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Município pode viabilizar modal ferroviário para logística offshore Implantação da Estrada de Ferro Rio-Vitória potencializa posição de Macaé como base da indústria do petróleo. Prefeitura diz que projeto para atender as demandas através do transporte sobre trilhos é viável Mesmo com os investimentos, os principais recursos hídricos sofrem com a degradação WANDERLEY GIL O Rio Macaé, principal recurso hídrico da região, está cada vez mais assoreado. Trecho próximo à Ponte da Barra é considerado um dos mais poluídos E m compasso de viabilização através de aval do Tribunal de Contas da União, a consolida- ção da Estrada de Ferro Rio-Vitória amplia o potencial de Macaé em garantir um novo modal de atendi- mento à logística offshore, através do transporte sobre trilhos. A partir de mobilização política e do interes- se do setor privado, a criação de uma base de distribuição e de recebimen- to de materiais necessários às ativi- dades do petróleo pode transformar o município na nova 'Capital Nacio- nal da Logística'. Assunto já tratado entre os governos municipal e esta- dual, a criação de uma rota ferrovi- ária para interligar o centro urbano do município ao novo traçado da Es- trada de Ferro Rio-Vitória é encara- do atualmente pela prefeitura como um projeto viável para atender as demandas da indústria do petróleo local. "Já discutimos a viabilidade de criação desse projeto em Macaé, diante da importância da cidade pa- ra o segmento do petróleo. A Estrada de Ferro Rio-Vitória tem como obje- tivo atender demandas econômicas do país. O que queremos é defender a nossa principal vocação", destacou o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Jú- nior. A consolidação desses proje- tos ajudaria a recuperar o fôlego do mercado do petróleo. PÁG. 3 N esta sexta-feira, 5 de ju- nho, comemora-se o Dia Mun- dial do Meio Ambiente, data propícia para reflexão sobre as ques- tões ambientais. E mais um ano, co- mo forma de promover a conscienti- zação ambiental, o jornal O DEBATE traz algumas reportagens com foco na preservação. O município conta atu- almente com cenários cada vez mais preocupantes como a poluição do Rio Macaé - um manancial responsável por abastecer a conhecida Capital do Petróleo e diversos municípios vizi- nhos, mas que está se tornando um rio contaminado por efluentes. Além de esgotos, outros resíduos também são despejados no manancial como pneus, garrafas pets, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são desembocados no mar, na Praia da Barra. Outro local que também sofre com o descarte irregular, em especial de esgoto in natura, é a Lagoa de Im- boassica que, segundo o Instituto Es- tadual do Ambiente, está atualmente liberada para o banho. PÁG. 8 LUTA PELA PRESERVAÇÃO ONIP reforça viabilização de complexo logístico Comissão acompanha solicitação de escola ÍNDICE TEMPO EDUCAÇÃO POLÍTICA ECONOMIA O superintendente Alfredo Renault destacou os pontos positivos do projeto PÁG. 5 E.M.Olga Benário Prestes sofre com vários problemas de infraestrutura PÁG. 3 WANDERLEY GIL ASSESSORIA Membros da Comissão da Firjan visitaram as obras da nova unidade Vereadores visitaram a instituição Senai vai investir em qualificação na região Inscrições para os cursos técnicos na unidade de Macaé encerram hoje PÁG. 7 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 28º C Mínima 18º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA ECONOMIA ESPORTE CADERNO DOIS GM e PM trabalham para coibir ilegalidades Opep decide hoje o futuro do setor Atleta é destaque em competição de judô Sesi divulga a sua programação de junho As blitzen têm como objetivo combater a criminalidade PÁG. 6 Mercado deve garantir metas de produção para 2015 PÁG. 5 Israel Viana Ferreira participou de campeonato brasileiro PÁG. 2 Atrações artísticas prometem animar o público macaense Capa O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), sexta-feira 5 de junho de 2015 Ano XL, Nº 8725 Fundador/Diretor: Oscar Pires DIVULGAÇÃO/MOBILIDADE URBANA KANÁ MANHÃES KANÁ MANHÃES R$ 1,00 INDÚSTRIA FORTALECE PROJETO DO AEROPORTO ECONOMIA, PÁG.5 PALMTOPS AJUDAM A FISCALIZAR VEÍCULOS POLÍCIA, PÁG.6 CASA DO CAMINHO EM PROL DA NATUREZA GERAL, PÁG.7 ESPECIAL MEIO AMBIENTE WANDERLEY GIL Poluição prejudica a fauna marinha DEGRADAÇÃO Muitas vezes, a falta de conscientização acaba resul- tando na morte de diversas espécies da nossa fauna. No mar, por exemplo, o lixo joga- do ou a pesca feita de maneira inadequada acaba prejudican- do diversos animais marinhos. Em Macaé, a Guarda Ambien- tal diz que as maiores vítimas são as aves marinhas (gaivota, albatroz e atobás) e as tartaru- gas, espécies comuns do litoral norte-fluminense. Com base nos casos de resgate no muni- cípio, ou animais encontrados mortos, muitas vezes a poluição é a principal causa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a poluição representa 54% das mortes dessas espécies em todo o litoral brasileiro. PÁG. 2 Tartarugas estão entre as espécies

Noticiário 05 06 15

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Page 1: Noticiário 05 06 15

Município pode viabilizar modal ferroviário para logística offshore

Implantação da Estrada de Ferro Rio-Vitória potencializa posição de Macaé como base da indústria do petróleo. Prefeitura diz que projeto para atender as demandas através do transporte sobre trilhos é viável

Mesmo com os investimentos, os principais recursos hídricos sofrem com a degradação

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O Rio Macaé, principal recurso hídrico da região, está cada vez mais assoreado. Trecho próximo à Ponte da Barra é considerado um dos mais poluídos

Em compasso de viabilização através de aval do Tribunal de Contas da União, a consolida-

ção da Estrada de Ferro Rio-Vitória amplia o potencial de Macaé em garantir um novo modal de atendi-mento à logística offshore, através

do transporte sobre trilhos. A partir de mobilização política e do interes-se do setor privado, a criação de uma base de distribuição e de recebimen-to de materiais necessários às ativi-dades do petróleo pode transformar o município na nova 'Capital Nacio-

nal da Logística'. Assunto já tratado entre os governos municipal e esta-dual, a criação de uma rota ferrovi-ária para interligar o centro urbano do município ao novo traçado da Es-trada de Ferro Rio-Vitória é encara-do atualmente pela prefeitura como

um projeto viável para atender as demandas da indústria do petróleo local. "Já discutimos a viabilidade de criação desse projeto em Macaé, diante da importância da cidade pa-ra o segmento do petróleo. A Estrada de Ferro Rio-Vitória tem como obje-

tivo atender demandas econômicas do país. O que queremos é defender a nossa principal vocação", destacou o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Jú-nior. A consolidação desses proje-tos ajudaria a recuperar o fôlego do mercado do petróleo. PÁG. 3

Nesta sexta-feira, 5 de ju-nho, comemora-se o Dia Mun-dial do Meio Ambiente, data

propícia para reflexão sobre as ques-tões ambientais. E mais um ano, co-mo forma de promover a conscienti-zação ambiental, o jornal O DEBATE traz algumas reportagens com foco na preservação. O município conta atu-

almente com cenários cada vez mais preocupantes como a poluição do Rio Macaé - um manancial responsável por abastecer a conhecida Capital do Petróleo e diversos municípios vizi-nhos, mas que está se tornando um rio contaminado por efluentes. Além de esgotos, outros resíduos também são despejados no manancial como

pneus, garrafas pets, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são desembocados no mar, na Praia da Barra. Outro local que também sofre com o descarte irregular, em especial de esgoto in natura, é a Lagoa de Im-boassica que, segundo o Instituto Es-tadual do Ambiente, está atualmente liberada para o banho. PÁG. 8

Luta peLa preservação

ONIP reforça viabilização de complexo logístico

Comissão acompanha solicitação de escola

ÍNDICEtEmPo

EDuCação PolÍtICa ECoNomIa

O superintendente alfredo renault destacou os pontos positivos do projeto PÁG. 5

e.M.Olga Benário Prestes sofre com vários problemas de infraestrutura PÁG. 3

wanderley gil assessOria

Membros da Comissão da Firjan visitaram as obras da nova unidade Vereadores visitaram a instituição

Senai vai investir em qualificação na região inscrições para os cursos técnicos na unidade de Macaé encerram hoje PÁG. 7

ediTOrial 4

Painel 4

gUia dO leiTOr 4

esPaÇO aBerTO 4

CrUZadinHa C2

HOrÓsCOPO C2

CineMa C2

agenda C2

Máxima 28º CMínima 18º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

PolÍCIa ECoNomIa ESPoRtE CaDERNo DoIS

GM e PM trabalham para coibir ilegalidades

Opep decide hoje o futuro do setor

Atleta é destaque em competição de judô

Sesi divulga a sua programação de junho

as blitzen têm como objetivo combater a criminalidade PÁG. 6

Mercado deve garantir metas de produção para 2015 PÁG. 5

israel Viana Ferreira participou de campeonato brasileiro PÁG. 2

atrações artísticas prometem animar o público macaense Capa

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), sexta-feira5 de junho de 2015Ano XL, Nº 8725Fundador/Diretor: Oscar Pires

diVUlgaÇãO/MOBilidade UrBana kaná ManHãeskaná ManHães

R$ 1,00

IndústrIa fortalece projeto do aeroportoECoNomIa, PÁG.5

palmtops ajudam a fIscalIzar veículosPolÍCIa, PÁG.6

casa do camInho em prol da naturezaGERal, PÁG.7

ESPECIal mEIo amBIENtE

wanderley gil

Poluição prejudica a fauna marinha

DEGRaDação

Muitas vezes, a falta de conscientização acaba resul-tando na morte de diversas espécies da nossa fauna. No mar, por exemplo, o lixo joga-do ou a pesca feita de maneira inadequada acaba prejudican-do diversos animais marinhos. Em Macaé, a Guarda Ambien-tal diz que as maiores vítimas são as aves marinhas (gaivota, albatroz e atobás) e as tartaru-gas, espécies comuns do litoral norte-fluminense. Com base nos casos de resgate no muni-cípio, ou animais encontrados mortos, muitas vezes a poluição é a principal causa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a poluição representa 54% das mortes dessas espécies em todo o litoral brasileiro. PÁG. 2

Tartarugas estão entre as espécies

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015

Cidade

JUDÔ

Atleta macaense é destaque em competição nacional

Representar a Seleção Brasileira de Judô é uma res-ponsabilidade que Israel Viana Ferreira tem desde os 11 anos de idade. Hoje, aos 16, ele se dedica todos os dias ao esporte. O amor pela luta surgiu aos cinco anos quando, por incentivo do pai, Eleir Andrade Ferreira, ele co-meçou a praticá-la. Atualmen-te, ele é faixa marrom e disputa na categoria Meio Médio (até 73Kg) do Sub-18.

