Noções de Contabilidade

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Noes de Contabilidade

Noes de Contabilidade

Curso trilha so domingosAuxiliar administrativoProf. Jackson driaCONTABILIDADE

AULAA contabilidade pelo seu conjunto de princpios, normas e procedimentos prprios, uma cincia com o objetivo de conhecer a situao patrimonial das pessoas e as suas mutaes.

Diversos so os conceitos apresentados, onde destacamos: a cincia que estuda e controla o patrimnio das entidades, mediante o registro, a demonstrao expositiva e a interpretao dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informaes sobre sua composio e variaes, bem como sobre o resultado econmico decorrente da gesto da riqueza patrimonial." a cincia que estuda e pratica as funes de orientao, de controle e de registro relat ivo aos atos e fatos da administrao econmica".

CONCEITO DE CONTABILIDADEA contabilidade tem por objeto o patrimnio administrvel e em constante alterao.OBJETIVO DA CONTABILIDADEEstudar e controlar o patrimnio, fornecendo informaes a quem dela necessitar. Modernamente as finalidades da contabilidade so reunidas em duas: FINALIDADE DE PLANEJAMENTO E FINALIDADE DE CONTROLE.

O PLANEJAMENTO consiste em adotar um modelo de aes dentre diversos outros possveis. Pode abranger toda a entidade, com a mudana do comportamento at hoje adotado ou apenas parcialmente, dependendo do objetivo maior da organizao. A informao contbil pode ser um forte suporte para o planejamento e, mais ainda, quando estabelecendo padres, torna claro situaes futuras.

O CONTROLE est ligado anlise da obedincia das definies adotadas pela organizao. A informao contbil apresenta-se como o indicador da situao patrimonial tornando possvel a verificao do desempenho da organizao em atingir as metas traadas. Como conseqncia, e pelo possvel retorno no caso de xito no atingimento das metas e polticas delineadas, a informao contbil alm de meio de comunicao uma forma de promover a motivao de todo o corpo organizacional.

FINALIDADES DA CONTABILIDADEPara atingir os seus objetivos a contabilidade se utiliza de tcnicas prprias, quais sejam:

ESCRITURAO; DEMONSTRAES CONTBEIS; ANLISE DE BALANOS; AUDITORIA.

TCNICA CONTBEISEntende-se por ESCRITURAO a tcnica pela qual as ocorrncias com efeitos no patrimnio so registradas. Algumas regras devem ser seguidas para que as informaes possam ser aproveitadas e compreendidas por todos aqueles interessados. A escriturao um meio utilizado para possibilitar, pela agregao dos diversos fatos ocorridos, a elaborao de demonstrativos capazes de formar a posio da riqueza patrimonial.ESCRITURAOAs DEMONSTRAES CONTBEIS podem ser apresentadas sob diversos ngulos informativos. Algumas so, digamos, uma consolidao dos fatos registrados ou escriturados. O Balano Patrimonial, por exemplo, mostra a situao do patrimnio, em determinado momento, resultante da escriturao de diversos fatos. A Demonstraco do Resultado do Exerccio tambm resultante de diversos fatos, positivos e negativos, escriturados durante um ano. Mostra como a empresa se saiu naquele ano. O Inventrio outra demonstrao e preocupa-se em mostrar a composio de alguns itens patrimoniais, analiticamente, alguns sem a utilizao dos registros contbeis como, por exemplo, os estoques que so fisicamente verificados e outros com base nos registros contbeis como valores a receber e a pagar, valores que a empresa mantm nas instituies financeiras e outrosDEMONSTRAES CONTBEISA ANLISE DE BALANOS a tcnica pela qual determina-se a capacidade de pagamento da empresa, o grau de solvncia, a evoluo da empresa, a estrutura patrimonial e outras. Pela anlise de balanos possvel comparar a situao da empresa dentro do setor de que faz parte. Apresenta quocientes teis para os interessados na riqueza patrimonial, efetivos e potenciais, auxiliando-os, pela relao entre elementos naquele perodo e pela evoluo durante os anos, a interpretar os demonstrativos apresentados.ANLISE DE BALANOSA AUDITORIA a tcnica pela qual verificada a qualidade da informao prestada confirmando, ou no, se os demonstrativos apresentados representam com fidelidade a situao patrimonial. Na auditoria examina-se os documentos geradores da transformao patrimonial e a estrutura dos demonstrativos contbeis, elaborando-se PARECER conclusivo sobre a correta utilizao dos procedimentos e princpios contbeis, inclusive a fidedignidade da informao.

