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Ensino e aprendizado Crianças se sentem incapazes de aprender Estudos realizados por psicólogos apontam que as dificuldades de aprendizagem atingem 50% dos alunos nos seis primeiros anos de escolaridade. P ágs. 6 e 7 vtk" dw" pc" fq" rnc" pcn" vq0eqo0dt1gu" eq" nc Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste PAULO JOSÉ ANO 10 - NÚ ME RO 756 – GO IÂNIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 O maior Concurso de redação, desenho fotografia e vídeo do Centro-Oeste encerra o período de inscrições esta semana, no dia 15 de junho. O Goiás na Ponta do Lápis está com o site disponível para receber cadastros dos estudantes que desejam participar da 12ª edição e concorrer a diversos prêmios. Págs. 4 e 5 Última semana para realizar inscrições no concurso PAULO JOSÉ

modalidades nos XIV Jogos Educacionais da rede inscrições ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/06/12-06-2016... · Festival de Atletismo representa o ideal de prosseguirem

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Ensino e aprendizado

Crianças se sentemincapazes de aprenderEstudos realizados por psicólogos apontam que as

dificuldades de aprendizagem atingem 50% dos alunos

nos seis primeiros anos de escolaridade. Págs. 6 e 7

vtk"dw"pc"fq"rnc"pcn"vq0eqo0dt1gu"eq"nc

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

PAULO JOSÉ

ANO 10 - NÚ ME RO 756 – GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016

O maior Concurso de redação, desenho fotografia e vídeo do Centro-Oeste encerra o período de inscrições esta semana,no dia 15 de junho. O Goiás na Ponta do Lápis está com o site disponível para receber cadastros dos estudantes quedesejam participar da 12ª edição e concorrer a diversos prêmios. Págs. 4 e 5

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20168

Às suas marcas!

É hora do atletismo!

Daniela Rezende

Com origem nas primeirasOlimpíadas da Grécia Antiga, mais de700 anos antes de Cristo, as provas deatletismo até hoje encantam pratican-tes e expectadores. No primeiro finalde semana de junho, cerca de 2,4 milalunos da rede municipal de Goiâniapuderam ter contato com a modalida-de esportiva, durante o Festival deAtletismo, dos XIV Jogos Educacionaisda Secretaria Municipal de Educação eEsporte (SME).

Na pista ou no campo, educandosdo Ensino Fundamental e da Educaçãode Adolescentes, Jovens e Adultos(Eaja) participaram das competições,na Escola Superior de Educação Físicae Fisioterapia do Estado de Goiás(Eseffego). Nas corridas, divididas emvelocidade e resistência, alunos comidade a partir de 6 anos e até idososcorreram de acordo com as categorias,em provas de 50, 75, 100, 800 e 1500metros. Provas de campo, como saltoem distância, salto em altura e arre-messo de peso, também integraram osdias de competição.

Nesta edição de 2016, o Festival de

Festival de Atletismo levoucerca de 2,4 mil alunosaos Jogos Educacionais darede municipal de Goiânia

Atletismo contou com a participaçãode alunos com necessidades especiais,do Centro de Orientação, Reabilitaçãoe Assistência ao Encefalopata (Corae) ede escolas da rede. “Isso demonstraque para o esporte não há limites. Oatletismo é uma modalidade fácil de sepraticar, que estimula a prática deexercícios e previne o sedentarismo”,comentou Jair Marinho, gerente deIniciação Esportiva, EsporteEducacional e Rendimento.

A participação nos JogosEducacionais não tem caráter obrigató-rio, como ressalta Lara Cabral, apoiotécnico que integra a organização doevento. “Os Jogos envolvem a maioriadas escolas da rede municipal deGoiânia e é aberto para todas as unida-des educacionais e todos os ciclos deformação, tanto anos finais, quantoanos iniciais. Integra todas as faixasetárias e a participação fica a critériodas instituições, que entregam suasfichas de inscrição na SME, no mês demarço”, explicou.

Weverton Farias e João PauloBarbosa, 13 anos, alunos da EscolaMunicipal Professora Marília CarneiroAzevedo Dias, do Jardim GuanabaraIII, vieram pela primeira vez aos Jogos.“A iniciativa é legal, onde podemos terespírito esportivo. Vou participar decorrida e tentar o salto em altura. Já vialgumas dessas competições pela TV.”,contou João Paulo.

“O esporte para mim é tudo, meio

de diversão e educação. Acompanhei apassagem da tocha em Goiânia e gosteimuito. Faço escolinha de futebol e issome ajuda demais. Hoje é domingo e seeu não tivesse aqui, estaria no compu-tador. Prefiro estar aqui com os colegase fazendo um esporte diferente”, opi-nou Weverton.

VIVÊNCIA E SOCIALIZAÇÃO

Além do atletismo convencio-nal, a SME realiza o atletismo mirimcom as crianças da Educação Infantil,que estudam nas turmas de pré-escolae nos centros municipais de EducaçãoInfantil (Cmei). No segundo semestre,os alunos participam das modalidadescoletivas voleibol, handebol, futsal,basquete e queimada. A disciplina deEducação Física nas escolas é parceirano processo, que promove socializa-ção, aliado ao contexto social dos edu-candos.

De acordo com Jair Marinho, oFestival ajuda a divulgar o esporteatletismo e fazer com que as pessoastomem gosto pela modalidade.“Goiânia possui espaços favoráveis àprática de corridas. Parques e praçasque podem ser utilizados pela popula-ção. A corrida é individual e dependeda boa vontade das pessoas em prati-carem e treinarem o esporte, que éolímpico e também paraolímpico”,concluiu o gerente.

Para Alexandre Rocha Sales, que éapoio pedagógico da Gerência de

Projetos Educacionais e integra a orga-nização dos Jogos, o evento tem ointuito de oferecer para as escolas avivência e a prática das modalidades.“Especificamente no atletismo, os alu-nos vivenciam as modalidades que sãomais fáceis e possíveis de serem traba-lhadas na escola. Posteriormente aoatletismo, teremos outras modalida-des. Neste ano, fizemos as trilhas paraa Educação Infantil e agora o atletis-mo”, destacou.

JOGOS DA BOA CONVIVÊNCIA

Os Jogos tem como objetivo incenti-var a prática cotidiana do professor deEducação Física nas instituições darede municipal de ensino, na aborda-gem de temas que favoreçam o respei-to aos colegas, às regras desportivas eàs normas sociais de boa convivência.As competições também tem comometa promover o esporte, a prática deexercícios físicos e o desenvolvimentohumano de forma integral.

A mais de 10 anos, RamonRodrigues, professor de EducaçãoFísica da Escola Municipal AliceCoutinho, leva alunos aos JogosEducacionais da Rede Municipal deEnsino. “Para alguns educandos, oFestival de Atletismo representa oideal de prosseguirem e atingirem umagrande meta e índice. Para outros é umlazer, pois o importante não é vencer, esim participar e competir com espíritoesportivo”, destacou o professor.

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Educandos do ensino noturno vivenciaram asmodalidades nos XIV Jogos Educacionais da rede

Alunos com necessidades especiais tambémintegraram os Jogos Última semana para realizar

inscrições no concurso

PAU

LO J

OSÉ

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E S C O L AE S C O L A

EditorManoel Messias

[email protected]

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 7

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016

Cerca de sete mil alunos da rede pública estadual participam da segunda fase dosJogos Estudantis do Estado de Goiás. O torneio é disputado em vários municípiosgoianos e os vencedores de cada modalidade passam para a finalíssima estadual,onde os campeões garantem vaga para a etapa nacional, em João Pessoa (PB). Oobjetivo é incentivar a juventude escolar a praticar atividades físicas, motivando oaprimoramento de habilidades, desenvolvimento do senso de coletividade e supera-ção, além de contribuir para a formação do aluno/atleta. Também é uma oportunida-de para descobrir novos talentos.

O jornalista, sociólogo e mestre em Direito,Relações Internacionais e Desenvolvimento,Renato Dias, 48 anos, lança, nesta segunda-feira, 13 de junho, das 18h às 22h, no Hall deentrada da Assembleia Legislativa, em Goiâ-nia, o livro ‘Luta Armada/ALN-Molipo – AsQuatro Mortes de Maria Augusta Thomaz’,180 páginas, edição de luxo, de junho de 2016.O livro-reportagem relata a história da es-

tudante de Filosofia da PUC-SP [PontifíciaUniversidade Católica] Maria Augusta Tho-maz, que, em 4 de novembro de 1969, seques-trou, com uma bomba no colo, um avião daVarig, em Buenos Aires, desviou-o para Ha-vana, onde fez treinamento de guerrilha e fun-dou o Movimento de Libertação Popular[Molipo]. Um thriller político.O Molipo era uma dissidência da Ação Li-

bertadora Nacional [ALN]. Trata-se da orga-nização de esquerda criada pelo carbonário

baiano, filho de um italiano com uma negrada etnia Haussá, Carlos Marighella, inimigonº 1 do regime, que adotou a estratégia de lutaarmada contra a ditadura civil e militar insta-lada em 1º de abril do turbulento ano de 1964,no Brasil.Formado por 28 integrantes, em sua maio-

ria ex-estudantes, o Molipo deslocou clandes-tinamente, em 1971, militantes para deflagrara guerrilha rural e tentar derrubar a ditaduracivil e militar e construir o socialismo no Brasil.Maria Augusta Thomaz veio no primeirocomboio. A ativista soltou bomba na Esso,atacou o Consulado da Bolívia, participou deexpropriações.Baleada em um tiroteio com a repressão

política e militar, em 1971, a bela revolucioná-ria recuperou-se, um mês depois, voltou àativa, para executar ações diretas, e deslocou-se, com Marcio Beck Machado, também qua-dro do Molipo treinado na Ilha dos IrmãosCastro, para o Estado de Goiás. A ordem eraretomar o projeto de desenvolvimento da lutaarmada original da ALN. Os dois morreramna madrugada fria de 17 de maio de 1973, naFazenda Rio Doce, em Rio Verde [GO].‘Luta Armada/ALN-Molipo – As Quatro

Mortes de Maria Augusta Thomaz’ traz do-cumento obtido com exclusividade nos Arqui-vos do Extinto Serviço Nacional deInformações [SNI], órgão criado por Golberydo Couto e Silva, um dos signatários do Ma-nifesto dos Coronéis, pela deposição de Ge-túlio Vargas, que suicidou-se diante da pressãoem agosto de 1954, e conspirador de 1964.

Escolas e Cmei dão início àstradicionais festas juninasA Escola Municipal Marcos Antônio

Dias Batista, localizada no Jardim EstrelaD'Alva, promoveu na quinta-feira passa-da, dia 9, uma tarde especial de shows. Oscantores Gilberto Correia, WalterCarvalho e Celso Galvão fizeram apre-sentações especiais para as crianças noperíodo da tarde. As atrações integram osprojetos Música na Escola e Palco 2016, promovidos com o apoio da Prefeitura deGoiânia, por meio das secretarias municipais de Educação e Esporte (SME) e deCultura (Secult).