Apesar da pouca idade, ele já tem planos para o futuro. Assim como muitos atletas, seu sonho é poder representar o país nas Olimpíadas de 2020, que será realizada em Tóquio, no Japão. Enquanto isso, o adolescente vem ganhando destaque em campeonatos nacionais, sul-

Israel Viana Ferreira, de 16 anos, faz parte da equipe da Seleção Brasileira

americanas e até em mundiais. Israel é tricampeão brasileiro pela Liga de Judô, campeão brasileiro pela CBJ, campeão sul-americano pela CBJ e cam-peão brasileiro de jiu-jítsu.

Israel pratica o esporte des-de criança e vem conquistando com muita dedicação e serieda-de grandes vitórias. Represen-tando o município de Macaé e agora o país, o judoca tem tri-lhado um belíssimo caminho dentro do esporte. Em sua casa, o menino coleciona medalhas, conquistadas nas mais de 150 competições disputadas.

No último final de semana, o atleta macaense participou do Campeonato Brasileiro Sub 18, em Campo Grande, Mato Gros-so do Sul, onde ficou em segun-do lugar. “Apesar da colocação, isso foi suficiente para garantir o seu segundo lugar no ranking nacional, 1º no ranking estadual e garantir a vaga na seleção para o mundial”, conta o pai.

Divulgação

Atleta ficou em segundo lugar no Campeonato Brasileiro Sub 18

Israel tem uma rotina inten-sa de treinos divididas em três academias: Umbra, no Rio de Janeiro, Escola de Judô de Rio das Ostras e na Gaia Fighter, em Macaé. De segunda a sexta-feira são cinco horas divididas entre treinos de judô, jiu-jítsu e musculação. “Nos finais de se-mana ele está 90% competindo ou aproveita para descansar um dia”, explica Eleir.

A próxima competição será no dia 14, no Troféu Brasileiro de Interclubes/ Qualifying Grand Prix 2015, em Taubaté (SP).

Em nome de Israel, o pai agra-dece o suporte que recebe de seus patrocinadores: Academia Novo Corpo, Academia Corpo e Movimento, Brasas English Course e Colégio Uêda Peça-nha. “Também quero agrade-cer o empenho dos treinadores e preparadores técnicos Thia-go Gaia, Alex Moura Rei, Iranel Florentino e Thiago Nunes”, finalizou Eleir.

MEIO AMBIENTE

Poluição contribui com a morte de animais marinhos Segundo a Guarda Ambiental, plástico é confundido com alimento por algumas espécies no mar Marianna [email protected]

Muitas vezes, a falta de conscientização acaba resultando na morte de

diversas espécies da nossa fauna. No mar, por exemplo, o lixo jo-gado ou a pesca feita de maneira inadequada acaba prejudicando diversos animais marinhos.

Em Macaé, a Guarda Ambien-tal diz que as maiores vítimas são as aves marinhas (gaivota, albatroz e atobás) e as tartaru-gas, espécies comuns do litoral norte-fluminense. Com base nos casos de resgate no município, ou animais encontrados mortos, muitas vezes a poluição é a prin-cipal causa.

“Nos últimos anos a gente tem resgatado muitos animais no lito-ral, principalmente aves e tarta-rugas marinhas. Alguns chegam intoxicados pela ingestão de plás-ticos, pois confundem os resídu-os jogados na água com algas ou água-viva. Também há casos em que esses animais são encontra-dos com linha de pesca e anzóis presos no corpo. É importante ressaltar disso tudo a necessidade das pessoas terem maior cuidado com o meio ambiente”, ressalta Madson Nazareno, coordenador

da Guarda Ambiental.O órgão, que é vinculado a se-

cretaria de Ordem Pública, tam-bém enfatiza que, com base no trabalho feito nos últimos anos, o ponto onde há maior surgimen-to de tartarugas mortas é o trecho entre a Praia do Pecado e as Pe-drinhas (Rio das Ostras).

Para que o progresso não con-tribua com o desaparecimento desses animais do litoral ma-caense, foi criada a resolução 006/2010, do Conselho Munici-pal de Meio Ambiente e Desen-volvimento Sustentável (COM-MADS), que dispõe algumas me-didas para a preservação dessas espécies.

A norma diz que se entende como habitat das tartarugas marinhas “todos os ambientes aquáticos e terrestres utilizados por elas durante qualquer etapa de seu ciclo de vida”. No caso de Macaé, esses pontos são a Orla do Forte Marechal Hermes e a Praia de Imbetiba.

O Art. 3º determina que ficam proibidas nessas áreas de pro-teção das tartarugas a pesca em qualquer de suas modalidades (com exceção da pesca científica, mediante autorização da secre-taria de Ambiente) e o descarte de resíduos (principalmente

WanDerley gil

Além da poluição marinha, linhas de pesca e anzóis também são as causas de mortes desses animais

plásticos). Quem desrespeitar as normas

previstas na resolução poderá sofrer penalidades, definidas na Lei Federal nº 9605/98, na lei complementar municipal 027 de 2001 e nas demais legislações vigentes.

Segundo a lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), das espécies ameaça-das de extinção em Macaé, quatro delas são marinhas: tartaruga-ca-

beçuda, tartaruga-verde, tartaru-ga-de-pente e a toninha.

Uma situação que contribui com a poluição é a falta de edu-cação e conscientização de mui-tos frequentadores das praias macaenses. Apesar de parecer um gesto inofensivo, os resíduos deixados na areia acabam sendo levados para os oceanos através de correntes de vento e do mar, quando a maré fica alta.

Um estudo do MMA ressalta que entre os vetores de risco no ambiente marinho, 28% é devido

a expansão urbana; 72% captura; 54% poluição; 39% transporte; 36% espécies invasoras e 21% tu-rismo desordenado.

De acordo com o ICMBio, no caso das toninhas, muito co-muns em Macaé, elas correm o risco de sumir devido “aos altos níveis de capturas acidentais e à degradação do hábitat. A princi-pal ameaça é a pesca de emalhe e de arrasto, tanto artesanal como industrial. Essa pesca não cessou e está crescendo em esforço, não havendo expectativa de que ces-

se dentro da área de ocorrência da espécie. Por ser uma espécie costeira, também sofre com a di-minuição da qualidade de habitat, principalmente por poluição. Modelagens e análises quantita-tivas, realizadas em 2002, indica-ram que a espécie pode atingir o “quase colapso”, chegando a 10% do tamanho populacional origi-nal em média em 2025”.

Lei viSA preServAr AveS mArinhAS

No dia 1º de maio, o Ministé-rio do Meio Ambiente divulgou uma nova regra, que obriga o uso da linha-espanta-aves (toriline) e regime de peso e largada no-turna. Segundo ele, a medida vi-sa preservar e reduzir a captura incidental de várias espécies no litoral brasileiro pelas embarca-ções pesqueiras.

“A norma visa a redução da cap-tura principalmente por embar-cações da modalidade espinhel horizontal de superfície ao sul de 20º S”. O MMA explica que essa captura ocorre quando as iscas são atacadas por elas durante o lançamento do espinhel. Com is-so, elas acabam sendo fisgadas pe-lo anzol e arrastadas para o fundo do mar, morrendo afogadas.

nas últimas semanas, os moradores dos bairros Visconde e Miramar, além dos condutores que passam por esses locais, estão sendo beneficiados com o asfaltamento de algumas ruas

NOTA

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015 3

PolíticaFUTURO

Município pode viabilizar modal ferroviário para logística offshoreImplantação da Estrada de Ferro Rio-Vitória potencializa posição de Macaé como base da indústria do petróleo

Márcio [email protected]

Em compasso de viabili-zação através de aval do Tribunal de Contas da

União, a consolidação da Estra-da de Ferro Rio-Vitória amplia o potencial de Macaé em garantir um novo modal de atendimen-to à logística offshore, através do transporte sobre trilhos. A partir de mobilização política e do interesse do setor privado, a criação de uma base de distri-buição e de recebimento de ma-teriais necessários às atividades do petróleo pode transformar o município na nova 'Capital Na-cional da Logística'.

Assunto já tratado entre os governos municipal e estadual, a criação de uma rota ferroviária para interligar o centro urbano do município ao novo traçado da Estrada de Ferro Rio-Vitó-ria é encarado atualmente pela prefeitura como um projeto vi-ável para atender as demandas da indústria do petróleo local.

"Já discutimos a viabilidade de criação desse projeto em Macaé, diante da importância da cidade para o segmento do petróleo. A Estrada de Ferro Rio-Vitória tem como objetivo atender demandas econômi-cas do país. O que queremos é defender a nossa principal vo-cação", destacou o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Júnior.

