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MORFOLOGIA E ULTRA- ESTRUTURA DE BACTÉRIAS MORFOLOGIA E ULTRA- ESTRUTURA DE BACTÉRIAS Microbiologia FFI 0751 Microbiologia FFI 0751 Profa Profa . Dra. . Dra. Ilana Ilana Camargo Camargo

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MORFOLOGIA E ULTRA-ESTRUTURA DE BACTÉRIAS

MORFOLOGIA E ULTRA-ESTRUTURA DE BACTÉRIAS

Microbiologia FFI 0751Microbiologia FFI 0751ProfaProfa. Dra. . Dra. IlanaIlana CamargoCamargo

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A cA céélula procarilula procarióóticatica

o Parede celular

o Membrana plasmática

o Citoplasma (80% água, proteínas, carboidratos, lipídeos, íons orgânicos, compostos de baixo peso molecular) – não possui citoesqueleto.

o Área Nuclear ou nucleóide

o DNA circular grande de dupla fita (=cromossomo bacteriano), fixado à membrana plasmática.

o Plasmídeo: DNA circular pequeno de dupla fita, replicação independente, 5 a 100 genes, transportam genes relacionados à resistência a antibióticos, tolerância a metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas. 1 a várias cópias, 1 ou mais tipos por célula.

o Ribossomos – milhares, conferindo aspecto granular ao citoplasma; 70S (30s+50S); sensível à ação de antibióticos.

o Inclusões

*Estrutura da célula

eucariótica: membrana,

citoplasma e núcleo.

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A cA céélula procarilula procarióótica ttica tíípicapica

Corte transversal de uma bactéria. a) Esquema. b) Micrografia. (Fonte: Tortora et al., 2005)

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A cA céélula procarilula procarióótica tica x cx céélula eucarilula eucarióóticatica

� DNA (material genético) não está envolvido por uma membrana e ele é um cromossomo circular.

� DNA não está associado a proteínas histonas.

� Não possuem organelas revestidas por membranas.

� Parede celular contendo quase sempre peptídeoglicano.

� Geralmente divisão celular por fissão binária (envolve menos estruturas e processos que a divisão de eucariotos).

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Cromossomo da Escherichia coli: tem cerca de 4,6 milhões de pares de bases (~4.300 genes) e cerca de 1 mm de comprimento. a)DNA emergindo da célula rompida.b)Mapa genético. Unidades baseadas no tempo necessário para transferir os genes durante o acasalamento entre duas células.(Fonte: Tortora et al., 2005)

Procariotos - bactéria

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1 CromossomoDNA de dupla fita, circular, grandeE. coli – 1,3 µµµµm de comprimento

- 4,2 x 103 kbMycoplasma – 750 kb

Exceção:Brucella abortus – 2 cromossomos diferentes

http://www.sciencebuddies.org/mentoring/plugin_bac_diversity_bacteria_and_dna.jpg

Replicação de DNA bacteriano

Procariotos - bactéria

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PlasmPlasm íídeosdeos

DNA circular pequeno, de dupla fita, além do cromossomo

bacteriano;

♦ São elementos genéticos extra-cromossômicos: não estão

conectados ao cromossomo bacteriano principal e replicam-se

independentemente do DNA cromossômico;

♦ Contém de 5 a 100 genes não cruciais para a sobrevivência da

bactéria em condições ambientais normais;

♦ Podem ser ganhos ou perdidos sem lesar as células;

♦ Alguns conferem a vantagem da transferência de genes de

resistência aos antibióticos, tolerância aos metais tóxicos,

produção de toxinas e síntese de enzimas.

♦ Podem ser utilizados para a manipulação genética.

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Plasmídeos – elementos de DNA móveis que não são essenciais

para a vida do microrganismo, mas que traz vantagens

Procariotos - bactéria

Plasmídeos de 70 kb – grandes3.5 kb - pequenos

enovelado

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- Genes de virulência ou de resistência às drogas,

- Origem de replicação para produzir cópias que passam para células filhas na divisão celular ou paraoutra célula através da conjugação,

- Integrativos que se inserem no cromossomo bacteriano ou não

Conjugação

Plasmídeos

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Resistência aos antimicrobianos devido àaquisição de plasmídeos

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Ribossomos

Ribossomos são caracterizados pelo coeficiente de sedimentação, expresso em unidades Svedberg (S).

