandes projetos e principalmente muito trabalho com objetivo de cada vez mais democratizar o conhecimento.

Nada mais justo para esse momento do que trazer até vocês nossa ODISSEIA EM REVISTA com matérias interessantíssimas e fundamentalmente voltada para refle-xões não só científicas, mas principalmente de cunho humano, característica essa que acompanha sempre os nossos projetos.

Nesta edição, entre outras matérias, teremos uma reflexão feita pelo nosso cola-borador Prof. Marcio Maia sobre a astronomia e astrologia, assunto esse que causa tan-to interesse na humanidade desde os tempos mais remotos. Temos registros que pro-vam que o cosmos sempre foi foco de observação e admiração por parte dos seres hu-manos, fato esse que denota o quanto misterioso e enigmático é esse Universo magnífi-co que o nosso planeta esta inserido.

E pensando dessa forma é de grande relevância dizer que a necessidade de ob-servação do cosmos não é feita até hoje simplesmente por questões de necessidades materiais, como agricultura, clima, tempo etc. Na verdade a observação passa por uma manifestação que transcende muitas vezes a racionalidade, podemos afirmar que o cos-mos tem algo de sagrado que através do seu equilíbrio é possível refletir a nossa própria existência.

Poderia citar aqui uma grande quantidade de civilizações que através dessas ob-servações construíram seus imaginários sociais, religiosos e humanos, inclusive muitas delas já agregando ao indivíduo características, ou melhor, arquétipos que definiam e direcionavam a vida das pessoas dessas civilizações, provando que há séculos a utiliza-ção da astronomia e astrologia era fato em quase todos os continentes de nosso planeta.

Não irei me alongar neste editorial, pois afinal fica a cargo do Prof. Marcio Maia trazer até vocês uma análise mais profunda sobre o tema, mas gostaria de registrar nes-se texto o quanto é essencial pensarmos o nosso planeta agregado a mecânica de nos-so cosmos, não podemos apartar o nosso planeta do todo, as civilizações antigas sem-pre compreenderam essa relação, fato esse que tenho a impressão que nós estamos nos distanciando, haja vista, dentro do nosso planeta quantos absurdos ambientais es-tamos cometendo, provando com isso a não compreensão de que fazemos parte de algo muito maior do que vemos, ouvimos e sentimos.

Muita LUZ, Do amigo, Marcelo Lambert

www.marcelolambert.com www.cpodisseia.com

[email protected]

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O casamento no mundo pré-colombiano por Jonatan Tostes

A união entre os sexos com a finalidade de produzir uma família é um costume universal, todas as civilizações antigas possuíam de certa forma a noção de que ape-nas com a união do masculino e do feminino é que conseguimos gerar uma nova vida para dar continuidade a nossa história, no entanto as regras dessa união são diversas envolvendo um casal ou outras infinidades de combinações variando entre bigamia, poligamia entre outros, tanto para o lado feminino como para o masculino. Na América pré-colombiana existiam diversas for-mas de união matrimoniais, algumas não temos registros a não ser por rela-tos orais, mas no caso dos Maias que habitavam Yucatán existem vários re-gistros de como se dava estas ques-tões.

As meninas e os meninos que che-gavam à puberdade participavam de uma cerimônia chamada de ―descida aos deuses‖, este ritual é que fazia a transição entre a infância e o mundo adulto e após sua realização estes jo-vens estavam prontos para casar. No caso das mulheres após o ritual elas eram preparadas pelas mães para o ca-samento que geralmente era decidido na infância por razões econômicas e familia- res, elas eram ensinadas a fazer as tarefas do lar e a serem submissas ao marido, relatos afirmam que quando os homens passavam, elas deveriam ficar de costas e de cabeça baixa para não molestar o homem incitando pensamentos maliciosos nele com olhares, algo que nos mostra como existia uma predominância machista entre os Maias de Yu-catán.

