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Páginá 1 2ª EDIÇÃO 02/ 2015

Menina Feia 02

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2ª EDIÇÃO

02/ 2015

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Lammily, a “Barbie feminista”

Veronicá Mendonçá Neves

Lámmily e umá bonecá que násceu de um proto tipo postádo nás redes sociáis criádo

por Nickoláy Lámm, um ártistá grá fico conhecido por suás obrás que válorizám á reál

formá do corpo humáno. A ideiá iniciál erá retrátár como seriá umá bonecá que

ácompánhásse ás formás proporcionáis áo corpo de umá gárotá de 19 ános segundo á

me diá do corpo de gárotás ámericánás párá que ás gárotás se ácostumássem com á

belezá do que e náturál.

O gránde diferenciál dá bonecá, ále m dá proporçá o do corpo um pouco máis fiel áo

corpo humáno e que está o disponí veis párá á vendá ádesivos que podem ser

ádicionádos á bonecá como ádesivos de espinhás, estriás e celulite.

O projeto virálizou nás redes sociáis e Lámm logo procurou pátrocí nio átráve s de umá

“váquinhá virtuál” párá conseguir produzir á bonecá e conseguir colocá-lá no mercádo.

A bonecá Lámmily pode ser ádquiridá pelo preço de U$$25 no site oficiál dá Lámmily e

por enquánto ná o fázem entregás no Brásil.

A pole micá em torno ná bonecá veio pelá ná o áceitáçá o dá bonecá e crí ticás em reláçá o

á belezá dá bonecá que segundo álguns “deixá á desejár” porque o pádrá o de este ticá dá

bonecá Bárbie e máis “bonito” e máis “sáudá vel” párá á criánçá, o que e um tánto

preocupánte porque tálvez ás ideiás dos pádro es de belezá dá mí diá tenhám se

enráizádo tánto no cotidiáno dás pessoás que ás pessoás tem dificuldáde de áceitár umá

bonecá que ná o tenhá cinturá quáse nulá e que tenhá estriás e celulites.

Ná o seriá estránho se ouví ssemos dessás mesmás pessoás que criticárám á bonecá que

está o insátisfeitás com o pro prio corpo, pois e perceptí vel que já se ácostumárám com o

pádrá o de belezá inálcánçá vel dá mí diá e ábsurdámente áchám sáudá vel que umá

criánçá cresçá tendo que lidár com á ideiá de que e feiá.

A bonecá e voltádá párá á áceitáçá o do corpo feminino tál como e e ná o tem como

objetivo trázer consigo os pádro es de belezá dá mí diá. A ideiá e muito boá, porque

incentivá que ás gárotás cresçám com áutoestimá, e áo meu ver ná o existe nádá de feio

ou prejudiciál á umá criánçá o fáto de ver que suá bonecá se ássemelhá áo corpo de suá

má e ou de suás tiás e que consigá átráve s de umá brincádeirá do cotidiáno perceber

que o que ná o foi fátiádo ou máquiádo támbe m pode ser belo.

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Bonecás 'Queens of Africá' desbáncám Bárbie ná Nige riá e conquistám mercádo mundiál

Publicado: 04/02/2015 14:05 BRST Atualizado: 04/02/2015 18:03 BRST

Bárbie ou Queens of Africá? Ná Nige riá, á gigánte Máttel foi desbáncádá por umáideia genial . Tudo começou em 2007, quándo o empresá rio Táofick Okoyá sáiu em buscá de umá bonecá negrá párá á suá sobrinhá. Mesmo á Nige riá sendo o páí s com máior nu mero de criánçás negrás do mundo, ele não encontrou o brinquedo. “Ná o sou o tipo de pessoá que gostá de ficár criticándo e reclámándo sem pártir párá á áçá o”, áfirmou Okoyá á Elle. O empresá rio entá o resolveu criár umá bonecá com á quál ás meninás nigeriánás pudessem se identificár: com a pele mais escura e roupas africanas tradicionais. Sete ános ápo s á criáçá o dás bonecás, Okoyá vende entre 6.000 e 9.000 unidádes dá Queens of Africá e dá Náijá Princesses por me s – álgo que garante ao empresário uma fatia de 10% a 15% de um mercado pequeno, mas em rápida ascensão. O preço de cádá umá váriá de R$ 18 á R$ 48, dependendo dá quántidáde de roupás e ácesso rios que ácompánhá cádá brinquedo. Com cercá de 170 milho es de hábitántes, á Nige riá e o país mais populoso do continente e disputá com á A fricá do Sul o posto de maior economia. De ácordo com dádos do Euromonitor divulgádos pelá Reuters, enquanto as vendas de brinquedos cresceram 1% nos países desenvolvidos entre 2006 e 2011, nos mercados emergentes o salto foi de 13%. Okoyá áfirmá que suá prioridáde e áumentár á confiánçá e á áutoestimá dás criánçás. Por isso, propo e umá “misturá sáudá vel” com os válores ocidentáis. “Eu pássei cercá de dois ános fázendo cámpánhá sobre á importá nciá e o benefí cio de bonecás nos pádro es áfricános”, áfirmá o empresá rio á Elle, que diz áindá ápostár em umámudánçá párá ás pro ximás geráço es.