Durante seminário realiza-do em julho do ano passado, reunindo lideranças políticas e representantes da cadeia do pe-tróleo regional, o subsecretário estadual de Transporte, Delmo Pinho, reforçou o potencial de Macaé em se transformar na Capital Nacional da Logística.

O perfil da cidade em investir na criação do modal ferroviário para o transporte de cargas foi destacado também no Plano Es-tratégico de Logística de Cargas (Pelc), elaborado pela secretaria

estadual de Transportes no ano passado, apontando a projeção de investimentos no setor de lo-gística, no Estado, para os próxi-mos 40 anos.

A proposta apontada pelo Estado através do Pelc é pro-mover uma base de operações de logística para o transporte ferroviário em área do muni-cípio situada próxima à BR 101, ampliando a extensão da linha férrea, integrando os demais modais previstos para a cidade: tanto o Terminal Portuário de Macaé (Tepor), quanto a área de transporte aéreo de cargas, no Aeroporto de Macaé.

De acordo com o projeto, a nova linha férrea será constru-ída em área próxima à margem da rodovia federal.

Paralelo à instalação do proje-to ferroviário, Macaé garantiria a consolidação de duas outras propostas fundamentais ao futuro da logística offshore: a construção de uma nova pista de pousos e decolagens no Ae-roporto de Macaé, assim como a construção do Terminal Por-tuário de Macaé (Tepor).

A consolidação desses pro-jetos ajudariam a recuperar o fôlego do mercado do petróleo, ainda em baixa em virtude pela queda do preço do barril de óleo bruto no mercado internacio-nal, assim como pela crise ad-ministrativa da Petrobras.

KANÁ MANHÃES

Modal ferroviário pode transformar a cidade na Capital Nacional da Logística do Petróleo

Comissão acompanha demanda da Tribuna Cidadã

EDUCAÇÃO

após a solicitação feita por pais de alunos matriculados na Escola Municipal Olga Benário Prestes, durante a edição de maio da Tribuna Cidadã, verea-dores se reuniram em Comissão para registrar as demandas por melhorias na infraestrutura da instituição de ensino.

A visita à Escola foi realizada por Chico Machado (PMDB), Igor Sardinha (PT) e Marcel Silvano (PT) na tarde da última segunda-feira (1). O trabalho foi acompanhado também pelo secretário municipal de Educa-ção, Guto Garcia.

Na sessão ordinária da última terça-feira (2), Chico informou ao plenário o resultado do tra-balho realizado pela Comissão.

"Após a solicitação feita pelos pais de alunos recebidos na Tri-buna Cidadã, visitamos a escola. Informamos sobre o nosso tra-balho ao secretário Guto Garcia que, prontamente, nos atendeu e recebeu, garantindo que todas as demandas da unidade já es-

Vereadores estiveram na Escola Olga Benário Prestes e levaram pedido a Cedae

tão sendo providenciadas", afir-mou Chico.

Durante a visita à unidade, os vereadores conversaram com os profissionais da educação que atuam na escola. Segundo Chico, obras e serviços de ma-nutenção ainda precisam ser realizadas para atender aos alunos.

"Ao que parece, a escola foi entregue antes da obra ter sido concluída. Mas o secretário de Educação explicou que já exis-te o planejamento de interven-ções na unidade, para garantir a infraestrutura adequada aos alunos e ao corpo docente", ex-plicou Chico Machado.

Uma das principais deman-das apresentadas pela direção da unidade de ensino foi relati-vo ao sistema de abastecimento de água.

"Segundo a direção da esco-la, o prédio é abastecido a cada dois dias por caminhões-pipa. Levamos essa pauta à Nova Ce-dae, onde fomos recebidos pelo gerente regional da concessio-nária, Fernando Arruda, que garantiu que, dentro de duas se-manas, a unidade vai ser interli-gada à rede de abastecimento", informou Chico.

ASSESSORIA

Secretário e vereadores visitaram escola da rede municipal

PROJETO

Igor faz defesa de pauta do comércio

ao participar dos debates relativos à elaboração do Plano de Ciclomobilidade de Macaé, o vereador Igor Sardinha (PT) colocou em discussão, no plená-rio da Câmara de Vereadores, o posicionamento defendido por empresários que atuam no co-mércio da cidade, contrário à eliminação de vagas de estacio-namento rotativo na região da Rua Teixeira de Gouveia.

O parlamentar defendeu o in-centivo à utilização da bicicleta como veículo de transporte pa-ra a população. No entanto, ele afirmou que a criação das ciclo-faixas depende de uma discus-são mais aprofundada junto ao comércio.

"Não se pode criar um bene-fício, criando um outro proble-ma. O Centro da cidade já vive um sério colapso no que diz respeito a vagas de estaciona-mento, uma situação que afeta diretamente o comércio. Com a eliminação de mais vagas do rotativo, o setor varejista vai ser ainda mais afetado", disse o parlamentar.

Vereador propõe nova discussão sobre eliminação de vagas de estacionamento

Igor destacou o posiciona-mento da secretaria municipal de Mobilidade Urbana em rever o traçado da Rota 10, do Plano de Ciclomobilidade, que prevê a criação das faixas exclusivas para bicicletas em trechos do Centro. De acordo com ele, a demanda do comércio precisa ser ouvida.

"Certamente o uso das bici-cletas auxilia na mobilidade. No entanto, Macaé ainda precisa criar um serviço de transporte público mais eficiente para ga-rantir avanços na consolidação desse projeto", disse Igor.

WANDERLEY GIL

Igor Sardinha (PT)

Projeto interligará terminais portuáriosna última segunda-feira (1), os secretários de Estado de Transportes do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, Carlos Ro-berto Osorio e Paulo Ruy Car-nelli, entregaram ao ministro dos Transportes, Antonio Car-los Rodrigues, o projeto revisa-do da nova estrada de ferro EF 118 Rio-Vitória.

Com a entrega da documen-tação, o ministro dos Trans-portes autorizou a marcação das audiências públicas no Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes e em Vitória para o próximo mês de julho. Essas audiências são a última etapa a ser vencida para que o projeto da nova ferrovia seja encaminhado para aprecia-ção do Tribunal de Contas da União (TCU).

A nova ferrovia terá 577 km de extensão e interligará os complexos portuários do Rio de Janeiro e Espírito Santo

O projeto faz parte do Pro-grama de Infraestrutura e Logística (PIL), lançado pelo governo federal em 2012, que previa a concessão, por parte da União, de 12 novas ferrovias no país. Em 2013, os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo celebraram convênio para ava-liação e elaboração do projeto da nova ferrovia.

A EF 118 atenderá a deman-da da rede portuária dos dois estados, incluindo os portos de Sepetiba, Itaguaí, Macaé, Barra do Furado e Açu, no Rio de Janeiro, e os portos Central e Tubarão, no Espírito Santo.

METAS

Logística

● NOVA pista do Aeroporto (voos comerciais)

● DUPLICAÇÃO da BR 101● TERMINAL Portuário de

Macaé● DUPLICAÇÃO da Rodovia

Amaral Peixoto● BASE logística do

transporte ferroviário

Luciano Diniz (PT) luta pela criação do serviço público de castração de animais na cidade

NOTA

O trabalho realizado pela Co-missão foi destacado também pelo secretário municipal de Educação, Guto Garcia.

"O trabalho realizado pela Câmara também ajuda a apro-ximar o governo da população. Isso reforça o nosso compro-misso de buscar sempre a qua-

lidade do ensino da nossa cida-de", disse Guto.

Igor Sardinha (PT) reiterou a necessidade de intervenção na unidade.

"Acompanhamos o dilema da escola e esperamos que os pro-blemas de infraestrutura sejam resolvidos", disse Igor.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015

Opinião

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Na maior parte dos registros de ocorrência relativos ao tráfico de drogas, um menor de idade está envolvido. Este cenário representa a vulnerabilidade de jovens, com perfil social definido com base na proposta para a redução da maioridade penal, que ganha corpo no Congresso Nacional, muito mais como arma política, do que como amadurecimento de uma tema encarado como tabu pela sociedade brasileira. Será mesmo este o destino de crianças e adolescentes do país?

Os recentes problemas registrados na cidade, em função de avarias em cabos, reacende a discussão sobre a necessidade de Macaé aplicar a padronização de redes subterrâneas. Medida adotada por grandes cidades do mundo, ajudaria a melhorar o paisagismo da cidade, além de criar regras que exigiram maior qualidade na prestação de serviços como telefonia, internet e televisão.

A terceirização é um fenômeno mundial e seu pro-cesso de crescimento é irreversível. Nos países de-senvolvidos atinge marcas perto de 70%. No Brasil, o governo do PT se posiciona ferozmente contra a terceirização. Curioso que esse mesmo governo pro-moveu o programa “Mais Médicos”, que é um dos grandes casos de terceirização do mundo.

Criminalidade

Terceirização

A desigualdade social sempre esteve atrelada ao desenvolvi-mento econômico das cidades mais prósperas do país, e com Macaé, ao longo das quatro dé-cadas do progresso do petróleo, a situação não é diferente.

Assim como no Rio de Janeiro e em São Paulo, não faltam his-tórias em que jovens são deses-timulados de buscar o futuro, profissional e pessoal, através dos estudos. Em uma rede de en-sino estadual falida, onde a falta de professores e horários vagos são constantes na rotina da ju-ventude, que vitimiza também o próprio servidor da educação, fica cada vez mais difícil a forma-ção de novos cidadãos.

Convivendo com as influên-cias do poder e do dinheiro ge-rado pelo crime organizado, e sem a perspectiva de um futuro promissor através do trabalho, jovens acabam sendo aliciados para o submundo do crime, sen-do soldados na guerra travada por facções e as forças de opres-são do Estado, personificadas pela farda da polícia.