Já os rapazes após a cerimônia eram emancipados da casa dos pais e iam morar em uma espécie de república de solteiros até que acertassem o casamento, eles pinta-vam o copo de preto para indicar que eram solteiros e não podiam usar tatuagens, pois elas eram reservadas aos homens casados, relatos afirmam que era freqüente a entra-da de prostitutas nestes locais, o que demonstra que esta profissão existia também no mundo Maia e que a virgindade era algo cobrado apenas para as mulheres. Os Astecas também tinham costumes parecidos, eles deixaram algumas imagens de como eram as cerimônias de casamento que vocês podem ver na ilustração, no mundo mesoamericano nada era feito sem consultar os sacerdotes e com o casamento não era diferente, antes da cerimônia eram feitas diversas previsões astrológicas e a ceri-mônia durava vários dias, no final era costume o sacerdote amarar as túnicas dos noi-vos para concretizar a união, esta ação tem a mesma simbologia da aliança para os cristãos.

Já no caso dos Incas os casamentos eram definidos pela força hegemônica do imperador, ele estipulava que apenas as mulheres maiores de dezoito anos é que podi-am se casar e os rapazes só quando fossem maiores de 24 anos, os imperadores da-vam valor a infância e adolescência e acreditavam que um casamento antes dessa ida-de poderia acabar por causa de infantilidades, o que nos revela como eles já tinham ciência de que as mulheres amadureciam mais rápido que os homens algo que é dis-cutido hoje pela psicologia.

Cerimônia de Casamento dos Astecas

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A cada dois anos o imperador man-dava que se unissem aqueles que esti-vessem na idade adequada, relatos afir-mam que o imperador costumava unir os casais os colocando em fila em uma pra-ça e juntando suas mãos de acordo com o seu agrado, mas esta união seguia rigoro-sos critérios de linhagens de sangue e le-vava em consideração os pedidos das fa-mílias, pois era muito comum no mundo Inca a preocupação com a descendência que devia ser sempre ―pura‖, de linhagem Inca, pois eles acreditavam ser descen-dentes do próprio sol. É claro que dentro destas civiliza-ções existiam muitas outras particularida-des e os costumes podem variar de acor-do com a região, mas através desta des-crição é possível ter uma noção de como algumas coisas são muito semelhantes ao nosso mundo e outras bem diversificadas, o importante é conseguir entender a cultu-ra do outro e perceber o quanto nossa ci-vilização tem em comum com ela e o quanto ainda podemos evoluir em ques-tões de gênero para formar um mundo mais justo que respeite ambos os sexos.

Professor Jonatan Tostes

Pesquisador do

Centro de Pesquisas Odisseia Para saber mais, acesse: http://ocandelabrodojhon.blogspot.com

Deusa do Amor Asteca

Centro de Pesquisas Odisseia

Acesse nosso site e conheça nossos projetos:

www.cpodisseia.com

Expedição no Mundo Maia

www.mundomaia.com.br

Expedição Odisseia no Mundo Inca

www.mundoinca.com.br

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Observadores do Céu O início do desenvolvimento da Humanidade.

por Marcio Maia

Olá amigos do Odisseia. É com muita hon-ra e alegria que recebo o convite para escrever uma coluna em nossa revista digital. Meu nome é Marcio Maia, sou professor de matemática, astrólogo e pesquisador do centro de pesquisas Odisseia nas áreas de astronomia e matemáti-ca. Gostaria de compartilhar com vocês um pouco desse fascinante mundo dos astros que tanto me ensina e que tanto desperta o imaginá-rio de vários povos ao longo dos séculos. Imagine você em uma época remota tendo apenas a preocupação de sobreviver, sem luz, sem casa, apenas morando em cavernas, sem consciência de sua vida e apenas usando instru-mentos rudimentares para se defender e buscar alimentos, vivendo em agrupamentos com seres