Procariotos: 70S � contém uma subunidade grande (50S) e uma pequena (30S)

Eucariotos: 80S � contém uma subunidade grande (60S) e uma pequena (40S)

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Tamanho das cTamanho das céélulaslulas

Fonte: Madigan et al., 2004

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Mycoplasma – as menores

Classe MollicutesOrdem MycoplasmatalesFamilia Mycoplasmataceae2 gêneros: Mycoplasma e Ureaplasma

•São os menores procariotos capazes de se multiplicar de modo independente (0,2 – 0,3 um);

•Pleomórficos;

•Não possui parede celular;

•Membrana possui colesterol;

•Requerem esteróis para o crescimento;

•Genoma pequeno (580 – 2200 kpb)

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Tamanho das cTamanho das céélulas lulas -- gigantesgigantes

Epulopiscium sp, bactéria endossimbionte de peixes herbívoros marinhos.

Células podem atingir o tamanho de 600 um por 80 um.http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=107617

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Morfologia celular: Forma e arranjoMorfologia celular: Forma e arranjoCoco Bacilo (ou bastonete)

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Forma de estrela: StellaForma quadrada e plana: HaloarculaEspiral

Morfologia celular: Forma e arranjoMorfologia celular: Forma e arranjo

Forma helicoidal (saca-rolhas) com corpo rígido, movimentação com flagelos

Forma helicoidal (saca-rolhas) com corpo flexível, movimentação com filamento axial (flagelo contido em bainha externa flexível)

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o Parede celularo Estruturas internas à parede

o Membrana citoplasmáticao Inclusõeso Endósporos

o Estruturas externas à paredeo Glicocálice (ou glicocálix)o Flageloso Fímbrias e Pili

o Locomoção da célula bacterianao Flagelaro Deslizamentoo Taxias (fototaxia, quimiotaxia)

Aula de hoje...Aula de hoje...

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Parede celularParede celular

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o Estrutura complexa, semi-rígida e que confere forma à célula.

o Previne a ruptura da célula – fornece rigidez contra a pressão de turgor (meio intracelular é geralmente mais concentrado em solutos que o meio externo).

o Proteção contra choques físicos;

o Essencial para crescimento e divisão da célula;

o Importância clínica e taxonômica;

o Visualização individualizada somente em microscopia eletrônica.

Parede celular Parede celular -- FunFunççãoão

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Parede celular Parede celular –– GramGram--Positivo e GramPositivo e Gram--NegativoNegativo

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Parede celular Parede celular –– composicomposiçção e estruturaão e estrutura

o Peptideoglicano (ou mureína) –principal componente da camada rígida da parede (só encontrado em Bacteria ).

o Unidades repetidas de um dissacarídeo unido por polipeptídeos.

Ligação ββββ 1,4 ���� sensível à lisozima!!

Cadeia de glicano (ligaç ões covalentes)

Cadeia adjacente de glicano

Interligadas através da ligação cruzada de suas cadeias de tetrapeptídeos para formar peptídeo glicano

Ponte cruzada de peptídeos

N-acetilmurâmico N-acetilglicosamina(NAM) (NAG)

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http://www.cryst.bbk.ac.uk/PPS95/course/10_interactions/NAMNAGb14_t.gif

Parede celular Parede celular –– composicomposiçção e estruturaão e estrutura

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Organização das unidades repetitivas formando a camada de peptideoglicano.

a) Ligação cruzada em bactérias Gram-negativas. b) Ponte interpeptídica de glicina em bactérias Gram-positiva

(Staphylococcus aureus). c) Várias fitas de peptídeoglicano unidas por ligações

cruzadas. (Fonte: Madigan et al., 2004).

Obs.: DAP (ácido diaminopimélico) ocorre nas Gram-negativo e poucas Gram-positivo; Lys (lisina), maioria dos cocos Gram-positivo.

Parede celular Parede celular –– composicomposiçção e estruturaão e estrutura

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Paredes celulares de Paredes celulares de BacteriaBacteria

Diagrama esquemático das paredes celulares de bactérias Gram-positivo (a) e Gram-negativo (b)

(Fonte: Madigan et al., 2004)

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(c) Micrografia eletrônica de Arthrobacter crystallopoietes (Gram-positiva). (d) Leucothrix mucor (Gram-negativa). (e) e (f) MEV de

Bacillus subtilis e E.coli.(Fonte: Madigan et al., 2004).

