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com o pop Cara a cara 3 8 # comportamento música cultura internet carreira cinema moda agito PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 6 de abril de 2012 AFP/Antonio Scorza/Divulgação/CP Madonna vem pela terceira vez ao Brasil, dessa vez com a turnê do seu décimo se- gundo CD, “MDNA”, lançado no final do março. Além de Porto Alegre, dia 9 de de- zembro, já estão confirmados shows no Rio de Janeiro, 1º, e em São Paulo, 4 do mesmo mês. Ainda não foi divulgado o set list, mas já vazaram fotos da cantora praticando Sla- ckline (esporte de equilíbrio sobre uma fita de nylon) durante os ensaios. E olha o bafo: para viajar na turnê, Madonna selecionou cinco sósias que estão sendo treinadas para se passar por ela. A ideia é dar o truque nos fotógrafos e fãs pelo mundo. #madonnismos com o pop Nem só de Copa vive Porto Alegre. Entre os ávidos pela situação dos estádios, também estava uma ilustre interessada: Madonna. Com passagem marcada para o Brasil em dezembro com a sua nova turnê “MDNA”, a con- firmação pela assessoria do Grêmio (a produtora respon- sável Time For Fun, ainda não se pronunciou oficialmen- te) de que o Olímpico vai sediar a nova superprodução da estrela pop sugere uma nova tendência: Porto Alegre, apesar de representar ter uma essência roqueira, está ce- dendo lugar a um espaço cada vez mais pop. Observando com calma, percebe-se que nos últi- mos tempos têm surgido, na noite da Capital, dezenas de festas que celebram esse estilo, enquanto os shows mais alternativos têm sido ofuscados. “Talvez, um dia, tenha existido uma cena mais underground em Porto Alegre, no início da ‘era indie’, mas hoje o que se vê é que o underground não existe mais. O próprio indie rock se popularizou e o pop tem dominado a cena noturna”, afirma Babi Mattivy, criadora do site MyCool e produto- ra e DJ das festas Soda Pop, Decadance e Popismo, espe- cializadas em música pop. O fato é que o pop parece mesmo estar formando a cara da noite na Capital gaúcha. E não se restringe somen- te a baladas. Até agora, os grandes shows marcados para os próximos meses, se não se encaixam no movimento, pelo menos, estão na esfera do mainstream, ou seja, são reconhecidos pelo grande público. Exemplos como Bob Dylan, que está com apresentação marcada para o dia 24 de abril, e até mesmo Roger Waters, que deu seu espetácu- lo por aqui há poucos dias. baladas x consumo x shows Para Teco Apple, que mantém um blog sobre cultura pop, uma coisa acaba levando a outra. “Porto Alegre sem- pre esteve preparada para as festas e concertos musicais pops e o fato de a cidade entrar no mapa desses shows gera força para essas festas. Colocar a Capital no caminho de grandes artistas do calibre da Madonna abre as portas para outros shows num curto espaço de tempo. Além dis- so, seus realizadores apostam no público gaúcho, sabendo que somos grandes consumidores dessa cultura”, afirma. Já Marcio Telles, produtor e DJ da festa Boom Shakalai- ka, que relembra os hits pops dos anos 90, avalia que essa tendência só é possível agora, em uma época em que o pú- blico gosta de experimentar mais. “As festas em Porto Ale- gre estão mais pops porque o público que as frequenta está se permitindo mais, vai à balada sem definição tão ‘dura’ de gêneros, gostos”. Gostos que vão se moldando com as múl- tiplas opções que se tem à mão, oriundas da Internet, uma das maiores aliadas do gênero pop e de sua disseminação. Para Bernardo de Alencastro, DJ residente das festas Mycool decaDANCE e Pushpop, a explicação também está ligada ao consumo que gira em torno do movimento, rela- cionado não só às artistas-divas-estrelas, como o próprio comportamento na noite, o que resume a essência da cul- tura pop (leia mais na página 2). “O aumento das baladas pops é iminente. O que realmente vende no mercado da música atualmente? O pop, claro! Lady Gaga, Beyoncé, Madonna... E é isso o que acaba refletindo no consumo de experiência noturna. As pessoas precisam de uma noite pop, de poder cantar enlouquecidamente os seus refrões preferidos, de poder usar uma roupa temática ou de sim- plesmente ouvir aquela sua diva em um volume bem mais alto do que conseguiria ouvir em casa”, conclui. Leia mais na página 2 INSTAGRAM na coluna do Guilherme Alf PÁG.2 O BAIRRISTA direto de Buenos Aires PÁG.3 SERTANEJO gaúcho em Dublin PÁG.4 Cara a cara

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com o pop

Cara a cara

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c o m p o r t a m e n t o m ú s i c a c u l t u r a i n t e r n e t c a r r e i r a c i n e m a m o d a a g i t o

PORTO ALEGRE,SEXTA-FEIRA,6 de abril de 2012

AFP

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Madonna vem pela terceira vez ao Brasil, dessa vez com a turnê do seu décimo se-gundo CD, “MDNA”, lançado no final do março. Além de Porto Alegre, dia 9 de de-zembro, já estão confirmados shows no Rio de Janeiro, 1º, e em São Paulo, 4 do mesmo mês. Ainda não foi divulgado o set list, mas já vazaram fotos da cantora praticando Sla-ckline (esporte de equilíbrio sobre uma fita de nylon) durante os ensaios. E olha o bafo: para viajar na turnê, Madonna selecionou cinco sósias que estão sendo treinadas para se passar por ela. A ideia é dar o truque nos fotógrafos e fãs pelo mundo.