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Inspiradas nos três maiores grupos étnicos da Nigéria - Yorubá, Igbo e Háusá – ás bonecás sá o produzidás em umá pequená fá bricá no subu rbio de Lágos. As peçás que compo em ás bonecás ve m dá Chiná, más o toque finál ficá por contá dás roupás dás Queens of Africá: vestidos e ácesso rios párá cábeçá tí picos dás mulheres nigeriánás. Assim como á Bárbie, ás bonecás produzidás por Okoyá são super magras, cárácterí sticá que ele pretende mudár á longo prázo (ele conta que inicialmente, produziu bonecas com corpos maiores, mas os produtos não foram bem aceitos pelas crianças). “Por enquánto, temos que esconder por trá s de umá bonecá ‘normál’. Umá vez que á márcá estiver consolidádá, poderemos trábálhár com corpos máiores”, áfirmá.

O sucesso já ultrápássou ás fronteirás do páí s áfricáno. As Queens of Africá sá ovendidas online e, segundo Okoyá, á maior demanda vem de mercados como os EUA, alguns países Europeus e do Brasil. Ale m de plánejár criár bonecás inspirádás em outros grupos e tnicos, Okoyá negociá com um bráço do WálMárt á expansão de seus produtos para 70 lojas espalhadas pelo continente. A Reuters, á Máttel áfirmou que vende bonecás negrás há de cádás, más tem presençá bástánte limitádá ná A fricá Subsááriáná. A empresá disse áindá que “ná o tem nenhum pláno párá expánsá o ná regiá o no momento”.

*Texto retirádo do site Brásil Post (www.brásilpost.com.br)

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Está na hora de você rever o seu conceito de “cabelo ruim”

POSTED BY DECHANELNALAJE IN APRENDENDO COM A TITIA

Algo me diz que muitos cábeleireiros especiálistás em escovás progresivás, álisámentos,

reláxámentos e coisás do tipo ná o vá o gostár deste post.

Pore m, eu reálmente ácredito que está ná horá de que ás pessoás comecem á mudár essá ide iá – párá mim ultrápássádá – de que so cábelo liso e bonito.

Quem disse que cabelos crespos, enrolados ou cacheados são horrendos e precisam ser alisados? Por que o pensámento dominánte ná o e o de que cábelo liso e sem-gráçá e entediánte, e

que os cábelos com texturá, sim, sá o os máis divinos e espetáculáres? Por que ná o somos ensinádos á ádmirár á belezá que há ná diversidáde?

Voce , ámigá que tem cábelo crespo, já percebeu que quándo álgue m quer te ofender de verdáde ácábá citándo o seu cábelo? Por que voce permite isso? Por que voce ficá ofendidá? O seu cabelo não é digno de ser elevado à categoria de coisa ofensiva.

Por que voce ná o dá umá risádá e responde, por exemplo: o meu é crespo, sim, melhor que o seu, que é liso, escorrido, sem personalidade, sem volume, cheio de nós e de pontas duplas e nojentamente sem-graça; aliás, querida, você deveria encrespar o seu cabelo? Já viu que ná nossá sociedáde dizer que umá pessoá “tem cábelo ruim” e máis ultrájánte

que xingá -lá de “filhá de umá profissionál do sexo”? *Me chámá de cáchorrá, más ná o zoá o meu cábelo!*

E á perguntá que ná o quer cálár: por que você não está orgulhosa com o seu cabelo? Um diá á filhinhá do Chris Rock, um comediánte ámericáno, fez umácomparação alarmante entre o cábelo delá, enroládo, e o de umá ámiguinhá do cole gio, liso. Ele

ficou bástánte preocupádo com á filhá e começou á investigár sobre á obsessão e frustração que ás mulheres áfro-ámericánás te m com o cábelo. O resultádo dá pesquisá foi o excelente documentá rio “Good Hair”, lánçádo no finál do áno pássádo e que, pelo visto, áindá ná o estreou no Brásil.

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O documentá rio e reálmente muito interessánte e tocá em pontos sensí veis dá sociedáde, dá indu striá cosme ticá, dá publicidáde, enfim, fálá do statu quo. Tentá entender o que levá um cábelo á ser considerádo “bom” ou “ruim”. Támbe m divulgá

os efeitos altamente prejudiciais desses tratamentos químicos sobre o cabelo e a saúde. Outro documentá rio sobre o ássunto e o “My Nappy Roots”, com um tom máis

histo rico e ántropolo gico. O documentá rio ábordá “ás complexás influe nciás sociáis, culturáis e inclusive polí ticás sobre o estilo de cábelo dos negros ámericános”. Essenciál párá voce compreender essá lávágem que fizerám com o seu cérebro, essá coisá que ficá debáixo do seu cábelo, lá dentro dá cábeçá.

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Esses documentá rios se referem á comunidáde dos áfro-ámericános, más podemos ver muitás semelhánçás com o que ocorre ná sociedáde brásileirá. A diná micá e á mesmá. E

e cláro que ás situáço es retrátádás podem ser vividás, em máior ou menor intensidáde, por quálquer pessoá de cábelo ná o-liso, independentemente do fáto de elá ser negrá ou ná o.

(...)

Decrete o fim da ditadura do cabelo liso ou pelo menos reflita sobre ela. Porque você também não é obrigada. A sua saúde e a sua auto-estima agradecem! Misture

um pouco de sabedoria com a sua mousse modeladora de cachos e seja feliz! *Texto retirádo do site De Chánel Ná Láje (www. dechánelnáláje.wordpress.com)