AUDITORIAA contabilidade tem um vasto campo de atuao, podendo atuar nas pessoas fsicas e nas pessoas jurdicas, com finalidade lucrativa ou no, inclusive as de Direito Pblico como a Unio, Estados, Distrito Federal, Municpios e demais. Por seu objeto, o patrimnio, e as suas finalidades, fcil concluir a importncia da contabilidade e, como conseqncia, a amplitude do seu campo de atuao.CAMPO DE ATUAO DA CONTABILIDADEJunto a cada organizao existe um grupo de pessoas com interesse direto nas informaes fornecidas pela contabilidade.Essas pessoas so direta ou potencialmente vinculadas a entidade indo, os seus interesses, desde o sentimentalismo, at o de retorno de investimentos. Resumidamente apresentamos os principais interessados na informao contbil: EMPREGADO DA EMPRESA; SCIOS E ACIONISTAS;ADMINISTRADORES E OUTROS RESPONSVEIS PELAS DECISES; FORNECEDORES E EMPRESTADORES DE DINHEIRO; GOVERNO;PESSOAS EM GERAL.

INTERESSADOS NAS INFORMAES CONTBEISTem interesse por ser, a empresa, a sua fonte individual de recursos traduzidos pelo salrio, gratificaes e participaes nos lucros. normalmente, o responsvel pela manuteno da sua famlia devendo haver, portanto, o esforo pessoal para os bons resultados da sua fonte de renda. EMPREGADO DA EMPRESAPodem ser encarados sob vrios aspectos. Os scios e acionistas podem ter como principal interesse o retorno do investimento feito nas empresas e a segurana da aplicao. Se, alm da participao na sociedade, so responsveis pelas decises na empresa, a quantidade e qualidade das informaes so maiores pela responsabilidade de dirigir o destino da organizao, traando planos e metas. Nas organizaes mais fechadas ainda existe a ligao sentimental, havendo o respeito e amor pela obra realizada.SCIOS E ACIONISTASNecessitam de informaes similares ao scio-administrador acima referido.ADMINISTRADORES E OUTROS RESPONSVEIS PELAS DECISESTem como principal objetivo o retorno dos recursos investidos, seja pela entrega de mercadorias, de dinheiro ou outra forma de propiciar o funcionamento da organizao. As informaes que necessitam so, pois, ligadas rentabilidade e garantia de retorno dos capitais investidos.FORNECEDORES E EMPRESTADORES DE DINHEIROTem dois grandes interesses que podem tornar como suporte as informaes contbeis. O financiamento da atividade governamental, para o bem-estar de toda a populao, necessita de recursos que, em grande parte, vem da atividade empresarial sob o forma de tributos. Outra informao que pode ser extrada da contabilidade sobre o desenvolvimento em reas geogrficas, setores de atividade e outras que, convenientemente compiladas, podem orientar a politica de desenvolvimento da nao.GOVERNOSomos todos interessados nas informaes fornecidas pela contabilidade, em sentido amplo, quando potencialmente investidores de recursos ou, mesmo de uma forma restrita, a do nosso dia-a-dia, conciliando renda com gastos. No necessariamente precisamos montar um sistema de contabilidade pessoal, embora possvel, mas lembremos que o objeto da contabilidade o patrimnio e, o individual, deve ser administrado caracterizando contabilidade.PESSOAS EM GERALPATRIMNIO

