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R$ 4,00 ANO2 Nº12 JANEIRO 1995 MULTIMÍDIA: FAÇA SEU PRÓPRIO STACK DE HYPERCARD MULTIMÍDIA: FAÇA SEU PRÓPRIO STACK DE HYPERCARD MULTIMÍDIA: FAÇA SEU PRÓPRIO STACK DE HYPERCARD MULTIMÍDIA: FAÇA SEU PRÓPRIO STACK DE HYPERCARD DTP: TUDO SOBRE TRAP & OVERPRINT DTP: TUDO SOBRE TRAP & OVERPRINT DTP: TUDO SOBRE TRAP & OVERPRINT DTP: TUDO SOBRE TRAP & OVERPRINT FICHA COMPLETA DO PERFORMA 475 FICHA COMPLETA DO PERFORMA 475 FICHA COMPLETA DO PERFORMA 475 MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO OS PLANOS DA APPLE PARA TORNAR O MACINTOSH O COMPUTADOR MAIS VENDIDO DO MUNDO OS PLANOS DA APPLE PARA TORNAR O MACINTOSH O COMPUTADOR MAIS VENDIDO DO MUNDO OS PLANOS DA APPLE PARA TORNAR O MACINTOSH O COMPUTADOR MAIS VENDIDO DO MUNDO OS PLANOS DA APPLE PARA TORNAR O MACINTOSH O COMPUTADOR MAIS VENDIDO DO MUNDO MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO COMO PREVIU NOSTRADAMUS OS PLANOS DA APPLE PARA TORNAR O MACINTOSH O COMPUTADOR MAIS VENDIDO DO MUNDO DTP: TUDO SOBRE TRAP & OVERPRINT MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MULTIMÍDIA: FAÇA SEU PRÓPRIO STACK DE HYPERCARD FICHA COMPLETA DO PERFORMA 475 FICHA COMPLETA DO PERFORMA 475

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EDITORIALGET INFO

EDITOR DE TEXTOHEINAR MARACY

EDITOR DE ARTETONY DE MARCO

CONSELHO EDITORIALCAIO BARRA COSTA (Cabaret Voltaire)

OSWALDO BUENO (Carpintaria do Software)

CARLOS FREITAS (Trattoria Di Frame)

VALTER HARASAKI (Idea Visual)

RICARDO TANNUS JR. (Esferas Software)

MARCOS SMIRKOFF (Vetor Zero)

DIMITRI LEE (MacBBS)

EDITORA EXECUTIVABELINDA SANTOS

EDITOR DE ARTE JÚNIORMZK

EDITORAÇÃOCRISTINA MILHEIRO

CORRESPONDENTESBILL MC GREGOR (ESTADOS UNIDOS),

ROSA FREITAG E SUELY FRAGOSO (INGLATERRA),TERESA NUNES (ALEMANHA),

EMILIANO SAGASTI (ARGENTINA)

EDITORES CONTRIBUINTESMARCO FADIGA, LUCIANO RAMALHO,

CARLOS MUTI RANDOLPH

CONSELHO EDITORIAL DO MACINTÓSHICOTOM BOJARCZUK, TONY, HEINAR, ALEXANDRE BOËCHAT,JEAN BOËCHAT, MZK, SMIRKOFF, DAVID DREW ZINGG

CAPATONY DE MARCO

ILLUSTRATOR 5.5, PHOTOSHOP 3.01 E QUARKXPRESS 3.3

COLABORADORESMARIJIÔ ZILVETI, JOÃO VELHO, THIAGO MARQUES,

MARCOS PORTO, ANDRÉ CONTI, WILLIAM MARIOTTO,LUIZ GUSTAVO PAULI, CARLOS FELIX XIMENES, SONIA

ROMÉRIO, MÁRIO FUCHS, ZILDA LOPES, BENÍCIO SANTOS,FABIO GRANJA, MAGDA BARKÓ, MICHELLI DEJULIO,

RICARDO SERPA, RODRIGO MEDEIROS, CLÉCIA DE PAULA

FOTÓGRAFOSRICARDO TELES, MARCOS MUZI E HANS GEORG

GERÊNCIA DE ASSINATURASEGLY DEJULIO

TEL/FAX: (011) 284-6597

GERÊNCIA COMERCIALFERNANDO PERFEITO

SOFTWAREQUARKXPRESS 3.3, FONTOGRAPHER 4.1,

WORD 5.1, DESKPAINT 1.05, FREEHAND 4.0,MICROPHONE II 4.0, PHOTOSHOP 3.0, TYPESTRY 2,

BANCOFÁCIL 1.2, FILEMAKER PRO 2.0, EXCEL 4.0

HARDWAREPOWER MAC 7100, POWER MAC 6100, QUADRA 630,

QUADRA 700, QUADRA 605, IISI, SE,ABATON FAXMODEM, TEKTRONIX PHASER 220i,

LASERJET 4, PERSONAL LASERWRITER, SCANMAKER II

FOTOLITOSPAPER EXPRESS

IMPRESSÃOUNIDA

DISTRIBUIÇÃOBH DISTRIBUIDORA

As fontes PostScript Futura Vítima, Zine, Pinups, MemphisVítima, Super Serif, Rex Dingbats, Compacta Vítima,SuperMarket, Sequestro, Bodoni Vítima e Toxic Bodonisão marcas registradas da Zap Design.MacMania e Macintóshico são marcas registradas daEditora Bookmakers.

MACMANIA é uma publicação mensal daEditora Bookmakers Ltda. Rua do Paraíso, 706Aclimação – CEP 04103-010 – São Paulo SPTel/Fax: (011) 284 6597Internet: [email protected]ões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

E AGORA......ALGO COMPLETAMENTE DIFERENTE!

Um ano de MACMANIA! Isso nos faz parar e pensar. O que os lei-tores querem desta revista? Desde o primeiro número, temos traba-lhado com o seguinte conceito: edições temáticas, sempre com umamatéria grande, elaborada com o intuito de interessar os heavy-users, mas sem deixar de ser didática, apontando os caminhospara os usuários que estão chegando agora ao Mac.

Conseguimos formar um time de colaboradores de nível mundial.Experts em suas áreas, profissionais competentes, jornalistas reno-mados, macmaníacos de carteirinha. Gente que usa Macintosh há“no mínimo“, doze anos.

A idéia deu certo. Conseguimos fazer uma revista adaptada aomercado nacional, onde o Macintosh está entrincheirado emalguns nichos de mercado (música, editoração eletrônica, DesktopVideo, artes gráficas, etc). Infelizmente, o Mac ainda não pegoupor aqui como o produto de massa que é em vários países.

Mas as coisas estão mudando. 1995 promete ser um grande anopara os macmaníacos. A Apple vai se instalar definitivamente nopaís e pretende reverter esta situação. Em breve, veremos Per-formas e Newtons sendo vendidos no Mappin e em shopping cen-ters. Consequentemente, a revista vai mudar para atender asnecessidades da multidão de novos usuários que temos certeza quevão aderir ao Mac em 1995, o Ano da Maçã.

A partir do próximo número, além de uma bela garibada no proje-to gráfico, estamos preparando novas seções, como Internet eWorkshop – onde especialistas em diversos programas revelarãoaos nossos leitores as manhas e segredos de sua arte. Diga o quevocê acha. Escreva. Mande fax, e-mail, pombo-correio. Enchanosso saco e nossa caixa de correspondência.

Mas uma coisa não vai mudar. Continuaremos matando a cobra emostrando o pau. Dando todas as dicas e truques para que vocêtire o máximo proveito de seu equipamento. Informando, apontan-do falhas e exigindo qualidade, sempre do ponto de vista do usuá-rio brasileiro.

Esse é o lema da MACMANIA, a revista que fala a sua língua.

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DO CD-ROM SHAREMANIA ~

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cepcionou-se. Estava decidido a serum usuário de Windows, leitor daMACMANIA no seu uso virtual de umMac. Mas eis que vem o último golpe:a MACMANIA, que parecia tão ami-gável e acessível como o Macintosh àprimeira vista, era a revista mais carae atrasada do Brasil. O nosso usuário,desiludido e sem dinheiro, todo gastoem revistas de informática, tornou-seum usuário de DOS num AT 486SX25e percorre hoje as telas escuras do PCvislumbrando a miragem de um PowerMac 8100 no deserto dos diretórios,comandos e instruções que habitam oseu sistema.Envio esta carta no intuito de sensibili-zá-los e alertá-los para que históriastão trágicas não voltem a ocorrer edestruam o sonho de milhares de can-didatos a usuário que sonham com odia em que seu computador dirá:“Bem vindo ao Macintosh”.Luiz André Mendonça PimentaBelo Horizonte - MGA MACMANIA é hoje o que é graçasao apoio maciço que obteve dos usuá-rios de Mac em seu primeiro ano deexistência. Esperamos agora, com ocrescimento da revista e a estabiliza-ção da economia, poder retribuir este

ODISSÉIA DE UM MACZÉTICOO texto a seguir relata o desespero aque chegou um maczético terminal vir-tual em sua odisséia para comprar umMacintosh.Durante meses, ele esperou uma opor-tunidade para comprar seu Mac semfazer a escolha errada ou papel deotário. Acabou conhecendo e se espe-cializando na plataforma sem no mí-nimo ter trabalhado com ela. Revol-tou-se contra os preços da Compu-source e a indiferença da Apple frenteaos mais sedentos e economicamentedesprovidos usuários. Tomou raiva doMacintosh e passou a estudar o Per-sonal Computer (PC).Mais uma vez se especializou. Já esta-va pronto para integrar seu PC quan-do descobriu a MACMANIA. Com-prou os números atrasados com fé emNossa Senhora do PostScript e na pos-sibilidade de realizar o velho sonho deadquirir um Mac. Mais uma vez de-

feita pelo canal 16 MIDI. No entanto,existem aparelhos que utilizam outroscanais. Tente instalar o Apple MIDIManager e o Patchbay e endereçar oscanais MIDI entre o Yamaha e os pro-gramas com o Patchbay.Thiago Marques

~HOLANDÊS VOADOR

Sou usuário de um Macintosh Power-Book em combinação com umaimpressora portátil da HP, a Desk-Writer 310. Esta impressora foi conce-bida para ser usada deitada num

equipamento (um PowerBook 145,programas: Encore e Finale, tecladoYamaha PSR-500 e um MIDI Translatorda Opcode Systems) funcionava per-feitamente bem até que um dia tudoparou; agora, não transmite e nemrecebe mais nada.O mais estranho é que testei meu com-putador junto com o MIDI Translator eos cabos num teclado Roland e houvecomunicação. Pensando que o proble-ma era do meu teclado, fui levá-lo naassistência técnica da Yamaha e lá medisseram que o MIDI estava na maisperfeita ordem.Se tudo funciona bem separadamente,por que não consigo contato na uniãoda minha querida parafernália?Qualquer dica, sugestão ou ajudapara testes serão bem vindas.Alexandre F. TravassosSão Paulo - SPAparentemente, seu sistema está bemmontado, sem nenhum problema deincompatibilidade. Como você testouos equipamentos separadamente, sãopequenas as chances de problemascom cabos. Pelo que você diz, o pro-blema é provavelmente nos canaisMIDI dos seu equipamentos. Na maio-ria dos sistemas, a comunicação é

apoio, ampliando as promoções ebenefícios aos nossos assinantes e lei-tores. Uma prova disso é o preço decapa, que já baixou na edição passa-da. Agora, ninguém mais vai poderdizer que comprou um PC porqueachou a MACMANIA muito cara.

