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Limites de cloretos aceitáveis em estruturas de concreto armado segundo as normas brasileiras, europeias e norte-americanas. Universidade Federal de Goiás Curso de Mestrado em Engenharia Civil Professor: Dr. Enio Pazini Novembro 2013

Normas - Teor Cloretos (1)

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Limites de cloretos aceitáveis em estruturas de concreto armado segundo as normas brasileiras, europeias e

norte-americanas.

Universidade Federal de GoiásCurso de Mestrado em Engenharia Civil

Professor: Dr. Enio Pazini

Novembro 2013

Autor/Normas Teor máximo de cloretos (%)*

European Standards EN 206-1 :2005

Utilização do Concreto TEOR DE CLORETO CLASSE 1

Teor máximo de Clem massa, de

cimento 2

Sem armaduras de aço ou peças metálicas embutidas exceção de elementos de elevada resistência à corrosão (aço Inoxidável) CL 1,0 1,00%

Com armaduras de aço ou peças metalicas embutidas. CL 0,20 0,20%CL 0,40 0,40%

Com armadura de aço de protensãoCL 0,10 0,10%CL 0,20 0,20%

1 Para um uso específico do concreto, a classe a ser aplicada depende das disposições válidas no local de utilização do concreto.2 Quando adições do tipo II são usadas e tomadas em conta para o teor de cimento, o teor de cloreto expressa-se como a percentagem de íons cloreto por massa de cimento mais a massa total das adições que são tomadas em consideração.

ACI 222R-01 (2001)

O ACI 222R-01 estabelece limites em função de três métodos de ensaio para verificação dos teores de cloretos:

(obs.: % de cloretos sobre a massa de cimento) Solução em ácido Solução em água

Categoria ASTM C 1152 ASTM C 1218 Soxhlet (ACI 222.1)

Concreto protendido 0,08% 0,06% 0,06%

Concreto armado exposto a condições de umidade 0,10% 0,08% 0,08%

Concreto armado seco ou protegido de umidade 0,20% 0,15% 0,15%

Autor/Normas Teor máximo de cloretos (%)*

BS 8110: Part 1 – BSI :1997 Em 2010 foi substituída pela Norma Europeia.

Andrade (1992) 0,40%

Thomas (1996)0,2% – para concretos com 50% cinza volante

0,7% – para concretos sem cinza volante

NBR 6118:2007 Na NBR 6118:2007 não foi encontrada especificação do teor máximo de cloretos, no entanto na NBR 12655:2006, existem tais índices.

NBR 12655:2006

Tipo de estruturaTeor máximo de íons cloreto

(Cl) no concreto % sobre a massa de cimento

Concreto protendido 0,5

Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura 0,15

Concreto armado em condições de exposição não severas (seco ou protegido da humidade nas condições de serviço da estrutura) 0,4

Outros tipos de construção com concreto armado 0,3

NBR 15900-1:2009

UTILIZAÇÃO DO CONCRETO Teor máximo de cloreto mg/L na agua de amassamento

Concreto protendido ou Graute 500

Concreto Armado 1000

Concreto Simples ( Sem armadura) 4500

Determinação do teor de Íon cloreto no Concretosegundo a ABNT

Eng. Marcus Vinicius Martins

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

Introdução:

Os cloretos são responsáveis pela ação despassivadora da armadura de concreto, estes íons podem estar presentes nos aglomerantes, agregados e na água de amassamento.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

As normas brasileiras que tratam do assunto:

• NBR 6118:2007

• NBR 12655:2006

• NBR 15900-1:2009

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNTNBR 6118:2007

• A norma faz referência nos requisitos de qualidade da estrutura, avaliando o ambiente como um todo, não especificando o teor de cloretos.