#madonnismos

com o popNem só de Copa vive Porto Alegre. Entre os ávidos

pela situação dos estádios, também estava uma ilustre interessada: Madonna. Com passagem marcada para o Brasil em dezembro com a sua nova turnê “MDNA”, a con-firmação pela assessoria do Grêmio (a produtora respon-sável Time For Fun, ainda não se pronunciou oficialmen-te) de que o Olímpico vai sediar a nova superprodução da estrela pop sugere uma nova tendência: Porto Alegre, apesar de representar ter uma essência roqueira, está ce-dendo lugar a um espaço cada vez mais pop.

Observando com calma, percebe-se que nos últi-mos tempos têm surgido, na noite da Capital, dezenas de festas que celebram esse estilo, enquanto os shows mais alternativos têm sido ofuscados. “Talvez, um dia, tenha existido uma cena mais underground em Porto Alegre, no início da ‘era indie’, mas hoje o que se vê é que o underground não existe mais. O próprio indie rock se popularizou e o pop tem dominado a cena noturna”, afirma Babi Mattivy, criadora do site MyCool e produto-ra e DJ das festas Soda Pop, Decadance e Popismo, espe-cializadas em música pop.

O fato é que o pop parece mesmo estar formando a

cara da noite na Capital gaúcha. E não se restringe somen-te a baladas. Até agora, os grandes shows marcados para os próximos meses, se não se encaixam no movimento, pelo menos, estão na esfera do mainstream, ou seja, são reconhecidos pelo grande público. Exemplos como Bob Dylan, que está com apresentação marcada para o dia 24 de abril, e até mesmo Roger Waters, que deu seu espetácu-lo por aqui há poucos dias.

baladas x consumo x showsPara Teco Apple, que mantém um blog sobre cultura

pop, uma coisa acaba levando a outra. “Porto Alegre sem-pre esteve preparada para as festas e concertos musicais pops e o fato de a cidade entrar no mapa desses shows gera força para essas festas. Colocar a Capital no caminho de grandes artistas do calibre da Madonna abre as portas para outros shows num curto espaço de tempo. Além dis-so, seus realizadores apostam no público gaúcho, sabendo que somos grandes consumidores dessa cultura”, afirma.

Já Marcio Telles, produtor e DJ da festa Boom Shakalai-ka, que relembra os hits pops dos anos 90, avalia que essa tendência só é possível agora, em uma época em que o pú-

blico gosta de experimentar mais. “As festas em Porto Ale-gre estão mais pops porque o público que as frequenta está se permitindo mais, vai à balada sem definição tão ‘dura’ de gêneros, gostos”. Gostos que vão se moldando com as múl-tiplas opções que se tem à mão, oriundas da Internet, uma das maiores aliadas do gênero pop e de sua disseminação.

Para Bernardo de Alencastro, DJ residente das festas Mycool decaDANCE e Pushpop, a explicação também está ligada ao consumo que gira em torno do movimento, rela-cionado não só às artistas-divas-estrelas, como o próprio comportamento na noite, o que resume a essência da cul-tura pop (leia mais na página 2). “O aumento das baladas pops é iminente. O que realmente vende no mercado da música atualmente? O pop, claro! Lady Gaga, Beyoncé, Madonna... E é isso o que acaba refletindo no consumo de experiência noturna. As pessoas precisam de uma noite pop, de poder cantar enlouquecidamente os seus refrões preferidos, de poder usar uma roupa temática ou de sim-plesmente ouvir aquela sua diva em um volume bem mais alto do que conseguiria ouvir em casa”, conclui.

Leia mais na página 2

INSTAGRAM na coluna do Guilherme AlfPÁ

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Cara a cara

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ivulgação/CP

O BairristaO melhor colunista do Rio Grande.E do mundo também!

Notícias direto de Buenos Aires,segunda capital do Rio Grande do Sul

Divulgação/CP

LosHermanos

Wari de voltaO feriadão de Páscoa tá aí e amanhã tem noite pra quemestiver no Litoral. O Wari, em Xangri-Lá (Rodovia 389, KM 35),abre as portas para receber um line up dos campeões comos residentes Adriano Carazzo e Marck Correa, que recebemo projeto Sax & Phone e o DJ André Sarate. Os ingressoscustam R$ 30 e R$ 40 no primeiro e segundo lotes femininosrespectivamente, e R$ 35 e R$ 50 o masculino. Os pontos devenda são em Porto Alegre nas Lojas Vulgo (Iguatemi e PadreChagas, 318). Mais informações no site wariclub.com.br.

Está com saudades do Los Hermanos? Não aguentamais de ansiedade para ver o show dos caras naCapital? Então aproveita o feriado pra diminuir essatensão no La Estacion (Miguel Tostes, 941), que traza banda Los Hermanos Revisitado na noite de hoje.O repertório do show é baseado nas canções maismarcantes da trajetória da banda carioca, produzidasnos quatro discos de sua atividade musical. Osingressos custam R$ 6 feminino e R$ 8 masculino, apartir das 21h. (E tem dose dupla de chope artesanaldas 18h às 20h).

