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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 3974-2300 Fax: (21) 2220-1762/2220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2002, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados FEV 2002 NBR 14806 Madeira serrada de eucalipto - Requisitos Origem: 2° Projeto 31:000.02-001:2001 ABNT/CB-31 - Comitê Brasileiro de Madeiras CE-31:000.02 - Comissão de Estudo de Madeira Serrada NBR 14806 - Eucalyptus sawnwood from planted forests - Requirements Descriptors: Wood. Sawnwood. Eucalypt Válida a partir 01.04.2002 Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referência normativa 3 Definições 4 Requisitos 5 Classificação 6 Aceitação e rejeição dos lotes Prefácio A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para a madeira serrada de eucalipto proveniente de florestas plantadas, para uso geral. 2 Referência normativa A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta, que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR 12551:2002 - Madeira serrada - Terminologia 3 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 12551. Palavras-chave: Madeira. Madeira serrada. Eucalipto 11 páginas

NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

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Norma Tecnica NBR para corte de eucalipto

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Page 1: NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 / 28º andarCEP 20003-900 – Caixa Postal 1680Rio de Janeiro – RJTel.: PABX (21) 3974-2300Fax: (21) 2220-1762/2220-6436Endereço eletrônico:www.abnt.org.br

ABNT – AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

Copyright © 2002,ABNT–Associação Brasileirade Normas TécnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

FEV 2002 NBR 14806

Madeira serrada de eucalipto -Requisitos

Origem: 2° Projeto 31:000.02-001:2001ABNT/CB-31 - Comitê Brasileiro de MadeirasCE-31:000.02 - Comissão de Estudo de Madeira SerradaNBR 14806 - Eucalyptus sawnwood from planted forests - RequirementsDescriptors: Wood. Sawnwood. EucalyptVálida a partir 01.04.2002

SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referência normativa3 Definições4 Requisitos5 Classificação6 Aceitação e rejeição dos lotes

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delasfazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entreos associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para a madeira serrada de eucalipto proveniente de florestas plantadas,para uso geral.

2 Referência normativa

A norma relacionada a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições paraesta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta, que verifiquem a conveniência de se usar a edição maisrecente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 12551:2002 - Madeira serrada - Terminologia

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da NBR 12551.

Palavras-chave: Madeira. Madeira serrada. Eucalipto 11 páginas

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NBR 14806:20022

4 Requisitos

4.1 Unidade de medição

As unidades de medição adotadas devem ser as do Sistema Internacional - Sl, sendo o comprimento expresso em metros,a largura e a espessura em milímetros, o volume em metros cúbicos e a área em metros quadrados.

4.2 Pontos de medição

A largura, a espessura e o comprimento devem ser medidos, respectivamente, nos pontos de menor largura, de menorespessura e de menor comprimento, exceto quando houver a presença de esmoado.

4.3 Dimensões

4.3.1 Espessura

As espessuras nominais devem ser as seguintes: 12 mm, 16 mm, 19 mm, 22 mm, 25 mm, 32 mm, 36 mm, 38 mm, 40 mm,44 mm, 50 mm, 63 mm, 75 mm e 100 mm.

4.3.2 Largura

As larguras nominais devem ser medidas em múltiplos de 5 mm.

4.3.3 Comprimento

Comprimento nominal das peças: 1,80 m e maiores, com incrementos de 0,30 m. Peças com comprimentos menores que1,80 m são classificadas como curtas.

4.4 Dimensões e teor de umidade

4.4.1 As dimensões nominais são aquelas que a peça deve ter a um teor correspondente à umidade de equilíbrio com oambiente. Dimensões nominais são aquelas pelas quais a madeira é comercializada, isto é, são aquelas usadas para ocálculo do volume. A umidade de equilíbrio varia em geral de 10% a 18%, base seca.

4.4.2 A um teor de umidade correspondente à umidade de equilíbrio da madeira, nenhuma peça deve ter dimensões reaisinferiores às nominais.