~ENIGMA MUSICAL

Tenho um enigma para vocês: meu

AS CARTAS NÃO MENTEM

e da hora em português. Até hoje nãoconsegui instalar estes junto com osque já estão instalados em flamengo,holandês e inglês. Diga para mimcomo devo proceder. Gostaria de saber endereços de usuá-rios em Natal, para formar talvez oprimeiro grupo de usuários aqui.Sem mais,Martinus C. MeiborgNatal-RNTecnicamente, você poderia abrir osistema em português com o ResEdit,procurar a Resource de data e horaem português, copiar e colar no siste-ma em holandês. Mas a coisa é muitocomplicada, o meio mais simples éfazer uma data e uma hora personali-zada com a opção Custom.Ricardo Tannus Jr.

~

PARA COLABORAR COM A MACMANIA,BASTA ESCREVER PARA:RUA DO PARAÍSO, 706 ACLIMAÇÃOCEP 04103-010 SÃO PAULO SPOU LIGAR NO MACBBS (011) 813-5053/5059/5672. DEIXE SUAS CARTAS,SUGESTÕES, DICAS, DÚVIDAS E RECLA-MAÇÕES NO FÓRUM DA [email protected]

ângulo de aproximadamente 45o. Ocartucho foi feito para ser usado emimpressoras onde ele funciona a 90o.Isso faz com que os cartuchos não seesvaziem por completo, como mostrao desenho abaixo. Eu gostaria dealertar colegas que usam o mesmotipo de máquina para não jogaremdinheiro fora. Quando perceberemque estão chegando no fim do cartu-cho, é só colocar a impressora em pée ele imprime mais um pouco.

Eu sou holandês e uso o System 7.1em holandês. Comprei o sistema por-tuguês apenas para adicionar ao sis-tema os arquivos que cuidam da data

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MAC MANIA

TID BITS

Meninos, eu vi! Em plenaMacWorld Expo San Fran-cisco, a Apple cedeu a luzdos refletores a um novofabricante de micros e umavelha e conhecida empresade monitores e placas devídeo. 1995 inicia-se sob osigno dos clones. Os lan-çamentos mais importantesda feira (ainda não dispo-níveis, of course) foram osclones de Macintosh daPower Computing — em-presa formada por Ste-phen Kahng, um dos pio-neiros em design de pla-cas-mãe de baixo custopara PCs — e da Radius.A Power Computing, licen-ciada não só para fabricarseus próprios Macs, mastambém como fornecedorde equipamentos em regi-me de OEM para outrosfabricantes, mostrava seuprimeiro modelo comorgulho, exibindo a placa-mãe — bem diferente dasfabricadas pela Apple —para quem quisesse ver.Em tudo, eles funcionaramcomo Macs e descontado ogabinete, um desses dePCs, ainda em fase de pro-tótipo, não havia como di-ferenciá-lo, já que os pe-riféricos eram da Apple.Duas máquinas estão nosplanos da empresa paradebutar em sua linha: umade 80MHz e uma torre de100MHz. Com um novoprojeto de fonte de alimen-

tação e um modelo de clo-cagem modificado, as má-quinas poderão competirvantajosamente com as daApple em preço e virão,por enquanto, com cincoslots NuBus.

PREÇOS AGRESSIVOS“Manteremos uma estrutu-ra de preços agressiva pormeio de um design e estra-tégias de fabricação e dis-tribuição inovadoras, deforma que o Mac OS pos-sa ser desfrutado por maise mais pessoas”, esquivou-se Kahng, quando pergun-tado sobre o preço final damáquina, que só deveráser lançada por volta deabril/maio.Na Radius, a maior preo-cupação demonstrada nãoé com o preço do equipa-mento e sua penetração nomercado. Já atuantes nosmercados de high-end DTPe Desktop Video, eles pre-tendem atacar com siste-mas de alta performance eversati l idade. Um dosobjetivos deles é, em umano, ter máquinas comPCI, FireWire (sistema detransferência de dadosbem mais rápido que oSCSI) e quatro micropro-cessadores PowerPC 604trabalhando em paralelo.Na feira, eles também de-monstraram um protótipo,uma torre maior que umQuadra 900.

O certo é que a MacWorld95 ficou indelevelmentemarcada pela abertura daplataforma Macintosh.Muito em breve, podere-mos optar por comprar umMac de uma entre váriasempresas, com a certezade rodar o Mac OS, todosos seus aplicativos e tam-bém ter total compatibili-dade de hardware com osmicros da Apple. Comessa estratégia, a empresapretende que seu sistemaoperacional venha a arre-banhar de 20 a 25% domercado em quatro anos.Hoje, sua participação emtodo o mundo é de cercade 10%. A despeito dademora da empresa emabrir sua arquitetura, esteé um típico caso em que otarde é infinitamente me-lhor do que o nunca.

NOVOS POWER MACTodo o empenho da Appleem licenciar seu sistemaoperacional não querdizer que a empresa estejadesinteressada do merca-do de hardware. Pelo me-nos, assim eles garantem.Entretanto, os Macs lança-dos na feira não tinhamnada de realmente novo.Todos eram upgrades declock, disco e cache demáquinas já existentes. Sealgo realmente agradou,foram os novos preços.Sai de linha o 6100/60 e

entra o 6100/66, com umaumento declarado de per-formance de até 30%, tam-bém devida à inclusão deum cache externo (Level 2)de 256k. O modelo bási-co, com um disco rígido de350Mb e 8Mb de RAM,sairá nos EUA por US$1,819. O melhor aumentode performance ocorreucom o 7100, que teve oclock aumentado de 66para 80MHz e o cacheincorporado à configura-ção básica, de 8/500, porUS$ 2,899. Mas o grandepresente foi dado aos queacabaram de comprar um8100/80 ou 8100/110: olançamento do 8100/100.Pouca coisa mais lento queo topo-da-linha (menosque 10%), ele virá ao mer-cado por um preço 15%inferior ao Apple Price do8100/80. A configuração8/700 custará US$ 3,699.Há um vácuo na linha e aApple deve endereçá-lo daforma mais rápida possí-vel. Com a entrada de ou-tros fabricantes no merca-do, é essencial que a em-presa ofereça máquinasem configuração sem discorígido, não só para bara-tear o custo inicial do siste-ma, mas também para nãoonerar usuários que quei-ram montar sistemas dealta performance, com ca-ches maiores, mais RAM,discos mais rápidos etc.

MACWORLD 95: A FEIRA DOS CLONESpor Marco Fadiga

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Um dos produtos de hard-ware que mais causou fris-son foi o Zip Drive, da Io-mega (tel. 001-801-778-3712 e fax 001-801-778-3450), um novo conceitode armazenamento comum disco um tantinho maiorque um de 3,5", capaz deguardar 25Mb ou 100Mb.A maior vantagem dele é aportabilidade, com uma

performance superior aosdrives óticos e de disqueteconvencional. O Zip, comum disquete dentro, pesamenos de meio quilo e temuma taxa de transferênciade até 50Mb/minuto. NosEUA, o Zip vai custar US$199,00. Um cartucho de100Mb custará US$ 19,95,o de 25Mb, a bagatela deUS$ 9,95.

SAN FRANCISCOURGENTE!

ZIP DRIVE ZIPA TUDO

CHAME OSIM SINDICO

Toda feira de informáticaque se preza acaba sendocomo uma refeição feita àspressas. Sabendo que hátanto a ver, engole-se tudosem muito critério, entupin-do o estômago-cachola ecorrendo o sério risco deuma congestão informativa.A MACMANIA, num esfor-ço digestivo extraordinário,tudo viu e nada esconde,

MARATONA PELA REDEO Marathon, da BungieSoftware (tel. 001-312-563-6200 e fax 563-0545) é um dos jogos quetêm gerado comentáriosescandalosamente favorá-veis na Internet (cheque ocomp.sys.mac.games). O jogo se passa em umacolônia distante no espaço,e você é a última salvaçãopara defendê-la do ataquedos aliens que querem des-truir tudo. Renderado commapeamento de texturasem tempo real, ele podeser jogado numa redeAppleTalk ou EtherTalk por

Dizem que o disco aguenta dez anos, acredita?

Mais um game de simula-ção e vindo de quem en-tende. A Maxis (tel. 001-510-254-9700 e fax 001-510-253-3736), já conhe-cida da galera pelo Sim-City — o original e incom-parável — e vários outrosSims, lança agora o Sim-Tower, um simulador dearranha-céu. O objetivo écriar e gerenciar um edifí-cio, começando do zerocom uma quantidade limi-tada de fundos, montandouma infra-estrutura quesatisfaça os habitantes doprédio. Apartamentos, ci-nemas, escritórios, visitan-tes, moradores, tráfego deelevadores, serviços bási-cos, tudo se monitora econtrola. Pelo que deu pa-ra ver, garante horas e ho-ras de diversão.

GAMES DASTRATA

A Strata (tel. 001-801-628-5218 e fax 628-9756), depois do sucessoque fez com o Studio Prono ano passado, investepesado e lança vários no-vos produtos, alguns exclu-sivamente para os PCs(oooh!), como o Visual FXe o Media Forge. No cam-po do Mac, as maioresnovidades eram o InstantReplay, uma ferramentapara a criação de filmesQuickTime a partir da ati-vidade de tela e a incursãoda empresa no mercado deadventure games, comMummy Trouble e Secrets, aserem lançados até o meiodo ano. Quentíssimo tam-bém era o Media Paint, umsoftware para pintar porcima de filmes, técnicaconhecida como rotoscopia.Pegue o capacete e a Magnum e mande chumbo

publicando aqui o melhorda Macworld San Francisco95, mastigado, digerido epronto para uma seguraapreciação do leitor. Mes-mo assim, não vá com fomedemais ao prato, descoleum Sonrisal e curta commoderação o porvir. E lem-bre-se: mais vale dois dropsna mão do que um PF depeão e uma indigestão.

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MAC MANIA

até oito jogadores e é oprimeiro jogo a usar osupor te para MIDI doQuickTime 2.0. Aumentan-do a lista de predicados,suporte a capacetes derealidade virtual, 16 bitsde cor e um performancemode otimizado para má-quinas lentas. Ele vem em20 disquetes com o códigoem fat-binary, ou seja, elese instala e roda somenteas partes do programapertinentes à CPU usada,dando a melhor perfor-mance tanto nos 680x0quanto nos Power Mac.

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metade do preço. A versãobásica estava sendo vendi-da por menos de US$4 mile já vinha com memóriasuficiente para imprimirpáginas de até 12 por 20"a cores. Só não é milagremesmo por um motivo:todo o processamento daimagem é feito no Mac,tornando-a mais lenta eadequada para uso ape-nas com CPUs pesadas, deQuadra para cima.

A Impressora Primera Pro,da Fargo (tel. 001-612-941-9470 e fax 001-612-941-7836), já era uma óti-ma opção, pela sua versa-tilidade e baixo custo, masnão podia competir em péde igualdade com as dye-sublimations mais caras. APictura 310, novo produtoda empresa, faz quase ummilagre: dá virtualmente amesma qualidade que asconcorrentes, por cerca da

Parece que a Apple resol-veu liberar geral. Além dolicenciamento de sistemas,a empresa deu direitos ex-clusivos (por ora) à Com-puter Expressions (tel. 001-215-487-7700 e fax 001-215-487-7728) — um fa-bricante americano demousepads — para a ven-

da desses objetos com ologo da empresa. Inicial-mente serão apenas trêspadrões: a maçã sobrefundo preto, o logo Applecom uma letra de cada core a ilustração “MacintoshPicasso”, aquela que apa-rece na tela do Welcometo Macintosh.

