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Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 / 28º andar CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro – RJ Tel.: PABX (21) 210-3122 Fax: (21) 220-1762/220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Copyright © 2000 ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados ABR 2000 NBR 14489 Motor diesel - Análise e determinação dos gases e do material particulado emitidos por motores do ciclo diesel - Ciclo de 13 pontos Origem: Projeto 05:102.03-001:1999 ABNT/CB-05 - Comitê Brasileiro de Automóveis, Caminhões, Tratores, Veículos Similares e Autopeças CE-05:102.03 - Comissão de Estudo de Emissões Veiculares em Veículos Pesados NBR 14489 - Diesel engine - Analysis and evaluation of gases and particulate matter emitted by the diesel engine - 13 mode cycle Descriptors: Diesel engine. Exhaust gas. Emission Esta Norma cancela e substitui as NBR 10813:1993 e NBR 11480:1990 Válida a partir de 29.05.2000 Palavras-chave: Motor. Gás. Emissão de gás 1 página Esta Errata n° 1 de DEZ 2001 tem por objetivo corrigir a NBR 14489:2000 no seguinte: - Na tabela 1, última coluna (Tempo de amostragem), para o “Ponto do ciclo 6”: - Onde se lê: “25” - Leia-se: “250” _________________

NBR 14489 - Motor Diesel - Analise E Determinacao Dos Gases E Do Material Particulado Emitidos Po

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ABNT – AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

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ABR 2000 NBR 14489

Motor diesel - Análise e determinaçãodos gases e do material particuladoemitidos por motores do ciclo diesel -Ciclo de 13 pontos

Origem: Projeto 05:102.03-001:1999ABNT/CB-05 - Comitê Brasileiro de Automóveis, Caminhões, Tratores,Veículos Similares e AutopeçasCE-05:102.03 - Comissão de Estudo de Emissões Veiculares em VeículosPesadosNBR 14489 - Diesel engine - Analysis and evaluation of gases and particulatematter emitted by the diesel engine - 13 mode cycleDescriptors: Diesel engine. Exhaust gas. EmissionEsta Norma cancela e substitui as NBR 10813:1993 e NBR 11480:1990Válida a partir de 29.05.2000

Palavras-chave: Motor. Gás. Emissão de gás 1 página

Esta Errata n° 1 de DEZ 2001 tem por objetivo corrigir a NBR 14489:2000 no seguinte:

- Na tabela 1, última coluna (Tempo de amostragem), para o “Ponto do ciclo 6”:

- Onde se lê: “25”

- Leia-se: “250”

_________________

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ABR 2000 NBR 14489

Motor diesel - Análise e determinaçãodos gases e do material particuladoemitidos por motores do ciclo diesel -Ciclo de 13 pontos

Origem: Projeto 05:102.03-001:1999ABNT/CB-05 - Comitê Brasileiro de Automóveis, Caminhões, Tratores,Veículos Similares e AutopeçasCE-05:102.03 - Comissão de Estudo de Emissões Veiculares em VeículosPesadosNBR 14489 - Diesel engine - Analysis and evaluation of gases and particulatematter emitted by the diesel engine - 13 mode cycleDescriptors: Diesel engine. Exhaust gas. EmissionEsta Norma cancela e substitui as NBR 10813:1993 e NBR 11480:1990Válida a partir de 29.05.2000

Palavras-chave: Motor. Gás. Emissão de gás 41 páginas

SumárioPrefácio1 Objetivo2 Referências normativas3 Definições4 Símbolos e abreviaturas5 Método de ensaio6 Método de cálculo da emissão gasosa e do material particulado7 Apresentação dos resultadosANEXOSA Instalação e preparação do motor para o ensaioB Emissão gasosa - Aparelhagem, sistemas de amostragem e análiseC Emissão do material particulado - Aparelhagem, sistemas de amostragem e análiseD Cálculos complementaresE Referências bibliográficas

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujoconteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),são elaboradas por Comissões de Estudo (CE) formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte:produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre osassociados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma foi baseada na diretiva 88/77/EEC da Comunidade Econômica Européia e na Emenda 91/542/EEC, de 1 deoutubro de 1991, adendo da mesma diretiva, e na ECE-R49.02 - Uniform Provisions Concerning the Approval ofCompression Ignition (C.I.) Engines and Vehicles Equipped with C.I. Engines with Regard to the Emissions of Pollutantsby the Engine, de 1 de julho de 1992.

Esta Norma contém os anexos A a D, de caráter normativo, e o anexo E, de caráter informativo.

1 Objetivo

Esta Norma prescreve o método de análise e fixa o procedimento para a determinação de gases de escapamento, comohidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado do gás deescapamento emitido por motores do ciclo diesel, utilizados em veículo rodoviário automotor, ensaiados conforme o ciclode 13 pontos em banco dinamométrico.

Esta Norma não se aplica a ensaios em dinamômetro de chassi.

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2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições, que ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para estaNorma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições maisrecentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 12857:1993 - Gases e misturas gasosas para utilização em laboratório de emissão veicular - Especificação

NBR ISO 1585:1996 - Veículos rodoviários - Código de ensaio de motores - Potência líquida efetiva

SAE J 177:1995 - Measurement of carbon dioxide, carbon monoxide and oxides of nitrogen in Diesel exhaust

SAE J 244:1992 - Measurement of intake air or exhaust gas flow of Diesel engines

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 emissões de escapamento: Substâncias emitidas para a atmosfera, provenientes de qualquer abertura do sistema deescapamento, a jusante da válvula de escapamento.

3.2 porcentagem de torque: Fração do torque máximo disponível em determinada rotação.

3.3 regime constante: Regime no qual o motor é submetido à ação de torque e rotação constantes, dentro de ± 50 rpm.

3.4 rotação de marcha lenta: Menor rotação sem torque especificada pelo fabricante.

3.5 rotação nominal: Rotação máxima de plena carga, permitida pelo regulador, conforme especificada pelo fabricante.

3.6 rotação intermediária: Rotação do torque máximo, se esta estiver entre os limites de 60% e 75% da rotação nominal;caso contrário, considera-se o limite de 60%. Para os motores que apresentam um patamar de torque máximo dentro doslimites de 60% a 75% da rotação nominal, deve-se usar como rotação intermediária a rotação mais próxima do limite de60% da rotação nominal.

3.7 material particulado: Qualquer material coletado nos filtros do sistema de amostragem do material particulado, após adiluição do gás de escapamento bruto do motor com ar limpo e filtrado. O material particulado é composto, genericamente,de carbono elementar, hidrocarbonetos condensados, sulfatos, água associada e partículas metálicas.

3.8 método de diluição do fluxo total: Método que consiste na mistura do ar de diluição com o fluxo total do gás deescapamento bruto, gerando uma amostra diluída para análise.

3.9 método de diluição do fluxo parcial: Método que consiste na mistura de parte do gás de escapamento bruto com aquantidade apropriada do ar de diluição, gerando uma amostra diluída para análise.

3.10 amostragem isocinética: Método que consiste no controle da vazão da amostra do gás de escapamento, onde avelocidade média na sonda de amostragem deve ser mantida igual à velocidade média do gás no tubo de escapamento, naseção de amostragem.

3.11 amostragem não isocinética: Método que consiste no controle da vazão da amostra do gás de escapamento,independente da velocidade do gás de escapamento.

3.12 fatores de ponderação: Valores estabelecidos conforme a tabela 1 e usados na determinação da emissão médiaponderada do motor. A somatória dos fatores de ponderação deve ser igual a 1.

3.13 método de filtragem de filtro simples: Método que consiste na utilização de um único par de filtros para todo o ciclode ensaio. Os fatores de ponderação devem ser levados em conta para determinar a duração da fase de amostragem domaterial particulado, através do ajuste da variação da vazão de amostragem e/ou tempo de amostragem.

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4 Símbolos e abreviaturas

Símbolo Unidade Terminologia

A ppmC Concentração de hidrocarbonetos do gás de referência

AP m2 Área transversal da sonda isocinética

AT m2 Área transversal do tubo de escapamento

B ppmC Concentração de hidrocarbonetos do gás de verificação da interferência do oxigênio

BV - Válvula de esfera

CO - Monóxido de carbono

CVS - Constant volume sampling - Amostragem a volume constante

CFV - Venturi de vazão crítica

CAR ppm Concentração de ar

CCO2 ppm Concentração de CO2 lida no gás de calibração

COmass g/h Fluxo de massa de CO no gás de escapamento

CO”CONC ppm Concentração de CO em base úmida

CONCE i ppm ou % v/v Concentração do gás bruto, em cada ponto do ciclo

CONCD i ppm ou % v/v Concentração do gás de escapamento diluído, em cada ponto do ciclo

CONCA i ppm ou % v/v Concentração do ar de diluição, em cada ponto do ciclo

CO2D i % v/v Concentração de CO2 no gás de escapamento diluído, em cada ponto do ciclo

CO2A i % v/v Concentração de CO2 no ar de diluição, na base úmida, em cada ponto do ciclo

DICA - Detectores por ionização de chama com linha aquecida

DA - Dreno de água

DDS - Sistema de diluição duplo

DAF - Filtro do ar de diluição

DP - Bomba de ar de diluição

DPT - Transdutor de pressão diferencial

DT - Túnel de diluição

dCOMB kg/cm3 Massa específica corrigida do combustível

dA g/cm3 Massa específica da amostra do combustível

EP - Tubo de escapamento

EGA - Analisador de gás de escapamento

EGR - Recirculação do gás de escapamento

EFC - Computação eletrônica de vazão

CO g/kW.h Emissão específica ponderada de CO, em base úmida

NOx g/kW.h Emissão específica ponderada de NOx, em base úmida

HC g/kW.h Emissão específica ponderada de HC, em base úmida

F - Filtro

FH - Porta-filtro

FC - Controlador de vazão

F1 - Fator para conversão de concentrações medidas em base seca para úmida

F2 - Fator de correção da concentração de NOX para condições-padrão, em função daumidade

GF - Medidor de vazão de gás

G”EXH kg/h Fluxo de massa do gás de escapamento (base úmida)

G”AIR kg/h Fluxo de massa do ar de admissão (base úmida)

GFUEL kg/h Fluxo de massa do combustível

DFG kg/h Fluxo de massa do gás de escapamento diluído ponderado

/continua

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/continuação

Símbolo Unidade Terminologia

GTOTi g/s Fluxo de massa do gás de escapamento diluído no sistema de filtragem em cadaponto do ciclo

EDFG kg/h Fluxo de massa equivalente do gás de escapamento diluído, ponderado

GEXH kg/h Fluxo de massa do gás de escapamento do motor

Gdil kg/h Fluxo de massa do ar de diluição

GFUEL i kg/h Fluxo de massa do combustível, em cada ponto do ciclo

HC - Hidrocarbonetos

HE - Trocador de calor

HCmass g/h Fluxo de massa de HC no gás de escapamento

HC”CONC ppm Concentração de HC em base úmida

H - Umidade específica do ar de admissão, g de H2O/kg de ar seco

IND - Analisador por absorção de raios infravermelhos não dispersivos

ISP - Sonda de amostragem isocinética

i - Ponto do ciclo

% IO2 - Percentual de interferência do oxigênio

LQ - Analisador por luminescência química

%L - Percentual de linearidade

MV - Medidor de vazão

MP - Medidor de pressão

M - Inclinação da reta (coeficiente angular)

MFO Nm Torque observado

MSAM g Massa amostrada no sistema de filtragem durante o ciclo

NOx - Óxidos de nitrogênio

NOx”

CORR ppm Concentração de NOX” corrigida para condições-padrão (base úmida)

NOx”

CONC ppm Concentração de NOX em base úmida

NOX’CORR ppm Concentração de NOX corrigida para condição-padrão (base seca)

NOX’CONC ppm Concentração de NOX em base seca

NOX mass g/h Fluxo de massa de NOX no gás de escapamento

Ne kW Potência efetiva líquida

ppm - Parte por milhão

ppmC=ppmC1 - Parte por milhão de carbono

PDP - Bomba de deslocamento positivo

PDT - Túnel de diluição primário

PSP - Sonda de amostragem de material particulado

PTT - Tubo de transferência de particulado

PR - Sonda de amostragem

PB - Compressor de pressão

PSS - Sistema de amostragem de particulado

PO kPa Pressão de operação do analisador

PVS kPa Pressão de vapor de saturação

ppmCO2 ppm Concentração nominal de CO2

PS kPa Pressão barométrica seca

Pb. kPa Pressão barométrica

P”CONC ppm Concentração do poluente em base úmida

P’CONC ppm Concentração do poluente em base seca

PT - Material particulado

PT g/kW.h Emissão específica do material particulado

PTmass g/h Fluxo de massa do material particulado do motor

PTFE - Politetrafluoretileno

/continua

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/continuação

Símbolo Unidade TerminologiaPi kW Potência efetiva observada em cada ponto do ciclo

Paux,i kW Potência dissipada pelos equipamentos auxiliares em cada ponto do ciclo

Pf mg Massa do material particuladoPd kPa Pressão de vapor saturado na temperatura ambientePV kPa Pressão de vaporqi - Razão de diluição em cada ponto do ciclor - Razão entre a área da sonda e o tubo de escapamentoR - Regulador de pressão

RRA - Relação de rejeição de águaRRCO2 - Relação de rejeição de CO2

RT - Resposta do analisadorRA - Percentual da indicação máx. da escala da resposta do analisador devido a ARB - Percentual da indicação máx. da escala da resposta do analisador devido a B

RAIR - Constante de ar, 287m2/(s2.K)

Ra % Umidade relativa do ar ambienteST - Sensor de temperaturaS - Secador

SDS - Sistema de diluição simplesSDT - Túnel de diluição secundárioSP - Bomba de amostragemSC - Controlador de velocidadeSB - Ventilador de sucçãoTT - Tubo de transferência

T K Temperatura de admissãoTBS °C Temperatura do bulbo secoTBU °C Temperatura do bulbo úmidotp s Tempo de amostragem do particuladotpi s Tempo de amostragem do material particulado em cada ponto do ciclotb s Tempo de medição do consumo de combustível

TA °C Temperatura da amostra de combustível utilizado no cálculo da densidadeTb °C Temperatura do combustível em mediçãotRT s Tempo de medição do consumo de arTAIR °C Temperatura do ar de admissão no medidor de lóbulosV - Válvula

V’EXH m3/h Vazão do gás de escapamento (base seca)

V”AIR m3/h Vazão do ar de admissão (base úmida)

V”EXH m3/h Vazão do gás de escapamento (base úmida)

VAo rpm Rotação observada do motor

DFV" m3/h Vazão do gás de escapamento diluído ponderado, em base úmida

VSAM m3 Volume amostrado no sistema de filtragem durante o cicloV”TOT m3/h Vazão do gás de escapamento diluído no sistema de filtragem em base úmida

EDFV" m3/h Vazão equivalente do gás de escapamento diluído, ponderado, em base úmida

V”EXH m3/h Vazão do gás de escapamento do motor, em base úmida

V”dil m3/h Vazão do ar de diluição, em base úmida

Vb cm3 Volume de combustível medido

VRT m3 Volume de ar de admissão medido

X - Inclinação do gráfico

Y - Concentração do gás de calibração

WF - Fator de ponderação, conforme a tabela 1

WFE - Fator de ponderação efetivo

z ppm Concentração de água

Z - Inclinação teórica da curva

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5 Método de ensaio

O ensaio deve ser realizado com o motor instalado em um banco dinamométrico, conforme o anexo A, determinando-seinicialmente o torque a plena carga, nas rotações determinadas para o ensaio. O motor e seus dispositivos de controledevem ter acumulado um número suficiente de horas de funcionamento para a estabilização das emissões e estaraquecidos, com as pressões e temperaturas estabilizadas, conforme recomendação do fabricante. As emissões demonóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado (PT) são medidassimultaneamente durante o ciclo de 13 pontos, em regime constante, conforme a tabela 1.