Disc-O-Nexo 5 anosAmanhã rola o aniversário de uma das festas maisbombadas do Cabaret (Independência, 590), quandoa Disc-O-Nexo faz 5 aninhos muito bem vividos. E,para o deleite dos frequentadores assíduos dessafesta badalo, os residentes Chaves e Landosystemrecebem o hermano Toomy Disco, referência dapulsante cena eletrônica de Buenos Aires. Quempilha? Então borá lá, os ingressos custam R$ 30 nahora. Mais informações no cabaretpoa.com.br.

SneakersAqui o negócio é o seguinte: estar na moda

(?) sem sofrimento. Os sneakers, que numa tra-dução bem livre a gente pode supor que são“tênis fantasiados com salto interno”, são aalma do inverno. Eles estão bombando taaantolá fora que a Schutz lançou uma coleção bemlinda com modelitos exclusivos. Os editoresde estilo Felipe Veloso e Matheus Mazzafera,a modelo Sabrina Gasperin e a apresentadoraMica Rocha foram convidados para desenhara linha Sneaker City Designed by Our Friends.Desse convite saíram ideias superdescoladasque estão ilustrando essa coluna. Uma PENAque essa coleção tem grade limitada e está dis-ponível só no Iguatemi de São Paulo. No entan-to, a Schutz tem a coleção Sneaker City, com vá-rias opções de cores, essas sim disponíveis emtodas as lojas da marca, porém com um preçomeio salgadinho, R$ 390.

Cinema comlareira

Se você gosta de cinema (mas gostamesmo) e tá a fim de ter uma experiêncianova, curte essa: uma sala de projeção comlareira, 58 lugares, em uma residência tom-bada pelo patrimônio histórico, construídahá 87 anos. Existe? Sim, e aqui, em Porto Ale-gre. Desde 2009 a sala do Instituto NT de Ci-nema e Cultura funciona todos os dias, das11h30 até a noite, com filmes fora do circuitocomercial. O Instituto fica na Marquês doPombal, 1111. A programação dos filmes vocêencontra no site institutont.com.br.

OBairrista é uma coluna de humor comconteúdo do portal “obairrista.com”, que é umaenganação, umportal dementira, totalmente fictício. Se tu, tua empresa ou teuCTG se sentiremofendidos ou difamados por qualquer conteúdo inventado pelos nossos gênios gaudérios, entre emcontato imediatamente pelo e-mail [email protected]

ViniciusBoratto/CP

´

Cuidando do seu futuroA vidinha de adulto exige certa preparação, vai dizer? Pra isso, o Centro de IntegraçãoEmpresa Escola (CIEE) tá oferecendo o curso “O Empreendedorismo - Por que ele enão eu?” que vai acontecer no dia 18 de abril. A palestra vai tratar de assuntos comovisão macro de diferentes tipos de empresas, o valor das oportunidades e o sucessoprofissional. Qualquer dúvida liga pra (51) 3363-1000.

Dá um F5 aí

O pessoal que curte tecnologia precisa seligar nessa! A Associação Brasileira dasAgências Digitais está promovendo um ciclode palestras sobre o assunto, que serãorealizadas no Shopping Total a cada doismeses. Para abrir os trabalhos do chamadoF5, Daniel Weinmann, sócio da Engagee fundador do Catarse, vai falar sobre achamada produção colaborativa. Essaprimeira conversa acontece no dia 10 deabril e é só a primeira palestra do programa.Quer saber mais? Liga pra (55) 3331-1431!

Sobre direitos humanos

Nos dias 16 e 17 de abril, o UniRitter vai sersede do 1º Encontro Brasileiro de Clínicasde Direitos Humanos. O pessoal vai sereunir pra falar sobre o assunto das 9h às18h no Auditório D do campus Porto Alegre.Se você curte fazer a diferença, não deixa departicipar. Qualquer dúvida: (51) 3230-3333.

O que fazer?

Já pensou quanto vale cada escolha sua?O professor Joris Marengo, especialista naárea profissional, já e quer te contar emuma palestra que o Centro Fabiano Gomesestá promovendo. O encontro tá marcadopara o dia 16 de abril, às 20h30min,no próprio centro. Essa também éuma boa oportunidade de ajudar! Ovalor da inscrição é um agasalho. Maisinformações: (51) 3061-3115 ou [email protected]. Não perde!

Pra galerada saúdeOs universitários daárea da saúde vãopoder participar de umsuperworkshop sobreMicrobiologia que aUfrgs está organizando.A função acontece no dia12 de abril, no AnfiteatroAlfredo Leal (Av.Ipiranga 2752 - CampusSaúde), das 8h30min às17h. Além de tudo, aspalestras valem comohora complementar. Táa fim de sabermais?Entãomanda e-mail [email protected].