A feira estava lotada deaplicativos nativos paraPower Macintosh. Dentreeles, um em especial im-pressionou pela beleza dainterface e velocidade deoperação: o Paint Alchemy2.0, da Xaos Tools (tel.001-415-487-7000 e fax558-9886), um dos pri-

O mercado dos Newtons,que eu pensava estar meioestagnado, surpreendeu.Além do lançamento doMessagePad 120, daApple, havia muitos desen-volvedores mostrando seusprodutos, vários deles noestande da empresa, mon-tes de soluções interessan-tes de comunicação e umagito fantástico. Pareceque ele vai decolar. OMarco, novo auxiliar decomunicações da Motorolabaseado em um Newton,pareceu uma ferramentapróxima do ideal, dandoacesso à Internet, serviçosde notícias, transmissão defaxes, paging alfa-numéri-

co, acesso a redes locais evárias outras ferramentas,dependendo do serviçoeletrônico que o usuário

APPLE LIBERA O MOUSEPAD

BASIC PARAO NEWTON

FARGO ATACA OUTRA VEZ

PAINT ALCHEMY? É POWER!

Versão antenada, mais um sem o logo da Apple

MARCOO PRIMO DO

NEWTON

Por que essas telas demo são sempre tão bregas?

Também chamou a atençãoo NS Basic 2.0 para oNewton, da NS Basic Cor-poration (tel. 001-416-264-5999 e fax 001-416-264-5888), um ambientede programação completo,com recursos avançadosde programação orientadaa objetos. Um toolbox com“snippets” da interface esupor te às funções dotransmissor/receptor infra-vermelho, reconhecimentode escrita e desenhos faci-litam o trabalho enorme-mente, já que não é neces-sário desenvolver determi-nados objetos ou rotinasde acesso a periféricos.Deu vontade de lembrar osvelhos tempos de Basic.

assinar. Infelizmente, aindanão temos esses serviçosno Brasil, deixando-nosapenas com água na boca.

meiros plug-in para Photo-shop, foi completamenteredesenhado e reescrito,agora com uma janela dePreview maior, parâmetrosanimáveis, palettes de con-trole reposicionáveis e umaperformance impossível dese comparar com a versãoanterior.

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cado de Macintosh, deveaumentar. Alguns sinais jápodem ser notados. Duas das maiores distribui-doras de software do Brasiljá estão se movimentandopara abocanhar essa sa-borosa fatia do mercado.O mercado Mac é menorque o de PC, mas apresen-ta várias vantagens: seususuários são mais beminformados, estão predo-minantemente no que seconvencionou chamar deSoHo (Small Office/HomeOffice, pequenas empre-sas e usuários domésticos)e, melhor de tudo, pos-suem um poder aquisitivoe um espírito consumista(no que se refere a traqui-tanas para aprimorar seucomputador) maior que ousuário padrão de PC.A CI-Compucenter é umadas empresas que preten-de intensificar sua atuaçãono mercado Macintosh.Representante da Adobe,Microsoft, WordPerfect eMacromedia, entre outras,a Compucenter pode muitobem tornar-se a maior dis-tribuidora de softwarespara Mac do Brasi l . Aempresa afirma ter gran-des planos para o Free-Hand, software de ilustra-ção que, depois de umlongo passeio (ver MAC-MANIA #10), acabou nasmãos da Macromedia.Apesar de ter uma versãopara PC, o FreeHand é uti-lizado no Brasil apenaspor usuários de Macintosh.“Uma das idéias é orga-nizar um concurso de ilus-trações em FreeHand”,sugere Nilson Martinho, daCompucenter.Outra distribuidora queestá começando a trazer

softwares para Mac é aBrasoft. Durante 94, aempresa ensaiou uma en-trada no mercado Mac,com os softwares da Soft-Key e WordPerfect, quenão foi para a frente.Atuando no mercado SoHoe de softwares de entrete-nimento, a Brasoft está tra-zendo pequenos volumesde softwares para Macin-tosh para “sentir” o merca-do. Além de programas daMicrosoft, WordPerfect eSoftKey, a Brasoft está tra-zendo também produtosda Voyager, uma das maiscompetentes produtoras deCD-ROMs multimídia. Por-to Seguro - O Brasil do Des-cobrimento, da Tecnoqua-lity, o primeiro CD-ROMhíbrido (roda em Mac ePC) feito no Brasil, tambémestá sendo distribuído ex-clusivamente pela Brasoft.Essas e outras surpresasesperam os macmaníacosem 1995. No decorrer doperíodo, vamos estar mo-nitorando atentamente asevoluções do mercado.

Aguarde grandes novida-des. E lembre-se: você leuaqui antes.

EPSON ATACAAtenta ao mercado Macin-tosh, a Epson avisa que jáestá disponível no mercadobrasileiro o driver para suaimpressora jato de tintacolorida Stylus Color, quepode ser conectada ao Maccom o kit opcional EpsonTalk (US$ 870). A EpsonStylus Color é uma jato detinta de alta definição queimprime até 16 milhões decores, com resolução de720 dpi. A impressora temgarantia de dois anos ecusta R$ 1.300.A Epson está lançandotambém um novo modelode scanner, o ES-1200C-Pro (R$ 2.100), compatívelcom PC e Mac. Tem resolu-ção de 600x1200 dpi (quepodem chegar a 4800através de interpolação) eescaneia cores de 30 bits.Mais informações pelostelefones (011) 574-8877e (011) 813-3777.

TID BITS

BALANÇO ANUAL1994 foi o ano da viradapara o Brasi l e para aApple também. A empresasofreu uma drástica rees-truturação, reduzindo onúmero de funcionários ecortando sua margem delucro bruto de 42,7% davenda líquida para 27,2%.Mesmo com a redução dopreço dos equipamentos, ofaturamento total da em-presa subiu 15% em rela-ção a 1993, atingindo opatamar de US$ 9,19bilhões. Para 1995, osplanos da empresa sãocontinuar investindo maci-çamente em novas tecnolo-gias, ampliar sua fatia domercado mundial de com-putadores pessoais (de13,9% em 1994) atravésdo licenciamento do MacOS e dos clones.A bonança é tão grandeque até sobrou uma gra-ninha para ser investidano Brasil. Segundo Mi-chael Spindler, presidentee CEO (Chief ExecutiveOfficer) da Apple “a em-presa prevê novas oportu-nidades de crescimentoem mercados emergentescomo China, Índia, Brasil,Coréia e México”.

1995,O ANO DO MAC

Como sabem todos os quelêem esta revista, 1995será o ano do Macintoshno Brasil. A Apple vai fi-nalmente se instalar nopaís, os investimentos empropaganda vão aumentare o número de Macs devecrescer sensivelmente. Emconsequência, o númerode empresas interessadasem trabalhar a terra deninguém, que é hoje o mer-

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A MACA DA DIS˜

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versão Apple do sistema UNIX – o favorito dos hackers.Ambos são propriedade da Apple. Na plataforma PC,há dezenas de sistemas operacionais, inclusive muitasvariantes de UNIX. Mas os quatro sistemas mais impor-tantes são o DOS/Windows e o Windows NT da Micro-soft, o OS/2 da IBM e o NetWare da Novell.O OS/2 vem sendo posicionado, sem nenhum sucesso,como um substituto da combinação DOS/Windows, queainda assombra 90% dos usuários de micro no mundo. OWindows NT é um sistema faz tudo que disputa dois mer-cados distintos. Contra diversos sabores de UNIX, o NTse coloca como uma interface gráfica para workstationsde alto desempenho. Para atacar o NetWare, o WindowsNT exibe suas características de servidor de rede. A Microsoft foi a primeira empresa importante a libertarum sistema de uma plataforma. O Windows NT já rodaem PC e nas workstations RISC da série Alpha da DEC.IBM e Novell estão trabalhando também em versões“portáteis” de seus sistemas. E a Apple desenvolve,junto com a IBM, o sistema Taligent, que tem comocaracterística fundamental a portabilidade.Com base nos sistemas, constroem-se os aplicativos.Nessa área, a Microsoft lidera tanto nas plataformas

Mac quanto PC. Há quem acuse a Microsoft de liderar omercado de aplicativos por dominar o principal sistema:DOS/Windows. De fato, essa circunstância pode, emtese, garantir aos desenvolvedores de aplicativos daMicrosoft informações privilegiadas da divisão de siste-mas da empresa.A discussão desse tema pede cautela, pois a acusaçãoé grave. Segundo declarações da Microsoft, existe uma“muralha da China” que impede o fluxo de informaçõesda área de sistemas para a de aplicativos. Na realida-de, programadores dos dois lados da “muralha” divi-dem os mesmos estacionamentos, lanchonetes e bos-ques do campus microsofista no noroeste americano. Ofato concreto é que a Microsoft lidera também o merca-do de aplicativos para o Mac, onde a suposta vantagemde uma muralha furada não vale nada.

plataforma Mac especifica uma CPU Motorola 680x0 ouPowerPC, controlador de periféricos SCSI, porta demouse e teclado ADB, etc. A plataforma PC designa hojeuma CPU Intel x86 ou Pentium, controladora de discoIDE ou SCSI, controladora de impressora paralela eassim por diante. O que difere cada plataforma de umamontoado de partes é o bus, circuito que liga as placasde expansão à CPU, e as ROMs que definem os servi-ços que o hardware tem a oferecer aos softwares. Nocaso do Mac, as ROMs têm sido o maior obstáculo àprodução de clones. Historicamente, as ROMs do Maccontêm dez vezes mais instruções que as ROMs dos PCs(chamadas BIOS). Por isso, é muito mais fácil fabricarum clone de PC à revelia da IBM, do que copiar um Maccontra a vontade da Apple.Acima das fundações definidas pelas plataformas,erguem-se os sistemas operacionais.Na plataforma Mac, existem dois: o Mac OS e o AUX, a

SCORDIALuciano Ramalho

s gregos antigos tinham deuses paratudo. A deusa da Discórdia era Eris.Certa vez, houve uma festa noOlimpo e Eris não foi convidada. As

outras divindades achavam que assimpoderiam festejar sem brigas. Mas Eris

é ardilosa. Criou uma linda maçã dourada onde se lia apalavra kallisti, ou seja, “para a mais bela”. Eris jogouessa maçã dourada para dentro do salão e em doistempos a festa estava arruinada, com todas as deusaspresentes brigando pela posse do presente.A maçã da Apple representa hoje a única fissura impor-tante num universo monolítico microsofista. O pomo daDiscórdia simboliza a importância fundamental da dife-rença e do conflito na vida das pessoas comuns, o queinclui aqueles que respiram e sonham computador. Amotivação dos fabricantes é destruir os obstáculos téc-nicos à ampliação do seu market-share, sua fatia nobolo bilionário da computação. A festa dos titãs daindústria da computação está sendo tumultuada poruma maçã dourada onde está inscrito “para o melhorsistema operacional”. Quem criar o novo padrão de sis-tema operacional estará a um passo da hegemonia.A disputa pelo futuro do seu micro é travada em trêsníveis: plataformas, sistemas e aplicativos.A plataforma é basicamente uma configuração de hard-ware que atende a um conjunto de normas. Assim, a £

´

O

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Há uma interessante relação dedependência mútua no sucesso oufracasso de plataformas, sistemase aplicativos. Os sistemas e aplica-tivos só podem existir baseados emuma plataforma e as plataformassó podem prosperar se contaremcom sistemas e aplicativos.O Macintosh nasceu como umacombinação de plataforma comsistema. Para prosperar, precisavade aplicativos. Não é fácil conven-

cer fabricantes de softwares a fazeraplicativos para uma platafor-ma/sistema desconhecido, aindanão lançado comercialmente e difí-cil de programar. Os funcionáriosda Apple, responsáveis por essatarefa são conhecidos como “evan-gelistas” e têm uma regra básica:nunca pagar para um desenvolve-dor de software. Os desenvolvedo-res devem ser movidos pela fé naplataforma e no sistema. Segundo

o famoso evangelista Guy Kawa-saki, essa regra só foi quebradauma vez. A Apple custeou a trans-formação do principal banco dedados para PC, o dBase II, num fra-casso de vendas que chegou aomercado Mac tarde demais.Diante desse pano de fundo, vejamosonde se encaixam as palavras damoda das rodinhas de profetas: pla-taforma de referência, Copland, Ger-shwin, Taligent, OpenDoc e Escher.