Paredes celulares de Paredes celulares de BacteriaBacteria

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(Camargo et al, AAC 2008)

Micrografia eletrônica de transmissão de Staphylococcus aureus

Parede celular medida em nm

Parede das bactParede das bactéérias rias GramGram--positivopositivo

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Parede das bactParede das bactéérias rias GramGram--positivopositivo

o Muitas camadas (até ~25) de peptideoglicano (corresponde a 90% da parede).

o Apresentam ácido teicóico (polissacarídeo ácido, com resíduo de glicerol fosfato ou ribitolfosfato), que confere carga negativa à superfície celular, regulando o movimento de íons + na célula.

o Ácidos teicóicos – respondem pela especificidade antigênica da parede , tornando possível a identificação de bactérias em testes laboratoriais.

Fonte: Madigan et al, 2004.

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Parede das bactParede das bactéérias rias GramGram--negativonegativo

o Membrana externa composta de lipopolissacarídeo (LPS), lipoproteínas e fosfolipídeos.

o Periplasma – espaço entre a MP e a ME – fluido com alta concentração de enzimas e proteínas de transporte.

o Uma ou poucas camadas de peptideoglicano (que não contém ácido teicóico).

Fonte: Madigan et al, 2004.

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Parede das Parede das GramGram--negativonegativo

o Membrana externao Permeável a pequenas moléculas pela presença de porinas, que permitem a

passagem de moléculas hidrofílicas de baixa massa molecular (alguns nucleotídeos, dissacarídeos, peptídeos, aminoácidos, vitamina B12 e ferro).

o Propriedade tóxica: associada ao lipídeo A (=endotoxina ) do LPS. Exemplos de gêneros patogênicos Escherichia, Salmonella e Shigella.

o Polissacarídeos O do LPS atuam como antígenos e são úteis para diferenciar espécies de bactérias Gram-negativas.

Estrutura do lipopolissacarídeo de bactérias Gram-negativas. A composição química do lipídeo A e dos polissacarídeos é variável nas diferentes espécies.

Fonte: Madigan et al, 2004.

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CaracterCaracteríísticas comparativas entre Gram sticas comparativas entre Gram –– e +e +

Característica Gram-positivo Gram-negativo

Reação de Gram.Retém o corante violeta

Aceita o contracorante(safranina)

Camada de peptideoglicano.Espessa –múltiplas

Camada única –fina

Ácidos teicóicos.Presentes em muitas

Ausentes

Espaço periplasmático. Ausente Presente

Membrana externa. Ausente Presente

Conteúdo de LPS. Nenhum Alto

Conteúdo de lipídeos e lipoproteínas. BaixoAlto (devido àME)

Toxinas produzidas. Exotoxinas Endotoxinas

Resistência à ruptura física. Alta Baixa

Ruptura da parede por lisozima. Alta Baixa

Sensibilidade à penicilina e às sulfonamidas. Alta Baixa

Sensibilidade à estreptomicina, cloranfenicole tetraciclina.

Baixa Alta

Adaptado de Tortora et al., 2005.

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Parede celular de Parede celular de ArchaeaArchaea

o Diversidade de tipos de parede neste domínio – porém inexiste peptideoglicano .

o Tipo mais comum: Camada S – camada superficial paracristalina (também encontrada em Bacteria)

o formada por um arranjo bidimensional de proteínas, com várias simetrias;

o função pouco esclarecida: atua como barreira de permeabilidade – permite passagem de pequenas moléculas;

o em bactérias patogênicas poderia proteger a célula contra mecanismo de defesa da célula hospedeira.

o Paredes compostas por polissacarídeos, glicoproteín as ou proteínas(Methanosarcina, Halococcus).

o Pseudopeptideoglicano : presente em algumas espécies de Archaea, como Methanobacterium.

o Possui o N-acetiltalosaminurônico (NAT), em substituição ao N-acetilmurâmico (NAM) de Bacteria.

o Ligações glicosídicas do tipo ββββ-1,3 (insensível à lisozima).