da mesma espécie tentando se abrigar das intempéries do tempo e se deslocando na busca de melhores condições de vida em mundo tão hostil. Essa situação é extremamente difícil de imaginarmos com o grau de desenvolvi-mento a que o ser humano chegou, principalmente do ponto de vista tecnológico, mas tentemos fazer esse esforço. Agora imagine o primeiro ancestral do Homem que descobriu o fogo, ergueu seu corpo e fez uma das coisas mais maravilhosas que o ser humano realizou – olhou para o céu. A princípio isso parece infantil e sem sentido, porém o significado desse simples ato deu início a tudo o que conhecemos e desfrutamos nos dias de hoje. O ato de olhar para o céu, as longo dos tempos, deu ao homem a possibilidade de pensar a grandiosidade do universo, pensar também a ordem dos ciclos das estre-las etc. Imagine agora o Homem compreendendo os ciclos da lua e os ciclos das esta-ções com suas diferentes temperaturas e a possibilidade do plantio de alimentos de acordo com esses ciclos. Esse despertar é simplesmente magnífico, pois, nesse mo-mento, o Homem toma consciência de sua individualidade e da possibilidade de contro-lar a natureza. O resultado disso é visto ao olharmos para o mundo a nossa volta. Como no exemplo dado anteriormente entendemos que o Homem sempre esteve observando o céu. Ao observar e compreender esses mecanismos celestes, mesmo que num primeiro momento atribuindo tudo isso à vontade de deuses e seres superio-res, o ser humano entendeu que existe sincronicidade entre eventos estelares e even-tos físicos do nosso cotidiano e durante os séculos que se passaram os observadores do céu se tornaram pessoas importantes em várias culturas como: Egípcios, Maias, In-cas, Celtas, Sumérios entre tantos outros. Nos dias de hoje a ciência astronômica já nos favorece com cálculos e estudos muito apurados sobre as órbitas dos planetas, sobre composições das estrelas, sobre a lógica dos mecanismos celestes que muito contribuem para o desenvolvimento cien-tífico do ser humano.

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Mas existe uma ciência que há muito está presente e que deu início à astronomia. Essa ciência, muitas vezes refutada e tantas outras ressaltadas nos séculos XVIII ao XXI, vem analisar o céu sob outra perspectiva que não a técnica, mas sim a perspecti-va simbólica e mitológica. A astrologia é uma ciência extremamente complexa que se baseia em um princí-pio de correspondência entre as relações de posicionamento dos astros de nosso siste-ma solar e os efeitos físicos gerados por esses alinhamentos. Através da analogia e de interpretações simbólicas a astrologia desvenda esse mecanismo celeste e consegue fazer uma leitura de eventos singulares ou coletivos. Assim como o primeiro homem que observou o céu e ao longo dos tempos pode compreender essa relação de correspondência entre Céu e Terra, nós podemos tentar compreender um pouco mais dessa relação de correspondência observando os efeitos do astro mais facilmente percebido durante as noites, a Lua. Sabemos que já é cientificamente provado que a Lua influencia as marés e tam-bém os estados anímicos das mulheres em período de gestação e menstrual. Como é um astro de tamanho considerável e próximo a Terra seu efeito, em função da atração gravitacional, é sutilmente sentido em meios aquosos como os já citados nesse mesmo parágrafo. Não podemos nos esquecer que nosso corpo possui em média 60% de água em sua composição. Caracteri-zando assim nossa ligação emocional com os ciclos da Lua. Essa observação é muito interes-sante para quem mora ou está presen-te próximo às matas ou áreas onde há animais de qualquer espécie. Em noi-tes de lua cheia existe um maior movi-mento de comunicação entre os seres tanto que o barulho é mais intenso do que em outros ciclos lunares. Na astrologia, a Lua nos remete à idéia de feminino, do sentimento, da sensibili-dade, do passado e principalmente do inconsciente. De fato essa influência existe e qualquer um que conhecer um pouco mais de astrologia vai perceber a analogia exis-tente entre o posicionamento da lua em seu mapa natal e a forma como a pessoa rea-ge emocionalmente, qual sua relação com a mãe e como funciona seu instinto de so-brevivência, tudo isso de forma simbólica e baseado em conceitos psicológicos tam-bém. Esqueça as bobagens dos horóscopos escritas em jornais que segmentam os seres humanos em apenas doze faixas de personalidade, que são signos, e adentre num mundo tão lógico, recheado de cálculos matemáticos e fruto de séculos de estu-dos empíricos que vem ao longo dos tempos sendo fruto de perseguições políticas e por outro lado apoio científico para grandes líderes do mundo como Hitler, Reagan, entre outros, mas esse é um assunto para nossa próxima edição. Um grande abraço a todos vocês leitores e não esqueçam de observar mais o céu e de refletir o quão pequeno somos diante desse universo maravilhoso. Até a próxima.