Para a Apple (e para os outros integrantes do CI-Labs),o OpenDoc é o próximo passo na evolução da computa-ção. A informática evolui na direção de sistemas cadavez mais fáceis de operar e que dêem mais liberdade eprodutividade aos programadores. Quando os primeiros computadores foram criados, nadécada de 50, os programadores desenvolviam aplicati-vos que falavam diretamente com o hardware. O surgi-mento da idéia do Sistema Operacional, nos anos 70,colocou uma “camada de proteção” entre programas ehardware. Os programadores podiam escrever aplicati-vos para executar determinadas tarefas, sem se preocu-par com o controle do hardware, serviço para o sistemaoperacional. Os computadores podiam finalmente serutilizados por usuários que desconhecessem linguagensde programação. O Macintosh trouxe mais uma camada,

a interface gráfica (GUI ou Graphical User Interface), maisum alívio para usuários e programadores. Não era maispreciso decorar comandos para usar um programa e aGUI servia como base para a interface dos programas.O próximo passo aponta para uma liberdade aindamaior. Escolhida a plataforma, o usuário vai poder optarentre vários sistemas operacionais. O Sistema Opera-cional poderá ser adequado às necessidades do usuá-rio, através de uma GUI customizável e extensões dosistema, capaz de dar suporte para funções específicas(como hoje o QuickTime dá suporte à multimídia e oQuickDraw GX, à manipulação de fontes). Por cima detudo, estarão os aplicativos modulares compatíveis como OpenDoc. O usuário vai poder compor um programacom os módulos que achar mais interessantes e o desen-volvimento de aplicativos será mais barato e mais ágil.

FÉ NA PLATAFORMA

O PRÓXIMO PASSO

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Num anúncio conjunto, no final doano passado, Apple, IBM e Mo-torola declararam que estão desen-volvendo conjuntamente uma novaplataforma de micros baseados naCPU PowerPC. Essa plataforma dereferência ainda não tem nome enão deve ser confundida com aPReP (PowerPC Reference Plat-form), divulgada anteriormente pe-la IBM, porém incompatível com osPower Macs. O objetivo das três empresas é es-tabelecer um padrão de hardwareque venha a ocupar o lugar do PCcomo plataforma dominante. Até ofim deste semestre, a especificaçãodeverá estar pronta e será divulga-da para permitir que os fabricantesinteressados comecem a oferecermáquinas compatíveis cerca de umano depois. As configurações deve-rão cobrir uma ampla faixa de pre-ços, de máquinas domésticas cus-

tando cerca de US$ 1 mil até work-stations gráficas com múltiplasCPUs custando mais de US$ 10 mil.O mais notável dessa nova plata-forma é que ela será projetada pa-ra facilitar a instalação de múlti-plos sistemas. Soquetes especiaisacomodarão as ROMs do Mac OSe, também, estarão disponíveisversões do OS/2, AIX, Windows NT,NetWare e Solaris (uma versãográfica de UNIX, da Sun Micro-systems, muito popular nos servi-dores da Internet).Enquanto a nova plataforma dereferência não fica pronta, a Applejá anunciou o licenciamento deuma geração intermediária dePower Macs para meia dúzia defabricantes. Os primeiros clonesoficiais de Mac estarão no mercadodentro de poucos meses (ver TID-BITS). Ao contrário do que se espe-rava, a Apple está fazendo restri-

UNIDOS VENCEREMOSções mínimas em relação aos clo-nes, tanto no que se refere a volu-mes de produção quanto a preço eonde eles devem ser vendidos. Asexpectativas são de que, em menosde dois anos, o número de clonesde Mac no mundo inteiro ultrapas-se a casa de um milhão. Por en-quanto, só foram divulgados no-mes de dois clonemakers – a PowerComputing e a Radius –, mas sabe-se que a Apple está interessada emmarcas fortes nos mercados ale-mão e japonês.Os primeiros clones de Mac serãobaseados em modelos da famíliaPower Macintosh a serem lançadosnos próximos meses. Eles rodarãoo Mac OS versão 7.5 e serão os pri-meiros modelos a incorporar o busPCI, um chassi de expansão mo-derno criado pela Intel e que estácomeçando a ser adotado tambémna plataforma PC.

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MAC MANIA

Copland e Gershwin são os nomescódigo de futuras versões do MacOS que, podemos supor, seriamrespectivamente as versões 8.0 e9.0. O Copland está prometidopara o final de 1995 e o Gershwin,para um ano depois. A definiçãoda plataforma de referência, noentanto, pode atrasar o lançamentodo Copland, já que essa seria aprimeira versão do Mac OS otimi-zada para a tal plataforma comum.O sistema Copland é a primeiraversão do Mac OS a adotar umaarquitetura de microkernel. Essatécnica consiste em definir umpequeno núcleo básico de funçõesde acesso ao hardware e obrigar oresto do sistema a solicitar serviçossomente a esse núcleo; em vez deacessar diretamente os recursos damáquina. É a abordagem utilizadana maioria dos sistemas operacio-nais modernos, incluindo o Win-dows NT. Sua maior vantagem étornar o sistema mais fácil de trans-portar para outras plataformas.Além do OpenDoc, que discutire-mos mais adiante, outras novida-des do Copland serão uma novainterface, adaptável a usuáriosinexperientes e experts; mais per-formance através de uma maiorporcentagem de módulos “nativos”e uma nova extensão de redes

compatível com AppleTalk, Net-Ware e TCP/IP (o protocolo da In-ternet), chamada OpenTransport. A interface adaptável poderá ofe-recer “níveis de acesso”, mais oumenos como ocorre no HyperCard.Um usuário novato poderá acessarprogramas e documentos numatela simples como a do software AtEase (que a Apple inclui nos Per-formas). Os especialistas contarãocom um Desktop totalmente pro-gramável. Interfaces intermediá-

rias poderão ser definidas ativan-do-se ou desativando-se caracterís-ticas específicas. Com as inovações trazidas peloCopland, a Apple pretende se colo-car em um patamar acima doWindows 95, que finalmente traráao PC vantagens que os macma-níacos conhecem há dez anos. AApple definiu três campos princi-pais em que o Mac OS deverádemonstrar sua superioridade: tra-balho colaborativo, através doOpenTransport e do PowerTalk;assistência ativa, com a ampliaçãoda funcionalidade do Apple Guidee da interface adaptável, e, princi-palmente, compatibilidade. AApple quer vender o Power Maccomo o computador mais compatí-vel do mundo: roda Mac OS,NetWare, Unix e Windows (atravésde emulação, com programascomo o SoftWindows, da Insignia,ou de hardware adicional, como aplaca DOS Compatibility Card).Mesmo com tudo isso, o Copland éuma mera versão intermediáriapara o Gershwin, o sistema quepoderá trazer a Apple de volta àliderança nesse setor. Assim comoUNIX e Windows NT, o Gershwinserá um sistema multitarefa pre-emptivo. O atual Mac OS 7.5 é mul-titarefa, já que permite que dois ou

11999944 11999955 11999966System 7.5 Copland Gershwin

Apple Guide Assistência Ativa Assistência Ativa Avançada

Finder programável Interface AdaptávelNova interface customizável para diferentes usuários e aplicações

Drag-and-Drop OpenDoc Integrado Sistema Operacional “portátil”

PowerTalk OpenTransportEscher (gráficos 3D integrados ao sistema)

Thread Manager MicrokernelMicrokernel AvançadoIntegração ao Taligent

Multitarefa Cooperativo Multitarefa Cooperativo Avançado Multitarefa Preemptivo

A EVOLUÇÃO DO MAC OS

MAC OS – REVISTO E MELHORADOMAC OS – REVISTO E MELHORADO

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A outra face da estratégia de siste-mas da Apple envolve dois projetosque não têm qualquer relação como Mac OS, mas são fundamentaispara que a empresa amplie suaparticipação no mercado de siste-mas operacionais de alto desempe-nho para servidores de rede e cor-porações. Um é o PowerOpen, uma nova ver-são de UNIX em desenvolvimentoconjunto com a IBM. O PowerOpendeverá casar o que há de melhornos UNIX das duas empresas-mãe:do AUX da Apple, o sistemaemprestará sua interface amigávele do AIX da IBM, quase todas assuas funções de programação e acompatibilidade com um dos maiscompletos repertórios de aplicati-vos UNIX. O outro projeto é o Taligent, umsistema operacional que estásendo desenvolvido por uma jointventure homônima, fundada pelaApple, IBM e HP. O sistema daTaligent é dividido em dois gran-des módulos: TalOS (TaligentObject Services) e TalAE (TaligentApplication Environment). O TalOSgerencia o acesso ao hardware,enquanto o TalAE cuida de funçõesmais próximas do usuário, comointerface, acesso a bancos dedados e redes, serviços de conver-são de arquivos e multimídia. OTalAE poderá ser instalado “sobre”

mais programas funcionem simul-taneamente, como ocorre quandoenviamos um fax enquanto conti-nuamos a usar o processador detextos. O problema é que o Mac OSé um sistema multitarefa cooperati-vo, o que siginifica que dois pro-gramas só podem funcionar simul-taneamente se ambos concordaremem dividir a atenção da CPU.Quando um aplicativo mal-compor-tado monopoliza a CPU ou, piorainda, trava-a completamente, to-dos os demais aplicativos sofremcom isso. Num sistema multitarefapreemptivo, a atenção da CPU sedivide entre todos os programas,independentemente da colabora-ção de cada um. Isso torna o siste-ma muito mais estável e aindatransmite ao usuário uma sensa-ção de maior desempenho, já queos processamentos fluem sem so-bressaltos.Outra novidade que o Gershwintrará são extensões 3D, apelidadasatualmente de Escher. Embora aMicrosoft esteja licenciando eincluindo no NT as funções gráfi-cas da Silicon Graphics, a aborda-gem da Apple é mais arrojada. Emvez de simplesmente oferecer fun-ções gráficas ao programador, aApple pretende empacotar o Es-cher numa extensão de alto nívelcomo fez com o QuickTime. Issosignifica que os recursos de visuali-zação 3D estarão quase que ime-diatamente ao alcance do usuáriocomum, através dos aplicativosque ele já utiliza em seu dia-a-dia.Será possível, por exemplo, “pas-sear” por dentro de um gráfico 3Dgerado a partir de uma planilhaeletrônica. Outra característica doGershwin será ainda mais liberda-de de customização da interface e,provavelmente, a substituição dametáfora do Desktop por um siste-ma operacional navegável em 3D.Ao invés de abrir janelas, você irá“passear” por um ambiente virtualcom objetos representando funçõesdo sistema. Como se pode ver, osprogramadores terão muita coisapara se divertir nos próximos anos.

outros sistemas operacionais, comoo PowerOpen, o Windows NT e atéa versão Gershwin do Mac OS. Uma das inovações mais importan-tes do Mac foi colocar uma podero-sa caixa de ferramentas ao alcancedo programador. Armazenadas naROM, as mais de 4.000 funções doMac Toolbox são difíceis de apren-der. Mas, quando dominadas, per-mitem a criação de aplicativospoderosos, bem comportados nautilização do sistema e fáceis deaprender pela padronização dainterface. O TalAE leva essa filoso-fia ao limite: oferece mais de 53.000funções diferentes ao programa-dor. Segundo a Taligent, aplicati-vos desenvolvidos com o TalAEcontarão com apenas 10% daslinhas de código de um aplicativoequivalente em um sistema con-vencional. A vantagem é que pro-gramas sofisticados podem serdesenvolvidos rapidamente, commenos bugs, gerando maior produ-tividade. O problema é que para sebeneficiar do TalAE, o programa-dor terá que entender a lógica portraz dessa vasta biblioteca de fun-ções. Há quem diga que somenteos gênios contratados pela Taligentpara desenvolver o sistema serãocapazes de usá-lo. O resto do mer-cado de software precisa contar,infelizmente, com programadoressub-geniais.

