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FACULDADE LOURENÇO FILHO BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FRANCISCO ROBSON DA SILVA CASTRO AVALIAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES NO SISTEMA OPERACIONAL ANDROID UTILIZADO EM DISPOSITIVOS MÓVEIS. FORTALEZA, 2011

Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

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Trabalho de Monografia apresentado por Robson: Android x Ios

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Page 1: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

FACULDADE LOURENÇO FILHO

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FRANCISCO ROBSON DA SILVA CASTRO

AVALIAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES NO SISTEMA OPERACIONAL

ANDROID UTILIZADO EM DISPOSITIVOS MÓVEIS.

FORTALEZA, 2011

Page 2: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

i

Francisco Robson da Silva Castro

AVALIAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES NO SISTEMA OPERACIONAL

ANDROID UTILIZADO EM DISPOSITIVOS MÓVEIS.

Monografia apresentada ao curso de Sistemas de Informação como requisito parcial necessário à obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação da Faculdade Lourenço Filho. Orientação: Prof. Meg. Carlos Roberto Vieira Aragão

Julho, 2011

Page 3: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

ii

FRANCISCO ROBSON DA SILVA CASTRO

AVALIAÇÃO DOS RECURSOS EXISTENTES NO SISTEMA OPERACIONAL

ANDROID UTILIZADO EM DISPOSITIVOS MÓVEIS.

Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da

Faculdade Lourenço Filho, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de

Bacharel em Sistemas de Informação.

Aprovado em: ______/______/______ Conceito: ____________

Composição da Banca Examinadora:

__________________________________________________

Prof. Meg. Carlos Roberto Vieira de Aragão

(Orientador)

__________________________________________________

Prof. Ms. José Alzir Bruno Falcão

_________________________________________________

Prof. Ms. Rodrigo Carvalho Souza Costa

__________________________________________________

Prof. Ms. José Alzir Bruno Falcão Coordenador do Curso

Page 4: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço, em primeiro lugar, a Deus que em todos os momentos me deu forças para

continuar com fé, a fim de lutar com perseverança para alcançar meus objetivos. Aos meus

avós, Maria Audisa e Antônio Bandeira, por terem me acolhido e proporcionado, com muito

esforço, boas condições para a minha educação. Ao meu pai, Bandeira, que contribuiu para

que minha formação superior fosse concluída. Agradeço também à minha tia Altair e aos seus

filhos, Stephany e Luccas, por terem cedido espaço em sua casa. Ao meu tio Miguel que me

incentivou e contribuiu financeiramente, no início, para que eu pudesse ingressar na

faculdade. Agradeço também aos demais familiares que torceram por mim.

Agradeço a minha namorada, Rebeca de Queiroz, por ter me apoiado e me ajudado

durante os seis anos de namoro que estamos juntos, pois mesmo nos momentos de

dificuldade, esteve sempre por perto quando precisei. Agradeço também ao seu pai Honório,

que sempre nos ajudou desde quando viemos para Fortaleza e ao seu irmão Heber que sempre

torceu pela realização desse momento.

Aos professores e professoras, Renato Padilha, Glaudiney Mendonça, William Sales,

Magnus Cruz, Fernando Siqueira, André Barros, Alzir Falcão, Frederico Viana, Tereza

Gurgel, Carlos Roberto, entre outros, que, com muita dedicação, compartilharam seus

conhecimentos, contribuindo com minha formação profissional. Agradeço também aos

amigos que fizeram e fazem parte da minha trajetória de vida, que compartilharam comigo

alegrias, dificuldades e conquistas, são eles: Edson Castro, Josafá Romão, Clara Melo, Elvis

Mesquita, João Kelvin, Maísa Vasconcelos, Karen Karoline, Eloah, Jacinto Emídio, Lilian

Barreto, Pannúvia Monteiro, Wlailton Ipuí, Jamily Fonseca, Jackson Tabosa, Demetrium,

Ygor Alves, Tiago Lima, Adriana Holanda, José Maria, Elves Mesquita, dentre outros.

Agradeço em especial a Raimundo Nonato, um falecido amigo, através do qual pude conhecer

o mundo da computação. Que Deus o tenha e lhe proporcione a paz eterna.

E, por fim, agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram e/ou torceram

para que eu chegasse ao fim dessa jornada e começo de uma nova, afinal temos que sempre

pensar em desenvolvimento contínuo, seja no âmbito afetivo, social e profissional.

Page 5: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

iv

“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o

sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação,

conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias,

devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.”

(Dalai Lama)

Page 6: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

v

RESUMO

O presente estudo descreve a evolução das tecnologias móveis a partir de um breve histórico

das suas gerações, tendo em vista o processo pelos quais passaram até o surgimento do

Sistema Operacional (SO) Android, a fim de entender e esclarecer como esta tecnologia,

atualmente, pode auxiliar no acesso às redes sociais, como o Facebook. Por ser um Sistema

Operacional capaz de gerenciar de forma íntegra e com bom desempenho os recursos de

memória, energia, capacidade de armazenamento, processamento e gerenciamento de

arquivos de forma concisa, o Android tornou-se a primeira plataforma de desenvolvimento de

aplicações para dispositivos móveis completamente free (livre) e open-source(código aberto),

baseado no Kernel 2.6 do Linux e mantida pela OHA (Open Handset Alliance), aliança entre

diversas empresas de software, hardware e telecomunicações que tem como integrante

principal a empresa Google. O Android integra, na contemporaneidade, trinta e um por cento

do mercado mundial de smartphone, tendendo ao crescimento, pois é um sistema operacional

bastante robusto, com um alto grau de usabilidade, além de possuir um design moderno e

similar ao de seu maior concorrente o Iphone Operation System (iOS), sistema operacional do

iPhone, iPod e iPad. Nessa perspectiva, esse trabalho visa a ser um estudo comparativo dos

recursos, componentes, custo-benefício e funcionalidades disponibilizados pelo Android e o

iOS da Apple, além de descrever as vantagens e desvantagens daquele no auxílio ao acesso às

redes sociais. Diante disso, podemos perceber que a tecnologia Android propicia de forma

fácil, íntegra e intuitiva o acesso às redes sociais, utilizando, com essa finalidade, dispositivos

móveis com recursos diversificados e com menor valor agregado do mercado.

Palavras-chave: Dispositivos Móveis, Tecnologia Android, Redes Sociais, Facebook.

Page 7: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

vi

ABSTRACT

The present study describes the evolution of mobile technologies from a brief history of their

generations, paying attention to the process they started until the emergence of Android OS.

Trying to understand and explain how this technology can assist in access to social networks,

like the Facebook. To be an Operating System capable of managing with integrity, high

performance memory resources, energy, storage capacity, processing and file management in

a concise, Android has become the first application development platform for mobile devices

completely free and open-source based on Linux Kernel 2.6 and maintained by the OHA

(Open Handset Alliance), an alliance between various software companies, hardware and

telecommunications which is integral to the main company Google. Android integrates the

contemporary, thirty one percent of global smartphone market, tending to growth because it is

a very robust operating system with a high degree of usability and has a modern design

similar to that of its largest competitor iOS, System Operating iPhone, iPod and iPad. In this

context, this work intent to be a study of comparison of their features, components, cost

effectiveness and functionality offered by Android and Apple iOS and describe the

advantages and disadvantages of that aid in access to social networks. The Android

technology provides for an easy, intuitive and full access social networks using mobile

devices with diverse resources and less market value with.

Keywords: Mobile, Android Tecnology, Social Networking, Facebook.

Page 8: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Motorola DynaTAC 8000X ................................................................................. 13

Figura 2 - Iphone 4 e Nexus S .............................................................................................. 15

Figura 3 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Operadoras de Celular ....................... 19

Figura 4 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Companhias de Semicondutores ........ 19

Figura 5 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Fabricantes de Handset ...................... 20

Figura 6 - Empresas da aliança OHA do subgrupo Comercialização ..................................... 20

Figura 7 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Companhias de Software ................... 21

Figura 8 - Arquitetura Android ............................................................................................. 22

Figura 9 - O Framework da Aplicação ................................................................................. 26

Figura 10 - Ciclo de Vida de uma Atividade ......................................................................... 29

Figura 11 - Comparativo de Tablets ..................................................................................... 38

Figura 12 - iOS x Android 2.3 (Gingerbread) ....................................................................... 42

Figura 13 - Visão geral da rede social Orkut ......................................................................... 47

Figura 14 - Visão Geral da rede social Facebook.................................................................. 49

Figura 15 - Crescimento no número de usuários do Facebook no Brasil ............................... 52

Figura 16 - Facebook em números de distribuição etária e sexo ........................................... 52

Figura 17 - Facebook x Orkut .............................................................................................. 53

Figura 18 - A ascensão do Facebook Mobile ........................................................................ 54

Figura 19 - Feeds de Notícias no Facebook Mobile .............................................................. 55

Figura 20 - Mensagens no Facebook Mobile ........................................................................ 56

Page 9: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

viii

Figura 21 - Eventos no Facebook Mobile ............................................................................. 57

Figura 22 - Notificações Facebook Mobile ........................................................................... 59

Figura 23 – Menu do Facebook Mobile ................................................................................ 60

Figura 24 - Comparativo de configuração e preços de Smartphones ..................................... 67

Figura 25 - Comparativo de preços de Smartphones com processamneto intermediária. ....... 69

Figura 26 - Comparação de configuração e preços de Tablet ................................................ 70

Page 10: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

ix

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11

1 DISPOSITIVOS MÓVEIS E SO ANDROID ................................................................. 13

1.1 O Software Android ....................................................................................................... 16

1.2 Arquitetura .................................................................................................................... 21

1.2.1 Núcleo do Linux ...................................................................................................... 23

1.2.2 Bibliotecas ............................................................................................................... 23

1.2.3 Android em Tempo de Execução .............................................................................. 25

1.2.4 O Framework da Aplicação...................................................................................... 26

1.2.5 A Aplicação ............................................................................................................. 28

1.2.5.1 Atividade ........................................................................................................... 28

1.2.5.2 Receptor de Intenção .......................................................................................... 31

1.2.5.3 Serviços ............................................................................................................. 32

1.2.5.4 Provedor de Conteúdo ........................................................................................ 32

2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SO E DA PLATAFORMA ANDROID....... 34

2.1 Vantagens ...................................................................................................................... 34

2.1.1 Facilidade de Acesso Independente do Local Físico ................................................. 35

2.1.2 Facilidade de Disponibilização de Informações ........................................................ 36

2.1.3 Recursos de Acessibilidade ...................................................................................... 36

2.1.4 Utilização em Diversos tipos de Aparelhos .............................................................. 37

2.1.5 Compatibilidade com Diversas Plataformas ............................................................ 38

2.1.6 Possibilidade de utilização de Diversas Linguagens ................................................. 39

2.2 Desvantagens ................................................................................................................. 39

2.2.1 Limitação de Softwares para a Plataforma ................................................................ 40

3 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE ANDROID COMO SUBSÍDIO AO ACESSO ÀS

REDES SOCIAIS ............................................................................................................... 43

3.1 As Redes Sociais ........................................................................................................... 43

3.2 Acessibilidade e Usabilidade nas redes sociais ............................................................... 46

4 APLICAÇÃO ANDROID PARA O ACESSO AO FACEBOOK .................................. 51

4.1 Visão geral sobre o Facebook ........................................................................................ 51

4.2 Acessos.......................................................................................................................... 53

4.3 Publicações .................................................................................................................... 55

Page 11: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

x

4.4 Navegação ..................................................................................................................... 60

4.5 Divulgação de Notícias .................................................................................................. 61

4.6 Realização de Contatos .................................................................................................. 61

4.7 Compartilhamento de Documentos ................................................................................ 62

5 MAPEAMENTO DOS RESULTADOS OBTIDOS ...................................................... 63

5.1 Acesso às Redes Sociais ................................................................................................ 63

5.2 Custo x Benefício .......................................................................................................... 65

5.3 Sugestões para Trabalhos Futuros .................................................................................. 71

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 72

Sites Pesquisados .................................................................................................................. 74

Page 12: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

INTRODUÇÃO

A temática, “Avaliação dos recursos existentes no Sistema Operacional Android

utilizado em dispositivos móveis”, foi delimitada a partir da busca de informações sobre a

tecnologia Android. Por ser uma tecnologia emergente e em processo contínuo de

desenvolvimento, se comparada a outros sistemas operacionais para dispositivos móveis

consagrados pelo mercado, surgiram vários questionamentos e inquietações que motivaram o

aprofundamento sobre a plataforma e o SO Android, sendo que as respostas encontradas

levaram a construção desta monografia.

O presente trabalho é apenas uma abordagem acerca do “Mundo Android”, uma vez

que não temos a pretensão de esgotá-lo, tendo em vista que este estudo abordará o SO

Android a partir da descrição de sua arquitetura, suas funcionalidades e suas contribuições

para o acesso as redes sociais, dando ênfase ao Facebook.

O SO Android será avaliado em diversos aspectos, como a sua utilização,

desempenho, flexibilidade e integração com outros dispositivos, intentando perceber o quanto

ele poderá auxiliar seus usuários no acesso aos diversos serviços das redes sociais existentes,

tais como o Orkut e o Facebook.

No primeiro capítulo, é feito um breve histórico da evolução dos dispositivos

móveis, bem com do SO Android, abordando certos aspectos, tais como a forma em que

surgiu e quais foram às necessidades que proporcionaram a união de diversas empresas com o

intuito de desenvolver e manter a plataforma do sistema, bem como descrever a arquitetura e

os componentes do mesmo.