Marcio Maia (Astrólogo e Numerólogo) www.marciomaia.com.br

Pesquisador do Centro de Pesquisas Odisseia

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São Thomás de Aquino por Thiago Abramson

Depois de oito séculos marcados por uma filosofia voltada para a resignação, a intuição e a revelação divina, a Idade Média cristã chegou a um ponto de tensão ideo-lógica que levou à inversão quase total desses princípios. O personagem-chave da re-viravolta foi São Tomás de Aquino (1224/5-1274), o grande nome da filosofia escolásti-ca (leia quadro abaixo), cujo pensamento privilegiou a atividade, a razão e a vontade humana. Numa época em que a Igreja ainda buscava em Santo Agostinho (354-430) e seus seguidores grande parte da sustentação doutrinária, Tomás de Aquino formulou um amplo sistema filosófico que conciliava a fé cristã com o pensamento do grego Aris-tóteles (384-322 a. C.) - algo que parecia impossível, até herético, para boa parte dos teólogos da época. Não se tratava apenas de adotar princípios opostos aos dos agosti-nianos - que se inspiravam no idealismo de Platão (427-347 a. C.) e não no realismo aristotélico - mas de trazer para dentro da Igreja um pensador que não concebia um Deus criador nem a vida após a morte. A porção mais influente da obra de Aristóteles havia desaparecido das bibliotecas da Europa, embora tivesse sido preservada no Oriente Médio. Ela só começou a rea-parecer no século 12, principalmente por meio de comentadores árabes, conquistando grande repercussão nos círculos intelectuais. As idéias de Aristóteles respondiam me-lhor aos novos tempos do que o neoplatonismo. Vivia-se o período final da Idade Média e a transição de uma sociedade agrária para um modo de produção mais orientado pa-ra as cidades e a atividade comercial. Avanços tecnológicos, principalmente relaciona-dos aos instrumentos de trabalho, começavam a influir na vida das pessoas comuns e os trabalhadores urbanos se organizavam em corporações (guildas). Para Tomás, o conhecimento passa por vários graus de abstração cujo objetivo é conhecer a imaterialidade. O primeiro esforço da existência abstrativa consiste em con-siderar as coisas independentemente dos sentidos e da noção que tiramos dele. O se-gundo esforço consiste em considerar as coisas independentes das qualidades sensí-veis. No terceiro esforço tem que se consideradas coisas independentes do seu valor material. Assim chega-se ao objeto metafísico, que é imaterial, espiritual. Na Suma contra os Gentios, São Thomás de Aquino faz uma exposição completa da religião católica, identificando o que há de verdade nela. Gentios eram os pagãos e os maometanos. Essa suma trata de Deus e suas obras, da fé no mistério da santíssi-ma trindade, da encarnação, dos sacramentos e da vida eterna. Deus é a verdade pu-ra, sem falsidade vontade que existe em si e para si e neste processo estende sua von-tade para o que não é a sua essência. O que não é sua essência seriam só as coisas percebidas, pois Deus é tudo. Não tem ódio, não quer o mal, sua potência indica-se com a sua ação, mas ele não pode tudo. Santo Tomás de Aquino faz a distinção entre a filosofia e teologia. E as criaturas não existem desde sempre. Ele descreve o momen-to em que se inicia uma vida, quando mostra como a alma se junta ao corpo. É uma grande obra, que influenciou e influencia até hoje todos os que se querem católicos, além de filósofos e outros estudiosos.

Professor Thiago Abramson Pesquisador do

Centro de Pesquisas Odisseia

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A Arte do solo de John McLaughlin por Humberto Farias

