Manejo Do Solo e Adubacao - Livro

  • Upload
    73627

  • View
    6.245

  • Download
    3

Embed Size (px)

Citation preview

---------------------- - ~ MANEJO DO SOLO E ADUBAO EquilbrioNutricional Melhoramento do Solo Sade da Planta KUNIONAGAI AKIRA KISHIMOTO MARO/2008 InstitutodePesquisasTcnicase DifusesAgropecuriasdaJATAK Prefcio Nestaoportunidade,atravsdaDivisodeInformaodoInstitutodePesquisasTcnicase DifusesAgropecuriasdaJATAK(IPTDA-JATAK),publicamosolivrointituladoManejodoSoloe Adubao,cujosautoressoo EngO AgrOKunioNagai,chefeda DivisodeTreinamentoeIntercmbio deste Centro de Pesquisa e Sr. Akira Kishimoto, seu companheiro delonga data. Osavs,matemosdosenhor Nagaivieram para oBrasilnonavioRyojunMaru,em1910, e estabeleceram-se em Guatapar, SP, mesmo local onde se encontra atualmente o IPTDA. Neste ano de 2008, em que se comemora o Centenrio da Imigrao Japonesa no Brasil, contribuir para a publicao deste livro, deixou-me muitssimo lisonjeado. Quando vim trabalhar no IPTDA, em abril de 2007, o Sr. Nagai, ento chefe da Diviso de Pesqui-sasTcnicasAgrcolasdoIPTDA,costumavadizerque"parasanarasdificuldadesencontradaspelos pequenose mdios produtores, aquesto bsica solucionar os problemas contidos nosolo". A continuidade da atividade agrcola tomar-se- invivel caso no equacionemos a recuperao dosolorapidamente,alterandoousoinadequadodeadubosqumicos,defensivosagrcolas,preparodo solo, entre outros, empregados desde longa data.Desta feita,atualmente, esta a sua maior preocupao. O Sr.Nagai prega,com muita convico,a viabilidade da agricultura orgnica. Assim,alguns experimentos com as culturas orgnicas de banana, caf, citrus entre outras esto sendo desenvolvidas no IPTDA. Emboraosresultadosdessaspesquisasdemandemalgumtempo;graasorientaodoDr. Shiro Miyasaka,seu mestreemagricultura orgnica econvicoadquirida duranteoslongosanosde experincia comoagrnomo, desejava difundir a prtica da agricultura natural e orgnica, com a misso de levar novo alento aos agricultores o mais rpido possvel. Pensando desta forma,foitransferido docargodechefedaDivisodePesquisasTcnicas Agrcolas para chefeda DivisodeTreinamentoe Intercmbio do IPTDA-JATAK. Hoje,podemosobservarquealutadoSr.Nagai,eoseugrandeentusiasmo,incentivandoa agricultura natural ou orgnica, no foram em vo. Aps meio ano, foi feito um levantamento, atravs de um questionrio enviado pelo Ministrio da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japo, onde se constatou que os agricultores ficaram surpresos com os resultados obtidos em culturas de ciclo curto, como o alho, criando muitas expectativas perante a JATAK, antesuma instituio pouco conhecida entre os agricultores. Obviamente, existem ainda vrios entraves visando implantao de uma agricultura sustent-vel, indispensvel para a preservao do meio ambiente, do solo, de uma atividade produtiva e administra-tivamente econmica. res. Portanto,espero quea publicao destelivro contribua para o desenvolvimento dosagriculto-EngO AgrO Tetsuhiro Hirose Gerente Geral do IPTDA - JATAK - I-INTRODUO A situao da agricultura hoje est cada vez mais dificil.Principalmente, os pequenos e mdios agricultores esto enfrentando, h muito tempo, uma sria crise em suas atividades. Assim, ocorre a tendn-cia dedeixar ocampoeir para oscentrosurbanosafimdededicar aoutrasatividades, trazendocomo conseqncia o grande xodo ruralcom o superpovoamento dasgrandes cidades. O produtor ruralconduzsuaslavourasbaseadosomente nousodeinsumos considerados mo-dernos, como fertilizantes qumicos concentrados e defensivos qumicos de alta toxicidade,lutando contra aspragasedoenas. necessrio entender que a produtividade,a qualidade, aspragas e asdoenas na lavoura so conseqnciase nocausas.Temosquenosrever osconceitosfundamentaisda agricultura. Abasedaagriculturaestnosolo.Todosnssabemosqueumaplantabemnutridamais tolerante ao ataque de pragas e doenas, permitindo obter boa produtividade e qualidade, com baixo custo de produo, proporcionando altos lucros ao produtor. Mas para que a planta seja sadia necessrio que o solo seja sadio. A sade do solo depende da vida, ou seja da mesofauna e microrganismos que so destrudos na agriculturaconvencional.Este processoinicia-secomaderrubadadasmatas.Ocultivoda terracomo preparo mecnico de arao, gradagem e capinas contribuem para a destruio da vida do solo. Acentuam-se com asadubaes qumicas dealta concentrao, usodeherbicidas e defensivos qumicos. Emconseqnciadesseprocesso,ocorreodesequilbrioqumico,fisicoebiolgicodosolo, causando todos os problemas da atual agricultura, tratando-se, portanto, de uma agricultura destrutiva, no sustentvel. Aspropriedadesqumicasefisicasdosolosodeterminadas pelasatividadesbiolgicas,que infelizmente j no ocorrem na atual situao. Massabemosque,graasspesquisas,experimentoseobservaesdevriospesquisadores preocupados com o destino do mundo, nos trouxeram a luz para a soluo dos problemas em questo. Precisamos direcionar a agricultura no sentido de fazer voltar a vida ao solo, atravs de mtodos relativamente simples e econmicos, permitindo desenvolver um sistema sustentvel e lucrativo aos produ-tores. Esta a razo de se levar as informaes o mais urgente e, se possvel, com a maior amplitude para atingir todos os agricultores do Brasil e do mundo. Apresentamos o tema em trs partes: a primeira com alguns aspectos bsicos a respeito do solo; a segunda se refere aos critrios de clculo para uma adubao qumica equilibrada, com alguns exemplos; e a terceira, o preparo deinsumos naturais para o uso na lavoura, visando melhorar o solo e o metabolismo da planta. Hcercadevinteanosquevemsendorecomendadoesseprocessoaosprodutores,etodos aqueles que o colocaram em prtica tiveram resultados surpreendentes. RegistramososnossossincerosagradecimentosaoProf.EdmarJosKiehl,aoscolegasdo IPTDA-JATAK, engenheiros agrnomos, Tetsuhiro Hirose, Francisco Kenyti Hotta e ao estagirio univer-sitrio, Anderson TeidyFuzita, pelostrabalhosderevisodeste pequeno manual.Eem especial, proi" Katumi Ussami pela reviso final. Ficaremos muito satisfeitos, se estas informaes forem realmente teis a todos, em beneficio de uma agricultura sustentvel, saudvel e que possa contribuir para a paz, segurana e felicidade do pas e da humanidade. Osautores -III-BREVE HISTRICO DOS AUTORES KunioNagai Engenheiro agrnomo graduado na Escola Superior de Agricultura"Luiz de Queiroz" da Univer-sidade de So Paulo-Piracicaba, em 1961, e posteriormente fez o Curso de Administrao na Universidade Mackenzie graduando-se, em 1974. Iniciou sua carreira como extensionista na Seo de Fomento Agrcola da Cooperativa Agrcola de Cotia-CAC-,transferindo-se posteriormente para aEstao Experimental da CAC, em Atibaia,onde ajudou a criar aempresa Agroflora Reflorestamento e Agropecuria S.A.,dedicando-se: a) ao trabalho de melhoramento eproduo desementesdehortalias;b)produo de mudasfrutferas;c)criao de reprodutores de sunos e coelhos. Hoje essa empresa foi adquirida pela Sakata, grande produtora de semen-tesdoJapo. Fundou a empresa Tanebras Sementes Melhoradas Ltda., dedicada ao melhoramento gentico e produo de sementes de hortalias de elevada tecnologia. Em seguida, dedicou-se orientao aos lavradores, a partir de 1990, na firma Agro-Sul Comrcio eRepresentao Ltda., percorrendo vrias regiesdeSo Paulo,Minas GeraiseSanta Catarina. Nesse trabalho, fundamentou-se: no uso de insumos orgnicos (bioestimulantes, corretivos econdicionadores de solos), na adubao equilibrada, com base na anlise qumica completa do solo, com macro e microelementos. Trabalhou na Technes AgrcolaLtda.,com insumosorgnicos,comobioestimulanteseturfa, visando melhoria do metabolismo da planta e do solo, concomitantemente com a nutrio equilibrada. A partir de1998,iniciou suas atividades na Agricultura Natural,sob aorientao do Dr.Shiro Miyasaka, primeiro pesquisador de sojae um dos pioneiros da Agricultura Natural no Brasil. Dedicou-seavriasatividadesparapropagaodaagriculturasustentvel,dandoaulasno Colgio Cooper Rural(da Organizationfor Industrial,Spiritual and Cultural Advancement-OISCA) em Jacare,colaborou juntoaoInstitutodeTerrasdoEstadodeSoPaulo-ITESP-Secretaria deJustiado Estado de So Paulo, na introduo da agricultura natural nos Assentamentos do Estado. Convidado pelo Instituto de Pesquisas Tcnicas e Difuses Agropecurias da JATAK, em junho de 2006, dedica-se difuso de nova tecnologia para agricultura sustentvel, atuando junto aos agriculto-res de vrias regies de So Paulo, Paran, Minas Gerais, Santa Catarina e outras. - IV-Akira Kishimoto Natural de Kobe, Japo, fonnou-se na Faculdade de Agronomia de Hyogo (atual Universidade de Kobe) em 1964, com especializao em Fruticultura. Ainda universitrio,em1961,estevenoBrasilcomoestagiriodurante11meses,quandose sentiu fortemente atrado por este belo pas. Antes de imigrar ao Brasil, em maro de 1965, fonnou-se na Escola de Especializao em Horticul-tura da grande empresa de sementes Takii. Chegou ao nosso pas em junho de1965, indo trabalhar na produo e melhoramento de semen-tes de hortalias em Pelotas, no Rio Grande do Sul, na propriedade do Sr.Nagatoshi Yamaguchi. Transferiu-se para oestadodeSoPaulo,em1966,inicialmente na EstaoExperimentalda Cooperativa Agrcola Sul-Brasil, dedicando-se ao trabalho de pesquisa e melhoramento gentico de horta-lias. Em 1968, foi para a Estao Experimental da Cooperativa Agricola de Cotia, onde foi fundada a empresa Agroflora Reflorestamento e Agropecuria S.A. continuando a desenvolver pesquisa gentica em hortalias. Conseguiu lanar o primeiro hbrido comercial de couve-flor, com a importante orientao dos professores Marclio de Souza Dias e Hiroshi Ikuta, do Departamento de Gentica da E.S.A."Luiz de Quei-roz", utilizando o fator de auto-incompatibilidade. Desenvolveuvrioscultivaresdetomate,pepino,pimento,berinjelahbrida,cenouraentre .outras. Colaborou com o pesquisador Hiroshi Nagai, do Instituto Agronmico de Campinas, no desenvol-vimento de vrios cultivares como o tomate Santa C lara-IAC-5300.Auxiliou na propagao demudas de morango, isentas de vrus, produzidas na Seo de Virologia, do Instituto Agronmico de Campinas-I.A.C, da Secretaria da Agricultura do Estado de So Paulo. Posterionnente,em1988,desenvolveu atividades,na empresa Technes Agrcola Ltda.,para a divulgaodebioestimulantesbasedeaminocidosecondicionador desolobasedeturfa.Maso trabalho importante foia divulgao dos mtodos de clculo de adubao equilibrada, baseada na anlise desolo e absoro dasculturas. Hoje se dedica a fisioterapia, praticando a Medicina Oriental que atua buscando as causas para amenizar os sofrimentos dos pacientes, utilizando vrias tcnicas como a acupuntura, moxaterapia,pulsologia, seitai (tcnica decorreo da postura corporal), ventosa, alimentao saudvel e outras. - v-sUMRIo pg. Prefcio.........................................................................................................................................................I Introduo .................................................................................................................................................. III Breve histrico dosautores....................................................................................................................... N 1.0S0LO .....................................................................................................................................................1 1.1. Osolo e os seis fatores essenciais para a cultura ......................................................................1 1.1.1.Quais so os seis fatores?................................................................................................ 