No segundo capítulo, as vantagens e desvantagens existentes na plataforma são

apontadas e SO Android é apresentado em comparação aos demais sistemas operacionais

fornecidos pelo mercado. Enfatiza-se a facilidade do acesso a esse sistema independente do

local físico, a facilidade de disponibilização de informações, os recursos de acessibilidade, sua

utilização em diversos tipos de aparelhos e linguagens de programação e a sua

compatibilidade com outras plataformas.

Page 13: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

12

No capítulo subsequente, o conceito de rede social é definido através do

conhecimento que existe acerca de suas origens e de sua importância na atualidade. Discorre-

se, também sobre os aplicativos do Android que dão acesso a duas destas redes sociais: o

Orkut e o Facebook, enfatizando os seus recursos de acessibilidade e usabilidade.

O foco do penúltimo capítulo é a utilização do SO Android como subsídio para a

utilização das redes sociais. Direcionando, este estudo de caso, somente ao Facebook e

levando em consideração os acessos, as publicações, a navegabilidade, a divulgação de

notícias, a realização de contatos e o compartilhamento de documentos.

Para finalizar, é feito um breve mapeamento dos resultados obtidos, referentes ao

acesso à rede social Facebook, utilizando como subsídio o SO Android e o software Facebook

Mobile, bem como abordando o custo-benefício e propondo algumas sugestões para trabalhos

futuros.

Page 14: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

13

1 DISPOSITIVOS MÓVEIS E O SO ANDROID

Os Dispositivos Móveis são tecnologias que permitem seu uso durante a

movimentação do usuário. A tecnologia móvel não é apenas uma invenção, ela pode ser

considerada uma revolução, pois foi capaz de atingir o cotidiano de um grande grupo de

indivíduos, fazendo parte da vida dos mesmos, modificando a forma de se comportar, se

comunicar, sua rotina e suas formas de tomar decisões. Porém, para que possamos

compreender melhor esse processo, devemos conhecer um pouco sobre a evolução dos

Dispositivos Móveis e suas gerações.

A Primeira Geração (1G) dos Dispositivos Móveis foi lançada no Japão pela NTT1,

em 1979. A empresa tinha como objetivo cobrir a área metropolitana de Tóquio, com cerca de

20 milhões de habitantes e com uma rede celular com 23 estações base. Dentro de cinco anos

à rede NTT foi expandida para cobrir toda a população do Japão. Então, diversos países

começaram a lançar suas próprias redes 1G no início da década de oitenta, como Dinamarca,

Finlândia, Noruega, Suécia, Reino Unido e México, sendo que os primeiros quatro países

contribuíram, de forma significativa, para a evolução de tais dispositivos.

Figura 1 - Motorola DynaTAC 8000X.

Fonte: WIKIPEDIA(2011)

1 NTT- Nippon Telegraph and Telephone Corporation, é uma empresa que domina o mercado de Telecomunicações no Japão.

Page 15: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

14

O Motorola DynaTAC 8000X, representado pela figura 1, foi a primeira linha de

telefones móveis analógicos produzidos comercialmente pela Motorola que se tornou

reconhecido internacionalmente (TECMUNDO, 2011). Nessa primeira geração, utilizava-se

um padrão denominado de Code Division Multiple Access - CDMA (Acesso Múltiplo por

Divisão de Código), ou seja, uma técnica de acesso múltiplo que permite que diversos

usuários compartilhem recursos simultaneamente (D’ÁVILA, 2009).

Na década de 90, surgiu a Segunda Geração (2G) de dispositivos móveis, chamada

também de Redes Digitais, na qual surgiu o padrão GSM2 e incluiu uma nova variante na

comunicação que foi o Short Message Service (SMS), um protocolo de comunicação via

mensagens de texto que se utiliza de mensagens curtas, o qual, inicialmente, foi

disponibilizado somente em redes GSM. E, posteriormente, no final da década 90, se

espalhou em outras redes digitais, ganhando, como principais adeptos, os jovens e gerou uma

nova tendência entre estes e pessoas de outras idades, devido o advento de serviços pré-pagos.

Nessa mesma geração, houve a possibilidade de acessar os conteúdos multimídia e

descarregar os conteúdos nos celulares, iniciando, em 1998, uma fase na qual era possível

fazer descarregamento de toques, principalmente, os polifônicos diretamente nos celulares e,

em seguida, a utilização destes dispositivos para efetuar pagamentos (TECMUNDO, 2009).

A Terceira Geração de Celulares, chamada também de geração da Alta Velocidade

de Redes de Dados e IP e Banda Larga Móvel, teve seu início pela ampla difusão da

tecnologia 2G, pois milhares de pessoas começaram a utilizar seus telefones celulares em suas

vidas, diariamente, de forma mais intensa. Devido a uma maior necessidade de comunicação e

acesso à Internet em seus dispositivos móveis, a tecnologia 2G não suportou tais mudanças

sociais, sendo assim, a indústria começou a trabalhar para desenvolver uma nova tecnologia

que atendesse a tais necessidades, que culminou na criação da tecnologia 3G. Tendo como

principal diferença para as demais tecnologias o uso de comutação de pacotes, a qual é

substituída por circuitos para a transmissão de dados (TECMUNDO, 2009).

2 GSM(Global System for Mobile Communications), ou seja, Sistema Global para Comunicações Móveis, é um sistema utilizado com o intuito de padronizar os sistemas de telefonia, devido a incompatibilidade destes entre si (PEREIRA e GUEDES, 2OO4, pág.26-27).

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15

Figura 2 - Iphone 4 e Nexus S.

Fonte: IPHONE GALLERY (2011) e NEXUS GALERRY (2011)

Os celulares na segunda e, principalmente, na terceira geração evoluíram muito,

ficando mais “inteligentes”. Na atualidade, não se fala muito em celulares comuns, porque o

assunto da vez são os smartphones3, como podemos perceber com o exemplo dos aparelhos

ilustrados na figura 2. Esse termo foi adotado devido à utilização de um sistema operacional

mais complexo nos celulares. Mesmo que ainda seja restrito o número de aparelhos com essa

capacidade, a tendência é que cada vez mais fabricantes invistam na criação desse tipo de

celular.

Os smartphones, em sua maioria, se caracterizam pelos seus diversos recursos, tais

como rede sem fio (Wi-Fi), câmeras com resoluções de no mínimo 2MP (Mega Pixel),

Bluetooth4, memória interna, espaço para cartão de memória, funções aprimoradas com

reprodução de arquivos que necessitam de codecs5 ou compatibilidade com documentos do

Microsoft Office, alto poder de processamento, vídeos-chamada, conexão com a Internet via

3G, economia de energia, excelente resolução de tela, tela sensível ao toque (touchscreen),

dentre outros recursos.

Na terceira geração, ocorreu uma grande evolução nos equipamentos de hardware

para dispositivos móveis, onde estes ficaram mais robustos e necessitaram de softwares

capazes de gerenciar de forma adequada todos os recursos mencionados anteriormente. Além

3 Smartphones são dispositivos programáveis que convergem mobilidade e conectividade (RODRIGUES, 2009). 4 Bluetooth é uma tecnologia de transmissão de dados via sinal de rádio de alta frequência, entre dispositivos eletrônicos próximos, sendo que a distância ideal é de no máximo 10 metros, onde a taxa de transmissão de dados é 1Mbps. Esta conexão pode ser ponto-a-ponto ou multiponto e a frequência utilizada é de 2,4GHz (MORIMOTO, 2011). 5 Codecs é um codificador e decodificador de sinais de dispositivos de hardware e software comprimindo e/ou descomprimindo um arquivo de áudio, vídeo, dentre outros. (TECMUNDO, 2009)

Page 17: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

16

disso, tais softwares tiveram de ser desenvolvidos com o intuito de suprir as necessidades dos

usuários dessa geração, onde a comunicação, a troca de dados e informações e as redes sociais

estão crescendo de forma avassaladora e, por isso, a maioria desses dispositivos possuem

recursos e aplicativos para suprir tais necessidades (TECMUNDO, 2009).

Diversas empresas intensificaram esforços para criar e desenvolver os dispositivos

mencionados. Grandes empresas, como a Apple, construíram dispositivos móveis capazes de

atender às necessidades já descritas, além de prover diversão e entretenimento em seus

dispositivos.

A Nokia também lançou seus smartphones para concorrer com o Iphone. Pouco

tempo depois a Google, juntamente, a Samsung, a Sony Ericsson, a Motorola e outras

empresas, uniram-se criando uma aliança com o objetivo de criar e manter uma plataforma

para dispositivos móveis capazes de concorrer frente-a-frente com os dispositivos da Apple,

como o Iphone, o Ipad, o Ipod, e também contra os smartphones da Nokia, como o N900,

5800, N8, surgindo assim o que denominaram de Android.

1.1 O Software Android

Os telefones móveis usam uma variedade de sistemas operacionais, porém os mais

conhecidos atualmente são: Symbian da Nokia, descontinuado, uma vez que esta se aliou a

Microsoft e passou a incorporar em seus dispositivos móveis como o Windows Phone, pois

precisava de um sistema operacional robusto que concorresse contra o iOS6 da Apple, sistema

operacional do iPhone, do iPod e do iPad e o Android. Porém, nenhum sistema operacional

tinha se tornado de fato um padrão.

As APIs7 disponíveis e os ambientes de desenvolvimento de aplicativos móveis são

muitos restritas, quando comparados aos desktops. A Google iniciou um projeto audacioso, a

partir da compra da Empresa Android Inc. Startup, em meado do ano de 2005, para dar

continuidade ao desenvolvimento de uma plataforma que chamamos hoje de Android. 6 iOS (Iphone Operation System) é o Sistema Operacional utilizado nos dispositivos móveis da Apple e este e seus aplicativos são desenvolvidos com a linguagem de programação Objective C (JUNIOR, 2011) 7 API é o acrônimo de Application Programming Interface ou, em português, Interface de Programação de Aplicativos. Esta interface é o conjunto de padrões de programação que permite a construção de aplicativos e a sua utilização de maneira não tão evidente para os usuários, porém senvindo como ponte interligando diversos recursos, componente e plataformas (TECMUNDO, 2009).

Page 18: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

17

No dia 05 de novembro de 2007, foi anunciada pelo OHA8 a plataforma Google

Android, uma pilha de softwares para dispositivos móveis que possuem como base um

sistema operacional, um middleware9 e um conjunto de aplicações básicas, permitindo que os

desenvolvedores pudessem criar suas aplicações para tal plataforma usando o Android SDK10.

Esses aplicativos são escritos usando a linguagem de programação Java e executam

sobre uma VM (Virtual Machine – Máquina Virtual11) denominada Dalvik. O VM é bastante

customizado para os dispositivos citados, o qual possui restrições de recursos, como a baixa

capacidade de processamento computacional e a pouca capacidade de armazenamento de

dados e restrições de nível de energia das baterias (LECHETA, 2010, p. 19-23).

O Android é a primeira plataforma de desenvolvimento de aplicações para

dispositivos móveis completamente free (livre) e open-source (código aberto), o que

representa uma grande vantagem para sua evolução, pois programadores do mundo todo

poderão contribuir para melhorá-la, identificando bugs (erros), propondo otimização e a

criação de outras funcionalidades para o Android.

Em relação aos fabricantes de celulares, também terão vantagens, pois podem utilizar

o Android em seus celulares sem ter que pagar pelo serviço. Além disso, a licença Apache

Software Foundation (ASF) permite que alterações sejam efetuadas no código-fonte do

Android, contribuindo para criar produtos customizados de acordo com as necessidades e

regras de negócio acerca das organizações, sem que seja necessário compartilhar as alterações

efetuadas no Kernel12 da plataforma com outras empresas e/ou à comunidade de

desenvolvedores (LECHETA, 2010, p.21-25).

8 OHA (Open Handset Alliance) é uma aliança entre diversas empresas com o propósito de desenvolver uma plataforma de celular baseada em Linux conectadas a uma série de aplicações Java. Sendo composta por empresas de Software, Hardware e telecomunicações (OHA, 2011). 9 Middleware é um importante componente de arquitetura que emergiu no apoio às aplicações distribuídas, sendo seu papel, apresentar um sistema unificado no modelo de programação para mascarar problemas de heterogeneidade (BLAIR). 10 SDK (Software Development Kit) é um pacote de desenvolvimento de software que permite os programadores elaborar aplicativos para rodarem em uma plataforma específica. (OHA, 2011) 11 Máquina Virtual é um software que executa programas, convertendo os códigos intermediários de uma determinada linguagem de programação em código executável nativo do Sistema Operacional adotado (TECMUNDO, 2009). 12 Kernel é uma abstração do hardware que faz o papel de intermediário entre o aplicativo (programa) e os componentes físicos do computador (hardware), de acordo com a visão top-down. Na visão bottom-up, é um

Page 19: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

18

Ao desenvolver uma aplicação para o Android, as classes Java terão que ser

compiladas, na qual os bytecodes (.class) são convertidos para o formato Dalvik Executable

(.dex), que visa representar uma aplicação do Android compilada. Logo após este processo, os

arquivos (.dex) e outros recursos como imagens são compactados em um único arquivo com a

extensão Android Package File (.apk), que representa a aplicação final a qual, após esse

processo, estará pronta para ser distribuída e instalada (LECHETA, 2010, p.24).

O sistema operacional do Android é baseado no Kernel 2.6 do Linux e é responsável

por gerenciar os processos, a memória, os threads (processos), a segurança dos arquivos e

pastas, redes e drivers. Contém uma interface visual rica, GPS13, diversas aplicações já

instaladas e um ambiente de desenvolvimento bastante poderoso, inovador, flexível, fácil de

usar e com fácil manipulação de dispositivos multimídias (LECHETA, 2010, p.23-24).