Há quem diga que a redução da maioridade penal é vista co-

mo um amadurecimento social para o país. No entanto, esse de-bate alcança a unanimidade na medida que a sociedade enten-de que os jovens são vítimas de um sistema corrupto e imoral, forjado por interesses políticos e eleitorais, incapaz de promo-ver a transformação social que o país ainda precisa passar.

As comparações entre o Brasil e países que adotaram a redução da maioridade é surreal, na me-dida em que não são colocadas na análise o poder administra-tivo dos governos, em garantir qualidade de vida ao cidadão, na mesma proporção que a so-ciedade contribui com a geração de receitas públicas.

O bem maior da sociedade sempre será a participação de cada cidadão em sua construção e transformação, um conceito que norteia trabalhos de sociólo-gos e especialistas que repudiam a discussão sobre a redução da maioridade penal. Que essas análises sejam transmitidas a todas as pessoas que possuem o poder de deliberar sobre a pro-posta, antes que a juventude do país seja literalmente perdida.

Também é o caso de pergun-tar ao ex-presidente Lula por que quando ele assumiu a pre-sidência a Petrobras tinha 120 mil terceirizados e hoje passa de 350 mil. O governo que fala mal da terceirização é o mesmo que a promove. Difícil de entender, a não ser que seja pela ótica do oportunismo.

Por outro lado, se fala muito nesse tema, mas poucos sabem sobre o que falam. O serviço ter-ceirizado no mundo capitalista é um elo na estrutura produtiva e um fator importante na produ-tividade e competitividade. Na avaliação da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a tercei-rização é a forma moderna de organização empresarial e não uma simples maneira de reduzir a folha de pagamento. Ela pode promover uma redução de cus-tos e um aumento de lucros, o que, por outro lado, pode reduzir e não aumentar o desemprego.

Sem lucros não temos in-vestimentos e empregos. Uma empresa quebrada não contra-ta. Aqui no Brasil já temos ter-ceirização, porém as regras não são bem definidas e uma regula-mentação traria benefícios para empresas, trabalhadores e para a economia do País. Não se trata de perder direitos. O projeto de lei da terceirização não vai tirar ou reduzir nenhum direito do trabalhador. Ao contrário, os terceirizados terão direito às

horas extras, 13º salário, férias, recolhimentos de FGTS, INSS e demais direitos trabalhistas.

Além disso, o projeto pre-vê que a contratante fiscalize seus terceirizados quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas; se não o fizer, arca como responsável “solidária” de problemas trabalhistas, ou seja, responde conjuntamente na Justiça por eventuais débitos. Outra proteção é a obrigação da empresa contratada ter capital social proporcional ao núme-ro de empregados. Isso acaba com as empresas aventureiras que na hora de pagar as verbas rescisórias, fecham as portas e desaparecem.

O Projeto de Lei 4330/04, que há 10 anos está aguardando vota-ção, permite uma terceirização em todas as áreas da empresa, mas dentro de uma legislação que garante todos os direitos do trabalhador. Também assegura que o funcionário terceirizado terá direito à mesma correção salarial da categoria da empresa contratante.

Na verdade, a oposição à ter-ceirização é uma bandeira de-magógica de alguns sindicatos que são sustentados pelo impos-to sindical compulsório e alguns políticos populistas que fingem proteger o povo para garantir sua popularidade.

Célio Pezza, escritor e colunista

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GUIA DO LEITORPOLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8326DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8320DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058CONSELHO TUTELAR I 2762-0405 / 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314CONSELHO TUTELAR II 2762-9971 / 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294CONSELHO TUTELAR III 2793-4050 / 2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

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EcoturismoAssim como os distritos e localidades da Serra de Macaé, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba proporciona ao município um grande potencial de turismo ecológico, por se tratar de uma das maiores e mais preservadas reservas da Mata Atlântica do país. Ao possuir um cen-tro de visitações, além de um belo cenário com muito verde, água doce de lagoas e a imensidão do mar, o Parque pode ser aproveitado através da criação de um projeto sustentável.

ConvívioA Polícia Militar e a Guarda Municipal promovem ações integradas para garantir a segurança do público que participa da feira gourmet e artesanal promovida toda quinta-feira na Praça Veríssimo de Mello e às sextas na Praça Principal do Parque Ae-roporto. A presença das autoridades ajuda a evitar a baderna, a atuação do tráfico e de brigas entre gan-gues. Desta forma, os eventos podem ser acompa-nhados e prestigiados pela família macaense.

OportunidadeO que se vê nas ruas de Macaé hoje são tra-balhadores, que exerceram atividades ligadas à construção civil, vindos de outras cidades do país, mas que foram vencidos pelo vício do ál-cool ou de outras drogas. Este perfil está atre-lado também à redução de postos de trabalho, uma situação que merece uma atenção maior do poder público, seja pelo acolhimento da secretaria de Desenvolvimento Social ou pelo tratamento da rede de saúde e do incentivo através de cursos profissionalizantes.

Mistura O consumo do álcool aliado à direção de ve-ículos tem sido uma mistura bastante nociva, no entanto ainda praticada por jovens macaen-ses que participam de festas na cidade. Ainda são poucos os estabelecimentos comerciais e eventos, públicos e particulares, que aderiram à campanha lançada no ano passado pelo gover-no municipal - Programa Lei Seca -, conduzido pelo governo do Estado, através do núcleo do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN).

VistoriaFalando em DETRAN, motoristas cujos veí-culos já deveriam ter sido vistoriados há três meses ainda não conseguem agendar o serviço através do site da instituição. Os condutores se recusam a pagar cerca de R$ 100 para garantir, no ato, o acesso à vistoria agendada por despachantes, profissionais que possuem prioridade no atendimento do Departamento. Enquanto isso, a fila de carros que ainda não foram vistoriados se acumula.

Urbanização Moradores da Aroeira ainda aguardam o encer-ramento das obras de urbanização, esperadas após as intervenções feitas pela prefeitura para a implantação de redes de galerias de águas pluviais e de saneamento. Devido ao fluxo de veículos, algumas vias precisam de reparos, como o acerto e o nivelamento de paralelepí-pedos. A iluminação da Rua Vitória Régia, situ-ada à margem do canal que corta o Botafogo, também está precária.

QualidadeO trabalho realizado pela Agência Municipal de Vigilância Sanitária (Amvisa) tem garan-tido ao consumidor macaense qualidade no atendimento prestado por estabelecimentos comerciais, principalmente ligados ao setor de alimentação. No entanto, o macaense ain-da precisa de ficar de olho no que é comprado em prateleiras de supermercados da cidade. Produtos estragados e com a validade vencida ainda são armadilhas para os mais desatentos.

GolpesMacaenses ainda estão sendo vítimas de gol-pes pelo chamado "sequestro fonado". Em liga-ções com número não-identificado grupos de bandidos simulam o crime, colocando na linha pedidos de socorro feito por mulheres e até crianças. Ainda há ligações feitas com números de outros estados, com base em um esquema criado dentro de cadeias brasileiras. A orienta-ção das autoridades é que aquele que for lesado por essas práticas precisa registrar ocorrência.

ComercialEnquanto não há um acordo, ou decisão, entre as chefias das Polícias Civil e Militar no Esta-do, a 123ª Delegacia Legal de Macaé segue fechada no período noturno. O procedimento foi adotado também por delegacias situadas em várias cidades e na capital fluminense. O motivo é a falta de segurança para os servi-dores que atuam nas unidades. Os registros e boletins de ocorrência passaram a ser feitos apenas em horário comercial.

NOTA

Dicas de segurança evitam acidentes nas estradas. Os itens de segurança são essenciais tanto para as estradas quanto no meio urbano

Page 5: Noticiário 05 06 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015 5

EconomiaFUTURO

Viabilização de Complexo Logístico é reforçada por ONIPSuperintendente do órgão destacou pontos positivos de licenciamento do projetoGuilherme Magalhã[email protected]

Considerado como uma das figuras mais influentes na atualidade, quando o tema é

indústria do petróleo, para Alfredo Renault - superintendente da Or-ganização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) -, a viabilização do Complexo Logístico e Industrial de Macaé (CLIMA) seria ironicamen-te a chave para a “Capital Nacional do Petróleo” se desvencilhar de vez da dependência do setor.

Segundo o especialista, entre os diversos benefícios que o modal pode trazer para a cidade, a atração condicional de novas empresas e, consequentemente, da indústria de transformação seriam os principais pontos positivos do projeto.

“Quando entendemos que todo o desenvolvimento econômico consolidado em Macaé durante os últimos trinta anos permanece à mercê restrita de um único seg-mento que, apesar de muito lucrati-vo, mostra-se instável, culminando na decadência dos serviços de apoio e, consequentemente, de toda eco-nomia local, é hora de pensar em mitigar os impactos dessa depen-dência. O problema é que, até hoje, Macaé ainda não conseguiu dar es-se primeiro passo rumo à indústria

de transformação”, disse Renault.

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Embora as empresas voltadas à cadeia produtiva de petróleo façam parte cativa dos planos do CLIMA enquanto negócio, segundo o es-pecialista, a exploração paralela de outros setores seria o grande trunfo do projeto.

“Acredito no crescimento expo-nencial de alguns segmentos cla-ramente atrelados à consolidação do empreendimento, e o principal deles é justamente a logística - há anos reclamada na esfera político-econômica que compõe a cidade. Neste sentido, a viabilização do helicentro dentro do complexo, com capacidade superior à do ae-roporto de Macaé, não só é capaz de garantir a modernização dessa logística e dos anseios offshore, assim como promover o fomento de outros setores mais voltados ao comércio e às empresas de serviço, como restaurantes e hotéis, que também são parte fundamental na economia local, além de oferecer bom número de oportunidades de trabalho”, salientou o especialista ressaltando que toda empresa a se instalar no CLIMA terá que buscar licença ambiental própria para fun-cionamento.