Pela maioria dos autores patrimnio definido como o "conjunto de bens, direitos e obrigaces, susceptveis de avaliao em dinheiro e vinculados e uma pessoa (fsica ou jurdico)".PATRIMNIO BENS: Os bens so as coisas transformadas pelo homem para a satisfao de suas necessidades e avaliveis em dinheiro. Podem ser classificados em corpreos e incorpreos, tambm denominados materiais ou imateriais. Como corpreos temos mercadorias, veculos e outros. Como incorpreos, por exemplo, fundo de comrcio, patentes de inveno etc. Os bens so tambm chamados de direitos reais, pois recaem sobre coisas avaliveis em dinheiro.BENS: Mercadorias; Dinheiro; Veculos; Imveis; Mquinas; Equipamentos; Patentes.

COMPONENTES DIREITO: Os direitos so decorrentes de operaes de crdito onde o favorecido o patrimnio em anlise. So tambm denominados direitos pessoais.DIREITO: Duplicatas a receber; Ttulos a receber; Outros valores a receber.

OBRIGAES: As obrigaes so tambm decorrentes de operaes de crdito tendo como favorecido um terceiro ao patrimnio em anlise, contra este.OBRIGAES: Ttulos a pagar; Duplicatas a pagar; Impostos a recolher; Salrios a pagar.

Os bens e direitos so os elementos positivos na estrutura patrimonial e as obrigaes, os elementos negativos. O patrimnio representado pela igualdade entre elementos positivos e negativos havendo, pois, a necessidade de um equilibrador da equao patrimonial, no caso a situao lquida:

BENS + DIREITOS OBRIGAES = SITUAO LQUIDA

O patrimnio, como visto, um conjunto de bens, direitos e obrigaes, avaliveis em dinheiro e pertencentes a uma pessoa fsica ou jurdica com fins lucrativos ou ideais: Pela relao com terceiros, movimentao e avaliao de recursos, o patrimnio estudado sob diversos aspectos como os abaixo:

ASPECTOS PATRIMONIAISO patrimnio definido como um "conjunto de direitos e obrigaes de uma pessoa, apreciveis em dinheiro" ou como o "complexo de relaes jurdicas de uma pessoa tendo valor pecunirio". O direcionamento dado o estudo da propriedade, das relaes jurdicas, pecunirias, com terceiros. O patrimnio, sob este aspecto, compreende os direitos reais (bens), direitos pessoais e as obrigaes.ASPECTO JURDICOELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOSDIREITOS: OBRIGAES: REAIS (BENS): Salrios a pagar Mercadorias Impostos a receber Veculos Duplicatas a pagar

PESSOAIS:DIREITO DO PROPRIETRIO SOBRE O PATRIMNIOPatrimnio sob o Aspecto JurdicoA Economia estuda o patrimnio como o conjunto de bens materiais formadores da riqueza social. Os crditos, por exemplo, so excludos por significar bens em poder de terceiros, concorrendo para formao daquela riqueza. Os crditos e dbitos so compensados entre todos os entes, resultando, apenas, ao final, os bens materiais riqueza social.ASPECTO ECONMICOSob o aspecto financeiro, estuda-se as disponibilidades e ingressos financeiros para fazer face s obrigaes ou sadas de recursos. Pondera-se a solvabilidade do patrimnio pela medida do fluxo de recursos.ASPECTO FINANCEIRO- Disponibilidades no incio do perodo - Sadas de recursos no perodo Entradas de recursos no perodo Disponibilidades no final do perodo Patrimnio sob o Aspecto FinanceiroDiz respeito nomenclatura dos diversos elementos, positivos e negativos, e de seus agrupamentos de acordo com as funes exercidas e classificadas tecnicamente. Temos, por exemplo, entre os elementos disponveis, as contas caixa (dinheiro em poder da empresa), bancos conta movimento (dinheiro da empresa nas instituies financeiras) e aplicaes de liquidez imediata (valores aplicados no mercado financeiro rapidamente "retornveis").ASPECTO ESPECFICOO patrimnio, sob o aspecto contbil, um todo coordenado, composto de elementos materiais e imateriais e direcionado ao objetivo-fim da organizao. Temos a anlise dos elementos patrimoniais voltada para dois aspectos: qualitativo e quantitativo. No aspecto qualitativo os elementos so separados pela sua natureza e representsdos por contas que so ttulos agrupadores dos componentes de mesma natureza. A qualidade do patrimnio atribuda sob o prisma julgado relevante ao analista vinculado, claro, melhor composio necessria ao atingimento dos seus fins. Sob o aspecto quantitativo o patrimnio visto como um fundo de valores; de um lado, valores positivos (o ATIVO, formado pelo conjunto de bens e direitos) e, do outro, valores negativos (o PASSIVO, formado pelas obrigaes assumidas). A medida de valor para que se tenha um todo mensurvel deve ser uniforme, utilizando-se a moeda como medidor comum.ASPECTO CONTBILNo confronto entre valores positivos e negativos, trs situaes podem ocorrer, quais sejam:1a SITUAO: ATIVO > PASSIVO