O T-Mobile G1, desenvolvido pela empresa HTC, foi o primeiro smartphone a

utilizar a plataforma Android. Posteriormente, começaram a surgir diversos aparelhos

utilizando essa tecnologia, onde diversas empresas, ao customizá-la, atribuíram-lhe

denominações, tendo como exemplos HTC Sense da HTC, MotoBlur da Motorola e UX –

User Experience da Sony Ericsson (LECHETA, 2010, p.27-29).

Os membros do grupo OHA têm como objetivo definir uma plataforma única, aberta,

moderna e flexível para o desenvolvimento de aplicações corporativas, oferecendo um

ambiente de desenvolvimento que permita aos desenvolvedores e fabricantes, implementar e

estender suas aplicações tanto para seus dispositivos, como para outros existentes no mercado.

A frente desse projeto está a Google, a qual implementa o Kernel da plataforma Android.

Essas empresas são as mesmas que compõem o grupo OHA e estão distribuídas em

cinco subgrupos representados pelas figuras 3, 4, 5 e 6, correspondendo, respectivamente, as

operadoras de celular, as companhias de semicondutores, os fabricantes de handset,

empresas de comercialização e as companhias de software. gerenciador de recursos, pois controla quais aplicações (processos) podem ser executadas e quando e quais recursos (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados (TANENBAUM, 2003). 13 GPS, Global Positioning System, ou “Sistema de Posicionamento Global”, é um sistema eletrônico de navegação civil e militar que emite coordenadas em tempo real e é alimentado por informações de um sistema de 24 satélites chamado NAVSTAR, sendo controlado pelo DoD, Department of Defence (Departamento de Defesa) dos EUA (FARIA, 2008).

Page 20: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

19

Operadoras de Celular:

Figura 3 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Operadoras de Celular.

Fonte: OHA (2011)

Companhias de Semicondutores:

Figura 4 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Companhias de Semicondutores.

Fonte: OHA (2011)

Page 21: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

20

Fabricantes de Handset:

Figura 5 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Fabricantes de Handset.

Fonte: OHA (2011)

Empresas de Comercialização:

Figura 6 - Empresas da alinaça OHA do subgrupo de Comercialização

Fonte: OHA (2011)

Page 22: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

21

Companhias de Software:

Figura 7 - Empresas da aliança OHA do subgrupo de Companhias de Software.

Fonte: OHA (2011)

1.2 Arquitetura

O Android é uma plataforma muito robusta, que possui diversos recursos e funções

na qual seu sistema operacional de mesma nomenclatura é similar a um sistema operacional

de um desktop. Ela possui camadas baseadas no Kernel 2.6 do Linux. Possui um ambiente

gráfico bastante robusto em que podemos encontrar janelas, mecanismos de visualização,

widgets14 para exibição de elementos comuns como caixas de edição, listas e listas suspensas,

além de suportar gráficos 2D e 3D com alta qualidade e desempenho, utilizando para isso a

biblioteca OpenGL.

O S.O. Android inclui também um navegador incorporado baseado em WebKit, o

mesmo mecanismo de navegador de software livre equipado no navegador Mobile Safari do

14 Widgets: referem-se a programas (leves, na maioria das vezes) que se tornam “atalhos” para serviços e utilidades. Geralmente utilizados em serviços para internet (TECMUNDO, 2009).

Page 23: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

22

iPhone. Ostenta uma variada lista de opções de conectividade entre dispositivos móveis,

incluindo Wi-Fi e Bluetooth, através de uma conexão entre estes, bem como as tecnologias

GPRS, EDGE e 3G. Possui um amplo suporte para serviços de mapas, geolocalização,

acelerômetros, dispositivos multimídias e o banco de dados SQLite para gerenciar os dados

internos do dispositivo móvel (AQUINO, 2007, p.6).

Na figura 8 podemos observar como está organizada a Plataforma Android e seus

principais componentes, a qual se encontra dividida em quatro camadas: aplicações

(applications); framework da aplicação (application framework); bibliotecas (libraries),

Android em tempo de execução (Android Runtime) e núcleo do Linux (Linux Kernel).

Nas subseções posteriores, os principais componentes de cada camada da figura 8

serão abordados de forma detalhada.

Figura 8 - Arquitetura Android.

Fonte: OHA (2011)

Page 24: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

23

1.2.1 Núcleo do Linux (Linux Kernel)

O Kernel Linux para o Android é composto pelo driver da tela, câmera, USB,

teclado, conexão de rede sem fio, cartão de memória, áudio, vídeo e gerenciador de energia.

Na Plataforma Android, o sistema operacional desta tecnologia é constituído por um

núcleo que foi baseado no núcleo do sistema operacional Linux versão 2.6, que é responsável

por gerenciar os processos, a memória, a segurança de pastas e arquivos, redes e pilhas de

protocolos destas, drivers e diversos módulos do núcleo de infra-estrutura existente neste

sistema operacional.

O Kernel GNU/Linux já possui vários recursos necessários para a execução de

aplicações como o gerenciamento de memória, o gerenciamento de processos, a pilha de

protocolos de rede, o módulo de segurança e vários módulos do núcleo de infra-estrutura.

Como o sistema operacional é conhecido e bastante difundido nas comunidades de software

livre, também facilita o surgimento de melhorias aos drivers já existentes (AQUINO, 2007,

p.5).

1.2.2 Bibliotecas (Libraries)

A Tecnologia Android inclui um novo conjunto de bibliotecas C/C++ usadas por

vários componentes do sistema e suas funcionalidades são expostas através do framework.

Algumas das bibliotecas do núcleo da arquitetura estão listadas a seguir:

Surface Manager: controla e gerencia o acesso ao subsistema de display.

Compõe, transparentemente, camadas gráficas 2D e 3D de múltiplas aplicações

(AQUINO, 2007, p.5). Sendo que esse gerenciador de composição de janelas é

similar ao do Windows Vista ou Compiz, porém, bem mais simples, evitando chamar

diretamente o buffer de tela, na qual os comandos vão para fora da tela de bitmaps,

sendo estes combinados com outros bitmaps, permitindo que o sistema crie diversos

efeitos interessantes, como o efeito de transparência, sendo possível ver através das

janelas outros elementos (BURNETTE, 2010).

Page 25: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

24

3D libraries: uma implementação baseada na especificação do OpenGL 1.0

(AQUINO, 2007, p.6) que tem como objetivo disponibilizar um conjunto de recursos

a serem utilizados na criação de componentes gráficos tridimensionais. Essa biblioteca

é utilizada tanto para aceleração por hardware, quando disponível, como pode utilizar

um mecanismo altamente otimizado de aceleração 3D via software.

SGL: biblioteca mais simples do que a 3D libraries, usada para compor

gráficos bidimensionais, ou seja, um engine (motor) para gráficos 2D.

Media libraries: são bibliotecas que suportam playback e gravação de muitos

formatos de áudio e de vídeo, bem como imagens estáticas, incluindo diversos

formatos, como exemplo, MPEG4, H.264, MP3, AAC, AMR, JPG e PNG (AQUINO,

2007, p.6), baseada na biblioteca OpenCore da PacketVideo.

FreeType: é uma biblioteca usada para renderizar fontes (AQUINO, 2007, p.6).

Fornece aos usuários uma maneira simples de desenhar texto de aceleração,

internamente, de hardware. Cada objeto representa uma combinação da fonte de um

tipo e tamanho de ponto, na qual pode-se criar objetos de fonte múltipla para

representar estilos, como negrito ou itálico, rostos e diferentes tamanhos de letra.

Contribui, também, para que a tela do sistema Android se ajuste em diversos

dispositivos, assegurarando o dimensionamento adequado para cada um deles.

SSL: fornece encriptação de dados enviados pela Internet (AQUINO, 2007,

p.6). Utilizando para isto o protocolo Secure Socket Layer – SSL, onde este permite

que aplicativos possam trocar informações com total segurança, protegendo a

integridade e a veracidade do conteúdo que trafega pela Internet.

SQLite: é uma biblioteca C que implementa um banco de dados SQL embutido.

O SQLite não é uma biblioteca de cliente usada para conectar com um servidor de

banco de dados, mas sim o próprio servidor de banco de dados otimizado para

dispositivos móveis, no qual a biblioteca SQLite lê e escreve, diretamente, para o

arquivo e do arquivo do banco de dados no disco (AQUINO, 2007, p.6). Esse pequeno

banco de dados utiliza um motor transacional, sendo, atualmente, a solução de

software de banco de dados para dispositivos móveis mais utilizado no mundo,

Page 26: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

25

pertencendo ao domínio público. Pode-se usar clientes do SQLite como o SQLite

Expert Personal e o SQLite Plus, ambos gratuitos, para gerenciá-lo (LECHETA, 2010,

p.368-369).

WebKit ou LibWebCore: bblioteca que possui componente base para o

navegador padrão do Android e diversas visões da Web (AQUINO, 2007, p.6).

System C Library: é uma implementação da biblioteca C, sob licença BSD,

otimizada para sistemas embarcados baseados em Linux (AQUINO, 2007, p.6).

1.2.3 Android em Tempo de Execução (Android Runtime)

As aplicações Android em sua totalidade executam seus próprios processos, com sua

própria instância da máquina virtual Dalvi, a qual foi escrita de forma que um dispositivo

possa executar múltiplas máquinas virtuais, concorrentemente, de maneira eficiente.

Possibilita também a execução de classes reunidas por um compilador da linguagem Java, na

qual os arquivos .class gerados são transformados no formato .dex pela ferramenta dx,

incluída no SDK (Software Development Kit) do Android.

Os arquivos .dex são executados pelo Dalvik (AQUINO, 2010, p.6-7). A máquina

virtual também usa o Kernel do GNU/Linux para prover a funcionalidade de múltiplas threads

e gerenciamento de memória de baixo nível. O Core Libraries contém um conjunto de

bibliotecas que fornece a maioria das funcionalidades disponíveis no núcleo das bibliotecas da

linguagem Java. Isso inclui classes para manipulação de arquivos, entrada, saída etc.

Podemos enfatizar como uma diferença de Dalvik para a máquina virtual Java

(JVM), o fato de ela ser baseada em registradores, bem como em pilhas. A escolha da

abordagem baseada em registradores traz um benefício em ambientes restritos, como os de

telefones celulares, na qual em uma análise mais aprofundada, concluiu-se que as máquinas

virtuais, baseadas em registradores, executam os programas mais rápido do que as máquinas

baseadas em pilhas (AQUINO, 2010, p.6-7).

Outra diferença que podemos abordar é que a máquina virtual Dalvik é otimizada

para permitir múltiplas instâncias da máquina virtual para executar, ao mesmo tempo, em

Page 27: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

26

memória limitada, e que cada aplicação executa de forma similar um processo do sistema

operacional Linux separado. Então, dado que cada aplicação possui seu próprio processo, isso

permite a instalação dinâmica, a ativação e a desativação. Sendo que, processos separados,

previnem que todas as aplicações sejam fechadas se a máquina virtual deixar de funcionar.

1.2.4 O Framework da Aplicação (Application Framework)

Os componentes que fazem parte do framework da aplicação possibilitam o acesso

completo à mesma API que é utilizada pelas aplicações core da plataforma Android. A

arquitetura de tal aplicação foi projetada para simplificar e facilitar a reutilização dos

componentes desse framework, na qual qualquer componente pode publicar suas capacidades

e quaisquer outros componentes podem, então, fazer uso dessas capacidades, sujeito às

restrições de segurança reforçadas pelo framework. Esse mesmo mecanismo permite que os

componentes sejam substituídos por outros em tempo de desenvolvimento. Dando

flexibilidade e, ao mesmo tempo, produtividade para os desenvolvedores desta plataforma.

Podemos expressar que, fundamentalmente, toda a aplicação inserida neste framework

nada mais é do que um conjunto de serviços e sistemas, onde estes são: Activity Manager,

Package Manager, Window Manager, Telephony Manager, Content Providers, Resource

Manager, View System, Location Manager, Notification Manager e XMPP Service

representados na figura 9, na qual veremos abaixo.

Figura 9 - O Framework da Aplicação.

Fonte: OHA (2011)

Activity Manager (Gerenciador de atividade): gerencia o ciclo de vida das

Aplicações (AQUINO, 2007, p.7), ou seja, é um controlador e gerenciador das

atividades do sistema Android e suas concorrências, na qual será definido e verificado

tal ciclo de vida no subtópico “Atividade” (ver da pág. 28 a 31).

Page 28: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

27

Package Manager (Gerenciador de pacotes): mantém as aplicações que estão

instaladas no dispositivo (AQUINO, 2007, p.7).

Window Manager (Gerenciador de janelas): gerencia as janelas das aplicações

(AQUINO, 2007, p.7).

Telephony Manager (Gerenciador de telefonia): são componentes para acesso

aos recursos de telefonia (AQUINO, 2007, p.7). Um exemplo é a verificação de sinal

da operadora.

Content Providers (Provedores de conteúdo): permitem que as aplicações

acessem os dados de outras aplicações (como contatos) ou compartilhem os seus

próprios dados (AQUINO, 2007, p.7). O content provider é a maneira utilizada pela

plataforma para compartilhar dados entre as aplicações que executam no dispositivo.

Aplicações desenvolvidas por terceiros podem utilizar o content provider para ler

quaisquer dados armazenados no dispositivo de forma simples (LECHETA, 2010,

p.412-413).

Resource Manager (Gerenciador de recursos): fornece acesso a recursos

gráficos e arquivos de layout (AQUINO, 2007, p.7). O gerenciador de recursos é a

classe responsável por desenhar algo na tela e tratar seus eventos se necessário,

servindo de classe base para todos os componentes visuais do Android (LECHETA,

2010, p.71).

View System (Sistema de visão): um conjunto rico e extensível de componentes

de interface para o usuário. As visões podem ser usadas para construir uma aplicação,

incluindo listas, grids, caixas de texto, botões, dentre outras.