Mahavishnu John McLaughlin, ou simplesmente John Mclaughlin é um guitarrista britânico nascido em Yorkshire, Inglaterra em 4 de janeiro de 1942. Tornou-se conhe-cido como guitarrista do trompetista de jazz Miles Davis no fim dos anos 60 em que participaria do clássico álbum Bitches Brew lançado em 1969. Esse trabalho é conside-rado o início de um estilo musical classificado como jazz-rock, em que a harmonia do rock era combinada com a improvisação do jazz. McLaughlin é conhecido por sua velocidade, técnica e precisão como guitarrista, além de ser um grande estudioso do instrumento e professor célebre de outro excep-cional músico e guitarrista, Jimmy Page (Led Zeppelin) nos final dos anos 50. Em 1971 forma a Mahavishnu Orchestra, banda que mesclava elementos da mú-sica indiana com o jazz e também com o jazz-rock influenciando várias bandas que surgiriam nos anos 70. John McLaughlin John McLaughlin nunca deixou de inovar a sua forma de tocar e há mais de trinta anos vem trabalhando um sistema universal de dominar o ritmo sem bateria chamado Konokol, arte que aprendeu com o mestre Selvaganesh Vinayakram, um dos percussionistas mais importantes da Índia. Com seu amigo, o também guitarrista Carlos Santana, McLaughlin foi um segui-dor do guru indiano Sri Chinmoy, e em 1973 trabalharam em um álbum intitulado ―Love, Devotion, Surrender que incluía também gravações de John Coltrane entre as quais ―A Love Supreme‖ . Em 1981 reuniu-se a Al Di Meola e Paco de Lucia e gravaram o álbum ao vivo ―Friday Night in San Francisco‖ em que combinavam o jazz com o flamenco espanhol de origem cigana. O Trio Guitar, como os três ficaram conhecidos após este trabalho lançou um novo disco sobre a mesma proposta musical em 1996 e uma digressão mundial. Em 2003 lança ―Thiefs and Poetry (Ladrões e Poetas) para um balé em que fez todos os arranjos de cordas para violão clássico e Standards de jazz. Em 02 de julho de 2010, toca ao vivo novamente com seu antigo amigo e bateris-ta Billy Cobham para uma apresentação da Mahavishnu Orchestra no Festival de Jazz de Montreux, fato que não ocorria desde a dissolução do grupo nos anos 70. John McLaughlin é citado com muita freqüência como sendo influência direta de inúmeros guitarristas de Fusion e Jazz-Rock, como também de vários outros estilos. Exemplos disso são outros mestres do instrumento que o reverenciam como: Steve Morse, Pat Metheny, Mike Stern, John Scofield, Bill Frisell, Eric Johnson e Scott Hen-derson só para citar alguns, pois a lista é enorme. John McLaughlin não é só um grande músico e guitarrista, mas um exemplo a ser seguido. Sua dedicação ao instrumento e a música sempre foram marcadas pela coe-rência e elegância com que sempre respeitou o seu trabalho e os músicos que o acom-panharam e o acompanham até hoje. Vida Longa ao Grande Mestre John McLaughlin. Humberto Farias

Pesquisador do Centro de Pesquisas Odisseia

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Tecnologia por Alexandre Abramson

Caros amigos, Como primeira publicação gostaria de escrever um pouco sobre a velocidade em que as tecnologias estão evoluindo e, cada vez mais, de uma forma que poucos conse-guem acompanhar. Li, há pouco tempo atrás, que o governo brasileiro quer subsidiar uma tecnologia em fibra ótica capaz de dar, ao usuário final, uma velocidade de até 1Gbps (1 gigabit por segundo), bem mais do que qualquer pessoa poderia aproveitar ou usar. Lembro que, há mais ou menos 5 anos atrás, eu ainda tinha uma conexão de 56Kbps via conexão discada (isto é equivalente a 0,0001 por cento do que eu trafegava nos meus idos tempos de 56Kbps). Não há como negar que estamos ultrapassando barreiras que não imaginávamos poder conseguir durante os próximos 10 ou 15 anos, e que, graças a estas novas tec-nologias, podemos pensar e executar projetos e atividades que antes eram impossí-veis. Por exemplo, o já conhecido ―Canal Odisseia‖, com o programa ―Conexão Odis-seia‖, distribuído ao vivo pelo portal www.cpodisseia.com não seria possível se essas tecnologias não estivessem disponíveis para nós, ou dificultaria muito a divulgação e a veiculação desse nosso importantíssimo programa, feito exclusivamente para a inter-net. E tantas outras iniciativas tomaram vida por causa dessas novas velocidades e tecnologias que estamos entrando em uma era onde não há mais como desvincular um PC com a internet. Em nossas cabeças, é como se o nosso computador sempre tives-se acesso a internet, como um acessório sempre presente, que ganhou vida junto com a era da informática. Na verdade, a internet como a conhecemos é muito jovem, e está em uma fase entre a vida adolescente e a adulta, quando a rebeldia começar a dar lugar a uma mai-or responsabilidade, tem mais sabedoria do que ansiedade. Por isso, acredito que muitas outras ferramentas e iniciativas florescerão de mui-tas cabeças que estão, desde que nasceram, antenados dentro desse grande sistema. Quem inventará o próximo Facebook ou a sucessora das redes sociais? Quem

imaginará a nova era da interação entre humanos e máquinas pela rede? E o principal:

quem serão as pessoas que contribuirão para o bem comum usando uma ferramenta

que, desde sua concepção, tinha o objetivo de estreitar os laços humanos?