Nesse caso, os bens e direitos, valores positivos, so maiores que as obrigaes, valores negativos, resultando uma SITUAO LQUIDA ATIVA (SLa) tambm denominada POSITIVA, SUPERAVITRIA ou FAVORVEL. Graficamente:

ATIVO PASSIVOBENS OBRIGAES E DIREITOS

Situao Liquida e Ativa, Positiva ou Ativo Liquido

2a SITUAO: ATIVO = PASSIVOOs bens e direitos so suficientes apenas para honrar as obrigaes. A SITUAO LQUIDA NULA ou COMPENSADA

ATIVO PASSIVOBENS OBRIGAESE DIREITOS

3a SITUAO: ATIVO < PASSIVO

Teramos insuficincia de bens e direitos para o pagamento das obrigaes. A diferena entre o passivo e o ativo denominada SITUAO LQUIDA PASSIVA (SLp) tambm denominada NEGATIVA, DEFICITRIA ou DESFAVORVEL. O excesso de elementos negativos quando relacionados com os positivos, demonstra um PASSIVO A DESCOBERTO.

ATIVO + SITUAO LQUIDA PASSIVA = PASSIVO

Ou graficamente:

ATIVO PASSIVOBENS OBRIGAESE DIREITOS

Situao Liquida Passiva, Negativa ou Passiva Descoberto

O ATIVO, tambm denominado ATIVO REAL, composto pelos elementos positivos ao patrimnio: os bens e direitos.Analisando-se mais detidamente os elementos componentes do ativo, podemos observar que so destinaes de recursos, ou seja, supondo uma empresa do ramo comercial existe a necessidade de comprar mercadorias para revenda. Os recursos so aplicados na aquisio das mercadorias. Assim como este, todos os demais elementos podem ser considerados destinao de recursos ou APLICAES DE RECURSOS.

