Cidadania, Voz e Ao uma metodologia que se prope a melhorar a qualidade de vida da populao, promovendo um dilogo qualificado entre os moradores das comunidades (voz cidad), os prestadores de servios e os representantes do poder pblico, a fim de que as polticas pblicas sejam monitoradas (ao cidad) de tal forma que satisfaam as reais necessidades da populao.

Objetivos mais abrangentes do programa Cidadania, Voz e Ao incluem:

Empoderamento e mobilizao dos cidados

Indivduos e grupos comunitrios engajados na democracia local e participao poltica

Comunidades demandam aes que resultam em boa governana.

Cidados influenciam as polticas para a melhoria do fornecimento dos servios.

O programa Cidadania, Voz e Ao enfatiza o desenvolvimento das prticas comunitrias, como participao, incluso, domnio e sustentabilidade.

A metodologia CVA possui cinco elementos fundamentais, que so:

Informao:Diagnstico comunitrio+Capacitao =

Reflexo propositivaO mundo no vai superar sua crise atual usando o mesmo pensamento que criou esta situao. Albert Einstein

O sbio ouvir e crescer em conhecimento, e o entendido adquirir sbios conselhos. Pv 1,5

Voz:Pessoas bem informadasInsatisfaoMobilizaoEngajamento

O sbio no o homem que fornece as verdadeiras respostas; o que formula as verdadeiras perguntas. Claude Levi-Strauss

E aconteceu que, depois de muitos dias, morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servido, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servido. Ex 2,23

Dilogo:

Falar e ouvir com o objetivo de chegar a uma compreensocompartilhada, restaurando e fortalecendo os relacionamentos e criando compreenso eparcerias colaborativas, particularmente com aqueles no poder.No no silncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ao-reflexo. Paulo Freire

Nunca houve no mundo duas opinies ou dois fios de cabelos exatamente iguais. A mais universal das qualidades a diversidade. Montaigne

No princpio, era a palavra, e a palavra estava com Deus, e a palavra era Deus. E a palavra se fez carne e habitou entre ns. Jo 1,1.14a

Ao:Construo de solues

Curto, mdio e longo prazo

ColetivoA minha f mais profunda que podemos mudar o mundo pela verdade e pelo amor. Mahatma Gandhi

Nem todo que me diz Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que est nos cus. Mt 7,21

Prestao de contas:na participao de cidados e/ou organizaes da sociedade civil a fim de assegurar a prestao de contas daqueles que tm poder. Responsabilidade social uma abordagem que estrutura a prestao de contas fundamentada

Prestao de contas: Dever de solicitar Direito de receber Transparncia Esperana

A vida s pode ser compreendida olhando-se para trs; mas s pode ser vivida olhando-se para a frente. Soren kierkegaard

O Reino dos cus como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus bens. (...) E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos e exigiu a prestao de contas deles. Mt 25,14.19

O cerne do programa Cidadania, Voz e Ao a Assemblia da comunidade. Ela possibilita que os membros da comunidade avaliem juntos a qualidade dos servios pblicos que eles recebem e identificam as possveis formas de melhorar o fornecimento dos mesmos.

Os interessados so convidados a participar, incluindo os membros da comunidade que utilizam o servio (usurios do servio), os provedores do servio (funcionrios do governo) e as autoridades governamentais (tanto administrativas quanto polticas) que so responsveis pelas decises que afetam a qualidade do fornecimento do servio ou que podem influenci-las.

O processo de mobilizao comunitria e interveno social proposto por Cidadania, Voz e Ao se divide em trs fases, que garantem a participao dos diversos atores e promove a construo coletiva das reivindicaes.

Fases da metodologia

So elas:Fase 1: Preparao e mobilizaoFase 2: Construo e execuo do Plano de AoFase 3: Monitoramento e prestao de contasFases da metodologia

Fase 1 Preparao e mobilizao toda a fase preparatria, onde o grupo de trabalho (GT) ser formado, capacitado e escolher o foco do seu trabalho onde se dar o monitoramento (qual comunidade) e em que rea (que poltica e servio sero escolhidos).