Colégio de Quirinópoliscombate o mosquitoAedes aegyptiA sessão de autógrafos do livro “O

Pirulito das Abelhas”, da jornalista eescritora Ítalo-brasileira Isa Colli, natu-ral do Espírito Santo, teve lugar na 86°Feira do Livro de Lisboa, no dia 28 demaio e foi um sucesso. A fábula, lança-da pela Chiado Editora, ajudará os pro-fessores nos seus planejamentos dinâ-micos, promovendo através da fábricabem-sucedida das abelhinhas, umaexperiência prática de caráter empresa-rial, realçando a importância dessaaprendizagem nos sistemas de educa-ção e formação.

Escola municipal de Goiânia tem tarde musicalA Escola Municipal Marcos

Antônio Dias Batista, localizada noJardim Estrela D'Alva, promoveu naquinta-feira passada, dia 9, uma tardeespecial de shows. Os cantores GilbertoCorreia, Walter Carvalho e CelsoGalvão fizeram apresentações especiaispara as crianças no período da tarde.As atrações integram os projetosMúsica na Escola e Palco 2016, promo-vidos com o apoio da Prefeitura deGoiânia, por meio das secretariasmunicipais de Educação e Esporte(SME) e de Cultura (Secult).

Renato Dias contahistória de líder do Molipo

LUTA ARMADA

Em “As Quatro Mortes deMa ria Augusta Thomaz”,jornalista e sociólogo goianoaborda a vida da“guerrilheira que morreuquatro vezes”Livro de jornalista esociólogo goiano serálançado nesta segunda-feira,às 18h, na Assembleia

Jogos Estudantis de Goiás movimentam mais de sete mil alunos

Além do tratamento especial quedevem dispensar ao estudante diagnostica-do com algum problema pessoal ou noambiente escolar, os professores estão aju-dando a detectar esses problemas apresen-tados pelos alunos.“Atualmente os professores percebem

mais do que os pais que o estudante estáenfrentando algum tipo de problema.Voluntariamente os educadores estão con-tribuindo para que os alunos recebam tra-tamento adequado quanto à incapacidadede aprendizado”, diz a psicóloga.Os pais precisam participar de forma

mais ativa da vida estudantil dos filhos,principalmente nos primeiros anos escola-res. O resultado dessa ausência são crian-ças com incapacidade de aprendizado –lembra Caroline Dias. Os professores queacompanham os alunos no dia a dia setornam muito importante para ajudar oaluno a obter tratamento adequado.A professora Michelly Lôbo dá aula

para alunos de até 10 anos em uma escolaem Goiânia e relata que diferentes proble-mas dificultam o aprendizado. Na maioriados casos os alunos que apresentam inca-pacidade de aprendizagem estão com pro-blemas familiares. Outros têm algumadoença que ainda não foi diagnosticada.“O contato direto que tenho com os

estudantes me faz concluir que as criançassão carentes da participação dos pais tanto

Os professores que acompanham os alunos no dia a dia se tornam muito importante para ajudar o aluno a obtertratamento adequado

Além de fatores externos, existemalgumas condições de origens neurológi-cas e neurobiológicas que podem causarcertas dificuldades de aprendizagem dascrianças no ambiente escolar. A psicólogaCaroline Dias conta que a deficiênciamental, transtorno do déficit de atenção ehiperatividade (TDAH), dislexia, discal-culia, disgrafia, transtornos de humor ede memória, entre outros, são situaçõesque exigem avaliação especializada e tra-tamento por uma equipe multidisciplinar.Crianças que apresentam ainda na infân-cia algum desses problemas precisam deacompanhamento médico e escolar, paranão serem prejudicadas os estudos.O estudante Kaique Brito, de 11 anos

de idade, passa por alguns transtornos dehumor desde início de sua vida estudantil.Com a ausência do pai e a mãe comdepressão crônica, ele é criado pela avó.O comportamento em sala de aula do

Professores ajudam a detectar problemas

Atenção e cuidado previnem deficiências

Avó de estudante Teresinha Moreira:“Quando percebi que meu neto tinhamudança de comportamento resolvilevar ele em um psicólogo”

da vida estudantil quanto pessoal. A esta-bilidade emocional da criança influenciabastante no rendimento escolar”, diz aprofessora.

Uma dica aos pais e educadores: quan-do um aluno apresentar algum tipo de difi-culdade constante em aprender não adian-ta pressioná-lo. O correto nesse caso é

procurar um acompanhamento psicológi-co para que as causas sejam descobertas etratadá-las de maneira correta, ressaltaCarolina Dias.

estudante é inconstante, afetando assim oaprendizado e interatividade da criança –conta a avó, Teresinha Moreira.“Desde quando meu neto começou a

estudar, ele apresenta um comportamen-to diferente na escola. Há momentos queele faz amizades com colegas e professo-res; outra hora ele se fecha bastante enão tem amizade com ninguém. Nocomeço estranhei muito”, diz.Ela lembra que quando o neto apre-

sentava dificuldade em aprender, nãosabia como agir corretamente. Mesmosem querer, julgava a incapacidade doestudante em compreender as matérias.Quando passou a frequentar o ambien-te escolar do neto, os professores aorientaram para que levasse a criançapara fazer tratamento psicológico porcausa da mudança constante de com-portamento.“Foi aí então que resolvi levá-lo no

psicólogo e descobri que ele sofre detranstorno bipolar. Recebi a notícia commuita tristeza, porque às vezes o julgavae não sabia como tratá-lo, mas atual-mente eu o compreendo e tento ajudarele a se desenvolver nos estudos”, conta,emocionada, a avó.Casos como esse estão se repetindo

com muita frequência – diz a psicólogaCaroline Dias. Se não for dada a devidaatenção pela família e educadores, aca-bam acarretando problemas severos navida estudantil da criança.“Compreender os fatores envolvidos

nas dificuldades de aprendizagem e suarepercussão no autoconceito da criançafavorece buscas mais assertivas de reso-lução ou minimização do problema,impedindo que feridas emocionais ocul-tas continuem a surgir em cada compor-tamento incompreensível”, ressaltaCaroline Dias.

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GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20166 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 3

A proposta é promover oprotagonismo juvenil a favorda consolidação da gestãoescolar democrática

A Secretaria de Estado de Educação,Cultura e Esporte de Goiás (Seduce),por meio da Coordenação dePrograma, Projetos e Ações paraJuventude (Paju), da Superintendênciado Ensino Médio, deu início nestasemana ao Circuito Formativo deimplantação dos Grêmios Estudantisnas unidades escolares. A proposta épromover o protagonismo juvenil afavor da consolidação da gestão escolar

democrática.O trabalho começou pela subsecre-

taria de Luziânia na terça-feira, 7/6,com a formação de 39 gestores. Naquarta, 8/6, a superintendência realizouuma roda de conversa e formaçãosobre as organizações estudantis com200 estudantes que são líderes deturma.

“Esses alunos farão o papel defomentadores para os outros colegas,repassando o conhecimento e as infor-mações obtidas nesses encontros.Aliado a isso, os gestores, junto com asubsecretaria, farão um planejamentoestratégico de implementação do grê-mio para cada escola”, explica o supe-rintendente do Ensino Médio, Wisley

Pereira.Após finalizado o trabalho em

Luziânia, a equipe da superintendênciasegue para as subsecretarias dePiracanjuba e Aparecida de Goiâniapromovendo uma discussão salutarcom toda a comunidade escolar edando sequência ao percurso formati-vo dos grêmios.

“As organizações em cada escolanão têm um prazo estabelecido paraserem implementadas. O importante éque os estudantes entendam a impor-tância dessa representatividade e aslegalidades a serem cumpridas, se sin-tam empoderados e seguros do cami-nho que deve ser percorrido”, comple-tou o superintendente.

Rede estadual começa processo deformação dos Grêmios Estudantis

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Fabiola Rodrigues

A primeira fase do processo de apren-dizagem é crucial para que a criança apre-sente no futuro bom desempenho nosestudos. Porém muitos alunos ainda nainfância apresentam alto grau de dificul-dade para aprender. Estudos realizadospor psicólogos apontam que as dificulda-des de aprendizagem atingem 50% dosalunos nos seis primeiros anos de escolari-dade. O resultado é um considerávelnúmero de crianças com problemas paradesenvolver o raciocino.

O trauma da incapacidade de aprendervem sendo um problema crescente nomeio estudantil. Especialista em neuropsi-cologia, a psicóloga Caroline Dias diz quetem recebido muitos alunos em seu con-sultório com graves dificuldades de apren-dizado, devido a problemas físicos, men-tais, emocionais, escolares ou familiaresque aparentemente podem parecer nãoinfluenciar a criança.

“As condições pedagógicas, socioeco-nômicas e familiares, dificuldade visual eauditiva, existência de doenças crônicascomo desnutrição e patologias, timidez,ansiedade e problemas situacionais deimpacto emocional são fatores que cola-boram para as dificuldades de aprendiza-do do aluno. E devem ser investigadas oquanto antes”, afirma a psicóloga.

Os pais devem ficar alerta e observarcomo os filhos estão absorvendo o ensinoque recebem do ambiente escolar. Quandoum estudante apresenta complicações em

Sem acompanhamentoadequado paradiagnosticar o realproblema, estudantes daprimeira fase se sentempressionados e achamque sªo os œnicosresponsÆveis por seus

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na infância é que se aprende a estudar

Os grêmios são organizações

historicamente reconhecidas

dentro do universo estudantil e

têm papel fundamental no vín-

culo entre a ação democrática

escolar e a ação social para alémdos muros da escola.

“Estimular a organização

estudantil significa ouvir o que

temos de primordial dentro da

escola, o aluno. É construir uma

escola com a cooperação e cor-

responsabilização de todos e

acreditar que nossos jovens tam-

bém têm muito a contribuir na

construção de uma educação de

qualidade”, ressaltou Wisley

Pereira. A reativação dos Grêmios é

uma das formas positivas de

organização para a gestão

democrática e, por isso, a

Seduce convida toda a comuni-

dade escolar a fazer parte dessa

discussão. O trabalho da Seduce tem

parceria com o Conselho

Estadual da Juventude

(Conjuve-GO) e com a

Superintendência de Juventude

de Goiás (Sujuv).

Grêmiospossuemtradição deliberdade

Neuropsicóloga Caroline Dias: “É ignorância achar que não conseguiraprender é simplesmente preguiça do aluno”

aprender até mesmo matérias simplespode ser sinal do efeito oculto de compli-cações na aprendizagem, esclareceCaroline Dias.