4.4.3 A madeira deve sempre ser classificada com teor de umidade correspondente à umidade de equilíbrio.Na eventualidade de a madeira ser classificada com teor de umidade maior do que a umidade de equilíbrio, as peçasdevem apresentar sobremedidas, para compensar as contrações decorrentes do processo de secagem, conforme reco-mendações apresentadas em 4.5.1 e 4.5.2.

4.5 Tolerância quanto às sobremedidas

4.5.1 Espessura

As sobremedidas indicadas para espessuras estão apresentadas na tabela 1.

Tabela 1 - Sobremedidas para a espessura

Dimensões em milímetros

Espessura nominal Sobremedidas

10 a 22 2

25 a 32 3

36 a 40 4

44 a 50 5

63 e acima 7

4.5.2 Largura

As sobremedidas indicadas para largura estão apresentadas na tabela 2.

Tabela 2 - Sobremedidas para a largura

Dimensões em milímetros

Largura nominal Sobremedidas

25 a 76 4

100 a 150 7

175 e acima 8

Page 3: NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

NBR 14806:2002 3

4.5.3 Comprimento

A sobremedida mínima deve ser de 0,02 m sobre o comprimento nominal e a máxima de 0,15 m.

4.6 Tolerância quanto ao desbitolamento e às sobremedidas

Os desbitolamentos a maior são permitidos em no máximo 25% das peças de um lote.

NOTA - Ver tabela 3 para o resumo do procedimento de medição das dimensões.

Tabela 3 - Medição das dimensões

Dimensão Espessura Largura Comprimento

Unidade de medição mm mm m

Ponto de medição

(exceto com presença deesmoado)

Mais fino Mais estreito Mais curto

Dimensão nominal12, 16, 19, 22, 25, 32, 36,38, 40, 44, 50, 63, 75, 100 Múltiplos de 5 mm

De 1,8 m e acima emmúltiplos de 0,3 m

Sobremedidas Ver 4.5.1 Ver 4.5.2 0,05 m - 0,15 m

Desbitolamentos Máximo 25% das peças do lote

4.7 Lotes

4.7.1 Comprimento

Em um mesmo lote devem ser permitidas peças de comprimentos diferentes.

4.7.2 Comprimento e largura médios

Quando um lote possuir peças de comprimentos ou larguras nominais diferentes, pode-se especificar em contrato asdimensões (comprimento ou largura nominais) médias desse lote, que devem ser calculadas da seguinte forma:

a) comprimento médio: soma dos comprimentos nominais de todas as peças dividida pelo número total de peças;

b) largura média: soma das larguras nominais de todas as peças dividida pelo número total de peças;

c) a diferença máxima permitida entre as dimensões médias determinadas (desconsiderando as sobremedidas) para aspeças de um lote e as dimensões médias previstas em contrato deve ser de 5%, salvo quando especificada emcontrário no contrato.

4.7.3 Teor de umidade

As peças de um lote devem apresentar teor de umidade de acordo com as especificações de contrato.

4.8 Medição e quantificação de defeitos

4.8.1 Empenamentos

4.8.1.1 Encurvamento

É medido conforme a figura 1 e quantificado em relação ao comprimento nominal da peça pela equação:

1Lx

E =

onde:

E é o encurvamento, em milímetros por metro;

x é a flecha de encurvamento (deformação), em milímetros;

L1 é o comprimento da peça, em metros.

Page 4: NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

NBR 14806:20024

Figura 1 - Esquema para medição do encurvamento

4.8.1.2 Arqueamento

É medido conforme a figura 2 e quantificado em relação ao comprimento da peça pela equação:

1Ly

A =

onde:

A é o arqueamento, em milímetros por metro;

y é a flecha de arqueamento (deformação), em milímetros por metro;

L1 é o comprimento da peça, em metros.

Figura 2 - Esquema para medição do arqueamento

4.8.1.3 Encanoamento

É medido conforme a figura 3, avaliado em relação ao valor fixo especificado em 5.2 e quantificado pela equação:

1001 ×

−=n

an

eee

E

onde:

E1 é o encanoamento, em porcentagem;

en é a espessura nominal, em milímetros;

ea é a espessura aplainada, em milímetros.