Tabela 6.1- Classes de agressividade ambiental

Classe de agressividade ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de ambiente para efeito de projeto

Risco de deterioração da estrutura

I Fraca Rural InsignificanteSubmersaII Moderada Urbana1),2) Pequeno

III Forte Marinha1)

GrandeIndustrial1),2)

IV Muito Forte Industrial1),3)

ElevadoRespingos de maré1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura) 2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor o igual a 65%, partes de estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, industrias químicas.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

• NBR 6118:2007Tabela 7.1- Correspondência entre classes de agressividade e qualidade de concreto

Concreto TipoClasse de agressividade (tabela 6.1)

I II III IV

Relação água/cimento em massa

CA ⩽0,65 ⩽0,60 ⩽0,55 ⩽0,45

CP ⩽0,60 ⩽0,55 ⩽0,50 ⩽0,45

Classe de concreto (ABNT NBR 8953)

CA ⩾C20 ⩾C25 ⩾C30 ⩾C40

CP ⩾C25 ⩾C30 ⩾C35 ⩾C40

Notas

1 O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir com os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 12655.2 CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.3 CP corresponde a componentes e elemento estruturais de concreto protendido.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

• CLASSE DE CONCRETO (ABNT NBR 8953)

Grupo I de resistência Resistência característica à compressão (MPa)

C10 10C15 15C20 20C25 25C30 30C35 35C40 40C45 45C50 50

ABNT NBR 8953

Grupo II de resistência Resistência característica à compressão (MPa)

C55 55C60 60C70 70C80 80

ABNT NBR 8953

• NBR 6118:2007

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

CORRESPONDÊNCIA ENTRE CLASSE DE AGRESSIVIDADE E COBRIMENTO NOMINAL PARA AC= 10mm

TIPO DE ESTRUTURA TipoClasse de Agressividade ( Tabela Anterior)

I II III IVCOBRIMENTO NOMINAL mm

CONCRETO ARMADOLAJE2) 20 25 35 45

VIGA/PILAR 25 30 40 50

CONCRETO PROTENDIDO1) TODOS 30 35 45 55

1) Cobrimento nominal da armadura passiva que envolve a bainha ou os fios, cabos e cordoalhas, sempre superior ao especificado para o elemento de concreto armado, devido aos riscos de corrosão fragilizante sob tensão.

2)Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, respeitando um cobrimento nominal maior 15mm.

3) Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de áqua e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, a armadura deve ter cobrimento nominal maior 45mm.

• NBR 6118:2007

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

Para o cobrimento deve ser observado o prescrito em na Norma.

7.4.7.1 Para atender aos requisitos estabelecidos nesta Norma, o cobrimento mínimo da armadura é o menor valor

que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado e que se constitui num critério de aceitação.

7.4.7.2 Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal

(cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (Δc). Assim, as dimensões das armaduras e

os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2, para Δc = 10 mm.

• NBR 6118:2007

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

7.4.7.3 Nas obras correntes o valor de Δc deve ser maior ou igual a 10 mm.

7.4.7.4 Quando houver um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da variabilidade das

medidas durante a execução pode ser adotado o valor Δc = 5 mm, mas a exigência de controle rigoroso deve ser

explicitada nos desenhos de projeto. Permite-se, então, a redução dos cobrimentos nominais prescritos na tabela

7.2 em 5 mm.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

• NBR 12655:2006

A norma estabelece limites nos índices da concentração de íons cloreto no concreto endurecido para proteção de armadura

Tabela 5- Teor máximo de íons cloreto para proteção das armaduras do concreto

Tipo de estrutura

Teor máximo de íons cloreto (Cl) no concreto % sobre a massa de cimento

Concreto protendido 0,50

Concreto armado exposto a cloretos nas condições de serviço da estrutura

0,15

Concreto armado em condições de exposição não severas (seco ou protegido da humidade nas condições de serviço

da estrutura)

0,40

Outros tipos de construção com concreto armado 0,30

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

NBR 15900-1:2009

A norma estabelece a quantidade de teor de cloreto, na água de amassamento.