ATIVO, PASSIVO E SITUAO LQUIDA

O PASSIVO, ou PASSIVO REAL, de forma contrria ao ativo, onde renem-se as obrigaes da empresa com terceiros, elementos negativos, que representam, digamos, os valores que terceiros ao patrimnio entregam a este para o seu funcionamento. Um emprstimo feito numa instituio financeira, por exemplo, bem representativo de que no passivo encontramos as ORIGENS DE RECURSOS DE TERCEIROS ou CAPITAIS DE TERCEIROS disposio do patrimnio.Sobre a SITUAAO LOUIDA devemos tecer alguns comentrios adicionais. Vimos, at agora, que a situao lquida funciona como um equilibrador, uma "meia verdade". Os registros na contabilidade so feitos envolvendo, no mnimo, dois elementos: um fornecendo o recurso para ser aplicado no outro, o que na verdade acontece em qualquer situao. Um exempto bem simples: fazer compras. No ato do pagamento das compras feitas, voc est movimentando dois elementos de seu patrimnio: o primeiro o dinheiro que voc tem que dispor e o segundo, o estoque de mantimentos. O seu dinheiro, que vai diminuir, a ORIGEM DOS RECURSOS que foram APLICADOS no seu estoque de mantimentos. Da mesma forma acontece se voc pagar com cheque (ORIGEM NA CONTA BANCRIA) ou, mesmo, se voc comprar a prazo, gerando uma obrigao (ORIGEM DA CONTA A PAGAR).Devemos ter ntida a separao na anlise das origens e aplicaes de recursos. Quando definido que os elementos ativos so aplicaes recursos e os passivos so origens de, recursos, estabelecemos uma definio sob o ponto de vista ESTTICO, ou seja, do patrimnio apresentado, fotografado". O "retrato, entretanto, formado aps uma srie de operaes e em cada uma delas existem a ORIGEM e a APLICAO DOS RECURSOS independentes de ser elemento ativo ou passivo, como foi o caso acima, pois, na operao, houve a ORIGEM DE RECURSOS em elemento ativo (dinheiro ou conta corrente bancria). uma definio sob o ponto de vista DINMICO, a prpria alterao patrimonial.Por sempre estar envolvendo no mnimo dois elementos, um funcionando como fornecedor e outro como recebedor do recurso, existe a garantia da igualdade no patrimnio e como conseqncia o equilbrio. O sentido que queremos dar agora situao lquida a de ORIGEM DE RECURSOS PRPRIOS ou CAPITAIS PRPRIOS. A Constituio das empresas segue um ritual prprio, formal, existindo o comprometimento dos scios para a formao do CAPITAL SOCIAL, integralizado, em boa parte das vezes, em dinheiro. a primeira origem de recursos prprios, aplicado, no caso, em dinheiro um disponvel da empresa.So tambm componentes da situao lquida os resultados obtidos, lucros ou prejuzos, na atividade operacional. Os lucros fortalecem os capitais prprios pelo aumento na situao lquida, tornando cada vez melhor a situao da empresa. Prejuzos seguidos podem levar situao lquida nula, quando consumido todo o Capital Social e situao de passivo a descoberto, quando ultrapassam o valor do Capital Social. Temos portanto:

P A T R I M N I O

ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOSATIVO PASSIVO E SITUAO LQUIDAAPLICAO DE RECURSOS ORIGEM DE RECURSOS OU FONTES

* BENS: * OBRIGAES DE TERCEIROS:- Dinheiro - Emp. Bancrios- Mercadorias - Dup. a pagar- Imveis - Emp. de clientes* DIREITOS: * SITUAO LQUIDA: (CAPITAL PRPRIOS)- Contas bancrias - Capital Social- Duplicatas a receber - Reservas- Adiantamentos a empregados

tm a caracterstica de no alterar a situao patrimonial embora, potencialmente, possam trazer efeitos estrutura patrimonial. Podemos destacar, dentre a infinidade de atos, a assinatura de contratos, a remessa de duplicatas para cobrana bancria, hipotecas, avais e fianas prestadas, dentre outros. Por si s, so atividades que no provocam alteraes patrimoniais mas que podem traz-las.

Os FATOS CONTBEIS, por outro lado, so as atividades exercidas que modificam a estrutura patrimonial, em seus elementos e valores. Os fatos contbeis so classficados em: Fatos contbeis permutativos ou compensativos; Fatos contbeis modificativos; Fatos contbeis mistos ou compostos.ATOS E FATOS CONTBEIS Os ATOS CONTBEISSo os fatos que modificam o valor dos bens, direitos e obrigaes sem, entretanto, alterar a situao lquida do patrimnio. Subdividem-se em:- FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS ATIVOS, representados pela mutao (+ A A). o caso de compra de mercadorias a vista, pois diminui um elemento ativo (dinheiro) aumentando, em seu lugar, um outro elemento ativo (mercadorias).- FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS PASSIVOS, representados pela mutao (+ P P). o caso da troca de uma obrigao por outra, de diferente espcie.- FATOS PERMUTATIVOS ENTRE ELEMENTOS ATIVOS E PASSIVOS, pelas mutaes (+ A + P) e ( A P). Podem aumentar os totais do ativo e passivo, chamamos aditivos, como o caso da compra de mercadorias a prazo, pois aumenta um elemento ativo (mercadorias) e um passivo (conta a pagar) ou diminuir, chamamos subtrativos ou redutivos, onde temos, por exemplo, o pagamento de uma dvida pois diminui um elemento ativo (dinheiro) e um passivo (conta a pagar).