Tabela 1 - Características do ciclo de ensaio

Ponto do ciclo

i

Rotação

rpm

Porcentagem detorque1)

%

Tempo2) emregime

Min

Tempoacumulado

min

Fator deponderação

WF

Tempo3) deamostragem

s

1 Marcha lenta 0 6,0 6,0 0,25/3 83

2 Intermediária 10 6,0 12,0 0,08 80

3 Intermediária 25 6,0 18,0 0,08 80

4 Intermediária 50 6,0 24,0 0,08 80

5 Intermediária 75 6,0 30,0 0,08 80

6 Intermediária 100 6,0 36,0 0,25 25

7 Marcha lenta 0 6,0 42,0 0,25/3 83

8 Nominal 100 6,0 48,0 0,1 100

9 Nominal 75 6,0 54,0 0,02 20

10 Nominal 50 6,0 60,0 0,02 20

11 Nominal 25 6,0 66,0 0,02 20

12 Nominal 10 6,0 72,0 0,02 20

13 Marcha lenta 0 6,0 78,0 0,25/3 83

(1) Admite-se uma tolerância de ± 2% do máximo torque na rotação de ensaio.(2) Visto que o ensaio representa um ciclo dinâmico, os tempos devem ser respeitados sem interrupções.(3) Tempo no qual o gás de escapamento flui pelo conjunto de filtros no túnel de material particulado.

O combustível utilizado deve ser aquele recomendado para a finalidade do ensaio e declarado na apresentação dosresultados. Para fins de homologação/certificação, usar o combustível padrão especificado na legislação em vigor.

As condições seguintes devem ser atendidas durante os ensaios de emissão, bem como a temperatura do ar de admissãoe a pressão barométrica devem obedecer as relações a seguir:

Para motores naturalmente aspirados ou mecanicamente sobrealimentados:

1,06298T

xP99

0,960,7

s

onde:

T é a temperatura de admissão, em Kelvins;

Ps é a pressão barométrica seca, em quilopascals, calculada conforme segue:

Vbs PPP −=

sendo: PV = pressão de vapor, em quilopascals, definida pela equação:

( ) ( )

−−=

+−

100P

TT0,49e7,51

P bBUBS

273BUT

5345,521,106

V

onde:

TBS é a temperatura de bulbo seco, em graus Celsius;

TBU é a temperatura de bulbo úmido, em graus Celsius;

Pb é a pressão barométrica, em quilopascals.

NOTA - A pressão barométrica é obtida corrigindo-se a pressão observada, conforme instruções do fabricante do barômetro, quando aplicável.

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Para motores turboalimentados, com ou sem pós-arrefecedor:

1,06298

Tx

P

990,96

1,50,7

s

No mínimo 2 h antes do ensaio cada filtro de material particulado é colocado em uma placa de Petri fechada, a qual não éselada, e mantido na câmara de pesagem para estabilização. No fim do período de estabilização cada filtro é pesado eseu peso é registrado. O filtro é então armazenado na placa de Petri, devendo permanecer na sala de pesagem até omomento de seu uso, ou em um porta-filtro selado. Qualquer filtro não utilizado no intervalo de 1 h após ser removido dacâmara de pesagem deve ser pesado novamente antes do uso.

O período de aquecimento do equipamento antes do ensaio deve estar de acordo com as recomendações do fabricante.Se não for especificado, um mínimo de 2 h é recomendado para o aquecimento deste.

Durante cada ponto do ciclo, a rotação ajustada não deve variar mais que 50 rpm, o torque não deve variar mais do que2% do torque máximo na rotação de medição e o tempo ajustado não deve variar mais que 5% do respectivo tempoestabelecido na tabela 1.

A temperatura do combustível, medida na entrada da bomba injetora conforme a NBR ISO 1585, deve estar entre 306 K e316 K (33°C e 43°C). O regulador de rotações e o sistema de injeção devem estar ajustados conforme estabelecido pelofabricante em seus manuais técnicos.

Os seguintes passos devem ser observados durante o ensaio:

- equipamentos e sondas de amostragem devem estar instalados conforme o anexo B. Para um sistema de diluição dofluxo total, após a conexão do tubo de sucção ao sistema, a restrição de admissão e a contrapressão de escapamentodevem ser ajustadas conforme descrito nas notas 1) e 2) da tabela A.2;

- o fluxo total deve ser reajustado de forma a manter sua temperatura até no máximo 325 K (52°C) imediatamenteantes do filtro de material particulado, de modo que o máximo fluxo de calor seja determinado a partir do fluxo de gásde escapamento e/ou temperatura;

- o sistema de resfriamento e o sistema de diluição do fluxo total ou do sistema de diluição do fluxo parcial devem serligados;

- o motor deve ser ligado e aquecido até que as pressões e temperaturas atinjam o equilíbrio;

- a curva de torque a plena carga deve ser determinada experimentalmente para definir os valores especificados paraos pontos do teste e a máxima potência absorvida pelos equipamentos acionados pelo motor e declarados pelofabricante para serem aplicados ao tipo de motor em teste;

- o valor ajustado no dinamômetro para cada rotação e carga deve ser calculado através da seguinte equação:

aux.mín. P100

LxPS +=

onde:

L é a porcentagem de torque conforme indicado na tabela 1;

S é o valor ajustado no dinamômetro;

Pmín. é a mínima potência líquida do motor, conforme indicado na linha (E) da tabela 2;

Paux. é a potência absorvida total, permitida pelos equipamentos acionados pelo motor, subtraída a potência dequalquer equipamento realmente acionado pelo motor (Paux. = D - B, da tabela 2)

Tabela 2 - Potências características do motor

Condição Potência em diferentes rotaçõeskW

Intermediária Nominal(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

(A) Potência máxima medida no teste (kW);

(B) Potência total absorvida pelos equipamentos acionados pelo motor, conforme indicado no anexo A (kW);

(C) Potência bruta do motor (kW); (C = A + B);

(D) Potência máxima absorvida admitida, conforme declarado pelo fabricante para os equipamentos acionados pelo motor, nas rotaçõesintermediária e nominal (kW);

(E) Potência mínima líquida do motor (kW). (E = C - D).

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- os analisadores de emissões devem ser ajustados em zero e fundo de escala (span) e o sistema de amostragem domaterial particulado deve ser ligado;

- para um sistema de diluição parcial, a razão de diluição deve ser ajustada de modo a manter a temperatura do gás deescapamento diluído até no máximo 325 K (52°C) imediatamente antes dos filtros de amostragem do materialparticulado, de modo que o máximo fluxo de calor seja determinado a partir do gás de escapamento e/ou temperatura;

- a faixa de velocidade do gás de escapamento e as oscilações de pressão são verificadas e ajustadas de acordo com orequerido no anexo B, se aplicável;

- a seqüência do teste deve ser iniciada. O motor deve ser operado por 6 min em cada ponto, ajustando-se a rotação ea carga do motor no primeiro minuto. As respostas dos analisadores devem ser registradas graficamente durante os6 min, com o gás de escapamento fluindo através dos analisadores ou pelo menos durante os últimos 3 min;

- para a amostragem do material particulado, somente um par de filtros (os filtros primário e secundário) deve ser usadopara o ensaio completo. Com o sistema de diluição de fluxo parcial, o produto da razão de diluição e a vazão de gás deescapamento para cada ponto não deve ser maior que ± 7% da média de todos os pontos. Com o sistema de diluiçãode fluxo total, o fluxo de massa deve ser mantido não maior que ± 7% da média de todos os pontos. A massa deamostragem que flui através dos filtros de particulado (Msam) deve ser ajustada a cada ponto, para se ter em conta ofator de ponderação do ponto e a razão de vazão do escapamento ou do combustível;

- um tempo de amostragem de no mínimo 20 s é recomendado. A amostragem deve ser realizada o mais tarde possívelem cada ponto. A rotação e a carga do motor, a temperatura do ar de admissão e a vazão do gás de escapamentodevem ser registradas durante os últimos 5 min de cada ponto, com a rotação e carga requeridas sendo mantidasdurante o tempo de amostragem do particulado, mas em qualquer caso durante o último minuto de cada ponto;

- qualquer dado adicional requerido para cálculo deve ser lido e registrado;

- o zero e o fundo de escala ajustados para os analisadores devem ser checados e reajustados, como requerido, pelomenos ao final do teste;

- o teste será considerado satisfatório se o ajuste necessário ao seu final não exceder a exatidão dos analisadoresprescritas no anexo B.

5.1 Avaliação dos dados

Ao término do ensaio, os elementos filtrantes devem ser condicionados na sala de pesagem por um período mínimo de 2 he no máximo de 36 h e então pesados. A massa de material particulado (Pf) corresponde à soma das massas coletadasnos filtros primário e secundário.

Para avaliação do registro gráfico das emissões de gases devem ser determinadas as médias, dos registros gráficos, dosúltimos 60 s de cada ponto, para monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx), com osseus correspondentes dados de calibração.

Outros tipos de registradores podem ser utilizados desde que seja assegurada a equivalência de resultados.

6 Cálculo da emissão gasosa e da emissão do material particulado

6.1 Determinação da vazão do gás de escapamento

Para o cálculo das emissões, é necessário conhecer a vazão do gás de escapamento. Para tanto, os métodos a seguirpodem ser utilizados.

6.1.1 Medição direta - Vários equipamentos podem ser usados para esta medição. No caso de bocais ou placas de orifício,consultar a SAE J 244 e a SAE J 177.

6.1.2 Medição indireta - Obtida a partir das medições do fluxo de massa ou vazão do ar de admissão e do combustível.

6.1.2.1 Fluxo de massa (base úmida1))

FUELAIREXH G+G”=G”

onde:

G"EXH é o fluxo de massa do gás de escapamento (base úmida), em quilogramas por hora;

G"AIR é o fluxo de massa do ar de admissão (base úmida), em quilogramas por hora;

GFUEL é o fluxo de massa do combustível, em quilogramas por hora.

NOTA - Conforme a medição do consumo de combustível, este valor pode ser obtido diretamente (medição gravimétrica) ou calculadoindiretamente (medição volumétrica, anexo D).

_________________

1) A variável seguida de aspas (") indica sempre base úmida.

Page 10: NBR 14489 - Motor Diesel - Analise E Determinacao Dos Gases E Do Material Particulado Emitidos Po

NBR 14489:2000 9

6.1.2.2 Vazão (base seca1))

FUELAIREXH G0,75-V”=V’

onde:

V'EXH é a vazão do gás de escapamento (base seca), em metros cúbicos por hora;

V"AIR é a vazão do ar de admissão (base úmida), em metros cúbicos por hora.

NOTA - No caso de medidores de vazão com lóbulos (tipo Roots), ver anexo C.

6.1.2.3 Vazão (base úmida)

FUELAIREXH G0,77+V”=V”

onde:

V"EXH é a vazão do gás de escapamento (base úmida), em metros cúbicos por hora.

6.2 Cálculo da emissão gasosa

As concentrações dos poluentes podem ser medidas em base seca ou base úmida. No entanto, como os poluentespresentes no gás de escapamento encontram-se em base úmida, deve-se utilizar sempre esta base para a determinaçãode suas concentrações. Para o caso de analisadores cujas medições se façam em base seca, é necessário aplicar aseguinte transformação para base úmida:

1CONCCONC FxP’P” =

onde:

P"CONC é a concentração do poluente em base úmida, em ppm;

P'CONC é a concentração do poluente em base seca, em ppm;

F1 é o fator para conversão de concentrações medidas em base seca para base úmida, calculado de acordo com D.3.

Correção de umidade para NOx - Como a umidade do ar exerce influência na formação química do NOx durante acombustão, é necessário corrigir os valores medidos das concentrações de NOx para condições-padrão (umidade de10,71 g de H2O/kg de ar seco e temperatura de 29,44°C), da seguinte forma, independentemente do tipo do analisador(seco ou úmido):

2CONCxCORRx Fx”NO”NO =

ou 2CONCCORR Fx’NO’NO xx ⋅=

onde:

NOx”CORR é a concentração de NOx corrigida para condições-padrão (base úmida), em ppm;

NOx”CONC é a concentração de NOx em base úmida, em ppm;

F2 é o fator de correção da concentração de NOx para condições-padrão, em função da umidade, calculado de acordocom D.4;

NOx’CORR é a concentração de NOx corrigida para condições-padrão, em ppm (base seca);

NOx’CONC é a concentração de NOx em base seca, em ppm.

6.2.1 Determinação do fluxo de massa do poluente, usando o fluxo de massa do gás de escapamento (G"EXH)

EXHCONCMASS G”xCO”9660,000CO ⋅=

EXHCONCxMASSx G”x”NO5870,001NO ⋅=

EXHCONCMASS G”xHC”4780,000HC ⋅=

onde:

COMASS, NOx MASS e HCMASS são o fluxo de massa de CO, NOx e HC no gás de escapamento, em gramas por horas,respectivamente;

CO"CONC e HC"CONC são a concentração de CO e HC em base úmida, em ppm.

_________________1) A variável seguida de apóstrofe (') indica sempre base seca.

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NBR 14489:200010

6.2.2 Determinação do fluxo de massa do poluente, usando a vazão do gás de escapamento

Em base seca (V'EXH):

EXHCONCMASS V’xCO’250,001CO ⋅=

EXHCORRxMASSx V’x’NO050,002NO ⋅=

Em base úmida (V"EXH):

EXHCORRxMASSx V”x”NO050,002NO ⋅=

EXHCONCMASS V”xHC”6180,000HC ⋅=

6.2.3 Emissão específica ponderada do ciclo, por poluente

A emissão específica ponderada do ciclo de ensaio para os poluentes CO, NOx e HC deve ser calculada da seguinte forma:

( )( )∑ −

∑=

=

=13

1i iiaux,i

131i iiMASS,

x WFPP

WFxCOCO

( )( )∑ −

∑=

=

=13

1i iiaux,i

131i ii,MASSx

x x WFPP

x WFNONO

( )( )∑ −

∑=

=

=13

1i iiaux,i

131i ii,MASS

x WFPP

WFxHCHC

onde:

HCNOCO x ,, são emissões específicas ponderadas de CO, NOx e HC, em base úmida, em gramas por quilowatts-hora;

WF é o fator de ponderação para cada regime de operação do motor, obtido através da tabela 1.

6.3 Cálculo da emissão do material particulado

6.3.1 Amostragem do fluxo total

Conforme a figura 1.

Figura 1 - Esquema do sistema de amostragem do fluxo total

Page 12: NBR 14489 - Motor Diesel - Analise E Determinacao Dos Gases E Do Material Particulado Emitidos Po

NBR 14489:2000 11

6.3.1.1 Cálculo da emissão específica do material particulado

iiaux,i

mass

WFP-PPT

PT)(∑

=

onde:

PT é a emissão específica do material particulado, em gramas por quilowatt-hora;

PTmass é o fluxo de massa do material particulado do motor, em gramas por hora;

Pi é a potência efetiva observada em cada ponto do ciclo, em quilowatts;

Paux , i é a potência dissipada pelos equipamentos auxiliares em cada ponto do ciclo, em quilowatts;

WFi é o fator de ponderação de cada ponto do ciclo conforme a tabela 1.