Location Manager (Gerenciador de localização): gerencia a localização do

dispositivo (AQUINO, 2007, p.7), utilizando para isto o GPS do dispositivo caso o

tenha.

Page 29: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

28

Notification Manager (Gerenciador de notificações): permite que todas as

aplicações exibam alertas na barra de status (AQUINO, 2007, p.7). Tal notificações

são ícones ou mensagens que aparecem na barra de status do celular para chamar a

atenção do usuário, podendo visualizá-la ou simplesmente ignorá-la (LECHETA,

2010, p.305-306).

XMPP Service (Serviço XMPP): suporte para uso do protocolo XMPP

(Extensible Messaging and Presence Protocol) (AQUINO, 2007, p.7). Tais serviços

são códigos que executam em segundo plano. Normalmente são utilizados para tarefas

que demandam um grande tempo de execução.

1.2.5 A Aplicação

No Android, existem quatro blocos principais de construção de uma aplicação, porém

nem toda aplicação necessita dos quatro que serão listados a seguir. Entretanto, qualquer

aplicação Android deverá ser escrita com um ou mais desses blocos de construção.

Uma vez concedida a permissão de uso e definidos quais componentes e as

bibliotecas que serão necessários à aplicação, é importante listá-los em um arquivo chamado

AndroidManifest.xml. Este arquivo deve conter os componentes da aplicação, além das

capacidades e requerimentos para tanto. O Android já fornece um conjunto de aplicações

básicas em seu sistema operacional, tendo incluso um aplicativo de envio e recebimento de

SMS, calendário, cliente de email, navegador, contatos, mapas etc.

Os quatro blocos de construção de uma aplicação são: Atividade (Activity); Receptor

de Intenção (Intent Receiver); Serviço (Service) e Provedor de Conteúdo (Content Provider)

que serão aprofundados a seguir.

1.2.5.1 Atividade

A atividade é o mais comum dos quatro blocos de construção. É, usualmente, uma

tela de uma aplicação Android. Cada atividade é implementada como uma única classe que

estende da classe base Activity. Essa classe irá mostrar uma interface de usuário composta por

Views e que responde a eventos (AQUINO, 2007, p.8-9).

Page 30: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

29

Segundo Burnette (2010, p.39) e Lecheta (2010, p.71,93-94), uma atividade em

Android é referenciada como uma tela do sistema, gerenciada e colocada em uma pilha de

execução. Cada nova atividade é incluída no topo da pilha, sendo que cada uma desta possui,

basicamente, cinco estados que são: iniciando (starting), executando (running), pausado

(paused), parado (stopped) e destruído (destroyed). Tendo, cada um destes, subestados que

contribuem com o ciclo de vida de uma atividade, destacando-se, como principais subestados,

os ilustrados pela figura 10, nos quais alguns serão detalhados nos subtópicos subsequentes.

Figura 10 - Ciclo de Vida de uma Atividade.

Fonte: BURNETTE (2010, p.37)

onCreate(): método chamado quando uma atividade é criada e iniciada pela

primeira vez. Isto é, onde devemos fazer todas as suas configurações: criar pontos

Page 31: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

30

de vista, vincular dados em listas etc. Esse método também fornece ao usuário um

pacote contendo o estado previamente congelado da atividade e sempre é seguido

pelo método onStart () (BURNETTE, 2010, p.36-37).

onStart(): chamado quando a atividade está se tornando visível para o usuário

(LECHETA, 2010, p.98). Seguido pelo método onResume(), quando a atividade

vem para o primeiro plano ou onStop() se torna oculto (BURNETTE, 2010, p.37).

onRestart(): chamado quando uma atividade é parada, temporiaramente, e está

sendo inicada outra vez, acompanhado do onStart() de forma automática

(LECHETA, 2010, p.98).

onResume(): chamado quando a atividade vai começar a interagir com o

usuário. Nesse ponto a atividade está no topo da pilha de atividades. Tal método é

seguido pelo método onPause() (BURNETTE, 2010, p.37).

onPause(): chamado se um evento ocorrer, onde a atividade que está no topo

da pilha estiver executando e pode ser temporariamente interrompida. Ele é

responsável por salvar o estado da aplicação, pois, ao retornar a atividade

paralisada, o estado desta possa ser recuperado e ela possa ser executada de onde

foi paralisada (LECHETA, 2010, p.98).

onStop(): método chamado quando a atividade já não é visível para o usuário,

porque outra atividade foi retomada e a está cobrindo (LECHETA, 2010, p.98).

Isso pode acontecer porque uma nova atividade está sendo iniciada, ou já existe

outra que está sendo trazida à frente, ou sendo destruída. Esse método é seguido

pelo onRestart(), se a atividade está voltando para interagir com o usuário, ou

onDestroy(), caso a atividade esteja sendo finalizada (BURNETTE, 2010, p.37).

onDestroy(): este método encerra a execução de uma atividade, podendo ser

chamado, automaticamante, pelo sistema operacional para liberar recursos ou pelo

método finish() da classe Activity (que representa a atividade). Ao término de tal

chamada, a atividade é removida da pilha e seu processo é encerrado no sistema

operacional (LECHETA, 2010, p.28).

Page 32: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

31

A maioria das aplicações consiste em múltiplas telas, nas quais, cada uma delas,

geralmente, devem ser implementadas como uma atividade. A mudança de uma tela para

outra é realizada no início de uma nova atividade. Em alguns casos, uma atividade deve

retornar um valor para a atividade prévia. Quando uma nova tela abre, a tela chamadora é

pausada e adicionada a uma pilha.

O usuário pode navegar de volta através das telas abertas, anteriormente, na pilha.

Para que isso se torne possível, a tecnologia Android usa uma classe especial chamada Intent

para realizar a mudança de uma tela para outra. Uma Intent (intenção) descreve o que uma

aplicação quer fazer.

As duas mais importantes partes da estrutura de dados de uma intenção são a ação e

os dados usados para responder a essa ação. A navegação, entre essas telas, é acompanhada

por resolução de intenções. A nova atividade é informada do interesse que causa o

carregamento da nova tela.

O processo de resolver intenções acontece, em tempo de execução, quando o método

startActivity é chamado oferecendo dois benefícios, onde as atividades podem reusar,

simplesmente, funcionalidades de outros componentes ao fazer uma requisição para outro

componente na forma de uma intenção, ou estas podem ser substituídas a qualquer momento

por uma nova atividade através de um IntentFilter (filtro de intenção), componente que retira

uma atividade da pilha para que outra possa ser executada (AQUINO, 2010, p.9).

1.2.5.2 Receptor de Intenção

Segundo Aquino (2010, p.9), um receptor é utilizado quando o código em uma

aplicação (intent receiver) deve ser executado em reação a um evento externo, onde podemos

citar como exemplo, o momento de uma chamada ou quando os dados da rede estão

disponíveis. Tais receptores de intenção não mostram uma interface de usuário, embora eles

possam usar o gerenciador de notificação para alertar o usuário quando algum evento de

interesse ocorre.

Page 33: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

32

Receptores de intenção são registrados no AndroidManifest.xml. Uma aplicação não

precisa estar executando para que seus receptores de intenção sejam chamados. O sistema

iniciará a aplicação quando um receptor de intenção é disparado. Aplicações podem também

enviar suas próprias intenções por broadcast para outras aplicações com

Context.broadcastIntent(), método que dispara intenções difundindo as mesmas por diversas

aplicações.

Burnette (2010, p.39) mostra que um receptor de intenção é um mecanismo para

descrever uma ação específica, onde qualquer ação passa por um intent, contribuindo para

substituição e reutilização de componentes.

1.2.5.3 Serviços

Um serviço, de acordo com Burnette (2010, p.39), é uma tarefa que é executada em

segundo plano, sem direcionar o usuário para uma interação com o mesmo. Já para Aquino

(2010, p.9), um serviço é um código que está executando em background (por trás), sem uma

interface gráfica com o usuário.

Um exemplo disso é um tocador de música. No tocador, há uma ou mais atividades

que permitem ao usuário escolher músicas e iniciá-las. Todavia, o tocador não deveria ser

tratado por uma atividade porque o usuário espera que a música continue tocando em

background. O sistema então irá manter o serviço do tocador de música executando até que

ele termine.

Também é possível que uma aplicação se conecte a um serviço para poder iniciá-lo,

caso este não esteja executando com context.bindservice(). Uma aplicação pode comunicar-se

com um serviço através de uma interface do serviço. Para o serviço de música, por exemplo,

ele pode ser usado para pausar uma música ou avançá-la.

1.2.5.4 Provedor de Conteúdo

Um provedor de conteúdo é um conjunto de dados envolto em uma API

personalizado com a finalidade de lê-la e escrevê-la. Sendo esta a melhor maneira de

compartilhar dados entre aplicações globais, na qual temos como exemplo o serviço da

Page 34: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

33

Google, que fornece um provedor de conteúdo para contatos, sendo que todas as informações

lá contidas como nome, endereço, números de telefones, podem ser compartilhados por

qualquer aplicação que queira usá-lo (BURNETTE, 2010, p.40).

As aplicações podem armazenar seus dados em arquivos como o banco de dados

SQLite 15. Um provedor de conteúdo, todavia, é útil se os dados da aplicação podem ser

compartilhados com outras aplicações. Um provedor de conteúdo é uma classe que

implementa um conjunto padrão de métodos para permitir que outras aplicações armazenem e

recuperem tipos de dados que são tratados pelo provedor de conteúdo (AQUINO, 2010).

Devido ao fato deste banco de dados não suportar compartilhamento entre diversas

aplicações, fez-se necessário criar uma classe denominada Content Provider, permitindo que

determinadas informações sejam compartilhadas, bem como públicas a fim de serem

utilizadas por diversos aplicativos. Podendo consultar, incluir, excluir e alterar estas

informações, sendo necessário também a criação de uma subclasse para implementar os

recursos disponíveis na classe Content Provider (LECHETA, 2010, p.412-413).

Podemos citar como exemplos de provedores de conteúdo nativos os contatos, a

agenda, os arquivos de imagem, o áudio e vídeo. Sendo que independente deste provedor de

conteúdo, nativo ou não, a forma de comunicação entre a aplicação e algum provedor de

conteúdo ocorre de forma padronizada (LECHETA, 2010, p.414-415).

Com o aprofundamento feito a respeito dos dispositivos móveis, juntamente, a

tecnologia Android, adquirimos subterfúgios teóricos para compreendermos melhor, até que

ponto esta tecnologia é vantajosa ou não na contemporaneidade, as quais serão abordadas no

próximo capítulo.

15 SQLite é pequeno banco de dados específico para dispositivos móveis.

Page 35: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

34

2 VANTANGENS E DESVANTAGENS DO SO E DA PLATAFORMA ANDROID

Atualmente o Android, contemplando o sistema operacional de mesma nomenclatura

e sua plataforma de desenvolvimento, é uma das principais tecnologias existente e emergente

no mercado para dispositivos móveis. Porém, estas possuem suas vantagens e desvantagens,

nas quais iremos analisá-las a seguir.

2.1 Vantagens

O Andoid tem, como principal vantagem, ser um sistema operacional free (livre) e

open-source (código aberto) baseado no Linux. Possui a maior quantidade de aplicativos

gratuitos existentes no mercado, permitindo a prática do compartilhamento da internet via Wi-

Fi, transformando o smartphone em um modem de banda larga. Este recurso está disponível

desde a versão 2.1, mas somente na versão 2.2, denomina de Froyo, tornou-se nativo do

sistema operacional Android, sendo que seu maior concorrente, o Iphone Operation System

(iOS) da Apple, só o faz utilizando as conexões Bluetooth ou USB, isso quando a operadora

contratada permite.

Ele possibilita a conexão às redes sociais e a internet, podendo ser utilizado em

aparelhos de modelo smartphone com melhor custo-benefício do mercado de telefonia móvel.

Além de possuir a maior quantidade de aplicativos gratuitos disponíveis em sua loja, a

Android Market.

A plataforma Android mantém as principais informações diretamente na tela

principal do seu sistema operacional, onde os pontos de usabilidade ganham mais força se

comparada a outras plataformas existentes no mercado, na qual podem ser: liberdade de

controle, visibilidade de status do sistema, flexibilidade e eficiência, ajuda e documentação,

em que com poucos ou nenhum clique é possível saber o que está acontecendo no sistema,

bem como acessar os principais aplicativos e gerenciá-los. Ele permite executar mais de um

programa, ao mesmo tempo, seja nativo ou oriundo do Android Market, enquanto o

smartphone da Apple, por exemplo, só permite aplicações do próprio telefone rodando no

background. O uso de widgets é bem dinâmico no Android, e a informação, que eles

apresentam, está sempre visível e ao alcance da interação com o usuário. Assim fica fácil

checar o email, as redes sociais e os marcadores de tempo (relógio, calendário e etc).

Page 36: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

35

As notificações do Android são mais organizadas e conta com uma barra com ícones

diferenciados para melhor identificação dos avisos, além do sistema permitir aos

programadores a inserção de notificações, diretamente, na lock screen, isto é, na área de

trabalho inicial do telefone. O Android permite programação personalizada, inclusive

portando interfaces customizadas de um aparelho para outro. Permite também uma mudança

de configuração mais rápida e fácil, por exemplo, mudar a conexão de Wi-Fi para 3G.

Uma grande vantagem do Android é a ideia de programação para todos, na qual sua

plataforma de desenvolvimento, que tem como base a Software Development Kit (SDK), foi

projetada para funcionar em qualquer sistema operacional, dentre eles destacamos o Windows,

Linux e até mesmo oriundos da tecnologia Macintosh. Pois, trata-se de um sistema

operacional e plataforma livres, de código aberto, na qual à comunidade de desenvolvedores

pode desenvolver seus aplicativos e disponibilizá-los na Android Market.