Sem detecção correta do problema, adificuldade em aprender parece estar rela-cionada apenas às capacidades individuaisda criança, que, quando pressionada, se

acha a única responsável por seus fracas-sos escolares. Segundo a neuropsicóloga,os sentimentos mais comuns das criançasquando encontram dificuldades no apren-dizado são frustração, inferioridade,incompetência, vergonha, baixa autoesti-ma e ansiedade.

Existem alunos que por meses ou atéanos podem apresentar incapacidade deaprendizado das matérias. E são cobradospor isso de forma incorreta.

“Os motivos do baixo rendimentoescolar da criança precisam ser identifi-cados e sanados corretamente. É igno-rância achar que não conseguir aprenderé simplesmente preguiça do aluno. Oproblema precisa ser diagnosticado e tra-tado, para que os estudantes não cres-çam com maiores dificuldades”, diz apsicóloga.

Caroline Dias, que trabalha com aten-dimento psicológico em algumas escolasda cidade de Goiânia, relata que muitascrianças já estão autofragilizadas e sesentindo incompetentes porque não con-seguem desenvolver o aprendizado emsala de aula. Quando tem um estudantenessa situação, a família encontra dificul-dade de reconhecer que a criança podeestar com um problema mais grave naárea emocional ou até mesmo de saúde.

A psicóloga lembra que neste caso éde extrema importância os pais descobri-rem onde pode estar a falha em vez deapontar os “erros” do estudante relacioa-nados ao baixo rendimento escolar. Acriança pode ter alguma doença crônicaque não foi identificada, a didática deensino talvez não seja adequada. Ou atémesmo o aluno pode estar enfrentandoproblemas pessoais.

“Por meio de estudos estou tentandomostrar aos pais e educadores e alertar aeles para que o estudante tenha melhoracompanhamento nos primeiros anos deensino. A realidade de crianças sendotratadas de maneira incorreta pela faltade capacidade em aprender vem acarre-tando traumas em várias crianças”, res-salta Caroline Dias.

PAULO JOSÉ

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GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20166 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 3

A proposta é promover oprotagonismo juvenil a favorda consolidação da gestãoescolar democrática

A Secretaria de Estado de Educação,Cultura e Esporte de Goiás (Seduce),por meio da Coordenação dePrograma, Projetos e Ações paraJuventude (Paju), da Superintendênciado Ensino Médio, deu início nestasemana ao Circuito Formativo deimplantação dos Grêmios Estudantisnas unidades escolares. A proposta épromover o protagonismo juvenil afavor da consolidação da gestão escolar

democrática.O trabalho começou pela subsecre-

taria de Luziânia na terça-feira, 7/6,com a formação de 39 gestores. Naquarta, 8/6, a superintendência realizouuma roda de conversa e formaçãosobre as organizações estudantis com200 estudantes que são líderes deturma.

“Esses alunos farão o papel defomentadores para os outros colegas,repassando o conhecimento e as infor-mações obtidas nesses encontros.Aliado a isso, os gestores, junto com asubsecretaria, farão um planejamentoestratégico de implementação do grê-mio para cada escola”, explica o supe-rintendente do Ensino Médio, Wisley

Pereira.Após finalizado o trabalho em

Luziânia, a equipe da superintendênciasegue para as subsecretarias dePiracanjuba e Aparecida de Goiâniapromovendo uma discussão salutarcom toda a comunidade escolar edando sequência ao percurso formati-vo dos grêmios.

“As organizações em cada escolanão têm um prazo estabelecido paraserem implementadas. O importante éque os estudantes entendam a impor-tância dessa representatividade e aslegalidades a serem cumpridas, se sin-tam empoderados e seguros do cami-nho que deve ser percorrido”, comple-tou o superintendente.

Rede estadual começa processo deformação dos Grêmios Estudantis

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Fabiola Rodrigues

A primeira fase do processo de apren-dizagem é crucial para que a criança apre-sente no futuro bom desempenho nosestudos. Porém muitos alunos ainda nainfância apresentam alto grau de dificul-dade para aprender. Estudos realizadospor psicólogos apontam que as dificulda-des de aprendizagem atingem 50% dosalunos nos seis primeiros anos de escolari-dade. O resultado é um considerávelnúmero de crianças com problemas paradesenvolver o raciocino.

O trauma da incapacidade de aprendervem sendo um problema crescente nomeio estudantil. Especialista em neuropsi-cologia, a psicóloga Caroline Dias diz quetem recebido muitos alunos em seu con-sultório com graves dificuldades de apren-dizado, devido a problemas físicos, men-tais, emocionais, escolares ou familiaresque aparentemente podem parecer nãoinfluenciar a criança.

“As condições pedagógicas, socioeco-nômicas e familiares, dificuldade visual eauditiva, existência de doenças crônicascomo desnutrição e patologias, timidez,ansiedade e problemas situacionais deimpacto emocional são fatores que cola-boram para as dificuldades de aprendiza-do do aluno. E devem ser investigadas oquanto antes”, afirma a psicóloga.

Os pais devem ficar alerta e observarcomo os filhos estão absorvendo o ensinoque recebem do ambiente escolar. Quandoum estudante apresenta complicações em

Sem acompanhamentoadequado paradiagnosticar o realproblema, estudantes daprimeira fase se sentempressionados e achamque sªo os œnicosresponsÆveis por seus

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na infância é que se aprende a estudar

Os grêmios são organizações

historicamente reconhecidas

dentro do universo estudantil e

têm papel fundamental no vín-

culo entre a ação democrática

escolar e a ação social para alémdos muros da escola.

“Estimular a organização

estudantil significa ouvir o que

temos de primordial dentro da

escola, o aluno. É construir uma

escola com a cooperação e cor-

responsabilização de todos e

acreditar que nossos jovens tam-

bém têm muito a contribuir na

construção de uma educação de

qualidade”, ressaltou Wisley

Pereira. A reativação dos Grêmios é

uma das formas positivas de

organização para a gestão

democrática e, por isso, a

Seduce convida toda a comuni-

dade escolar a fazer parte dessa

discussão. O trabalho da Seduce tem

parceria com o Conselho

Estadual da Juventude

(Conjuve-GO) e com a

Superintendência de Juventude

de Goiás (Sujuv).

Grêmiospossuemtradição deliberdade

Neuropsicóloga Caroline Dias: “É ignorância achar que não conseguiraprender é simplesmente preguiça do aluno”

aprender até mesmo matérias simplespode ser sinal do efeito oculto de compli-cações na aprendizagem, esclareceCaroline Dias.

Sem detecção correta do problema, adificuldade em aprender parece estar rela-cionada apenas às capacidades individuaisda criança, que, quando pressionada, se

acha a única responsável por seus fracas-sos escolares. Segundo a neuropsicóloga,os sentimentos mais comuns das criançasquando encontram dificuldades no apren-dizado são frustração, inferioridade,incompetência, vergonha, baixa autoesti-ma e ansiedade.

Existem alunos que por meses ou atéanos podem apresentar incapacidade deaprendizado das matérias. E são cobradospor isso de forma incorreta.

“Os motivos do baixo rendimentoescolar da criança precisam ser identifi-cados e sanados corretamente. É igno-rância achar que não conseguir aprenderé simplesmente preguiça do aluno. Oproblema precisa ser diagnosticado e tra-tado, para que os estudantes não cres-çam com maiores dificuldades”, diz apsicóloga.

Caroline Dias, que trabalha com aten-dimento psicológico em algumas escolasda cidade de Goiânia, relata que muitascrianças já estão autofragilizadas e sesentindo incompetentes porque não con-seguem desenvolver o aprendizado emsala de aula. Quando tem um estudantenessa situação, a família encontra dificul-dade de reconhecer que a criança podeestar com um problema mais grave naárea emocional ou até mesmo de saúde.

A psicóloga lembra que neste caso éde extrema importância os pais descobri-rem onde pode estar a falha em vez deapontar os “erros” do estudante relacioa-nados ao baixo rendimento escolar. Acriança pode ter alguma doença crônicaque não foi identificada, a didática deensino talvez não seja adequada. Ou atémesmo o aluno pode estar enfrentandoproblemas pessoais.

“Por meio de estudos estou tentandomostrar aos pais e educadores e alertar aeles para que o estudante tenha melhoracompanhamento nos primeiros anos deensino. A realidade de crianças sendotratadas de maneira incorreta pela faltade capacidade em aprender vem acarre-tando traumas em várias crianças”, res-salta Caroline Dias.

PAULO JOSÉ

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20164 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20165

Fabiola Rodrigues

O maior Concurso de redação, desenhofotografia e vídeo do Centro-Oeste encerrao período de inscrições esta semana, no dia15 de junho. O Goiás na Ponta do Lápisestá com o site disponível para recebercadastros dos estudantes que desejam par-ticipar da 12ª edição e concorrer a diversosprêmios. Basta o aluno acessar ao sitewww.tribunadoplanalto.com.br/concurso ese inscrever. Estão aptos a se inscrevertodos os estudantes dos 246 municípiosgoianos que estejam regularmente matricu-lados nas redes estadual, municipal e parti-cular de ensino.

É importante lembrar que nesta ediçãosó participará do concurso o estudante querealizar a inscrição pelo site. Os alunos da

Escola Estadual Dr. Antônio RaimundoGomes da Frota, localizado no bairroCidade Jardim, em Goiânia, estão aprovei-tando o período prorrogado para fazer suasinscrições. A princípio a data do encerra-mento era até o dia 15 de maio. A diretorada escola, Nara Souza, diz que pelo fato doprazo ter se estendido mais de 380 estudan-tes da escola que ela coordena não vãoficar fora dessa edição.

“Nossos alunos estavam participandode um outro concurso de redação e nãoqueríamos envolvê-los em mais de um cer-tame de uma vez. Agora que os outros tra-balhos foram encerrados, vamos focar noGoiás na Ponta do Lápis. Graças à prorro-gação das inscrições começamos a inscre-ver os estudantes na semana passada”, diza diretora.

Os educandos estão sendo inscritos gra-

dativamente por meio da coordenação daescola e Nara Sousa garante que até o dia15 de junho, que é a última data para reali-zar as inscrições, todos os alunos da escolaestarão cadastrados. Já os trabalhos para ocertame, segundo ela, começarão a ser pro-duzidos pelos estudantes a partir do mês deagosto por causa das férias escolares dejulho.

Com o objetivo de estimular os alunos esuas famílias a combater o mosquito trans-missor da dengue e outras doenças, o con-curso este ano tem o sugestivo título“Histórias reais de combate ao Aedes”. Adiretora diz que mesmo que o material doconcurso não esteja sendo produzido pelosalunos a escola vem trabalhando práticasde como combater o Aedes aegypti. Masque no próximo semestre a mobilizaçãoaumentará.

“Os alunos não estavam muito focadosnesse concurso por estarem produzindooutros tipos de trabalhos, mas vamos dartotal suporte para que eles tenham maisexperiências em combater o mosquito e,desta forma, produzir melhor os traba-lhos”, diz Nara Sousa.