Pensar diferenteFoi assim: na última terça-feira foi libera-

da a versão do Instagram (rede social de fotos,antes exclusiva para usuário de iPhone) paraquem usa o sistema Android, presente em di-versos celulares. O que era uma rede socialexclusiva se abriu. Os usuários (boa parte) doiPhone reclamaram e inundaram as redes so-ciais com mensagens “tirando onda” com opovo do Android que estava agora baixando oInstagram enlouquecidamente. Gerou a maiorpolêmica.

Eu, como um usuário do Iphone (e do ins-tagram), não gostei. Acho que a sensação deexclusividade do aplicativo era um charme.Gostava da ideia de somente quem tem umdeterminado produto (independente do valor)ter acesso a um aplicativo exclusivo. Assumiisso em bate-papos e posts nas minhas redessociais e é sobre isso que eu quero falar. (Des-culpem o rodeio, mas precisava situar vocês).

Ouvi de uma amiga “tu sempre pensa di-ferente do que a maioria das pessoas pensam”.Isso foi um elogio ou uma crítica? Depende.Mas não tem tanta relevância. Não que eu nãome importe com o que os outros pensam, nãoé isso, apenas não gosto de me deixar levar. Omais legal é que não sou “do contra”, apenaspelo fato de querer pensar diferente. Quandome posiciono sobre um assunto, levo em con-sideração os meus princípios, gostos e prefe-rências, independente de como fulano, ciclanoe o resto do mundo se posicionam. Mas nempor isso deixo de respeitar a posição diferente.Muito menos sou melhor ou mais inteligente.Nos dias de hoje recebemos um número de in-formações muito grande diariamente. Filtrar,entender e ter uma opinião PRÓPRIA sobrealgo é cada vez mais raro. Está cada vez maiscomum (e fácil) apenas CURTIR ou COMPARTI-LHAR o que os outros pensam.

Eu quero viver numa sociedade onde maisgente discorde do que todo mundo pensa. Vaiser mais divertido. Vai ser mais inteligente. Va-mos ter que nos exercitar mais. O nosso pensovai ser mais exigido. Acho que o nosso poderde indignação com coisas relevantes vai mu-dar também. Vamos todos fazer um exercíciode enxergar as coisas segundo os nossos prin-cípios, os que nos foram ensinados pela nossafamília, nossos professores, os que construí-mos durante a vida. Assim construiremos umpaís melhor, tenho certeza.

Páscoa SolidáriaRecentemente tive oportunidade de con-

versar com o pessoal da Geral do Grêmio. Decara, boa parte das pessoas tem um certo pre-conceito com torcidas de grande proporção, oque é perigoso, pois dentro dessas torcidas temmuita gente do bem e que quer fazer o bem.Nosso papo não foi sobre futebol, nem sobreviolência em estádio e sim sobre solidarieda-de. Os caras estão arrecadando chocolates parafazer crianças carentes mais felizes nesse do-mingo de Páscoa. Para ajudar, basta doar cho-colates no Bar Preliminar (Faisca), em frente aopórtico do estádio Olímpico. Golaço do pessoal!Parabéns!

Falamos!

Esse texto foi originalmentepublicadonoblogdeGuilhermeAlf(guilhermealf.com.br) eo seuconteúdoéde responsabilidadedoautor.

por Susi Borges@susiborges

Guilherme [email protected]

o que éMascultura pop?

Muito se fala dela, mas, afinal, oque é a tal cultura pop? A origem veioda Pop Art lá nos anos 60, ligada di-retamente às artes plásticas e ao ci-neasta e pintor americano Andy Wa-rhol. Certamente você já se esbarrouem algumas pinturas dele, como Ma-rylin Monroe e Liz Taylor estilizadasem quadros supercoloridos. Segundoespecialistas, a cultura pop vem dos

meios de comunicação, sendo umaexpressão artística com grande di-fusão na mídia, porém segmentada,se tornando um estágio posterior àcultura de massa. Ela é muito maisconsumida do que vivida, se alimen-tando de produtos voltados para umpúblico essencialmente jovem, exer-cendo influência sobre ele. O TecoApple, que fala sobre cultura pop há

muito tempo em um blog de granderepercussão, defende o movimentocomo tudo o que complementa a in-dústria cultural, independente do seusegmento (arte, música, cinema...),atualizando sua visão também rela-cionada à Web: “A Internet, com suasredes sociais e abrangência, é funda-mental na criação de novos registrosculturais”.

“Tem que estar aberto amudanças e colocar à provaseus gostos. Se você nãoestiver disposto a isso ou a ir(a uma balada pop) sabendoque é uma brincadeira, vocênão curte.”

Arquivo

Pessoal/CP

#pop“Eu acho que muito do significado daMadonna se perdeu nos últimos anos coma enxurrada de cantoras pops, mas atéhoje só ela consegue criar um espetáculocompleto, com um visual incrível,repertório invejável dos últimos 30 anos enunca esquecendo de se reinventar.”