WANDERLEY GIL

Estreitamento logístico entre eixo Rio-Vitória faz parte do projeto

ETAPA POR ETAPAPartindo do pressuposto de que

Macaé tem uma grande vantagem na comparação com os demais mu-nicípios do interior do estado em termos de mão de obra qualificada, para Renault, o projeto - planejado para um prazo de dez anos - inviabi-liza qualquer estrutura que não seja

construída etapa por etapa, o que, por sua vez, acarretaria um novo fôlego ao quadro de oportunidades técnicas fomentadas pela presen-ça das escolas profissionalizantes e dos polos universitários instalados no município.

“Como a construção do modal tem uma forma de estruturação

paulatina, devido à extensão dá área que irá comportar, a lógica é que, muito antes de entrar em funciona-mento pleno, já eleve a geração de empregos a um patamar considerá-vel entre os primeiros cinco a oito anos de obras, principalmente em relação aos cargos técnicos e setor de construção”, explicou.

ATRATIVIDADE Em linhas mais ambiciosas,

segundo Renault, o CLIMA teria potencial para promover o estrei-tamento de relações entre o eixo Rio-Vitória, tornando-se um pro-jeto ainda mais atrativo para gran-des centros de distribuição nacio-nal, além de mudar a logística de distribuidores e empresas a varejo instaladas na cidade.

“A verdade é que, em termos de mobilidade e estrutura logís-tica, Macaé ainda é considerada uma cidade incipiente, e isto é um consenso entre profissionais de todas as áreas que conhecem a cidade. Suavizando tais impactos, num local com tanto a oferecer, a expectativa é que, contando com uma estrutura organizada e de alto padrão, além de uma localiza-ção privilegiada, o CLIMA também possa ter um papel importante em prol do desenvolvimento do polo de atividades no eixo Rio-Vitória, que ainda não chega nem perto do nível de interligação entre o eixo Rio-São Paulo”, pontuou Renault, salientando que a consolidação do complexo excluiria ainda, de uma só vez, a possibilidade recorrente de realocar para outras cidades do litoral os investimentos gerados pelo apoio logístico à produção o�shore.

Opep decide hoje futuro do setorPETRÓLEO

após a retomada do aumento pelo preço do barril de petróleo, sinaliza-do em diversas partes do mundo du-rante a última semana, ao que tudo indica, na reunião realizada hoje para definir o futuro do setor, em Viena, a Organização dos Países Exportado-res de Petróleo (Opep) deve manter a meta de produção mundial para 2015. Segundo especialistas, caso a manutenção das metas atuais se con-firme, na prática, muitas empresas de apoio à produção o�shore da região serão beneficiadas pela decisão.

Representando quase 80% da

Indicação de melhora gradual do mercado deve garantir metas de produção mundial

produção nacional de petróleo, a Bacia de Campos agrega uma fatia considerável das empresas volta-das a serviços de apoio às grandes âncoras do setor. Em números es-pecíficos, entre os municípios que recebem a participação especial dos lucros da exploração do produto por estarem localizados dentro da região de impacto, apenas Macaé concentra cerca de 65% dessa for-ça industrial, ansiosa pelo resultado da reunião internacional de hoje.

“A preocupação pela sinalização negativa da meta se justifica porque, dentro do efeito cascata, tem seu pe-so sobre a Petrobras, que, por sua vez, embora já tenha assinalado a manu-tenção dos níveis de produção e, con-sequentemente, da maioria de seus contratos com empresas atuantes

no município para o próximo biênio, poderia muito bem começar a mudar de ideia frente a um consenso inter-nacional”, explica o coordenador do Sindipetro-NF, Marcelo Nunes.

A boa notícia para despreocupar as empresas atuantes no município é que três diretores da Opep já previram que a mudança pela redução das me-tas não deverá acontecer, pois a reação do mercado global já tem previsão pa-ra reverter o quadro, e até estabilizar.

A VOLTA DO BARRILApós sofrerem redução de cerca

de 40 dólares, em média, no mês de janeiro (valor mais baixo em seis anos), os preços do petróleo volta-ram a se elevar devido ao que os es-pecialistas chamam de "excesso de oferta global". Na sexta-feira passa-

KANÁ MANHÃES

Após quedas sucessivas do preço, valor do barril voltou a subir nos últimos dias

da, o Tipo Brent fechou o dia a 65,56 dólares o barril (alta de 2,9 dólares, ou 4,8 por cento) e indica que conti-nuará em ascensão gradual.

"Será muito dificíl que a Opep tome uma decisão de reduzir o seu teto de produção por dois motivos: o primeiro deles é que, pelo menos três produtores não-membros da or-ganização, incluindo a Rússia, já dis-seram que não vão cooperar com as políticas de corte. E o segundo é que o mercado mostra cada vez mais si-nais de estabilização. Dessa maneira, os preços devem continuar nos níveis atuais, e o mais provável é que subam, pois a demanda também é forte e os estoques estão, ironicamente, equili-brados por conta da crise.", explicou Nunes, ressaltando que, de acordo com relatórios da própria Opep, os

estoques de petróleo cru registram números acima da média dos últimos

cinco anos, mas os estoques de deri-vados estão dentro da média.

Viabilização de obras no aeroporto consolida nova fase do petróleo

DESENVOLVIMENTO

para atender a demanda do dé-cimo quarto maior aeroporto em fluxo de voos do país, esta semana os entusiastas do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Macaé receberam uma ótima no-tícia: o pagamento dos últimos dois meses de construção da obra, que já corria o risco de ser paralisada novamente por atraso nos paga-mentos à empreiteira responsável pela edificação do empreendimen-to. A notícia foi dada pelo superin-tendente do modal, Hélio Batista, durante encontro com líderes em-presariais da cidade.

Antes de mostrar as obras de mo-dernização do espaço físico do novo terminal, Hélio também comentou sobre o alinhamento do aeroporto com alguns projetos que vêm ga-nhando força na cidade durante

Obras para conclusão do modal receberam repasses atrasados e seguem a todo vapor

as últimas semanas, entre eles o Complexo Logístico e Industrial de Macaé (CLIMA).

“Sem dúvida o projeto do Com-plexo Logístico seria um grande avanço para a cidade, mas ainda é cedo para mensurar algo que ainda não recebeu nem a licença prévia. Além disto, como alguns já especu-lam, não acredito que a instalação do empreendimento impactaria negativamente no aeroporto, mas muito pelo contrário. Caso o CLI-MA seja confirmado, acredito que poderemos pensar em elaborar mais firmemente a expansão do aeropor-to para mais rotas comerciais, pois o desafogo da demanda o�shore virá naturalmente com o pleno funcio-namento do helicentro no empre-endimento”, comentou Hélio.

Outro ponto discutido durante a visita foi a possibilidade de lici-tação de privatização do aeroporto de Campos, que, segundo Hélio, já havia recebido sinalização negativa da prefeitura local.

“O arrocho econômico do país

WANDERLEY GIL

também se remontou para esta questão e, até onde sabemos, parece que a prefeitura de Campos desistiu de vez da instalação do modal por lá. Por outro lado, a Infraero, com cada vez menos recursos para fi-nanciar os projetos aeroportuários na região, também já indicou que não irá custear as obras do projeto da base aeroportuária campista”, pontuou.

Por fim, ao final da visita, o encar-regado da Infraero pelas obras, Ra-phael Moreira, adiantou que, além dos serviços pré-elaborados para o projeto do novo terminal, existe a proposta interna para que o modal também conte com um estaciona-mento alternativo para bicicletas.

“Frente à nova proposta de Ma-caé em relação às metas do plano de mobilidade e da expansão da malha ciclo viária da cidade, temos conversado muito sobre a possível instalação de um estacionamento exclusivo para bicicletas no termi-nal, mas ainda não é nada garanti-do”, pontuou

Na ocasião estiveram presentes membros da Firjan, Acim, IADC e Rede-Petro-BC

NOTA

Venda de automóveis já caiu 20% em 2015. Em Macaé, motoristas têm optado por trocar carros 0km por seminovos

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015

Polícia

SEGURANÇA

Palmtops da Mobilidade Urbana ajudam a PM

A secretaria de Mobilida-de Urbana disponibiliza aos seus agentes palmtops que permitem a consulta da placa dos veículos e, por meio des-ta informação, verificar dados como marca/modelo; núme-ro do RENAVAN; número do chassi do veículo; cor, espé-cie, categoria e nome do pro-prietário, que auxilia no tra-balho da Mobilidade Urbana.

Contudo, os equipamentos também são bons aliados da Polícia Militar, com uma sé-rie de aplicativos que permi-

Equipamento permite consultar registro de roubo ou se o veículo é clonado

tem a consulta da situação do veículo juntos aos registros de segurança pública. Como por exemplo, do SINESP Ci-dadão, que é um módulo do Sistema Nacional de Infor-mações de Segurança Públi-ca que permite acesso direto a serviços da Secretaria. Por meio do SINESP é possível consultar informações de veículos registrados na ba-se nacional do cadastro do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).

Com esta consulta, os agen-tes da Mobilidade Urbana conseguem imediatamente descobrir se há registros de roubo dos veículos consulta-dos e ainda se o mesmo é um veículo clonado. E, no caso de

Divulgação/MobiliDaDe urbana

Equipamento tem diversos aplicativos que ajudam na segurança pública

registro positivo de roubo ou clonagem de placa, a super-visão de Trânsito é acionada, assim como o 32º Batalhão de Polícia Militar, que envia policiais aos locais em que os carros são identificados. A partir daí o reboque é acio-nado para levar os veículos à 123ª Delegacia de Polícia de Macaé, para as devidas ave-riguações.