NBR 15900-1:2009*

UTILIZAÇÃO DO CONCRETO Teor máximo de cloreto mg/L

Concreto protendido ou Graute 500

Concreto Armado 1000

Concreto Simples ( Sem armadura) 4500

* Não deve exceder os limites estabelecidos a norma, a menos que se mostre que o teor de cloreto no concreto não exceda o valor máximo permitido na ABNT 12655

A partir das normas podemos fazer algumas avaliações:

Segundo a NBR 6118/2007 em Goiânia tem-se:

- A classe de agressividade ambiental: II moderada urbana- Com relação a/c em massa inferior 0,6 para concreto armado e 0,55 para concreto

protendido;- Cobrimento Concreto armado superior a 25mm em laje e 30 mm para viga e pilares.- Cobrimento Concreto Protendido em todas as peças estruturais superior a 35mm.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

Segundo a NBR 12655/2006 tem-se:

- Num CONCRETO ARMADO EXPOSTO A CLORETOS NAS CONDIÇÕES DE SERVIÇO DA ESTRUTURA o

teor máximo de cloreto em porcentagem em massa de cimento permitido é 0,15%, por exemplo em

um concreto com um consumo de cimento de 300kg, é permitido 45g de íons de cloreto.

Segundo a NBR 15900-1/2009 temos:

- A água de Amassamento, o teor máximo permitido em concreto armado é de 1000 mg/l, num

concreto com um consumo de 200l de água, temos 200g de Íons de Cloreto, atendendo conjuntamente

as especificações da NBR 12655/2006, para garantir a durabilidade da estrutura.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

Embora existe uma grande quantidade de estudos no Brasil sobre a ação do íon de

cloreto no concreto, ainda existe pouca normatização sobre o assunto. Para uma maior

segurança podemos consultar as normas estrangeiras , comparar e de acordo com a situação

adotar a norma que garanta a durabilidade da estrutura.

Determinação do teor de Íon cloreto no Concreto segundo a ABNT

Determinação do teor de Íon cloreto no Concretosegundo a Norma Europeia

Engª. Elva Wendolyn Ramírez Pérez

Norma Europeia EN 206-1:2005

European Standards EN 206-1

Utilização do ConcretoTeor de cloreto classe 1

Teor máximo de Clem massa, de

cimento 2

Sem armaduras de aço ou peças metálicas embutidas exceção de elementos de elevada resistência à corrosão (aço Inoxidável) CL 1,0 1,00%

Com armaduras de aço ou peças metálicas embutidas.CL 0,20 0,20%CL 0,40 0,40%

Com armadura de aço de protensãoCL 0,10 0,10%CL 0,20 0,20%

1 Para um uso específico do concreto, a classe a ser aplicada depende das disposições válidas no local de utilização do concreto.

2 Quando adições do tipo II são usadas e tomadas em conta para o teor de cimento, o teor de cloreto expressa-se como a percentagem de íons cloreto por massa de cimento mais a massa total das adições que são tomadas em consideração.

Aditivos com base cloreto de cálcio e cloreto não deve ser adicionada ao concreto com reforço de aço, pré-esforçado ou outro metal incorporado.

Para a determinação do teor de cloreto do concreto, a soma das contribuições a partir dos materiais constituintesdevem ser determinados por um ou pela combinação de os métodos a seguir:

- Cálculo com base no teor máximo de cloreto permitido dos materiais na norma para o declarado pelo produtor de cada um dos materiais constituintes;

- Calculado com base no teor de cloreto dos materiais calculado mensalmente a partir da soma das 25 determinações de teor de cloreto mais 1,64 × o desvio padrão para cada material constituinte.

NOTA: O ultimo metodo é particularmente é aplicável a agregados extraidos do mar e para aqueles casos em que não há um valor máximo padrão.