Arquivo

Pessoal/CP

#madonnismo

Henrique Bauce,produtor demoda

Marcio Telles,produtor e DJ da festa

BoomShakalaika

Buenos Aires – Aqui continuatudo na mesma: muita inflação,muitos panelaços e um orgulhoabsurdo de ser argentino.Muito parecido com o lugar quemoramos. Mesmo com a crise,os argentinos continuam indoaos estádios. Movimentando aeconomia dos clubes, a paixãopelo futebol ainda cega e causaproblemas pelas ruas. O hobbyde todos, o esporte e suasvirtudes, tudo isso fica de lado.Casos de brigas pelas ruas emortes também são rotina poraqui. Muito parecido com olugar que moramos.Andando pelas ruas de BuenosAires, a semelhança comPorto Alegre fica ainda maisevidente. A Calle Florida éa nossa Andradas. LeandroAlvear é Borges de Medeiros ea 9 de Julho é tipo a Ipiranga,sem a beleza do Arroio Dilúvio,claro. E tudo isso se pareceainda mais quando a gente vêa quantidade de lixo nas ruas.Além de a cidade ser muitoparecida com Porto Alegre, opovo de Buenos Aires é irmãodo porto-alegrense.Outro momento marcante poraqui são os protestos diários. Aprefeitura já emitiu uma lei queregulamenta os panelaços das9h às 18h. Em uma conversainformal com moradores dacidade, o próximo panelaçoorganizado é contra os própriospanelaços. A população jánão aguenta mais estasmanifestações e por isso mesmovai organizar um protesto contraos manifestantes.Mas o assunto do momentonos cafés portenhos é areaproximação da Argentinacom a guerra. A eterna disputapelas Ilhas Malvinas – para osingleses, Falkland Islands –

mostra toda a disposição dosargentinos em pelear. Inclusiveum navio de guerra inglês estávindo para a região de conflito.Por isso, o presidente TarsoGenro resolveu acabar coma galinhagem. Cerca de 30brigadianos estão indo paratomar a ilha para o Rio Grandedo Sul. Acabou a bagunça.Buenos Aires tem também otítulo de capital gay da AméricaLatina. Inclusive com guiaspara os locais mais badaladospelo público GLS. Aí já não nosparecemos nem um pouco.Uma dificuldade dos gaúchospor aqui é o modo como osgringos preparam a carne.A qualidade é aceitável, masa falta de sal incomoda osbaguais acostumados a comercharque do lombo do cavalo.Os argentinos estãoapaixonados pelo quase gaúchoMichel Teló. Em todo lugartem alguém cantando aquelamúsica que já conhecemos.Agora foi a vez dos gaúchos deorganizar um panelaço contraa execução da música tambémem Buenos Aires.A semana foi mais curta. Trêsferiados nesta semana. Aqui,além dos 30 anos da guerradas Malvinas, os argentinoscelebram a Quinta e a Sexta-feira Santa. Nessa os argentinosderam uma de brasileiros:enforcaram o feriado.Bueno, esta é umaconsideração sobre estacidade tão adorável eacolhedora em época de vacasmagras, inflação e moedadesvalorizada. Espera pra verquando a economia argentinaesquentar. Por enquanto vamosaproveitar que o pila seguevalorizado em qualquer lugardo mundo.

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Wari de voltaO feriadão de Páscoa tá aí e amanhã tem noite pra quemestiver no Litoral. O Wari, em Xangri-Lá (Rodovia 389, KM 35),abre as portas para receber um line up dos campeões comos residentes Adriano Carazzo e Marck Correa, que recebemo projeto Sax & Phone e o DJ André Sarate. Os ingressoscustam R$ 30 e R$ 40 no primeiro e segundo lotes femininosrespectivamente, e R$ 35 e R$ 50 o masculino. Os pontos devenda são em Porto Alegre nas Lojas Vulgo (Iguatemi e PadreChagas, 318). Mais informações no site wariclub.com.br.

Está com saudades do Los Hermanos? Não aguentamais de ansiedade para ver o show dos caras naCapital? Então aproveita o feriado pra diminuir essatensão no La Estacion (Miguel Tostes, 941), que traza banda Los Hermanos Revisitado na noite de hoje.O repertório do show é baseado nas canções maismarcantes da trajetória da banda carioca, produzidasnos quatro discos de sua atividade musical. Osingressos custam R$ 6 feminino e R$ 8 masculino, apartir das 21h. (E tem dose dupla de chope artesanaldas 18h às 20h).

Disc-O-Nexo 5 anosAmanhã rola o aniversário de uma das festas maisbombadas do Cabaret (Independência, 590), quandoa Disc-O-Nexo faz 5 aninhos muito bem vividos. E,para o deleite dos frequentadores assíduos dessafesta badalo, os residentes Chaves e Landosystemrecebem o hermano Toomy Disco, referência dapulsante cena eletrônica de Buenos Aires. Quempilha? Então borá lá, os ingressos custam R$ 30 nahora. Mais informações no cabaretpoa.com.br.

SneakersAqui o negócio é o seguinte: estar na moda

(?) sem sofrimento. Os sneakers, que numa tra-dução bem livre a gente pode supor que são“tênis fantasiados com salto interno”, são aalma do inverno. Eles estão bombando taaantolá fora que a Schutz lançou uma coleção bemlinda com modelitos exclusivos. Os editoresde estilo Felipe Veloso e Matheus Mazzafera,a modelo Sabrina Gasperin e a apresentadoraMica Rocha foram convidados para desenhara linha Sneaker City Designed by Our Friends.Desse convite saíram ideias superdescoladasque estão ilustrando essa coluna. Uma PENAque essa coleção tem grade limitada e está dis-ponível só no Iguatemi de São Paulo. No entan-to, a Schutz tem a coleção Sneaker City, com vá-rias opções de cores, essas sim disponíveis emtodas as lojas da marca, porém com um preçomeio salgadinho, R$ 390.