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Pseudopeptideoglicano de Archaea: ligações peptídicas cruzadas entre os resíduos do NAT (N-acetil talosaminurônico).

Fonte: Madigan et al, 2004.

Parede celular de Parede celular de ArchaeaArchaea

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� Parede celularo Estruturas internas à parede

o Membrana citoplasmática

o Inclusões

o Endósporos

o Estruturas externas à paredeo Glicocálice (ou glicocálix)

o Flagelos

o Fímbrias e Pili

o Locomoção da célula bacterianao Flagelar

o Deslizamento

o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)

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Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática dos procariotostica dos procariotos

Bicamada de fosfolipídios (invertidos)

Porção hidrofílica Porção hidrofóbica

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Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática dos procariotostica dos procariotos

o Bacteria possuem hopanol, em substituição ao esterol das MP dos eucariotos (o que torna a MP menos rígida).

o Algumas bactérias possuem dobras internas da MP onde localizam-se enzimas e pigmento envolvidos na fotossíntese (cromatóforos ou tilacóides).

Estrutura de uma bicamada lipídica. Fonte: Madigan et al., 2004.

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Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática dos procariotostica dos procariotos

Funções:

-Barreira para a maior parte das moléculas

solúveis em água, é muito mais seletiva que a

Parede Celular.

- Sítio de localização de Permeases, proteínas

específicas que transportam pequenas

moléculas para dentro da célula;

-Enzimas produzem energia e auxiliam a

síntese da Parede Celular.

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Funções de barreira: Osmose e Difusão

Membrana citoplasmática bacteriana

Permite a osmose - entrada de

água quando em uma solução

hipotônica (baixa concentração de

soluto) e saída de água de dentro da

célula para fora quando em solução

hipertônica (alta concentração de

soluto).

Também permite a difusão simples, a entrada de moléculas pequenas como

oxigênio e dióxido de carbono, dissolvidos por meio da membrana citoplasmática

sem gasto de energia (um processo passivo);

Entretanto, a maior parte dos nutrientes é transportada por permeases e

requer gasto de energia (processo ativo)

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Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática dos procariotostica dos procariotos

Proton motive force is composed of ∆pH and ∆ΨΨΨΨ (membrane potential)

Redox loop and electron transfer chain

Dehydrogenase + quionone + Proton pump + cytochrome + ATP synthase

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As membranas citoplasmáticas de muitas bactérias estendem-se no

citoplasma para formar túbulos chamados Mesossomos.

Parecem estar:

- ligados ao material nuclear;

- envolvidos na replicação de DNA;

- envolvidos na divisão celular.

Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática dos procariotostica dos procariotos

http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_crv/%7B66BDC17A-6FDE-4726-A6E9-6B427F0A7C93%7D_0801_image009.gif

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A maioria das Membranas Citoplasmáticas procarióticas n ão contém esteróis (colesterol), por isso são menos rígi das que as

células eucarióticas.

Exceção são os micoplasmas , a única eubactéria que não possui parede celular.

Possuem esteróis junto à membrana citoplasmática aj udando a manter sua integridade.

Membrana citoplasmática bacteriana

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Mycoplasma – as menores bactérias

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Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática de tica de ArchaeaArchaea

• Diferença dos domínios Bacteria e Eucarya está na composição do lipídeo.– Ligação do tipo éter entre glicerol e a cadeia lateral.– Cadeia lateral não é um ácido graxo e sim unidades repetitivas

de isopreno (hidrocarboneto de 5 C).

(a) Ligação éster (liga o glicerol ao ácido graxo em Eucarya e Bacteria). (b) Ligação éter (liga o glicerol à cadeia lateral, em Archaea).(c) Isopreno, estrutura da cadeia lateral hidrofóbica dos lipídeos de Archaea.

Fonte: adaptado de Madigan et al., 2004.

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Membrana citoplasmMembrana citoplasmáática de tica de ArchaeaArchaea

• Tipos de cadeia lateral definem a alta resistência a rupturas que alguns grupos apresentam, inclusive as ocasionadas por altas temperaturas (caso das arquéias hipertermófilas).

Principais lipídeos de Archaeae a estrutura de suas

membranas. Fonte: Madigan et al., 2004.