Seguindo a filosofia do código aberto, seu código fonte é passível de receber

contribuições por qualquer membro da comunidade, sendo relativamente simples criar

diversos aplicativos, para esta plataforma, de acordo com as necessidades e desejos de seus

usuários, onde podemos criar novas interfaces customizadas e personalizadas, teclados

customizados, novas funcionalidades, dentre outras.

No Android, a liberdade de escolha é um dos principais atrativos, sendo possível

escolher livremente o aplicativo que o usuário quer instalar ou até mesmo criar-los. Além

deste possuir integração com os diversos aplicativos da Google tais como: Gmail, Youtube,

Gtalk, Google Maps, Google Search, Google Translate, amplamente utilizados e

disponibilizados pela Google com versões adaptadas para dispositivos móveis.

2.1.1 Facilidade de Acesso Independente do Local Físico

A plataforma Android possui uma grande facilidade em disponibilizar acesso a

internet, em qualquer que seja o ambiente físico, pois possui diversos mecanismos e

tecnologias que contribuem para tal situação. Mas, para que isso seja possível, deve-se

verificar os recursos disponíveis no hardware dos aparelhos que suportam esta tecnologia,

pois este sistema operacional utiliza das tecnologias como Wi-fi e 3G para possibilitar o

Page 37: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

36

acesso a estas redes. Podemos destacar também a tecnologia Bluetooth que propicia a troca de

arquivos e informações sem a utilização de cabos.

2.1.2 Facilidade de Disponibilização de Informações

Devido o Android utilizar este conjunto de tecnologias mencionadas, anteriormente,

ele contribui para facilitar a disponibilização de informações, pois tais tecnologias contribuem

para que usuários, desta plataforma, possam permanecer conectados ou pareados a outro

dispositivo móvel em qualquer lugar que esteja.

A tecnologia Wi-Fi é também um grande diferencial que o Android possui, ao

contrário de seus maiores concorrentes que não tem este recurso, dificultando e reduzindo as

possibilidades de acesso a Internet, às redes sociais e, consequentemente, inibindo a

disponibilização e troca de informações.

2.1.3 Recursos de Acessibilidade

A acessibilidade é um assunto bastante discutido e que está em alta nos últimos anos.

Pois significa não apenas permitir que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida

participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a

inclusão e extensão do uso destes pela maioria ou todas as parcelas sociais presentes em uma

determinada população.

Pensando nisso, diversas empresas estão pesquisando e criando tecnologias que

contribuam para a acessibilidade, sendo que a Google e as empresas que constituem a OHA,

começaram a produzir softwares dentro deste contexto. Estes lançaram novas aplicações para

o Android que deverão, por exemplo, ajudar aos cegos a circular melhor pelas cidades.

A aplicação WalkyTalky é um exemplo disso. Funciona de forma bem prática, o

usuário informa um local que deseja ir, utilizando, para isso, a voz. O aparelho através desta

aplicação e com a utilização de um Sistema de Posicionamento Global (GPS) dá indicações

em voz alta de como se deve chegar ao destino informado.

Page 38: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

37

Outro exemplo de aplicação similar a esta é o FayerWayer que pode utilizar o

sistema de comando de voz do Android para iniciar o aplicativo e utilizá-lo, no qual aparece

um mapa no centro da tela informando a atual localização do usuário, sendo que, no ato de

arrastar o dedo sobre a tela, o aplicativo informa em voz alta o que o usuário está fazendo e

com o comando de voz citado, ele poderá efetuar buscas de locais pelo aparelho.

Outro Software utilizado no Android para acessibilidade é o TalkBack, um aplicativo

leitor de tela que emite em voz alta informações para o usuário e o que ele está pressionando

na tela do aparelho. Este programa é geralmente utilizado e integrado com outros programas,

inclusive com os aplicativos já citados anteriormente.

2.1.4 Utilização em Diversos tipos de Aparelhos

A plataforma Android é uma das mais utilizadas na atualidade. Ela possui a maior

participação no mercado dos Estados Unidos e está se expandindo para os demais países de

forma bastante rápida. De acordo com a consultoria Nielsen e comScore, os aparelhos com

Android representam trinta e um por cento do mercado mundial, desbancando a Nokia com

sua plataforma Symbian que baixou de sessenta e um por cento para trinta por cento deste

mercado.

No total foram vendidos acima de 32,9 milhões de aparelhos rodando Android contra

31 milhões de aparelhos rodando Symbian. Porém, estes números só puderam ser alcançados

devido à utilização do Android em diferentes aparelhos de diversas empresas de telefonia, tais

como a HTC, Sony Ericson, Samsumg, LG, Motorola, dentre outras empresas que estão

expandindo também o seu mercado para os tablets, tendo como representantes desta categoria

o Galaxy Tab, Motorola XOOM, LG G-Slate e o HTC Flyer. Concorrentes do iPad, estes

dispositivos buscam, em pouco tempo, ganhar espaço no mercado de tablets dominado pela

Aplle com seu iPad e, atualmente, com a sua nova versão, o iPad2.

Os tablets concorrentes do iPad, diferenciam-se, principalmente, por possuírem

recursos como cartão de memória extra, flash, HDMI e outros que podem ser verificados na

figura 11, que se encontra logo abaixo. Com esse comparativo, concluímos que os

dispositivos que utilizam a tecnologia Android, por mais que ainda não estejam com preços

Page 39: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

38

acessíveis, mostram-se mais atrativos ao consumidor pelo valor que é cobrado por

configurações similares ou superiores aos produtos da Apple.

Figura 11 - Comparativo de Tablets

Fonte: http://www.techzine.com.br/arquivo/comparao-entre-os-principais-tablets-do-mercado/

2.1.5 Compatibilidade com Diversas Plataformas

A compatibilidade com diversos tipos de plataforma também fez do Android uma das

tecnologias mais utilizadas. Pois, diversas empresas o adotaram como sistema para seus

dispositivos móveis, porque além de poderem acoplar o Android em sua plataforma de

hardware específica, ele propicia alterações em seu código fonte, fazendo com que cada

empresa possa desenvolver seus sistemas e aplicativos de acordo com suas necessidades,

porém, seguindo um conjunto de princípios e padrões para assegurar a compatibilidade em

qualquer que seja o aparelho no qual o Android seja instalado.

Page 40: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

39

Podemos encontrar o Android em diversos tipos de aparelhos, tendo como principais

categorias: os Smartphones, os Tablets e, atualmente, os dispositivos para TV Digital.

Juntamente a isso, a Google teve outra e renovadora ideia, que foi a criação de um dispositivo

de Hardware denominado de Arduino16, na qual podemos criar aplicativos em Android, para

as categorias citadas anteriormente, para controlar um dispositivo pertencente à outra

plataforma de software e/ou hardware.

2.1.6 Possibilidade de utilização de diversas Linguagens

No processo de desenvolvimento de aplicativos para a plataforma Android, utilizava-

se somente a linguagem de desenvolvimento Java (ver pág.17 e 18). Porém isto começou a

mudar devido a um projeto audacioso da Novell denominado de Mono for Android, um

framework que permite criar aplicativos nativos para Android utilizando a linguagem de

programação C#, onde este completa o MonoTouch oferecendo a criação de aplicativos em

C# para iOS da Apple.

O Mono permite que desenvolvedores usem o Microsoft Visual Studio e suas APIs

para C# e .Net para desenvolverem ou reutilizarem códigos e bibliotecas, aproveitando

também as APIs nativas do Android. Porém, o Mono possui como desvantagem o fato de ser

um framework comercial, na qual sua licença custa, aproximadamente, R$638 para

desenvolvedores individuais e R$1.598 para edição enterprise (empresarial) mais poderosa.

2.2 Desvantagens

O Android, como em outras plataformas, possui algumas desvantagens ainda.

Algumas delas são:

1. Uma menor quantidade de softwares se compararmos com os existente para a

plataforma iOS da Apple;

16 Arduino: é um computador físico baseado numa simples plataforma de hardware livre, projetada com um microcontrolador de placa única, com suporte de entrada/saída embutido e uma linguagem de programação padrão, na qual tem origem em Wiring e é essencialmente C/C++. O objetivo do projeto é criar ferramentas que são acessíveis, com baixo custo, flexíveis e fáceis de usar. Principalmente para aqueles que não teriam alcance aos controladores mais sofisticados e de ferramentas mais complexas (MOREIRA, 2011).

Page 41: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

40

2. Possui aplicativos pagos mais caros do que os disponibilizados para o iOS e

Symbian;

3. Problemas com atualização do sistema operacional em alguns aparelhos e em

outros não há possibilidade de fazê-la devido ao firmware (conjunto de instruções

operacionais programadas diretamente no hardware) ser incompatível com o

dispositivo;

4. Aplicativos que funcionam em alguns dispositivos e em outros não devido à

diversidade de versões da tecnologia Android e a despreocupação, por parte de alguns

desenvolvedores, com a versão que está sendo utilizada para o desenvolvimento de um

aplicativo;

5. Travamentos que ocorrem em alguns programas mais pesados ou mal

implementados.

O Android é uma plataforma muito nova no mercado, por isso deve-se levar em

consideração o esforço de diversas empresas para integrar, disponibilizar e padronizá-la.

Muitos bugs (erros) já foram corrigidos e outros ainda estão sendo. Porém estas correções

estão sendo feitas de forma prudente para não acarretar em outros problemas e não limitarem

a liberdade dos programadores em modificar o código fonte da forma que queiram.

2.2.1 Limitação de Softwares para a Plataforma

Alguns aplicativos para a plataforma Android ainda estão limitados e/ou estagnados.

Isso se deve a alguns motivos que são:

1. A descrença por parte de muitas empresas em relação ao potencial da

plataforma Android;

2. A Google não ter aberto os códigos fonte do Android 3.0 (denominado de

Honeycomb), alegando que o software ainda não está pronto para ser usado em outros

dispositivos móveis, como exemplo, o XOOM da Motorola;

Page 42: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

41

3. Ausência ou impossibilidade de se fazer atualização do sistema para uma nova

versão do próprio aparelho;

4. Limitação de hardware em alguns tipos de aparelhos.

5. O chat por vídeo ainda não é nativo do sistema como no iOS, só funciona com

a instalação de outros aplicativos;

6. Ainda não possui leitor de eBook nativo como no iOS, funcionando somente

com a instalação de aplicativos para tal funcionalidade. Porém os que existem são bem

extáveis;

7. O Android ainda não possui uma loja de músicas como o iTunes da Apple.

8. Limitação de aplicativos para o Android, pois este possui mais de 100 mil

aplicativos disponíveis, enquanto a Apple disponibiliza mais de 300 mil para os

dispositivos com o sistema iOS.

9. O flash é um dos maiores atrativos do Android, porém ainda existem

problemas com a utilização deste neste SO, pois ele deixa a aplicação mais lenta, além

de aumentar o consumo da bateria. Foram feitas algumas melhorias e estas estão

disponíveis em sua nova versão, v10.2.Sendo que esta última versão não funciona para

todos o dispositivos móveis que utilizam o SO Android.

Com todos esses problemas ou limitações citadas acima, a Google está buscando

melhores soluções para fazer com que o Android passe a ser referência de plataforma para

dispositivos móveis, tal qual o iOS da Apple, apostando de forma efetiva no seu

melhoramento continuo. Abaixo segue um quadro comparativo entre o iOS versão 4.2 e o

Android versão 2.3, também conhecido como Gingerbread, fazendo um comparativo entre

dispositivos de cada uma das plataformas já mencionadas.

Na figura 12, podemos perceber que apesar das limitações presentes no SO Android,

que esta tecnologia se equipara, quiçá até supere a plataforma iOS, devido as suas

Page 43: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

42

funcionalidades e componentes tais como o flash, hot-spot e gerenciador de aplicativos mais

robusto, nativo desde a versão 2.2 do Android, denominada de Froyo.

iOS Android 2.3 (Gingerbread)

Dispositivos iPhone 3G, iPhone 3Gs,

iPhone 4 e iPad

Somente o Nexus S, mas fabricantes

devem atualizar seus modelos mais

recentes

Tethering Sim Sim

Flash Não Sim

Multitarefa Sim Sim

Funciona como Hot-spot Não Sim, até 8 aparelhos por Wi-Fi

Copiar e colar Sim Sim

Chat por vídeo Sim, nativo Disponível via apps

Voip Disponível por apps Suporte disponível a contas SIP

eBooks iBooks e livros digitais Disponível via apps

Músicas Sincronia automática de

listas com iTunes.

Streaming por apps

Player nativo, mas sincronia automática

de listas com desktop válida somente

pelo Winamp. Streaming via apps

Local de música iTunes Store (indisponível

no Brasil)

Não

E-mail Permite inúmeras contas

de listas com iTunes

Streaming por apps

Caixa de entrada unificada varia de

acordo com o fabricante (Pré-instalado

em Motorola e Samsung). Disponível via

apps

Gerenciamento de apps

abertas e consumo de

memória

Disponível por apps Gerenciamento nativo

Busca por voz Não Sim, nativo

Software de Navegação Não Sim, Google Navigate

Aplicativos 300 mil 100 mil

Figura 12 - iOS x Android 2.3 (Gingerbread) Fonte: (GONÇALVES, 2011)

Page 44: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

43

3 A UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE ANDROID COMO SUBSÍDIO AO ACESSO ÁS

REDES SOCIAIS

3.1 As Redes Sociais

As redes sociais, segundo Sotero (2011, pág.2) existem desde sempre na história da

humanidade. Os homens estabelecem relações entre si formando comunidades ou redes de

relacionamentos presenciais. Hoje, por meio da internet, estamos transcrevendo nossas

relações presenciais no mundo virtual de forma que aquilo que antes estava restrito a nossa

memória agora está registrado e publicado.