1 1.2.Quais so ascondies adequadas dosolo? ............................................................................. 1 1.2.1. Profundidade da raiz e produtividade ............................................................................... 1 1.2.2.Composio do solo e desenvolvimento da lavoura ..................................................... : ... 2 1.2.3.Fertilidade .......................................................................................................................... 3 l.2.4.Capacidade de troca catinica e matria orgnica ............................................................. 4 1.2.5.Aerao e agregado do solo .............................................................................................. 5 1.2.6.Microrganismos do solo e agregao............................................................................... 5 1.2.7.Microrganismos do solo e nutrientes ........ ,....................................................................... 5 1.2.8.Microrganismos e o ciclo do nitrognio ............................................................................ 6 1.2.9.Atividade biolgica e pH do solo ...................................................................................... 7 2. ELEMENTOSIMPORTANTESEINDISPENSVEISPARAASCULTURAS.................................. 8 2.1. Macroelementos.................................... '".................................................................................. 8 2.2. Micronutrientes.......................................................................................................................... 9 2.2.1.Funo dos micronutrientes .............................................................................................. 9 2.2.2.Relao entre deficincia de micronutrientes e ocorrncia de doena ............................10 2.2.3.Fontes de micronutrientes ...............................................................................................10 2.2.4.Mtodos de uso dos micronutrientes.............................................................................11 2.2.5.Pulverizao foliar e tempo de absoro.........................................................................11 2.2.6.Ao recproca dos elementos........................................................................................12 3. MEDIDAS PARA MINIMIZAR OS OBSTCULOS..............................................................................13 3.1. Melhoramento da acidez ...........................................................................................................13 3.1.1. O pH do solo, os elementos e as culturas......................................................................13 3.1.2. Causas da acidificao e seu controle ............................................................................14 3.1.3. Motivo da calagem...................................................................................................... '"14 3.1.4. Correo de pH do solo e grau de aproveitamento do adubo ........................................14 3.1.5. Acidez do solo e ativao dos microrganismos do solo................................................15 3.1.6. Capacidade de reao do calcrio ...................................................................................15 3.1.7. Poder relativo de neutralizao total (PRNT) ..................................................................16 3.1.8. Equilbrio da relao Ca/Mg no solo ..............................................................................16 - VI-- - - - - ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -3.1.9. Clculo de calagem .........................................................................................................17 3.1.10. Recomendao tcnica de calagem ...............................................................................17 3.1.11. Importncia da calagem................................................................................................18 3.1.12. Fatos na calagem ...........................................................................................................19 3.1.13. Aplicao antes do plantio...........................................................................................19 3.1.14. Calagem na cultura perene ............................................................................................19 3.2. Gessagem .................................................................................................................................. 20 3.2.1. Efeito da gessagem agrcola........................................................................................... 20 3.2.2. Lixiviao de K e Mg e o uso excessivo de gesso agrcola ............................................ 20 3.2.3. Mtodo de aplicao do gesso agrcola .......... :.............................................................. 20 3.2.4. Clculo da gessagem ...................................................................................................... 21 4. TCNICA DE MELHORAMENTO DE MANEJO E ADUBAO......................................................... 22 4.1. Clculo de adubao para cultura de hortalias ....................................................................... 22 4.1.1. Sistema de absoro de nutrientes em hortalias ........................................................... 22 4.1.2. Padres de produtividade de hortalias e quantidade de absoro de elementos doadubo ....................................... , .................................................................... 23 4.1.3. Produo almejada e adubao de cada espcie de hortalia........................................ 24 4.2. Interpretao de anlise de solo e plano de adubao em olericultura .................................... 25 4.2.1. Caso de deficincia de elementos na adubao............................................................. 25 4.2.2. Caso de excesso de elementos na adubao .................................................................. 25 4.3. Tcnicas para o aumento de produtividade....................................... :..................................... 27 4.3.1. Tcnicas agrcolas para aumentar a fotossntese........................................................... 27 4.3 .1.1. Fundamento da produo agrcola .................................................................... 27 4.3.2. Tcnicas de melhoramento do solo de cerrado.............................................................. 27 4.3.2.1. Solos de cerrado ................................................................................................ 27 4.3 .2.2. Manej o do solo de cerrado ................................................................................ 28 4.3.2.3. Exemplo de melhoria de produo no cerrado ................................................... 29 4.3.2.4. Plantio direto-Sistema mantenedor de fertilidade - bomba biolgica ................ 29 4.4. Clculo de adubao para cultura de campo............................................................................ 31 4.4.1. Diferena na proporo de elementos de adubao na cultura ...................................... 31 4.4.2. Teor de absoro de elementos na cultura ..................................................................... 31 4.4.3. Exemplo de adubao para soja ...................................................................................... 32 4.4.4. Exemplo de adubao para tomate .................................................................................. 33 4.5. Absoro de nutrientes em fruticultura .................................................................................... 37 4.5.1. Absoro de nutrientes em pessegueiro ........................................................................ 37 4.5.2. Absoro de nutrientes em videira ................................................................................. 37 4.5.3. Teores de macronutrientes primrios em fruteiras .......................................................... 38 4.6. Alelopatia .................................................................................................................................. 39 4.7. Absoro de nutrientes em floricultura.................................................................................... 41 4.7.1. Absoro (Caractersticas)............................................................................................. 41 - VII-4.7.2. Quantidade de absoro de nutrientes ............................................ ............................... 41 4.7.2.1. Flores de corte...................................................... ............................................. 41 4.7.2.2. Flores em vaso................................................................................................... 42 4.8. Relao de absoro de nutrientes ........................................................................................... 43 4.9. Adubao em banana ................................................................................................................ 43 4.9.1. Terra cultivada com a variedade Nanico,em Cajati-SP .................................................. 43 4.9.2. Um exemplo de adubao de banana .............................................................................. 44 4.9.3. Critrio de anlise foliar de banana: excesso e falta de elementos................................. 45 5. CRITRIOS DE ADUBAO COM EXEMPLOS ................................................................................... 46 5.1. Tabela de converso de unidades............................................................................................ 46 5.2. Cultura de alface....................................................................................................................... 47 5.3. Cultura de alho .......................................................................................................................... 48 5.4. Cultura de batata ....................................................................................................................... 49 5.5. Cultura de berinjela .............................. '".................................................................................. 50 5.6. Cultura de cebola ...................................................................................................................... 51 5.7. Cultura de cenoura .................................................................................................................... 52 5.8. Cultura de couve flor/repolho/brcolos................................................................................... 53 5.9. Cultura de feijo vagem............................................................................................................ 