Fase 1 Preparao e mobilizaoPassos:

1. Realizando as Reunies Preparatrias2. Formando o Grupo de Trabalho GT3. Escolhendo a Poltica Pblica e o Servio a ser monitorado4. Realizando as reunies de Trabalho do GT5. Preparando os Materiais para as Reunies e Grupos Focais6. Divulgando a metodologia na comunidade7. Identificando os espaos de discusso das polticas pblicas no nvel municipal8. Sensibilizando os representantes do poder pblico e prestadores de servio9. Coletando informaes sobre a poltica pblica, o servio e o oramento pblico

Fase 1 Preparao e mobilizaoPasso 1: Reunies preparatrias Grandes realizaes no so feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizaes. Vincent Van GoghSensibilizao

Estruturao

Passo 2: Formando o grupo de trabalho (GT)Fase 1 Preparao e mobilizaoEquipe do PDA

Lideranas comunitrias / prestadores de servios

Definindo um facilitadorCom talento, ganhamos partidas; com trabalho em equipe e inteligncia, ganhamos campeonatos. Michael Jordan

FacilitadorGTCoordenao do PDAEquipe da UOPEPossui conhecimento sobre SadeOrganizaoEstar junto do grupoResponsvelUnioAcompanhar o grupo nas reuniesArticuladorCompromissoSer flexvelDisponvelResponsabilidadeParticipao nos processos de trabalhos do GTComprometidoDisponibilidadeAcompanhamento efetivo nas aesDinmicoViso holsticaAnimar o facilitador e o GTOrganizadoDinmicoAfinidade com a metodologia CVAPossui conhecimento da localidadeInovar constantemente o conhecimentoConhece a proposta da Viso MundialIntegrado com a comunidadeComunicativoReconhecer e valorizar a diversidade

Passo 3: Definindo a poltica pblica, o servio pblico e a comunidade em que ocorrer o monitoramentoFase 1 Preparao e mobilizaoA democracia no corre, mas chega segura ao objetivo. GoetheCompartilhando a deciso

Critrios tcnicos

Critrios prticos

Passo 4: Realizando as reunies de trabalho do GTFase 1 Preparao e mobilizaoAes coordenadasIntegraoTodos sabem tudo melhor coxear pelo caminho do que avanar a grandes passos fora dele. Porque quem coxeia pelo caminho, embora ande devagar, aproxima-se da meta, enquanto que quem segue fora dele, quanto mais corre, mais de afasta. Agostinho de Hipona

Passo 5: Preparando materiaisFase 1 Preparao e mobilizaoRepartindo tarefas

Trabalho em equipe

Ao preventivaUm gnio uma pessoa de talento que fez toda a lio de casa. Thomas Edison

Passo 6: Divulgando a metodologiaFase 1 Preparao e mobilizaoMobilizao

Criatividade

ContextualizadaNunca perca a f na humanidade, pois ela como um oceano. S porque existem algumas gotas de gua sujas nele, no quer dizer que ele esteja sujo por completo. Mahatma Gandhi

Passo 7: Mapeamento polticoFase 1 Preparao e mobilizaoDetectando parceiros

Registrando

SocializandoO livre desenvolvimento de cada um condio para o livre desenvolvimento de todos. Karl Marx

Passo 8: Sensibilizando o poder pblico e prestadores de serviosFase 1 Preparao e mobilizaoClareza

Objetividade

Poltico, mas no partidrioMesmo quem est nas alturas deve temer quem est no cho. Fedro

Fase 1 Preparao e mobilizaoPasso 9: Coletando informaes Junto comunidade (DRP) Junto ao Poder PblicoO maior bem que podemos fazer aos outros no oferecer-lhes nossa riqueza, mas lev-los a descobrir a deles. Louis Lavelle

Fase 2 Construo e execuo do Plano de aoEste o momento em que a comunidade, liderada e mobilizada pelo grupo de trabalho, se rene para discutir o problema, avalia o servio pblico relativo ao problema escolhido e prope solues coletivas em forma de um PLANO DE AO COMUNITRIO.