A tecnologia disponibiliza-da pela Secretaria de Mobili-dade Urbana, aliada à fisca-lização efetiva em diversos pontos da cidade, está geran-do bons resultados. Além da utilização para a aplicação de multas, os palmtops têm aju-dado na segurança dos cida-dãos macaenses.

BLITZ

GM e PM trabalham para coibir ilegalidades

Com objetivo de aumen-tar a segurança da população, a Polícia Militar e o Grupo de Apoio Operacional (GAOP) re-alizam operações em conjunto nos diferentes pontos da cida-de. As blitzen têm como meta a repressão a armas, drogas e veículos roubados.

Em tais ações os agentes pa-ram os veículos e realizam o trabalho de monitoramento. Os locais de escolha das blitzen são determinados de acordo com o maior número de ocorrências identificadas pela PM. O traba-

A união dos dois órgãos visa mais segurança para a população

lho teve início neste mês e não tem prazo para terminar.

As ações dos dois órgãos ade-quam a Guarda Municipal à essa nova realidade que é a Lei 13.022/2014, a qual dá poderes de tirar o agente público muni-cipal de dentro dos prédios dos municípios para irem às ruas. O artigo 5º estabelece que são competências específicas das guardas municipais: zelar pelos bens, equipamentos e prédios públicos do município; prevenir e inibir, pela presença e vigilân-cia, bem como coibir infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais.

Também está determinado que as guardas devem atuar -

Divulgação SeCoM

As blitzen ajudam a levar mais segurança para a população

preventiva e permanentemen-te -, no território do município, para a proteção sistêmica da po-pulação que utiliza os bens, ser-viços e instalações municipais; colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social; colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos direitos funda-mentais das pessoas, entre ou-tras normas.

De acordo com o secretário de Ordem Pública, André Luiz Monteiro, essa integração da PM e da GM é de extrema im-portância para a sociedade civil, pois permite levar mais segu-rança à população.

FERIADO

Dicas ajudam a minimizar vulnerabilidade da populaçãoPrincipais medidas são para aqueles que vão se ausentar de casa

Com o feriado de Corpus Christi (04), muitos op-tam em sair da cidade, se

ausentando de suas residên-cias e, na maioria das vezes, o imóvel fica vazio, assim como a cidade, sendo um alvo fácil para os assaltantes. Contudo, especialistas em segurança in-dicam um conjunto de medi-das que podem ajudar a mini-mizar, além de prevenir, o grau de vulnerabilidade da popula-ção, elevando ainda mais o seu nível de proteção.

É importante ressaltar que não há investimento que ga-ranta uma segurança 100% nem mesmo a falta deste que impeça que você possa se pre-venir. As dicas enviadas pelos especialistas são medidas que garantem uma segurança sa-tisfatória, o que na maioria das vezes é possível alcançar com baixo investimento e que, em alguns casos, com a simples mudança de comportamento.

Ao aliar as dicas e recomen-dações ao trabalho preventivo e ostensivo desenvolvido pela Polícia Militar, o cidadão esta-rá protegido e seguro.

Entre as recomendações consta: procurar saber com an-tecedência sobre a idoneidade da empresa ou pessoa que irá prestar algum serviço em sua residência, garantir que alguém acompanhe o serviço, mesmo que este seja apenas na área externa da residência; Se o ser-

viço contratado exigir a neces-sidade de acesso ao interior da residência, por precaução, ocul-tar objetos de valor que possam chamar a atenção; Ficar atento às construções e reformas pró-ximo a residência; Ao adquirir um novo bem para casa (TV, DVD, SOM, etc.) não deixar a caixa do produto exposta no lixo da rua: corte-a em pedaços pequenos e coloque-os dentro do saco de lixo; Ficar atento com pessoas estranhas que es-

Kaná ManhãeS

Residências vazias durante feriado são alvos fáceis para assaltantes

tejam rondando a vizinhança; Sempre que possível procurar manter a campainha desligada ao se ausentar por um período longo de tempo da sua residên-cia; Não jogar no lixo qualquer tipo de documento que conte-nha informações que o identi-fique (conta de água, luz, tele-fone, envelopes de correspon-dências onde conste seu nome completo etc.) ou mesmo que contenham informações sobre seus hábitos (fatura de cartão

de crédito, notas fiscais, com-provante de pagamento com cartão etc.);

É muito comum jogar do-cumentos com informações pessoais no lixo, especialistas frisam que bandidos também se valem de informações re-colhidas através do lixo das residências para monitorar seus hábitos e ter informações sobre sua vida. Outro ponto a se preocupar é que alguns do-cumentos com essas informa-

ções podem ser utilizados para falsificação de documentos e prática de fraude em seu nome.

Além disso, evitar limpar a área externa, como calçadas, durante o horário de muito mo-vimento; Os vizinhos são bons aliados no momento de ausên-cia dos moradores, ter em mãos o telefone do vizinho e passar o próprio telefone para algum vi-zinho de confiança ajuda.

Alguns acreditam na teoria da lâmpada acesa durante o

dia e também à noite. Entre-tanto, luz acesa durante o dia na área externa da residência é afirmar que você não está em casa. Porém, acesa dentro de casa sempre é uma dúvida para quem está do lado de fora.

E por fim, na fase de pla-nejamento, os ladrões costu-mam realizar testes através do acionamento da campai-nha ou interfone das residên-cias, em horários alternados, para certificar-se de que não há ninguém na residência, o que permite a prática do fur-to. Estando a campainha ou interfone desligados, deixará dúvida para os bandidos sobre a presença ou não de pessoas dentro do imóvel.

SiStEmA municipAl dE VidEomonitoRAmEnto

Se vitimado, ligue imediata-mente para o 190 e esteja em condições de informar o local exato da ocorrência (com re-ferências) e as características físicas e vestimentas do cri-minoso. Este procedimento facilitará a busca setorial nas câmeras próximas. Existem registros de inúmeros êxitos de prisões, inclusive a 1,5 km de distância do local de ocor-rência.

Frequentemente, motivos técnicos dificultam o Atendi-mento 190. Não desista! Ligue para o Disque Denúncia do 32º BPM: (22) 2765-7296.

Guarda Ambiental reforça atuação no mês do meio ambiente

NOTA

Page 7: Noticiário 05 06 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015 7

Geral

InIcIatIva

Casa do Caminho luta pela preservação ambiental

Neste dia 5 de maio comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambien-te. Uma data fundamental para a reflexão acerca da preservação desse importante ambiente, que envolve todas as coisas vivas e não-vivas que existem na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos seres hu-manos. E para exemplificar ações em prol da preservação ambiental existentes no município, essa re-portagem traz um pouco da histó-ria de um projeto que vem dando certo e motivando a preservação de espécies na cidade.

Campos Verdes - Esse é o nome do Projeto de educação ambiental

Por meio de uma série de projetos, a Ong desperta o interesse dos estudantes, comunidade escolar e população para a importância da preservação do meio ambiente

desenvolvido pela Ong Casa do Ca-minho que contou com a parceria do Jornal O Debate. Trata-se de um projeto que por meio do programa de Recomposição Vegetal do Bos-que Verde do Caminho que visa despertar os estudantes, comuni-dade escolar e população para a im-portância da preservação do meio ambiente. Mas que atualmente precisa de apoio para continuar com as atividades.

“Um de nossos objetivos é supe-rar fatores adversos de dificuldade de recursos. E o apoio que o Jornal nos deu com a oferta de mudas foi de grande importância e levou a criação do espaço verde em nossa Ong”, lembra Pierre.

Entre as ações sociais desen-volvidas pela instituição, estão distribuição de cestas básicas e leite em pó para famílias ca-rentes, atendimento social com cursos profissionalizantes e pa-lestras, centro terapêutico para pacientes portadores de distúr-bios psicossociais, atendimento

odontológico, funcionamento de bazar de roupas e calçados usados, projeto com crianças e adolescentes, música, informá-tica, habilidades profissionais e conscientização ambiental.

Este ano a Ong Casa do Caminho completa seu 26º aniversário. São mais de duas décadas de assistên-cia à população carente do municí-pio, o que não é para qualquer um. A instituição iniciou os trabalhos na cidade em 1989, e desde então

Kaná Manhães

Na última quarta-feira (3) a Ong realizou a inauguração da horta. Evento fez parte da programação pelo Dia Mundial do Meio Ambiente

educação

Crise hídrica é tema de projeto da Educação Infantil no INSG/Castelo

Estimular o uso consciente e responsável da água e de to-dos os recursos naturais. Esse é o objetivo principal do projeto “Terra, Planeta Água”, da Edu-cação Infantil do Instituto Nos-sa Senhora da Glória - INSG/Castelo.

Orientados pelas professo-ras Débora Azeredo e Rossana Assis, os alunos fazem tarefas que: valorizam as atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio am-biente; abordam os fenômenos referentes à água; conscienti-zam sobre o papel do homem na preservação dos rios, lagos e mares; mostram a ação do homem na transformação do

No decorrer do projeto, os alunos participam de atividades que mostram a ação do homem na transformação do meio ambiente

meio ambiente, principalmen-te em relação à poluição e ao desperdício de água.

“Nos tempos atuais, é im-prescindível refletirmos sobre a necessidade de racionalizar o uso da água e de mudarmos nossos hábitos. É por meio do que é ensinado que as crianças vão internalizando no seu dia a dia os hábitos e costumes”, explica a Professora Débora Azeredo.

Já a Professora Rossana Assis ressalta a importância da parti-cipação dos pais nesse processo de conscientização.