FATOS PERMUTATIVOS OU COMPENSATIVOSOs FATOS MODIFICATIVOS tm a caracterstica de, a partir de uma alterao em um elemento ativo ou passivo, modificar a situao lquida. Subdividem-se em: Fatos modificativos aumentativos; Fatos modificativos diminutivos.

FATOS MODIFICATIVOS- Os FATOS MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS podem ser representados pelas mutaes (+ A + SL) e (- P + SL). Na primeira hiptese, temos, por exemplo, o recebimento de uma receita de juros ou de servios prestados. Um elemento ativo, dinheiro disponvel, aumentado sem qualquer correspondncia com outro elemento ativo ou passivo, aumentanda, conseqentemente, a situao lquida. O segundo tipo corresponde a diminuio de uma obrigao sem correspondncia de outro elemento ativo ou passivo, que o caso do perdo de uma dvida ou diminuio de uma conta a pagar por abatimento dado pelo credor do patrimnio.- Os FATOS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS so representados pelas mutaes (- A - SL) e (+P - SL). No primeiro caso, temos como exemplo, o pagamento dos salrios dos funcionrios no final do ms, diminui um elemento ativo (dinheiro) diminuindo a situao lquida. O segundo caso, tambm vinculado s despesas com pessoal, pode acontecer quando no final do ms a empresa no paga o salrio dos funcionrios, utilizando uma autorizao legal de pagar apenas no incio do ms seguinte, prtica comum hoje. No final do ms, entretanto, a empresa reconhece que j est devendo aquele valor, pois o fato gerador da despesa j ocorreu, no caso, os servios prestados pelos funcionrios. O reconhecimento feito pelo registro aumentando uma obrigao (salrio a pagar) e diminuindo a situao lquida.Os fatos mistos ou compostos so os que combinam a permutao de elementos patrimoniais com a alterao da situao lquida. Podem, assim como os modificativos, ser classificados em: Fatos mistos aumentativos; Fatos mistos diminutivos.So provenientes de permutao entre elementos ativos, passivos ou ativos e passivos: FATOS MISTOS AUMENTATIVOS so, principalmente, os que apresentam as seguintes mutaes:(+ A - A + SL) uma permutao entre elementos ativos modificando aumentativamente a situao lquida. Como exemplo, podemos citar a venda de mercadoria com lucro pois, se uma mercadoria custou $ 10 e foi vendida por $ 12, o elemento estoque diminudo de $ 10, o caixa aumentado de $ 12 e a situao lquida tem um aumento de $ 2 pelo lucro.(+ P - P + SL)

FATOS MISTOS OU COMPOSTOS uma permutao entre elementos passivos, aumentando a situao lquida. Por exemplo: uma permuta de obrigaes onde concedido um abatimento na obrigao na obrigao inicial.(- A - P + SL)Permutaes entre elementos ativos e passivos com aumento na situao lquida. Pagamento de uma duplicata (-P) com dinheiro disponvel (-A) obtendo um desconto por pontualidade (+SL).(+ A + P + SL)Permutao aditiva, acrscimos no ativo e passivo com aumento na situao lquida. Compra de um veculo (+A) a prazo (+p) com desconto (+SL).As outras permutaes possveis so bem menos freqentes, desnecessrio o comentrio, inclusive quando envolve vrios elementos do ativo e/ou passivo.