Sendo:

- O fluxo de massa do material particulado (PTmass) calculado da seguinte forma:

SAM

DFmass M

GxPfPT =

ou

0001xV

"VxPfPT

SAM

DFmass =

onde:

Pf é a massa do material particulado, em miligramas;

DFG é o fluxo de massa do gás de escapamento diluído ponderado, em quilogramas por hora;

DF"V é a vazão do gás de escapamento diluído, ponderado, em base úmida, em metros cúbicos por hora;

MSAM é a massa do gás de escapamento diluído amostrada no sistema de filtragem durante o ciclo, em gramas,determinada por ∑( GTOT, i . tp i );

GTOT i é o fluxo de massa do gás de escapamento diluído no sistema de filtragem em cada ponto do ciclo, em gramaspor segundo;

TP i é o tempo de amostragem do material particulado, em segundos, conforme a tabela 1;

VSAM é o volume do gás de escapamento diluído amostrado no sistema de filtragem durante o ciclo, em metroscúbicos, determinado por ∑( V”TOT, i . tp i );

V”TOT, i é a vazão do gás de escapamento diluído no sistema de filtragem, em cada ponto do ciclo, em metros cúbicospor hora.

- Os valores de DFG ,DF

"V , MSAM e VSAM do ciclo de ensaio são determinados pela somatória dos valores médios dos

pontos individuais:

DFG = ∑ (GDF, i x WFi )

DF"V = ∑ (V”DF, i x WFi)

MSAM = ∑ MSAM, i

VSAM = ∑ VSAM, i

6.3.1.2 Cálculo do fator de ponderação efetivo (WFE) - (condição de validação do ensaio)

para cada ponto (i), é definido por:

iDF,SAM

DFiE, GxM

GxMWF iSAM,=

ou

iDF,SAM

DFiE, x V"V

"VxVWF

iSAM,=

- Para validação do ensaio, os valores dos fatores de ponderação efetivos devem estar dentro de ± 0,003 dos fatores deponderação listados na tabela 1.

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NBR 14489:200012

6.3.1.3 Para a correta obtenção dos resultados finais da emissão específica do material particulado devem ser observadosos seguintes passos:

- V”TOT (vazão do gás de escapamento diluído em base úmida) é calculado a partir de V”TOT, i , que corresponde aV”DF, i ;

- Quando usado o sistema de diluição simples, MSAM é a massa amostrada nos filtros (GF1);

- Quando usado o sistema de diluição duplo, MSAM é a massa amostrada nos filtros (GF1) subtraída da massa de ar dosistema de diluição secundário (GF2).

6.3.2 Amostragem do fluxo parcial

Conforme a figura 2.

Figura 2 - Esquema do sistema de amostragem do fluxo parcial

6.3.2.1 Cálculo da emissão específica do material particulado

iiaux.,i

mass

WFP-(PPT

PT)∑

=

onde:

PT é a emissão específica do material particulado, em gramas por quilowatt-hora;

PTmass é o fluxo de massa do material particulado do motor, em gramas por hora;

Pi é a potência efetiva observada em cada ponto do ciclo, em quilowatts;

Paux, i é a potência dissipada pelos equipamentos auxiliares em cada ponto do ciclo, em quilowatts;

WFi é o fator de ponderação de cada ponto do ciclo conforme a tabela 1.

- O fluxo de massa do material particulado (PTmass) é calculado da seguinte forma:

SAMmass M

GxPfPT EDF=

ou

0001xV"VxPf

PTSAM

massEDF=

onde:

Pf é a massa do material particulado, em miligramas;

EDFG é o fluxo de massa equivalente do gás de escapamento diluído, ponderado, em quilogramas por hora;

Page 14: NBR 14489 - Motor Diesel - Analise E Determinacao Dos Gases E Do Material Particulado Emitidos Po

NBR 14489:2000 13

EDF"V é a vazão equivalente do gás de escapamento diluído, ponderado, em base úmida, em metros cúbicos por hora;

MSAM é a massa amostrada no sistema de filtragem durante o ciclo, em gramas, determinada por ∑( GTOT, i x tpi);

GTOT, i é o fluxo de massa do gás de escapamento diluído no sistema de filtragem, em cada ponto do ciclo, em gramaspor segundo;

tpi é o tempo de amostragem do material particulado, em segundos, conforme a tabela 1;

VSAM é o volume amostrado no sistema de filtragem durante o ciclo, em metros cúbicos, determinado por∑( V”TOT, i x tp i);

V”TOT, i é a vazão do gás de escapamento diluído no sistema de filtragem em cada ponto do ciclo, em metros cúbicospor hora.

- Os valores de EDFG ,EDF

"V , MSAM e VSAM do ciclo são determinados pelas somatórias dos valores médios dos pontos

individuais, conforme segue:

EDFG = ∑ (GEDF, i x WFi)

EDF"V = ∑ (

iEDF,V" x WFi)

MSAM =∑ MSAM, i

VSAM =∑ VSAM, i

6.3.2.2 Cálculo do fator de ponderação efetivo (WFE) - (condição de validação do ensaio)

para cada ponto (i), é definido por:

iEDF,

EDF

GxM

GxMWF

SAM

iSAM,iE, =

ou

iEDF,

EDF

x V"V

"VxVWF

SAM

iSAM,iE, =

- Para validação do ensaio, os valores dos fatores de ponderação efetivos devem estar dentro de ± 0,003 dos fatores deponderação listados conforme a tabela 1.

6.3.2.3 Obtenção dos resultados

Para a correta obtenção dos resultados finais da emissão específica do material particulado, devem ser observados osseguintes passos, pois como vários tipos de controle de vazão de diluição podem ser utilizados, dispõe-se de diferentesmétodos de cálculos para GEDF ou V”EDF. Todos os cálculos são baseados nos valores médios dos pontos individuaisdurante o período de amostragem.

6.3.2.3.1 Sistema isocinético

GEDF, i = GEXH, i x qi

ou

V”EDF, i = V”EXH, i x qi

onde:

rxG

r)x(GGq

iEXH,

iEXH,iDIL,i

+=

ou

r.V"

r).(V"V"q

iEXH,

iEXH,iDIL,i

+=

onde:

r é a relação entre as áreas das seções transversais da sonda isocinética (AP) e do tubo de escapamento (AT),determinada pela equação a seguir:

T

P

AA

r =

G”EXH é o fluxo de massa do gás de escapamento do motor, em base úmida, em quilogramas por hora;

Page 15: NBR 14489 - Motor Diesel - Analise E Determinacao Dos Gases E Do Material Particulado Emitidos Po

NBR 14489:200014

V”EXH é a vazão do gás de escapamento do motor, em base úmida, em metros cúbicos por hora;

qi é a razão de diluição em cada ponto do ciclo;

GDIL é o fluxo de massa do ar de diluição, em quilogramas por hora;

V”DIL é a vazão do ar de diluição, em base úmida, em metros cúbicos por hora.

6.3.2.3.2 Sistema com medição de CO2 ou NOX

GEDF, i = GEXH, i x qi

ou

V”EDF, i = V”EXH, i x qi

onde:

iA,iD,

iA,iE,i CONC-CONC

CONC-CONCq =

onde:

CONCE, i é a concentração do gás bruto (CO2 ou NOX), em cada ponto do ciclo;

CONCD, i é a concentração do gás de escapamento diluído, em cada ponto do ciclo;

CONCA, i é a concentração do ar de diluição, em cada ponto do ciclo.

NOTA - As concentrações medidas em base seca devem ser convertidas para base úmida de acordo com o procedimento estabelecido em7.2.

6.3.2.3.3 Sistema com medição de CO2 e método do balanço de carbono

i,A2iD,2

iFUEL,

CO-CO

Gx206G iEDF, =

onde:

CO2 D, i é a concentração de CO2 no gás de escapamento diluído, em cada ponto do ciclo;

CO2 A, i é a concentração de CO2 no ar de diluição (concentração em porcentagem de volume, na base úmida), emcada ponto do ciclo;

GFUEL, i é o fluxo de massa do combustível, em quilogramas por hora, em cada ponto do ciclo.

NOTA - Essa equação é baseada na hipótese do balanço de carbono (átomos de carbono supridos ao motor são emitidos como CO2) ederivada das seguintes etapas:

GEDF, i = GEXH, i x qi

onde:

)−=

i,A2i,D2iEXH,

iFUEL,

CO(COxG

Gx206iq

6.3.2.3.4 Sistema com medição do fluxo de massa

GEDF, i = GEXH, i x qi

onde:

iDIL,iTOT,

iTOT,i G-G

Gq =

onde:

GTOT, i é o fluxo de massa do gás de escapamento diluído, através do filtro de amostragem, em cada ponto do ciclo, emgramas por segundo.

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NBR 14489:2000 15

7 Apresentação de resultados

Recomenda-se a apresentação dos resultados conforme a seqüência abaixo:

a) descrição do motor:

- nome ou marca comercial;

- tipo e número de identificação;

NOTA - Caso seja necessária uma descrição detalhada do motor, tomar como referência o item 8 (Relatório de ensaio), daNBR ISO 1585:1996.

b) características básicas do combustível:

- classificação/especificação (se couber);

- densidade;

c) dados dos equipamentos de análise de gases e do material particulado:

- nome ou marca comercial;

- tipo;

NOTA - Especificar cada analisador.

d) relatório/resultados do ensaio:

caracterização do ensaio:

Laboratório: (local/altitude) Nº ensaio:_________

Responsável:______________ Data: ____/____/____

Relatório - Parâmetros observados no ciclo de ensaio

Ponto do ciclo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Rotação do motor (min-1)

Torque (N.m)

Pressão barométrica (kPa)

Temperatura do bulbo seco (°C)

Temperatura do bulbo úmido (°C)

Temperatura do combustível na bureta (°C)1)

Tempo de medição do combustível (s)1)

Volume de combustível (ml)1)

Consumo de combustível (kg/h)

Temperatura do ar de admissão (°C)1)

Tempo de medição do ar de admissão (s)1)

Volume do ar de admissão (m3)1)

Consumo do ar de admissão (kg/h)

Restrição na admissão (kPa)

Contrapressão de escapamento (kPa)

Concentração em volume de HC (ppm)2)

Concentração em volume de NOx (ppm)3)

Concentração em volume de CO (% v/v)

Concentração em volume de CO2 (% v/v)1) Parâmetros que devem ser considerados somente quando utilizados medidores volumétricos.2) Hidrocarbonetos totais (THC) equivalentes a CH4.3) Especificar base seca ou úmida para a concentração medida.

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NBR 14489:200016

Resultados do ensaio de material particulado

Massa inicial do filtro primário (mg)

Massa final do filtro primário (mg)

Massa inicial do filtro secundário (mg)

Massa final do filtro secundário (mg)

Massa total de material particulado (mg)

Resultados do ensaio

Emissão específica de CO (g/kW.h)

Emissão específica de NOx (g/kW.h)

Emissão específica de HC (g/kW.h)

Emissão específica de material particulado (g/kW.h)

e) documentos complementares, quando pertinente:

- registros do ensaio e relatórios impressos relativos à amostragem do material particulado.

_________________

/ANEXO A

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NBR 14489:2000 17

Anexo A (normativo)Instalação e preparação do motor para o ensaio

Para o desenvolvimento do ensaio de emissões, ciclo de 13 pontos, o motor deve atender os seguintes requisitos,utilizando, quando pertinente, os equipamentos indicados.

A restrição na admissão, na máxima vazão de ar, deve ser ajustada entre o limite máximo especificado pelo fabricante domotor e 0,3 kPa abaixo deste limite.

Ajustar a contrapressão dos gases de escapamento com uma tolerância de ± 650 Pa (± 5mmHg) do valor máximoestipulado pelo fabricante. A tubulação de escapamento não deve ser isolada termicamente, nem resfriada, no trechocompreendido entre a flange do coletor de escape e 0,5 m após a sonda de amostragem.

A faixa de velocidade do gás de escapamento e as oscilações de pressão são verificadas e ajustadas de acordo com asespecificações do fabricante do equipamento de medição de material particulado, se pertinente.

A válvula de recirculação do gás do cárter ou outros dispositivos de controle ou redução das emissões devem estarconectados e em suas condições normais de operação, conforme especificado pelo fabricante do motor.

Devem estar disponíveis instrumentos para as seguintes medições, conforme a tabela A.1.

Tabela A.1 - Equipamentos, unidades e incerteza de medição1)

Equipamento para medição de Unidade de medição Incerteza de medição

Rotação do motor min-1 (rpm) ± 0,5%

Torque N.m ± 1,0%

Consumo de combustível2) kg/h ± 1,0%

Pressão barométrica kPa (mmHg) ± 100 Pa (± 0,8 mmHg)

Restrição na admissão kPa (mmH2O) ± 50 Pa (± 5 mmH2O)

Contrapressão do gás de escapamento kPa (mmH2O) ± 200 Pa (± 20 mmH2O)

Temperatura de admissão K (°C) ± 1,5 K (± 1,5 °C)

Temperatura do combustível K (°C) ± 1,5 K (± 1,5 °C)

Temperatura de bulbo seco K (°C) ± 1,5 K (± 1,5 °C)

Temperatura de bulbo úmido K (°C) ± 1,5 K (± 1,5 °C)

Fluxo de massa ou vazão do ar de admissão3) g/h ou m3/h ± 2,5%1)

Os analisadores e outros aparelhos, acessórios do equipamento de medição de emissão, estão especificados nos anexos B e C

desta Norma.2)

O equipamento deve ser capaz de realizar duas medições no intervalo de tempo previsto para cada ponto, no caso de medições

manuais.3)

Se o fluxo de ar for desviado para equipamentos auxiliares (compressor, ejetor do filtro de ar etc.), deve ser subtraído do fluxo de ar

medido.

Equipamentos auxiliares do motor:

Não essenciais - não necessários ao funcionamento autônomo do motor, tais como:

a) sistema de freio;

b) sistema de direção;

c) sistema de suspensão;

d) sistema de climatização;

e) sistema de arrefecimento do óleo da transmissão e/ou caixa de mudanças.

NOTA - Caso o equipamento auxiliar, por motivos construtivos, não possa ser removido do motor, a sua potência absorvida na condiçãosem carga deve ser determinada e somada à potência medida do motor.

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NBR 14489:200018

Essenciais - Equipamentos auxiliares que devem ser considerados no cálculo da potência líquida do motor, e cominfluências em emissões, relacionados na tabela A.2.