54 5.10. Culturadejil ..........................................................................................................................54 5.11. Cultura de mandioquinha ........................................................................................................55 5.12. Cultura de pepino .................................................................................................................... 56 5.13. Cultura de pimento ................................................................................................................ 57 5.14. Cultura de quiabo .................................................................................................................... 58 5.15. Cultura de tomate.................................................................................................................... 58 5.16. Cultura de ameixeira................................................................................................................ (j) 5.17. Cultura de atemia ................................................................................................................... 61 5.18. Cultura de caquizeiro.............................................................................................................. 62 5.19. Cultura de macieira ................................................................................................................... 63 5.20. Cultura de pereira .................................................................................................................... 64-5.21. Cultura de pessegueiro ........................................................................................................... 65 6. INSUMOS NATURAIS ........................................................................................................................... 67 6.1. Coleta de inoculante ................................................................................................................. 67 6.2. Adubo lquido caseiro.............................................................................................................. 67 6.3. Bokashi...................................................................................................................................... 68 6.3.1. Bokashi simples.............................................................................................................. 68 6.3.2. Bokashi sem terra ............................................................................................................ (f) 6.4. Bioestimulante.......................................................................................................................... 70 7.REFERNCIASIBLIOGRFICAS.......................................................................................................... 71 - VIII-1. OSOLO 1.1. Osolo e os seis fatores essenciais para a cultura. 1.1.1. Quais so os seis fatores? Tecnicamente devemos considerar osseguintes pontos fundamentaispara a produo agrcola: luz,ar,gua,temperatura,nutrienteseausncia detoxinas,quedevemser plenamentesatisfeitos.Com exceo da luz, os demais esto relacionados com o solo de modo importante. Na Quadro 1, apresentamos osseisfatoresnecessriospara aproduo. Quadrol-Os seisfatoresnecessrios para o desenvolvimento e produo. FatorAo l.LuzEnergia de assimilao de gscarbnico (fotossntese) Fotoperiodismo (controle da florao). 2.ArOzRespirao COz Fotossntese Nz Fixao de nitrognio (aproveitamento do nitrognio do ar) 3.guaComponente da planta Matria-prima de matria orgnica Transportadora de material(substncia) 4.TemperaturaRelacionada com vrias reaes 5.NutrientesN,P,K e outros 6.Ausncia de toxinasAI(alumnio),acidez Fonte: YAMANE,Ichiro. Fundamentos e Aplicao da Pedologia.1960,p.16 A maior caracterstica na agricultura a produo de matria orgnica (carboidrato), que somente as plantas verdes conseguem atravs da fotossntese, utilizando a energia do sol, assimilando o gs carbnico atmosfrico (CO) ea gua (HP) pelas razes. Assim, podemos considerar as trs funes do solo em relao planta. A primeira proporcionar asustentaoda planta,coma funodepossibilitar o recebimentodeluz,ar e nutrientes. A segunda oferecer localcomcondio para amanutenodasadedaraizdaplanta. A terceira ter afunode armazenar e oferecer nutrientes e gua. A seguir vamos explicar os itens relacionados aosolo e planta. 1.2. Quais so as condies adequadas do solo? 1.2. 1. Profundidade da raiz e produtividade. Na lavoura, osolosustenta a planta e h necessidadedesua profundidade para possibilitar a absoro de nutrientes e gua pelas razes. As razes atingiro 1 a 2 m, o quanto permitir o solo. A profundi-- 1-dade das razes pode ser limitada por barreiras fsicas e qumicas, assim como pelo lenol fretico elevado. Camadas compactadas, leitos de folhelhos, camadas de cascalhos e nveis txicos de materiais so difceis decorrigir, mas umlenolfreticoelevado,geralmente, podeser corrigido com drenagem adequada.No Quadro 2,so mostradas as relaes entre a produtividade e profundidade efetiva dosolo. Quadro 2- Relao entre a profundidade efetiva dosolo e a produtividade. Profundidade dosolo utilizvel pela cultura (em)Produtividade relativa(%) 3035 6060 9075 12085 15095 180100 Fonte:MALAVOLTA,E. Manual de Fertilidade do Solo. So Paulo, 1989,p.31. 1.2. 2. Composio do solo e desenvolvimento da lavoura. No Grfco1, apresentamos a composio ideal dosolo para o desenvolvimento da lavoura. Grfico 1.Composio ideal do solo para o desenvolvimento da lavoura. M.O. Fonte: GUERRINI. Encontro sobre Matria Orgnica do Solo-Guerrini- UNESP.1992,p.8 A composio ideal do solo para odes envolvimento da lavoura :45% de minerais, 25% dear, 25% de gua e 5% de matria orgnica. -2-1.2.3. Fertilidade A fertilidade do solo o conjunto das atividades qumica, fisica e biolgica (Grfico 2). Grfic02.Trs fatores da fertilidade. o solo onde se desenvolve a raz deve apre-sentar condies para permitir umcresci-mento suficiente e atividades intensas, com fornecimento contnuo de nutrientes neces-sriosparaproduoagrcola,contendo elementoseficazeseabundantes.Osolo queapresentaestascondiesconside-rado de alta fertilidade. PROPRIEDADE FSICA PROPRIEDADE BIOLGICA Decomposio da Matria Orgnica PROPRIEDADE QUMICA Fonte: MIYOSHI,Hiroshi. (Dojo shindan-ho)- Mtodo de Avaliao do So10.1991 ,p.33. Consegue-seafertilidadedosoloatravsdofornecimentodecompostos,rotaodecultura, adubao verde, aumento de matria orgnica e adubao qumica. Aqui est a importante razo doforne-cimento de matria orgnica para o melhoramento do solo. No solo de alta fertilidade, os microrganismos entram em intensa atividade e, atravs da respira-o,haver uma grande liberao de gs carbnico (C02), que sevircomo matria-prima da fotossntese das plantas. Alm disso, atravs das atividades dos microrganismos, o calor resultante da sua respirao ir aumentar a temperatura dosolo, proporcionando o aumento da atividade dosistema radicular, mesmo em condies de baixa temperatura. Esta a razopela qual,ultimamente,est aumentandoocultivoemestufa,nosuldoBrasil, especialmente, porque o trabalho domicrorganismo nosolo est servindo para o aumento da produtivida-de. Alm disso,o aumento equilibrado deespcies demicrorganismos, impedindo o aumento de pragas e doenas dosolo,constitui-se na causa do crescimento sadio da lavoura.Por negligenciar a manuteno e melhoramento do solo, realizando cultivo de lavoura com adubo qumico e defensivos agrcolas, acarretar numa grandequeda na produoagrcola,em conseqncia dos pequenos erros nostratos culturais. E, tambm, mesmo com a alta fertilidade do solo, se o lenol fretico elevado, haver queda na produtividade pelo excesso de umidade,por isso necessrio que o agricultor faa uma avaliao global. Apesar da produtividade dosolo depender da adubao, mesmo que a lavoura esteja suficiente-mente adubada, caso a propriedade fisica (permeabilidade, aerao, reteno de gua) seja ruim, com pouca porosidade, baixa velocidade de renovao do ar do solo, sem o suficiente fornecimento deoxignio (02) paraaraiz,resultanoimpedimentodesuarespirao,noocorrendoaabsorodeguaenutriente. Portanto,em relao adubao, no devemos pensar somente nofornecimento dos elementos do adubo -3-qumico, mas, ao mesmo tempo, considerar a importncia das propriedades fisica e biolgica (atividade do microrganismo) do solo. 1.2.4.Capacidade de troca catinica (CEC=CTC) e matria orgnica. A capacidade de troca catinica representa a reteno de elementos do solo, quanto maior o seu valor indica a importante capacidade de armazenar osnutrientes. O conjunto de argila (mineral), xidos e matria orgnica influencia na capacidadedetroca catinica.OQuadro 3 mostra quea matria orgnica comparada ao teor de argila, mesmo com baixo teor, possui a capacidade de aumentar 10 vezes a capacidade de troca catinica. Assim, pode-se compreender a importncia de aumentar a matria orgnica do solo. Quadro 3. Capacidade de troca de ctions total e da matria orgnica, de amostras superficiais de solos do Estado de So Paulo - Raij(1966). LegendaProfundidadeArgilaMatria orgnicaCTCCTCda do(M.O.)M.O.TotalM.O. solo cm%meq/l00g PVls0- 650,782,23,269 Prnl0-1560,602,13,364 Pln0-14122,528,210,082 Pc0-16192,406,07,481 PV0-12131,402,73,773 TE0-15644,5115,024,461 LR0-18594,5116,128,956 Lea0-17241,212,93,974 Fonte:RAIJ,B. von. Fertilidade do Solo.1991pagA0 O Quadro 4 mostra o efeito da argila e matria orgnica sobre a CTC. Quadro 4.Influncia da argila e da matria orgnica sobre a CTC. pHM.OArgilaCTC (pH7,O) %%meq% Solo 14,90,351,9 Solo 26,63,2510,4 Solo 34,53,12517,7 Fonte: PRIMAVESI,Ana. Manejo Ecolgico do Solo.1981 ,p 125 O Quadro 5 mostra a relao entre o tipo de argila e o pH do solo com a CTC. Outrossim, de acordo com a variao do pH do solo, ocorrer alterao da CTC. Na caolinita, com pH 2,5- 6,0, a CTC 4, mas com pH 7,0,eleva-a para 10. A montmorilonita aumenta de 95 para 100. Quadro 5. Capacidade de troca catinica (CTC) da caolinita e montmorilonita:Russel (meq/lOOg) ArgilapH2,5 -6,0pH7,0 Caolinita410 Montmorilonita95100 Fonte:YAMANE,Ichiro.(Dojogakunokisotooyou)-Fundamentos e Aplicao da Pedologia.1960,p.59 -4-1.2.5. Aerao e agregado do solo. As razes das culturas utilizam o oxignio do ar edo solo e, aproveitando a energia do carboidra-to,desenvolvemconsideravelmenteosistema radicularqueirabsorver agua eosnutrientesdosolo, proporcionando o crescimento da parte area. Libera o gs carbnico (CO) pela raiz. Ento, o oxignio (02), que foiabsorvido pela raiz da cultura, ser liberado atravs da troca de gases do ar com o gs carbnico do solo.Esta velocidade de troca de gases ser maior, quanto maior for a porosidade do solo.Para o aumento da porosidade, o solo com estruturaagregada mais eficiente do que o solo com estrutura granular simples. Naestruturadosoloagregado,aspartculasdosolosoaglutinadospelohmuseclcio, proporcionandoporosidadecomdimetrode1 a10mm,aomesmotempoquemelhoraaaeraoea permeabilidade degua,atuando na reteno da gua. Quando a porosidade pequena, promove a reteno da gua e, se for grande, permite a circula-o de ar e gua. Portanto, para o bom desenvolvimento da cultura, importante a conservao do solo com estrutura deagregao. 