Na monocamada lipídica as cadeias laterais de fitanil de cada molécula

de glicerol estão covalentemente ligadas,

o que confere a resistência a rupturas.

Page 44: Micro Biolog i a Slide Internet

� Paredeo Estruturas internas à parede

� Membrana citoplasmática

o Inclusões

o Endósporos

o Estruturas externas à paredeo Glicocálice (ou glicocálix)

o Flagelos

o Fímbrias e Pili

o Locomoção da célula bacterianao Flagelar

o Deslizamento

o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)

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Inclusões da cInclusões da céélula bacterianalula bacteriana

• Função de armazenamento de energia ou como reservatório de constituintes estruturais.

• Geralmente envolvidas por uma fina camada de lipídeos.

• Polímeros de armazenamento de carbono

– PHB (ácido poli-b-hidroxibutírico): natureza lipídica

– PHA (poli-b-hidroxialcanoato): nome coletivo para os grânulos acumulados, cujos polímeros podem variar de tamanho (C4 atéC18).

– Glicogênio (polímero de glicose)

Estrutura química do PHB.Micrografia eletrônica de uma seção da célula de Rhodovibrio sodomensis.

(Fonte: Madigan et al., 2004)

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Inclusões da cInclusões da céélula bacterianalula bacteriana

• Grânulos de polifosfato (volutina): reserva de fosfato inorgânico para ser usado na síntese de ATP (também encontrados em algas, fungos e protozoários).

• Grânulos de enxofre: Thiobacillus (bactéria do enxofre).

• Magnetossomos: inclusões de óxidos de ferro - Fe3O4 – em algumas bactérias Gram-negativo. Função provável relacionada ao movimento –atração magnética a sedimentos onde [ ] de O2 é menor.

• Vesículas de gás: em procariotos aquáticos (cianobactérias, fotossintéticas anoxigênicas), com função de aumentar a flutuabilidade.

Magnetossomos: fotomicrografiade Aquaspirillum

magnetotacticum com uma cadeia de magnetossomos.

Fonte: Tortora et al., 2005.

Page 47: Micro Biolog i a Slide Internet

� Parede celularo Estruturas internas à parede

� Membrana citoplasmática

� Inclusões

o Endósporos

o Estruturas externas à paredeo Glicocálice (ou glicocálix)

o Flagelos

o Fímbrias e Pili

o Locomoção da célula bacterianao Flagelar

o Deslizamento

o Taxias (fototaxia, quimiotaxia)

Page 48: Micro Biolog i a Slide Internet

EndEndóósporossporos

• Estruturas de resistência (ao calor, à agentes químicos, àdessecação, radiação), desidratadas e duráveis.

• São formados em condições de exaustão de nutrientes no meio.

• Geralmente em bactérias do solo, Gram-positivo (descritos em cerca de 20 gêneros de Bacteria). Não se observou em Archaea.

• Bem estudados nos gêneros Clostridium e Bacillus.

• Podem permanecer dormentes por longos períodos de tempo:

– Clostridium aceticum: 34 anos, frasco perdido em depósito da Universidade da Califórnia.

– Thermoactinomyces: 2.000 anos. Fragmentos de ruínas de sítio arqueológico romano no Reino Unido.

Page 49: Micro Biolog i a Slide Internet

FormaFormaçção do endão do endóósporosporo

• Condição de limitação de um ou mais nutrientes essenciais.

• Em B. subtilis, ~ 200 genes envolvidos no processo de esporulação. Processo completo pode levar 8 horas.

• Interrupção da síntese de proteínas envolvidas nas funções da célula vegetativa e ativação da síntese das proteínas específicas do esporo, em resposta a um sinal ambiental.

Célula com metabolismo ativo e

úmida

Endósporo seco, metabolicamente

inerte e extremamente resistente

Page 50: Micro Biolog i a Slide Internet

Estágios da formação de um endósporo (fonte Tortora et al., 2005)

Page 51: Micro Biolog i a Slide Internet

Composição da estrutura do endósporo

Exósporo – Camada externa consiste de membrana lipoprotéica que

contém aminoaçúcares.