Tabela A.2 - Instalação do equipamento e de componentes auxiliares durante o ensaio

Nº Equipamentos auxiliares Considerado no ensaio de potência líquida

1 Sistema de admissão

Coletor de admissão

Filtro de ar1)

Silencioso de admissão1)

Limitador de rotação1)

Válvula de recirculação dos gases do cárter/respiro docárter

Sim, equipamento padrão de produção

2 Dispositivo de aquecimento do coletor de admissãoSim, equipamento padrão de produção

Se possível, montar na posição mais favorável

3 Sistema de escapamento

Filtro do gás de escapamento

Coletor de escapamento

Tubos de conexão2)

Silencioso2)

Ponteira do escapamento2)

Freio motor3)

Sistema de sobrealimentação

Sim, equipamento padrão de produção

4 Bomba de alimentação de combustível4) Sim, equipamento padrão de produção

5 Equipamento de injeção de combustível

Pré-filtro

Filtro

Bomba injetora

Linhas de combustível, alta pressão

Injetores

Válvula de admissão de ar, caso instalada5)

Sistema de controle eletrônico de medição de fluxo de

ar etc., se instalado

Regulador/sistema de comando

Batente de débito de plena carga, variável em função

das condições atmosféricas

Sim, equipamento padrão de produção

6 Sistema de arrefecimento a líquido

Radiador

Ventilador 6), 7)

Defletor do ventilador

Bomba de água

Válvula termostática8)

Sim, equipamento padrão de produção6 )

7 Sistema de arrefecimento a ar

Carenagem

Ventilador ou soprador 6), 7)

Dispositivo de regulagem da temperatura

Sim, equipamento padrão de produção

8 Equipamentos elétricos Sim, equipamento padrão de produção9)

9 Equipamento de sobrealimentação, se instalado

Compressor acionado direta ou indiretamente pelo motore/ ou gases de escapamento

Pós-arrefecedor10)

Bomba ou ventilador de arrefecimento (acionado pelomotor)

Dispositivo para controle de vazão de arrefecimento (seinstalado)

Sim, equipamento padrão de produção

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NBR 14489:2000 19

Tabela A.2 (conclusão)

Nº Equipamentos auxiliares Considerado no ensaio de potência líquida

10 Ventilador auxiliar do banco dinamométrico Sim, se necessário

11 Sistemas de controle de emissão11) Sim, equipamento padrão de produção1) O sistema de admissão completo deve ser instalado como previsto para a aplicação pretendida, quando existir o risco de umefeito apreciável sobre a potência do motor. Em outros casos pode ser utilizado um sistema equivalente e deve-se verificar que adepressão de admissão não difira mais do que 100 Pa do limite especificado pelo fabricante, para condição de filtro de ar limpo.2) O sistema de exaustão completo deve ser instalado como previsto para a aplicação pretendida, quando existir o risco de um efeitoapreciável sobre a potência do motor. Em outros casos podem ser utilizados sistemas equivalentes e deve-se verificar que acontrapressão medida na saída do escapamento não difira mais do que 650 Pa, daquela especificada pelo fabricante.3 ) Se o freio motor é incorporado ao motor, a borboleta da válvula deve ser fixada na posição totalmente aberta.4) A pressão de alimentação de combustível deve ser ajustada, se necessário, para reproduzir as pressões existentes para aquelaaplicação particular do motor (particularmente quando se usa um sistema de retorno de combustível).5) A válvula de admissão de ar é a válvula de controle para o governador pneumático da bomba injetora. O governador doequipamento de injeção de combustível pode conter outros dispositivos que podem afetar a quantidade de combustível injetado.6) A circulação do líquido de arrefecimento deve ser realizada somente pela bomba de água do motor. O arrefecimento do líquidopode ser realizado pelo radiador do motor ou por um circuito externo, desde que a perda de pressão desse circuito e a pressão naentrada da bomba permaneçam as mesmas obtidas pelo sistema de arrefecimento do motor. Quando o ventilador ou soprador nãopuder ser montado no motor, a potência absorvida por ele deve ser determinada nas rotações correspondentes às do motor paramedição da potência, tanto por cálculos a partir de características nominais como por ensaios práticos. Esta potência deve sersubtraída da potência observada.7) Quando a montagem incorpora ventilador ou soprador destacável ou progressivo, o ensaio deve ser realizado com o ventilador ousoprador desconectado ou operando no escorregamento máximo.8) A válvula termostática pode ser montada na posição totalmente aberta.9) Potência mínima do gerador: a potência do gerador deve ser limitada àquela necessária para a operação dos acessórios oudispositivos que são indispensáveis ao funcionamento do motor. Caso seja necessária a conexão de uma bateria, deve ser usadauma completamente carregada em boas condições de uso.10) Motores pós-arrefecidos a ar devem ser ensaiados com o pós-arrefecimento realizado por líquido ou ar, mas caso o fabricanteprefira, um sistema acoplado ao banco dinamométrico pode substituir o sistema de arrefecimento a ar. Em ambos os casos amedição da potência deve ser feita com a mesma queda de temperatura e pressão do ar do motor através do pós-arrefecedor,obtidas e especificadas pelo fabricante para o sistema original do veículo.11) Incluem, por exemplo, sistema de recirculação do gás de escapamento (EGR), conversores catalíticos, reatores térmicos,sistemas secundários de injeção de ar e sistemas de proteção de evaporação de combustível.

_________________

/ANEXO B

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NBR 14489:200020

Anexo B (normativo)Emissão gasosa - Aparelhagem, sistemas de amostragem e análise

B.1 Aparelhagem

B.1.1 Sistema de amostragem e de análise

O sistema de amostragem e de análise a ser utilizado está esquematizado na figura B.1.

Figura B.1 - Representação esquemática do sistema de amostragem e de análise

B.1.1.1 Todos os componentes ou partes que têm contato com a amostra ou com gases de calibração corrosivos devemser de aço inoxidável, limpo quimicamente, ou de material inerte; por exemplo, resina de politetrafluoretileno (PTFE). Épermitido o uso de “redutores de pressão” ou “protetores”, com diafragmas não reativos, para reduzir volumes mortos. Osmétodos de detecção específicos a serem utilizados para cada componente dos gases de escapamento estão descritos emB.1.5 para CO, B.1.6 para HC e B.1.7 para NOx. Outros componentes, tais como instrumentos, válvulas, solenóides,bombas, interruptores, etc., podem ser empregados para fornecer informação adicional e coordenar as funções do sistema.

B.1.1.2 Todos os analisadores devem obter a amostra a ser analisada da mesma linha de amostragem.

B.1.1.3 O sistema de transporte da amostra do tubo de escapamento ou de descarga do motor ao analisador de HC e aoanalisador de NOx deve ser aquecido, conforme indicado na figura B.1.

B.1.1.4 As medições de monóxido e dióxido de carbono devem ser feitas em bases secas. As exigências específicas paraos meios de secagem da amostra estão descritas em B.1.1.8.4 e B.1.3.4.

B.1.1.5 Todos os analisadores por absorção de raios infravermelhos não dispersivos (IND) devem ter um medidor depressão imediatamente após o analisador. O medidor de pressão deve estar no máximo a 50 mm da saída do analisador.

B.1.1.6 Devem ser medidos todos os fluxos de saída do analisador e de desvios (by pass) no sistema de análise. Sãoexcluídos os fluxos capilares, tais como os dos detectores por ionização de chama com linha aquecida (DICA) e os doanalisador por luminescência química (LQ). Para cada analisador por absorção de raios infravermelhos não dispersivos(IND) devem ser utilizados um medidor de fluxo e um medidor de pressão, este localizado no máximo a 50 mm da entradado analisador.

B.1.1.7 Os gases de calibração e de referência para a medição de NOx devem passar através de um conversor de NO2

para NO, e a temperatura deve ser indicada continuamente.

B.1.1.8 A lista de componentes do sistema deve ser conforme a figura 1.

B.1.1.8.1 Filtros (F)

Papel de filtro de fibra de vidro é permitido para os filtros F1, F2 e F3. O filtro F4, opcional, é um filtro de textura grossa:

a) F1 - filtro de textura fina;

b) F2 - filtro de textura fina;

c) F3 - filtro aquecido de textura fina;

d) F4 - filtro aquecido de textura grossa.

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B.1.1.8.2 Medidores de vazão (MV)

São os seguintes:

a) os medidores de vazão MV1 e MV2 indicam o fluxo da amostra através dos analisadores de CO e CO2;

b) os medidores da vazão MV3, MV4, MV5 e MV6 indicam o fluxo de desvio (by pass).

B.1.1.8.3 Medidores de pressão (MP)

São os seguintes:

a) os medidores de pressão MP1 e MP2 medem a pressão na entrada dos analisadores de CO e CO2;

b) os medidores de pressão MP3 e MP4 medem as pressões na saída dos analisadores de CO e CO2;

c) o medidor de pressão MP5 mede a pressão na linha não aquecida;

d) os medidores de pressão MP6 e MP7 medem a pressão do gás de referência ou da amostra, na entrada da válvulade controle do fluxo

B.1.1.8.4 Drenos de água (DA)

Os drenos de água DA1 e DA2 removem a água da amostra. Um dreno de água realizando a função do DA1 esatisfazendo as condições prescritas em B.1.3.4 é necessário em qualquer sistema utilizado para ensaio. A remoção daágua no dreno deve ser por condensação.

B.1.1.8.5 Reguladores de pressão (R)

São os seguintes:

a) R1, R3, R4 e R6 - reguladores de pressão interna para controlar a pressão do gás de referência na entrada dasválvulas de controle de fluxo;

b) R2 e R5 - reguladores de contrapressão para controlar a pressão da amostra nas válvulas de controle de fluxo.

B.1.1.8.6 Válvulas (V)

São as seguintes:

a) V1, V7, V8 e V14 - válvulas seletoras para selecionar os gases de calibração e o gás zero;

b) V2 - válvula seletora aquecida, opcional, para purgar a sonda da amostra, ou executar verificações de vazamentoou de retenção;

c) V3 e V5 - válvulas seletoras para selecionar gases da amostra ou de referência;

d) V4, V6 e V15 - válvulas de controle de fluxo;

e) V9 e V13 - válvulas seletoras aquecidas para selecionar gases de amostra ou de referência;

f) V10 e V12 - válvulas aquecidas de controle de fluxo;

g) V11 - válvula seletora para desviar o fluxo de gases do conversor de NO2 para NO na entrada do analisador deluminescência química;

h) V16 - válvula seletora aquecida para executar verificações de vazamento.

B.1.1.8.7 Bomba de transferência da amostra

Bomba para transportar a amostra aos analisadores.

B.1.1.8.8 Sensor de temperatura (ST)

Um sensor de temperatura (ST1), para medir a temperatura do conversor de NO2 em NO, é necessário para qualquersistema utilizado.

B.1.1.8.9 Secador (S)

Secadores S1 e S2 para remover a água e evitar a condensação no medidores de vazão MV3 e MV4.

B.1.2 Sistema de amostragem e de análise, especificações de componentes

B.1.2.1 Temperatura na linha aquecida

B.1.2.1.1 Na trajetória da amostra de HC, manter a temperatura entre 180°C e 230°C.

B.1.2.1.2 Na trajetória da amostra de NOx manter a temperatura entre 60°C e 230°C.

NOTA - Uma exceção a B.1.2.1 é feita para o trecho inicial de 1,2 m da linha aquecida de amostragem, a partir do conduto de descarga,onde somente se aplica a especificação da temperatura mínima.

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B.1.2.2 Sonda de amostragem, para emissão gasosa

B.1.2.2.1 A sonda de amostragem deve ser reta, com terminal fechado, de aço inoxidável, e de múltiplos furos. O diâmetrointerno da sonda não deve exceder em mais de 0,25 mm o diâmetro interno da linha de amostragem e a espessura daparede da sonda não deve exceder 1,0 mm. O dispositivo que fixa a sonda no tubo de escapamento ou de descarga deveser tão pequeno quanto possível, a fim de minimizar a perda de calor pela sonda.

B.1.2.2.2 Deve haver um mínimo de três furos na sonda. O espaçamento dos planos radiais para cada furo deve cobrir umaárea aproximadamente igual à seção transversal do tubo de escapamento (ou de descarga). O espaçamento angular dosfuros deve ser aproximadamente igual. O espaçamento angular de quaisquer dois furos em um plano não pode ser de180° ± 20° (ver seção C-C da figura B.2). Os furos devem ser dimensionados de tal forma que cada um tenhaaproximadamente o mesmo fluxo. Se forem utilizados somente três furos, eles não devem ficar no mesmo plano radial.

B.1.2.2.3 A sonda deve se estender radialmente através do tubo de escapamento ou de descarga ao longo de pelo menos80% do diâmetro do conduto.

B.1.2.2.4 A sonda deve ser localizada no tubo de escapamento do motor a uma distância de 1 m a 3 m do coletor deescape ou da saída do turbo-compressor. A temperatura mínima do gás coletado na sonda, em qualquer rotação e regimede carga, deve ser de 343 K (70°C).

Figura B.2 - Representação esquemática da sonda de amostragem

B.1.2.3 Linha de amostragem

B.1.2.3.1 O diâmetro interno máximo da linha de amostragem não deve exceder 13 mm.

B.1.2.3.2 Se a válvula V2 é utilizada, a sonda de amostragem deve ser conectada diretamente a ela.

B.1.2.3.3 A válvula opcional, V16, deve estar no máximo a 60 cm da bomba de transferência da amostra1).

B.1.2.4 Ventilação

Todos os respiros, incluindo os do analisador, do fluxo de desvio e do alívio de pressão dos reguladores, devem estarligados ao duto de exaustão.

B.1.3 Equipamentos diversos; especificação

B.1.3.1 Registradores gráficos

A velocidade mínima deve ser de 12 mm/min.

B.1.3.2 Exatidão das medições de temperatura

B.1.3.2.1 As seguintes medições de temperatura devem ter uma exatidão de ± 1,2°C:

a) as medições de temperatura utilizadas no cálculo da umidade na admissão do motor;

b) a temperatura do combustível em dispositivo de medição de vazão por volume;

c) a temperatura da amostra dentro dos drenos de água.

_________________1)A taxa de vazamento para esta seção, no lado de pressão da bomba de amostragem, não pode exceder a especificação da taxa deinfiltração para o lado de sucção da bomba.

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B.1.3.2.2 Todas as outras medições de temperatura devem ter uma exatidão de ± 2,5°C, e devem ser feitas na admissãodo motor. Alternativamente, as medições da umidade podem ser feitas no máximo a 1,20 m do motor.

B.1.3.3 Temperatura da superfície dos componentes do sistema de amostragem

Cada componente (bomba, linha de amostragem, filtros, etc.), na parte aquecida do sistema de amostragem que tiverfonte de calor, deve ter a temperatura monitorada no seu ponto mais frio.

B.1.3.4 Remoção da água por condensação

Se a água for removida por condensação, a temperatura do gás amostrado ou do ponto de orvalho da amostra deve sermonitorada dentro do dreno de água ou a jusante. A temperatura não deve exceder 7°C.

B.1.4 Especificações gerais dos analisadores de gases

B.1.4.1 Tempo de resposta dos analisadores

B.1.4.1.1 Para uma variação instantânea da concentração da amostra, os analisadores devem ter uma resposta de 95%desta variação em no máximo 6 s, para todas as faixas de leitura. Essas mudanças de concentração da amostra devemcorresponder no mínimo a 60% da indicação máxima da escala do registrador gráfico.

B.1.4.1.2 Para o analisador de NOx que utilize drenos, o tempo devido a este e o bombeamento associado a ele nãodevem ser incluídos no tempo de resposta do analisador.

B.1.4.2 Exatidão

A exatidão dos analisadores não deve exceder ± 1% da concentração da indicação máxima da escala, para cada faixautilizada acima de 155 ppm (ou ppmC), ou até ± 2%, para cada faixa utilizada abaixo de 155 ppm (ou ppmC). A exatidão,neste caso, é definida como 2,5 vezes o desvio-padrão de dez respostas repetitivas para um dado gás de referência oude calibração.

B.1.4.3 Estabilização

A resposta pico a pico do analisador, partindo do gás zero até o gás de calibração ou de referência, para qualquer períodoacima de 10 s, não deve oscilar, em todas as faixas utilizadas, mais de 2% da indicação máxima da escala do registradorgráfico.

B.1.4.4 Desvio do zero

O desvio da resposta zero do analisador, durante um período de 1 h, deve ser, na menor faixa utilizada, menor que 2% daindicação máxima da escala do registrador gráfico. A resposta zero, neste caso, é definida como a resposta média para ogás zero, durante um intervalo de tempo de 30 s.

B.1.4.5 Desvio de referência

O desvio da resposta do analisador ao gás de referência, durante um período de 1 h, deve ser, na menor faixa utilizada,menor que 2% da indicação máxima da escala do registrador gráfico. A resposta de referência, neste caso, é definidacomo a resposta média da oscilação para o gás de referência, durante um intervalo de 30 s.

B.1.5 Especificações dos analisadores de monóxido e dióxido de carbono

B.1.5.1 As medições de monóxido e dióxido de carbono devem ser feitas com analisadores por absorção de raiosinfravermelhos não dispersivos (IND).

B.1.5.2 É permitida a utilização de circuitos de linearização.

B.1.5.3 A mínima relação de rejeição de água (interferência máxima de CO2), medida de acordo com B.3.3, deve ser:

a) para analisadores de CO: 1000:1;

b) para analisadores de CO2: 100:1.

B.1.5.4 A relação de rejeição de CO2 mínima (interferência máxima de CO2), medida de acordo com B.3.4, deve ser5000:1 para analisadores de CO.