FATOS MISTOS DIMINUTIVOS: so, principalmente, os que apresentam as seguintes mutaes:(+ A - A - SL)Permutao entre elementos ativos com diminuio da situao lquida. Pode ser citado como exemplo, o recebimento de uma duplicata (-A) com crdito em conta corrente bancria (+A), concedendo-se um desconto ao cliente (-SL).(+ P - P - SL)Permutao entre elementos passivos com reduo da situao lquida. A troca de uma obrigao com acrscimos de juros provoca este fato.(- A - P - SL)

Permutao redutiva, diminuio no ativo e passivo e reduo da situao lquida. Um dos fatos possveis o pagamento de uma duplicata devida (-P), com dinheiro disponvel (-A), inclusive juros de mora por atraso (-SL). (+ A + P - SL)Permutao entre elementos ativos e passivos, aumentando-as, e diminuio da situao lquida. Um exemplo clssico o da obteno de um emprstimo bancrio (+P) com crdito na conta corrente da empresa (+A) e pagamento de despesas bancrias (-SL).

Estes so os principais fatos contbeis mistos diminutivos.FATO MISTO AUMENTATIVOMutao (+ A - A + SL)

FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVOMutao (- A - SL)

FATO MODIFICATIVO DIMINUTIVOMutao (+ P - SL)

FATO MISTO DIMINUTIVOMutao (- A - P - SL)

FATO MISTO AUMENTATIVOMutao (+ A - A + SL)

FATO PERMUTATIVO ENTRE ELEMENTOS PASSIVOSMutao (+ P - P)

FATO MISTO AUMENTATIVOMutao (+ A - A + SL)

FATO PERMUTATIVO ENTRE ELEMENTOS PASSIVOSMutao (+ P - P)

FATO MODIFICATIVO AUMENTATIVOMutao (+ A + SL)

Vrias cincias apontam definies prprias de CAPITAL. A economia tem duas correntes: uma leva em conta a qualidade dos elementos componentes do patrimnio e a sua capacidade de gerar riquezas; uma outra situa o capital como uma categoria histrica, no geradora de riquezas. De uma forma geral, considera o capital como o conjunto de bens como mquinas, equipamentos, matria-primas e outros utilizados para a obteno de outros bens. O direito considera capital o valor registrado sob este ttulo no contrato social registrado da empresa. Na contabilidade, diversos conceitos de capital so apresentados. Destacamos os seguintes:Capital

E igual ao conceito adotado no direito. Corresponde aos recursos aplicados na constituio da empresa, na forma de bens e/ou direitos e constante no Contrato Social. Novas destinaes podem acontecer com injeo de recursos ou aproveitamento das reservas acumuladas na empresa. A sua alterao, mesmo contbil, s acontece pela formalizao nos rgos de registro do comrcio. A diminuio de seu valor tambm pode acontecer, embora mais difcil.CAPITAL NOMINAL OU LEGALIZADOCorresponde situao lquida at agora estudada. um fundo de valores pertencentes a uma pessoa, abrangendo no s os valores inicialmente aplicados na empresa, como tambm as reservas provenientes de sua operao, ou no. o patrimnio lquido.CAPITAL PRPRIO OU LQUIDO o montante de recursos de terceiros ao patrimnio, postos a disposio deste para o desenvolvimento de sua operao. So as obrigaes da empresa.CAPITAL DE TERCEIROS o montante de recursos que a empresa dispe para o atingimento de seus fins. Fundo de valores composto do capital prprio ou lquido e de terceiros apreciveis monetariamente. Alguns outros conceitos de capital surgem decorrentes da legislao comercial dentre os quais destacamos:CAPITAL A DISPOSIO DA EMPRESANo de muita utilizao embora exista a previso. um limite fixado nos estatutos sociais, em valor ou nmero de aes, at o qual pode haver a deliberao de aumentar o capital da companhia sem uma reforma no estatuto.CAPITAL AUTORIZADO o montante de recursos "prometido" pelos scios a ser entregue, com contribuies em dinheiro ou bens suscetveis de avaliao em dinheiro, empresa.CAPITAL SUBSCRITOCorresponde a diferena entre o capital subscrito e o montante de recursos j entregues pelo subscritor.CAPITAL A INTEGRALIZAR o capital subscrito menos a parcela a integralizar. Corresponde os valores entregues pelos subscritores do capital.CAPITAL REALIZADO