3.1.23 ADIÇÃO

São materiais finamente divididos (moídos ou não) que podem ser utilizados no concreto com a finalidade de melhorar certas propriedades ou mesmo alcançar propriedades especiais. Esta norma trata de dois tipos de adições inorgânicas como:

Adição

Tipo I (Adições quase inertes)

- Filler calcario

- Pigmentos

Tipo II

Adições hidráulicas latentes)

Escória granulada de alto forno moída

Adições pozolânicas

pozolanas naturais

cinzas volantes

sílica de fumo

as escórias granuladas de alto-forno apresentam propriedades hidráulicas latentes, isto é, da forma como são obtidas endurecem quando misturadas com água. Contudo, as reações de hidratação das escórias são tão lentas que limitariam sua aplicação prática se agentes ativadores, químicos e físicos, não acelerassem o processo de hidratação.

Os materiais pozolânicos, ao contrário das escórias granuladas de alto-forno, não reagem com a água da forma como são obtidos. Entretanto, quando finamente divididos, reagem com o hidróxido de cálcio em presença de água e na temperatura ambiente, dando origem a compostos com propriedades aglomerantes. Por essa razão, os materiais pozolânicos são utilizados conjuntamente com o clínquer, pois o hidróxido de cálcio é um produto normalmente resultante da hidratação deste.

1 ESCOPO

Este relatório reflete o estado da arte da corrosão dos metais, e especificamente das armaduras para concreto.

ACI 222R-

01

MECANISMOS DE CORROSÃO

MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA

NOVAS OBRAS

PROCEDIMENTOS DE

IDENTIFICAÇÃO DE AMBIENTES

AGRESSIVOS

PROCEDIMENTOS DE

IDENTIFICAÇÃO DE CORROSÃO

ATIVA

MEDIDAS DE CORREÇÃO

1.1 COMITÊ 222ACI 222R-01

Publicado em 25 de setembro de 2001;

Substitui o ACI 222R-96;

Reaprovado em 2010.

ACI 222.1-96 – Método de mensuração de cloretos solúveis em água responsáveis pela corrosão das armaduras usando o extrator Soxhlet

▪ Publicado em 1996.

ACI 222.2R-01 – Corrosão em armaduras protendidas

▪ Publicado em 1 de fevereiro de 2001;

▪ Reaprovado em 2010.

ACI 222.3R-11 – Guia de práticas construtivas para mitigar a corrosão no concreto armado

▪ Publicado em abril de 2011.

1.2 INTRODUÇÃO▪ Corrosão é um tema que vem recebendo uma crescente atenção, desde as

primeiras manifestações em estruturas marinhas e usinas de produtos químicos;

▪ Os estudos avançam sob duas vertentes: aprimorar métodos de reparo de estruturas já existentes e prevenir a manifestação em novas obras;

▪ Corrosão pode ocorrer na presença e na ausência de íons cloretos;

▪ Cloretos podem ser adicionados intencionalmente no concreto, através de aditivos, ou podem penetrar a estrutura exposta em ambientes marinhos ou por degelo;

▪ Reformulação das práticas construtivas pode também retardar o processo de corrosão, assim como a dosagem do concreto, espessura do cobrimento, controle de fissuração e medidas específicas para controle da corrosão.

2 MECANISMOS DE CORROSÃO

2.1 Processo de corrosão

▪ Reações anódicas – oxidação do ferro formando íons de ferro e dissolução do ferro;

▪ Reações catódicas – redução do oxigênio formando hidroxilas e redução do hidrogênio.

2 MECANISMOS DE CORROSÃO

2.1 Processo de corrosão

▪ Diagrama de Pourbaix - Ferro

2H2O + O2 + 4e- 4(OH)-

2H+ + 2e- H2

2 MECANISMOS DE CORROSÃO

2.1 Processo de corrosão

▪ Na ausência de algum dos fatores responsáveis pela corrosão, o ferro irá se oxidar (Fe3O4 e Fe2O3), formando uma camada protetora na barra;

▪ Com a redução do pH do concreto (carbonatação ou reação pozolânica), os óxidos não protegerão mais a armadura e a dissolução se torna possível;

▪ A corrosão pode ser induzida, teoricamente, quando a reação do átomo de ferro ocorrer com a hidroxila na presença de água. Isso pode ocorrer aumentando-se o pH do concreto;

▪ Elevar a temperatura do concreto, com pH normal, acima de 60°C pode fazer com que o hidróxido de ferro venha a reagir com o oxigênio, liberando água.