As tecnologias da Web 2.0 (internet mais dinâmica, com maior troca de informações

e interatividade) ampliaram as possibilidades de interação na medida em que nos permitem

visualizar as conexões existentes para além dos nossos relacionamentos presenciais, ou seja,

hoje sabemos quem são os amigos dos nossos amigos, bem como os amigos que temos em

comum, tornando nossa rede social virtual cada dia mais ampla e diversificada, sobretudo

quando comparada com nossa rede social presencial.

As primeiras redes sociais surgiram no ano de 1997 com o lançamento do

Sixedegrees17. Foi somente a partir do ano de 2000 que surgiram diversos serviços de redes

sociais tendo destaque para o Friendster lançado em 2002 e que em pouquíssimo tempo foi

aceito pela maioria dos estadunidenses (BRAZILIENSE, 2010).

Porém este serviço não suportou o estrondoso crescimento que lhe ocorreu, não

conseguindo suportar a quantidade de usuários que o usufruíam, onde passou a limitar as

funcionalidades do serviço e, como consequência, frustrar seus usuários.

17 Sixdegrees: Este site foi o primeiro a possibilitar a criação de um perfil virtual combinado com o registro e publicação de contatos, o que viabilizou a navegação pelas redes sociais alheias. O pioneiro Sixdegrees apesar dos inúmeros usuários que angariou não conseguiu a sustentação financeira, o que resultou na interrupção do serviço três anos mais tarde. (SOTERO, 2011, pág. 2)

Page 45: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

44

Em 2003 surgiram outras como MySpace, Orkut, Live Spaces e Hi5. Em 2004 e 2005

surgiram redes sociais como o Ning e o Facebook, onde este último foi aberto ao público

somente no ano de 2006.

Segundo Aguiar (2011, p.1), redes sociais na internet vem sendo utilizada para

designar sites que oferecem ferramentas e serviços de comunicação e interação centrados em

um padrão egocentrado de relacionamentos. Nos sites de relacionamento, os nós da rede são

os usuários e consumidores, contrapondo-se às redes sociais cidadãs, que pressupõem valores

de coletividade, cooperação, solidariedade e compartilhamento.

Uma rede social é um grafo onde pessoas ou organizações (dependendo da

aplicação) são representadas por nodos18 conectados por arestas as quais podem corresponder

tanto a fortes relacionamentos sociais como ao compartilhamento de alguma característica. A

análise da estrutura desse grafo, assim como a análise estatística dos atributos dos nodos e/ou

das arestas pode revelar indivíduos/organizações importantes, relacionamentos especiais e

grupos. Enquanto novas informações continuam a ser coletadas e armazenadas, e o tamanho e

a complexidade dos grafos semânticos sobrepujam a capacidade cognitiva humana

(FREITAS, 2008).

Segundo Guimarães apud Marteleto (2010, p.27), redes sociais é uma estrutura de

nodos e elos; uma comunidade não geográfica; um sistema de apoio ou sistema físico que se

pareça com uma árvore ou uma rede. A rede social, derivando deste conceito, passa a

representar um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de

valores e interesses compartilhados.

Segundo Tomél, Alcará e Chiara, as pessoas estão inseridas na sociedade por meio

das relações que desenvolvem durante toda sua vida, primeiro no âmbito familiar, em seguida

na escola, na comunidade em que vivem, no trabalho; enfim, as relações que as pessoas

desenvolvem e mantêm é que fortalecem a esfera social.

18 Para saber mais sobre o assunto ler: GUIMARÃES, Nathan Azevedo. Uma abordagem de reuso utilizando repositórios para artefatos de software com redes sociais. Faculdade Lourenço Filho, 2010. p.56. Sistemas de Informação, Fortaleza - Ce, 2010.

Page 46: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

45

A própria natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em rede.

Nas redes sociais virtuais e reais, cada indivíduo tem sua função e identidade cultural. Sua

relação com outros indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede.

De acordo com a temática da organização da rede, é possível a formação de

configurações diferenciadas e mutantes. As redes sociais, segundo Tomél, Alcará e Chiara

apud Marteleto (2001, p.72) representam “[...] um conjunto de participantes autônomos,

unindo idéias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”, na qual o meio em

que os participantes da rede podem atuar pode ser o meio real e o virtual.

Na era da informação em que vivemos, funções e processos sociais organizam-se

cada vez mais em torno de redes sociais. Com base no dinamismo, as redes sociais funcionam

como espaços para compartilhamento de ideia, informação, construção de conhecimento, bate

papo, fazer novas amizades, manter contatos e etc.

Com a percepção destas características, foram criados softwares de redes sociais tais

como Orkut, MySpace, Twiter, Linkedin, Facebook, dentre outros. Mas inicialmente eles

restringiam-se a computadores pessoais. Com a expansão da tecnologia dos dispositivos

móveis e da telefonia móvel acarretou, consequentemente, ao barateamento dos preços destes

dispositivos e ao acesso destes pelas diversas classes sociais.

Nesse contexto, diversas empresas de telefonia passaram a disponibilizar serviços de

acesso a Internet com estas tecnologias que se encontram em expansão. Com a mesma

filosofia, as empresas de redes sociais disponibilizaram versões de softwares adaptados para

as diversas tecnologias embutidas nos dispositivos móveis, facilitando, com isso, a

conectividade dos usuários às redes sociais o tempo todo.

Podemos destacar o Android, atualmente, como um dos principais Sistemas

Operacionais para dispositivos móveis que garante um dos melhores serviços de acesso às

redes sociais. Pois disponibiliza, de forma gratuita ou paga, seus aplicativos que tendem a

fornecer acesso às redes sociais, dentre outras categorias, que podem ser encontrados no

Page 47: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

46

Android Market19, site similar a App Store20, que oferece um serviço de downloads de

aplicativos para as plataformas mencionadas.

No site do Android Market, podemos verificar a existência de diversos softwares

para acesso as redes sociais através do Android, na qual podemos destacar: o Facebook,

Orkut, Twitter, MySpace e Linkedin. Sendo estes, desenvolvidos pelas próprias empresas de

redes sociais e disponibilizados no site Android Market para seus usuários.

Existem também versões de softwares pagos que fazem integração de diversas redes

sociais em um único software e que na maioria das vezes, possuem outros recursos além dos

disponibilizados pelos aplicativos oficiais. Porém, iremos verificar, no próximo tópico, os

recursos disponíveis de acessibilidade, usabilidade e desempenho dos softwares oficiais do

Orkut e do Facebook disponibilizados para o Android.

3.2 Acessibilidade e Usabilidade nas Redes Sociais

Segundo Mazzoni e Torres (2004, p. 152-153), a usabilidade de um produto pode ser

mensurada fortemente quando compreendida, intuitivamente, com um grau de facilidade de

uso do mesmo para o usuário que ainda não esteja adaptado e/ou familiarizado com ele.

A ISO21 define a usabilidade em função da eficiência, eficácia e satisfação em que os

usuários podem alcançar seus objetivos em ambientes específicos, quando utilizam

determinado produto ou serviço. Relatando que observar a acessibilidade de um produto

consiste em considerar a diversidade de seus possíveis usuários e as peculiaridades da

interação dessas pessoas com o produto.

Podendo se manifestar tanto nas preferências do usuário (exemplo: o que gosta de

ler, ouvir, escrever), quanto nas restrições à qualidade do equipamento utilizado (exemplo: um

usuário cuja impressora só trabalha com preto e branco), ou, até mesmo na existência de

necessidades educativas especiais que não podem ser ignoradas pelos desenvolvedores do 19 Android Market: site oficial do Android, que contém diversos aplicativos para a plataforma Android subdivididos em diversas categorias, tais como: jogos, aplicativos de compra, comunicação, educação, empresa, entretenimento, ferramentas, humor, social, dentre outros. Fonte: https://market.android.com 20 App Store: site oficial para baixar aplicativos, pagos e gratuitos, para dispositivos Apple. 21 International Standard Organization, norma ISO 9999 Fonte: (Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 152-160, maio/ago. 2004)

Page 48: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

47

produto (exemplo: entre os usuários pode haver alguns que não ouçam, conseqüentemente,

mensagens sonoras são inadequadas para eles).

Tal acessibilidade, segundo Mazzoni e Torres apud Restrepo (2004, p.153), deve ser

considerada como um conceito absoluto. Ela independe da ajuda técnica22 (software ou

hardware) que o usuário utiliza e da limitação orgânica que ele possua.

Mazzoni e Torres (2004, pág. 152-153) afirmam ainda que a acessibilidade seja uma

qualidade que se comprova a partir da satisfação de determinados requisitos, os quais estão

especificados por diversas entidades que visam gerar métricas, normas e padronização para

alcançar a qualidade nos produtos.

Com este foco, veremos a utilidade dos softwares mencionados anteriormente,

segundo os critérios de acessibilidade e usabilidade. Também verificaremos os recursos

disponíveis das redes sociais para a versão Mobile a seguir:

Figura 13 - Visão geral da rede social Orkut

Fonte: Imagens retiradas do emulador do Android

22 Considera-se como ajuda técnica qualquer produto, instrumento, equipamento ou sistema técnico utilizado por uma pessoa com deficiência, fabricado especificamente ou disponível no mercado, criado para prevenir, compensar, mitigar ou neutralizar a deficiência, a limitação à atividade e a restrição à participação dessa pessoa. Essa definição corresponde à aplicação do conceito apresentado pela ISSO estritamente às pessoas com limitações oriundas de deficiência. Fonte: (Mazzoni e Torres, 2004, p.153)

Page 49: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

48

Orkut: aplicativo oficial para acesso a rede social de mesma nomenclatura, na

qual é possível conversar com amigos pelo chat interno; adicionar e remover amigos;

criar e visualizar depoimentos; criar e visualizar scraps com possibilidade de

respondê-los; adicionar e remover fotos organizando as mesmas em álbuns; pesquisar

usuários e editar perfil. Porém ainda falta disponibilizar acesso às comunidades e listar

as visitas mais recentes. A figura 13 exemplifica o aplicativo Orkut, na qual mostram-

se suas funcionalidades desde o login, passando pela tela inicial, de scraps, amigos e

fotos.

A acessibilidade ainda é algo que necessita ser melhorado neste software, o

aplicativo Orkut não possui um mecanismo de acessibilidade nativo, o que existem

são aplicativos extras que devem ser instalados e que auxiliam, por exemplo, um cego

a utilizar um aparelho somente pelo comando de voz. Porém o aparelho utilizado deve

ser devidamente configurado para realizar tal recurso, sendo que estes tipos de

aplicativos necessitam de privilégio do usuário root (usuário principal), onde este

poderá alterar dados no firmware do aparelho e caso ocorra algum erro, o mesmo

poderá não funcionar corretamente ou permanentemente.

A usabilidade neste aplicativo para a rede social Orkut melhorou bastante e

está bem próximo do que conseguimos fazer na página da internet desta rede social de

mesma nomenclatura. Porém ainda necessita-se de melhorias, pois o mesmo não

disponibiliza acesso às comunidades e não listam as visitas recentes como no

aplicativo oficial da versão Web.

Além disso, este aplicativo fica ocupando processamento desnecessário

mesmo quando não está aberto, que pode ser visto no gerenciador de aplicativos

nativo ou não do Android, sendo que o Orkut precisa de versões para outros idiomas,

inclusive o nosso. Entretanto mesmo com essas deficiências é fácil de usar e bastante

intuitivo.

Page 50: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

49

Figura 14 - Visão Geral da rede social Facebook

Fonte: Imagens retiradas do emulador do Android

Facebook: aplicativo oficial para acesso a rede social de mesma nomenclatura,

onde tem como principais funcionalidades: o compartilhamento de notícias,

gerenciamento de perfis, amigos, mensagens, fotos, grupos e eventos. Além de

propiciar o bate papo com seus amigos a partir do chat interno do Facebook,

compartilhando, assim, notícias, vídeos, ideias, links e enquetes.

Na figura 14, visualizam-se as telas do aplicativo Facebook Mobile, desde a

tela de login, passando pela tela principal, onde esta é uma fachada para os serviços

disponíveis neste aplicativo, tais como chat e mensagens.

Este aplicativo possui um sistema de busca que facilita a pesquisa de uma

determinada funcionalidade, amigo, notícia, dentre outros. Este também utiliza

recursos extras que possibilitam verificar a real localização de um usuário no globo

terrestre, pois o mesmo utiliza-se do GPS, caso exista no aparelho. Permite também

um controle sobre configurações do aparelho nas quais podemos citar o controle de

vibração, leitura das configurações de sincronização e o impedimento do modo de

inatividade do aparelho.

O aplicativo Facebook Mobile, necessita de uma versão mais leve para evitar

alguns travamentos. Entretanto, assim como o Orkut, ele é fácil de usar, é bastante

intuitivo e necessita de versões para outros idiomas, inclusive para o nosso.

Page 51: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

50

A acessibilidade é similar ao que ocorre com o aplicativo para o Orkut. Pois a

usabilidade deste aplicativo para a rede social Facebook melhorou bastante e está se

aproximando do que conseguimos fazer na versão para a internet (Web). Porém, com

algumas restrições, as quais veremos no próximo capítulo.

Page 52: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

51

4 APLICAÇÃO ANDROID PARA O ACESSO AO FACEBOOK

As diversas redes sociais existentes atualmente estão apostando e disponibilizando

seus aplicativos para diversas tecnologias embutidas em dispositivos móveis, dentre elas o

Android. Por isso, enfatizaremos tal tecnologia e faremos um estudo sobre um determinado

aplicativo de acesso a uma rede social: o Facebook Mobile, onde faremos uma análise sobre

seus recursos para que possamos conhecer e validar sua utilização em ambiente Android.