B.1.6 Especificações do analisador de hidrocarbonetos

B.1.6.1 As medições de hidrocarbonetos devem ser feitas com analisador do tipo detector por ionização de chama comlinha aquecida (DICA).

B.1.6.2 O analisador deve ser equipado com um sistema de aquecimento para manter constante a temperatura dodetector e dos componentes de passagem da amostra, dentro de uma faixa de ± 2°C do ponto de ajuste. O detector, osistema de aquecimento e os componentes de passagem da amostra devem ser adequados para operação contínua àtemperatura de até 200°C.

B.1.6.3 Gás combustível e de queima devem estar de acordo com as especificações de B.2.

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B.1.6.4 A porcentagem de interferência de oxigênio deve ser menor que 3%, medida conforme especificado em B.3.8.4.6.

B.1.6.5 A pré-mistura de uma quantidade pequena de ar com o combustível do detector por ionização de chama com linhaaquecida (DICA), antes da combustão dentro do queimador do detector, pode ser utilizada, desde que sejam satisfeitas asexigências de B.1.4.

B.1.7 Especificações do analisador de óxidos de nitrogênio

B.1.7.1 Óxidos de nitrogênio devem ser medidos com analisador por luminescência química (LQ).

B.1.7.2 A amostra de NOx deve ser mantida à temperatura entre 60°C e 230°C, até o conversor de NO2 em NO.

B.1.7.3 Para analisadores por luminescência química (LQ), de alta depressão com módulos capilares aquecidos, ésuficiente o suprimento de uma amostra aquecida para o módulo capilar.

B.1.7.4 O rendimento do conversor de NO2 em NO deve ser pelo menos 95%, medido conforme B.3.9.1.

B.1.7.5 A interferência do resfriamento deve ser menor que 3%.

B.1.7.6 Alternativamente ao detector por luminescência química, pode-se utilizar um detector duplo por raios infravermelhosnão dispersivos (IND), desde que sejam atendidas as especificações de B.1.41).

B.2 Especificações dos gases

B.2.1 Gases do analisador

B.2.1.1 Os gases de calibração para os analisadores de CO e CO2 devem ser diluídos em N2 puro. Os gases de referênciapodem ser misturas de CO e CO2 diluídas em N2.

B.2.1.2 Os gases de referência e de calibração para o analisador de hidrocarbonetos devem ser propano diluído em gászero.

B.2.1.3 Os gases de referência e de calibração para analisadores de NOx devem ser misturas simples de NO (denominadoNOx com uma concentração máxima de NO2 de 5% do valor nominal), utilizando N2 como diluente.

B.2.1.4 As concentrações de impurezas permissíveis do gás zero ou do nitrogênio puro não devem exceder 2 ppmC deHC, 10 ppm de CO, 400 ppm de CO2 e 1 ppm de NOx.

B.2.1.5 Gás zero (ou ar artificial) é constituído de uma mistura de nitrogênio e oxigênio, com concentração de O2 entre 18%e 21% em mol.

B.2.2 Gás de calibração

A incerteza2) dos valores do gás de calibração não deve exceder 2,0% do valor nominal.

B.2.3 Gás de referência

A incerteza2) dos valores do gás de referência não deve exceder 3,0% do valor nominal.

B.2.4 Combustível do analisador de hidrocarbonetos

B.2.4.1 O combustível deve conter (40 ± 2)% de hidrogênio balanceado em hélio. A mistura deve conter menos que2 ppmC de HC.

B.2.4.2 Combustível com hidrogênio puro pode ser utilizado, desde que sejam satisfeitas as exigências de B.1.4.

B.2.5 Ar de queima do analisador de hidrocarbonetos

A concentração molar de oxigênio deve estar dentro de 1% do valor do gás utilizado na última verificação da interferênciado oxigênio (1% IO2). Se a diferença for maior que 1%, então a interferência deve ser verificada e regulado o analisador, senecessário, para permitir requisitos de verificação da interferência do oxigênio. O ar de queima deve conter menos que2 ppmC de HC.

B.2.5.1 Os gases de verificação da interferência do oxigênio são misturas de O2 balanceadas em N2, nas concentrações de(5 ± 1)%, (10 ± 1)% e (21 ± 1)%, contendo propano na concentração de (350 ± 75) ppmC.

B.2.5.2 Dispositivos proporcionados e misturadores podem ser utilizados para se obter a concentração requerida dosgases.

_________________1) O detector duplo por raios infravermelhos não dispersivos mede e desconta automaticamente a interferência de CO2 e H2O na mediçãode CO.2)

A incerteza é definida como a soma dos erros de exatidão (no nível de confiança de 90%) mais os erros de interferência. Erros deexatidão e de interferência aplicam-se tanto ao equipamento como a procedimentos derivados - NBR 12857.

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B.3 Calibração e verificação da aparelhagem

B.3.1 Freqüência das calibrações e verificações

B.3.1.1 Antes do uso inicial e após grandes reparos ou paradas prolongadas, fazer a verificação da bancada deanalisadores (ver B.3.2).

B.3.1.2 Pelo menos a cada sete dias de ensaios, verificar o rendimento do conversor de NOx (ver B.3.9.1).

B.3.1.3 Pelo menos a cada 30 dias de ensaios, executar os seguintes procedimentos.

B.3.1.3.1 Verificar vazamento do sistema (ver B.3.5).

B.3.1.3.2 Calibrar todos os analisadores (ver B.3.7 a B.3.9).

B.3.1.3.3 Verificar o tempo de resposta do sistema de análise (ver B.3.6).

B.3.1.3.4 Verificar a relação de rejeição de água e de CO2 em todos os analisadores de raios infravermelhos nãodispersivos (IND), pelo menos a cada 90 dias de ensaios (ver B.3.3 e B.3.4).

B.3.2 Verificação da bancada de analisadores

B.3.2.1 Verificar se cada analisador cumpre com as especificações descritas em B.1.4.

B.3.2.2 Para os analisadores de raios infravermelhos não dispersivos, verificar as especificações descritas em B.1.5.3 eB.1.5.4.

B.3.2.3 Condicionar todos os conversores novos, se for utilizado um conversor de NO2 para NO de aço inoxidável. Ocondicionamento consiste em purgar o conversor com ar, por um mínimo de 4 h, ou até que o rendimento do conversorseja maior que 90%. O conversor deve ser mantido na temperatura de operação enquanto se realiza a purga. Não usaresse procedimento antes da verificação do rendimento de conversores já em uso.

B.3.3 Verificação da relação de rejeição de água nos analisadores de raios infravermelhos não dispersivos (IND)

B.3.3.1 Regular o zero e a indicação máxima da escala do analisador, na menor faixa em que ele é utilizado.

B.3.3.2 Introduzir diretamente no analisador uma mistura saturada de água e gás zero na temperatura ambiente.

B.3.3.3 Registrar as pressões de operação (PO) do analisador em unidades absolutas (kPa), nos medidores de pressãoMP3 e MP4.

B.3.3.4 Registrar a temperatura da mistura do gás zero saturada.

B.3.3.5 Registrar a resposta do analisador (CAR) da mistura de gás zero saturada (ppm).

B.3.3.6 Determinar a pressão de vapor de saturação (PVS), conforme equação a seguir:

}=+

{

-

e7,51

PVS

]273)

BU(T

5345,5[21,106

onde:

PVS é a pressão de vapor de saturação, em quilopascals;

TBU é a temperatura de bulbo úmido, em graus Celsius.

B.3.3.7 Calcular a concentração da água (Z) na mistura, pela equação a seguir:

z = (PVS/PO) x 106

onde:

z é a concentração da água, em ppm;

PVS é a pressão de vapor de saturação, em quilopascals;

PO é a pressão de operação do oscilador, em quilopascals.

B.3.3.8 Calcular a relação de rejeição de água (RRA), pela equação a seguir:

RRA = (z/CAR)

onde:

RRA é a relação de rejeição de água;

CAR é a concentração de ar, em ppm.

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B.3.4 Verificação da relação da rejeição de CO2

B.3.4.1 Regular o zero e a indicação máxima da escala do analisador, na menor faixa em que ele é utilizado.

B.3.4.2 Introduzir no analisador um gás de calibração de CO2 com pelo menos 10% de CO2, registrando sua concentraçãonominal em ppm.

B.3.4.3 Registrar a resposta do analisador (CCO2), em ppm, para o gás de calibração de CO2.

B.3.4.4 Calcular a relação de rejeição de CO2 (RRCO2), pela equação:

RRCO2 = (ppmCO2)/CCO2

onde:

RRCO2 é a relação de rejeição de CO2;

ppmCO2 é a concentração nominal de CO2, em ppm;

CCO2 é a concentração de CO2 lida, em ppm.

B.3.5 Verificações da infiltração

B.3.5.1 Verificação da infiltração no lado da depressão

B.3.5.1.1 Devem ser verificados todos os pontos do sistema de análise onde uma infiltração no lado da depressão possaafetar os resultados do ensaio.

B.3.5.1.2 A relação de infiltração máxima permissível no lado da depressão é de 0,5% da vazão de serviço no ponto dosistema que está sendo verificado. Os fluxos do analisador e os fluxos desviados podem ser utilizados para determinar asvazões de serviço.

B.3.5.1.3 A sonda de amostragem e a conexão entre a sonda e válvula V2 (figura B.1) podem ser excluídas da verificaçãoda infiltração.

B.3.5.2 Verificação do vazamento do lado da pressão

B.3.5.2.1 A razão de vazamento máxima permissível no lado da pressão é de 5% da vazão de serviço.

B.3.5.2.2 Opção: Se a vazão para cada medidor de fluxo é igual ou maior que o fluxo registrado, em B.3.6.2.1 b), não érequerida uma verificação do vazamento no lado da pressão.

B.3.6 Tempo de resposta do sistema, procedimento de verificação

B.3.6.1 Verificar o tempo de resposta do sistema pelo procedimento descrito em B.3.6.1.1 a B.3.6.1.5

B.3.6.1.1 Estabilizar a temperatura de operação da linha, bomba de amostragem e filtros aquecidos.

B.3.6.1.2 Introduzir um gás de referência de HC no sistema de amostragem, através de sonda ou da válvula V2, na pressãoatmosférica. Simultaneamente, iniciar a medição do tempo.

B.3.6.1.3 Quando a resposta do instrumento de medição de HC for 95% da concentração do gás de referência utilizado,parar a medição do tempo.

B.3.6.1.4 Se o tempo decorrido for maior que 20 s, fazer as regulagens necessárias.

B.3.6.1.5 Repetir o procedimento de B.3.6.1.1 a B.3.6.1.4 para os analisadores de CO, CO2 e NOx, com os respectivosgases de referência.

B.3.6.2 Opção: O tempo de resposta inicial do sistema pode ser geralmente aplicado em verificações futuras, se foremdeterminados os seguintes parâmetros.

B.3.6.2.1 Para vazões do analisador e de desvio:

a) determinar experimentalmente as vazões mínimas do analisador e de desvio individualmente e em combinação, queproduzirão um tempo de resposta tão próximo quanto possível de 20 s, conforme B.3.6.1;

b) registrar a vazão mínima mais alta para cada medidor de fluxo, como determinado na etapa anterior.

B.3.6.2.2 Para analisadores de fluxo capilar:

Este procedimento é aplicável somente a analisadores que têm fluxo capilar, tais como o detector por ionização de chamaaquecido (DICA) e o analisador de luminescência química (LQ). Esse sistema deve ter válvulas seletoras, com posições deamostra e referência que exerçam as funções das válvulas V9 e V13 da figura 1.

a) operar o(s) analisador(es) na pressão de capilaridade de serviço;

b) regular a vazão de desvio para o valor da vazão registrada, conforme B.3.6.2.1 b);

c) medir e registrar o tempo da resposta da(s) válvula(s) com posição de amostra e referência, conforme B.3.6.1;

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d) o tempo de resposta (B.3.6.2.2 c)) pode ser determinado pelo chaveamento da posição “amostra” para a posição“referência” da válvula seletora, observando a resposta do analisador em um registrador gráfico. Normalmente, aposição “amostra” deve selecionar uma amostra de ar ambiente, e a posição “referência” deve selecionar um gás dereferência;

e) regular a vazão de desvio para o valor normal de serviço;

f) medir e registrar o tempo de resposta da(s) válvula(s) com posições amostra e referência (conforme B.3.6.1);

g) determinar o menor tempo de resposta (conforme B.3.6.2.2.c ou conforme B.3.6.2.2.d e somar 2 s a esse tempo).

B.3.7 Calibração do analisador por raios infravermelhos não dispersivos (IND)

B.3.7.1 Otimização do detector. Seguir as instruções do fabricante para a partida inicial e para as regulagens básicas deoperação.

B.3.7.2 Curva de calibração. Desenvolver uma curva de calibração para cada faixa utilizada, como indicado em B.3.7.2.1a B.3.7.2.6.

B.3.7.2.1 Zerar o analisador.

B.3.7.2.2 Regular a indicação máxima da escala do analisador para dar uma resposta de aproximadamente 90% daindicação máxima da escala do registrador gráfico.

B.3.7.2.3 Reverificar a resposta zero. Se ela mudou mais que 0,5% da indicação máxima da escala, repetir B.3.7.2.1 eB.3.7.2.2.

B.3.7.2.4 Registrar a resposta dos gases de calibração, apresentando concentrações de 15%, 30%, 45%, 60%, 75% e90%, aproximadamente da indicação máxima da escala.

B.3.7.2.5 Criar uma curva de calibração. A curva de calibração deve ser de quarta ordem ou menor, e da forma daequação (1) ou (2) abaixo. Incluir o zero como um ponto de referência. Compensação para impurezas conhecidas no gászero pode ser feita em relação ao ponto de informação zero. A curva de calibração deve fixar os pontos de informaçãodentro de ± 2% do ponto considerado, ou ± 1% da indicação máxima da escala, usando o menor desses dois.

Y = A.X4 + B.X3 + C.X2 + D.X + E (1)

ED.XC.XB.XA.X

XY

234 ++++= (2)

onde:

Y é a concentração;

X é a inclinação do gráfico.

B.3.7.2.6 Se são utilizados analisadores de múltipla escala, somente a escala menor deve atender às exigências da curvaestabelecida abaixo de 15% da indicação máxima da escala.

B.3.8 Calibração do analisador de hidrocarbonetos

As etapas seguintes são necessárias para calibrar o analisador de hidrocarbonetos.

B.3.8.1 Seguir as instruções do fabricante para início do funcionamento do analisador e para regulagens básicas deoperação.

B.3.8.2 Regular a temperatura do forno 5°C acima da requerida na linha de amostragem. Aguardar pelo menos 30 mindepois do forno ter atingido essa temperatura, para o sistema estabilizar.

B.3.8.3 Com as vazões de combustível e de ar reguladas, conforme as recomendações do fabricante, introduzir(350 ± 75) ppmC de gás de referência no detector. Determinar a resposta, em um dado fluxo de combustível, peladiferença entre a resposta do gás de referência e a resposta do gás zero. Adicionar incrementos ao fluxo de combustívelacima e abaixo da especificação do fabricante e registrar a resposta do gás de referência e do gás zero para esses fluxosde combustível. Plotando em um gráfico a diferença entre a resposta do gás de referência e a do gás zero contra a dofluxo de combustível, deve-se obter uma curva semelhante à da figura B.3. Regular a vazão do combustível com um valorligeiramente superior ao da resposta máxima, como mostrado na figura B.3. Essa é a regulagem da vazão inicial e podenão ser a vazão final otimizada.

B.3.8.4 Caso o fabricante do equipamento recomende a otimização da interferência do oxigênio, esta deve ser efetuadade acordo com suas instruções, ou conforme descrito em B.3.8.4.1 a B.3.8.4.12.