1.2.6. Microrganismos do solo e agregao. Com relao cultura, o fornecimento de matria orgnica um mtodo eficiente para a formao de agregados.Este efeito conseqncia da decomposio damatria orgnica e tambm da formao de mucilagem; pode-se considerar que, atravs do fornecimento de matria orgnica, haver aumento de fungo e suas hifas iro servir diretamente para agregar as partculas do solo. Os fungos, quando comparadoscom asbactrias, so consideravelmente mais eficientes na capacidade deformao deagregados ..No Quadro 6, pode-se verificar esse fato. Quadro 6. Microrganismo e agregao. Espcies de microrganismosPorcentagem de agregados maiores f-= __----= ___.::.In::.o::..:c:.:u::.la::.:d=0:.::s _______f-__--=d=o--'q"-'u:..::e-=2::..:mm==-asa inoculao Testemunha0,0 Fungos:Penicillium68,1 Fusarium69,7 Rhizopus43,4 Cunninghamella53,1 Bactrias: Bacteria megatherium7,3 Bacteria radiobacter19,3 Rhizobium alluni4,9~____~____________L-________ Fonte:OKUDA,A. (Hiryogaku gairon)-Conceito de adubao.1960-p.94 1.2.7. Microrganismos do solo e nutrientes. De acordo com Nishio (Michinori Nishio-Japo-1992), nas lavouras em geral, em 1 haexistem7 t de organismos vivos no solo (em peso seco equivale a 1,4 t), alm disso, em seus organismos concentram nutrientes na ordem de100 kg/ha de N (nitrognio). Entreas 7 t deorganismos vivos no solo, encontram-se caros, minhocas e outros, constituindo menos de5%; cerca de 20 a 25% so bactrias, e 70 a 75% de fungos.No Quadro 7,apresentam-se os teores de nutrientes, em mdia, dos microrganismos do solo. -5-Quadro 7 -Teores mdios de nutrientes dos microrganismos do solo. Nutrientes% em peso N(nitrognio)10,0 P205(fsforo)2,5 K20(potssio)0,6 CaO (clcio)0,6 Fonte:/d, ibid. 1960-p.146 1.2.8 Microrganismos e o ciclo do nitrognio. O N (nitrognio) compe cerca de 80% do ar,sendo que ele gasoso e quase no aproveitado pela cultura.Este(N) nitrogniogasosoeestvel,noreagindocomoutroselementos.Conformea atividade de determinados microrganismos ou diante de condies de alta carga eltrica ou temperatura (o trovo, por exemplo), ocorre alterao qumica e atravs de combinaes ocorre a sua produo. O Grfico 3apresentaatransformaodafrmuladenitrognioqueocorrena natureza.Almdisso,representaa snteseartificialna produodeadubo,atravsdessatransformao,entreasquatroformas.Dentreas frmulasqumicasdenitrognio,asreaesheifavorecemoaproveitamento pela planta,na formade nitrognio amoniacal e nitrato. Essas transformaes de formas de nitrognio ocorrem devido atividade do microrganismo no solo. Grfico 3. Ciclo de transformao do N (nitrognio). a. b.c. d,e. d,f. g. h,i. N-Orgnico (plantas, animais) Ig Nitrognio-gasoso Atmosfrico N-NO, Nitroso Transformao em amnia (decomposio)Maioria dos microrganismos que se alimentam Protena de matria orgnica Transformao em nitratosNitrosomonas Nitrobacter Reduodo nitratoMicrorganismos que se alimentam de matria orgnica DesnitrificaoBactria desnitrificadora (Pseudornonas sp. Tiobaci/lus sp.) Fixao de nitrognioBactria fixadora de N independente(Azotobacter) (plantas/animais)Bactria simbitica fixadora de N (Bactria noduladora de raiz). Transformao orgnica Maioria dos seres vivos que se alimentam de mat.org. NO,-N, NH,-N(absoro pelas plantas, alimentos) Fonte:MIYOSHI,Hiroshi.(Dojo shindan ho)- Mtodo de avaliao do solo. 1991,p.205 -6-1.2.9 Atividade biolgicae pH do solo. Os microrganismos constituem-se no tesouro do solo, exercendo atividades que mantem o equi-lbriodinmico. grandearelaoentreosmicrorganismoseopHdosolo,por exemplo,asbactrias decompositoras decelulose,os Actinomicetos preferem pH neutro,os Aspergillus preferem pH cido.O Quadro 8 mostra a relao entre o pH dosolo e os microrganismos decompositores de celulose. Quadro 8- pH do solo e microrganismos decompositores de celulose Solo-microrganismo em19(x103) SoloTratamento BactriaActinomicetosAspergillus Sem calcrioTestemunha3.9001.260116 pH5,1N3.9001.260116 Solo cidoCelulose3.600600160 N+celulose2.4804004.800 CalcrioTestemunha7.7002.76025 pH6,5N7.7002.76025 Celulose17.4002.20047 Solo neutroN+celulose47.0003.200290 Fonte:WAKSMANN Solo cido e desenvolvimento da planta.In HASHIMOTO,Takeshi. Sansei dojo to sakumotsu sei iku.1992,p.39. Em relao ao solo neutro, a decomposio realizada principalmentepela bactria. O tamanho da bactria comparado ao Aspergillus extremamente pequeno,e por isso aquantidade de Ninorgnico resultanteda decomposioda matria orgnica retido pela bactria pequena em solos neutros.Como resultado,em solos neutros,aumenta teor inorgnico,acelerando a nutrio de N.Em contrapartida, nos solos cidos onde a decomposio da matria orgnica realizada principalmente pelos fungos maiores que so os Aspergillus, aumenta a transformao orgnica do N inorgnico, retardando o efeito da nutrio. O Quadro 9 mostra a relao da transformao de composto com as principais bactrias e o pH. A maioriadestasbactrias preferesolosneutrosalevemente alcalino.Por issoimportanteneutralizar os solos cidos para aumentar a atividade dos microrganismos dosolo. Quadro 9- Bactria e pH relacionado a transformao de compostos nitrogenados BactriaPH Otimolimite mnimolimite mximo Nitrobacter7,15,010,0 Nitrosomonas7,8 Azotobacter7,5 -7,7 Redutor de nitrato7,0 - 8,25,29,8 Fonte:WAKSMANN.Solo cido e desenvolvimento da planta. In:HASHIMOTO, Takeshi. Sanseidojo tosakumotsu seiku.1992,p.39. -7-2. Elementos importantes e indispensveis para as culturas. 2.1. Macroelementos Na qumica, chamamos de elementos as substncias que no podem ser divididas em mais do que duassubstncias.Osnutrientes soelementos necessrios para o desenvolvimento dovegetal e da cultu-ra. Existem mais de 50 elementos componentes do vegetal, mas, dentre eles, atualmente 16 so considerados elementosessenciaisequenopodemfaltarnodesenvolvimentodasplantas.Pode-sepensarqueisso poderaumentar nofuturo.Oselementosessenciaisabsorvidospelasculturas,constitudosdemacroe microelementos, esto apresentados no Quadro10, com asformulaes e quantidades necessrias. Carbonizando aplanta,10% da matria seca constituda de cinza. Os principais componentes da cinza so:C, O,H, N,K,Ca, Mg, P,S,alm disso contem: Fe, Mn, Zn, Cu, Mo, Co, B, Si. Estes so os nutrientes necessrios para o desenvolvimento das plantas, por issosochamados deelementosessenci-ais. Atualmente,oselementos essenciais das plantas superiores apresentados noquadro abaixo, reconhe-cidos e aceitos so 9 macroelementos e 7 microelementos. Dentre eles, C,H e O vem doar e da gua, e os restantes13elementos so fornecidos pelo solo. Quadro10- Comparao dasquantidades necessrias e formulaesdoselementos necessrios para asplantas. Smbolo qumico- Frmula absorvida pelaPeso seco % (elemento)planta MI. C(carbono)CO2 45 a2.O(oxignio)O2 45 c3.H(hidrognio)H206 r4. N (nitrognio)NH/ , N03- 1,5 o5. K(potssio) K+ 1,0 s6.Ca (clcio) Ca2+ 0,5 7.Mg (magnsio) Mg2+ 0,2 8.P (fsforo)H2P04- ,H2PO/0,2 9.S (enxofre) S042-0,1 M10. Cl (Cloro)cr0,01 i11. Fe (Ferro) Fe 2+,Fe 3+ 0,01 c12. Mn (Mangans) Mn 2+ 0.005 r13. B(Boro)H3B03 0,002 o14. Zn (Zinco) Zn2+ 0,002 s15. Cu (Cobre) Cu+,Cu2+ 0,0006 16. Mo (Molibdnio)Mooi+0,00001 Peso seco ppm 450.000 450.000 60.000 15.000 10.000 5.000 2.000 2.000 1.000 100 100 50 20 20 6 0,1 Fonte:STAUT.Conhecimento Bsico de Nutriode Planta.In:TAKAHASHI,E.Sakumotsu no kiss-chishiki.1982,p.183. No Quadro 11, exemplificamos as quantidades de elementos absorvidos pela soja. -8-Quadro11- Soja (3,0 t de gros+ 5,0 t outras partes da planta = 8,0 t total) (Peso seco). Elementokglha(%)Elem entoka(%)Elementoa(%) C (Carbono)3.50043,7N320B100 H (Hidrognio)4505,6P30Cl10.000 O (Oxignio)3.30041,3K110Cu100 Ca80Fe1.700 7.25090,6(%)Mg35Mn600 S25Mo10 Outro s (*)138Zn200 Co5 7389,2% 12.7150,2% (*)Al (alumnio), Si (silcio), Na (sdio) Fonte:MALAVOLTA,E. Elementos de Nutrio Mineral de Plantas. So Paulo, 1980,p.ll Com relao aos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S) para a soja, as quantidades necessrias por ha variam de 2 5 ~30 kg a algumas centenas de kg, alm disso,necessitam de 5 g a 10 kg de micronutrientes por ha. NossolosdoBrasil,emgeral,ocorremdeficinciasdeB,Cu,Fe,Mn.MoeZn.Sobretudo,nasoja,os elementosnecessriossooCoeCl.OConutrienteindispensvelparaasbactriasnoduladorasdas leguminosas que fixam o N (nitrognio) do ar.O CI importante para as culturas, sendo a maior parte fornecida pelas chuvas e como componente deadubo, por isso no h necessidade defornecer na adubao. 2.2. Micronutrientes. A descoberta de que os micronutrientes compem a maioria das enzimas das plantas provocou na biologia uma grande mudana, ampliando a grandefuno dos micronutrientes, com a compreenso dasua importnciafisiolgica.Ficouclaroqueosmicronutrientesconstituem-senoprincpiobsicodavida, porque a sntese, das substncias em geral, realizada com a ajuda das enzimas, e, na sua composio, esto os micronutrientes.So conhecidos, atualmente, cerca de1.000 enzimas, dos quais aproximadamente1/3 so ativadas por micronutrientes. 2.2.1. Funo dos micronutrientes. No Quadro12,esto apresentados asfunesdosmicronutrientes na planta. Quadro12- Funes dos micronutrientes na planta. Elemento B Cl Co Cu Fe Funo Formao da membrana celular Absoro e transporte de gua eclcio Translocao de carboidratos Sntese de lignina e celulose Sntese de cido nuclico e protena Associao com oclcio;germinao do plen ecrescimento dotubo polnico;maior pegarnento da florada;aumenta a germinao; diminui a esterilidade masculina echocharnento de gros. Participa na fotossntese eabertura dos estmatos Controle hormonal(cido abcissico, etileno), fixao de N2 Metabolismo de fenis e lignificao Formao de gro de plen efertilizao Nodulao efixao de N2 Aumenta aresistncia a doenas Fotossntese Sntese da clorofila Fixao de N2 -9-Mn Mo Zn Sntese de protena Respirao Aumenta a resistncia a doenas Biossntese de clorofila, glicolipdeos Metabolismo do nitrognio Sntese de protena Controle hormonal (cido indolactico) Formao de gro de plen Metabolismo do cido nuclico e protena Absoro e transporte de Fe Enzima redutor de nitrato (N03) Fixao de N2 do ar Sntese de vitamina C Reduz o excesso de toxidez de metais pesados como Zn, Cu e Ni Transformao orgnica de P na planta Aumento no tamanho e multiplicao celular Fertilidade do gro de plen Sntese do triptofano Formao de amido Sntese de protena Resirao Fonte: MALAVOLTA,E. Fertilizantes e seu Impacto Ambiental.So Paulo,1994,p.6-7. 2.2.2. Relao entre a deficincia de micronutriente e ocorrncia de doena. A deficincia de alguns micronutrientes tem grande relao com doenas, esta relao apresen-tada no Quadro13. Quadro 13- Relao entre deficincia de micronutriente e doenas. ElementoCulturaDoenaElementoCulturaDoena BCevadaErysiphae graminisMnCana de acarHelminthosporium sacchari TrigoPuccinia triticumAveiaBactria P.glumarumTomateTMV GirassolErysiphae cicharacearumBatataPhytophtora infestans BeterrabaPhoma betaeMoAlfafaDoenas em geral CrucferasPlasmodiophora brassicaeZnSeringueiraOidium heveae Couve-florBotrytis sp.Phytophtora sp. TomatePVXCitrusTylenchylus semipenetrans ErvilhaAlternaria colhioidesBatataPhytophtora infestans CuTrigoP.triticinaArrozPyricularia oryzae MnLeguminosasRhizoctonia solaniSorgoSphacelotheca sorghi Fonte:MALAVOLTA,E.Avaliao do Estado Nutricional das Plantas. So Paulo, 1997,p.l35; MALAVOLTA,E.Apud. "Informaes Agronmicas".POTAFOS.Piracicaba,no75,p.2,set.1996. A freqncia de aparecimento de deficincia de micronutrientes nos solos do Brasil , em primeiro lugar B, Zn, seguidos na seguinte ordem: Cu, Mn, Fe, Mo. 2.2.3. Fontes de micronutrientes. As principaisfontesdemicronutrientes esto apresentados noQuadro14. - 10-Quadro 14- Principais fontes de micronutrientes. ElementoNome do produtoComposio qumicaTeor aproximadoSolubilidade (% )em gua(gIlitro) BBrax-Na2B40 7IOH2O1120 cido brico-H3B03 1763 Ulexita-NaCaBs09 8H2O8-10insolvel ClCloreto de sdio-NaCl59-Cloreto de potssio-KCl52-CoCloreto de cobalto-CoCI2 . 