18
A 1ª GERAÇÃO O MODERNISMO BRASILEIRO

O MODERNISMO BRASILEIRO

  • Upload
    oya

  • View
    45

  • Download
    1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O MODERNISMO BRASILEIRO. A 1ª GERAÇÃO. O MARCO INICIAL. A REALIZAÇÃO DA SEMANA DE ARTE MODERNA: 11 a 18 DE FEVEREIRO DE 1922 OS FESTIVAIS: 13, 15 e 17 DE FEVEREIRO DE 1922 LOCAL: TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO APRESENTAÇÕES: CONFERÊNCIAS LEITURA DE POEMAS DANÇA MÚSICA. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: O MODERNISMO BRASILEIRO

A 1ª GERAÇÃO

O MODERNISMO BRASILEIRO

Page 2: O MODERNISMO BRASILEIRO

O MARCO INICIAL

A REALIZAÇÃO DA SEMANA DE ARTE MODERNA: 11 a 18 DE FEVEREIRO DE 1922

OS FESTIVAIS: 13, 15 e 17 DE FEVEREIRO DE 1922

LOCAL: TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

APRESENTAÇÕES: CONFERÊNCIAS LEITURA DE POEMAS DANÇA MÚSICA

Page 3: O MODERNISMO BRASILEIRO

OS ORGANIZADORES

O GRUPO DOS CINCO: TARSILA DO AMARAL ANITA MALFATTI MÁRIO DE ANDRADE OSWALD DE ANDRADE MENOTTI DEL PICCHIA

PARTICIPARAM DO EVENTO: Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha,

Guilherme de Almeida, entre muitos outros.

Page 4: O MODERNISMO BRASILEIRO

A ABERTURA

Na abertura, Graça Aranha proferiu o discurso A Emoção Estética na Arte Moderna, onde atacou a forma acadêmica e conservadora da arte brasileira.

Os poetas Oswald de Andrade e Manuel Bandeira tiveram seus poemas lidos.

Mário de Andrade leu seu ensaio A Escrava que não é Isaura, na escadaria do teatro.

Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Victor Brecheret expuseram suas obras.

Heitor Villa-Lobos apresentou um recital, que recebeu muitas vaias.

Page 5: O MODERNISMO BRASILEIRO

OLHA SÓ O QUE FIZERAM...

CANSADOS DA MESMICE NA ARTE BRASILEIRA E EMPOLGADOS COM INOVAÇÕES QUE CONHECERAM EM SUAS VIAGENS À EUROPA, OS ARTISTAS ROMPERAM AS REGRAS PREESTABELECIDAS NA CULTURA.

Page 6: O MODERNISMO BRASILEIRO

PROPOSTAS DOS MODERNISTAS

RIDICULARIZAVAM O PARNASIANISMO – POESIA FORMAL

RENOVAÇÃO RADICAL NA LINGUAGEM E NOS FORMATOS

RUPTURA COM A ARTE TRADICIONAL RECONSTRUÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA SOBRE

BASES NACIONAIS OBRAS LITERÁRIAS E RECITAIS INSPIRADOS EM

TÉCNICAS DA VANGUARDA EUROPÉIA, MISTURADOS A TEMAS BRASILEIROS

Page 7: O MODERNISMO BRASILEIRO

1ª FASE MODERNISTAGERAÇÃO DE 22

FOI A MAIS RADICAL E FORTEMENTE OPOSTA A TUDO QUE FOI ANTERIOR, CHEIA DE IRREVERÊNCIA E ESCÂNDALO VISÃO NACIONALISTA, PORÉM CRÍTICA, DA REALIDADE

BRASILEIRA, ÀS VEZES UFANISTA. RICA EM MANIFESTOS E REVISTAS DE CIRCULAÇÃO

EFÊMERA. HAVIA A BUSCA PELO MODERNO, ORIGINAL E

POLÊMICO. A VOLTA DAS ORIGENS, ATRAVÉS DA VALORIZAÇÃO DO

INDÍGENA E A LÍNGUA FALADA PELO POVO. ELIMINAÇÃO DEFINITIVA DO NOSSO COMPLEXO DE

COLONIZADOS, APEGADOS A VALORES ESTRANGEIROS.

Page 8: O MODERNISMO BRASILEIRO

OSWALD DE ANDRADE

ESPÍRITO IRREVERENTE E COMBATIVO SUA ATUAÇÃO INTELECTUAL É

CONSIDERADA FUNDAMENTAL NA CULTURA BRASILEIRA DO INÍCIO DO SÉCULO.

A OBRA LITERÁRIA DE OSWALD APRESENTA EXEMPLARMENTE AS CARACTERÍSTICAS DO MODERNISMO DA PRIMEIRA FASE.

Page 9: O MODERNISMO BRASILEIRO

ALGUNS EXEMPLOS

BrasilO Zé Pereira chegou de caravelaE preguntou pro guarani da mata

virgem-Sois cristão?-Não. Sou bravo, sou forte, sou filho

da MorteTeterê Tetê Quizá Quizá Quecê!Lá longe a onça resmungava Uu! ua!

uu!O negro zonzo saído da fornalhaTomou a palavra e respondeu-Sim pela graça de DeusCanhém Babá Canhém Babá Cum

Cum!E fizeram o Carnaval

Errro de PortuguêsQuando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.