Figura 3 - Esquema para medição do encanoamento

Page 5: NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

NBR 14806:2002 5

4.8.2 Esmoado

O esmoado é medido conforme a figura 4.

Figura 4 - Esquema para medir o esmoado

4.8.2.1 A quantificação do esmoado é feita percentualmente em relação às dimensões nominais da peça, conforme asequações abaixo:

100×

=

1

21

ee-e

e

onde:

e é a espessura do esmoado, em porcentagem;

e1 é a espessura real da peça, em milímetros;

e2 é a menor espessura do esmoado, em milímetros.

100-

1

21 ×

=

l

lll

onde:

l é a largura do esmoado, em porcentagem;

l1 é a largura real da peça, em milímetros;

l2 é a diferença entre a largura real da peça e a maior largura do esmoado, em milímetros.

100×

=

1

2

LL

L

onde:

L é o comprimento do esmoado, em porcentagem;

L1 é o comprimento real da peça, em metros;

L2 é o comprimento do esmoado, em metros.

4.8.2.2 No caso de a peça de madeira possuir dois ou mais esmoados na sua pior face, a quantificação é feita utilizando-seas mesmas equações apresentadas em 4.8.2.1 e considerando:

a) a maior espessura dos esmoados existentes;

b) a maior largura dos esmoados existentes, quando eles ocorrem em uma quina; ou o somatório das larguras dedois esmoados, considerando a largura do maior esmoado existente em cada uma das duas quinas longitudinais dapeça de madeira;

c) o somatório dos comprimentos de todos os esmoados existentes.

Page 6: NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

NBR 14806:20026

4.8.3 Rachas

As rachas são medidas conforme a figura 5, considerando como seus comprimentos as distâncias compreendidas entrelinhas traçadas perpendicularmente às quinas e aos topos, e que as incluam. A quantificação das rachas é feitaconsiderando a soma de seus comprimentos, em relação ao comprimento nominal da peça, conforme a equação abaixo:

1

RnR3 R2R1

LLL LL

R ...

+++=

onde:

R é a quantificação das rachas, em milímetros por metro;

L1 é o comprimento da peça, em metros;

LR1 é o comprimento da racha 1, em metros;

LR2 é o comprimento da racha 2, em metros;

LR3 é o comprimento da racha 3, em metros;

LRn é o comprimento da racha n, em metros.

Figura 5 - Esquema para a medição de rachas

4.8.4 Nós

Os nós firmes, soltos ou vazados, serão definidos pela presença ou ausência e pela distância entre eles.

4.8.5 Desbitolamento

O desbitolamento a maior é medido e quantificado em termos da diferença entre as maiores largura e espessuraencontradas na peça de madeira e as largura e espessura nominais respectivas.

4.8.6 Madeira ardida

A madeira ardida é quantificada em termos percentuais de área afetada em relação à área total da peça.

4.8.7 Bolsa de goma e veios de “Kino”

A bolsa de goma e veios de “kino” são medidos tomando-se suas larguras e seus comprimentos máximos, conformefigura 6.

Page 7: NBR 14806 Madeira Serrada de Eucalipto Requisitos

NBR 14806:2002 7

Figura 6 - Esquema para medição de bolsa de goma e veios de “kino”

4.8.7.1 A quantificação da bolsa de goma e do veio de “kino” é feita percentualmente em relação à largura e aocomprimento da peça conforme as equações abaixo:

100×

=

1

2

ll

l

onde:

l é a quantificação da largura da bolsa de goma ou do veio de “kino”, em porcentagem;

l1 é a largura da peça, em milímetros;

l2 é a largura da bolsa de goma ou do veio de “kino”, em milímetros.

1001

2 ×

=

LL

L

onde:

L é a quantificação do comprimento da bolsa de goma ou dos veios de “kino”, em porcentagem;

L1 é o comprimento da peça, em metros;

L2 é o comprimento da bolsa de goma ou do veio de “kino”, em metros.