2H2O35-Sulfato de cobalto-CoS04 . 7H2O22600 CuSulfato de cobre-CUS04. 5H2O25316 xido de cobre-CuO75insolvel Oxicloreto de cobre-3Cu(OH)2CuCI2 56-68 -FeSulfato ferroso-FeS04 . 7H2O19156 Frrico-Fe2(S04)3. 4H2O23-MnSulfato de manganes-MnSO.3H2O26-28742 xido de manganes-MnO41-68insolvel MoMolibdato de sdio-Na2MoO. 2H202 39562 Molibdato de amonio . 4H2O54430 Trixido de molibdnio -Mo03 66-NaCloreto de sdio-NaCl39-Salitre do chile-NaN03 26-Salitre potssico-NaN03 . KN03 18-ZnSulfato de zinco monohidratado-ZnS04 . H2035-Sulfato de zinco heptahidratado-ZnS04 . 7H2O23965 xido de zinco-ZnO20-78insolvel Fonte: MALAVOLTA,E. Fertilizantes e seu Impacto Ambiental. So Paulo, 1994, p.1 Ol-I 02;Id.Micronutrientes na Agricultura. So Paulo, 199 f,p.394 2.2.4. Mtodos de uso dos micronutrientes. Os principais mtodos de uso dos micronutrientes esto descritos no Quadro15. Quadro 15-Contro1e de deficincia de micronutrientes, caractersticas dos produtos qumicos e dose deaplicao. ElementoProduto qumicoFrmula quillcaTeor dePulverizao foliarUso no solo elemento %(%)(guaUha) -(kg/ha) BBraxNa2B.7. lOH2O110,350010-15 cido bricoH3B03 170,35003 -lO CuSulfato de cobreCuSO . 5H2O250,2-0,41.00010-20 FeSulfato FerrosoFe2(SO.)3. 7H2O202,050050-60 MnSulfato de mangansMnSO . 4H2O23-280,350050 (adicionar 0,3% de cal virgem) 0.05500 MoMolibdato de amuio(NH.)6Mo,o,. 2H2O540,05500-Molibdato de sdioNa2Mo.2H20390,31.000-ZnSulfato de zincoZnSO . 7H2O22(adicionar 0,3% de cal virgem)20- 30 Fonte:CAMARGO,P.N.Manual de Adubao Foliar.So Paulo, 1975. 2.2.5. Pulverizao foliar e tempo de absoro O tempo de absoro dos elementos aplicados em pulverizao foliar est apresentado no quadro 16. - 11-Quadro16-Velocidade de absoro de nutrientes aplicados nas folhas. NutrienteTempo para absoro de 50% N1/2 - 2 horas P5 -10 dias K10 - 24 horas Ca10 - 94 horas Mg10 - 24 horas S5 -10 dias Cl1- 4 dias Fe10- 20 dias Mn1- 2 dias Mo10- 20 dias Zn1- 2 dias Fonte: MALAVOLTA,E. ABC da Adubao. So Paulo, 1988,p. 162 2.2.6.Ao recproca dos elementos. NosolooCa, MgeKapresentamapropriedadedeimpedir mutuamenteaabsoro.Aisto, chamamos de antagonismo. Aumento de Mg e K~inibe a absoro de Ca. Aumento K~inibe absoro de Mg. Aumento de Ca e Mg ~inibe a absoro de K. Porestemotivo,ocorreodesequilbriodosnutrientesnosolo,tomando-secausadevrios distrbios fisiolgicos. Por outrolado,aaodecertosnutrientesir aumentaroefeitodeoutrosnutrientes.Aisto, chamamos de sinergismo, como mostrado no Grfico 4. Grfico 4. Ao mtua dos elementos. Mn p --- Antagonismo - - - - Sinergismo Mo Fonte: NAKASHIMA,Todomu.Tsuchi o shiru.1991,p.62 - 12-3. Medidas para minimizar os obstculos. 3.1. Melhoramento da acidez. 3.1.1.o pH do solo, os elementos e as culturas. O Grfico 5 mostra a relao entre o nvel de aproveitamento dos elementos e o pH do solo. Grfico 5- Relao entre o pH e o aproveitamento dos elementos do solo. 5,06,06,57,08,0 Fonte: MALAVOLTA,E. Manual de Fertilidade do Solo.So Paulo, 1989,p.42 Quadro17-Grau de pH adequado para aproveitamento dos elementos. Hara o aroveitamento mximoMicroelemento 5,0 -7,0B 5,0 -7,0CU W - ~~ 5,0 - 6,5Mn ~ - ~~ 5,0 -7,0Zn Fonte: Id.,ibid.,So Paulo, I 989,p.1 OI Quadro 18-Valor de pH ideal para cada cultura. 5,0 - 6,0 Batatinha Batata-doce Melancia Arroz 6,0- 6,5 Grama Bermuda Milho Algodo Sorgo Amendoim Soja Trigo Feijo Caf Fonte:Id.,ibid.,So Paulo, 1989,p.43. Alfafa Trevo -13-6,5-7,0 3.1.2 . .Causas da acidificao e seu controle. Tanto em clima tropical, subtropical como temperado, com precipitao alta, os ctions (K, Ca, Mg) tm acentuada lixiviao, e os solos ficam cidos. Os solos das culturas so calcareadas, mas por que eles se tomam cidos? Asseguintesrazespodem ser consideradas: 1)Acidificao pela gua de chuva. Atravs da gua de chuva e de irrigao,o W(on de hidrognio) contido provoca a lixiviao dos ctions (K, Ca, Mg, Na) do solo em troca pela infiltrao de H+(on de hidrognio). 2)Acidificao pela absoro de ctions pela cultura. AsrazesdasplantasabsorvemcomonutrienteK(potssio),Ca(clcio),Mg(magnsio),e devolve o H+(on de hidrognio) ao solo. 3)Acidificao pelo adubo. Pela utilizao de fertilizantes cidos, como: sulfato de amnio, uria, nitratos, MAP (NH4H2P04) e DAP [(NH4)2H2P04]. 4)Acidificao pela eroso. Pela eroso, ocorre perda da camada desolo arvel, diminuindo os ctions deixando o subsolo que contm bastante H+. 3.1.3.Motivo da calagem. Abaixo osobjetivos da calagem e conseqentemente o melhoramento dosolo: 1) correo da acidez do solo, neutralizao do AI (alumnio) e insolubilizar o excesso de Mn e F e. 2) fornecimento de Ca e Mg necessrios cultura. 3) aumento do nvel de aproveitamento dos elementos da adubao. 4) neutralizao da acidez pelos adubos cidos. 5) ativao dos microrganismos do solo: (a )mineralizao da matria orgnica do solo pelos microrganismos (decomposio). (b )plantas leguminosas (feijo, soja, amendoim e outros), atravs das bactrias noduladoras que fixam N (nitrognio) do ar. Para a produo das culturas, so necessrios os seis macroelementos N, P, K, Ca, Mg, S e, dentre eles o Ca o terceiro, o Mg o quarto em importncia. calcrio o material mais barato para fornecimento de CaeMg. 3.1.4.Correo de pH do solo e grau de aproveitamento do adubo. Conforme ser apresentado no Quadro 19, o nvel de absoro eficiente dos elementos do adubo pelaculturavariadeacordocomopHdosolo.ArelaoentreopHeograudeabsoroefetivo apresentadoaseguir: 1)em solo fortemente cido (pH 4,5 ~ 5 , 0 ) ,so aproveitados apenas 20 ~ 5 0 %de N, P, K do adubo. 2)aocontrrio,emsoloscorrigidos(pH6,0~ 6 , 5 )oaproveitamentodoselementosdoadubo aplicado varia entre 50 - 100%. Estesfatosmostram agrandeimportnciadomanejodeadubaonomelhoramentodosolo atravs da cal agem. - 14-Quadro19-Variao do grau (%) de aproveitamento dos principais elementos nas culturas de acordo com o pH. ElementopH 4,55,05,56,06,57.0 N205075100100100 P30324050100100 K30357090100100 S4080100100100100 Ca2040506783100 Mg2040507080100 Mdia2746647993100 Fonte: GUILHERME,M.R. Calagem.1993,PA. 3.1.5. A relao entre a acidez do solo e ativao dos microrganismos do solo. I)A matria orgnica uma fonte importante no fornecimento de N,Se B.Para estes elementos serem absorvidos pelas razes das plantas necessria a mineralizao pelos microrganismos. 2)A fixaodoNdoar nasculturasdeleguminosasdependedasbactriasnoduladorasque vivem nosolo.Um exemplo apresentado mostra queso necessrios 300 kg de N para1,0 ha desoja.Se fornecer uria, preciso aplicar 667 kg.Com a correo deacidez dosolo, ocorrer a fixaode N doar, dispensandoaadubaonitrogenada. 3.1.6.Capacidade de reao do calcrio. De acordo com a resoluo do Ministrio da Agricultura em 12/06/1986, foi determinadoo poder de neutralizao do calcrio conformeo seu grau de moagem (Quadro 20). Atravs doQuadro 20,podemos entender o seguinte: (1)peneira 10 (2 mm) - no reage no solo. (2)o que passa na peneira 20 (0,84 mm) e 10 (2 mm) de1.000 kg, 200 kg reagem no solo. (3)o que passa na peneira 50 (0,3 mm) e 20 (0,84 mm) de 1.000 kg- 600 kg reagem no solo. (4)o que passa na peneira 50 (0,3 mm) de 1.000 kg reagem 1.000 kg. Quadro 20-Capacidade de reao do calcrio conforme o grau de moagem Grau de finuraCaacidade de reao (%) Peneirano passa na peneira 10o Peneira10- 2020 Peneira20 - 5060 Peneirapassa na peneira 50100 - 15-3.1. 7.Poder relativo de neutralizao total (PRNT) O poder relativo de neutralizao total determina a reao do poder de neutralizao do calcrio. PNXRE PRNT =------100 PN igual a rocha calcria e determinado de acordo com a composio qumica de CaO e MgO, no produto final modo. RE est diretamente ligado ao grau de moagem da rocha calcria. Em concluso, o PRNT elevado indica o calcrio que apresentareao mais rpida. 3.1.8.Equilbrio da relao CalMg no solo. O calcrio, conforme o teor (%) de Mg, pode ser classificado em calcrio calctico, magnesiano e dolomtico(Quadro21).H necessidadede escolher qualo tipo de calcrio aser aplicado dentre ostrs tipos. Quadro 21- Classificao do calcrio, conforme o teor de MgO. Tipo de calcrio Calctico Magnesiano Dolomtico MgO(%) 0-5 6 -12 > 12 Segundo Kpper (1981) e Vitti (1984), para a maioria das culturas, a relao de absoro de Ca e Mg de Ca 3 ~ 5 : M g1. Entretanto,conformeasestatsticasde81.000amostrasdesoloanalisadasnoEstadodeSo Paulo, 50% dos solos apresentaram a relao abaixo de Ca 2: Mg 1.Este fato se deve a utilizao de calcrio dolomtico por longo tempo, sem levar em conta o equilbrio, conforme mostra o Quadro 22. No Estado de So Paulo, os agricultores vieram aplicando o calcrio dolomtico, desequilibrando a relao de Ca:Mg. Quadro 22- Anlise de solo e o uso de calcrio dolomtico no Estado deSo Paulo. CaO*:MgO**Relao CaO:MgO 24171,41 25201,41 30201,51 35201,71 37132,81 *CaO560 Kg =1 meq/Ca no solo **MgO 402 Kg =1 meq/Mg no solo Fonte:GUILHERME,M.R. Calagem.1993, p. 7 - 16-meq/soloRelao no solo Ca:MgCaMg 0,420,421,01 0,500,501,01 0,530,501,11 0,620,501,21 0,660,322,11 Este desequilbrio de Ca:Mg no solo provoca influncia na produtividade da cultura. No Estado deSo Paulo faz-se a correo da acidez das lavouras, mas ocorre que no est sendo alcanada a produti-vidade objetivada. Para solucionar este problema, h necessidade de calcular a aplicao de calcrio para manter a relao Ca/Mg em 3 a 5. 3.1.9.lculo de calagem. Para secalcular e decidir a quantidade decalcrio a ser aplicado, h necessidade da anlise de solo.Esta deve ser representativa da rea a ser corrigida. Antes do plantio das culturas anuais ou perenes, as amostras devem ser de O ~20 cm, que a profundidade da maioria das culturas. N.e.(quantidade necessria de calcrio) calculada da seguinte forma: CTC (V2- V1) N.C.=xp PRNT N.C. = Quantidade de calcrio necessrio para 1 ha (t/ha). C. T.e. = Ca + Mg + (H + AI) (obtido pela anlise). VI = Saturao de bases do solo (K + Ca + Mg) V2=Saturao de bases a ser atingida atravs da calagem (varia deacordo com a cultura, em geral de 60 ~ 8 0 % ) . PRNT = Poder relativo de neutralizao total. P= profundidade = 0,5 ... aplicao de calcrio em camada de O- 10 cm = 1,0 ... aplicao de calcrio em camada de 0- 20 cm = 1,5 ... aplicao de calcrio em camada de O- 30 cm = 2,0 ... aplicao de calcrio em camada de O-40 cm Exemplo de clculo. 8,13X(70 - 36) Resultado de anlise:N.C.=----------C.T.C=8,13 V1=36% V2=70% 85 xl = 3,25 (1)caso de aplicao de calcrio com PRNT=85%: N.e. = 3,25 t/ha (2)caso de aplicao de calcrio com PRNT=45%: N.e. = 6,14 t/ha Na prtica, o caso1,em virtude da moagem fina (PRNT elevado), a quantidade de aplicao menor. No caso 2, aumenta o custo pela quantidade, frete e armazenagem. 3.1.10.Recomendao tcnica de calagem Para a recomendao tcnica decal agem,h necessidade deconsiderar o PRNT do calcrio, a relao Ca:Mg do solo e os teores de CaO e MgO do calcrio. Para isso, divide-se o Ca meq/l 00 mL pelo Mg - 17-meq/lOOmL dosolo para saber a relao Ca/Mg.Ento,faz-seoclculo da calagem atravsda frmula estudada. Ao final,para atingir a relao Ca/Mg desejada, observando o teor de CaO e MgO do calcrio, escolhe-se o tipo de calcrio a ser utilizado. No Quadro 23, apresentamos um exemplo de recomendao. Quadro 23- Exemplo de clculo de calagem. CulturaRelao Ca!Mg nosolo 1. soja2,3:1 2.soja3,6:1 *calcticoCaO 48%MgO 4% **dolomtico CaO 37%MgO 13% Quantidade de calcrio(tlha) 3,0 1,5 Fonte: GUILHERME,M.R. Calagem.1993, p. 9 3.1.11.Importncia da calagem Tipo de calcrio calctico* dolomtico** Com relao calagem os seguintes itens devem ser considerados: Relao Ca!Mg dosolo esperado 3,5;1 3,1:1 1)para o bom aproveitamento do adubo aplicado, h necessidade de corrigir o pH do solo para 6 , 0 ~ 6 , 5 . 