“Nós, adultos, temos total responsabilidade e muito a fa-zer quando se trata de dar uma boa criação e educação para as crianças. Por isso, trabalhamos em parceria com a família. Este projeto visa também inserir os pais e responsáveis no desen-volvimento de bons hábitos na vida de seus filhos, a fim de que sejam futuros cidadãos respon-sáveis”, ressalta a docente.

oferece atendimento às famílias carentes da periferia de Macaé, priorizando a criança e o adoles-cente entre oito e treze anos, com aulas de violino, violão, percussão e flauta doce.

Com isso, são mais de duas dé-cadas de funcionamento e aten-dimento à população, onde o principal objetivo é formar novos componentes para o grupo musical da Casa do Caminho - conhecido como “Girassóis do Caminho”.

Senai investe em prol da qualificação dos munícipes e região

MaIs uMa sede

Desde que ganhou seu espa-ço em Macaé, o Senai vem cada vez mais contribuindo com a qualificação profissional da cida-de. E com a finalidade de atender cada vez mais as demandas, em especial na área de petróleo e gás, a instituição se prepara pa-ra entregar mais uma unidade prevista para dezembro deste ano. Trata-se da Escola Sonda que está sendo construída em

Interessados em fazer parte da unidade de ensino devem ficar atentos. Inscrições para cursos técnicos encerram nesta sexta

Cabiúnas. A obra é fruto de uma par-

ceria entre a Prefeitura de Macaé, responsável pela con-cessão do terreno, Petrobras, responsável pela construção e instalação dos equipamentos e Sistema Firjan, responsável pela construção e Operação da Unidade Operacional.

E os interessados em ingres-sar na instituição devem ficar atentos. O prazo para inscrição em cursos técnicos ainda neste semestre encerra nesta sexta-feira (5). As vagas oferecidas são para os cursos de Técnico em Automação Industrial, Eletro-técnica, Mecânica Industrial, além do novo curso de Técnico em Segurança do Trabalho. Já

para Campos, a oportunidade é para o curso de Eletrotécnica.

Os interessados podem se ins-crever, consultar valores e for-mas de pagamento diretamente nas unidades do SENAI ou pelo endereço www.cursosenairio.com.br/orientacaoprofissional

Em Macaé, a unidade fica na Estrada Virgem Santa, 657 - Botafogo.

De acordo com o gerente exe-cutivo da Unidade Operacional de Macaé, Luiz Eduardo Campi-no, as obras da nova unidade se-guem adiantadas e estão dentro do cronograma. O local onde se-rão instalados os equipamentos pela Petrobras já estão concluí-dos, assim como o muro de con-tenção. Já a fundação do local,

onde serão construídas as salas de aula, também está adiantada. Recentemente, membros da Co-missão da Firjan visitaram o lo-cal e aprovaram o investimento.

A unidade voltada mais para aulas práticas vai contar com apenas quatro salas de apoio para essas aulas. Os módulos a serem oferecidos são: Treina-mento em Operações na mesa de perfuração, Treinamento em Movimentação de Cargas, Trei-namento em Bombas de Lona e Treinamento em Preparação e Circulação de Fluidos.

A obra visa a construção de rampa de acesso, estacionamen-to, subestação e áreas externas. “Apesar do momento de crise, os principais investimentos na

Wanderley Gil

Recentemente, membros da Comissão da Firjan visitaram os canteiros de obras da nova unidade

região estão ligados à cadeia de produção de petróleo e gás. Essa nova sede do Senai vai contribuir com o desenvolvimento do mu-nicípio e, consequentemente, do Estado”, ressalta Campino.

Ele lembra ainda que Macaé é a única cidade do Estado a contar com duas unidades do Senai.

A instituição conta com ações a serem realizadas a curto, médio e longo prazo. Entre os cursos ofe-recidos atualmente estão aqueles na área de Petróleo, Mergulho, Eletricidade, Movimentação de Cargas, Segurança do Trabalho, Automação / Instrumentação, Solda e Mecânica.

IncentIvo

Instituto Vida Sustentável busca parceria para continuar projetos Localizado na Serra Macaense, projeto visa uma série de ações em prol da preservação ambiental

Juliane Reis [email protected]

Um projeto que nasceu em 2007 com a propos-ta de trabalhar a edu-

cação ambiental e que, aos poucos, vem colhendo frutos do próprio trabalho, mas que para seguir adiante precisa do apoio e parcerias. Assim é o Projeto “Vida Sustentável” idealizado na Serra Macaense, e que consiste na recuperação de vegetação e nascentes e elaboração de uma horta or-gânica. As atividades são co-ordenadas pelo diretor Paulo Moraes e pela engenheira Flo-restal Katia Hunnicutt.

“A demanda do meio am-biente em se recuperar é muito grande e as ações são pequenas. Enquanto Ong nossa finalidade é contribuir e, ainda que nossas ações sejam pequenas, sabemos que elas fazem a diferença. Mas sentimos a dificuldade de re-cursos para então concretizá-

las. A gente precisa de apoio para que o projeto continue fazendo a diferença não só no meio ambiente, mas também na vida das pessoas. Hoje, já te-mos um grupo de natação, uma horta feita com a ajuda deles e que já está dando frutos”, expli-ca a engenheira.

De acordo com ela, a horta, apesar de recente, já tem itens em ponto para a colheita, co-mo a rúcula, por exemplo. “Aos poucos, a gente vai conseguin-do, mas sem parcerias e apoio fica muito difícil. Com a ajuda de hortifrutis, conseguimos plantar chuchu, inhame, gen-gibre. “Eles fizeram a doação de produtos que não estavam em condições de uso, e nós plantamos. Em breve teremos esses itens sendo colhidos em nossa horta e levados para a mesa dessas pessoas que fazem parte do grupo de natação, e que nos ajudam nos trabalhos. Também serão doados para a comunidade”, disse.

A Ong sonha ainda realizar os trabalhos de recuperação de nascentes, mas sem apoio fica difícil. “Já visitamos algu-mas nascentes e os trabalhos a serem feitos são simples, mas sem parceria se torna difícil. Existe uma burocracia e todo um trâmite para que as ações sejam feitas, mas ao final, com os trabalhos feitos seria possível aumentar a vazão de água. Já temos várias nascen-tes assoreadas que precisam ser recuperadas, fazer o re-florestamento, mas tudo isso demanda técnica, mão de obra especializada.

Na última semana, o Ins-tituto participou da Feira de Responsabilidade Social e Empresarial da Bacia de Campos, onde apresentou aos participantes suas propostas e ações.

Interessados em contribuir com os trabalhos do grupo podem entrar em contato pe-lo email [email protected].

Wanderley Gil

Atividades são coordenadas pelo diretor Paulo Moraes e pela engenheira florestal Katia Hunnicutt

Educação: cerca de 700 alunos recebem cartão SUS

nota

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015

EspEcial

Macaense cria poema em homenagem à Lagoa de Imboassica

Lagoa de Imboassica / Que já matou tanta fome / É paraíso que fica esquecido pelo homem. / Deitada em teu leito escuro/ É presente sem futuro / Apodre-ce, morre, dorme.

A lagoa era morada / De ri-ca fauna e flora./ A ganância desenfreada/ Nossa Lagoa de-vora/ Arranca juncos e tabua/ Constrói casas e ruas / E o dólar vem sem demora.

Lagoa mãe natureza / Porque te fazes tanto mal? / Esgotos, rejeitos com certeza / ninguém joga no quintal. / No paraíso da lancha / A sociedade mancha / Teu próprio cartão postal.

Você que destrói as águas / É necessário saber / Um coração cheio de mágoas / Precisa se ar-repender. / Nem tudo é dólar ou petróleo/ Pois a água dos teus olhos não serve para beber.

Todos nós somos culpados / Condenados sem perdão/ Estamos de braços cruzados / Assistindo a destruição. / Uma pergunta que está no ar:/ O que vamos deixar para futura gera-ção?

Aqui era um paraíso / Quando pescador vivia / Pescar era pre-ciso / Quase sempre todo dia / Aqui era uma beleza / Pescador e natureza / Numa perfeita har-monia.

Todo ano acontece / Destrui-

Conhecedor desse importante recurso hídrico, Tio Jorge deixa as palavras tomar conta da imaginação e dá vida à obra “Lagoa de Imboassica”

ção, enchente / Isso muito me entristece / A morte de inocen-te / Perdendo a própria vida / A natureza ferida / Manda um recado para gente.

Parem a destruição / Chega de tanta covardia / Lagoa não é fossa não / Nem despejos de porcaria / Por que você não res-peita? / A natureza é perfeita / Tu não merece anistia.

Preserve a Lagoa Inteira / Abra a barra anualmente / Deixe o canal da Figueira / Le-var a água corrente / Desaguar lá nas pedrinhas / Pois a nossa lagoinha / Vai controlar as en-chentes.

Com um ano o peixe cresce / O camarão, o siri / Esgoto, ater-ro entristece / Afaste este mal daqui / Ouça a voz dos ventos / Lagoa sem lamentos / Já é tem-po de ouvir.

A Lagoa está morrendo / To-dos os seres sofrendo, / E sua vegetação? / Está pedindo per-dão / Por toda nossa maldade, / Tamanha crueldade / Imposta aos passarinhos. / Não vejo ou-tro caminho / Tamanho é sua agonia / Morre um pouco, todo dia / Com ela minha esperan-ça, / O meu sonho de criança. / Lagoa te quero tanto / Vou segurar meu pranto / O meu grito sufocado / Me prove que estou errado, / Que a Lagoa tem jeito / Pra eu arrancar do peito / Um sentimento profundo / Pra que tenha paz no mundo / Não é preciso riqueza / E sim nossa consciência / Que o homem e sua existência / Não vive sem natureza.