Page 10: O MODERNISMO BRASILEIRO

OUTRO EXEMPLO

Pronominais(Oswald de Andrade)

Dê-me um cigarroDiz a gramática

Do professor e do alunoE do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os dias

Deixa disso camaradaMe dá um cigarro

Page 11: O MODERNISMO BRASILEIRO

MANUEL BANDEIRA

OS SAPOSEnfunando os papos,Saem da penumbraAos pulos, os sapos.

A luz os deslumbra.Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:- "Meu pai foi à guerra!"- "Não foi!" -- "Foi!" -- "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,Parnasiano aguado,Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado. (...)

PneumotóraxFebre, hemoptise, dispnéia e suores

noturnos.A vida inteira que podia ter sido e que não

foi.Tosse, tosse, tosse.

Mandou chamar o médico:- Diga trinta e três- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...- Respire

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito

infiltrado.

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

Page 12: O MODERNISMO BRASILEIRO

MÁRIO DE ANDRADE

DescobrimentoAbancado à escrivaninha em São PauloNa minha casa da rua Lopes ChavesDe supetão senti um friúme por

dentro.Fiquei trêmulo, muito comovidoCom o livro palerma olhando pra mim.Não vê que me lembrei que lá no

Norte, meu Deus! muito longe de mimNa escuridão ativa da noite que caiuUm homem pálido magro de cabelo

escorrendo nos olhos,Depois de fazer uma pele com a

borracha do dia,Faz pouco se deitou, está dormindo.Esse homem é brasileiro que nem eu.

Lundu do escritor difícilEu sou um escritor difícilQue a muita gente enquizila,Porém essa culpa é fácilDe se acabar duma vez:É só tirar a cortinaQue entra luz nesta escurez.Cortina de brim caipora,Com teia caranguejeiraE enfeite ruim de caipira,Fale fala brasileiraQue você enxerga bonitoTanta luz nesta capoeiraTal-e-qual numa gupiara. (...)

Page 13: O MODERNISMO BRASILEIRO

FATOS IMPORTANTES

Entre os fatos mais importantes, destacam-se: A publicação da revista Klaxon, lançada para dar

continuidade ao processo de divulgação das idéias modernistas

Page 14: O MODERNISMO BRASILEIRO

MOVIMENTOS CULTURAIS

E o lançamento de três movimentos culturais: o Pau-Brasil – 1924 - “A poesia existe nos fatos. Os casebres de

açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos.” (...)

O Verde-Amarelismo – 1926 – ““Nosso nacionalismo é ‘verdamarelo’ e tupi. (...)

a Antropofagia – 1928 – “Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.” (...)

Page 15: O MODERNISMO BRASILEIRO

O PAU-BRASIL

Defendia a criação de uma poesia primitivista, construída com base na revisão crítica de nosso passado histórico e cultural e na aceitação e valorização das riquezas e contrastes da realidade e da cultura brasileiras.

Capa da 1ª Edição do livro de poesias, de Oswald de Andrade, ilustrado por Tarsila do Amaral. Uma literatura extremamente vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil.

Page 16: O MODERNISMO BRASILEIRO

O VERDE-AMARELISMO OU ESCOLA DA ANTA

Cassiano Ricardo, Plinio Salgado, Menotti del Picchia e Raul Bopp fundam, em 1926 o movimento “Verde e Amarelo”, em resposta às reivindicações estéticas do grupo Pau-Brasil.

Eles criticavam o que chamavam de “nacionalismo afrancesado”, reivindicando a anta como novo símbolo nacional e lançam o "Manifesto Nhegaçu Verde Amarelo da Escola da Anta“

tem por característica textos patrióticos, ufanistas e a idealização do país. (Xenofobia)

Page 17: O MODERNISMO BRASILEIRO

MOVIMENTO ANTROPOFÁGICO

Em 1928, Oswald de Andrade lançou com Tarsila do Amaral o Manifesto Antropófago, que propunha a "Devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produto de exportação".

No mesmo ano, Tarsila pintou sua mais conhecida obra, “Abaporu”, que significa “o homem que come carne”, feito de presente de aniversário para seu atual marido. A

pintura tornou-se o símbolo por excelência do Movimento Antropofágico.

Page 18: O MODERNISMO BRASILEIRO

RESUMINDO

A semana de arte moderna fez eclodir no país vários movimentos culturais, dos quais destacam-se: o Pau-Brasil, de 1924, que defendia a produção de uma literatura primitiva e sofisticada, e que pudesse ser exportada;

o movimento Verde-Amarelo, liderado por Menotti del Picchia e Cassiano Ricardo, que defendiam o nacionalismo xenófobo, aversão a coisas e pessoas estrangeiras;

e o movimento antropofágico, de 1928, que pregava a igualdade da cultura brasileira com as estrangeiras. O termo antropofágico sugeria assimilar o que havia de bom nas artes estrangeiras, mas comer o que merecesse ser comido. Os autores de destaque desse período cultural foram: Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.