Cinema comlareira

Se você gosta de cinema (mas gostamesmo) e tá a fim de ter uma experiêncianova, curte essa: uma sala de projeção comlareira, 58 lugares, em uma residência tom-bada pelo patrimônio histórico, construídahá 87 anos. Existe? Sim, e aqui, em Porto Ale-gre. Desde 2009 a sala do Instituto NT de Ci-nema e Cultura funciona todos os dias, das11h30 até a noite, com filmes fora do circuitocomercial. O Instituto fica na Marquês doPombal, 1111. A programação dos filmes vocêencontra no site institutont.com.br.

OBairrista é uma coluna de humor comconteúdo do portal “obairrista.com”, que é umaenganação, umportal dementira, totalmente fictício. Se tu, tua empresa ou teuCTG se sentiremofendidos ou difamados por qualquer conteúdo inventado pelos nossos gênios gaudérios, entre emcontato imediatamente pelo e-mail [email protected]

ViniciusBoratto/CP

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Cuidando do seu futuroA vidinha de adulto exige certa preparação, vai dizer? Pra isso, o Centro de IntegraçãoEmpresa Escola (CIEE) tá oferecendo o curso “O Empreendedorismo - Por que ele enão eu?” que vai acontecer no dia 18 de abril. A palestra vai tratar de assuntos comovisão macro de diferentes tipos de empresas, o valor das oportunidades e o sucessoprofissional. Qualquer dúvida liga pra (51) 3363-1000.

Dá um F5 aí

O pessoal que curte tecnologia precisa seligar nessa! A Associação Brasileira dasAgências Digitais está promovendo um ciclode palestras sobre o assunto, que serãorealizadas no Shopping Total a cada doismeses. Para abrir os trabalhos do chamadoF5, Daniel Weinmann, sócio da Engagee fundador do Catarse, vai falar sobre achamada produção colaborativa. Essaprimeira conversa acontece no dia 10 deabril e é só a primeira palestra do programa.Quer saber mais? Liga pra (55) 3331-1431!

Sobre direitos humanos

Nos dias 16 e 17 de abril, o UniRitter vai sersede do 1º Encontro Brasileiro de Clínicasde Direitos Humanos. O pessoal vai sereunir pra falar sobre o assunto das 9h às18h no Auditório D do campus Porto Alegre.Se você curte fazer a diferença, não deixa departicipar. Qualquer dúvida: (51) 3230-3333.

O que fazer?

Já pensou quanto vale cada escolha sua?O professor Joris Marengo, especialista naárea profissional, já e quer te contar emuma palestra que o Centro Fabiano Gomesestá promovendo. O encontro tá marcadopara o dia 16 de abril, às 20h30min,no próprio centro. Essa também éuma boa oportunidade de ajudar! Ovalor da inscrição é um agasalho. Maisinformações: (51) 3061-3115 ou [email protected]. Não perde!

Pra galerada saúdeOs universitários daárea da saúde vãopoder participar de umsuperworkshop sobreMicrobiologia que aUfrgs está organizando.A função acontece no dia12 de abril, no AnfiteatroAlfredo Leal (Av.Ipiranga 2752 - CampusSaúde), das 8h30min às17h. Além de tudo, aspalestras valem comohora complementar. Táa fim de sabermais?Entãomanda e-mail [email protected].

Pensar diferenteFoi assim: na última terça-feira foi libera-

da a versão do Instagram (rede social de fotos,antes exclusiva para usuário de iPhone) paraquem usa o sistema Android, presente em di-versos celulares. O que era uma rede socialexclusiva se abriu. Os usuários (boa parte) doiPhone reclamaram e inundaram as redes so-ciais com mensagens “tirando onda” com opovo do Android que estava agora baixando oInstagram enlouquecidamente. Gerou a maiorpolêmica.

Eu, como um usuário do Iphone (e do ins-tagram), não gostei. Acho que a sensação deexclusividade do aplicativo era um charme.Gostava da ideia de somente quem tem umdeterminado produto (independente do valor)ter acesso a um aplicativo exclusivo. Assumiisso em bate-papos e posts nas minhas redessociais e é sobre isso que eu quero falar. (Des-culpem o rodeio, mas precisava situar vocês).

Ouvi de uma amiga “tu sempre pensa di-ferente do que a maioria das pessoas pensam”.Isso foi um elogio ou uma crítica? Depende.Mas não tem tanta relevância. Não que eu nãome importe com o que os outros pensam, nãoé isso, apenas não gosto de me deixar levar. Omais legal é que não sou “do contra”, apenaspelo fato de querer pensar diferente. Quandome posiciono sobre um assunto, levo em con-sideração os meus princípios, gostos e prefe-rências, independente de como fulano, ciclanoe o resto do mundo se posicionam. Mas nempor isso deixo de respeitar a posição diferente.Muito menos sou melhor ou mais inteligente.Nos dias de hoje recebemos um número de in-formações muito grande diariamente. Filtrar,entender e ter uma opinião PRÓPRIA sobrealgo é cada vez mais raro. Está cada vez maiscomum (e fácil) apenas CURTIR ou COMPARTI-LHAR o que os outros pensam.