Fase 2 Construo e execuo do Plano de aoPassos:

1. Apresentando o quadro de informaes iniciais2. Conduzindo as reunies comunitrias e grupos focais3. Elaborando o Plano de Ao Comunitrio4. Divulgando o Plano de Ao Comunitrio5. Planejando as Atividades do PA6. Executando as Atividades do PA

Fase 2 Construo e Execuo do Plano de AoPasso 1: Apresentao do quadro de Informaes iniciaisAbre a mente ao que te revelo/ e retm bem o que eu te digo, pois no cincia/ ouvir sem reter o que se escuta. Dante Alighieri

Fase 2 Construo e Execuo do Plano de AoPasso 2: Reunies comunitrias e grupos focais O operrio que quer fazer o seu trabalho bem deve comear por afiar seus instrumentos. ConfcioConstruir a agenda

Preparando as reunies

Conduzindo as reunies

Grupos focais: valorizando a diversidade

Limpeza do ambienteDisponibilidade dos medicamentos necessriosPontualidade dos professoresDisciplina dos funcionrios

Fase 2 Construo e Execuo do Plano de AoPasso 3: Elaborao do Plano de Ao ComunitrioGrandes realizaes no so feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizaes. Vincent Van Gogh

Fase 2 Construo e Execuo do Plano de AoPasso 4: Divulgando o Plano de Ao Comunicao a arte de ser entendido. - Peter UstinovBoletins e folhetos

Rdios e TVs comunitrias

Ofcios + Plano de Ao

Pea de teatro

Blogs, sites, redes sociais

Fase 2 Construo e Execuo do Plano de AoPasso 5: Planejando as atividades do PAPara realizar grandes coisas, no devemos apenas agir, mas tambm sonhar; no s planejar, mas tambm acreditar. Anatole FranceGrupos comunitrios em movimento

Agendas compartilhadas

Membros do GT: animadores do processo

Fase 2 Construo e Execuo do Plano de AoPasso 6: Executando as atividades do PATodos os erros humanos so impacincia, uma interrupo prematura de um trabalho metdico. Franz Kafka Clareza do que fazer

Compreenso do seu papel dentro do processo

Acompanhamento do GT

Fase 3 Monitoramento e Prestao de contas Nesta fase, h a criao das estratgias de como realizar o Plano de Ao e sua execuo. O GT tem o papel de animar o processo e informar o que est acontecendo, mobilizando todos os envolvidos a prestarem contas de suas aes e avaliando o resultado do que foi feito.

Fase 3 Monitoramento e Prestao de contasPassos:

1. Avaliando as atividades e estratgias2. Avaliando o processo pelo GT e Comunidade3. Comunicando os Resultados4. Produzindo materiais informativos.

Fase 3 Monitoramento e Prestao de ContasPasso 1: Avaliando as atividades e estratgiasGrandes realizaes no so feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizaes. Vincent Van GoghAvaliando a aplicao da metodologia

Pblico: UOPE, PDA, GT

Fase 3 Monitoramento e Prestao de ContasPasso 2: Avaliando o processoGrandes realizaes no so feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizaes. Vincent Van GoghAvaliando a mobilizao comunitria

Pblico: GT, lideranas comunitrios, prestadores de servios, moradores

Fase 3 Monitoramento e Prestao de ContasPasso 3: Comunicando os resultados Grandes realizaes no so feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizaes. Vincent Van GoghDivulgao dos resultados

Celebrando as conquistas

Fase 3 Monitoramento e Prestao de ContasPasso 4: Produzindo materiais informativosGrandes realizaes no so feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizaes. Vincent Van GoghNecessidade de sistematizar os resultados

Se, na verdade, no estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transform-lo; se no possvel mud-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para no apenas falar de minha utopia, mas participar de prticas com ela coerentes. Paulo Freire

A Escala Sorriso o padro simblico usado nas avaliaes durante as reunies comunitrias.*Quadro de Votao dos indicadores padro e indicadores comunitrios. Utilizado para apoiar no processo de priorizao das necessidades que entraro no Plano de Ao.*