SISTEMAS DEALTO DESEMPENHO

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Na área de aplicativos, a estratégiada Apple é fácil de entender: viraro mercado de pernas para o arpara ver se a Microsoft acaba porbaixo. O mercado de aplicativoshoje é dominado pelos chamadosfatware, programas imensos queocupam 50Mb no seu disco, exigem12Mb de RAM para começar a an-dar e, em troca, oferecem centenasde funções que o usuário não pre-cisa. Essa tendência é mais agudaexatamente nas categorias demaior faturamento, como processa-dores de texto e planilhas eletrôni-cas. Os fatware ganham mercadojustamente por oferecerem algo deespecial para todo tipo de usuário.Mas é patente a irracionalidade decolocar as mesmas funções na mãode advogados, cientistas e artistasgráficos. Pior ainda, a cultura dosfatware prejudica a evolução domercado, tornando os custos dedesenvolvimento astronômicos eimpedindo a participação de fabri-cantes pequenos, porém inovado-res. Em suma: um quadro perfeitopara a prosperidade da Microsoft.

Só para justificar a paranóia de BillGates, seus inimigos Apple, IBM,Novell/WordPerfect, Oracle, Sun,Taligent e Xerox se uniram e for-maram a Component IntegrationLaboratories (CI-Labs), uma empre-

sa de pesquisa encarregada emdesenvolver e promover o padrãoOpenDoc, uma nova maneira deorganizar os aplicativos. Se bemsucedido, o OpenDoc será a basepara uma nova geração de peque-

Tanto o OpenDoc quanto o OLE (Object Linking andEmbedding ou Ligação e Inclusão de Objetos) são tec-nologias que permitem a edição de documentos com-postos por diferentes formatos, unindo planilhas, textos

e gráficos. A principal diferença entre os dois é que,enquanto o OLE privilegia os aplicativos como conhece-mos hoje, o OpenDoc propõe a utilização de um containerque agregaria partes criadas por softwares modulares.

OPENDOC

OPENDOC x OLE 2.0

Quanto menor, melhor. Essa é a filosofia por trás do OpenDoc. Quem já mexeucom um programa integrado, como o ClarisWorks, pode ter uma idéia do que é oOpenDoc. Um programa que integra todos os outros programas e deixa o usuário

livre para se concentrar apenas no que está fazendo. No seu documento...

OLE 2.0 OpenDoc

Microsoft FoxPro

Microsoft Word

Microsoft Excel

FilmeQuickTimeeditável

Gráfico linkadoa uma planilha

Container deOpenDoc,

criado comum editor de

texto

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MAC MANIA

A Microsoft possui seu própriopadrão de documento composto, oOLE 2.0, já em uso em alguns apli-cativos nos sistemas Windows eMac OS. Há diferenças importantesentre o OLE e o OpenDoc. Paracomeçar, o OLE privilegia arquivosde aplicativos específicos paraserem o núcleo dos documentoscompostos, um viés que coloca oscomponentware na posição demeros satélites dos fatware. NoOLE, os diferentes tipos de dadosnão podem se sobrepor e são obri-gados a ocupar áreas retangularesdos documentos. Há ainda no OLEuma restrição de organização: odocumento-mestre pode conter par-tes de outros documentos, mas as

partes têm que ser “puras” – nãopodem ser elas mesmas compostas.O padrão OpenDoc não apresentanenhuma dessas limitações delayout e organização, mas poroutro lado, ainda não conta com abase instalada e as ferramentas dedesenvolvimento depuradas doOLE. A Apple tem tido problemasna evangelização de algumas tec-nologias acessórias do Mac OS,como Balloon Help, AppleScript e opróprio Publish & Subscribe. Talvezo OpenDoc, previsto para sercomercializado a partir de marçopróximo, tenha melhor sorte por setratar de um padrão multiplatafor-ma e de importância estratégicapara tantos parceiros.

DANDO UM OLÉ NA MICROSOFTAnalisando todas essas tendências,nota-se que a meta dos titãs daindústria de micros e softwares éacabar com as diferenças entre ossistemas, oferecendo soluções“guarda-chuva” que resolvamtodos os problemas de todos osusuários. Na tentativa de ampliarsuas fatias de mercado, o discursodos executivos sempre aponta parauma utopia futurista, onde nãoexistirão mais incompatibilidades.A Apple e a Microsoft disputam ocontrole de tecnologias que podemdar ao vencedor a hegemonia tec-nológica na virada do século.Enquanto isso, Eris assiste a tudocom um sorriso irônico. Vida longaà maçã da Discórdia. ~

nos aplicativos altamente integrá-veis e acabará com a gloriosa car-reira dos fatware.A tecnologia do OpenDoc é descri-ta como “um padrão para docu-mentos compostos”. Os documen-

tos atuais são capazes de integrarvários tipos de informação, masnão sem alguma perda de flexibili-dade. Assim, um documento noQuarkXPress pode conter textos,fotos, planilhas e gráficos. Uma vez

importados, esses tipos de dadosacabam perdendo boa parte de suafuncionalidade. Planilhas de recál-culo automático viram meras tabe-las, gráficos e fotos não podemmais ser editados. As funções dePublish & Subscribe permitemmanter os dados vivos, mas sãodesconfortáveis e na prática aca-bam não sendo utilizadas.Com o OpenDoc, o documentodeixa de “pertencer” a um aplicati-vo específico e passa a ser umaamálgama de dados e funções for-necidas por vários programas dife-rentes chamados componentware.Uma evolução natural dos Xten-sions, Plug-Ins e Additions que jáestão na moda, os componentwaresão pequenos aplicativos altamen-te especializados.O “processador de textos” de umcientista será formado, por exem-plo, por um componente editor detextos, um organizador de referên-cias bibliográficas, um compositorde fórmulas matemáticas e assimpor diante, de acordo com suasnecessidades.

...as diferenças começam no menu, sem File nem Quit. Dentro de uma janela, épossível organizar vários componentes editáveis. Você clica em uma imagem (tela àesquerda) e o menu apresenta funções e palettes de um programa de desenho. Seclicar no texto (tela acima), o menu muda, apresentando funções de editor de texto.

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MONITOR DE 48 POLEGADAS ~

~ V

IRTUA

L DESKTO

P – GA

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TIS UM

BÊ-A-BÁ DO MAC

Memória (ou a falta dela) ésempre um problema. Muitos usuá-rios ainda se confundem com o queé memória RAM e o que é espaçoem disco. Por que aparecem mensa-gens alertando sobre falta de memó-ria se meu disco está vazio? Por queeu não consigo abrir um programase eu tenho 16Mb de RAM?A confusão existe porque tanto me-mória quanto espaço em disco sãomeios para se guardar informaçõesmedidos em megabytes. A diferençaestá na maneira como esta informa-ção é retida.Na memória RAM (Random AccessMemory ou memória de acesso alea-tório), a informação é gravada ele-tronicamente em chips de forma tem-porária, enquanto o disco é uma mí-dia magnética que grava seus dadospermanentemente (ou até você apa-gá-los ou o disco quebrar). Informações guardadas na memóriaRAM podem ser acessadas muitorapidamente, mas são extremamente

voláteis: basta desligar oMac (ou pior, vê-lo sedesligar sozinho porfalta de energia ou poralgum pau federal) etudo vai pro espaço. Quando você abre umprograma, ele ocupa umdeterminado espaço namemória RAM. Se vocêabrir outro programa,ele vai ocupar mais umpouco de espaço. Senão houver espaço sufi-ciente, você vai recebero conhecido aviso defalta de memória. O sis-tema operacional e os Inits (aquelafileirinha de programas que apare-cem quando você liga o computadore tornam seu Mac tão divertido eprodutivo) ocupam também um espa-ço considerável na RAM.Toda vez que você salva seu traba-lho, a informação que estava naRAM é gravada no disco. Ler (retirar

dados) e escrever (armazenar da-dos) no disco demora muito mais,porque envolve o movimento de par-tes mecânicas (aquele rec-rec-reeecesquisito é o barulho das informa-ções sendo “escritas” no disco). Outro elemento que causa uma certaconfusão é a memória ROM (ReadOnly Memory ou memória de leitura)que armazena informações quedizem ao Mac o que fazer quando éligado. Apesar de ser armazenadaem chips, como a RAM, a memóriaROM é permanente, porque osdados contidos nela não podem sermodificados.Memória, como dinheiro, nunca édemais. A configuração básica devários modelos de Macintosh vemcom 4Mb de RAM. Isso, em um Macrodando System 7, não dá paramuita coisa. Existem truques comomemória virtual e alguns programascomo o RAM Doubler (ver MACMA-NIA #2), da Connectix, que prome-tem – e cumprem! – dobrar suamemória RAM. Só que nada seiguala à verdadeira e única RAMfísica, as plaquinhas SIMM. No pró-ximo número, falaremos mais sobrecomo gerenciar, comprar e instalarplacas de RAM. ~

PUXANDOPELA MEMÓRIA

O discão de 80Mb desse Mac tem 18Mb disponíveis

Na tela de cima, o System 7.5 sem nenhum Init ocupa apenas 1,6Mb de RAM. Nade baixo, três programas abertos e o sistema com 31 Inits somam quase 12Mb. Os18 megas que apareceram de repente indicam que o RAM Doubler entrou em ação.

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ELES ACABEM COM VOCÊ ~

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MAC MANIA

MAC KIDS

Amazing Animation é um programa da Claris que permiteque qualquer criança faça uma animação. O software ébem simples: há um menu na tela com tudo que é precisopara criar filminhos e uma voz ainda ajuda a animar oobjeto. É um programa bom e barato, se compara-do a outros programas de animação.

CenáriosPra começar, você escolhe um cenário. O programatraz alguns, mas também é possível colar uma ima-gem PICT com o comando Paste.

CarimbosDepois do cenário pronto, selecione um dos várioscarimbos do programa. É só clicar no carimbo emovê-lo na direção desejada. Conforme você movi-menta o objeto, o número de quadros vai mudando.Depois, dê um clique no Play para ver como ficou.O programa possui também ferramentas paraacrescentar letras, desenhos e determinar como oobjeto deve se comportar durante a animação(dando giros, crescendo e diminuindo ou se balan-çando). Pode-se ainda aumentar o tamanho docarimbo. Só faltou um botão de flip para virar oobjeto. O programa não permite que o usuáriomude o carimbo de lado, o que limita um pouco aspossibilidades de animação.

SonsDepois de fazer a animação, você ainda pode colocarsons. O programa traz muitos sons, além da opção makeyour sound (faça o seu som). Não é possível ouvir o somantes de escolhê-lo, o que pode ser meio chato.Também dá para acrescentar vários efeitos, como o Buttons,que permite colocar uma animação dentro de outra,“mixando-as”. Ou o Wipes, que possui vários tipos de cor-tes, como a tela se dividir ao meio. E, por fim, Pauses, quecria pausas na animação.