Eu quero viver numa sociedade onde maisgente discorde do que todo mundo pensa. Vaiser mais divertido. Vai ser mais inteligente. Va-mos ter que nos exercitar mais. O nosso pensovai ser mais exigido. Acho que o nosso poderde indignação com coisas relevantes vai mu-dar também. Vamos todos fazer um exercíciode enxergar as coisas segundo os nossos prin-cípios, os que nos foram ensinados pela nossafamília, nossos professores, os que construí-mos durante a vida. Assim construiremos umpaís melhor, tenho certeza.

Páscoa SolidáriaRecentemente tive oportunidade de con-

versar com o pessoal da Geral do Grêmio. Decara, boa parte das pessoas tem um certo pre-conceito com torcidas de grande proporção, oque é perigoso, pois dentro dessas torcidas temmuita gente do bem e que quer fazer o bem.Nosso papo não foi sobre futebol, nem sobreviolência em estádio e sim sobre solidarieda-de. Os caras estão arrecadando chocolates parafazer crianças carentes mais felizes nesse do-mingo de Páscoa. Para ajudar, basta doar cho-colates no Bar Preliminar (Faisca), em frente aopórtico do estádio Olímpico. Golaço do pessoal!Parabéns!

Falamos!

Esse texto foi originalmentepublicadonoblogdeGuilhermeAlf(guilhermealf.com.br) eo seuconteúdoéde responsabilidadedoautor.

por Susi Borges@susiborges

Guilherme [email protected]

o que éMascultura pop?

Muito se fala dela, mas, afinal, oque é a tal cultura pop? A origem veioda Pop Art lá nos anos 60, ligada di-retamente às artes plásticas e ao ci-neasta e pintor americano Andy Wa-rhol. Certamente você já se esbarrouem algumas pinturas dele, como Ma-rylin Monroe e Liz Taylor estilizadasem quadros supercoloridos. Segundoespecialistas, a cultura pop vem dos

meios de comunicação, sendo umaexpressão artística com grande di-fusão na mídia, porém segmentada,se tornando um estágio posterior àcultura de massa. Ela é muito maisconsumida do que vivida, se alimen-tando de produtos voltados para umpúblico essencialmente jovem, exer-cendo influência sobre ele. O TecoApple, que fala sobre cultura pop há

muito tempo em um blog de granderepercussão, defende o movimentocomo tudo o que complementa a in-dústria cultural, independente do seusegmento (arte, música, cinema...),atualizando sua visão também rela-cionada à Web: “A Internet, com suasredes sociais e abrangência, é funda-mental na criação de novos registrosculturais”.

“Tem que estar aberto amudanças e colocar à provaseus gostos. Se você nãoestiver disposto a isso ou a ir(a uma balada pop) sabendoque é uma brincadeira, vocênão curte.”

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Pessoal/CP

#pop“Eu acho que muito do significado daMadonna se perdeu nos últimos anos coma enxurrada de cantoras pops, mas atéhoje só ela consegue criar um espetáculocompleto, com um visual incrível,repertório invejável dos últimos 30 anos enunca esquecendo de se reinventar.”

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Pessoal/CP

#madonnismo

Henrique Bauce,produtor demoda

Marcio Telles,produtor e DJ da festa

BoomShakalaika

Buenos Aires – Aqui continuatudo na mesma: muita inflação,muitos panelaços e um orgulhoabsurdo de ser argentino.Muito parecido com o lugar quemoramos. Mesmo com a crise,os argentinos continuam indoaos estádios. Movimentando aeconomia dos clubes, a paixãopelo futebol ainda cega e causaproblemas pelas ruas. O hobbyde todos, o esporte e suasvirtudes, tudo isso fica de lado.Casos de brigas pelas ruas emortes também são rotina poraqui. Muito parecido com olugar que moramos.Andando pelas ruas de BuenosAires, a semelhança comPorto Alegre fica ainda maisevidente. A Calle Florida éa nossa Andradas. LeandroAlvear é Borges de Medeiros ea 9 de Julho é tipo a Ipiranga,sem a beleza do Arroio Dilúvio,claro. E tudo isso se pareceainda mais quando a gente vêa quantidade de lixo nas ruas.Além de a cidade ser muitoparecida com Porto Alegre, opovo de Buenos Aires é irmãodo porto-alegrense.Outro momento marcante poraqui são os protestos diários. Aprefeitura já emitiu uma lei queregulamenta os panelaços das9h às 18h. Em uma conversainformal com moradores dacidade, o próximo panelaçoorganizado é contra os própriospanelaços. A população jánão aguenta mais estasmanifestações e por isso mesmovai organizar um protesto contraos manifestantes.Mas o assunto do momentonos cafés portenhos é areaproximação da Argentinacom a guerra. A eterna disputapelas Ilhas Malvinas – para osingleses, Falkland Islands –