2 MECANISMOS DE CORROSÃO

2.2 Cinética da corrosão

▪ A taxa de corrosão pode ser determinada medindo-se a taxa com o que os elétrons são removidos do ferro nas reações anódicas;

▪ 1 µA/cm² = 11,8 µm/ano – Faraday;

▪ Corrente de corrosão Desequilíbrio Tensão externa n = E – Ecorr;

▪ Para Tafel (1971), com n entre ± 100 e ± 200 mV “n” é diretamente proporcional ao logarítmo da densidade de corrente – Icorr.

2 MECANISMOS DE CORROSÃO

2.3 Curvas de polarização – Retas de Tafel

2 MECANISMOS DE CORROSÃO2.4 Início da corrosão por cloretos

Aditivos Ambientes marinhos Efluentes industriais Sais de degelo

CLORETOS

HIDROXILAS

Reação dos íons de ferro

e cloretos

Complexo solúvel

Difusão

Zona de alto pH

Quebra do complexo

Precipitação (hidróxido de ferro)

Liberação do cloreto

Remoção de mais íons de

ferro

2 MECANISMOS DE CORROSÃO2.5 Incorporação e difusão de cloretos no concreto

Aditivos

Pode ocorrer rápida corrosão nas primeiras idades (mistura no estado plástico, fresca e a alcalinidade dos poros não desenvolvida). Na fase endurecida com elevado pH, há decréscimo da taxa de corrosão (função do teor de íons).

Ambientes marinhos

Difusão ocorre pelos poros capilares e depende da relação a/c, tipo de cimento, da temperatura e da maturidade do concreto.

2 MECANISMOS DE CORROSÃO2.6 Taxas de corrosão depois de iniciada

Disponibilidade de oxigênio

Resistividade elétrica Umidade relativa pH e temperatura

Temperatura, umidade e

pH

Camada umedecida nos poros

Difusão do oxigênio

dissolvido

Resistividade elétrica

Macrocélulas de corrosão

2 MECANISMOS DE CORROSÃO2.7 Aços para concreto

Aço epóxi

Aço galvanizado

Aço inoxidável

ASTM A 775; Desde 1973; Ensaios laboratoriais provam aumento da vida útil.

Aço protegido com uma camada de zinco que dissolve em soluções com elevado pH com a evolução do hidrogênio (H2).

ASTM A 304; Ainda em estudo como material para armadura de concreto.

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.1 Medidas de proteção de novas construções

▪ Práticas construtivas (ACI 222.3R-11) que maximizam a proteção da armadura pelo concreto;

▪ Tratamentos que penetram ou são aplicados na superfície para evitar a entrada de cloretos (técnicas aplicáveis às construções antigas);

▪ Técnicas que previnem a corrosão direta do aço.

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.2 Práticas construtivas

Teor de cloretos

Ainda é motivo de discussão entre os profissionais; É expresso como solúvel em água ou em ácido, depende do método de análise; Cloretos solúveis em ácido (ácido nítrico) são iguais aos cloretos totais; Cloretos solúveis em água são iguais aos cloretos livres para reagir; É expresso em porcentagem da massa de cimento; Em testes laboratoriais, pesquisadores chegaram à conclusão de que ocorreu um grande aumento da taxa de corrosão em teores maiores que 0,3%.

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕESLimites de cloretos para novas construções - ACI 222R-01

Categoria

Limites de cloretos para novas construções (% da massa de cimento)

Método de testeSolúvel em ácido Solúvel em água

ASTM C 1152 ASTM C 1218 Soxhlet*

Concreto protendido 0,08 0,06 0,06

Concreto armado desprotegido (em

condições de umidade)

0,10 0,08 0,08

Concreto armado protegido (em

condições secas)0,20 0,15 0,15

* O método de teste Soxhlet é descrito no ACI 222.1.