Para mostrar a animação, o software tem um menu, queparece um videocassete, para dar Play, Stop, avançar eretroceder o filme quadro por quadro ou ir direto ao come-ço e ao fim. Existe ainda uma opção de Undo na tela e ou-tra que destrói automaticamente o último carimbo colado.Amazing Animation é muito fácil de usar, totalmente intuiti-vo e prova que qualquer pessoa, até criança, pode criarmultimídia sem conhecimentos técnicos.

André Conti

Claris Corp.: (001) 408-987-7333

LUZ, CAMERA,ANIMAÇAO!!!

André Conti, 13 anos, ganhou seu LC IIIem novembro de 1993. Além do Mac,envenenado com 24 Mb de RAM, elepossui também uma impressora AppleStylewriter, CD-ROM externo e umscanner Umax. Além de animações egames, ele usa seu Mac para editorartrabalhos de escola e convites. Estácomeçando a mexer com programaçãoe multimídia com o HyperCard.

Hanna-Barbera que se cuide: agora você tem as mesmas armas

˜

ˆ Foto: Ricardo Teles

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PROGRAMAS LEGAISPARQUINHO CYBER

Música, vídeo e brincadeiras são os principais ingredientes da sérieGus, que a Creative Labs desenvolveu para a criançada. Composta portrês títulos em CD-ROM, a série tem como personagem principal ocachorro Gus, que leva a molecada para cinco diferentes playgroundsem Gus Goes to CyberTown. Quebra-cabeças, brincadeiras paraaprender a soletrar palavras e reconhecer figuras seguram a onda dosbaixinhos com músicas cantadas por crianças.Em Gus Goes to Cyberopolis, Gus ganha a companhia do amigo Rae ejuntos exploram coisas na cidade, como o aquário e a biblioteca. Opasseio inclui dicas sobre ciência e natureza. O terceiro CD, Gus and the Cyberbuds, Sing, Play and Paint-A-Long,leva as crianças a um tour pelo mundo mágico da música e permitecriar cenários para as canções.Cada CD-ROM da série, recebida com aplausos por críticos norte-ame-ricanos, custa US$ 39,95.Creative Labs: (001) 065-773-0233

APRENDA COM OS FLINTSTONESYabba-Dabba-Doo! A série infantil Yearn to Learn, conhecida pelospersonagens da turma do Snoopy, ganhou mais um título. A mais hightech família da idade da pedra está em Yearn to Learn – TheFlintstones, software infantil que ensina matemática, palavras e estrutu-ra gramatical usando e abusando de jogos e brincadeiras. Tudo eminglês, claro. O programa, em CD-ROM, já está nas lojas dos EUA porUS$ 59,95.

MULTIMÍDIA BABYA Brasoft está distribuindo no Brasil os CD-ROMs da Voyager. Entre ostítulos disponíveis está Amanda Stories, composto por dez históriasinterativas. Não tem texto, nem mistério. É só apontar o cursor e clicarpara levar Inigo, o gato através de aventuras cabeludas. Recomendadopara crianças desde três anos de idade. Quem tem um modem e quiserum preview do que é este CD-ROM, basta retirar do MacBBS o arquivoInigo Gets Out, criado pela autora, Amanda Goodenough, noHyperCard.Outro CD-ROM distribuído pela Brasoft é A World Alive, uma enciclo-pédia com informa-ções sobre mais decem animais, lotadade filmes QuickTime.Você lê sobre o ha-bitat, a classificaçãoe a vida de bichoscomo orcas, tartaru-gas gigantes e mor-cegos vampiros eainda pode vê-losem ação. Pode tam-bém testar seusconhecimentos ten-tando adivinhar obicho certo no jogo“What is That?”. ~

Brasoft: (011) 289-7400

Era mesmo o que estava faltando: uma enciclopédia-game

Page 19: MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MAC-CLONES …

(MAS REGISTRE-SE ANTES) ~

~ PLA

YER PRO – C

RIE SUA

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S MÚ

SICA

S

DESKTOP PUBLISHING

Valter Harasaki

ntes do Desktop Publishing chegar prá va-ler, algumas preocupações no processo deprodução gráfica eram problemas dequem fosse fazer o fotolito. Bastavaenviar a arte final, com indicações

para fotolito e aguardar a prova de prelo para aprovar ousolicitar modificações necessárias. Você não precisavaentender profundamente sobre o processo de execução dofotolito, outros profissionais especializados cuidavam paraque o serviço ficasse certo. Problemas como encaixe,sobreposição de cores, qualidade do scan e moirés nãoeram de sua responsabilidade. Sua tarefa era somenteenviar a arte e depois aprovar o fotolito antes de enviar àgráfica ou entregar ao cliente.O computador agilizou a execução de publicações, popu-larizou o uso de bureaus de pré-impressão (de todos ostamanhos e qualidade), queimou etapas e acumulou fun-ções. O processo de fazer o fotolito de maneira convencio-nal foi perdendo espaço e parte da responsabilidade antesatribuída ao fotoliteiro passou a ser dividida entre obureau e o autor da editoração. Assim, é bom conheceralgumas técnicas relativas à produção de fotolitos paraidentificar onde aconteceu alguma falha e evitar a necessi-dade de refazer mais um serviço.

TRAPUm dos principais problemas que podem ocorrerna impressão em quatro cores é exatamente o encaixe(trap, na língua do DTP) entre essas cores. O computador éuma máquina precisa e exata e, no processo de impressão,muita precisão pode se tornar um problema. Quando gera-mos um fotolito pelo computador, áreas de cores adjacentespodem ficar tão milimetricamente justas que é impossívelimprimir o trabalho em uma gráfica sem que apareça umfilete branco entre elas. Isso ocorre porque, nas impressoras

industriais, o papel sofre tração, é impresso uma cor de ca-da vez e isto somado com a velocidade de impressão muitoalta, faz com que, durante o processo, ocorram pequenasdeformações ou deslocamentos no papel, causando umaleve imprecisão no encaixe das cores. Muitas vezes culpamos a gráfica pela “falta de registro”quando o problema está no fotolito gerado pelo bureau.Nos bons tempos do fotolito convencional, para compensareste problema, os fotoliteiros mudavam a exposição decada filme, fazendo com que uma cor avançasse sobre aoutra alguns décimos de milímetro. Assim se uma das coressaísse do lugar não apareceriam filetes brancos. A solução da editoração eletrônica foi incorporar a capa-cidade de sobrepor uma cor a outra dentro dos programasde editoração e ilustração. Alguns softwares, como oFreeHand e o QuarkXPress, por exemplo, possuem recur-sos que fazem o trap automaticamente, através de cálculosmatemáticos. Esses parâmetros podem ser ajustados, o queexige um certo nível de conhecimento sobre o assunto. Hátambém um método simples para se fazer um trap manual,quando o programa não o faz automaticamente. Bastacriar uma linha fina (hairline) que seja a soma das duascores entre as duas áreas.

OVERPRINT e KNOCKOUT Outro errocomum é o uso de sobreposição (overprint). Quando umtexto ou desenho com linhas finas de cor escura (normal-mente preto) era impresso sobre um fundo claro, os fotoli-teiros convencionais faziam com que o preto simplesmentefosse impresso sobre o fundo colorido, sem fazer nenhumareserva, garantindo a legibilidade. No DTP, é precisotomar cuidado para que não ocorram reservas desne-cessárias, isto é, o preto “furar” a cor de fundo. O lugaronde está o preto sai vazado nos outros fotolitos (ciano,magenta e amarelo). Se não nos prevenimos em relação aeste problema, os resultados podem ser “fantasmas” quetornam os textos ilegíveis ou os desenhos incompreensíveis. Alguns softwares fazem isso automaticamente, se não, osajustes devem ser feitos manualmente. Uma maneira écriar um preto que contenha a cor de fundo, ou seja, paraum fundo amarelo 80%, criar na palette de cores um pretoque seja preto 100% mais Amarelo 80%. O hábito de “cal-çar” o preto com outras cores (azul, principalmente) é

A

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MAC MANIA

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recomendado também quando você está imprimindo umapágina onde ele é predominante, porque resulta em umfundo preto muito mais brilhante e uniforme.

Tudo isso, para quem está começando a se aventurar naeditoração eletrônica, pode parecer muito complicado eesotérico. E é mesmo! Mas você não precisa se preocuparcom isto. Todos estes problemas são do conhecimento dosfabricantes de softwares e dos bureaus, por isso, você nãoprecisa se tornar um expert em fotolitos. Tentar fazer“experiências” com trap invariavelmente vai causar maisdor de cabeça do que deixar tudo no default e nas mãosdo bureau. O fundamental é que você sempre imprima naimpressora laser a separação de cores para conferir osresultados e observar se o overprint está overprintando e oknockout está knockoutando.É importante saber que estas técnicas existem para, nahora de um erro fatídico, poder identificá-lo na prova deimpressão e conversar com seu bureau sobre qual amelhor maneira de proceder para evitá-lo. Você podepedir ao bureau que passe a você os melhores parâmetrosde acordo com o equipamento que possui ou, melhorainda, deixar nas mãos dele a execução desse serviço,normalmente realizado com softwares mais específicos,como o TrapWise, da Aldus. ~

SPREAD OU SPREAD?Como a maioria dos softwares utilizados emDTP no Brasil são em língua inglesa, muita con-fusão ocorre com os termos usados em portu-guês e inglês. Por exemplo, trap é o encaixeque existe entre cores adjacentes no fotolito.Trapping, no entanto, não é o resultado de fil-mes com trap, e sim o resultado do encaixeresultante da tinta – não do filme – no papel(ex.: trappings maiores ocorrem em papéis maisabsorventes). E pra complicar mais, alguns soft-wares usam palavras diferentes para designar amesma ferramenta ou palavras iguais paradesignar efeitos diferentes. Se você for ajustar otrap do filme no FreeHand, deve selecionar umvalor no campo Spread antes de imprimir.Porém no QuarkXPress, se selecionamosSpread, quer dizer que queremos imprimirpáginas duplas. Na dúvida, consulte sempre omanual do seu programa. Eis outros termosusualmente encontrados.Knockout: é a impressão com reservas de cor,ou seja, a tinta sempre imprime no papel bran-co e não sobre tintas. É o oposto de overprint.Choke: técnica de criar trap quando a figuraavança sobre o fundo colorido.Spread: é criar um trap fazendo com que ofundo colorido avance sobre a figura.

25

MAC MANIA

As figuras 1 e 2 estão sem trap. As figuras 3 e 4 represen-tam exageradamente como funciona o trap (encaixe). Oespaço vazado no fundo deve ser menor que o tamanhodo objeto (figura 4).

O QUE É TRAP?Figura 1 Figura 3

Figura 2 Figura 4

As figuras 1 e 2 estão knockout, ou seja, sem overprint.As figuras 3 e 4 representam o overprint (sem reserva). Oknockout (reserva) pode gerar efeitos inconvenientes,como o surgimento de filetes em volta do objeto (figura 1).

O QUE É OVERPRINT?Figura 1 Figura 3

Figura 2 Figura 4

Page 21: MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MAC-CLONES …

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MAC MANIA

Abra o HyperCard. O Home stack aparecerá.Clique na seta para a esquerda do teclado, escolha Lastno menu Go ou dê Ω-4. O card Preferences, o últimocard do Home stack, aparecerá.