B.3.8.4.1 Escolher uma escala onde as concentrações dos gases de verificação da interferência do oxigênio estejamacima de 50% desta. Conduzir o ensaio com a temperatura do forno regulada, conforme requerido.

As especificações do gás de verificação da interferência do oxigênio são encontradas em B.2.5.1.

B.3.8.4.2 Zerar o analisador.

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Figura B.3 - Curva de resposta do analisador

B.3.8.4.3 Regular a indicação máxima da escala do analisador com uma mistura de 21% de oxigênio.

B.3.8.4.4 Reverificar a resposta zero. Se ela variar mais que 0,5% da indicação máxima da escala, repetir os dois itensanteriores.

B.3.8.4.5 Introduzir o gás de verificação da interferência do oxigênio na concentração de 5% de O2.

B.3.8.4.6 Reverificar a resposta zero. Se ela variar mais que 1% da indicação máxima da escala, repetir o ensaio.

B.3.8.4.7 Calcular o percentual da interferência do oxigênio para cada mistura (com uma mistura de 21% de oxigênio).

100xB

RT-BIO2 =%

RARBA x

RT =

onde:

% IO2 é o percentual da interferência do oxigênio;

RT é a resposta do analisador, em ppmC;

RA é o percentual da indicação máxima da escala da resposta do analisador devido a A;

RB é o percentual da indicação máxima da escala da resposta do analisador devido a B;

A é a concentração de hidrocarbonetos, em ppmC, do gás de referência utilizado em B.3.8.4.3;

B é a concentração de hidrocarboneto, em ppmC, do gás de verificação da interferência do oxigênio utilizado emB.3.8.4.5.

B.3.8.4.8 Repetir B.3.8.4.5 a B.3.8.4.7 com o gás de verificação da interferência de oxigênio na concentração de 10%de O2.

B.3.8.4.9 A porcentagem de interferência do oxigênio deve ser menor que 3% para todos os gases de verificação dainterferência de oxigênio utilizados.

B.3.8.4.10 Se a interferência do oxigênio for maior que a especificada, regular incrementalmente o fluxo de ar acima eabaixo da especificação do fabricante, repetindo-se B.3.8.4.1 a B.3.8.4.8 para cada fluxo.

B.3.8.4.11 Se a interferência do oxigênio for ainda maior que a especificação após a regulagem do fluxo de ar, variar o fluxode combustível e, depois disso, o fluxo da amostra, repetindo-se B.3.8.4.1 a B.3.8.4.8 para cada novo arranjo.

B.3.8.4.12 Se a interferência do oxigênio ainda for maior que a especificação, reparar ou substituir o analisador ou ocombustível do detector de ionização de chama, ou o ar carburante antes de iniciar os ensaios. Repetir os procedimentosde B.3.8.

B.3.8.5 Verificação da linearidade para cada faixa utilizada.

B.3.8.5.1 Com o fluxo do combustível, o fluxo do ar e o fluxo da amostra regulados conforme B.3.8.4, zerar o analisador.

B.3.8.5.2 Regular a indicação máxima da escala do analisador, utilizando um gás de calibração que forneça uma respostade aproximadamente 90% da concentração da indicação máxima da escala.

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NBR 14489:2000 29

B.3.8.5.3 Reverificar a resposta zero. Se ela variar mais que 5% da indicação máxima da escala, repetir B.3.8.5.1 eB.3.8.5.2.

B.3.8.5.4 Registrar a resposta dos gases de calibração com concentrações nominais de 30%, 60% e 90% daconcentração da indicação máxima da escala. É permitido usar concentrações adicionais.

B.3.8.5.5 Desenvolver uma correlação linear dos mínimos quadrados com os pontos gerados. Usar uma equação daforma Y = M . X, onde X é a inclinação real do registrador gráfico e Y é a concentração.

B.3.8.5.6 Usar a equação Z = Y/M, onde Z é a inclinação teórica da curva gerada pelo registrador gráfico, para encontrara inclinação (Z), para cada calibração da concentração Y do gás.

B.3.8.5.7 Determinar o percentual de linearidade (%L) para cada gás de calibração, pela equação:

gráficorregistradodoescaladamáximaindicaçãoX)-(Zx100

%L =

B.3.8.5.8 O critério de linearidade é satisfeito se a %L for menor que ± 2% para cada ponto de referência gerado. Abaixode 40 ppmC, o critério da linearidade pode ser ampliado para ± 4%. Para cada calibração, uma curva da forma Y = M . Xdeve ser gerada. A inclinação, M, é definida para cada faixa, em função da indicação máxima da escala.

B.3.8.5.9 Se a %L para qualquer ponto exceder as especificações de B.8.5.8, as vazões do ar, do combustível e daamostra devem ser variadas. Em seguida, deve-se repetir B.3.8.4.

B.3.8.5.10 Se a %L para qualquer ponto de referência ainda exceder as especificações, reparar ou substituir o analisadorou o combustível do detector por ionização de chama ou o ar carburante ou os gases de calibração, antes de iniciar oensaio, e repetir os procedimentos de B.3.8.

B.3.8.6 A vazão do combustível, do ar e da amostra é definida como otimizada neste ponto.

B.3.9 Calibração do analisador de óxidos de nitrogênio

A cada 30 dias, executar a verificação da linearidade (ver B.3.9.2), que deve ser seguida pela verificação do rendimentodo conversor (ver B.3.9.1 e B.3.9.3). Uma verificação rápida do conversor (ver B.3.9.4) deve ser executada a cada setedias.

B.3.9.1 A aparelhagem (ver figura B.4) deve ser utilizada para determinar a eficiência do aparelho conversor de NO2 emNO. A determinação dos valores a serem empregados na equação descrita em B.3.9.1.11 deve ser efetuada de acordocom as instruções do fabricante ou conforme procedimento descrito em B.3.9.1.1 a B.3.9.1.10.

B.3.9.1.1 Seguir as instruções do fabricante para a partida e operação do instrumento.

B.3.9.1.2 Zerar o analisador de óxidos de nitrogênio.

B.3.9.1.3 Conectar a saída do gerador de NOx à entrada de amostra do analisador de óxidos de nitrogênio (figura B.4),que foi regulado na faixa mais comum de operação.

Figura B.4 - Detector de eficiência do conversor de NOx

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NBR 14489:200030

B.3.9.1.4 Introduzir no sistema gerador-analisador de NOx um gás de referência com uma concentração de NOaproximadamente igual a 80% da faixa mais comum de operação.

B.3.9.1.5 Com o analisador de óxidos de nitrogênio na posição de NO, registrar a concentração indicada pelo analisador.

B.3.9.1.6 Abrir o suprimento de O2 (ou de ar) para o gerador de NOx e regular a vazão de O2 (ou de ar), a fim de que o NO,indicado pelo analisador, seja cerca de 10% menor que o valor indicado em B.3.9.1.5. Registrar a concentração indicada deNO com essa mistura NO + O2.

B.3.9.1.7 Ligar o gerador de NOx na posição “gerador” e regular a taxa de geração, a fim de que o valor de NO medido noanalisador seja 20% do valor medido em B.3.9.1.5. Nesse ponto, deve haver pelo menos 10% de NO que não reagiu.Registrar a concentração residual de NO.

B.3.9.1.8 Ligar o analisador de óxidos de nitrogênio na posição NOx e registrar o valor indicado.

B.3.9.1.9 Desligar o gerador de NOx, mas manter o fluxo de gás através do sistema. O analisador de óxidos de nitrogêniodeve indicar o total de NOx existente na mistura NO + O2. Registrar esse valor.

B.3.9.1.10 Fechar o suprimento de O2 (ou de ar) para o gerador de NOx. O analisador deve indicar agora o total de NOx namistura original de NO em N2. Esse valor não deve ser maior que 5% do valor indicado em B.3.9.1.5.

B.3.9.1.11 Calcular o rendimento do conversor de NOx pela seguinte equação:

Porcentagem do rendimento = (1 + (a - b )/(c - d)) x 100

onde:

a é a concentração obtida em B.3.9.1.8;

b é a concentração obtida em B.3.9.1.9;

c é a concentração obtida em B.3.9.1.6;

d é a concentração obtida em B.3.9.1.7.

NOTA - O rendimento do conversor deve ser maior que 90%. A regulagem da temperatura do conversor pode ser necessária paramaximizar o rendimento. Se o conversor não atender às especificações da eficiência de conversão, reparar ou substituir a unidade, antesde se iniciar o ensaio. Repetir os procedimentos de B.3.9 com o conversor reparado ou novo.

B.3.9.2 Verificação da linearidade para cada faixa utilizada.

B.3.9.2.1 Com os parâmetros de operação regulados para permitir a verificação do rendimento do conversor e asverificações do resfriamento, zerar o analisador.

B.3.9.2.2 Verificar o analisador, utilizando um gás de calibração que deve dar uma resposta de aproximadamente 90% daconcentração da indicação máxima da escala.

B.3.9.2.3 Reverificar a resposta zero. Se ela mudou mais que 0,5% do valor da indicação máxima da escala, repetirB.3.9.2.1 e B.3.9.2.2.

B.3.9.2.4 Registrar a resposta dos gases de calibração com concentrações nominais de 30%, 60% e 90% da concentraçãoda indicação máxima da escala. É permitido utilizar concentrações adicionais.

B.3.9.2.5 Desenvolver uma regressão linear dos mínimos quadrados com os pontos gerados. Utilizar uma equação daforma Y = M . X, onde X é inclinação real do registrador gráfico e Y é a concentração.

B.3.9.2.6 Utilizar a equação Z = Y/M, onde Z é a inclinação teórica da curva gerada pelo registrador gráfico, para encontrara inclinação (Z), para cada calibração da concentração Y do gás.

B.3.9.2.7 Determinar o percentual da linearidade (%L) para cada gás de calibração, pela equação:

gráficorregistradodoescaladamáximaindicaçãoX)-(Zx100

%L =

B.3.9.2.8 O critério da linearidade é satisfeito se a %L for menor que ± 2% para cada ponto de referência gerado. Paracada calibração, uma curva da forma Y = M . X deve ser utilizada. A inclinação, M, é definida para cada faixa, em funçãoda indicação máxima da escala.

B.3.9.2.9 Se a %L excede ± 2% para qualquer ponto de referência gerado, reparar ou substituir o analisador ou os gases,antes de realizar o ensaio. Repetir os procedimentos de B.3.9.

B.3.9.2.10 Executar uma verificação do rendimento do conversor (ver B.3.9.1).

B.3.9.2.11 Os parâmetros de operação são definidos como otimizados neste ponto.

B.3.9.3 Gás de verificação do conversor. Se o procedimento de verificação rápida do conversor for empregado, conformeB.3.9.4, um cilindro de gás deve ser designado para a verificação do conversor. O procedimento de designação descritoadiante deve ser seguido após cada verificação do rendimento do conversor (ver B.3.9.1).

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NBR 14489:2000 31

B.3.9.3.1 Um cilindro de gás, contendo NO2 com uma concentração de aproximadamente 80% da indicação máxima daescala da faixa de operação mais comum, deve ser designado como o gás de verificação do conversor. A concentraçãode NO deve estar abaixo de 25% da concentração de NO2 em volume.

B.3.9.3.2 Na faixa de operação mais comum, zerar e regular a indicação máxima da escala do analisador, na posiçãoNOx. Usar um gás de calibração com a concentração de aproximadamente 80% da indicação máxima da escala.

B.3.9.3.3 Introduzir o gás de verificação do conversor. Analisar e registrar a concentração, tanto na posição NOx (x) comona posição NO (y).

B.3.9.3.4 Calcular a concentração do gás de verificação do conversor, usando os resultados de B.3.9.3 e o rendimento doconversor, obtido em B.3.9.1, com a equação:

yRendimento

100.y)-(xdesignadaãoConcentraç +=

B.3.9.4 Verificação rápida do conversor.

B.3.9.4.1 Regular a indicação máxima da escala do analisador na posição NOx na faixa de operação mais comum.

B.3.9.4.2 Analisar o gás de verificação do conversor com o analisador na posição NOx. Registrar o resultado.

B.3.9.4.3 Comparar esse resultado com o obtido em B.3.9.3.3. Se o resultado for maior ou igual a 90% da concentraçãodesignada em B.3.9.3.4, a eficiência do conversor é considerada satisfatória.

B.4 Procedimentos de pré-ensaio relativos à aparelhagem

B.4.1 Aguardar um mínimo de 30 min de aquecimento no modo de operação ou de espera, antes da verificação dosanalisadores.

B.4.2 Substituir ou limpar os elementos de filtro, antes da verificação de infiltração no lado da depressão no sistema (verB.3.5.1). Uma verificação de vazamento de pressão também é permitida (ver B.3.5.2). Aguardar o aquecimento da linhada amostragem (linha aquecida), dos filtros e bombas, até atingir a temperatura de operação.

B.4.3 Executar as seguintes verificações do sistema.

B.4.3.1 Verificar a temperatura da linha de amostragem (ver B.1.2.1).

B.4.3.2 Verificar o tempo de resposta do sistema (ver B.3.6). Pode ser aplicado o tempo de resposta do sistema daverificação mais recente, se todas as seguintes condições forem atendidas:

a) a vazão para cada medidor deve ser igual ou maior que a vazão registrada em B.3.6.2.1 b;

b) para analisadores de fluxo capilar, o tempo de resposta do chaveamento da válvula seletora dos gases da amostrae de referência, medido a partir das pressões de trabalho e dos fluxos de desvio (ver B.3.6.2.2), deve ser menor ouigual que o tempo de resposta determinado em B.3.6.2.2 g).

B.4.3.3 É permitida uma verificação da retenção (ver B.5.7.1).

B.4.3.4 É permitida uma verificação do rendimento do conversor, podendo esta ser de acordo com B.3.9.1 e, em caso dereparação do conversor de NO2 em NO, ser interrompida neste ponto. Se o ensaio for interrompido, o conversor devepassar pela verificação de rendimento descrita em B.3.9.1, antes de se iniciar o ensaio em medidores de pressão.

B.4.4 Introduzir gás zero nas mesmas vazões e pressões utilizadas para calibrar os analisadores e zerá-los na escalamais baixa a ser utilizada durante o ensaio. Imediatamente antes de cada regime de ensaio, obter um zero estável naescala a ser utilizada.

B.4.5 Introduzir gases de referência nos instrumentos sob as mesmas condições de fluxo que foram utilizadas para o gászero. Regular o ganho do instrumento na escala mais baixa a ser utilizada para dar o valor desejado. Os gases dereferência devem ter uma concentração maior que 70% da indicação máxima da escala de cada faixa utilizada.Imediatamente antes de cada regime de ensaio, registrar a resposta do analisador e a concentração do gás de referênciapara cada faixa que é utilizada.

B.4.6 Verificar as respostas zero. Se elas mudaram mais que 0,5% da indicação máxima da escala, repetir B.4.4 e B.4.5.

B.4.7 Verificar as vazões e as pressões do sistema. Anotar os valores dos medidores de pressão MP3 e MP4 parareferência durante o ensaio.

B.5 Procedimentos durante a execução do ensaio

B.5.1 Proceder ao ensaio do motor, em dinamômetro, conforme descrito na seção 5.

B.5.2 Para emissão gasosa, medir as concentrações em volume de HC, CO, CO2 e NOx na amostra do gás deescapamento. A resposta do analisador deve se encontrar entre 15% e 100% da indicação da escala, caso não ocorrautilizar a escala seguinte, mais alta ou mais baixa conforme o caso, podendo ocorrer resposta do analisador menor que15%. As exceções para resposta do analisador menor que 15% da indicação máxima da escala são:

a) se o valor encontrado for menor ou igual a 155 ppm (ou ppmC);

b) para análise de CO, se o valor encontrado for menor ou igual a 5 500 ppm ou menor;

c) se as emissões do motor forem irregulares e o valor médio da deflexão do gráfico maior que 15% da indicaçãomáxima de escala;

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NBR 14489:200032

d) se a contribuição das leituras de todos os regimes de ensaio abaixo do nível de 15% for menor que 10% em massados resultados do ensaio total;

e) quando ocorrerem variações transitórias que não excedam 90% da indicação máxima da escala. Faixas mais altas doanalisador podem ser utilizadas, contanto que a exatidão e a linearidade do analisador, no nível das leituras abaixo de15%, atendam às especificações da faixa que seria necessária se as emissões transitórias não existissem.