A diretora ressalta que o tema do con-curso é muito pertinente por abordar umproblema que precisa ser encarado portodos e, claro, o ambiente escolar nãopoderia ficar de fora dessa verdadeira cru-zada contra o mosquito transmissor dadengue e outras doenças.

A escola, que é de tempo integral, atendealunos do 4° ao 9° ano. Os estudantes terãoa chance de trabalhar o tema do certame emtodas as categorias, produzindo, assim,redações, desenhos, fotografias e vídeosrelacionados com o combate ao Aedes. Paraa diretora essa é uma das virtudes que a edi-ção trouxe e motiva ainda mais a participa-ção dos alunos no concurso.

“O tema deste ano é muito atual e favo-rece os alunos a ter mais conhecimentosobre o assunto proposto. Quando os nos-sos estudantes tomarem conhecimento dasnovidades ficarão vislumbrados e farão ostrabalhos com muito prazer”, conta, ani-mada, a diretora.

A professora Vânia Cristina diz que pre-tende dar apoio para todos os alunos inde-pendentemente da categoria que estejamparticipando. O mais importante para ela,que leciona Português, é que os alunosestejam façam agora as inscrições.

“Ajudei a alertar aos coordenadores daescola que o período prorrogado para fazer

a inscrição dos estudantes também já esta-va quase encerrando. Estamos mobilizandoos educadores da escola para inscrever osalunos e não deixar nenhum de fora”, diz aprofessora.

Realizado pela Tribuna do Planalto emparceria com a Secretaria de Estado deEducação, Cultura e Esporte e Secretariade Saúde, o concurso pretende alcançartodos os estudantes do estado. Além deincentivar o combate ao Aedes aegypti, oconcurso propicia aos alunos a chance devivenciar na prática histórias reais paraproduzir os trabalhos dessa edição.

O gerente de projetos da Tribuna, EnoelJúnior, conta que mais de um milhão deestudantes já fizeram suas inscrições e eleacredita que esse número aumentará signi-ficativamente até a data de encerramento,no próximo dia 15. Ele alerta para que osestudantes se inscrevam o quanto antes.

“Pedimos para os alunos e educadoresque aproveitem os últimos dias para realizaras inscrições no site. A página da web podeficar congestionada devido à aproximaçãodo dia de encerramento das inscrições, mascontinuem tentando”, ressalta Enoel.

Segundo o gerente de Projetos, o traba-lho de divulgação realizado nas 40 subse-cretarias de Educação espalhadas peloestado surtiu bons resultados. A participa-ção das subsecretárias e funcionários dasescolas vêm aumentando o número de ins-crições dos alunos nessa edição, que trazgrandes novidades. Enoel Júnior diz que oconcurso está sendo muito bem divulgadoem todos os municípios, o que tem refletidona grande quantidade de inscritos.

Estudantes da rede estadual da cidadede Goiatuba, localizada na região Sul doestado, acharam que ficariam de fora da12ª do Concurso Goiás na Ponta doLápis. Com a data das inscrições prorro-gadas até o dia 15 de junho, a diretora deNúcleo Pedagógico, Izabel Bastos, conse-guiu inscrever mais duas escolas no certa-me. No total ao menos 11 escolas daregião terão alunos participando dessa edi-ção do concurso.

Izabel conta que os estudantes inscri-tos estão ansiosos para terminar os traba-lhos e apresentá-los à subsecretaria dacidade para concorrerem aos diversos prê-mios que o certame vai distribuir. Na práti-ca, os estudantes de Goiatuba vêm prati-cando o combate ao Aedes desde o come-ço do ano para contribuir com a reduçãoda proliferação do mosquito e, ao mesmotempo, terem experiência para produzir omaterial.

“Motivados pelos prêmios, os alunosque já estão com as inscrições garantidascomeçaram a produção dos trabalhos háalgum tempo. Com as novidades do con-curso os estudantes se empenharam muitomais em falar sobre o tema e contar as his-tórias a partir de experiências próprias”,conta a diretora de Núcleo Pedagógico.

Os prêmios servem de ânimo a maispara os alunos participarem do certame.Serão entregue aos estudantes as seguintes

premiações para as colocações de desta-que: Medalhas, Certificados, Bicicletas,Notebooks, Smartphones, CâmerasFotográficas, Datashow e Televisores.

O gerente de Projetos da Tribuna,Enoel Júnior, explica que os trabalhosclassificados pela unidade escolar deverãoser encaminhados à SubsecretariaRegional de Educação, Cultura e Esporte,que será responsável, com a Regional deSaúde, pela seleção dos dez melhores tra-balhos por categoria e sua ordem de clas-sificação.

Izabel Bastos elogia a Tribuna doPlanalto por ter a iniciativa de promoverum concurso que tem a capacidade dealcançar todos os estudantes de cadamunicípio do estado. As premiações sãovistas por ela como uma forma de estimu-lar ainda mais a participação dos estudan-tes e desenvolver de forma sadia o espíritode competição.

“O Goiás na Ponta do Lápis semprevem para acrescentar conhecimento navida estudantil do aluno. E esse é o funda-mento da educação. Os estudantes queestavam de fora do concurso, se não hou-vesse prorrogação das inscrições, ficaramtristes por pensar que não poderiam parti-cipar, mas no final está tudo dando certo.Agora e só esperar a hora de entregar ostrabalhos”, comenta a diretora de NúcleoPedagógico.

Com inovações e criação denovas categorias, concurso daTribuna do Planalto emparceria com as secretarias deEducação e Saúde jácontabiliza mais de um milhãode inscritos

Os alunos da Escola Estadual Dr. Antônio Raimundo Gomes da Frota, em Goiânia, estão aproveitando o período prorrogado para fazer suas inscrições

Diretora Nara Sousa: pelo fato dasinscrições terem sido prorrogadasmais de 380 alunos estão sendoinscritos no concurso

Prorrogação permite maisalunos inscritos no certame

Professora Vânia Cristina: o maisimportante nesse momento é que osalunos estejam com as inscriçõesconfirmadas

O Gerente de Pojetos da Tribuna, Enoel Júnior: “A página da web podeficar congestionada devido à aproximação do dia de encerramento dasinscrições, mas continuem tentando”

Goiás na Ponta do Lápis:inscrições só até dia 15

FOTOS: PAULO JOSE

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GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20164 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20165

Fabiola Rodrigues

O maior Concurso de redação, desenhofotografia e vídeo do Centro-Oeste encerrao período de inscrições esta semana, no dia15 de junho. O Goiás na Ponta do Lápisestá com o site disponível para recebercadastros dos estudantes que desejam par-ticipar da 12ª edição e concorrer a diversosprêmios. Basta o aluno acessar ao sitewww.tribunadoplanalto.com.br/concurso ese inscrever. Estão aptos a se inscrevertodos os estudantes dos 246 municípiosgoianos que estejam regularmente matricu-lados nas redes estadual, municipal e parti-cular de ensino.

É importante lembrar que nesta ediçãosó participará do concurso o estudante querealizar a inscrição pelo site. Os alunos da

Escola Estadual Dr. Antônio RaimundoGomes da Frota, localizado no bairroCidade Jardim, em Goiânia, estão aprovei-tando o período prorrogado para fazer suasinscrições. A princípio a data do encerra-mento era até o dia 15 de maio. A diretorada escola, Nara Souza, diz que pelo fato doprazo ter se estendido mais de 380 estudan-tes da escola que ela coordena não vãoficar fora dessa edição.

“Nossos alunos estavam participandode um outro concurso de redação e nãoqueríamos envolvê-los em mais de um cer-tame de uma vez. Agora que os outros tra-balhos foram encerrados, vamos focar noGoiás na Ponta do Lápis. Graças à prorro-gação das inscrições começamos a inscre-ver os estudantes na semana passada”, diza diretora.

Os educandos estão sendo inscritos gra-

dativamente por meio da coordenação daescola e Nara Sousa garante que até o dia15 de junho, que é a última data para reali-zar as inscrições, todos os alunos da escolaestarão cadastrados. Já os trabalhos para ocertame, segundo ela, começarão a ser pro-duzidos pelos estudantes a partir do mês deagosto por causa das férias escolares dejulho.

Com o objetivo de estimular os alunos esuas famílias a combater o mosquito trans-missor da dengue e outras doenças, o con-curso este ano tem o sugestivo título“Histórias reais de combate ao Aedes”. Adiretora diz que mesmo que o material doconcurso não esteja sendo produzido pelosalunos a escola vem trabalhando práticasde como combater o Aedes aegypti. Masque no próximo semestre a mobilizaçãoaumentará.

“Os alunos não estavam muito focadosnesse concurso por estarem produzindooutros tipos de trabalhos, mas vamos dartotal suporte para que eles tenham maisexperiências em combater o mosquito e,desta forma, produzir melhor os traba-lhos”, diz Nara Sousa.

A diretora ressalta que o tema do con-curso é muito pertinente por abordar umproblema que precisa ser encarado portodos e, claro, o ambiente escolar nãopoderia ficar de fora dessa verdadeira cru-zada contra o mosquito transmissor dadengue e outras doenças.

A escola, que é de tempo integral, atendealunos do 4° ao 9° ano. Os estudantes terãoa chance de trabalhar o tema do certame emtodas as categorias, produzindo, assim,redações, desenhos, fotografias e vídeosrelacionados com o combate ao Aedes. Paraa diretora essa é uma das virtudes que a edi-ção trouxe e motiva ainda mais a participa-ção dos alunos no concurso.

“O tema deste ano é muito atual e favo-rece os alunos a ter mais conhecimentosobre o assunto proposto. Quando os nos-sos estudantes tomarem conhecimento dasnovidades ficarão vislumbrados e farão ostrabalhos com muito prazer”, conta, ani-mada, a diretora.

A professora Vânia Cristina diz que pre-tende dar apoio para todos os alunos inde-pendentemente da categoria que estejamparticipando. O mais importante para ela,que leciona Português, é que os alunosestejam façam agora as inscrições.

“Ajudei a alertar aos coordenadores daescola que o período prorrogado para fazer

a inscrição dos estudantes também já esta-va quase encerrando. Estamos mobilizandoos educadores da escola para inscrever osalunos e não deixar nenhum de fora”, diz aprofessora.

Realizado pela Tribuna do Planalto emparceria com a Secretaria de Estado deEducação, Cultura e Esporte e Secretariade Saúde, o concurso pretende alcançartodos os estudantes do estado. Além deincentivar o combate ao Aedes aegypti, oconcurso propicia aos alunos a chance devivenciar na prática histórias reais paraproduzir os trabalhos dessa edição.

O gerente de projetos da Tribuna, EnoelJúnior, conta que mais de um milhão deestudantes já fizeram suas inscrições e eleacredita que esse número aumentará signi-ficativamente até a data de encerramento,no próximo dia 15. Ele alerta para que osestudantes se inscrevam o quanto antes.