2)para melhorar o efeito da calcrio, h necessidade de umidade e tempo. a)gua:seo solo estiver seco, o calcrio no age. b) Tempo:o efeito de calcrio depende muito do seu grau de finura. Na prtica, importante observar os doisitens seguintes: 1)calcrio "grosso", com PRNT (45 ~70%), deve ser aplicado com 4 a 6 meses de antecedncia. 2)calcrio "fino", com PRNT acima de 80%, pode ser aplicado1 a 2 meses antes do plantio ou semeadura. Diz-se que o calcrio no age no mesmo ano e funciona na safra seguinte, isto ocorre quando se utiliza calcrio de qualidade inferior. Ento, na prtica, podemos considerar os seguintes: 1)calcrio grosso, com PRNT (45 ~70%), exige vrios anos para produzir efeito, causando pre-juzo ao lavrador. 2)calcrio fino, com PRNT acima de 80%, apresenta resultado no mesmo ano e obviamente na safra seguinte, relacionado ao manejo do solo, continua o efeito por 2 a 3 anos. Mas,pergunta-sesobreanecessidadederepetiracalagem,umavezquueocorreefeito residual do calcrio; mas isso no perene, e o solose acidifica, por isso faz-se a anlise do solo, procedendo a calagem conforme a necessidade. 3)correo do subsolo: na maioria das culturas, o sistema radicular no se desenvolve bem em solo cido. Isto se deve ao excesso de AI (alumnio) ou deficincia de Ca (clcio). Geralmente, ocorrem ambos. Com relao correo do solo na profundidade, conforme o relato de Quaggio e outros (1985), em solo de cerrado de latossolo vermelho, a calagem de 6 t/ha, aps 30 meses, na profundi-dade de 50 cm (Ca + Mg), aumentou 0,5 meq/lOO em3,e o pH (H20) passou de 4,6 para 5,0. - 18-3.1.12.Fatos na calagem Os pontosimportantessoosseguintes: 1)o calcrio no solvel em gua,importante o contato das partculas docalcrio com os grnulos dosolo, por isso preciso incorporar bem o calcrio no solo. 2)a Iixiviao do Ca no solo bastante lenta. 3)ondeh AIenohCa,araizdaplanta nosedesenvolve;semcrescimentodaraizdas culturas no h aproveitamento do adubo e a produtividade baixa. 3.1.13.Aplicao antes do plantio O calcrio deve ser espalhado por toda rea. Para uma boa incorporao, aplica-se a metade antes da arao, e a metade antes da gradeao. A planta absorve o nutriente pela raiz, por isso considera-se a raiz como a boca da planta. Quanto mais profundo se corrige, aumenta a eficincia da calagem, desenvolve melhor o sistema radicular, aumen-tando o aproveitamento da adubao, resiste mais seca, alcanando maior produtividade. No Quadro 24, segundo o resultado obtido em pesquisa realizada em Campinas, Estado deSo Paulo, fazendoa calagem nomilho na profundidade de30cm,houve aumento de26sc/ha em relao aplicao na profundidade de 12 cm. Quadro 24- Efeito da profundidade de incorporao de calcrio(4 tlha) na produtividade de milho em solo-LE. ProfundidadeProdutividade ndice deincorporaosc/ha 0-1257100 0-1566116 0-3083146 1 saco =60 kgLE: Latossolo Roxo Escuro Fonte:GUILHERME,M.R. Calagem.l993,p.ll. 3.1.14.Calagem na cultura perene. Aumento sc/ha o 9 26 No caso de cultura perene (caf, citrus e outras) procede-se da seguinte forma: 1)lavoura de caf-aplicam-se 2/3da quantidade sob a copa, atingindo at30 - 40 cm alm da ponta dosramos,e1/3no meioda rua. melhor fazer a aplicao antesdaesparramao. F ora dessa poca, pode-se realizar a calagem na capinao, misturando com a terra. Em lavou-ra mecanizada, espalha-se por toda rea, inclusive embaixo da copa, e faz-se uma leve gradagem sem prejudicar a raiz do cafeeiro. 2)fruticultura e outras perenes-esparramao por toda rea,inclusive sob a copa, e fazer uma grade ao leve ou na capinao, misturando com a terra. 3)segundo corte de cana de acar-aplicao por toda rea e fazer uma gradeao leve sobre a terra. 4)pastagem-no inciodaschuvas1 a2mesesantesda adubaocom fsforoou nitrognio, roar o capim, espalhar o calcrio fino por toda rea em cobertura e fazer uma leve gradeao para incorporar com a terra. Para obter bom resultado em curto prazo,recomenda-se aplicar o calcrio juntocomogessoagrcola.Estamisturade70%decalcrioe30%degesso agrcola. A quantidade de aplicao deve ser calculada conforme o PRNT. - 19-3.2.Gessagem 3.2.1.Efeito da gessagem agrcola. Malavolta afirma os seguintes efeitos da gessagem agrcola: 1)fonte de Ca e S; 2)melhora o sistema radicular; 3)correo do excesso de Na no solo; 4)diminui a salinizao do solo; 5)Diminui a perda de N (nitrognio) durante a fermentao. Abaixo os padres do gesso agrcola: Umidade CaO S P20S Si02 (insolvel) Fluoretos (F) R203(Ah03+ Fe03) 17% 26% 15% 0,75% 1,26% 0,63% 0,37% A composio do gesso agrcola de 96,5% de CaS04.2Hp. Em outra anlise, segundo MAY e SWEENE (1982), apresenta micronutrientes (B, Co, Cu, Fe, Mn, Ni, Na e Zn) e tambm elementos txicos como (AI, As, Cd e outros) em pequenas quantidades. Como fonte de S (enxofre), em solos com baixo teor para fornecer 30 a 40 kg/ha de S, necessrio aplicar 200 - 270 kg/ha de gesso agrcola. 3.2.2. Lixiviao de K e Mg e o uso excessivo de gesso agrcola uso excessivo de gesso agrcola provoca a lixiviao de Mg e K. A aplicao do gesso agrcola deveserrecomendadaquandoasaturaodeCa nosubsoloa20~ 4 0emformenordoque60%,ea saturao por AIfor acima de 20%. Deve-se evitar a aplicao do gesso agrcola acima de1,5 tlha. 3.2.3.Mtodo de aplicao do gesso agrcola. Malavolta e Klemann recomendam o uso do gesso agrcola, quando o clcio no solo for baixo, e o AI no subsolo, elevado. Como, atualmente, no est estabelecido um padro ideal de aplicao, surgere-seoseguinte: AI 3+1 meq/l00 cm3 no solo - aplicar 2 t/ha de gesso agrcola. Para aumentar 1 meq/l00 cm3 de Ca no solo aplicar 2 tlha de gesso agrcola. A Comisso de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais-CFSEMG (1989) de acordo com a composio do solo, apresenta a quantidade de aplicao: Solo arenoso de 15% de argila) = 0,5 tlha Solo areno-argiloso (15 ~35% de argila) =1,0 tlha Solo argilo-arenoso (36 ~60% de argila) =1,5 tlha Solo argiloso (> 60% de argila) =2,0 tlha. - 20-A quantidade de aplicao do gesso agrcola, para correo de acidez, recomendada usar 25-30% da quantidadedecalcrio. Ambossecomplementam mutuamente.Quando acultura est instalada, aplica-se o calcrio e o gesso sob a planta, na entrelinha e tambm na rea total ou em linha. Periodicamente, deve-se fazer a anlise de solo e examinar o seu efeito. Como o gesso agrcola solvel, pode-se espalhar sobre a terra, sem necessidade de incorporao. calcrio deve ser aplicado com antecedncia e depoisincorporar nosolo e,na ocasio doplantio, pode-se aplicar o gesso agrcola. 3.2.4.Clculo da gessagem A calagem, em geral, no corrige a acidez em profundidade, no caso de cafezais j formados, onde invivel a incorporao do corretivo, a menos quando se procede subsolagem. Ou se usam doses relativamente pesadas em solos leves, empregando-se calcrio de boa qualida-de, ou se esperam alguns anos. Isto se deve ao fato de que o nion, acompanhante do clcio, cot, dissipa-se na atmosfera da superfcie do solo e acima dela. Em conseqncia, o cafeeiro (ou outra cultura qualquer) temoseusistemaradicularconcentradonasuperfciee,porisso,aproveitamenososnutrientesqUl perco Iam, absorvem menos gua e sentem mais o efeito da estiagem. gesso,gessoagrcolaoufosfogesso,oCaS04.2Hp(sulfatodeclcio),subprodutoda indstria do cido fosfrico. nion acompanhante do Ca2+ sot, que, ao contrrio do cot, no se perde por volatilizao, sendo capaz de descer no perfil, processo que acompanhado pelo clcio. Disso resulta que, em profundidade, aumenta a saturao em clcio do complexo de troca, e o AI txico "neutralizado". A gessagem usualmente no modifca o pH e no substituta da calagem. Ambas se complementam. A pesquisa agrcola ainda no encontrou uma frmula, para calcular a dose de gesso a usar em funo dos dados de anlise do solo, que tenha tido comprovao prtica. Enquanto isso, pode-se, provisoriamente, usar a seguinte: NG(0,6 CTCe - meqCall 00 cm3)x 2,5 ou NG(meq AI/l 00 cm3 - 0,2 CTCe) x 2,5 onde NGnecessidadedegesso. toneladasdegesso/ha CTCecapacidade de troca catinica efetiva. meq (AI + K + Ca + Mg)/l 00 cm3 Deve-se pensar nousodogessoquando: a)a anlise do solo na profundidade de 21- 40 em (e no a correspondente O- 20 em) revelar uma participao do Ca na CTCe menor que 60%; b )A anlise do solo a 21- 40 cm (e no a O- 20 em) mostrar que a saturao em AI maior que 20%. Quando o solo, antes do plantio, necessitar de calcrio e de gesso, primeiro se faz a calagem na formarecomendada edepoissedistribuiogessoalano,sendodispensada asua incorporao.Pode-se tambm usar produtos comerciais que contm uma mistura de calcrio e gesso. Nos cafezais em formao ou produo,o gesso aplicado a lano e,nesse caso, pode-se us-lo previamente misturado com o calcrio (se o solo necessitar de cal agem) ou separadamente. ~21~ 4.Tcnica de melhoramento de manejo e adubao. 4.1. Clculo de adubao para cultura de hortalias. 4.1.1.Sistema de absoro de nutrientes em hortalias. Opesquisador japons Koya Yamazaki,que esteve noBrasilem1969,para proferir um curso sobreadubaodehortaliasnaEstaoExperimentaldaCooperativa AgrcolaSulBrasil,em Atibaia, dividiu asculturas em dois grupos,deacordo com a poca deabsoro denutrientes pelas hortalias: a)asdo tipo A,compreendendo as hortalias de frutos - como tomate e berinjela -,e hortalias deciclolongo- comoorepolho,couve-chinesa,leguminosasemorango- queabsorvem nutrientes na faseposterior,dando nfase na adubaodecobertura; b)as do tipo B, compreendendo as culturas que absorvem mais nutrientes na fase intermediria - como nabo,cenoura e batata -,dando nfase na adubao bsica. Grfico 6.Dois tipos de hortalias, conforme o sistema de absoro de nutrientes (kg/O, lha) 40 30 QUANTIDADE DE ABSORO20 (Kg /01ha) 10 QUANTIDADE DE ABSORO (Kg / 01ha) 20 10 TIPO A (Proporo de Absoro) K,O (lO) CaO(8) N(6) P,o,(2) MgO (1,5) 23456MESES

LegummosasIHortalias e folhosas:de frutos Repolho Couve Chinesa TIPOB Perodo de mxima

(Proporo de Absoro) _---K,O (10)