4.8.7.2 No caso de a peça de madeira possuir duas ou mais bolsas de goma ou dois ou mais veios de “kino” na sua piorface, a quantificação é feita considerando o somatório de suas larguras e de seus comprimentos, percentualmente emrelação à largura e ao comprimento reais da peça, respectivamente, conforme 4.8.7.1.

5 Classificação

O procedimento adotado nesta Norma tem por base a quantidade e a importância dos defeitos encontrados numa peça esuas dimensões.

Cada classe de qualidade é definida de acordo com a descrição da pior peça de madeira que possa nela ser incluída edeve conter todas as peças que não possam ser incluídas na classe imediatamente superior.

As classes de qualidade podem estar sujeitas às condições de contrato.

5.1 Procedimento

5.1.1 Examinar visualmente cada face da peça de madeira, considerando aqueles defeitos que não são permitidos nastrês primeiras classes de qualidade, a fim de decidir quanto à sua inclusão na última classe.

5.1.2 Determinar a pior face da peça.

5.1.3 Medir e quantificar os defeitos que ocorrem na pior face (ver 4.8).

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NBR 14806:20028

5.2 Classes de qualidade

Para todas as classes de qualidade, o encanoamento é permitido desde que a espessura da peça, após redução poraplainamento, não difira mais do que 4% da espessura nominal correspondente para a primeira e segunda classes,6% para a terceira classe, 8% para a quarta classe e sem limite para a quinta classe.

5.2.1 Primeira classe

5.2.1.1 A primeira classe não admite peças que contenham qualquer um dos seguintes defeitos:

a) bolsa de goma e veios de “kino”;

b) colapso;

c) encurvamento complexo;

d) fendilhado;

e) fissura de compressão;

f) furos de insetos e galerias;

g) madeira ardida ou podridão;

h) medula;

i) nós de todos os tipos;

j) torcimento.

5.2.1.2 A primeira classe admite, em até 10% do lote, peças com os seguintes defeitos:

a) empenamentos:

- arqueamento: até o limite de 5 mm por metro de comprimento;

- encurvamento: até o limite de 5 mm por metro de comprimento;

b) esmoados: até o limite de 20% da espessura, 10% da largura e cumulativamente 20% do comprimento;

c) rachas: até o limite de 25 mm por metro de comprimento.

5.2.2 Segunda classe

5.2.2.1 A segunda classe não admite peças que contenham qualquer um dos seguintes defeitos:

a) bolsa de goma;

b) colapso;

c) encurvamento complexo;

d) fissura de compressão;

e) furos de insetos e galerias;

f) madeira ardida ou podridão;

g) medula;

h) nós soltos, nós vazados, nós cariados, nós de gravata e nós de coloração escura. Pode ser admitido, em uma face,um nó firme com a mesma coloração da madeira e com diâmetro menor que 25 mm. Na outra face, não são admitidosnós;

i) torcimento.

5.2.2.2 A segunda classe admite os seguintes defeitos:

a) empenamentos:

- arqueamentos: até o limite de 10 mm por metro de comprimento, em até 10% do lote;

- encurvamento: até o limite de 10 mm por metro de comprimento, em até 10% do lote;

b) esmoado: desde que em uma única quina e em até 10% do lote, com espessura não superior a 20% da espessurada peça, largura não superior a 10% da largura da peça e comprimento cumulativo não superior a 20% docomprimento da peça;

c) fendilhado: desde que com menos de 2 mm de profundidade em madeira serrada bruta e com até 10 cm por metrode comprimento;

d) rachas: são permitidas rachaduras de topo, desde que não ocorram em proporção cumulativa maior que 50 mm pormetro de comprimento da peça.

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NBR 14806:2002 9

5.2.3 Terceira classe

5.2.3.1 A terceira classe não admite peças que contenham qualquer um dos seguintes defeitos:

a) bolsa de goma e veios de “kino”;

b) colapso;

c) encurvamento complexo;

d) fissura de compressão;

e) furos de insetos e galerias;

f) madeira ardida ou podridão;

g) medula;

h) nós soltos, nós vazados e nós cariados;

i) torcimento.