B.5.3 É permitida a mudança de elementos de filtro entre os regimes de ensaio.

B.5.4 É permitida uma verificação de vazamento entre os regimes de ensaio.

B.5.5 É permitida uma verificação de retenção entre os regimes de ensaio.

B.5.6 Se durante a medição de emissão em regime de ensaio o valor dos medidores de pressão MP3 e MP4 a jusantedo(s) analisador(es) por absorção de raios infravermelhos não dispersivos (IND) variar mais que ± 50 mm de água do valorde pré-ensaio, esta etapa é invalidada.

B.5.7 Procedimentos de pós-ensaios

B.5.7.1 Iniciar uma verificação de retenção dentro de 30 s, após o término do último regime de ensaio.

B.5.7.1.1 Introduzir um gás zero ou ar ambiente na sonda de amostragem ou na válvula V2 para verificar a resposta “zerode retenção”. Simultaneamente, iniciar a contagem do tempo.

B.5.7.1.2 Selecionar a escala de HC mais baixa utilizada durante o ensaio.

B.5.7.1.3 A diferença entre a resposta zero, obtida em B.4.6, e a resposta zero de retenção não deve ser maior que 5,0%da indicação máxima da escala ou 10 ppmC, usando a maior delas, dentro de 4 min.

B.5.7.2 Iniciar verificações dos analisadores, dentro de 6 min, após o término do último regime de ensaio. Registrar paracada analisador a resposta zero e a resposta de referência, para cada faixa utilizada durante o ensaio.

B.5.7.3 Se durante o ensaio o(s) elemento(s) de filtro for(em) substituído(s) ou limpo(s), uma verificação da depressão deveser executada, conforme B.3.5, imediatamente após as verificações dos analisadores. Se for verificado que a infiltração dolado da depressão não atende às exigências de B.3.5, o ensaio é invalidado.

B.5.7.4 Para um ensaio ser considerado válido, o desvio de cada analisador entre as verificações antes e após cada regimede ensaio deve atender às seguintes exigências:

a) o desvio da referência (definido como a alteração da diferença entre a resposta obtida com o gás zero e a respostaobtida com o gás de referência) não deve exceder 2,0% da deflexão da indicação máxima da escala do registradorgráfico para cada escala utilizada;

b) o desvio da resposta do zero não deve exceder 2% da indicação máxima da escala do registrador gráfico para cadaescala utilizada acima de 155 ppm (ou ppmC), ou 3% da indicação máxima da escala abaixo de 155 ppm (ou ppmC).

B.6 Avaliação dos resultados

B.6.1 Um computador ou qualquer(quaisquer) outro(s) dispositivo(s) de processamento automático de dados pode(m) serutilizado(s), contanto que o sistema atenda às exigências desta Norma.

B.6.2 Determinar a localização das respostas correspondentes ao fim de cada regime de ensaio no gráfico do analisador.

B.6.3 Determinação das inclinações do gráfico

B.6.3.1 Localizar os últimos 60 s de cada regime de ensaio.

B.6.3.2 Dividir os últimos 60 s em um mínimo de dez incrementos igualmente espaçados. Determinar a inclinação de cadaincremento no gráfico para os analisadores de CO2, CO, HC e NOx.

B.6.3.2.1 Como alternativa: se o desvio de uma linha reta (outros desvios que não o devido ao ruído do instrumento)durante esses 60 s for menor que ± 5% da indicação máxima da escala, a determinação da inclinação média do gráficopode ser feita visualmente. O valor médio pode então ser utilizado no lugar dos dez valores exigidos em B.6.3.2.

B.6.4 Determinação das concentrações de CO2, CO, HC e NOx para cada regime de ensaio

B.6.4.1 Se for empregada a opção de B.6.3.2.1, então aquelas inclinações do gráfico, tanto para analisadores linearescomo para os não lineares, podem ser utilizadas para a determinação da concentração, usando dados de calibração.

B.6.4.2 Para instrumentos lineares, fazer a média das inclinações do gráfico determinadas em B.6.3.2. Determinar aconcentração para esta inclinação média do gráfico, usando dados de calibração.

B.6.4.3 Para instrumentos não lineares, calcular as concentrações para cada indicação do gráfico determinada em B.6.3.2.Tomar a média das concentrações para cada regime de ensaio.

B.6.4.4 Para os propósitos desta seção, os dados de calibração incluem curvas de calibração, curvas de linearidade,respostas de gás de referência e respostas de gás zero.

_________________

/ANEXO C

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Anexo C (normativo)Emissão do material particulado

Aparelhagem, sistemas de amostragem e análise

C.1 Aparelhagem

A determinação da emissão do material particulado requer um sistema de diluição capaz de manter a temperatura do gásde escapamento diluído no máximo a 325 K (52ºC) e prevenir a condensação de água, um sistema de amostragem domaterial particulado, filtros de amostragem do material particulado e uma balança de precisão analítica, a qual deve sermantida em uma câmara de pesagem com condicionamento de ar. Os dois principais sistemas de diluição e amostragem(sistema de diluição do fluxo total e sistema de diluição do fluxo parcial) são descritos a seguir, bem como asespecificações dos filtros, da balança e da sala de pesagem.

C.1.1 Filtros de amostragem do material particulado

C.1.1.1 São requeridos filtros de fibra de vidro revestidos com fluorcarbono ou filtros de membrana à base defluorcarbono.

C.1.1.2 Os filtros de material particulado devem ter um diâmetro mínimo de 47 mm (diâmetro de mancha de 37 mm).Filtros de maior diâmetro são aceitáveis.

C.1.1.3 O gás de escapamento é amostrado por um par de filtros, montados em série (um primário e um secundário),durante a seqüência do ensaio. O filtro secundário deve ser localizado a não mais de 100 mm após o filtro primário e nãodeve estar em contato com o mesmo.

C.1.1.4 A massa mínima recomendada de material particulado (carga mínima) no filtro primário de 47 mm é de 0,5 mg eem um filtro primário de 70 mm (diâmetro de mancha de 60 mm) é de 1,3 mg. Cargas mínimas equivalentes a0,5 mg/1 075 mm2 (massa/área de mancha) são recomendadas para outros filtros.

C.1.2 Especificações da câmara de pesagem e da balança de precisão analítica

C.1.2.1 A temperatura da câmara (ou sala) na qual os filtros de particulado são condicionados e pesados pode variar de± 6 K para um valor ajustado entre 293 K a 303 K (20°C a 30°C). A umidade relativa pode variar de ± 10% de umidaderelativa para um valor ajustado entre 35% a 55%. O ambiente da câmara (ou sala) deve estar livre de quaisquercontaminantes (tais como pó) que poderiam depositar-se nos filtros na fase de estabilização. Pelo menos dois filtros dereferência, não utilizados, devem ser pesados no prazo de 4 h, mas de preferência ao mesmo tempo, entre as pesagensdos filtros de amostragem. Se a média das massas dos filtros de referência variar mais de ± 6% da carga mínimarecomendada para os filtros entre as pesagens dos filtros de amostragem, todos os filtros de amostragem devem serdescartados e os ensaios repetidos.

C.1.2.2 No caso de uma variação de massa compreendida entre - 3,0% e - 6,0%, pede-se repetir o ensaio ou adicionar aquantidade média de perda de massa à massa líquida de amostra. No caso de uma variação de massa compreendidaentre + 3,0% e + 6,0%, pode-se repetir o ensaio ou aceitar os valores medidos da massa dos filtros de amostragem. Se amassa média variar não mais que ± 3%, utilizam-se as massas medidas dos filtros de amostragem. Os filtros dereferência devem ter a mesma dimensão e ser do mesmo material que os filtros de amostragem, e devem ser substituídospelo menos uma vez por mês.

C.1.2.3 A balança utilizada para determinar a massa dos filtros deve ter uma precisão (desvio-padrão) de 2% e umacapacidade de leitura de 1% da carga mínima recomendada para o filtro. Recomenda-se colocar na área de pesagem dabalança um elemento neutralizador de Polônio que elimine a eletricidade estática dos filtros, eletricidade essa capaz deinterferir na precisão de pesagem deles.

C.2 Sistemas para amostragem do material particulado

Todas as partes do sistema de diluição e do sistema de amostragem (do tubo de escapamento até o suporte do filtro), asquais estão em contato com o gás de escapamento bruto e diluído, devem ser projetadas para minimizar a deposição oua alteração do material particulado. Todas as partes devem ser feitas de material eletricamente condutivo, que não reajacom os componentes do gás de escapamento, e devem ser aterradas para prevenir efeitos eletrostáticos.

C.2.1 Sistema de diluição do fluxo total

Neste sistema, a amostragem do material particulado é descrita baseando-se no conceito da Amostragem a VolumeConstante - CVS (Constant Volume Sampling) do gás de escapamento.

O fluxo total de mistura, do gás de escape e do ar de diluição deve ser medido e uma amostra deve ser coletada paraanálise. Ver o esquema do sistema de diluição do fluxo total na figura C.1.

A massa de emissão de material particulado é determinada a partir da massa amostrada em um par de filtros, do fluxo daamostra e do fluxo total do ar de diluição e do gás de escape, no período de ensaio. Pode-se utilizar uma PDP (bomba dedeslocamento positivo) ou um CFV (venturi de vazão crítica) e um sistema de diluição simples ou um sistema de diluiçãodupla. A emissão gasosa não deve ser determinada com um sistema CVS.

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Figura C.1 - Esquema do sistema de diluição do fluxo total

C.2.1.1 Componentes do sistema de diluição do fluxo total

C.2.1.1.1 EP - Tubo de escapamento - O comprimento do tubo de escapamento, da saída do coletor do motor ou da saídado turbo-compressor até o túnel de diluição não deve exceder 10 m. Se o sistema tem um comprimento superior a 4 m,então toda tubulação que exceder estes 4 m deve ser isolada. A espessura radial do isolamento não deve ser inferior a25 mm.

A condutividade térmica do material de isolação deve ter um valor menor que 0,1 W/mK medido a 573 K (300°C).

C.2.1.1.2 PDP - Bomba de deslocamento positivo - O PDP mede a vazão do gás de escapamento diluído total através darotação e do deslocamento da bomba. A contrapressão do sistema de escapamento não deve ser artificialmente reduzidapelo PDP ou pelo sistema de admissão do ar de diluição. A pressão estática medida com a operação do sistema CVS devepermanecer em ± 1,5 kPa da pressão estática medida sem a conexão do CVS, na mesma rotação e carga do motor.A temperatura da mistura de gás imediatamente à frente do PDP deve permanecer entre ± 6 K da temperatura média deoperação observada durante o ensaio, quando não é usado fluxo de compensação.

C.2.1.1.3 CFV - Venturi de vazão crítica - O CFV mede a vazão total diluída pela manutenção da vazão nas condições dechoque (vazão crítica). As variações da pressão estática no gás de escapamento bruto devem ser as mesmas detalhadasem C.2.1.1.2. A temperatura da mistura de gás imediatamente à frente do CFV deve permanecer entre ± 11 K datemperatura média de operação observada durante o ensaio, quando não é usado fluxo de compensação.

C.2.1.1.4 HE - Trocador de calor (opcional, se o EFC é usado) - O trocador de calor deve ter capacidade suficiente demanter a temperatura dos limites requeridos em C.2.1.1.5 (opcional, se EFC é usado).

C.2.1.1.5 EFC - Computação eletrônica de vazão (opcional, se o HE é usado) - Se a temperatura na admissão paraum deles, o PDP ou o CFV, não é mantida constante, é necessária a computação eletrônica de vazão para a mediçãocontínua de variação de vazão (opcional, se HE é usado).

C.2.1.1.6 PDT - Túnel de diluição primário - Deve:

a) ser pequeno o suficiente no diâmetro para provocar fluxo turbulento (número de Reynolds maior que 4 000) e comcomprimento suficiente para a completa mistura do gás de escapamento e do ar de diluição;

b) possuir no mínimo 460 mm de diâmetro no sistema de diluição simples ou no mínimo 200 mm de diâmetro no sistemade diluição dupla.

O gás de escapamento deve ser direcionado para a jusante no ponto onde é introduzido no túnel de diluição primário edeve ser completamente misturado.

C.2.1.1.7 SDS - Sistema de diluição simples - O sistema de diluição simples coleta a amostra do túnel de diluiçãoprimário e direciona essa amostra para os filtros de amostragem. A capacidade de vazão do PDP ou CFV deve sersuficiente para manter o gás de escapamento diluído a uma temperatura não maior que 325 K (52°C) imediatamente antesdo filtro de particulado primário.

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C.2.1.1.8 DDS - Sistema de diluição duplo - O sistema de diluição duplo coleta a amostra no túnel primário,transferindo-a para o túnel de diluição secundário, onde é novamente diluída. A amostra duplamente diluída é entãoenviada para os filtros de amostragem. A capacidade de vazão do PDP ou CFV deve ser suficiente para manter o fluxo degás diluído no PDP a uma temperatura igual ou inferior a 464 K (191°C) na zona de amostragem. O sistema de diluiçãosecundário deve prover ar de diluição secundário suficiente, de forma a manter o fluxo de gás de escapamentoduplamente diluído a uma temperatura igual ou inferior a 325 K (52°C) imediatamente antes do filtro primário departiculado.

C.2.1.1.9 PSP - Sonda de amostra de particulado (somente para SDS) - Deve:

a) ser instalada com a face para a montante em um ponto onde o ar de diluição e o gás de escapamento estejam bemmisturados (isto é, na linha de centro do túnel de diluição, aproximadamente 10 diâmetros do túnel a jusante do pontoonde o gás de escapamento entre no túnel de diluição);

b) ter um diâmetro interno de pelo menos 12 mm. A distância da ponta da sonda ao porta-filtros não deve exceder1 020 mm. A sonda de amostragem não deve ser aquecida.

C.2.1.1.10 PTT - Tubo de transferência de particulado (somente para DDS) - Deve:

a) ser instalado com a face para a montante em um ponto onde o ar de diluição e o gás de escapamento estejam bemmisturados (isto é, na linha de centro do túnel de diluição, aproximadamente 10 diâmetros do túnel a jusante do pontoonde o gás de escapamento entra no túnel de diluição); ter o diâmetro interno mínimo de 12 mm e um comprimentomáximo de 910 mm, do plano de entrada ao plano de saída;

b) a amostra do material particulado, captada no túnel primário de diluição, deve sair na linha de centro do túnel dediluição secundário e direcionada a jusante. O tubo de transferência não deve ser aquecido.

C.2.1.1.11 SDT - Túnel de diluição secundário (somente para DDS) - Deve ter o diâmetro mínimo de 75 mm ecomprimento suficiente para permitir um tempo de residência de no mínimo 0,25 s, para a amostra duplamente diluída. Osuporte do filtro primário deve estar localizado no máximo a 300 mm da saída do túnel secundário de diluição.

C.2.1.1.12 DAF - Filtros do ar de diluição - O ar de diluição pode ser filtrado na sua admissão, deve estar a umatemperatura de 298 K (25°C) ± 5 K e pode ser amostrado para determinar o nível inicial de partículas (back-ground), oqual pode ser subtraído dos valores medidos no gás de escapamento diluído.

C.2.1.1.13 FH - Porta-filtro - Para o filtro primário e o secundário, um porta-filtro ou porta-filtros separados podem serusados. As prescrições de C.1.1.3 devem ser obedecidas. Os porta-filtros não devem ser aquecidos.