Autor: Tio Jorge - Pescador

Pescador fala da importância da Lagoa de Imboassica

lEmbranças

Em meio a um misto de carinho, emoção e compaixão Tio Jorge lembra do tempo em que a Lagoa era um verdadeiro santuário ecológico

Nesta reportagem, o pescador “Tio Jorge” como é conhecido carinhosamente no município, destaca a impor-tância da Lagoa e de sua pre-servação. Como profissional da pesca, ele conta que conhece e reconhece o valor desse impor-tante recurso hídrico que para ele vai muito além de toda po-luição visível atualmente.

Em recente entrevista ao Jornal, ele lembra que ao falar da Lagoa Imboassica, está falan-do de um universo que tem sua marca e história no município, em especial para pessoas que durante anos garantiram por meio dela o sustento de suas fa-mílias e de famílias cujos filhos puderam se banhar na lagoa nos dias de forte calor.

“Uma realidade que não acontece nos dias de hoje de-vido a sua poluição. Por um lado ficamos felizes pela obra de saneamento que vem sendo feita pelo órgão municipal, di-minuindo assim o lançamento de dejetos no recurso hídrico. Depois que começou a obra já podemos observar uma me-lhora de 40% na Lagoa, mas sabemos que muito ainda deve ser feito, para então termos de volta aquele lugar lindo”, disse.

O pescador falou ainda que a

atual crise hídrica agrava a si-tuação da Lagoa e apontou três medidas fundamentais para a recuperação da Lagoa: Desasso-reamento / Abertura de Barra a cada dois anos e Uso correto do Canal extravasor / Vertedouro.

O desassoreamento, segundo o pescador, é considerado o tri-pé para despoluição da Lagoa. “A lagoa tem hoje um assorea-mento de cerca de 2m e meio. São 2m e meio de esgoto. Por isso considero necessário fazer a retirada dessa camada para que possamos chegar ao fundo da Lagoa que é de barro tabatin-

ga e pedra”, disse.Com relação a abertura de

barra, ele diz que além de per-mitir a renovação da água, traz peixes do mar que possuem alto valor comercial, como Carape-ba, Tainha, Robalo e Parati e ga-rante que essa prática possibili-ta ainda que não haja extinção nem dos peixes brancos (mar) nem dos peixes pretos (lagoa).

"Isso é fundamental para a renovação da água da Lagoa. Deve ser feita sim, de dois em dois anos, exceto em casos que não haja chuva. Pois além de renovar a água da Lagoa tor-

nando-a mais limpa, traz uma imensa reprodução de pesca-do, desde as larvas a espécies já na fase adulta. Esse meio é ainda a única limpeza que se consegue fazer na lagoa, onde se retira 70% da água e a força da correnteza possibilita a lim-peza do fundo retirando toda a sujeira e para nós, profissio-nais da pesca, isso é muito im-portante, pois passamos a con-tar com uma Lagoa de peixes e águas limpas”, disse o pesca-dor. Quanto ao canal extrava-sor ele ressalta a importância do uso correto do espaço.

Wanderley Gil

Tio Jorge fala da importância das obras de saneamento no município para a recuperação da Lagoa

mEio ambiEntE

Recursos hídricos em Macaé lutam pela sobrevivência Rio Macaé e Lagoa de Imboassica ainda são depósitos de esgoto 'in natura', mas Prefeitura garante que está fazendo obras em prol do saneamento Juliane Reis [email protected]

Nesta sexta-feira, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio

Ambiente, data propícia pa-ra reflexão sobre as questões ambientais. E mais um ano, como forma de promover a conscientização ambiental, o jornal O DEBATE traz algu-mas reportagens com foco na preservação. O município conta atualmente com cenários cada vez mais preocupantes como a poluição do Rio Macaé - um manancial responsável por abastecer a conhecida Capital do Petróleo e diversos municí-pios vizinhos, mas que está se tornando um rio contaminado por efluentes. Além de esgotos, outros resíduos também são despejados no manancial co-mo pneus, garrafas pet, restos de móveis, tecidos, ferros, entre outros, que são desembocados no mar, na Praia da Barra.

Outro local que também so-fre com o descarte irregular, em especial de esgoto 'in natura' é a Lagoa de Imboassica - que ape-sar de tanto dejeto que recebe, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) está pró-pria para banho.

Profissionais da área acredi-

tam que é preciso investimentos por parte dos órgãos públicos para que o problema seja resol-vido. Recentemente, de acordo com informações da Prefeitura, esses meios hídricos do municí-pio já começaram a ser benefi-ciados com as obras do sistema de tratamento de esgoto realiza-das pela prefeitura, por meio da Parceria Público Privada (PPP), com participação da Odebrecht Ambiental e da Empresa Públi-ca Municipal de Saneamento (Esane), que fiscaliza os traba-lhos. E a previsão é de que até o fim de 2015 sejam construídos 42 quilômetros de rede coletora. O primeiro módulo da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Centro evitará o despejo de es-goto na Lagoa de Imboassica e no Rio Macaé, contribuindo ainda para outros meios hídri-cos como o Canal do Capote, na Linha Verde.

Mas vale lembrar que o mu-nicípio conta também com di-versas belezas naturais, como o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Parque Atalaia e a Reserva Biológica da União. E em virtude da data, não só O Debate, mas instituições de en-sino e empresas, de modo geral, costumam realizar ações em prol da preservação do valio-so ecossistema. Mas será que

crédito

Rio Macaé está cada vez mais assoreado e a Lagoa Imboassica não fica para trás

apenas ações imediatas são su-ficientes?

No município o que se ob-serva é a constante degradação

desse meio. As áreas de Mata Atlântica são cada vez mais substituídas por construções, muitas apontadas por cientis-

tas e pesquisadores como irre-gulares. Os recursos naturais como Lagoa de Imboassica e Rio Macaé seguem ameaçados.

E ao invés de santuários ecoló-gicos tornaram-se depósitos de esgoto e lixos das mais variadas espécies.

O Dia Mundial do Meio Am-biente foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. Entre os principais objetivos da comemoração es-tão promover a compreensão de que é fundamental que co-munidades e indivíduos mu-dem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais.

Entre os danos ambientais que podem ser observados em Macaé estão a redução da área de berçário das espécies ma-rinhas (peixes e camarões), o que prejudica a pesca e, ainda, representa uma ameaça à po-pulação do entorno pelos riscos constantes de inundação no pe-ríodo de tempestades.

Um defensor das áreas ver-des e diretor da Ong Casa do Caminho, instituição que luta pela preservação e educação ambiental no município, Pierre Maciel lembra da importância da realização de ações constan-tes em prol da preservação ten-do em vista que o Dia do Meio Ambiente é todos os dias.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015 9

ESPORTE

Campeonato de futebol 7 chega à finalEvento promovido pela Liga Macaé F7 aconteceu no último dia 30

Marianna [email protected]

No último sábado (30), aconteceu a grande final do Campeonato Muni-

cipal de Futebol 7 de Macaé, promovido pela Liga Macaé F7. O evento esportivo reuniu esse ano mais de mil atletas inscritos em cinco categorias: Sub-9 (6 a 8 anos), Sub-11 (9 e 10 anos), Sub-13 (11 e 12 anos), Sub-15 (13 e 14 anos) e Sub-17 (15 e 16 anos).

O primeiro jogo foi da Sub-9, onde a Escola do Giants derro-tou a Escola do Fluminense por 3 a 1. O destaque da competição foi o atacante Julinho, que le-vou o troféu de artilheiro com 13 gols durante o campeonato. Já o Sub-11, a Escola do Flumi-nense garantiu o título e o des-taque foi o artilheiro Saymon Couto, com 11 gols.

No Sub-13, o Galaxy, coman-dado pelo seu goleiro João Vi-tor “Careca” e seu atacante Ale-xandre “ThuThuco”, levantou a taça ao vencer o Fluminense por 3 a 0. Em seguida, foi a vez de chegar ao campeão do Sub-15, que foi uma das partidas mais disputadas.

Após ficar no 2 a 2 durante o jogo normal, o Galaxy e o Flu-minense foram para a disputa de “Shoot outs”, espécie de pê-naltis do F7. No final o Flumi-nense levou a melhor e o título da categoria.

A última categoria a disputar foi a Sub-17, entre o Compacto Mix e o AMFE. Assim como o Sub-13, a decisão também aconteceu nos pênaltis, após o 1 a 1 no segundo tempo da parti-da. O AMFE venceu o adversá-

rio e levou o título de campeão.Durante a solenidade de pre-

miação, a Liga Macaé agrade-ceu às equipes que participa-ram, principalmente pelo em-penho e excelente qualidade dos jogos. Ela homenageou os técnicos e gestores, que neste período se dedicaram ao má-ximo pelos seus times. “A mo-dalidade F7 cresce, o esporte cresce e mais oportunidades surgem. A Liga agora dará iní-cio ao Campeonato Municipal adulto, que começará no dia 13 de junho e reunirá mais de 20 equipes na categoria prin-cipal”, enfatizou o gestor Leo-nardo Macebo.

Em dois meses foram 115 jo-gos e, aproximadamente, 400 gols. Como premiação foram entregues troféus para os cam-

peões e vices, assim também para o artilheiro e goleiro de cada categoria. Todos os fina-listas receberam uma medalha.

A Liga Macaé de Futebol 7 é uma instituição responsável pela organização de compe-tições de futebol 7 society no município de Macaé e região. Ela é filiada à Federação Esta-dual de Futebol Society e tam-bém à Confederação Brasileira de Futebol.

Desde que foi criada, é con-siderada um marco para o esporte em Macaé, que conta com uma instituição indepen-dente, que tem como compro-misso a difusão e o crescimento da modalidade no município. Para conhecer mais a LMF, o interessado pode acessar o site: www.macaef7.com.br.

Divulgação

Ao todo foram cinco categorias disputando o campeonato

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, sexta-feira, 5 de junho de 2015