5.2.3.2 A terceira classe admite os seguintes defeitos:

a) empenamentos:

- arqueamentos: até o limite de 10 mm por metro de comprimento, em até 20% do lote;

- encurvamentos: até o limite de 10 mm por metro de comprimento, em até 20% do lote;

b) esmoado: desde que em uma única quina e em até 20% do lote, com espessura não superior a 30% da espessurada peça, largura não superior a 10% da largura da peça e comprimento cumulativo não superior a 50% do comprimentoda peça.

c) fendilhado: desde que com menos de 2 mm de profundidade em madeira serrada bruta e com até 50 cm por metrode comprimento;

d) rachas: são permitidas rachaduras de topo, desde que não ocorram em proporção cumulativa maior que 100 mm pormetro de comprimento da peça.

5.2.4 Quarta classe

5.2.4.1 A quarta classe não admite peças que contenham quaisquer dos seguintes defeitos:

a) colapso;

b) fissura de compressão;

c) furo de insetos e galerias;

d) medula.

5.2.4.2 A quarta classe admite os seguintes defeitos:

a) bolsas de goma e veios de “kino”: desde que não provoquem a separação de partes da peça, até o máximo de25 mm/m na pior face;

b) empenamentos:

- arqueamento: até o limite de 15 mm por metro de comprimento;

- encurvamento: até o limite de 15 mm por metro de comprimento;

c) esmoado: desde que não superior a 50% da espessura da peça e não superior a 20% da largura da peça ecomprimento cumulativo não superior a 50% do comprimento da peça;

d) fendilhado: desde que com menos de 3 mm de profundidade em madeira serrada bruta e com até 50 cm por metrode comprimento;

e) madeira ardida ou podridão: ocupando no máximo 15% da área da peça;

f) nós cariados, nós soltos ou vazados de até 25 mm de diâmetro na pior face e no máximo um por metro decomprimento da peça;

g) rachas: são permitidas rachaduras de topo, desde que não ocorram em proporção cumulativa maior que 150 mm pormetro de comprimento da peça.

5.2.5 Quinta classe

A quinta classe admite os defeitos que ultrapassam os limites das classes imediatamente superiores, exceto aqueles queinviabilizam a utilização da peça de madeira, como indicado na tabela 4. Madeira ardida ou podridão são permitidos até olimite de 20% da área da peça. Esmoado é permitido, desde que não superior a 50% da espessura da peça e não superiora 30% da largura da peça e comprimento cumulativo não superior a 70% do comprimento da peça.

NOTA - Ver tabela 4 para o sumário das especificações das classes de qualidade.

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NBR 14806:200210

Tabela 4 - Sumário das especificações das classes de qualidade

Classes de qualidadeParâmetros

Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta

Comprimento

m1,80 1,80 1,80 1,80 1,80

Dimensõesmínimas da

peças Largura

mm100 100 100 75 75

Defeitos permitidos Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta

Bolsa de goma e veios de“kino”