mostra toda a disposição dosargentinos em pelear. Inclusiveum navio de guerra inglês estávindo para a região de conflito.Por isso, o presidente TarsoGenro resolveu acabar coma galinhagem. Cerca de 30brigadianos estão indo paratomar a ilha para o Rio Grandedo Sul. Acabou a bagunça.Buenos Aires tem também otítulo de capital gay da AméricaLatina. Inclusive com guiaspara os locais mais badaladospelo público GLS. Aí já não nosparecemos nem um pouco.Uma dificuldade dos gaúchospor aqui é o modo como osgringos preparam a carne.A qualidade é aceitável, masa falta de sal incomoda osbaguais acostumados a comercharque do lombo do cavalo.Os argentinos estãoapaixonados pelo quase gaúchoMichel Teló. Em todo lugartem alguém cantando aquelamúsica que já conhecemos.Agora foi a vez dos gaúchos deorganizar um panelaço contraa execução da música tambémem Buenos Aires.A semana foi mais curta. Trêsferiados nesta semana. Aqui,além dos 30 anos da guerradas Malvinas, os argentinoscelebram a Quinta e a Sexta-feira Santa. Nessa os argentinosderam uma de brasileiros:enforcaram o feriado.Bueno, esta é umaconsideração sobre estacidade tão adorável eacolhedora em época de vacasmagras, inflação e moedadesvalorizada. Espera pra verquando a economia argentinaesquentar. Por enquanto vamosaproveitar que o pila seguevalorizado em qualquer lugardo mundo.

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S e x t a - f e i r a , 6 d e a b r i l d e 2 0 1 24

Páscoa Solidária

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Daniela SchneiderCaroline Bellini Fernanda Canozzi Marina Saadi

festa Dolce, que acontece toda a terça-feira no Café de La Musique, promoveu uma ação que é a cara deles. Os anfitriões, Thiago Grandi e Laura Bier, convidaram as gurias que curtem a noite para participar da Páscoa Solidária, que distribuiu cestas cheinhas de chocolates e guloseimas a 80 crianças da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Olha que lindas as coelhinhas da Páscoa! A

Você fica sabendo que um artista sertanejo está fazendo sucesso na Europa. Você imagina: a) deve ser algum criador de gado do interior de São Paulo que pegou sua viola e se mandou em busca do sucesso ou b) um administrador de empresas gaúcho de 24 anos que foi pra lá pra aprender inglês?

Por mais incrível, diferente e até engraçado que possa

parecer, a alternativa correta é a b. Esse é o começo da história do Carlos Melendez, o Carlão, que com um cara que conheceu por lá, formou a dupla Carlão & Fabiano. Conseguindo viver da música e com show marcado com Michel Teló (boh!), o nosso gaúcho sertanejo conta, direto de Dublin, na Irlanda, como o enredo da vida dele conseguiu tomar um rumo tão diferente.

sertanejas da EuropaDireto para as paradasEntrevista: Carlão & Fabiano

Como você e o Fabiano se conheceram? Logo quando eu cheguei em Dublin pra estudar

inglês, me disseram que tinha um cara que cantava em algumas noites da Europa. Ele trabalhava numa empresa que transfere dinheiro pro Brasil e tínhamos vários amigos em comum, então a troca de ideias foi inevitável. Em uma edição da chamada Festa Sertaneja que acontece aqui, eu estava tocando com o Xaropinho, que era o meu parceiro na época. Foi quando o Fabiano deu uma palhinha no nosso show. Desde esse dia não nos desgrudamos mais.

Como é a relação de vocês?Nos damos superbem! Quase não brigamos e quando

acontece de discutirmos é sempre algo construtivo. Ele veio do interior de São Paulo, é mais velho e prefere músicas mais antigas. Somos muito diferentes e é isso que faz a nossa relação tão boa. A gente tá sempre aprendendo um com o outro.

Você imaginava fazer tanto sucesso?A gente tem que admitir que as coisas aconteceram

muito rápido. Quando chegamos não existia uma só festa que tocasse sertanejo. Não tinha nenhuma outra dupla ou pessoa que realmente se dedicasse a esse estilo. Foi só a gente chegar e tudo começou a acontecer.

O fato da febre de sertanejo que o Brasil vive fez com que as pessoas pedissem cada vez mais festas ao estilo. Logo quando começamos as coisas tomaram proporções muito grandes! Tocamos em Londres e Paris, sendo que na França tocamos junto com uma das maiores duplas do momento. Agora, em junho, vamos tocar com Michel Teló, que veio nos procurar. Imagina!

Desde o começo você conseguiu viver de música?Logo no começo me acolheram em uma típica

festa brasileira que rola toda quarta-feira onde eu comecei a tocar com um grupo de samba. Foi aí que as portas se abriram pra mim. Mas quando eu montei o projeto sertanejo ninguém quis abraçar porque não acreditavam que poderia dar certo.

Vocês têm uma história de fazer o caminho inverso, né, conquistar o Brasil pelos palcos da Europa...?

O caminho é estranho e ousado. Estamos apostando nessa ideia de fazer muito sucesso aqui (Europa) pra, por consequência, atingir o Brasil. Nunca esquecemos nossa terra, estamos inclusive mandando as vozes das nossas músicas de trabalho pra serem gravadas aí. Por enquanto, meu contato com o Brasil é só esse porque eu, de coração, só volto se for pra continuar meu projeto aí.