Capa do esporo – rígida composta de proteína rica em ligações de

dissulfeto intramoleculares que confere a resistência aos agentes

químicos

Parede do esporo – peptideoglicano que dará origem a parede

celular da célula vegetativa;

Córtex – camada espessa (peptideoglicano diferente com menos

ligações cruzadas);

Cerne do esporo – Região interna

Page 52: Micro Biolog i a Slide Internet

Estrutura do endEstrutura do endóósporosporo

• Camadas adicionais e externas à parede celular que protegem o DNA, formadas basicamente por proteínas.

• Núcleo : parcialmente desidratado (contém de 10 a 30% de água da célula vegetativa) -inativa as enzimas, aumenta a termoresistência.

– Apresenta altas [ ] de PPASs (pequenas proteínas de ácido solúveis de esporo): liga-se ao DNA, protegendo-o de possíveis danos causados pela radiação, calor seco e dessecamento; pode ser utilizado como fonte de energia e carbono na germinação do esporo.

– Ácido dipicolínico: exclusivo dos esporos, corresponde a 10% do peso seco do esporo.

Endósporo bacteriano. (a) MET de esporo maduro de Bacillusmegaterium. (b) Fotomicrografiade fluorescência de célula de B. subtilis em esporulação. O corante liga-se a uma proteína da capa do esporo. Fonte: Madigan et al., 2004.

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GerminaGerminaçção do endão do endóósporosporo

• Ativada por lesão física (aquecimento) ou química no revestimento do esporo.

• Enzimas do endósporo rompem as camadas extras.

• Intumescimento devido àentrada de água; síntese de novas moléculas de RNA, proteínas e DNA (se condições nutricionais foram favoráveis).

Germinação de um endósporo em Bacillus . (a) esporo maduro. (b) ativação –perda de refringência. (c) e (d) extrusão –nova célula emergindo.Fonte: Madigan et al., 2004.

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Endósporos

• Endósporos - Se formam dentro da célula, são exclusivos das bactérias.

• Possuem parede celular espessa;• São altamente refratáveis;• Altamente resistentes às mudanças do ambiente, à

exposição a compostos químicos tóxicos (desinfetantes).

• Em M. O. - Coloração específica após o aquecimento do material para que os mesmos absorvam o corante.

• Variam em forma e localização dentro da célula!

Page 55: Micro Biolog i a Slide Internet

Bacillus anthracis – Endósporos e células vegetativas

Coloração de Schaeffer-Fulton

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Localização, tamanho e forma dos endósporos

Esporos ovais : localização central (Bacillus cereus)

Esporos esféricos : localização terminal (Clostridium tetani )

Esporos ovais : localização subterminal

(Clostridium subterminale)

São mais freqüentes nos gêneros Clostridium e Bacillus .

Geralmente em culturas que se aproximam do final de um crescimento ativo.

Page 57: Micro Biolog i a Slide Internet

Endósporos bacterianos. Fotomicrografia de contraste de fase ilustrando localizações intracelulares de endóporosem diferentes espécies. (a) Terminais (b) Subterminais

(c) Centrais. Fonte:Madigan et al., 2004.

Localização, tamanho e forma dos endósporos

Page 58: Micro Biolog i a Slide Internet

Atrapalhou a tentativa de contrariar a

Teoria da Geração Espontânea

Condições de experimentos não eliminavam as formas la tentes

de bactérias e fungos;

No combate ao carbúnculo, os microbiologistas compreen deram

que as formas latentes do bacilo do carbúnculo poderia m

sobreviver no solo por anos!!

Page 59: Micro Biolog i a Slide Internet

Clostridium botulinum

Causam a intoxicação alimentar - Botulismo.

Possui endósporos: resistem a fervura durante horas;

As células vegetativas são mortas por temperaturas ac ima de 70°C,

mas a maioria dos endósporos pode resistir a 80°C por até 10

minutos.

Resistência ao calor

♦ Perda de água durante a esporulação;

♦ Presença em grande quantidade de ácido

dipicolínico (DPA) combinado com grande

quantidade de cálcio.

Page 60: Micro Biolog i a Slide Internet

Clostridium sp.

Page 61: Micro Biolog i a Slide Internet

- Madigan et al., Microbiologia de Brock. São

Paulo:Prentice-Hall, 10ª ed., 2004. Capítulo 4.

- Tortora et al., Microbiologia. Porto Alegre;

ArtMed, 8ª ed., 2005. Capítulo 4.

BibliografiaBibliografia