Não Não NãoAté o máximode 25 mm/mna pior face

Sim

Colapso Não Não Não Não Sem limites

Arqueamento5 mm/m de

comprimento, ematé 10% do lote

10 mm/m decomprimento,

em até 10% dolote

10 mm/m decomprimento,

em até 20% dolote

15 mm/m decomprimento Sem limites

Encanoamento 4% da espessuranominal

4% daespessuranominal

6% daespessura

nominal

8% daespessuranominal

Sem limites

Encurvamento5 mm/m de

comprimento, ematé 10% do lote

10 mm/m decomprimento,

em até 10% dolote

10 mm/m decomprimento,

em até 20% dolote

15 mm/m decomprimento

Sem limites

Encurvamentocomplexo Não Não Não Sim Sim

Empenamentos

Torcimento Não Não Não Sim Sim

Espessura20% em até 10%

do lote20% em até10% do lote

30% em até20% do lote 50% 50%

Largura 10% em até 10%do lote

10% em até10% do lote

10% em até20% do lote

20% 30%Esmoado

Comprimento20% em até 10%

do lote20% em até10% do lote

50% em até20% do lote 50% 70%

Fendilhado Não

Permitido, desdeque com menos

de 2 mm deprofundidade e

com até10 cm/m decomprimento

Permitido, desdeque com menos

de 2 mm deprofundidade e

com até 30 cm/m decomprimento

Permitido, desdeque com menos

de 2 mm deprofundidade e

com até50 cm/m decomprimento

Sem limite

Fissuras de compressão Não Não Não Não Sim

Furos de insetos Não Não Não Não Sem limites

Madeira ardida ou podridão Não Não Não < 15% da áreada peça

< 20% da áreada peça

Medula Não Não Não Não Sem limites

Firmes -coloração da

madeiraNão

Até o máximo de25 mm/m na pior

faceSim Sim Sim

Cariados Não Não NãoAté o máximo de25 mm/m na pior

faceSimNós

Soltos ouvazados Não Não Não

Até o máximo de25 mm/m na pior

faceSim

Rachas nasextremidades

Soma doscomprimentos

< 25 mm/m decomprimento da

peça, em até 10%do lote

< 50 mm/m decomprimento da

peça

< 100 mm/m decomprimento da

peça

< 150 mm/m decomprimento da

peçaSem limites

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NBR 14806:2002 11

6 Aceitação e rejeição

6.1 Identificação

6.1.1 Cada lote ou cada grupo de lotes com as mesmas características deve ser identificado com os seguintes itens:

a) número de peças por classe de qualidade;

b) dimensões nominais;

c) teor de umidade da madeira;

d) identificação do produtor;

e) número do lote;

f) número do contrato;

g) país de origem;

h) identificação do classificador.

6.1.2 Caso um lote contenha peças de larguras ou comprimentos nominais diferentes, devem ser especificadas asdimensões médias.

NOTA - A aceitação de um lote ou de uma viagem não significa a aceitação da partida.

6.2 Inspeção

6.2.1 Lote

No ato da inspeção, devem ser verificados todos os itens contidos em 6.1.

6.2.2 Número de peças

A verificação das peças e a classificação em classes de qualidade podem ser realizadas por inspeção completa ou poramostragem, utilizando os procedimentos estabelecidos em 4.8 e seção 5.

6.2.3 Inspeção por amostragem

No caso de não se desejar inspecionar todas as peças de um lote, a inspeção deve ser feita como descrito em 6.2.3.1 a6.2.3.3.

6.2.3.1 Retirar aleatoriamente do lote um número mínimo de peças, as quais devem ser inspecionadas. Este númeromínimo varia com o número de peças existentes no lote, conforme a tabela 5.

Tabela 5 - Sistema de amostragem aleatória

Número total de peças por classe no lote Número mínimo de peças por inspeção

Até 500 13

501 - 1 200 20

1 201 - 10 000 32

10 001 - 35 000 50

35 001 - 50 000 80

Acima de 50 001 125

6.2.3.2 Inspecionar as peças retiradas, verificando se suas características atendem às especificações constantes naidentificação do lote ou do contrato.

6.2.3.3 Calcular a porcentagem de peças inspecionadas que não atendem às especificações da identificação do lote emrelação ao total de peças inspecionadas.

6.2.4 Momento e local da inspeção

A inspeção do lote pode ser feita no pátio do fornecedor, do cliente ou conforme estabelecido em contrato.

6.2.5 Resultados

6.2.5.1 Em um lote podem ocorrer no máximo 5% de peças acidentais, com classe de qualidade imediatamente inferior àespecificada; caso contrário, o lote é rejeitado.

6.2.5.2 Caso a inspeção tenha sido realizada por amostragem e o lote tenha sido rejeitado, pode ser realizada umasegunda inspeção, de acordo com os procedimentos descritos em 6.2.3, desde que a proporção de peças acidentais nãoultrapasse 20%. Caso persista a rejeição, o lote deve ser considerado como rejeitado.

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