“Pedimos para os alunos e educadoresque aproveitem os últimos dias para realizaras inscrições no site. A página da web podeficar congestionada devido à aproximaçãodo dia de encerramento das inscrições, mascontinuem tentando”, ressalta Enoel.

Segundo o gerente de Projetos, o traba-lho de divulgação realizado nas 40 subse-cretarias de Educação espalhadas peloestado surtiu bons resultados. A participa-ção das subsecretárias e funcionários dasescolas vêm aumentando o número de ins-crições dos alunos nessa edição, que trazgrandes novidades. Enoel Júnior diz que oconcurso está sendo muito bem divulgadoem todos os municípios, o que tem refletidona grande quantidade de inscritos.

Estudantes da rede estadual da cidadede Goiatuba, localizada na região Sul doestado, acharam que ficariam de fora da12ª do Concurso Goiás na Ponta doLápis. Com a data das inscrições prorro-gadas até o dia 15 de junho, a diretora deNúcleo Pedagógico, Izabel Bastos, conse-guiu inscrever mais duas escolas no certa-me. No total ao menos 11 escolas daregião terão alunos participando dessa edi-ção do concurso.

Izabel conta que os estudantes inscri-tos estão ansiosos para terminar os traba-lhos e apresentá-los à subsecretaria dacidade para concorrerem aos diversos prê-mios que o certame vai distribuir. Na práti-ca, os estudantes de Goiatuba vêm prati-cando o combate ao Aedes desde o come-ço do ano para contribuir com a reduçãoda proliferação do mosquito e, ao mesmotempo, terem experiência para produzir omaterial.

“Motivados pelos prêmios, os alunosque já estão com as inscrições garantidascomeçaram a produção dos trabalhos háalgum tempo. Com as novidades do con-curso os estudantes se empenharam muitomais em falar sobre o tema e contar as his-tórias a partir de experiências próprias”,conta a diretora de Núcleo Pedagógico.

Os prêmios servem de ânimo a maispara os alunos participarem do certame.Serão entregue aos estudantes as seguintes

premiações para as colocações de desta-que: Medalhas, Certificados, Bicicletas,Notebooks, Smartphones, CâmerasFotográficas, Datashow e Televisores.

O gerente de Projetos da Tribuna,Enoel Júnior, explica que os trabalhosclassificados pela unidade escolar deverãoser encaminhados à SubsecretariaRegional de Educação, Cultura e Esporte,que será responsável, com a Regional deSaúde, pela seleção dos dez melhores tra-balhos por categoria e sua ordem de clas-sificação.

Izabel Bastos elogia a Tribuna doPlanalto por ter a iniciativa de promoverum concurso que tem a capacidade dealcançar todos os estudantes de cadamunicípio do estado. As premiações sãovistas por ela como uma forma de estimu-lar ainda mais a participação dos estudan-tes e desenvolver de forma sadia o espíritode competição.

“O Goiás na Ponta do Lápis semprevem para acrescentar conhecimento navida estudantil do aluno. E esse é o funda-mento da educação. Os estudantes queestavam de fora do concurso, se não hou-vesse prorrogação das inscrições, ficaramtristes por pensar que não poderiam parti-cipar, mas no final está tudo dando certo.Agora e só esperar a hora de entregar ostrabalhos”, comenta a diretora de NúcleoPedagógico.

Com inovações e criação denovas categorias, concurso daTribuna do Planalto emparceria com as secretarias deEducação e Saúde jácontabiliza mais de um milhãode inscritos

Os alunos da Escola Estadual Dr. Antônio Raimundo Gomes da Frota, em Goiânia, estão aproveitando o período prorrogado para fazer suas inscrições

Diretora Nara Sousa: pelo fato dasinscrições terem sido prorrogadasmais de 380 alunos estão sendoinscritos no concurso

Prorrogação permite maisalunos inscritos no certame

Professora Vânia Cristina: o maisimportante nesse momento é que osalunos estejam com as inscriçõesconfirmadas

O Gerente de Pojetos da Tribuna, Enoel Júnior: “A página da web podeficar congestionada devido à aproximação do dia de encerramento dasinscrições, mas continuem tentando”

Goiás na Ponta do Lápis:inscrições só até dia 15

FOTOS: PAULO JOSE

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GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20166 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 3

A proposta é promover oprotagonismo juvenil a favorda consolidação da gestãoescolar democrática

A Secretaria de Estado de Educação,Cultura e Esporte de Goiás (Seduce),por meio da Coordenação dePrograma, Projetos e Ações paraJuventude (Paju), da Superintendênciado Ensino Médio, deu início nestasemana ao Circuito Formativo deimplantação dos Grêmios Estudantisnas unidades escolares. A proposta épromover o protagonismo juvenil afavor da consolidação da gestão escolar

democrática.O trabalho começou pela subsecre-

taria de Luziânia na terça-feira, 7/6,com a formação de 39 gestores. Naquarta, 8/6, a superintendência realizouuma roda de conversa e formaçãosobre as organizações estudantis com200 estudantes que são líderes deturma.

“Esses alunos farão o papel defomentadores para os outros colegas,repassando o conhecimento e as infor-mações obtidas nesses encontros.Aliado a isso, os gestores, junto com asubsecretaria, farão um planejamentoestratégico de implementação do grê-mio para cada escola”, explica o supe-rintendente do Ensino Médio, Wisley

Pereira.Após finalizado o trabalho em

Luziânia, a equipe da superintendênciasegue para as subsecretarias dePiracanjuba e Aparecida de Goiâniapromovendo uma discussão salutarcom toda a comunidade escolar edando sequência ao percurso formati-vo dos grêmios.

“As organizações em cada escolanão têm um prazo estabelecido paraserem implementadas. O importante éque os estudantes entendam a impor-tância dessa representatividade e aslegalidades a serem cumpridas, se sin-tam empoderados e seguros do cami-nho que deve ser percorrido”, comple-tou o superintendente.

Rede estadual começa processo deformação dos Grêmios Estudantis

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Fabiola Rodrigues

A primeira fase do processo de apren-dizagem é crucial para que a criança apre-sente no futuro bom desempenho nosestudos. Porém muitos alunos ainda nainfância apresentam alto grau de dificul-dade para aprender. Estudos realizadospor psicólogos apontam que as dificulda-des de aprendizagem atingem 50% dosalunos nos seis primeiros anos de escolari-dade. O resultado é um considerávelnúmero de crianças com problemas paradesenvolver o raciocino.

O trauma da incapacidade de aprendervem sendo um problema crescente nomeio estudantil. Especialista em neuropsi-cologia, a psicóloga Caroline Dias diz quetem recebido muitos alunos em seu con-sultório com graves dificuldades de apren-dizado, devido a problemas físicos, men-tais, emocionais, escolares ou familiaresque aparentemente podem parecer nãoinfluenciar a criança.

“As condições pedagógicas, socioeco-nômicas e familiares, dificuldade visual eauditiva, existência de doenças crônicascomo desnutrição e patologias, timidez,ansiedade e problemas situacionais deimpacto emocional são fatores que cola-boram para as dificuldades de aprendiza-do do aluno. E devem ser investigadas oquanto antes”, afirma a psicóloga.

Os pais devem ficar alerta e observarcomo os filhos estão absorvendo o ensinoque recebem do ambiente escolar. Quandoum estudante apresenta complicações em

Sem acompanhamentoadequado paradiagnosticar o realproblema, estudantes daprimeira fase se sentempressionados e achamque sªo os œnicosresponsÆveis por seus

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na infância é que se aprende a estudar

Os grêmios são organizações

historicamente reconhecidas

dentro do universo estudantil e

têm papel fundamental no vín-

culo entre a ação democrática

escolar e a ação social para alémdos muros da escola.

“Estimular a organização

estudantil significa ouvir o que

temos de primordial dentro da

escola, o aluno. É construir uma

escola com a cooperação e cor-

responsabilização de todos e

acreditar que nossos jovens tam-

bém têm muito a contribuir na

construção de uma educação de

qualidade”, ressaltou Wisley

Pereira. A reativação dos Grêmios é

uma das formas positivas de

organização para a gestão

democrática e, por isso, a

Seduce convida toda a comuni-

dade escolar a fazer parte dessa

discussão. O trabalho da Seduce tem

parceria com o Conselho

Estadual da Juventude

(Conjuve-GO) e com a

Superintendência de Juventude

de Goiás (Sujuv).

Grêmiospossuemtradição deliberdade

Neuropsicóloga Caroline Dias: “É ignorância achar que não conseguiraprender é simplesmente preguiça do aluno”

aprender até mesmo matérias simplespode ser sinal do efeito oculto de compli-cações na aprendizagem, esclareceCaroline Dias.

Sem detecção correta do problema, adificuldade em aprender parece estar rela-cionada apenas às capacidades individuaisda criança, que, quando pressionada, se

acha a única responsável por seus fracas-sos escolares. Segundo a neuropsicóloga,os sentimentos mais comuns das criançasquando encontram dificuldades no apren-dizado são frustração, inferioridade,incompetência, vergonha, baixa autoesti-ma e ansiedade.

Existem alunos que por meses ou atéanos podem apresentar incapacidade deaprendizado das matérias. E são cobradospor isso de forma incorreta.

“Os motivos do baixo rendimentoescolar da criança precisam ser identifi-cados e sanados corretamente. É igno-rância achar que não conseguir aprenderé simplesmente preguiça do aluno. Oproblema precisa ser diagnosticado e tra-tado, para que os estudantes não cres-çam com maiores dificuldades”, diz apsicóloga.

Caroline Dias, que trabalha com aten-dimento psicológico em algumas escolasda cidade de Goiânia, relata que muitascrianças já estão autofragilizadas e sesentindo incompetentes porque não con-seguem desenvolver o aprendizado emsala de aula. Quando tem um estudantenessa situação, a família encontra dificul-dade de reconhecer que a criança podeestar com um problema mais grave naárea emocional ou até mesmo de saúde.

A psicóloga lembra que neste caso éde extrema importância os pais descobri-rem onde pode estar a falha em vez deapontar os “erros” do estudante relacioa-nados ao baixo rendimento escolar. Acriança pode ter alguma doença crônicaque não foi identificada, a didática deensino talvez não seja adequada. Ou atémesmo o aluno pode estar enfrentandoproblemas pessoais.

“Por meio de estudos estou tentandomostrar aos pais e educadores e alertar aeles para que o estudante tenha melhoracompanhamento nos primeiros anos deensino. A realidade de crianças sendotratadas de maneira incorreta pela faltade capacidade em aprender vem acarre-tando traumas em várias crianças”, res-salta Caroline Dias.