2. Escolha o user level 5 (Scripting).

3. Do menu File, escolha New Stack.

4. Dê um nome para o stack, “Coleção”, por exemplo.

5. No menu card size, escolha o tamanho standard 9.

amos criar um stack para catalogar coleções de discos ou CDs.Se você quiser catalogar outras coisas, após a criação do stack,

é fácil fazer mudanças, mudando apenas o nome dos campos.

MULTIMÍDIA

COMEÇOU PEQUENO ~

~ M

OO

VER, PETER’S PLAYER, SO

UN

D2M

OVIES – SPIELBERG

TAM

BÉM

(Vamos respeitar donos de gracinhas como o Classic).Deixe os outros boxes em branco.6. Clique New ou dê Return.Quando você cria um novo stack, automaticamente trêselementos são gerados: o stack, um background e o pri-meiro card.Cada card num stack é composto de duas camadas (lay-ers): a card layer e a background layer. Você vê elementosde ambas as camadas quando olha um card, como se ocard layer fosse uma camada transparente na frente dabackground layer. Cada camada contém seus própriosbotões, campos e gráficos.A camada do background é uma área para elementos emcomum. Cada card pertencente ao mesmo background temos mesmos botões, campos e gráficos na sua backgroundlayer. Se você colocar um botão no background, essebotão estará presente em todos os cards desse background– você não precisa recolocá-lo em cada card. O stack“Coleção” tem apenas um background, então todos oscards que você criar irão compartilhar esse background.

7. Escolha Background do menu Edit (ou Ω -B).Vão aparecer listinhas na barra de menu, indicando quevocê está trabalhando no background.Quando você está trabalhando no background, você nãopode ver nenhum dos elementos da card layer. Use o coman-do Ω-B para alternar a visão da card e da background layer.

MEU PRIMEIRO

1.

STACK

VSTACK

Rosa Freitag

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MAC MANIA

20. Embaixo do on mouseup já escrito, digite: go tostack "Home". Se a sua versão do HyperCard for anti-ga, digite:on mouseupgo to stack "Home"end mouseup21. Dê Enter.

22. Vamos ver se funciona. Dê Ω-B para voltar à cardlayer. As listas devem desaparecer, indicando que vocêestá na card layer.

23. Selecione a browse tool (mãozinha) e clique no Homebotão. O Home stack aparecerá. Benvindo!!

E DAÍ??Calma. Agora vamos criar campos para podermos catalo-gar toda a informação.Abra novamente o stack Coleção. Primeiro, vamos colocaros campos no background.

24. Ω-B. Listinhas na barra de menu.

25. Escolha a ferramenta de campo. A terceira à direira,no alto.

26. Pressione a tecla Ω, aperte o mouse e arraste paracriar um novo campo com a altura de uma linha e uns 8cm de comprimento.

27. Mova o campo, clicando no centro, até o alto.

28. Dê dois cliques no campo para ver a janela de Info.

29. Digite Estilo como field name.

30. Escolha o estilo rectangle.

31. Clique o botão Font.

32. Escolha a fonte e o tamanho. Quem sabe Times 14...

33. Dê OK.

34. Vamos criar mais três campos, para artista, título e notas.

FINALMENTEO PRIMEIRO SCRIPT!Sempre que você ver uma casinha num stack, basta clicarnele que você irá para o Home stack.Home é um ponto de referência necessário para a navega-ção entre vários stacks. Vamos então criar um botão Home:

8. Certifique-se de estar trabalhando no background (listi-nhas).Se não estiver, dê Ω-B. Escolha a ferramenta Button domenu Tools (a segunda do alto). Se quiser, destaque a pale-ta tools.

9. Com o cursor no card, segure a tecla Ω - o cursor trans-forma-se em uma cruzinha. Enquanto pressiona a tecla Ω,clique o mouse e arraste para criar um botão de mais oumenos 2 cm. Solte o mouse quando o botão estiver dotamanho desejado.A linha pontilhada demonstra que o botão está selecionado.

10. Mova o botão para o canto direito inferior (posicioneo cursor no centro do botão e arraste-o).

11. Clique duplamente o botão para acessar a janela deinformações, ou escolha Button Info do menu Objects.

12. Digite Home como Button Name.

13. Clique a Auto Hilite box.

14. Não clique na box Show Name. Ao invés do nome,vamos dar um ícone ao botão.

15. Clique Icon.

16. Escolha um dos ícones de casinha.

17. Clique OK.Agora vamos escrever o script para esse botão:

18. Certifique-se de que a ferramenta de botão está sele-cionada. Dê dois cliques no botão.

19. Clique no botão Script. O editor de scripts se abrirá.Vamos digitar um comando:

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MAC MANIA

DOS SEUS DOCUMENTOS ~

~ FILE BU

DD

Y – O M

ELHO

R AM

IGO

35. Com a ferramenta de campo selecionada, apertesimultaneamente as teclas Option e Shift, posicionando ocursor no centro do campo Estilo. Arraste para baixo.Assim você cria uma cópia exata de um campo ou botão.

36. Agora é só mudar o nome. Dê dois cliques no novocampo e dê-lhe o nome de Artista.

37. Use a mesma fórmula para criar os campos Título eNotas.

38. O campo Notas deve ser maior: clique num canto earraste até que ele fique um quadrado de 8x8cm. Dê doiscliques e mude o Style para Scrolling.

39. Pronto! Agora você já pode digitar texto nos campos.Dê Ω-B para voltar à card layer.Esse é o primeiro e único card no stack. Certifique-se deque não há listinhas na barra de menus.

40. Selecione a mãozinha. Clique no campo Estilo e digiteo tipo de música do primeiro álbum a ser classificado: for-rock, metal-baba, mangue beat etc. Não dê Return.

41. Aperte a tecla Tab. O ponto de inserção moverá parao próximo campo: o campo Artista. Digite o nome do artis-ta do jeito que você quiser que ele apareça numa lista alfa-bética. Ex.: Johann Sebastian Bach deve ser digitado Bach,Johann Sebastian.

42. Aperte a tecla Tab para abrir o campo Título. Digite onome do álbum.

43. Se quiser, aperte Tab de novo para abrir o campoNotas e digite os nomes das músicas, apertando Returnapós cada uma, ou qualquer outra informação sobre esseálbum.

MAIS CARDS NO STACK44. Escolha NewCard do menu Edit. Ou Ω-N.

45. Digite os dados sobre outro álbum nos campos dessenovo card.

46. Repita essa operação para adicionar quantos cardsquiser ao stack.

BOTÕES PARA NAVEGAÇÃOBotãos para Previous e Next

47. Ω-B para trabalhar no background. Listinhas nas bar-ras de menus.

48. Escolha a ferramenta de botão.

49. Segure a tecla Ω, arraste para criar dois novos botõestransparentes. Deixe-os do mesmo tamanho que o botãoHome.

50. Posicione os novos botões lado a lado, perto do botãoHome. Arraste-os clicando no centro.

51. Dê dois cliques no botão da direita. A janela de Infoaparecerá. Dê-lhe o nome de Next.

52. Clique Icon. Escolha um ícone que aponte para adireita. Pode ser uma seta ou dedo.

53. Clique OK.

54. Dê dois cliques no botão da esquerda. Dê-lhe o nomede Previous, escolha um ícone que aponte para a esquer-da, de preferência um par para o botão Next. Dê OK.

SCRIPTS55. Dê dois cliques no botão Next.

56. Clique o botão Script. Abre-se o editor de scripts.

57. Digite: go to next cardO script completo deve ser assim:on mouseup

go to next cardend mouseup58. Aperte Enter.

59. Dê dois cliques no botão Previous. Clique Script.Digite: go to previous card. O script completo:on mouseup

go to previous cardend mouseupAperte Enter.

60. Vamos testar. Ω-B para voltar à card layer.

61. Selecione a Browse Tool e clique o Botão Next.

Você irá para o próximo card no stack.

62. Clique o botão Previous.Você irá para o card anterior.

EFEITOS VISUAIS63. Selecione a ferramenta de botão e dê dois cliques nobotão Next.

64. Clique o botão Effect. Escolha scroll left. Aperte fast.Clique OK.

65. Repita a operação para o botão Previous, mas esco-lha o efeito scroll right.Teste os botões.

PARA PERCORRERRAPIDAMENTE OS CARDS66. Dê dois cliques no botão Next. Clique Script.

67. Selecione a palavra mouseup na primeira linha.Substitua por mouseStillDown.

68. Mude também a última linha do script, de mou-

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MAC MANIA

seup para mouseStillDown.

69. O script deve star assim:on mouseStillDownvisual effect scroll left fastgo to next cardend mouseStillDowTradução: enquanto o botão do mouse estiver pressionadoproduza um efeito visual e vá para o próximo card.

70. Dê Enter.

71. Vamos testar: clique o botão Next e solte rápido omouse.Você irá ao próximo card, como antes.Agora, clique novamente, apertando o mouse no botãopronlogadamente.Até você soltar o mouse, você vai passar por vários cards.

72. Repita a operação para o botão Previous.

NUMERAÇÃOVamos criar um campo que colocará automaticamente onúmero do card no stack.

73. Ω-B para trabalhar no background.

74. Selecione a ferramenta de field. Segure a tecla Ω paracriar um campo com a altura de um linha e comprimentode uns 3 cm. Mova o campo para qualquer espaço vaziono background.

75. Dê dois cliques no campo, dê-lhe o nome de Label,escolha o style rectangle. Dê OK.

76. Do menu Objects, escolha Stack Info.

77. Clique o botão Script. Digite:on opencardput "Disco" && the number of this card intobackground field "Label"end opencard(a segunda e a terceira linha devem ser digitadas comouma única linha, sem Return).

78. Aperte Enter.

79. Ω-B para voltar à card layer.

80. Testando. Selecione a browse tool e clique o botãoNext várias vezes, observe a palavra card e o número decada card...

CLASSIFICANDOVamos criar um botão para classificar alfabeticamente oscards, em três categorias: Estilo, Título ou Artista.

81. Ω-B para trabalhar no background.

82. Do menu Objects, escolha New Button.

83. Dê dois cliques, dê-lhe o nome Classificar e selecione AutoHilite. Certifique de que a opção Show Name está selecionada.84. Clique Script. Digite o seguite script:on mouseupanswer "Classificar como?" with "Estilo" or"Título" or "Artista"put it into sortReplysort by background field sortReplyend mouseup(a segunda e a terceira linha devem ser digitadas comouma única linha, sem Return).

85. Dê Enter.

86. Arraste o botão para o lado direito.

87. Testando: aperte Ω-B, voltando à card layer.Selecione a browse tool e clique o botão Classificar.

88. Clique Artista.O HyperCard reordenará os cards no stack alfabeticamen-te de acordo com o conteúdo do campo Artista.Teste o botão Classificar com as outras categorias...

COLOCANDODESENHOS E PICTSUse as Paint tools da paleta para desenhar em preto-e-branco em qualquer card. Com a ferramenta de texto,escreva no background os nomes dos campos. Você podeimportar PICTS, copiando (Ω-C) do Photoshop e colando(Ω-V) no HyperCard, mas o resultado será em preto-e-branco. Para colocar fotos coloridas, use o stack ColorTools que vem com o HyperCard 2.2. Quem tiver versõesantigas do HyperCard, pode usar o PictureXCMD que estáno stack Power Tools. Abra o stack e siga as instruções.