Teor de cloretos

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.2 Práticas construtivas

Teor de cloretos

Os dois métodos regulamentados pela ASTM são mais rigorosos que o Soxhlet, pois o último só realiza medição dos cloretos que contribuem para o processo de corrosão, ou seja, ignora o conteúdo de cloretos provenientes de alguns agregados e que não atuam na corrosão da armadura, como os que combinam com o aluminato tricálcico da composição formando os cloroaluminatos tricálcicos.

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.2 Práticas construtivas

Relação a/c

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.2 Práticas construtivas

Relação a/c

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.3 Métodos de prevenção de entrada de íons cloretos no concreto

Membranas a prova d’água

Fácil instalação; Boa aderência com substrato; Manter propriedade impermeabilizante independente das condições térmicas, fissuração ou envelhecimento do concreto.

Impregnação por polímero

Encher alguns vazios do concreto endurecido através da polimerização; ACI 548.1R.

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.3 Métodos de prevenção de entrada de íons cloretos no concreto

Camada de concreto com cimento Portland

Fácil instalação; Custo reduzido; Criação de segunda camada de concreto para cobrimento da armadura; Pode ter sílica ativa na composição ou ser modificado com látex.

3 PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO EM NOVAS CONSTRUÇÕES

3.4 Métodos de controle da corrosão

Uso de metais não corrosivos

Encamisamento com metais de sacrifício ou

nobres

Inibidores químicos Cromitas, fosfatos, hipofosfatos, álcalis, nitritos e aminas.

Proteção catódica

4 PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE AMBIENTES CORROSIVOS E CORROSÃO ATIVA NO CONCRETO

4.1 Procedimentos

Inspeção visual

Exame Ground Radar Penetration

Exame de delaminação

Exame Infrared Thermography

Análise de cloretos

Exame de carbonatação

ASTM C 4580

ASTM D 6087

ASTM D 4788

ACI 222.1-96

Prática padrão para mensuração de delaminações em pontes de concreto por ressonância.

Método de teste padrão para detecção de delaminação em pontes usando termografia infravermelha .

Método de teste padrão para avaliação de concreto de pontes coberto com asfalto usando radar de penetração no piso.

Método provisório de teste padrão para avaliação de cloretos solúveis em água para aço de argamassa e concreto usando o extrator Soxhlet.

4 PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE AMBIENTES CORROSIVOS E CORROSÃO ATIVA NO CONCRETO

4.1 Procedimentos

Análise petrográfica

Permeabilidade a cloretos

Mapeamento do potencial de corrosão

Medição do cobrimento

ASTM C 1202

ASTM C 42

ASTM C 876

Resistividade elétricaASTM G 57

Método de teste padrão para indicação elétrica da habilidade do concreto em resistir à penetração de íons cloreto.

Método de teste padrão para potenciais de meia célula de armaduras de concreto desprotegidas.

Verificação da perda de seção

Método de teste padrão para mensuração em campo da resistividade do solo usando o método de quatro eletrodos de Wenner.

Método de teste padrão para obtenção e teste de núcleos perfurados e vigas cortadas de concreto.

5 MEDIDAS DE CORREÇÃO5.1 Medidas

▪ Não fazer nada;

▪ Remover concreto desplacado e substituí-lo;

▪ Remover concreto desplacado e fissurado e substituí-lo;

▪ Remover concreto contaminado ou carbonatado e substituí-lo;

▪ Realizar a proteção catódica;

▪ Usar técnicas de re-alcalização para restaurar o pH;

▪ Usar inibidores de corrosão.

5 MEDIDAS DE CORREÇÃO5.2 Aplicabilidade

Estruturas submersas • Realizar tratamentos superficiais é inviável;

Estruturas litorâneas • Modificar a agressividade do ambiente é inviável;

NEM TODAS AS MEDIDAS DE CORREÇÃO SÃO APLICÁVEIS A TODOS OS TIPOS DE ESTRUTURAS

EXPOSTAS ÀS MAIS VARIADAS CLASSES DE AGRESSIVIDADES DO AMBIENTE.