PAULO JOSÉ

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EditorManoel Messias

[email protected]

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 7

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016

Cerca de sete mil alunos da rede pública estadual participam da segunda fase dosJogos Estudantis do Estado de Goiás. O torneio é disputado em vários municípiosgoianos e os vencedores de cada modalidade passam para a finalíssima estadual,onde os campeões garantem vaga para a etapa nacional, em João Pessoa (PB). Oobjetivo é incentivar a juventude escolar a praticar atividades físicas, motivando oaprimoramento de habilidades, desenvolvimento do senso de coletividade e supera-ção, além de contribuir para a formação do aluno/atleta. Também é uma oportunida-de para descobrir novos talentos.

O jornalista, sociólogo e mestre em Direito,Relações Internacionais e Desenvolvimento,Renato Dias, 48 anos, lança, nesta segunda-feira, 13 de junho, das 18h às 22h, no Hall deentrada da Assembleia Legislativa, em Goiâ-nia, o livro ‘Luta Armada/ALN-Molipo – AsQuatro Mortes de Maria Augusta Thomaz’,180 páginas, edição de luxo, de junho de 2016.O livro-reportagem relata a história da es-

tudante de Filosofia da PUC-SP [PontifíciaUniversidade Católica] Maria Augusta Tho-maz, que, em 4 de novembro de 1969, seques-trou, com uma bomba no colo, um avião daVarig, em Buenos Aires, desviou-o para Ha-vana, onde fez treinamento de guerrilha e fun-dou o Movimento de Libertação Popular[Molipo]. Um thriller político.O Molipo era uma dissidência da Ação Li-

bertadora Nacional [ALN]. Trata-se da orga-nização de esquerda criada pelo carbonário

baiano, filho de um italiano com uma negrada etnia Haussá, Carlos Marighella, inimigonº 1 do regime, que adotou a estratégia de lutaarmada contra a ditadura civil e militar insta-lada em 1º de abril do turbulento ano de 1964,no Brasil.Formado por 28 integrantes, em sua maio-

ria ex-estudantes, o Molipo deslocou clandes-tinamente, em 1971, militantes para deflagrara guerrilha rural e tentar derrubar a ditaduracivil e militar e construir o socialismo no Brasil.Maria Augusta Thomaz veio no primeirocomboio. A ativista soltou bomba na Esso,atacou o Consulado da Bolívia, participou deexpropriações.Baleada em um tiroteio com a repressão

política e militar, em 1971, a bela revolucioná-ria recuperou-se, um mês depois, voltou àativa, para executar ações diretas, e deslocou-se, com Marcio Beck Machado, também qua-dro do Molipo treinado na Ilha dos IrmãosCastro, para o Estado de Goiás. A ordem eraretomar o projeto de desenvolvimento da lutaarmada original da ALN. Os dois morreramna madrugada fria de 17 de maio de 1973, naFazenda Rio Doce, em Rio Verde [GO].‘Luta Armada/ALN-Molipo – As Quatro

Mortes de Maria Augusta Thomaz’ traz do-cumento obtido com exclusividade nos Arqui-vos do Extinto Serviço Nacional deInformações [SNI], órgão criado por Golberydo Couto e Silva, um dos signatários do Ma-nifesto dos Coronéis, pela deposição de Ge-túlio Vargas, que suicidou-se diante da pressãoem agosto de 1954, e conspirador de 1964.

Escolas e Cmei dão início àstradicionais festas juninasA Escola Municipal Marcos Antônio

Dias Batista, localizada no Jardim EstrelaD'Alva, promoveu na quinta-feira passa-da, dia 9, uma tarde especial de shows. Oscantores Gilberto Correia, WalterCarvalho e Celso Galvão fizeram apre-sentações especiais para as crianças noperíodo da tarde. As atrações integram osprojetos Música na Escola e Palco 2016, promovidos com o apoio da Prefeitura deGoiânia, por meio das secretarias municipais de Educação e Esporte (SME) e deCultura (Secult).

Colégio de Quirinópoliscombate o mosquitoAedes aegyptiA sessão de autógrafos do livro “O

Pirulito das Abelhas”, da jornalista eescritora Ítalo-brasileira Isa Colli, natu-ral do Espírito Santo, teve lugar na 86°Feira do Livro de Lisboa, no dia 28 demaio e foi um sucesso. A fábula, lança-da pela Chiado Editora, ajudará os pro-fessores nos seus planejamentos dinâ-micos, promovendo através da fábricabem-sucedida das abelhinhas, umaexperiência prática de caráter empresa-rial, realçando a importância dessaaprendizagem nos sistemas de educa-ção e formação.

Escola municipal de Goiânia tem tarde musicalA Escola Municipal Marcos

Antônio Dias Batista, localizada noJardim Estrela D'Alva, promoveu naquinta-feira passada, dia 9, uma tardeespecial de shows. Os cantores GilbertoCorreia, Walter Carvalho e CelsoGalvão fizeram apresentações especiaispara as crianças no período da tarde.As atrações integram os projetosMúsica na Escola e Palco 2016, promo-vidos com o apoio da Prefeitura deGoiânia, por meio das secretariasmunicipais de Educação e Esporte(SME) e de Cultura (Secult).

Renato Dias contahistória de líder do Molipo

LUTA ARMADA

Em “As Quatro Mortes deMa ria Augusta Thomaz”,jornalista e sociólogo goianoaborda a vida da“guerrilheira que morreuquatro vezes”Livro de jornalista esociólogo goiano serálançado nesta segunda-feira,às 18h, na Assembleia

Jogos Estudantis de Goiás movimentam mais de sete mil alunos

Além do tratamento especial quedevem dispensar ao estudante diagnostica-do com algum problema pessoal ou noambiente escolar, os professores estão aju-dando a detectar esses problemas apresen-tados pelos alunos.“Atualmente os professores percebem

mais do que os pais que o estudante estáenfrentando algum tipo de problema.Voluntariamente os educadores estão con-tribuindo para que os alunos recebam tra-tamento adequado quanto à incapacidadede aprendizado”, diz a psicóloga.Os pais precisam participar de forma

mais ativa da vida estudantil dos filhos,principalmente nos primeiros anos escola-res. O resultado dessa ausência são crian-ças com incapacidade de aprendizado –lembra Caroline Dias. Os professores queacompanham os alunos no dia a dia setornam muito importante para ajudar oaluno a obter tratamento adequado.A professora Michelly Lôbo dá aula

para alunos de até 10 anos em uma escolaem Goiânia e relata que diferentes proble-mas dificultam o aprendizado. Na maioriados casos os alunos que apresentam inca-pacidade de aprendizagem estão com pro-blemas familiares. Outros têm algumadoença que ainda não foi diagnosticada.“O contato direto que tenho com os

estudantes me faz concluir que as criançassão carentes da participação dos pais tanto

Os professores que acompanham os alunos no dia a dia se tornam muito importante para ajudar o aluno a obtertratamento adequado

Além de fatores externos, existemalgumas condições de origens neurológi-cas e neurobiológicas que podem causarcertas dificuldades de aprendizagem dascrianças no ambiente escolar. A psicólogaCaroline Dias conta que a deficiênciamental, transtorno do déficit de atenção ehiperatividade (TDAH), dislexia, discal-culia, disgrafia, transtornos de humor ede memória, entre outros, são situaçõesque exigem avaliação especializada e tra-tamento por uma equipe multidisciplinar.Crianças que apresentam ainda na infân-cia algum desses problemas precisam deacompanhamento médico e escolar, paranão serem prejudicadas os estudos.O estudante Kaique Brito, de 11 anos

de idade, passa por alguns transtornos dehumor desde início de sua vida estudantil.Com a ausência do pai e a mãe comdepressão crônica, ele é criado pela avó.O comportamento em sala de aula do

Professores ajudam a detectar problemas

Atenção e cuidado previnem deficiências

Avó de estudante Teresinha Moreira:“Quando percebi que meu neto tinhamudança de comportamento resolvilevar ele em um psicólogo”

da vida estudantil quanto pessoal. A esta-bilidade emocional da criança influenciabastante no rendimento escolar”, diz aprofessora.

Uma dica aos pais e educadores: quan-do um aluno apresentar algum tipo de difi-culdade constante em aprender não adian-ta pressioná-lo. O correto nesse caso é

procurar um acompanhamento psicológi-co para que as causas sejam descobertas etratadá-las de maneira correta, ressaltaCarolina Dias.

estudante é inconstante, afetando assim oaprendizado e interatividade da criança –conta a avó, Teresinha Moreira.“Desde quando meu neto começou a

estudar, ele apresenta um comportamen-to diferente na escola. Há momentos queele faz amizades com colegas e professo-res; outra hora ele se fecha bastante enão tem amizade com ninguém. Nocomeço estranhei muito”, diz.Ela lembra que quando o neto apre-

sentava dificuldade em aprender, nãosabia como agir corretamente. Mesmosem querer, julgava a incapacidade doestudante em compreender as matérias.Quando passou a frequentar o ambien-te escolar do neto, os professores aorientaram para que levasse a criançapara fazer tratamento psicológico porcausa da mudança constante de com-portamento.“Foi aí então que resolvi levá-lo no

psicólogo e descobri que ele sofre detranstorno bipolar. Recebi a notícia commuita tristeza, porque às vezes o julgavae não sabia como tratá-lo, mas atual-mente eu o compreendo e tento ajudarele a se desenvolver nos estudos”, conta,emocionada, a avó.Casos como esse estão se repetindo

com muita frequência – diz a psicólogaCaroline Dias. Se não for dada a devidaatenção pela família e educadores, aca-bam acarretando problemas severos navida estudantil da criança.“Compreender os fatores envolvidos

nas dificuldades de aprendizagem e suarepercussão no autoconceito da criançafavorece buscas mais assertivas de reso-lução ou minimização do problema,impedindo que feridas emocionais ocul-tas continuem a surgir em cada compor-tamento incompreensível”, ressaltaCaroline Dias.

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20166 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 3

A proposta é promover oprotagonismo juvenil a favorda consolidação da gestãoescolar democrática

A Secretaria de Estado de Educação,Cultura e Esporte de Goiás (Seduce),por meio da Coordenação dePrograma, Projetos e Ações paraJuventude (Paju), da Superintendênciado Ensino Médio, deu início nestasemana ao Circuito Formativo deimplantação dos Grêmios Estudantisnas unidades escolares. A proposta épromover o protagonismo juvenil afavor da consolidação da gestão escolar

democrática.O trabalho começou pela subsecre-

taria de Luziânia na terça-feira, 7/6,com a formação de 39 gestores. Naquarta, 8/6, a superintendência realizouuma roda de conversa e formaçãosobre as organizações estudantis com200 estudantes que são líderes deturma.

“Esses alunos farão o papel defomentadores para os outros colegas,repassando o conhecimento e as infor-mações obtidas nesses encontros.Aliado a isso, os gestores, junto com asubsecretaria, farão um planejamentoestratégico de implementação do grê-mio para cada escola”, explica o supe-rintendente do Ensino Médio, Wisley

Pereira.Após finalizado o trabalho em

Luziânia, a equipe da superintendênciasegue para as subsecretarias dePiracanjuba e Aparecida de Goiâniapromovendo uma discussão salutarcom toda a comunidade escolar edando sequência ao percurso formati-vo dos grêmios.