(2)MgO (1,5) 2345MESES '--_---',L--...J HortaliasHortalias de raizpara produo Cebolinhade sementes Fonte: YAMAZAKI,Koya. Sosai no hibai.1960,p.160. - 22-A absoro de nutrientes nas hortalias do tipo A, crescente, principalmente nos ltimos 30 dias do ciclo, quando chega aNashortaliasdotipoB,aabsoroatingea apartirde60diasantesdacolheita, principalmente nos 30 a 40 dias, quando atinge a fase de aumento no crescimento vegetativo. Depois disso, os nutrientesso acumulados nas razes, tubrculos e bulbos. diminuindo a absoro pelas razes. 4.1.2.Padres de produtividade de hortalias e quantidade de absoro de elementos do adubo. Considerandoospadresdeproduodehortaliase asquantidadesdenutrientesabsorvidos em cada cultura, tomando-se como base geral KP igual a 10,sero absorvidos dentro dos seguintes limites NCaO15, ppsMgO No Quadro 25, esto calculadas as quantidades de nutrientes neces-srias para cada tipo de hortalias. Estes valores estimados, para cada cultura, ainda devem ser melhorados em alguns pontos, masforambaseados na proporo decada nutriente para fazer a adubao.E,tambm, essesnmerosindicamasquantidadesdenutrientesquedeveroser absorvidos,por issodiferenteda quantidade de adubo. Como o adubo aplicado no solo,lixvia com a gua de chuva e irrigao. O ndice de lixiviao varia com o tipodesolo.Ento considerando o tipo desolo, melhor calcular a quantidade de adubo baseado no fator de multiplicao, conforme o Quadro 26. Quadro 25-Padres de produtividade dehortalias e quantidade de absoro deelementos do adubo. FatorProduo e espcie de hortalias (t./0,1ha)Quantidade absoro de elementos (kg./O,1ha) N 4Pepino (8),Tomate (8), Pimento (3)24 Melancia (8), Melo (5), Abbora (8) 3Batata-doce (6),Rabano (6)18 2Repolho (4),Couve-chinesa (6),Salso (4)12 Nabo (6), Cenoura (2),batata (4) 1,5Morango (2), Feijo Fava (2)9 ICebola (6), Espinafre Horenso (2),6 Alface (2) Ervilha (1), Feijo-vagem (I) Fonte:HASEGAWA,M. Sehi no Kiso to oyo .1982, p, 119. Quadro 26- Fator de multiplicao de adubao. Tipo de solo Arenoso Areno-argiloso N 1,3- 2,0 1,2- 1,8 1,0 - 2,0 0,5- 2,0 P20S K20 840 630 420 315 210 3,0- 6,0 (solo cf alta adsoro de P) 0,5- 2,0 Argiloso1,0 - 1,53,0 - 6,0 (solo cf alta adsoro deP) Arenoso: teor de argila < 12,5%, Areno-argiloso: teor de argila 12,5 25,0% Argiloso: teor de argila 25,0 37,5%, Muito argiloso: teor de argila> 50,0% Fonte:MAEDA,Masao.Yasai no eiyo shindan to sehi.1966, p.118. - 23-CaO 32 24 16 12 8 1,0 - 1,5 0,5- 1,0 0,5- 0,8 MgO 6 5 3 2 1,5 4.1.3.Produo almejada e adubao de cada espcie de hortalia. Com base no Quadro 25, com os padres de produo de hortalias, quantidade de absoro dos elementos na nutrio e no Quadro 26, com o fator de multiplicao de adubao para o clculo de adubao de cada cultura, o Quadro 27 apresenta asdiferentes espcies de hortalias, produo almejada e quantida-dedeadubao. Quadro 27- Produo almejada e adubao para cada espcie de hortalia. Produo almejada (UO,Iha) 16 12 8 6 4 2 Espcie de hortalias Tomate, Abbora, Pepino, Melancia, Melo Batata-doce, Rbano Batata, Nabo, Couve-chinesa, Cenoura, Beterraba, Salso. Feijo-fava, Morango Ervilha, Feijo-vagem, Espinafre horenso, Alface Fonte:HASEGAWA,M. Sehi no kiso to oyOU.1982, p.118 N 54,0 45,0 36,0 27,0 18,0 13,0 9,0 Adubao (kglO,1ha) p,OsK,O 18,048,0 15,040,0 12,032,0 9,024,0 6,016,0 4,512,0 3,08,0 Em hortalias folhosas, existe a idia de que basta fornecer bastante nitrognio para a sua produ-o, mas isto favorecer o ataque de doenas, e,no repolho, o excesso de adubo ir desenvolver demasia-damenteasfolhasexternasenohaverformaodacabea.Oexcessodoaduboemtomateprovoca desenvolvimento excessivo das folhas e caule, prejudicando a formao e maturao dos frutos, aumentan-do a ocorrncia de podrido apical, relacionado tambm com a deficincia de clcio. Na berinjela tambm aumenta o desenvolvimento das folhas e caule, prejudicando a frutificao. Por isso, necessrio conhecer osfundamentosdaadubaoadequada. Quando o Dr.Koya Yamazaki esteve em1969, ministrando curso para os agrnomos da colnia japonesa sobre osfundamentos da adubao de hortalias, os autores tiveram a oportunidade de participar. Assim, baseado no mtodo de adubao do Dr.Yamazaki, em solos do Brasil, com a repetio de fracassos e sucessos, elaboraram-se planos de adubao de hortalias, aplicando na atividade de produo de tomate e outras hortalias, e, assim, os autores adquiriram a convico de que essa idia pode ser aplicada no Brasil. O Quadro 28, apresenta a produtividade mdia de cada espcie hortcola cultivada no Brasil. - 24-Quadro 28- Espcies hortcolas cultivadas no Brasil e sua produo mdia (tlha) HoraliastJhaHortaliastJha Abobrinha10-20Jil16-20 Abbora rasteira10 -15Melancia30-50 Alcachofra4-6Melo20-40 Alface20-30Moranga10 - 15 Alho4- 8Morango30-35 Aspargo4-7Nabo6-8* Berinjela30-60Pepino20-50 Beterraba15- 30Pimenta4-16 Brcolos10-30Pimento30-40 Cebola20-40Quiabo15 - 22 Cenoura25- 45Rabanete15 - 30 Couve-flor8 - 16Repolho30-60 Ervilha1,5 - 2,0Tomate estaqueado50-100 Feijo-vagem20-25Tomate rasteiro30-50 * A baixa produtividade do nabo devida a variedade antiga, conforme justificou o responsvel pelo quadro, Dr.Paulo Trani-IAC,em 26/03/1997. Fonte:RAIJ ,B.na et a!. Apud "Romendaes de Adubao e Calagem para o Estado de So Paulo" Boletim TcnicolOO-IAC.2.ed.Campinas: 1996, p.16l. 4.2. Interpretao de anlise de solo e plano de adubao em olericultura. Na produo de olercolas, inicialmente procedemos a anlise de solo para obter o maior nmero deinformaespossveis,paraquesejamteisnomelhoramentodaadubao.Paraainterpretaoda anlise desolo, podemos ordenar da seguinte forma: Ocorrem dois casos de deficincia no desenvolvimento: 4.2.1.Caso de deficincia de elementos na adubao. Nossolosqueapresentam:podrido apicalnotomate por deficincia declcio;deficincia de magnsio;ocorrncia de pragas e doenas por deficincia de micronutrientes, ocorrem condies de mau desenvolvimento das culturas por deficincia deelementos. 4.2.2.Caso de excesso de elementos na adubao. Ao contrrio do primeiro caso, o excesso de elementos na adubao de N, K, P, Ca, Mg, inc1uindo-se a inibio de elemento devido ao antagonismo, ocorrem condies de mau desenvolvimento devido ao prejuzopor excessodeadubo.Istoocorreporcausadovciodeadubaoadotadoatento,por isso deve-sequestionar o histricodeadubaodessa rea. Examinando a anlise desolo da cultura com desenvolvimento normal e sadio, no h faltaou excesso decada elemento,com bom equilbrio entre oselementos nutricionais(composio dections), pode-se pensar que h alto teor de matria orgnico e micronutrientes. - 25-Assim,essascondiesdedesenvolvimentodasolercolas,basenado-sena anlisedesoloe nos dados bibliogrficos, em relao a cada elemento, considerou-se o seguinte: I)anlise desolo que apresenta deficincia; lI)anlise desolosadio; I1I)anlise desolo que produz hortalias sem adubo; IV)anlise desolo que apresenta danos por excesso. No Quadro 29, esto resumidos a interpretao de anlise e a recomendao baseada no caso da regio do cinturo verde deSo Paulo para cultura olercola no campo. Alm disso, acrescentaram-se relao Ca/Mg, Mg/K, o coeficiente de absoro de P e o escla-recimento sobre os micronutrientes. Oscculosapresentadosparacadaelemento,foramfeitostomandocomobaseaquantidade absorvida por ha pelas hortaliasoutras culturas, e a quantidade aproveitvel existente no solo. Conside-rou-se o peso da terra em 1,0 ha, na profundidade de15 cm, com a densidade do sol9 igual a 1.O solo sadio quando contem a quantidade necessria de nutrientes para a absoro da cultura,sem excesso. Quadro 29-Interpretao de anlise de solo com hortalias no Cinturo Verde de So Paulo (A.Kishimoto, 1998). Acidez< 5,0 Com acidez forte h possibilidade de ocorrer toxidez de AIedeficincia de Mo pH(H,O)6,0 -6,5 Solo sadio > 7,0 Diminuio da eficincia de Fe, Cu, Mo eZn, impedindo a absoro pela cultura. M.O< 1,5(%) Baixo(I) 3.0 -5.0(%) Adequado para hortalias (mat.orgnica)> 2,5Alto(2)C(%)X1,724=M.O. (3)M.O (%)X 0,05 = N total[N total X2(%) = quantidade aproveitvel pela planta Presina22.. 5,O(mglIOOg)abaixo disso pode ocorrer deficincia -75 (kglha) (P aproveitvel) 44nas hortalias exigem mais.... 6-150 '" 0.." (comoP2Os)neste intervalo o solo sadio i5o o. - 15535,0neste nvel a hortalia produz sem adubo "il 533

3.000873200,0possibilidade de ocorrer excesso -K'0,178,0(mglloog)pode ocorrer deficincia o -12O(kglha) (K trocvel) 0,3215,1] " :l_ 227 'O o em(comoK2O)solo sadio E o T.F.8.A0,6028,3produo de hortalias sem adubo -425 Ca- 2,0056,O(rngllOOg) neste nvel pode ocorrer podrido apical -840(kglha) '"(Ca trocvel)5,00140,0nvel suficiente plbatata devido a sarna (Ca tem relao c/ acidez do solo)-+ 0,140,16 - 0,27 K4,5 - 5,03,2 - 5,4 Ca0,8 - 1,30,66 - 1,20 Mg0,3- 0,40,27 - 0,60 S> 0,250,16 - 0,30 ---------------------(ppm)-----------------------------------B1110 - 25 Cu96-30 Fe> 10080 - 360 Mn160 - 2.500200 - 1.800 ~>Ww - ~ Fonte: POTAFOS. "Informaes Agronmicas".n.61 ,p.3. - 45-5. CRITRIOS DE ADUBAOCOM EXEMPLOS. H exemplos de adubao somente com turfa, pois na poca ainda no estava difundido o uso de carvo e bokashi. 5.1. Tabelas de converso de unidades. Tendoemvistaamudanadeunidadesnasanlisesdesolo,queremosapresentaralgumas tabelas deconverso para facilitar suas interpretaes. Quadro 49-Fatores para converso de unidades antigas em unidades doSistema Internacional deUnidades. Unidade antiga % ppm meq/l00cm3 meq/lOOg meqIL mmho/cm P20S K20 CaO MgO mmho!cm Fator de converso xlO x1 xlO xlO x1 x1 x0,437 x0,830 x0,715 x0,602 x1 Unidade nova = glkg, g l d r n ~ ,gIL = mg/kg, mgldm3,mgIL = mmolc/dm3 = mmolclkg = mmolclL =dS/m = p =K =Ca = Mg = dS/m Quadro 50-Fatores para converso doSistema Internacional de Unidades para a unidade antiga. Unidade Nova g/kg, gldmJ,gIL mg/kg, mgldm3,mIL mmolc/drn3 mmolclkg mmolcfL dS/m P K Ca Mg Fator de converso 10 x1 10 10 x1 x1 x2,29 x1,20 x1,40 x1,66 - 46-Unidade antiga =% = ppm = meq/lOcm3 = meq/lOOg = meqIL = mmho/cm =P20S = K20 = CaO = MgO Quadro 51-Tabela deconverso dos valores da anlise desolos P04-1 meqllOOg = P20S 23,7 mgllOOg 1 meqllOOg = 237ppm K+ 1 meq/lOOg = K2047,1mgllOOg 1 meq/100g = 471ppm Ca+ 1 meqllOOg = CaO28,0 mgll00g 1 meqllOOg280m Mg+ 1 meqllOOg = MgO20,2 mgll00g 1 meq/100g = 202m Na+ 1 meqllOOg = Na+ 229,0 ppm Al+++ 1 meq/100g = Al+++ 90,Oppm S04x0,33 = S C%x1,724 = M.O(matria orgnica) CaOx1,79 = CaC03 MgOx2,48 = MgCO 3 5.2. Culturade alface N Absoro:30 tlha90 Ratio:N=90 x 2 PP5=30x8 ~ O=150xl,5 A- Sem esterco: I- Plantio: Carvo em p: Bokashi: Adubo 4-14-8: Superfosfato simples: Sulfato de amnio: Cloreto de potssio: =18 Okg/ha =24 Okg/ha =225 kg/ha kg/ha 1. 000 1. 000 1.5 00 200 3 (j) 140 Micronutrientes:conforme a anlise de solo 11- Cobertura: 20 dias aps o plantio Adubo 12-6-12:100 B- Com esterco: N 40 (j) 72 12 184 ~ o 150 P20s 15 210 36 6 267 = = = = P10 mgl100g 100ppm K+ 39 mgl100g 390ppm Ca++ 20 mgllOOg 200pm Mg++ 12 mg/100g 120 ~ O 10 120 84 12 226 I- Plantio: kg/haNPP5~ O - - - - - - - - - - - - - - - - - - ~ ~ - - - - - - ~ Carvo em p: Bokashi: Esterco de galinha: Adubo 4-14-8: Superfosfato simples: Cloreto de potssio: 1.000 1.000 5.000 1.000 300 170 40 100 40 Micronutrientes:conforme a anlise de solo - 47-15 50 140 54 10 25 80 102 11- Cobertura: 20 dias aps o plantio Adubo 12-6-12:10 Pulverizao foliar: por 100 litros de gua I) Bioestimulante: 250 mL 126 192265 2) Molibdato de sdio:100 g15dias aps o transplantio (uma s vez). 3 Microelementos foliares:conforme a anlise do solo. 12 229 Obs.: bioestimulante um produto naturalcomposto deextrato pirolenhoso,aminocidode peixes e algas, que ativa o metabolismo da planta .. 5.3. Cultura de alho Produtor: Jos R.Lammel. General Cameiro.PRData:06/05/91 Laboratrio: Ultrafrtil-618-1 pHM.O.PK I Ca I Mg 1 H %ppm.meq/lOO c m ~ 6,0413 VS04Fe % 851642 Calagem: no h necessidade N Absoro:10,0 tlha120 Ratio:N120x0,672kg/ha P K 30x4=120 130x 1,0=130 Adubao:kg/ha I- Plantio: Carvo em p:1.000 Bokashi:1.000 Superfosfato simples:700 Sulfato de amnio:200 Cloreto de potssio:150 Sulfato de zinco hepta:40 Brax:20 U- Cobertura: a) 30 dias aps a emergncia Sulfato de amnio:100 Cloreto depostssio:65 0,17 Mn 25 1 6,5 I Cu ppm I N 40 40 20 7 K.p 13022 1 6,0 1 2,2 I Zn 1 B I 1,0 I 0,9 CaO P20sKP 1510 126 90 39 b) 45 ~ 6 0dias aps a emergncia- se ocorrer o amarelecimento geral nas folhas. Sulfato de amnio:8016 116141139 - 48-CTC 14,9 Pulverizao foliar: l)Molibdato de sdio:100 gllOO L de gua - total 500 g/ha-30 dias aps a germinao. estimulante: 250 mL/I00 L.2)Bio 3)Microelementos: sulfato de zinco hepta:100 g + cido brico: 50 gI 100 L de gua, cada 14 dias. 5.4.Cultura d e batata (1) Absoro kg/ 1,0 t 1.600 se/ai.