www.cpodisseia.com.br - No Canal Odisseia

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Primeiro diagrama topológico da internet: Reparem que ela era ligada diretamente ao pentágono (canto inferior direito).

Alexandre Abramson (Engenheiro de Rede) Diretor de Tecnologia e Desenvolvimento

Do Centro de Pesquisas Odisseia

Expedição Odisseia

No Mundo Maia

Acesse o site

www.mundomaia.com.br

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Arte digital por Leandro Zermiani

Arte digital é aquela produzida em ambiente gráfico computacional. Utiliza-se de

processos digitais e virtuais. Tem o objetivo de dar vida virtual as coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão. Existem diversas categorias de arte digital tais como pintu-ra digital, gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e ima-gens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico computacional. Ao contrário dos meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreciação da obra de arte po-de ser feita nos ambientes digitais ou em mídias tradicionais.

Veja alguns exemplos de imagens digitais produzidas a partir da computação gráfica:

Cito alguns programas maravilhosos como: PhotoShop, FireWorks, Ilustrator,

InDesign, Premiere, After Effects, Flash, entre outros....

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Entre tudo o que é realizado no mundo digital abro um parênteses para a foto-grafia, este é o primeiro assunto que irei escrever e informar dicas à você. A fotografia é mágica e única, tudo está atrelado em um clique fatal! Uma tremida, um flash que não foi bem sucedido, uma abertura a mais ou a menos pronto... colocamos aquela fra-ção de segundo a perder!!! Com a máquina fotográfica temos o ―poder‖ de congelar o tempo e deixar registrados lindos momentos, digo mais, podemos criar obras de arte!!!! Mas antes temos que ter alguns conhecimentos básicos que nos leve a ser criadores da Arte Digital.

Hoje deixo aqui 10 dicas para você utilizar quando for fotografar, vamos lá!

Enquadramento Tente fugir do clichê de colocar o assunto sempre no meio da foto. Deslocar o obje-

to principal da imagem pode fazer toda a diferença para deixá-la mais interessante. Divida mentalmente o visor da câmera em três colunas e três linhas, como em um

jogo da velha. As intersecções das linhas são os pontos mais interessantes da sua fo-to. As linhas em si também mostram pontos de destaque, para colocar os olhos de uma pessoa ou o horizonte, por exemplo.

Flash desnecessário Uma das coisas mais complicadas na fotografia é aprender a usar o flash de forma

correta. Usar o flash muito em cima pode deixar a foto toda clara, muito longe, escura... Lembre-se que o flash tem um alcance limitado, de normalmente três a cinco metros, às vezes um pouco mais. Não adianta deixar o flash ligado em uma foto onde o foco é um objeto a 30 metros.

Um bom exemplo de mau uso do flash são shows. Em linhas gerais, não é neces-sário luz extra alguma nesse caso. A luz do palco é mais do que suficiente para sua foto. Usar flash só vai iluminar as cabeças de quem está na sua frente, fazendo sumir o resto.

Flash necessário Um ambiente escuro não é o único lugar onde o flash é um acessório necessário.

Em uma foto contra-luz, por exemplo, o flash pode ser usado como preenchimento. Quando você for tirar uma fotografia de alguém com uma fonte de luz ao fundo, co-

mo o sol, por exemplo, você pode notar que o sol vai ficar brilhante e somente a silhue-ta da pessoa vai aparecer. Neste caso o flash irá suprir a falta de luz, deixando ambos visíveis.

Cuidado com o fundo Tenha muito cuidado ao selecionar o local onde você vai tirar um retrato. A escolha

do que aparece ao fundo é tão importante quando o que vem em primeiro plano. Cores vibrantes, linhas e outros objetos podem interferir ou tirar a atenção do foco.