4.1 Visão geral sobre o Facebook

O Facebook é uma das mais influentes redes sociais existente na atualidade. Ele foi

lançado em 04 de fevereiro de 2004 e fundado por Mark Zuckerberg e outros ex-estudantes da

Universidade de Harvard.

Inicialmente a adesão de usuários a ele era pouca porque este era uma rede social

voltada somente aos estudantes da universidade já mencionada. Depois de algum tempo, mas

precisamente em 2006, expandiu-se para outras universidades e institutos de tecnologia, onde

começou a aderir estudantes secundaristas e a aceitar pessoas que tivessem algum email de

universidades.

Após algumas modificações e atualizações feitas nesta rede social, o Facebook que

anteriormente era chamado de The Facebook, descartou a palavra The de seu nome e,

posteriormente, sofreu diversas modificações em sua página na internet, onde, segundo o

próprio criador desta rede social, este ficou mais fácil de ser usado e mais intuitivo

(SANTANA, 2011; STRICKLAND, 2011).

Com tais alterações o mesmo se expandiu para mais de dois mil colégios e mais de

vinte e cinco mil universidades ainda no ano de 2006. E, atualmente, este possui mais de 400

milhões de usuários em todo o mundo.

No Brasil, o número de usuários do Facebook está próximo a alcançar a marca de 18

milhões de usuários. Segundo pesquisas realizadas e coletadas pelo site TECH&NET, em

abril de 2011, cerca de 17.920.000 brasileiros possuem Facebook, o que ocasionou um

Page 53: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

52

crescimento de 156% no período de seis meses, representando um aumento de mais de nove

milhões de usuários nesta rede social (MONTEZ, 2011).

Figura 15 - Crescimento no número de usuários do Facebook no Brasil

Fonte: (MONTEZ, 2011)

Em relação à distribuição etária, o gráfico abaixo demonstra de forma sucinta a

distribuição de usuários, com o percentual de crescimento em milhões, de acordo com idade

dos mesmos, na qual 46% destes são do sexo masculino e 54% do sexo feminino (MONTEZ,

2011).

Figura 16 - Facebook em números de distribuição etária e sexo

Fonte: (MONTEZ, 2011)

Page 54: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

53

O Facebook teve uma grande aceitação por parte dos brasileiros. Segundo a mesma

pesquisa realizada pela TECH&NET, esta rede social se comparada ao Orkut, continha cinco

milhões de visitantes no mês de fevereiro de 2010, enquanto no mesmo período o Orkut

chegou à marca de 24,6 milhões de visitantes.

Em fevereiro de 2011 o Facebook teve um aumento de 12,9 milhões de visitantes,

enquanto o Orkut teve um aumento de 7,8 milhões de visitantes. Ou seja, por ainda ser uma

rede social nova para os brasileiros, a primeira está tendo um aumento significativo no

número de visitantes no período de um ano, enquanto a rede social Orkut continua tendo

aumento no número de visitante, porém a passos mais discretos em relação ao que ocorre com

o Facebook (MONTEZ, 2011).

Figura 17 - Facebook x Orkut

Fonte: (MONTEZ, 2011)

4.2. Acessos

Devido o crescimento contínuo e bastante rápido na qual o Facebook está passando,

e visando ampliar seu campo de atuação, foi disponibilizado, para diversos sistemas

operacionais de dispositivos móveis, aplicativos para acesso a esta rede social. E para a

tecnologia Android, foi criado um aplicativo bastante robusto que possibilita o acesso ao

Page 55: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

54

Facebook a partir de dispositivos móveis possuidores do sistema operacional de mesmo

nome.

Com pouco tempo que foi disponibilizado, o aplicativo de acesso ao Facebook para

dispositivos móveis, denominado de Facebook Mobile, foi bastante aceito por diversos

usuários. Atualmente são mais de 150 milhões de usuários ativos de celulares que utilizam

este aplicativo.

O iOS (Iphone Operation System) e o Android, são as duas plataformas para

dispositivos móveis que mais se utiliza o aplicativo Facebook Mobile. Na qual destes 150

milhões de usuários ativos, aproximadamente, 63% e 80% utilizam o Facebook Mobile, nos

sistemas Android e iOS, respectivamente, contendo o número de duzentas operadoras móveis

espalhadas por diversos países, contribuindo, assim, para a disponibilização dos serviços para

este aplicativo.

Figura 18 - A ascensão do Facebook Mobile

Fonte: (NASCIMENTO, 2010)

Page 56: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

55

4.3. Publicações

O Facebook possui diversos recursos de publicações, dentre estes podemos destacar

os feeds de notícias, mensagens, eventos, anúncios, notas, mural e perguntas (enquetes).

Contudo, somente os três primeiros estão disponíveis para o aplicativo Facebook Mobile,

além deste possuir um recurso adicional denominado de notificações (notifications).

Neste momento, descreveremos todos os recursos de publicações existentes no

Facebook oficial para internet, fazendo uma abordagem atenta àqueles existentes no

Facebook Mobile.

Figura 19 - Feeds de Notícias no Facebook Mobile Fonte: Imagem retirada do emulador do Android

Feeds de notícias: é um espaço na página principal do Facebook, na qual este é

constantemente “alimentado” com notícias. Estas notícias são similares ao que ocorre

com o mural, porém, este se diferencia devido ao fato da privacidade ser reduzido,

pois qualquer usuário pode verificar tais notícias, enquetes e eventos. Os dados deste

recurso podem ser recuperados através do histórico gerado e mantido no Facebook que

possui as seguintes funcionalidades: buscar, atualizar, comentar, curtir e compartilhar.

O Facebook Mobile possui todas estas funcionalidades, porém a versão do Facebook

Page 57: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

56

para internet pode remover e fechar os feeds de notícias, já que estes são visíveis a

todos os usuários.

Figura 20 - Mensagens no Facebook Mobile

Fonte: Imagem retirada do Emulador do Android

Mensagens: são elementos de comunicação entre usuários do Facebook

similares a um email, onde você pode enviar um texto para um determinado usuário

informando, para isso, o seu email e a mensagem a ser enviada. Ela também pode ser

enviada via SMS para o usuário em questão, necessitando apenas marcar a checkbox

(elemento ou caixa de verificação) que possibilita tal serviço. Este recurso não está

disponibilizado para o Facebook Mobile, porém este possui as funções de criar,

buscar, atualizar, selecionar, retirar a seleção de todas as mensagens existentes e

marcar como não lidas. A privacidade é elevada neste recurso, pois somente os

usuários que trocaram mensagens possuem acesso a elas.

Page 58: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

57

Figura 21 - Eventos no Facebook Mobile

Fonte: Imagem retirada do Emulador do Android

Eventos: são uma maneira dos membros informarem seus amigos sobre os

próximos eventos em sua comunidade, para organizar encontros sociais ou

simplesmente para dizer o que está sentindo no momento. No Facebook, versão para

internet, pode-se criar eventos, responder, selecionar convidados para os eventos,

listar, buscar por eventos e poder compartilhar fotos, links, vídeos e comentários. O

Facebook Mobile possui algumas limitações, porém este consegue listar, buscar e

responder aos eventos. Nas respostas, o usuário ao atualizar de forma manual ou

automática a lista de eventos; ou procurar por algum evento desejado, pode selecioná-

lo e confirmar ou não a sua participação no mesmo. Tais eventos podem estar restritos

ao grupo de amigos ou abertos ao público mediante a permissão do usuário.

Anúncios: como o próprio nome sugere, é um espaço onde são postados

anúncios de colaboradores. Tais anúncios são criados ou selecionados, caso já existam,

sendo pago uma taxa ao Facebook para poder utilizar tal recurso. Os leilões de

anúncios são feitos através de lances, no qual este é feito com base no custo por clique

(CPC) ou no custo por cada mil impressões (CPM). O Facebook guarda um histórico

de anúncios. Se um anúncio não tiver um bom desempenho, o mesmo irá aparecer com

menor freqüência, pois o sistema determinará que este possua pouca probabilidade de

obter um pouco de desempenho futuro. Possui um gerenciador de anúncios para

Page 59: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

58

monitorar o ciclo de vida destes, podendo editar um anúncio, buscando melhorá-lo,

fazendo com que este se torne mais competitivo. Este recurso também possui o botão

curtir para ser anexado em qualquer página e está disponível para qualquer usuário. A

versão Facebook Mobile não possui este recurso, contudo tem um serviço que

possibilita acompanhar e responder a uma enquete existente no recurso notificações.

Notas: é um mecanismo de disseminar conteúdo similar a um blog. Podemos

criar uma nota de forma bem simples, pois como já foi dito, a página é similar a de um

blog, permitindo a escrita de título, formatação do texto, inserção de imagens e links.

Podemos fazer tudo isso dentro do recurso notas e também colar um conteúdo pronto

montado no Microsoft Word ou no Dreamweaver. As notas podem ser vistas ou não

por pessoas fora do grupo social, as quais pertencem a um determinado usuário. Este é

quem define o nível de privacidade em que outras pessoas possam ou não ver o

conteúdo das notas elaboradas. Elas podem ser publicadas, visualizadas, salvas,

descartadas, comentadas e curtidas. A funcionalidade nota encontra-se indisponível

para o Facebook Mobile.

Mural: é um espaço no perfil do usuário destinado ao compartilhamento de

notícias e mensagens postadas por amigos. O mural é somente visível para usuários

(amigos) com prévia permissão, pois dá acesso a todas as informações do perfil do

mesmo. Muitos usuários utilizam deste mecanismo para deixar avisos e recados

temporários, em que as mensagens são privadas e envidas a caixa de entrada do outro

usuário, sendo visíveis apenas pelo remetente e destinatário similar a um email.

Perguntas ou Enquetes: é um espaço destinado a criação de enquetes que são

compartilhadas no feed de notícias de amigos, aumentando a probabilidade de alguém

responder ou seguir as perguntas, pois o feed de notícia tem como característica

abranger qualquer usuário, seja este pertencente ao grupo de amigos ou não. Dessa

forma qualquer pessoa pode responder a enquete. O Facebook, versão para internet,

tem como característica poder criar tais enquetes, respondê-las de acordo com

parâmetros (opções de enquete) que podem ser feitos, dinamicamente, no ato da

criação ou resposta de uma enquete. Podendo também, acompanhar e perguntar aos

amigos sua opinião, sem, necessariamente, ter a obrigação de respondê-la. Há a

possibilidade de denúncia, caso seja preciso, mostrando estatisticamente através de

Page 60: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

59

barras como está o status da pergunta feita. A versão Facebook Mobile não possui este

recurso, contudo possui um serviço que possibilita acompanhar e responder a uma

enquete presente no recurso notificações.

Figura 22 - Notificações Facebook Mobile

Fonte: Imagem retirada do Emulador do Android

Notificações (notifications): este recurso só existe no Facebook Mobile, onde

as publicações informadas são centralizadas como notificações para o usuário, ou seja,

são semelhantes a um feeds de notícias, porém as informações são oriundas de

diversas fontes: notificação de mensagem, mural, notas, enquetes e etc.

Page 61: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

60

4.4. Navegação

Figura 23 – Menu do Facebook Mobile

Fonte: Imagem retirada do Emulador do Android

A figura 23 mostra os serviços disponíveis no Facebook Mobile e os recursos de

publicações existentes neste aplicativo, na qual a navegação no Facebook Mobile, para o SO

Android, é simples e bastante intuitiva. Com poucos minutos de uso qualquer usuário

conseguirá utilizar este aplicativo sem dificuldade. Os ícones e as descrições utilizadas para

identificar uma determinada funcionalidade, conseguem de fato, representar o que está

propondo. O software trabalha com redirecionamento de telas para facilitar o uso e garantir

que o usuário esteja no serviço selecionado por ele. O desempenho da navegação entre as

telas do aplicativo é bastante satisfatório, mesmo quando o hardware dos dispositivos móveis

é limitado, porém ganha um excelente desempenho se o hardware dos dispositivos possuir

um poder de processamento maior.

Page 62: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

61

4.5. Divulgação de Notícias

A divulgação de notícias ocorre no Facebook através dos recursos de publicações.

Algumas destas possuem interesse em divulgar notícias voltadas para grupos de amigos,

porém, é de extrema relevância que notícias de cunho social como saúde, educação, lazer,

esporte e política sejam compartilhadas com a utilização deste recurso, no qual sua

privacidade possa ser modificada para compartilhamento das mesmas. Utilizando-se dos feeds

de notícias, eventos, notas e enquetes para divulgar e compartilhar notícias, ideias e opiniões.

Vale lembrar que no Facebook Mobile para o sistema operacional Android, somente

é possível fazer a divulgação de notícias por três recursos de publicação que são os feeds de

notícias, mensagens e os eventos, mas com limitações. Entretanto, mesmo utilizando um

aplicativo nesta situação, é possível disponibilizar e tornar pública tais notícias.

4.6. Realização de Contatos

A realização de contatos é um mecanismo bastante natural em diversas redes sociais,

com o Facebook não seria diferente. Pois ao utilizar os recursos de publicações abordados

anteriormente, mais especificamente os recursos: feeds de notícias, eventos, notas e enquetes,

estes contribuem para que ocorra interação entre usuários de mesmo grupo e de grupos

diferentes de acordo com suas configurações de privacidade, pois qualquer indivíduo pode

“curtir”, comentar sobre notas, enquetes e notícias que não sejam pertencentes ao seu grupo

de amigos, fazendo com que se amplie, mais ainda, a sua rede de relacionamentos.

No Facebook Mobile, para o sistema operacional Android, a realização de contatos

só pode ser possível devido aos três tipos de recursos de publicações que podem ser inseridas

neste aplicativo. Mesmo com limitações, a realização de contatos ocorre de forma bem

acentuada devido ao grande contingente de usuários do Facebook e a facilidade de troca de

informações, compartilhamento de ideias, opiniões e notícias, em que vem contribuindo para

a interação entre usuários pertencentes ao mesmo grupo e a grupos diferentes.