- 97 t (2) A dubao: I- P laotio: aoemp: shi: 04-14-8: Carv-Boka Adub N 3,1 300 kglalq. 2.000 2.000 7.000 Micr ll-oelementos: conforme a anlise de solo. Cobertura: Sulfato de amnio:200 Adubao(2) Absoro(1) P205 1,2 116 N 80 280 40 400 300 (2) 1 (1)1,33 K20 4,4 427 P20s 30 980 1.010 116 8,7 Produtor: Milton Vicente de Almeida. Cambu,MG Data: 29107 191 ratrio: U1trafrtil N2459Labo plM.O. % 4,4,1 S04 213 CaO 1,5 146 ~ O 20 560 580 427 1,35 MgOS 0,70,3 6829 CTC 10,0 Calagem: 8,0 tlalq. de calcrio dolomtico, ou (4,0 tlalq.de calcrio do10mtico + 2,0 tlalq. de cal tada).hidra N Absoro:1.200 sc/alq (2,42ha)223 N=223x1,5=334 kglalqRatio P=86x9,7=834 K= 317x1,5=415 Adu I- P Adub bao laotio: 04-14-8: kg/alq 6.000 Sulfato de zinco hepta:85 Brax45 N 240 - 49-~ o 317 840 Ca 108 Mg 50 ~ o 480 S 22kg/alq 11- Cobertura: Turfa tratada: Sulfato de amnio: 1.000 400 16 80 336 Pulverizao foliar: 1)Molibdato de sdio:100 g/100 Lde gua: 1a)20 dias aps a germinao 2a)3 5 ~ 4 0dias aps a germinao - total: 2,500 g/alq 2)Bioestimulante: 1,0 Llalq.,semanalmente-total: 8,0 Llalq. 840480 Resultado: Ocorreu um erro na aplicao de adubo bsico, aplicando 5.000 kg/alq de adubo 4-14-8, mas, mesmo assim, colheu 1.500 sc/alq com produto de boa qualidade, alcanando um gio de 10% no preo.No houveocorrncia depragas,dispensando aaplicaodeinseticida.Nesta poca, no utilizvamos o carvo, nem o bokashi. 5.5. Cultura de berinjela Espaamento: 1,5 xl ,Om = 6.666 ps/ha Produtividade: 60 tlha (5.000 cx/ha-12kg/cx) Absoro:N 228 Clculo de adubao: kglha Nxratio = 228 x 1,4 = 319 PP5Xratio=54 x 7,5=405 ~ Oxratio=351xl=351 Adubao:g/p I- Plantio: Carvo em p:150 Bokashi:150 Adubo 4-14-8200 Sulfato de magnsio:10 Sulfato de zinco mono:5 Ulexita (lI %B):3 ~ O 351 kg/ha 1.000 1.000 1.333 66,6 33,3 20 Cao 108 MgO 24kg/ha N 401510 53186106 Nota: os micronutrientes devero ser calculados de acordo com a anlise de solo. 11- Chega -terra: 25 dias aps o plantio Adubo 4-14-8:100666269353 Cova:30 dias aps o chega-terra Adubo 4-14-8:50333 111- Cobertura: a cada 15 dias, no total de 8 vezes. Adubo 12-6-12:251.333 Bioestimulante: (60 dias aps o plantio) Bioestimulante (90 dias aps o plantio) Total 1,5mL 1,5mL 10 10 - 50-13 160 5 5 302 4626 80160 420355 Pulverizao foliar: por 100 L de gua 1)Bioestimulante: 300 ml semanalmente. 2)Molibdato de sdio:100 g1a)no canteiro de mudas. 2a)25dias aps o transplantio. 3)Micronutrientes: conforme a anlise de solo. 5.6. Cultura de cebola (1) AbsoroNP20 5K20 Kg/l,O t1,950,80 (1 )-1Bulbinho 2.000 kJ(/tarefa x 32= 64 tlalq 12551 (1)-2 Muda100 t/alq19580 (2) Adubao:kg/tarefakg/alq I- Plantio: Carvo em p:782.500 Bokashi:782.500 Adubo 4-14-8:953.040 Microelementos:conforme a anlise de solo. 11- Cobertura: Adubo 12-6-12:351.120 Adubao (2) Absoro (1) - 1 (2)/(1) - 1 Absoro (1) - 2 (2)/(1) - 2 Produtora:Mariko Ogino. Piedade,SP Data: 05/11/91 Laboratrio: Ultrafrtil N3982 PHM.O.PK I Ca 2,45 157 245 N 100 121,6 134,4 356 125 2,8 195 1,8 I Mg I CoMgOS 1,050,300,9 671958 1053090 PP5KP 37,525 425243 67;2134,4 529,7402,4 51157 lO,382,56 80245 6,61,6 AIH+AICTC %ppm.meq/100 cmj 5,721600,57 I 3,5 VS04FeMn I Cu %ppm 65249834 I 2 Calagem: 2.800 kg/ha de calcrio dolomtico N Absoro:33 t/ha(1.650 sc/ha-20 kg/sc)64 I- Plantiokg/ha Turfa tratada:700 Adubo 4-14-8:570 Sulfato de amnio:ro Cloreto de potssio:25 Sulfato de zinco hepta:32 - 51-I 1,2 I O2,88,1 I Zn I B J 4 I 0,6 CaoMgOS 351013kg/ha Sulfato de cobre:4 Brax:21 11- Cobertura: 30 dias aps o plantio Sulfato de amnio:100 111- Cobertura: 40 dias aps o plantio Sulfato de amnio:100 Cloreto de potssio:30 IV- Cobertura: 50 dias aps o plantio Sulfato de amnio:100 Cloreto de potssio:30 V- Cobertura: 60 dias aps o plantio Adubo 12-06-12:200 Pulverizao foliar: 1)Molibdato de sdio:100 g/100 L de gua- 20 dias aps o plantio-500 g/ha 2)Bioestimulante: 250 mil 100 L de gua, cada 14 dias. 3)Microelementos: sulfato de ferro hepta:50 g + sulfato de cobre:50 g + cido brico:50 gl1 00 L de gua,cada 14 dias 5.7. Cultura de cenoura (1) AbsoroN P20 5 K20CoM,[OS kg/1,0 t41,585,90,81,1 96,8 t/alq/3.872 cxlalq.=(40tJha) 38714577457177106 Obs.: caixa de cenoura com 25 kg/cada (2) Adubaokg/alqN P20s~ O I- Plantio: Carvo em p:2.500 Bokashi:2.5001003020 Adubo 4-12-8:8.000320960640 Micronutrientes:conforme a anlise de solo TI- Cobertura Adubo 12-6-12:1.00012060120 Adubao (2)5401.050780 Absoro(1)387145571 (2)/(1)1,397;21,36 Produtor:Hiroshi Fujita.Piedade,SPData:31/07/91 Laboratrio: Ultrafrtil N2674-5 pHM.O.PK 1 Ca 1 M ~ 1 HCTC %pprnrneq/100crn' 5,72,01000,25 I 4,1 I 1,7 I 2,58,6 VS04FeMnjCu I Zn I B % ~ r n 71107335 1 2 1 4 1 0,6 Calagem: 5.600 kg/alq de calcrio calctico - 52-Absoro:96,8 t/alq (3872 cx/alq-25 kg/cx) Ratio:N=387x1,3=503 P=145x2=290 K=774x1=774 I- Plantio:kg/alq Carvo em p:2.500 Bokashi:2.500 4-14-8:1.500 Uria:180 Cloreto de potssio:800 Sulfato de zinco hepta:70 Sulfato de cobre10 Brax:50 11- Cobertura: 30 dias aps a semeadura N 100 ffi 81 Bioestimulante:10 L+ gua: 3.600 L 40 dias aps a semeadura Sulfato de amnio:25050 55 dias aps a semeadura Adubo 12-6-12:1.500180 471 Pulverizao foliar: 1)Molibdato de sdio:100 gll 00 L de gua: 1a)com 5 folhas 2a)com 10 folhas-total 1.000 g/alq. 2)Bioestimulante:1,0 Llalq, semanalmente. N 387 P20s 30 210 330 Kz 774kg/alq. KzO 20 120 480 180 800 3)Micronutrientes:sulfato de zinco hepta:50g + sulfato de cobre:50g + cido brico: 50gll 00 L de gua,semanalmente. 5.8. Culturas de couve flor/repolholbrcolos Espaamento: 1,0 x 0,5m =20.000 ps/ha Adubao:g/covakg/ha I-Pr-platio: 30 dias antes do plantio Esterco de galinha:2004.000 Carvo em p:501.000 Bokashi:501.000 lI-Plantio: Adubo 4-14-8:501.000 Sulfato de magnsio:3ffi Sulfato de zinco:240 Ulexita:1,530 Nota:os micronutrientes devero ser calculados de acordo com a anlise de solo. - 53-IH-Cobertura: a cada 30 dias, total de duas vezes Adubo 12-6-12:20400 IV-Cobertura lquida: aos 45 e 60 dias aps o plantio, diludo em gua Bioestimulante5rnL200 gua:45rnL Pulverizao foliar: por 100 litros de gua 1)Bioestimulante:250rnL, semanalmente 2)Molibdato de sdio:100 g1a)no canteiro de mudas 2a)25dias aps o plantio 3a)pouco antes doflorescimento 3)Microelementos: sulfato de zinco hepta:50g + sulfato de magnsio:50g + cido brico:50g/1 00 Lde gua a cada 14 dias, juntamente com o bioestimulante, ou, conforme a anlise desolo. 5.9. Cultura de feijo vagem Espaamento: 1,0 x 0,5m = 20.000 ps/1m Produtividade: 20 t/ha (108 cx!ha-18,5 kglcx) Absoro:Npps~ OCao 12040200160 Clculo de adubao: Nx ratio = 120 x1,3 = 156 pps xratio=40 x7=280 ~ Oxratio=200 xl=200 I- Plantio:g/pkg/ha Carvo em p:501.000 Bokashi:501.000 Adubo 4-14-8:1002.000 MgO 30kg/ha NP20S ~ O 401510 86280160 Nota: os micronutrientes devero ser calculados de acordo com a anlise de solo. II - Cobertura: duas vezes Adubo 12-6-12:8320381938 Total164314208 Pulverizao foliar: por 100 litros de gua 1)Bioestimulante: 250 rnL, semanalmente 2)Molibdato de sdio:100 g, na fasede 5 folhas verdadeiras, com o bioestimulante 3)Microelementos: conforme a anlise de solo, juntamente com o bioestimulante. 5.10. Cultura de jil Espaamento: 1,5 a2,0 x 0,8 a I,Om (2,0 x I,Om = 5.000ps/ha) Produtividade: 30 t/ha (1.621cx!ha-18,5 kglcx) Absoro:NPps~ OCaoMgO 114TI1755412kg/ha - 54-Clculo de adubao: kg/ha Nxratio = 114x1,5=171 P20sXratio =27 x 8=216 ~ Ox ratio =175 x 1,1= 192,5 I- Plantio:g/pkglhaN P20s~ O Carvo em p:2001.000 Bokashi:2001.000401510 Adubo 4-14-8:15075030105ro Sulfato de magnsio:1050 Sulfato de zin co:530 Ulexita(ll %B)315 Nota: os micronutrientes devero ser calculados de acordo com a anlise de solo. 11- Chega-terra: 25 dias aps o plantio Adubo 4-14-8:703501449 Cova:30 dias aps o chega-terra Adubo 4-14-8:30150621 111- Cobertura: a cada 15 dias, total de 5 vzes. Adubo 12-6-12:257509045 Bioestimulante:lOmL10 (no solo, 60 e 90 dias aps o plantio) 180235 Pulverizao foliar: por 100 litros de gua 1)Bioestimulante: 250 mL semanalmente 2)Molibdato de sdio:100 g com o bioestimulante- la) no canteiro de mudas 2a) 25 dias aps o plantio. 28 12 90 200 3)Microelementos:sulfatodemagnsio:50g+ sulfatodezincohepta:50g+ cidobrico: 50g/l 00 L de gua, a cada 14 dias, com o bioestimulante, ou, conforme a anlise de solo. 5.11. Cultura de mandioquinha Produtor: Oswaldo Loureiro Filho. Cambu,MG Data:27/09/91 Laboratrio: Ultrafrtil N3564 PHPK Prn 5,2390,32 M.O.VS04 %% 3,66720 Calagem: 2.600 kg/ha de calcrio calctico Produtividade: 1.000 cx lha -25 kglcx-25 tlha Adubao: kg/ha - 55-eTC 14,1 B 0,7 A)B) I- Plantio:I- Plantio: Carvo em p:1.000Carvo em p:1.000 Bokashi:1.000Bokashi:1.000 Adubo 3-5-7:1.6004880112Super.simples:35063 lI-Cobertura: ( 3 0 ~ 6 0dias aps o plantio)YoorinBZ:10018 Turfa:1.000Clor.potssio:200120 Yoorin BZ:10018Sulf.zinco:40 Sulf.amnio:10020Sulf.cobre:8 Clor.potssio:ro36Borax:20 Sulf.zinco:40II)Cobertura: ( 3 0 ~ 6 0dias aps o plantio) Sulf.cobre:8Sulf.amnio:20040 Borax:20Clor.potssio:5030 76981484881150 Pulverizao foliar 1)Molibdato de sdio:100 g/1 00 L de gua-total: 200 giba, 25 dias aps o incio da germinao (uma s vez). 2)Bioestimulante: 250 ml/lOO L de gua, cada 14 dias 3)Micronutrientes: sulfato de zinco hepta:50g+sulfato de cobre:50g+cido brico:50gll 00 L de gua, com o bioestimulante. 5.12. Cultura de pepino Espaamento: 1,0 x 0,8m = 12.500 ps/ha Produtividade: 50 t/ha (2.040 cxlba - 24,5 kglcx) Absoro:Npps~ OCao 12742200165 Clculo de adubao: kg!ha Nx ratio =127 x 1,5=190 pps xratio=42x7=294 K-Px ratio = 200 xl,2= 240 I- Plantio:g/p Carvo em p:80 Bokashi:80 Adubo 4-14-8:100 Sulfato de zinco:2 Ulexita(llB):1,5 kg/ha 1.000 1.000 1.250 N 40 50 MgO 37kg/ha 15 175 Nota: os micronutrients devero ser calculados com base na anlise de solo. 11- Chega-terra: 30 dias aps o plantio Adubo 4-14-8:405002070 - 56-~ O 10 114 40 lU- Cobertura: cada 20 dias, total de 3 vezes Adubo 12-6-12:15562,567,533,767,5 Bioestimulante:0,512,5 (60 dias aps a semeadura) 177,5293,7231,5 Pulverizao foliar: por 100 litros de gua 1)Bioestimulante: 250 mL, semanalmente 2)Molibdato desdio:100 g com o bioestimulante, quando tiver 5 folhas verdadeiras 3)Micronutrientes: conforme a anlise de solo, com o bioestimulante, a cada 14 dias. 5.13. Cultura de pimento Espaamento: 1,0 x 0,5m = 20.000 pslha Npps KzO CaOMgO Absoro:30 tlha1204020016030kg/ha (2.307 cx/ha-13 kg/cx) Adubao: kg/ha N=120 x1,7=204 Pps=40 x8=320 Kz 0=200 x 1,2= 240 I- Plantio:g/pkglhaN ppsKzO Carvo em p:501.000 Bokashi:501.000401510 Adubo 4-14-8:901.80072252144 *Sulfato de zinco:240 *Brax:20 *Obs.: os microelementos devem ser calculados de acordo com a anlise de solo. U- Cobertura: iniciar 20 dias aps o transplantio, em intervalos de 14 dias, total de 4 vezes. Adubo 12-6-12:10 x 4=40g800964896 60 e 90 dias aps o transplantio Bioestimulante:0,25 mL5,0 L Bioestimulante:0,25mL5,OL 208315250 Pulverizao foliar: 1)Molibdato de sdio:100 g/l 00 L de gua:1a)no canteiro de mudas Total:500 g/ha2a)20 dias aps o transplantio 2)Bioestimulante (pirolenhoso+aminocido): 250 mUI 00 L de gua, semanalmente. 3)Micronutrientes: sulfato de magnsio:50g +sulfato de zinco hepta:50g + sulfato de cobre:50g + cido brico:50g/100 L de gua,cada 14 dias,ou, de acordo com a anlise de solo. Nota: Ao prep