Um erro engraçado, porém muito comum, é tirar foto de uma pessoa em frente a uma árvore onde os galhos parecem formar chifres sobre sua cabeça, portanto, muito cuida-do!!!

Retratos Aproxime-se, quando o assunto é uma pessoa, o que se quer mostrar é, oras, a

pessoa. Não tenha medo de chegar perto. Se quiser, pode até cortar um pouco da parte de cima da cabeça. A esta distância é possível reparar em detalhes como sardas e cílios. O que não pode acontecer é aquele monte de nada na volta e um pequeno sujeito no meio.

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Olhe nos olhos Tire fotos na altura dos olhos da pessoa. Para tirar foto de criança fique de joelhos,

sente, atire-se no chão. Faça o necessário para ficar ao nível dela. Fotos verticais Muitos assuntos exigem uma foto vertical. Se o foco tiver mais linhas verticais, co-

mo um farol ou uma escada, vire a câmera. Aproveite a luz Não há luz mais bonita que a luz natural do sol. Sempre que puder, aproveite-a.

Posicione-se de forma a deixar a fonte de luz à suas costas, aproveitando assim a ilu-minação. É impressionante quanta diferença pode fazer um simples passo para o lado.

A luz difusa de um dia nublado é excelente para realçar cores e suavisar contornos, sendo excelente para tirar retrados.

É preciso ter muito cuidado ao usar o flash. A luz dele, além de forte, tem uma cor diferente a do ambiente. Uma luz dura vai deixar rugas e imperfeições muito mais apa-rente.

Cor A maioria das câmeras digitais vêm com controle de cor, ou white balance. Esse

controle de cor faz com que o branco seja realmente branco sob determinada fonte de luz. Mas as configurações pré-selecionadas da câmera nem sempre são as mais indi-cadas para quem quer fidelidade.

A configuração para dias ensolarados, normalmente indicada por um pequeno sol, dá um tom mais amarelado às fotos. Essa tonalidade dá uma sensação de calor e afe-to, tornando a foto mais interessante sob determinados aspectos.

Realize diversas experiências com o controle de cor até acertar o que mais se adé-qua ao que você quer.

Experimente Não há melhor dica do que esta: experimente. O segredo da fotografia está na ten-

tativa e erro. Leia na integra o manual da sua câmera, para saber tudo que ela é ca-paz, e tente todas as configurações possíveis.

A fotografia é muito subjetiva, não há regras. O mais importante é aprender a domi-nar a luz e sua câmera, para depois fazer o que quiser.

Não perca nossa próxima edição onde estarei detalhando os controles pré-configurados das máquinas fotográficas digitais, tais como: auto, retrato, paisagem, no-turno, movimento, etc... Envie suas dúvidas – [email protected] Um grande abraço e até... FEVEREIRO.

Professor Leandro Zermiani (Designer Digital) Gerente de Comunicação e Multimídia

do Centro de Pesquisas Odisseia.

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Civilização Maia

História e Pensamento

Marcelo Lambert

Compre pelos sites:

www.asabeca.com.br

www.livrariacultura.com.br

www.livrariamarcapagina.com.br

Professor Marcelo Lambert

(Historiador)

Diretor Geral do

Centro de

Pesquisas Odisseia

Mais Professor Marcelo Lambert na mídia:

Programa - Mulheres

com Catia Fonseca

TV Gazeta

Programa - Todo Seu

com Ronnie Von

TV Gazeta

Programa do Jô

com Jô Soares

Rede Globo

Professor Marcelo Lambert concede entrevista ao repórter Michael Keller para a Rede Record no Programa Domingo Espetacular (em 01/01/2012) - Tema: Profecias de 2012. Professor Marcelo Lambert concede entrevista para o Jornal Estado de Minas (Belo Horizonte) - foi publicado dia 01/01/2012 no Caderno Bem Viver página 04—Tema: Calendário Maia—2012. Professor Marcelo Lambert teve participação no His-tory Channel em um documentário - 2012: O Fim Das Pro-fecias.

www.marcelolambert.com

blog.marcelolambert.com

[email protected]

www.youtube.com/canalodisseia

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Realização Odisseia Produções

www.cpodisseia.com

Edição nº. 6 - Janeiro de 2012