C.2.1.1.14 SP - Bomba de amostragem - A bomba de amostragem do material particulado deve estar localizadasuficientemente distante do túnel, de forma que a temperatura do gás seja mantida constante (± 3 K), se um fluxocalculado não é usado. A bomba de amostragem deve operar durante todo o período de ensaio. Um desvio (by-pass) éusado para direcionar a amostra através dos filtros de amostragem.

C.2.1.1.15 DP - Bomba do ar de diluição (somente para DDS) - Deve ser localizada de forma que o ar de diluiçãosecundário seja suprido com a temperatura de 298 K (25°C ) ± 5 K.

C.2.1.1.16 GF1 - Medidor de vazão de gás (vazão da amostra de particulado) - O medidor de gás ou instrumentaçãode vazão deve estar localizado suficientemente distante do túnel, de forma que a temperatura do gás admitido possapermanecer constante (± 3 K), se um fluxo calculado não é usado.

C.2.1.1.17 GF2 - Medidor de vazão de gás (ar de diluição, somente para DDS) - O medidor de gás ou instrumentaçãode vazão deve estar localizado de forma que a temperatura do ar admitido permaneça a 298 K (25°C) ± 5 K.

C.2.2 Sistema de amostragem do fluxo parcial

Neste sistema, a amostragem do material particulado é descrita baseando-se na diluição de parte do gás deescapamento. A massa da emissão de material particulado é determinada a partir da amostra coletada em um par defiltros e da razão de diluição, do fluxo de amostragem e do fluxo do gás de escapamento ou fluxo de combustível noperíodo do ensaio. Ver esquema do sistema de diluição do fluxo parcial na figura C.2.

O cálculo da razão de diluição depende do tipo de sistema utilizado. Somente uma fração do gás do escapamento diluído(amostragem do tipo fracional) ou todo o gás de escapamento diluído (amostragem do tipo total) podem ser amostrados.Os tipos descritos são equivalentes.

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Alguns componentes são opcionais, referentes ao texto.

Figura C.2 - Esquema do sistema de diluição do fluxo parcial

C.2.2.1 Componentes do sistema de diluição do fluxo parcial

C.2.2.1.1 EP - Tubo de escapamento - Para modelos sem sonda isocinética, é necessário ter um comprimento de seis vezes odiâmetro do tubo antes e três depois da tomada da sonda. Para o modelo com sonda isocinética, o tubo de escapamento deveser livre de emendas, cotovelos ou mudança de diâmetros por pelo menos 15 vezes o diâmetro do tubo antes e quatro diâmetrosdepois da tomada da sonda. A velocidade do gás de escapamento na sonda de amostragem deve ser maior que 10 m/s emenor que 200 m/s. Variações de pressão no gás de escapamento não devem exceder na média ± 500 Pa. Qualquer sistemapara reduzir as oscilações de pressão através do uso do próprio sistema de escapamento do veículo (incluindo o silencioso) nãodeve alterar o desempenho do motor, bem como causar a deposição do material particulado.

C.2.2.1.2 PR - Sonda de amostragem - A sonda deve ser instalada com a face voltada para a montante, na linha de centro dotubo de escapamento, no ponto onde as condições de C.2.2.1.1 são obtidas. O diâmetro interno mínimo deve ser 4 mm.

C.2.2.1.3 ISP - Sonda de amostragem isocinética (opcional, se EGA ou um controlador de fluxo em massa for usado) - Asonda de amostragem isocinética deve ser projetada para estabelecer uma amostra proporcional do gás de escapamento bruto.Com esse propósito, ISP substitui PR e deve ser conectada em um transdutor de pressão diferencial e a um controlador develocidade, para se obter um fluxo isocinético na tomada da sonda. O diâmetro interno deve ser no mínimo de 12 mm.

C.2.2.1.4 EGA - Analisador do gás de escapamento (opcional, se ISP ou um controlador de fluxo de massa for usado) -Analisadores de CO2 ou NOX podem ser usados (com o método do balanço de carbono somente o de CO2).Os analisadores devem ser calibrados da mesma forma que os analisadores de medição dos gases de escapamento. Um oumais analisadores podem ser usados para a determinação das diferenças de concentrações.

C.2.2.1.5 TT - Tubo de transferência - Deve:

a) ser aquecido ou isolado de forma que a temperatura do gás no tubo de transferência não seja menor que 423 K (150°C).Se a temperatura do gás de escapamento for menor que 423 K (150°C), a temperatura do gás no tubo de transferência nãopoderá ser inferior à mesma;

b) ter um diâmetro igual ou maior que o da sonda mas não maior que 25 mm;

c) ter um comprimento máximo de 1 000 mm.

A amostra de material particulado deve sair na linha de centro do túnel de diluição, direcionado para a jusante.

C.2.2.1.6 SC - Controlador de velocidade (somente para ISP) - Um sistema de controle de pressão é necessário para que aseparação do gás de escapamento isocinético seja mantida com um diferencial de pressão nulo entre o EP e o ISP. Nessascondições, as velocidades do gás de escapamento em EP e ISP são idênticas e o fluxo de massa através de ISP é uma fraçãoconstante da vazão do gás de escapamento. O ajuste é feito controlando-se a rotação do ventilador de sucção (SB) e mantendo-se a rotação do compressor (PB) constante em cada ponto. O erro residual no sistema de ajuste do controle de pressão nãodeve exceder ± 0,5% da faixa de medição do transdutor de pressão (DPT). As oscilações de pressão no túnel de diluição nãodevem exceder na média ± 250 Pa.

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C.2.2.1.7 DPT - Transdutor de pressão diferencial (so para ISP) - Deve ter uma faixa máxima de ± 500 Pa.

C.2.2.1.8 FC1 - Controlador de vazão (ar de diluição) - Necessário para controlar o fluxo de massa do ar de diluição.Pode ser conectado ao controle do fluxo do gás de escapamento ou do fluxo de combustível e/ou no sinal diferencial deCO2. Quando for usada uma fonte com ar pressurizado, FC1 controla diretamente a vazão de ar.

C.2.2.1.9 GF1 - Medidor de vazão do gás (ar de diluição) - O medidor de gás ou instrumentação de vazão (fluxo deamostra do material particulado) deve ser localizado de forma que a temperatura do gás admitido permaneça em 298 K(25°C) ± 5 K.

C.2.2.1.10 SB - Bomba (Ventilador) de sucção - Usado somente para amostragem fracional.

C.2.2.1.11 PB - Compressor de pressão (Soprador) - Para controlar a razão do fluxo de massa do ar de diluição, PBdeve ser conectado com FC1. A vazão do gás de escapamento ou vazão de combustível e/ou o sinal diferencial de CO2

podem ser usados como sinais de comando. PB não é necessário quando usada uma fonte de ar pressurizada.

C.2.2.1.12 DAF - Filtros do ar de diluição - O ar de diluição pode ser filtrado na sua entrada, deve ter a temperatura de298 K (25°C) ± 5 K e pode ser amostrado para determinar o seu teor de partículas, o qual pode ser subtraído do valormedido no gás de escapamento diluído.

C.2.2.1.13 DT - Túnel de diluição - Deve:

a) ser pequeno o suficiente no diâmetro para causar fluxo turbulento (número de Reynolds maior que 4 000) e tercomprimento suficiente para provocar a completa mistura do gás de escapamento e do ar de diluição;

b) possuir diâmetro mínimo de 25 mm para o equipamento do tipo de amostragem total;

c) possuir diâmetro mínimo de 75 mm para o equipamento do tipo de amostragem fracional.

O gás de escapamento do motor deve ser dirigido a jusante no ponto onde é introduzido no túnel de diluição ecompletamente misturado com o ar de diluição através do orifício de mistura. Para sistemas fracionais, a qualidade damistura deve ser verificada após introduzida em serviço através de uma traçagem de CO2 no túnel, com o motor emfuncionamento (no mínimo em seis rotações igualmente espaçadas).

C.2.2.1.14 PSS - Sistema de amostragem de particulado - Deve ser configurado de forma a coletar uma amostra dotúnel de diluição, direcionando-a através dos filtros de amostragem (no equipamento do tipo de amostra fracionada) oudirecionando todo o gás de escapamento diluído através dos filtros de amostragem (no equipamento do tipo deamostragem total). De forma a evitar qualquer impacto nos controles de ajuste, é recomendado que a bomba deamostragem trabalhe durante todo o procedimento do ensaio. Um sistema de desvio (by-pass) com uma válvula de esferaentre a sonda de amostragem e os porta-filtros deve ser usado para a passagem da amostra através dos filtros deamostragem no tempo desejado. Interferências devido a procedimentos de ajuste nos controles devem ser corrigidas nomáximo em 3 s.

C.2.2.1.15 PSP - Sonda de amostragem do material particulado (somente para equipamento de amostragemfracional) - Deve:

a) ser instalada com a face voltada para a montante, em um ponto onde o ar de diluição e o gás de escapamentoestão bem misturados (isto é, na linha de centro do túnel de diluição, aproximadamente 10 diâmetros do túnel amontante do ponto onde o gás de escapamento entra no túnel de diluição);

b) ter um diâmetro de no mínimo 12 mm.

C.2.2.1.16 PTT - Tubo de transferência do particulado - O tubo de transferência não deve ser aquecido e não deveexceder 1 020 mm de comprimento, para:

a) o equipamento do tipo de amostragem fracional, desde a extremidade da sonda até o porta-filtro;

b) o equipamento do tipo de amostragem total, do fim do túnel de diluição até o porta-filtro.

C.2.2.1.17 FH - Porta-filtro - Para o filtro primário e o secundário, um porta-filtro ou porta-filtros separados podem serusados. Deve ser obedecido C.1.1.3. Os porta-filtros não devem ser aquecidos.

C.2.2.1.18 SP - Bomba de amostragem - Deve estar localizada a uma distância suficiente do túnel, de forma que atemperatura do gás admitido seja mantida constante (± 3 K), caso não se utilize uma vazão calculada.

C.2.2.1.19 FC2 - Controlador de vazão (vazão da amostra de particulado, opcional) - O controlador de vazão podeser utilizado, de forma a melhorar a precisão da razão de fluxo da amostra de particulado.

C.2.2.1.20 GF2 - Medidor de vazão de gás (vazão da amostra de material particulado) - O medidor de gás ouinstrumentação de vazão (vazão de amostragem do material particulado) deve ser localizado distante o suficiente dotúnel, de forma que a temperatura do gás admitido permaneça constante (± 3 K), caso não se utilize uma vazãocalculada.

C.2.2.1.21 BV - Válvula de esfera - Deve ter um diâmetro maior ou igual que o tubo de amostragem e um tempo deacionamento menor que 0,5 s.

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C.3 Calibração e verificação da aparelhagem

C.3.1 O medidor de gás ou instrumentação de vazão utilizados para determinar a vazão através dos filtros de particulado epara calcular o valor de diluição devem ser calibrados com um equipamento de medição de vazão de ar padrão, instalada amontante do instrumento.

C.3.2 Os valores obtidos nas medições com o equipamento de medição de ar padrão devem estar a ± 1% do máximo valorda operação (indicação máxima de escala) ou ± 2% do valor do ponto, sendo utilizado o menor destes valores.

C.3.3 Se utilizado um sistema de diluição de vazão parcial com sonda isocinética, os valores de diluição devem serverificados com o motor em funcionamento, usando, à sua escolha, as concentrações de CO2 ou NOx no gás deescapamento não diluído.

C.3.4 Se utilizado um sistema de diluição de vazão total, esta é verificada através de uma medição de propano.A massa gravimétrica de propano injetado dentro do sistema é subtraída da massa medida com o sistema de diluição devazão total e então dividida pela massa gravimétrica. Qualquer discrepância maior que ± 3% deve ser corrigida.

C.3.5 A faixa de velocidade do gás de escapamento e as oscilações de pressão devem ser verificadas e ajustadas deacordo com os requerimentos do ensaio.

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/ANEXO D

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Anexo D (normativo)Cálculos complementares

D.1 Cálculo do fluxo de massa do combustível, GFUEL (kg/h), usando medidores volumétricos

6003xtdxV

Gb

FUELbFUEL =

onde:

Vb é o volume de combustível medido, em centímetros cúbicos;

dFUEL é a massa específica corrigida do combustível, em quilogramas por centímetro cúbico;

tb é o tempo de medição do consumo de combustível, em segundos.

sendo:

( )[ ] 34bAAFUEL 10x10x6,5xTTdd −−−+=

onde:

TA é a temperatura da amostra de combustível utilizado para o cálculo da massa específica, em graus Celsius;

Tb é a temperatura do combustível amostrado, em graus Celsius;

dA é a massa específica da amostra de combustível, em gramas por centímetro cúbico.

D.2 Medição do fluxo de massa de ar usando medidores de lóbulos rotativos, G"AR (kg/h)

( )273TxR0001xPxV”

=G”AIRAIR

bAIRAIR +

onde:

Pb é a pressão barométrica, em quilopascals;

RAIR é a constante do ar, 287 m2/(s2.K);

TAIR é a temperatura do ar de admissão no medidor de lóbulos, em graus Celsius;

V”AIR é a vazão do ar de admissão, em metros cúbicos por hora.

Sendo:

RT

RTAIR t

6003xVV” =

onde:

VRT é o volume do ar de admissão medido, em metros cúbicos;

tRT é o tempo de medição do consumo de ar, em segundos.

D.3 Cálculo do fator de conversão de concentrações de poluentes medidos em base seca para base úmida, F1

−=

AIR

FUEL1 G’

Gx1,851F

Sendo: 1,85 = relação atômica hidrogênio/carbono do combustível

AIR

FUEL

G’

G

+

=

0001H

1xG”G

AIR

FUEL

H é a umidade específica do ar de admissão, em g de H2O/kg de ar seco, calculado por uma das expressões a seguir:

Em função das temperaturas de bulbos seco e úmido

Vb

V

PPPx621,1

H−

=

onde:

Pb é a pressão barométrica, em quilopascals;

PV é a pressão de vapor, em quilopascals.

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Em função da umidade relativa do ar ambiente

2dab

da

10xPxRP

PxRx6,211H −−

=

onde:

Ra é a umidade relativa do ar ambiente, em porcentagem;

Pd é a pressão de vapor saturado na temperatura ambiente, em quilopascals.

D.4 Cálculo do fator de correção da concentração de NOx (F2) para condições-padrão, em função da umidade

302)-(TxBx1,875)-Hx(7A x11

FAR

2 ++=

onde:

80,0030001

H1x

G”

Gx0,044A

AIR

FUEL −

+

=

30,0050001

H1x

G”

Gx0,116B

AIR

FUEL +

+

−=

onde:

TAR é a temperatura do ar de admissão, em kelvins;

H é a umidade específica do ar de admissão, em g de H2O/kg de ar seco, conforme D.3.

NOTA - Condições-padrão:

a) umidade específica: 10,71 g de H2O/kg de ar seco;

b) temperatura: 302 K (29°C).

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/ANEXO E

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Anexo E (informativo)Referências bibliográficas

NBR 6601 - Veículos rodoviários automotores leves - Análise dos gases de escapamento - Método de ensaio.

ISO 5725 - Precision of test methods - Determination of repeatability and reproducibility for a standard test ofinterlaboratory tests.

ECE-R49.02 - Uniform Provisions Concerning the Approval of Compression Ignition (C.I.) Engines and Vehicles Equippedwith C.I. Engines with Regard to the Emissions of Pollutants by the Engine de 1 de julho de 1992.

Diretiva 88/77/EEC da Comunidade Econômica Européia e sua Emenda 91/542/EEC de 1 de outubro de 1991.

Code of Federal Regulations - Title 40-Protection of Environment-Parts 86 to 99-Revised as of July 1, 1992.

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