Page 63: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

62

4.7. Compartilhamento de Documentos

A rede social Facebook possui um conjunto de compartilhamento de documentos que

podemos destacar o compartilhamento de fotos, vídeos e notícias. Contudo, estes são feitos

através de dois métodos: através do carregamento (upload) dos arquivos para os servidores do

Facebook e da utilização de links.

O método upload de arquivo é, geralmente, utilizado para enviar aos servidores do

Facebook arquivos de imagens e vídeos, onde estes ficam disponíveis através do próprio

Facebook para serem utilizados. Neste método, os arquivos de imagem e vídeo podem ser

enviados do computador do usuário e/ou gerados e enviados através de uma webcam. Estes

arquivos podem ser compartilhados com um grupo de amigos e/ou com a sociedade,

dependendo do tipo de recurso de publicação utilizado e do seu nível de privacidade.

O método através de links é bastante usado quando necessitamos ou queremos

compartilhar arquivos tanto no âmbito de um grupo social, mais restrito em que participamos,

ou com toda a sociedade. Geralmente os links são utilizados quando queremos disponibilizar

arquivos que não podem ser carregados para os servidores do Facebook, ou seja, arquivos de

extensões .doc, .docx, .xls, .pdf, dentre outros formatos, inclusive arquivos de imagem e

vídeo. Depois de inserido o link, o sistema gera um Thumbnail, ou seja, uma miniatura do

arquivo em questão. Este método também se utiliza das publicações para compartilhamento

de notícias, notas, enquetes, dentre outras existente neste recurso.

Page 64: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

63

5 MAPEAMENTO DOS RESULTADOS OBTIDOS

5.1 Acesso às Redes Sociais

As redes sociais, especificamente o Facebook, estão presentes no dia a dia de

milhões de usuários em todo o mundo. Em busca de permanecer conectado a estas redes

sociais, tais usuários, utilizam-se de dispositivos móveis para que, em qualquer lugar que

estejam, possam acessar sua rede social preferida. Isso contribuiu para que houvesse a

necessidade de um software capaz de gerenciar um ou mais aplicativos capazes de prover tal

acessibilidade.

A tecnologia Android é uma das mais recentes tecnologias disponível para

dispositivos móveis que atende a essas necessidades. Robusta, flexível e de código aberto,

possui características que fazem dela uma das melhores opções de plataforma e sistema

operacional para dispositivos móveis.

Diversas empresas estão disponibilizando seus aplicativos para o Android, na qual

abordamos o Facebook Mobile numa tentativa de perceber os pontos positivos e negativos

deste aplicativo e do Android como mecanismos que possibilitam o acesso às redes sociais.

Ao analisarmos a plataforma e sistema operacional Android, obtivemos, como

resultados positivos, esclarecimentos de que sua plataforma é free e open-source baseada no

Linux. Possuidora de um grande número de aplicativos gratuitos e pagos, além de possibilitar

o acesso à internet via Wi-Fi, transformando o dispositivo móvel em um modem de banda

larga.

Possui a flexibilidade de ser incorporado em diversos hardwares de dispositivos

móveis, mantém as principais informações na tela principal do sistema operacional. Permite a

execução de vários aplicativos ao mesmo tempo (multitarefa). Utiliza atalhos rápidos para

serviços na internet, denominados de widgets. Contém notificações bem organizadas e de fácil

manipulação do usuário, disponibilizando também a inserção de notificações, diretamente, na

lock screen (área de trabalho inicial) pelos desenvolvedores.

Page 65: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

64

Disponibiliza mecanismos para personalização, customização de interfaces e

mudanças de configuração mais fácil e de acordo com as necessidades das empresas de

dispositivos móveis. Usa a ideia de programação para todos, em que sua plataforma de

desenvolvimento foi projetada para funcionar em sistemas operacionais como Windows, Linux

e Macintosh.

Garante integração com os principais aplicativos da Google. Possui um alto grau de

usabilidade, buscando ser um aparelho de alto grau de acessibilidade também. Facilita o

acesso a internet, independentemente, do local físico, facilitando a disponibilização de

informações. Possibilita a integração com outras linguagens de programação, inclusive o Java

e C#.Sendo que este possui como linguagem de programação nativa a linguagem C.

Já os pontos negativos da plataforma e sistema operacional Android são: travamentos

que ocorrem em alguns aplicativos mais pesados, sendo que este problema depende,

principalmente, do hardware que está utilizando o Android, pois este não disponibiliza

versões mais leves.

Aplicativos que funcionam em alguns aparelhos e em outros não, devido ao descuido

ao desenvolver uma aplicação, onde, geralmente, utilizam-se as versões mais atuais

desconsiderando as versões mais antigas.

Problemas com a atualização do sistema operacional, pois estas não ocorrem de

forma coerente e demoram a ser disponibilizadas, pelos fabricantes de dispositivos móveis,

aos seus usuários. Possui aplicativos pagos bem mais caros do que os disponibilizados por

outras plataformas. Tem uma menor quantidade de softwares, para diversos tipos de

categorias, se compararmos aos existentes em outras plataformas.

Não possui chat por vídeo nativo do sistema, similar ao que é feito no iOS.

Indisponibilidade de loja de músicas, similar ao iTunes da Apple e o OVI Music da Nokia.

Também não possui aplicativo leitor de e-book nativo. E probelas com a utilização do flash.

Entretanto, devemos lembrar que o Android é uma plataforma bastante nova, robusta

e promissora, possuidora de limitações assim como as demais plataformas existentes, em que

Page 66: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

65

se deve levar em consideração o esforço de diversas empresas para melhorar, integrar,

disponibilizar e padronizar esta plataforma.

Ainda na lógica dos resultados positivos e negativos, o aplicativo Facebook Mobile,

para o Android, possui como pontos positivos: contribuir para o compartilhamento de

notícias, vídeos, ideias, links e enquetes. Auxilia também no gerenciamento de perfil, amigos,

mensagens, fotos, grupos e eventos de forma dinâmica e de fácil usabilidade. Além de

propiciar o bate papo a partir do chat interno e a integração com GPS.

Ele possui como desvantagens, a sua existência apenas em língua estrangeira, sendo

que, este aplicativo, não possui mecanismos significativos que possibilitem uma boa

acessibilidade, além de possuir recursos limitados se comparados ao aplicativo Facebook para

Web.

Apesar de ser uma plataforma bastante robusta e promissora, o Android ainda tem

muito a amadurecer, necessitando melhorar cada um dos pontos de falhas relatados

anteriormente. Alguns bugs (erros) já foram corrigidos e outros ainda estão sendo. Em relação

ao Facebook Mobile, também necessita de melhorias, porém já possui diversos recursos que

possibilitam o acesso ao Facebook a partir de um dispositivo móvel com bastante facilidade.

5.2 Custo x Benefício

O Android, na contemporaneidade, é uma das tecnologias mais utilizadas em

diversos dispositivos móveis, representando um grande percentual do mercado mundial de

smartphones, inserindo-se também no mercado mundial de tablets. Tal crescimento se deve

ao fato desta ser bastante robusta, flexível e de custo inferior a outras tecnologias de mesmo

padrão no mercado.

O sistema operacional Android foi criado com o intuito de funcionar em diversos

tipos de hardwares, deixando a critério das empresas fabricantes customizá-lo de acordo com

suas necessidades e limitações dos seus hardwares. Assim, tais empresas podem incorporá-lo

em dispositivos com menor custo agregado, repassando para o consumidor final um valor

inferior a outras tecnologias do mercado.

Page 67: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

66

Podemos encontrar aparelhos com custo de, aproximadamente, R$390,00 com um

poder de processamento razoável, porém melhores do que outras tecnologias como por

exemplo, alguns aparelhos da Nokia, os quais podemos citar o N8, N900 e 5800 Express

Music. Também existem versões de aparelhos mais robustos com poder de processamento

igual e até superior ao Iphone 4, custando em média, R$1.800,00.

As imagens a seguir demonstram as principais caraterística de alguns dispositivos

móveis e, ao final, chega a uma média de preço dos dispositivos que utilizam o Android e

outras tecnologias como o iOS da Apple. Os distribuímos em duas categorias de dispositivos

móveis que estão em ascensão: os smartphones e os tablets.

Smartphones

Nesta categoria podemos verificar, inicialmente, alguns aparelhos de grande

poder de processamento e outras de processamento mais discretos, porém com bom

desempenho, que utilizam o software Android. Podemos destacar o Nexus e o

Motorola Droid. Tais aparelhos possuem diversos recursos e desempenho elevado e

por isso passaram a ser concorrentes diretos do iPhone. Entretanto, os preços ainda

estão bem próximos ao preço do iPhone, pois se tratam de smartphones mais robustos

e que utilizam diversas tecnologias sofisticadas.

Page 68: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

67

Figura 24 - Comparativo de configuração e preços de Smartphones

Fonte:http://www.umtudo.com/comparativo-entre-smartphones/

Page 69: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

68

Podemos verificar que na figura acima que os celulares, com tecnologia

Android, oscilam bastante de preço, pois os mesmos dependem da configuração do

aparelho na qual estão inseridos.

Com o intuito de atingir uma maior diversificação de usuários, várias

empresas de telefonia móvel apostaram no Android e implantaram esta tecnologia em

seus aparelhos, buscando preservar alguns recursos mais sofisticados, juntamente, ao

desempenho e flexibilidade desta plataforma. Gerando, assim, aparelhos de médio

processamento e de baixo custo agregado, tornando-os mais acessíveis aos usuários de

menor poder aquisitivo.

Com esta percepção, diversos smartphones ganharam espaço no mercado

dando possibilidade para que estas pessoas tenham acesso à tecnologias mais

sofisticadas e com, praticamente, quase todos os recursos existentes nos smartphones

de grande poder de processamento. O que gerou uma maior concorrência, fazendo

com que os smartphones, que utilizam ou não o Android, fiquem mais acessíveis.

Se fizermos um comparativo entre os preços de smartphones com

configurações similares, veremos que o Android é um sistema que propicia aos seus

usuários bons recursos a custo benefício bastante atraente. Na imagem a seguir, figura

25, podemos verificar preços e algumas configurações de alguns smatphones que

utilizam o SO Android em comparação a outras tecnologias e outros dispositivos

móveis que utilizam esta tecnologia.

Em modo geral, percebe-se que os smartphones que utilizam Android

possuem uma excelente configuração em relação aos recursos de memória interna e

externa, capacidade de armazenamento, processamento, mecanismo de geolocalização,

etc., a um custo baixo em relação a outras tecnologias e dispositivo de outras marcas

que utilizam o SO Android.

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Figura 25 - Comparativo de preços de Smartphones com processamneto intermediária.

Fonte: Elaboração própria

Tablets

Na figura abaixo podemos verificar a especificação técnica dos tablets da

Apple, Samsung, ViewSonic, Malata e Dell, respectivamente, comparando, diversos

recursos e componente inseridos nestes para que posteriormente, seja feita uma

comparação da média de preço de cada um deles.

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Figura 26 - Comparação de configuração e preços de Tablet

Fonte: http://www.qualedigital.com/blog/index.php/2011/04/infografico-qual-e-o-melhor-tablet-para-voce/

A partir da análise da figura 26, podemos verificar que, na categoria de

tablets, os preços dos dispositivos que utilizam Android não estão muito inferiores aos

da Apple, mas continuam sendo preços atraentes para os consumidores devido à

configuração e recursos inseridos em seus dispositivos.

Por fim, concluímos que os dispositivos móveis que utilizam o SO Android,

possuem um custo-benefício significativo quando estes são implantados em

dispositivos que possuem recursos de hardware mais limitados, porém estes ainda são

Page 72: Monografia Francisco Robson Da Silva Castro

71

bastante superiores a diversos outros que estão à venda no mercado. O SO Android

tem auxiliado para que os preços dos dispositivos móveis fiquem mais acessíveis,

porém isto não depende somente dele, mas também dos recursos existentes nos

próprios dispositivos.

5.3 Sugestões para Trabalhos Futuros

Como foi dito na introdução desse estudo, não temos a pretensão de esgotar a

temática trabalhada, mas sim deixar contribuições para que alguns dos leitores se tornem

possíveis pesquisadores sobre o Android, porém a partir de outras perspectivas,

aprofundando-se talvez sobre o BlueZ23, o Arduíno e o SDK do Android. Pois estes não foram

contemplados, pelo menos de forma aprofundada, por este trabalho monográfico.

Para além de uma abordagem mais técnica, sugerimos também uma análise sobre o

Android aplicado em um ambiente corporativo, tentando perceber como ele pode agilizar a

troca de informações e o aprimoramento da comunicação a partir da integração entre os

colabores de uma empresa.

E para finalizarmos, sugerimos a disseminação de células de estudo, no caso na

Faculdade Lourenço Filho, com o intuito de divulgar e aprimorar o conhecimento da

comunidade acadêmica quanto à utilização de dispositivos móveis, bem como, propiciar a

participação deste grupo nas comunidades de desenvolvimento de software livre com base

nesta tecnologia. Agregando valor ao conhecimento e preparando o corpo discente às

tecnologias emergentes, na qual será um elemento facilitador para o ingresso no mercado de

trabalho voltado para uso e desenvolvimento do software Android.

23 BlueZ: driver Bluetooth que disponibiliza suporte para as camadas e protocolos do Kernel Bluetooth. Sendo este flexível, eficiente e muito utilizado em diversos dispositivos móveis de arquiteturas suportadas pelo Linux. Além de possuir código aberto (open-source) sob licença General Public License – GPL (Licença Pública Geral). Ver detalhes no site oficial do BlueZ (http://www.bluez.org). Veja também: http://people.csail.mit.edu/albert/bluez-intro/

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