“As organizações em cada escolanão têm um prazo estabelecido paraserem implementadas. O importante éque os estudantes entendam a impor-tância dessa representatividade e aslegalidades a serem cumpridas, se sin-tam empoderados e seguros do cami-nho que deve ser percorrido”, comple-tou o superintendente.

Rede estadual começa processo deformação dos Grêmios Estudantis

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Fabiola Rodrigues

A primeira fase do processo de apren-dizagem é crucial para que a criança apre-sente no futuro bom desempenho nosestudos. Porém muitos alunos ainda nainfância apresentam alto grau de dificul-dade para aprender. Estudos realizadospor psicólogos apontam que as dificulda-des de aprendizagem atingem 50% dosalunos nos seis primeiros anos de escolari-dade. O resultado é um considerávelnúmero de crianças com problemas paradesenvolver o raciocino.

O trauma da incapacidade de aprendervem sendo um problema crescente nomeio estudantil. Especialista em neuropsi-cologia, a psicóloga Caroline Dias diz quetem recebido muitos alunos em seu con-sultório com graves dificuldades de apren-dizado, devido a problemas físicos, men-tais, emocionais, escolares ou familiaresque aparentemente podem parecer nãoinfluenciar a criança.

“As condições pedagógicas, socioeco-nômicas e familiares, dificuldade visual eauditiva, existência de doenças crônicascomo desnutrição e patologias, timidez,ansiedade e problemas situacionais deimpacto emocional são fatores que cola-boram para as dificuldades de aprendiza-do do aluno. E devem ser investigadas oquanto antes”, afirma a psicóloga.

Os pais devem ficar alerta e observarcomo os filhos estão absorvendo o ensinoque recebem do ambiente escolar. Quandoum estudante apresenta complicações em

Sem acompanhamentoadequado paradiagnosticar o realproblema, estudantes daprimeira fase se sentempressionados e achamque sªo os œnicosresponsÆveis por seus

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na infância é que se aprende a estudar

Os grêmios são organizações

historicamente reconhecidas

dentro do universo estudantil e

têm papel fundamental no vín-

culo entre a ação democrática

escolar e a ação social para alémdos muros da escola.

“Estimular a organização

estudantil significa ouvir o que

temos de primordial dentro da

escola, o aluno. É construir uma

escola com a cooperação e cor-

responsabilização de todos e

acreditar que nossos jovens tam-

bém têm muito a contribuir na

construção de uma educação de

qualidade”, ressaltou Wisley

Pereira. A reativação dos Grêmios é

uma das formas positivas de

organização para a gestão

democrática e, por isso, a

Seduce convida toda a comuni-

dade escolar a fazer parte dessa

discussão. O trabalho da Seduce tem

parceria com o Conselho

Estadual da Juventude

(Conjuve-GO) e com a

Superintendência de Juventude

de Goiás (Sujuv).

Grêmiospossuemtradição deliberdade

Neuropsicóloga Caroline Dias: “É ignorância achar que não conseguiraprender é simplesmente preguiça do aluno”

aprender até mesmo matérias simplespode ser sinal do efeito oculto de compli-cações na aprendizagem, esclareceCaroline Dias.

Sem detecção correta do problema, adificuldade em aprender parece estar rela-cionada apenas às capacidades individuaisda criança, que, quando pressionada, se

acha a única responsável por seus fracas-sos escolares. Segundo a neuropsicóloga,os sentimentos mais comuns das criançasquando encontram dificuldades no apren-dizado são frustração, inferioridade,incompetência, vergonha, baixa autoesti-ma e ansiedade.

Existem alunos que por meses ou atéanos podem apresentar incapacidade deaprendizado das matérias. E são cobradospor isso de forma incorreta.

“Os motivos do baixo rendimentoescolar da criança precisam ser identifi-cados e sanados corretamente. É igno-rância achar que não conseguir aprenderé simplesmente preguiça do aluno. Oproblema precisa ser diagnosticado e tra-tado, para que os estudantes não cres-çam com maiores dificuldades”, diz apsicóloga.

Caroline Dias, que trabalha com aten-dimento psicológico em algumas escolasda cidade de Goiânia, relata que muitascrianças já estão autofragilizadas e sesentindo incompetentes porque não con-seguem desenvolver o aprendizado emsala de aula. Quando tem um estudantenessa situação, a família encontra dificul-dade de reconhecer que a criança podeestar com um problema mais grave naárea emocional ou até mesmo de saúde.

A psicóloga lembra que neste caso éde extrema importância os pais descobri-rem onde pode estar a falha em vez deapontar os “erros” do estudante relacioa-nados ao baixo rendimento escolar. Acriança pode ter alguma doença crônicaque não foi identificada, a didática deensino talvez não seja adequada. Ou atémesmo o aluno pode estar enfrentandoproblemas pessoais.

“Por meio de estudos estou tentandomostrar aos pais e educadores e alertar aeles para que o estudante tenha melhoracompanhamento nos primeiros anos deensino. A realidade de crianças sendotratadas de maneira incorreta pela faltade capacidade em aprender vem acarre-tando traumas em várias crianças”, res-salta Caroline Dias.

PAULO JOSÉ

Page 8: modalidades nos XIV Jogos Educacionais da rede inscrições ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/06/12-06-2016... · Festival de Atletismo representa o ideal de prosseguirem

EditorManoel Messias

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Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Di re tor Ad mi nis tra ti vo e FinanceiroFrancisco Carlos Júlio Ramos

francisco@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado nos jornais Tribuna do Planalto, Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste (Rio Verde)

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016 7

Educação EM FOCO

2 GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016

Cerca de sete mil alunos da rede pública estadual participam da segunda fase dosJogos Estudantis do Estado de Goiás. O torneio é disputado em vários municípiosgoianos e os vencedores de cada modalidade passam para a finalíssima estadual,onde os campeões garantem vaga para a etapa nacional, em João Pessoa (PB). Oobjetivo é incentivar a juventude escolar a praticar atividades físicas, motivando oaprimoramento de habilidades, desenvolvimento do senso de coletividade e supera-ção, além de contribuir para a formação do aluno/atleta. Também é uma oportunida-de para descobrir novos talentos.

O jornalista, sociólogo e mestre em Direito,Relações Internacionais e Desenvolvimento,Renato Dias, 48 anos, lança, nesta segunda-feira, 13 de junho, das 18h às 22h, no Hall deentrada da Assembleia Legislativa, em Goiâ-nia, o livro ‘Luta Armada/ALN-Molipo – AsQuatro Mortes de Maria Augusta Thomaz’,180 páginas, edição de luxo, de junho de 2016.O livro-reportagem relata a história da es-

tudante de Filosofia da PUC-SP [PontifíciaUniversidade Católica] Maria Augusta Tho-maz, que, em 4 de novembro de 1969, seques-trou, com uma bomba no colo, um avião daVarig, em Buenos Aires, desviou-o para Ha-vana, onde fez treinamento de guerrilha e fun-dou o Movimento de Libertação Popular[Molipo]. Um thriller político.O Molipo era uma dissidência da Ação Li-

bertadora Nacional [ALN]. Trata-se da orga-nização de esquerda criada pelo carbonário

baiano, filho de um italiano com uma negrada etnia Haussá, Carlos Marighella, inimigonº 1 do regime, que adotou a estratégia de lutaarmada contra a ditadura civil e militar insta-lada em 1º de abril do turbulento ano de 1964,no Brasil.Formado por 28 integrantes, em sua maio-

ria ex-estudantes, o Molipo deslocou clandes-tinamente, em 1971, militantes para deflagrara guerrilha rural e tentar derrubar a ditaduracivil e militar e construir o socialismo no Brasil.Maria Augusta Thomaz veio no primeirocomboio. A ativista soltou bomba na Esso,atacou o Consulado da Bolívia, participou deexpropriações.Baleada em um tiroteio com a repressão

política e militar, em 1971, a bela revolucioná-ria recuperou-se, um mês depois, voltou àativa, para executar ações diretas, e deslocou-se, com Marcio Beck Machado, também qua-dro do Molipo treinado na Ilha dos IrmãosCastro, para o Estado de Goiás. A ordem eraretomar o projeto de desenvolvimento da lutaarmada original da ALN. Os dois morreramna madrugada fria de 17 de maio de 1973, naFazenda Rio Doce, em Rio Verde [GO].‘Luta Armada/ALN-Molipo – As Quatro

Mortes de Maria Augusta Thomaz’ traz do-cumento obtido com exclusividade nos Arqui-vos do Extinto Serviço Nacional deInformações [SNI], órgão criado por Golberydo Couto e Silva, um dos signatários do Ma-nifesto dos Coronéis, pela deposição de Ge-túlio Vargas, que suicidou-se diante da pressãoem agosto de 1954, e conspirador de 1964.

Escolas e Cmei dão início àstradicionais festas juninasA Escola Municipal Marcos Antônio

Dias Batista, localizada no Jardim EstrelaD'Alva, promoveu na quinta-feira passa-da, dia 9, uma tarde especial de shows. Oscantores Gilberto Correia, WalterCarvalho e Celso Galvão fizeram apre-sentações especiais para as crianças noperíodo da tarde. As atrações integram osprojetos Música na Escola e Palco 2016, promovidos com o apoio da Prefeitura deGoiânia, por meio das secretarias municipais de Educação e Esporte (SME) e deCultura (Secult).

Colégio de Quirinópoliscombate o mosquitoAedes aegyptiA sessão de autógrafos do livro “O

Pirulito das Abelhas”, da jornalista eescritora Ítalo-brasileira Isa Colli, natu-ral do Espírito Santo, teve lugar na 86°Feira do Livro de Lisboa, no dia 28 demaio e foi um sucesso. A fábula, lança-da pela Chiado Editora, ajudará os pro-fessores nos seus planejamentos dinâ-micos, promovendo através da fábricabem-sucedida das abelhinhas, umaexperiência prática de caráter empresa-rial, realçando a importância dessaaprendizagem nos sistemas de educa-ção e formação.

Escola municipal de Goiânia tem tarde musicalA Escola Municipal Marcos

Antônio Dias Batista, localizada noJardim Estrela D'Alva, promoveu naquinta-feira passada, dia 9, uma tardeespecial de shows. Os cantores GilbertoCorreia, Walter Carvalho e CelsoGalvão fizeram apresentações especiaispara as crianças no período da tarde.As atrações integram os projetosMúsica na Escola e Palco 2016, promo-vidos com o apoio da Prefeitura deGoiânia, por meio das secretariasmunicipais de Educação e Esporte(SME) e de Cultura (Secult).

Renato Dias contahistória de líder do Molipo

LUTA ARMADA

Em “As Quatro Mortes deMa ria Augusta Thomaz”,jornalista e sociólogo goianoaborda a vida da“guerrilheira que morreuquatro vezes”Livro de jornalista esociólogo goiano serálançado nesta segunda-feira,às 18h, na Assembleia

Jogos Estudantis de Goiás movimentam mais de sete mil alunos

Além do tratamento especial quedevem dispensar ao estudante diagnostica-do com algum problema pessoal ou noambiente escolar, os professores estão aju-dando a detectar esses problemas apresen-tados pelos alunos.“Atualmente os professores percebem

mais do que os pais que o estudante estáenfrentando algum tipo de problema.Voluntariamente os educadores estão con-tribuindo para que os alunos recebam tra-tamento adequado quanto à incapacidadede aprendizado”, diz a psicóloga.Os pais precisam participar de forma

mais ativa da vida estudantil dos filhos,principalmente nos primeiros anos escola-res. O resultado dessa ausência são crian-ças com incapacidade de aprendizado –lembra Caroline Dias. Os professores queacompanham os alunos no dia a dia setornam muito importante para ajudar oaluno a obter tratamento adequado.A professora Michelly Lôbo dá aula

para alunos de até 10 anos em uma escolaem Goiânia e relata que diferentes proble-mas dificultam o aprendizado. Na maioriados casos os alunos que apresentam inca-pacidade de aprendizagem estão com pro-blemas familiares. Outros têm algumadoença que ainda não foi diagnosticada.“O contato direto que tenho com os

estudantes me faz concluir que as criançassão carentes da participação dos pais tanto

Os professores que acompanham os alunos no dia a dia se tornam muito importante para ajudar o aluno a obtertratamento adequado

Além de fatores externos, existemalgumas condições de origens neurológi-cas e neurobiológicas que podem causarcertas dificuldades de aprendizagem dascrianças no ambiente escolar. A psicólogaCaroline Dias conta que a deficiênciamental, transtorno do déficit de atenção ehiperatividade (TDAH), dislexia, discal-culia, disgrafia, transtornos de humor ede memória, entre outros, são situaçõesque exigem avaliação especializada e tra-tamento por uma equipe multidisciplinar.Crianças que apresentam ainda na infân-cia algum desses problemas precisam deacompanhamento médico e escolar, paranão serem prejudicadas os estudos.O estudante Kaique Brito, de 11 anos

de idade, passa por alguns transtornos dehumor desde início de sua vida estudantil.Com a ausência do pai e a mãe comdepressão crônica, ele é criado pela avó.O comportamento em sala de aula do

Professores ajudam a detectar problemas

Atenção e cuidado previnem deficiências

Avó de estudante Teresinha Moreira:“Quando percebi que meu neto tinhamudança de comportamento resolvilevar ele em um psicólogo”

da vida estudantil quanto pessoal. A esta-bilidade emocional da criança influenciabastante no rendimento escolar”, diz aprofessora.

Uma dica aos pais e educadores: quan-do um aluno apresentar algum tipo de difi-culdade constante em aprender não adian-ta pressioná-lo. O correto nesse caso é

procurar um acompanhamento psicológi-co para que as causas sejam descobertas etratadá-las de maneira correta, ressaltaCarolina Dias.

estudante é inconstante, afetando assim oaprendizado e interatividade da criança –conta a avó, Teresinha Moreira.“Desde quando meu neto começou a

estudar, ele apresenta um comportamen-to diferente na escola. Há momentos queele faz amizades com colegas e professo-res; outra hora ele se fecha bastante enão tem amizade com ninguém. Nocomeço estranhei muito”, diz.Ela lembra que quando o neto apre-

sentava dificuldade em aprender, nãosabia como agir corretamente. Mesmosem querer, julgava a incapacidade doestudante em compreender as matérias.Quando passou a frequentar o ambien-te escolar do neto, os professores aorientaram para que levasse a criançapara fazer tratamento psicológico porcausa da mudança constante de com-portamento.“Foi aí então que resolvi levá-lo no

psicólogo e descobri que ele sofre detranstorno bipolar. Recebi a notícia commuita tristeza, porque às vezes o julgavae não sabia como tratá-lo, mas atual-mente eu o compreendo e tento ajudarele a se desenvolver nos estudos”, conta,emocionada, a avó.Casos como esse estão se repetindo

com muita frequência – diz a psicólogaCaroline Dias. Se não for dada a devidaatenção pela família e educadores, aca-bam acarretando problemas severos navida estudantil da criança.“Compreender os fatores envolvidos

nas dificuldades de aprendizagem e suarepercussão no autoconceito da criançafavorece buscas mais assertivas de reso-lução ou minimização do problema,impedindo que feridas emocionais ocul-tas continuem a surgir em cada compor-tamento incompreensível”, ressaltaCaroline Dias.

Ensino e aprendizado

Crianças se sentemincapazes de aprenderEstudos realizados por psicólogos apontam que as

dificuldades de aprendizagem atingem 50% dos alunos

nos seis primeiros anos de escolaridade. Págs. 6 e 7

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Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

PAULO JOSÉ

ANO 10 - NÚ ME RO 756 – GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 2016

O maior Concurso de redação, desenho fotografia e vídeo do Centro-Oeste encerra o período de inscrições esta semana,no dia 15 de junho. O Goiás na Ponta do Lápis está com o site disponível para receber cadastros dos estudantes quedesejam participar da 12ª edição e concorrer a diversos prêmios. Págs. 4 e 5

GO I Â NIA, 12 A 18 DE JUNHO DE 20168

Às suas marcas!

É hora do atletismo!

Daniela Rezende

Com origem nas primeirasOlimpíadas da Grécia Antiga, mais de700 anos antes de Cristo, as provas deatletismo até hoje encantam pratican-tes e expectadores. No primeiro finalde semana de junho, cerca de 2,4 milalunos da rede municipal de Goiâniapuderam ter contato com a modalida-de esportiva, durante o Festival deAtletismo, dos XIV Jogos Educacionaisda Secretaria Municipal de Educação eEsporte (SME).

Na pista ou no campo, educandosdo Ensino Fundamental e da Educaçãode Adolescentes, Jovens e Adultos(Eaja) participaram das competições,na Escola Superior de Educação Físicae Fisioterapia do Estado de Goiás(Eseffego). Nas corridas, divididas emvelocidade e resistência, alunos comidade a partir de 6 anos e até idososcorreram de acordo com as categorias,em provas de 50, 75, 100, 800 e 1500metros. Provas de campo, como saltoem distância, salto em altura e arre-messo de peso, também integraram osdias de competição.

Nesta edição de 2016, o Festival de

Festival de Atletismo levoucerca de 2,4 mil alunosaos Jogos Educacionais darede municipal de Goiânia

Atletismo contou com a participaçãode alunos com necessidades especiais,do Centro de Orientação, Reabilitaçãoe Assistência ao Encefalopata (Corae) ede escolas da rede. “Isso demonstraque para o esporte não há limites. Oatletismo é uma modalidade fácil de sepraticar, que estimula a prática deexercícios e previne o sedentarismo”,comentou Jair Marinho, gerente deIniciação Esportiva, EsporteEducacional e Rendimento.

A participação nos JogosEducacionais não tem caráter obrigató-rio, como ressalta Lara Cabral, apoiotécnico que integra a organização doevento. “Os Jogos envolvem a maioriadas escolas da rede municipal deGoiânia e é aberto para todas as unida-des educacionais e todos os ciclos deformação, tanto anos finais, quantoanos iniciais. Integra todas as faixasetárias e a participação fica a critériodas instituições, que entregam suasfichas de inscrição na SME, no mês demarço”, explicou.

Weverton Farias e João PauloBarbosa, 13 anos, alunos da EscolaMunicipal Professora Marília CarneiroAzevedo Dias, do Jardim GuanabaraIII, vieram pela primeira vez aos Jogos.“A iniciativa é legal, onde podemos terespírito esportivo. Vou participar decorrida e tentar o salto em altura. Já vialgumas dessas competições pela TV.”,contou João Paulo.

“O esporte para mim é tudo, meio

de diversão e educação. Acompanhei apassagem da tocha em Goiânia e gosteimuito. Faço escolinha de futebol e issome ajuda demais. Hoje é domingo e seeu não tivesse aqui, estaria no compu-tador. Prefiro estar aqui com os colegase fazendo um esporte diferente”, opi-nou Weverton.

VIVÊNCIA E SOCIALIZAÇÃO

Além do atletismo convencio-nal, a SME realiza o atletismo mirimcom as crianças da Educação Infantil,que estudam nas turmas de pré-escolae nos centros municipais de EducaçãoInfantil (Cmei). No segundo semestre,os alunos participam das modalidadescoletivas voleibol, handebol, futsal,basquete e queimada. A disciplina deEducação Física nas escolas é parceirano processo, que promove socializa-ção, aliado ao contexto social dos edu-candos.

De acordo com Jair Marinho, oFestival ajuda a divulgar o esporteatletismo e fazer com que as pessoastomem gosto pela modalidade.“Goiânia possui espaços favoráveis àprática de corridas. Parques e praçasque podem ser utilizados pela popula-ção. A corrida é individual e dependeda boa vontade das pessoas em prati-carem e treinarem o esporte, que éolímpico e também paraolímpico”,concluiu o gerente.

Para Alexandre Rocha Sales, que éapoio pedagógico da Gerência de

Projetos Educacionais e integra a orga-nização dos Jogos, o evento tem ointuito de oferecer para as escolas avivência e a prática das modalidades.“Especificamente no atletismo, os alu-nos vivenciam as modalidades que sãomais fáceis e possíveis de serem traba-lhadas na escola. Posteriormente aoatletismo, teremos outras modalida-des. Neste ano, fizemos as trilhas paraa Educação Infantil e agora o atletis-mo”, destacou.

JOGOS DA BOA CONVIVÊNCIA

Os Jogos tem como objetivo incenti-var a prática cotidiana do professor deEducação Física nas instituições darede municipal de ensino, na aborda-gem de temas que favoreçam o respei-to aos colegas, às regras desportivas eàs normas sociais de boa convivência.As competições também tem comometa promover o esporte, a prática deexercícios físicos e o desenvolvimentohumano de forma integral.

A mais de 10 anos, RamonRodrigues, professor de EducaçãoFísica da Escola Municipal AliceCoutinho, leva alunos aos JogosEducacionais da Rede Municipal deEnsino. “Para alguns educandos, oFestival de Atletismo representa oideal de prosseguirem e atingirem umagrande meta e índice. Para outros é umlazer, pois o importante não é vencer, esim participar e competir com espíritoesportivo”, destacou o professor.

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Educandos do ensino noturno vivenciaram asmodalidades nos XIV Jogos Educacionais da rede

Alunos com necessidades especiais tambémintegraram os Jogos Última semana para realizar

inscrições no concurso

PAU

LO J

OSÉ