Aqui termina a primeira série de aulas de HyperCard daMACMANIA. Em breve voltaremos com novos projetos escripts mais avançados. Os interessados em tirar dúvidas esugerir idéias para incrementar stacks podem escrever pa-ra a redação da MACMANIA, coluna Multimídia. ~

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MAC MANIA

RESENHAS

O primeiro CD-ROM híbrido (rodaem MAC e PC) produzido no Brasiltrata justamente do lugar onde nasceunosso caro gigante adormecido: PortoSeguro, Bahia. O CD da Tecnoqualityé um roteiro animado para quem pre-tende visitar as antigas terras dosíndios Pataxós, pisadas por PedroÁlvares Cabral e seus marinheiros, etransformadas nos últimos 20 anosem refúgio dos estressados pela vidanas metrópoles. Além de multiplata-forma, a edição é bilíngüe com textose narração em português e inglês.Como todo guia turístico que se pre-

PORTO SEGUROTecnoqualityPreço: R$ 45,00Configuração: Mac colorido,System 7.0 ou posterior, CD-ROM de dupla velocidade, 8Mbde RAMIntuitividade: ¡¡¡™Interface: ¡¡¡™Diversão: ¡¡™Custo/Benefício: ¡¡¡™

ze, este também se concentraem fazer o lugar mais bonito doque é. Nesse aspecto, cumpreplenamente seu papel. As ima-gens mostradas ao longo dopasseio virtual são uma sequên-cia de cartões postais, que co-meçam já na terceira tela. Amaioria dos quadros do CD-ROM são acompanhados demúsica. Seis faixas (cinco, por-que uma traz narração sobre-posta) podem ser ouvidas tambémnum CD player de áudio.O que se descobre logo de saída éuma interface simpática e bem cui-dada. O menu principal dá acesso aseis submenus: praias, sítios históri-cos, cultura, serviços, lazer e umdedicado aos índios pataxós. Aquantidade de informações rendemais de uma hora de exploração.Nesse tempo, dá para conhecertanto as atrações principais do lugarcomo também ter dicas sobre pas-seios menos óbvios, como caminha-das ou visitas ao arquipélago deAbrolhos. Também se conhece osprojetos ecológicos e culturais sendodesenvolvidos na área de PortoSeguro, além de danças, música,comidas e até mesmo livros lançadospor escritores locais.

Chega de trabalhar, vamos todos pra Pitinga

O menu das praias apresenta um ma-pa da região. Escolhe-se a praia de-sejada e, a partir dela, pode-se visitaras seguintes clicando em uma rosa-dos-ventos. Algumas das praias,além das fotos, têm filminhos emQuickTime que servem para dar umaidéia do “clima” típico das mesmas.Vários desses filminhos também ser-vem de exemplo nas opções domenu de lazer, que faz uma amostradas diversões cujos endereços sãoencontrados no menu de serviços.Este último é bem extenso, incluindode lojas e restaurantes a farmácias ecaixa automáticos, com os telefonespara acesso local ou interurbano.Para quem quer se orientar, mapa éo que não falta no menu do sítio his-tórico. Há até um guia das ruas dacidade de Porto Seguro e animaçõesque explicam como chegar aos pon-tos principais da região.No passeio pela primeira edição dePorto Seguro, ainda dá para trope-çar em alguns problemas. Falta umaligação do mapa da cidade com osmuitos endereços relacionados emserviços.Outro problema é que não há opçãode impressão das listas de endereços– apenas textos sobre a história dodescobrimento podem ir para o pa-pel. Nota-se também que, se algunsassuntos foram bastante pesquisa-dos, faltaram aqui e ali dados sobreoutros. O carnaval, por exemplo, émuito elogiado em texto, mas temapenas três fotos como exemplo. Sãodetalhes que merecem revisão emuma próxima edição.

Marcos Smirkoff

Tecnoquality:Tel: (011) 573-3608/572-9285As maravilhas naturais de Porto Seguro são mostradas em toda a sua exuberância

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BENCHMARKCompare a velocidade da CPU do Performa 475 com a deoutros Macs:IIci 0.7Performa 475 (Quadra 605) 1.0Quadra 700 1.1LC 575 1.3Performa 630 1.3Power Mac 6100 (emulado) 1.2Power Mac 6100 (nativo) 6.28

INFO MACPerforma 475

FICHA TÉCNICAProcessador 68LC040Velocidade 25MHzMemória 4Mb de RAM (soldados na placa),

expandíveis até 36MbSlots de memória 1 SIMM de 72 pinosArmazenamento Disco interno de 160 ou 250Mbde dadosCapacidade Um slot LC PDSde expansãoSaídas Duas seriais, uma ADB, uma saída de

vídeo, uma SCSI, entrada (mono) e saí-da (estéreo) de som, microfone embutido

Monitor Suporta todos os monitores AppleSaídas de rede LocalTalk embutidaDimensões 7,4 x 31 x 38,9cmPeso 4 kg

PRÓS• É o Mac mais barato que existe• Tem upgrade para o PowerPC 601

CONTRAS• Tem apenas um slot de expansão• Não tem coprocessador matemático• Não tem espaço para CD-ROM interno

Foto

: Ric

ardo

Tel

es

O fusquinha dos MacintoshesDurante os últimos anos, a Apple lutou para apagar a imagem que o Macintosh conquistou nos anos 80, de ser umcomputador revolucionário com um preço pra lá de aristocrático. Primeiro vieram os Macs LC, mas que acabaramsendo descontinuados por serem muito anêmicos para competir com um 486. Esse objetivo foi conseguido com oQuadra 605 – que agora passa a ser vendido por aqui como Performa 475.É o Mac que apresenta a melhor relação custo/benefício para quem quer ter um computador em casa, fazer pequenostrabalhos de editoração ou informatizar uma pequena empresa. É uma máquina bastante rápida para o usuáriocomum – aquele que se dá por satisfeito com um processador de texto, uma planilha, um banco de dados e um montede joguinhos. A placa de upgrade para o PowerPC lhe dá uma sobrevida interessante, apesar de sua velocidade ficarabaixo da de um Power Mac 6100.As coisas complicam quando o usuário começa a sonhar mais alto, o que é comum entre os macmaníacos. Multimídia,Desktop Video, ilustração 3D, animação ou manipulação de imagens em alta resolução não são a praia do Performa475. Seus primos maiores, os Performas 630 e 575, seguram muito melhor o barco. E, em alguns casos, partir paraum Power Mac é inevitável.Mesmo assim, este modelo é o Mac para quem nunca teve um Mac. Se você depois quiser partir para vôos maiores,sempre vai arranjar um lugar para ele, seja com as crianças, com a mãe ou com a secretária.

Page 27: MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MAC-CLONES …

SIMPATIPS

SOMBRA E ÁGUA FRESCA Fazer títulos com sombrinha noQuarXPress é bico! Digite otexto, copie (Ω-C) e cole (Ω-V)uma linha abaixo. Depois,pinte a segunda linha e chamea janela Formats (Ω-Shift-F).Coloque 1 ponto como valor doLeft Indent e do Leading. Altere osvalores desses campos para obter sombras de volume variado.

CONTROL STRIP EM MAC DE MESAUma das novidades do System 7.5 é oControl Strip, um acessório para PowerBookscomposto de uma barra com ícones que per-mite várias funções, como ligar oAppleTalk e regular o som do Mac, semprecisar ir até o Control Panels. Se vocêinstala o sistema com o Easy Install, oControl Strip é instalado automaticamente,apesar de não funcionar em Macs de mesa. Há, porém, uma maneira de fazer o ControlStrip funcionar em Macs de mesa, com umapequena ajuda do ResEdit.1- Abra o Control Strip com o ResEdit.2- Abra com um duplo clique a Resource SDEV.3- Dentro dela, selecione a Resource com o

ID-4064 e aperte a tecla Delete.4- Salve as mudanças, instale o Control Strip

no Control Panels e restarte.Assim você terá acesso a três módulos do Con-trol Strip (Sound Volume, AppleTalk e File Sha-ring). Existem também módulos extras quepodem ser instalados, bastando colocá-losna pasta Control Strip Modules. Você en-contra vários deles no CD-ROM SHAREMANIA,que inclui também o Control Strip Patcher, quefaz toda essa maracutaia instantaneamente.

FILTROS COMPOUCA RAM Não há nada piorque trabalhar como Photoshop em

Macs com pou-ca RAM.Em casos deemergênc ia,quando um fil-tro não funcio-

na por fal ta dememória, separeos canais RGB(ou CMYK) e apli-que o fi l tro umcanal por vez.

IMAGENS SERRILHADAS Caixas de imagem com fundo

none no Quark podem estra-gar seus TIFFs na hora de

imprimir. Deixe sempreas caixas com fundobranco, para evitar ima-

gens serrilhadas. Para garantirresultados ainda mais fiéis, salveas imagens em EPS no Photoshop.

ATALHO PARA ALTA RESOLUÇÃO Ir até o Preferences para pedir que oPageMaker mostre as ima-gens em alta resolução acabacom a paciência de qualquerum. Há um atalho bem sim-ples para fazer isso. É sósegurar a tecla Commandenquanto o programa redesenha a tela.

COPIANDO DA MAÇÃAlém do Scrapbook, existemoutros itens do Apple Me-nu que podem ser copia-

dos e colados em outrosprogramas. Dois mui-

to úteis são o AlarmClock e a calculadora.Basta dar Copy (Ω-C)

e Paste (Ω-V) e vocênunca mais vai errar contase datas de cabeçalho. Alémdestes, você pode copiartambém informações doKeyCaps e do Note Pad.

Mande sua dica para a seção SIMPATIPS. Se ela for aprovada e publicada, você recebe uma camiseta exclusiva da MACMANIA.

HA DR I SPTEsta seção apresenta dicas que alte-ram o sistema operacional do Mace, consequentemente, podem danifi-car seus dados. Becape seus arqui-vos e utilize o ResEdit somente emcópias, nunca nos documentos ori-ginais. A dica abaixo não é supor-tada pela Apple.

Page 28: MAC-CLONES INVADEM SAN FRANCISCO MAC-CLONES …

Uma das coisas que eu descobri sobre o computa-

dor é que ele não é uma coisa nova. O computa-

dor, na verdade, foi inventado cerca de cinco mil

anos atrás pelos chineses. Os chineses foram pio-

neiros extremamente criativos em quase tudo. Eles

foram os primeiros a colocar cachorros no cardá-

pio, por exemplo.

O primeiro computador era chamado de “ábaco”,

que é uma antiga palavra grega. (Foi assim que a

Grécia antiga ficou com o crédito de inventar a

civilização. Quando algum povo inventava algo,

os gregos antigos vinham correndo em suas bigas

e davam um nome para ela.)

Nós não sabemos quem inventou o segundo compu-

tador. Se algum grupo étnico aí fora quiser o crédi-

to, por favor se pronuncie. Mas

cuidado com os gregos antigos.

Os computadores de hoje,

como o Power Mac, podem

fazer qualquer coisa, de

arruinar sua conta bancária

a derrubar um míssil nu-

clear em sua sala. Compu-

tadores nos poupam uma

enormidade de tempo.

Para fazer os cálculos

que um computador

faz em uma hora, 400

matemáticos teriam

que trabalhar 24 ho-

ras por dia durante

600 anos. Pode de-

morar muito mais

se você deixar

eles saírem para

ir ao banheiro.

Os Big Macs

(como o meu) são capazes até de conversar.

Tio Dave: Oi, como vai você?

Big Mac: Tudo bem, e você?

Tio Dave: Tudo bem. Você sabe jogar sinuca?

Big Mac: Não. Você sabe quanto é 7.347 dividido

por 52?Tio Dave: Não.

Big Mac (rindo triunfante): É 141,28846.

Tio Dave: Acho que eu vou sair pra jogar sinuca.

A verdade é que os computadores estão domi-

nando o mundo. De noite, eles conversam entre

si em código binário.

Primeiro computador: Aquele palhaço do Dave

ainda está tentando me ligar.

Segundo computador: Não precisa se preocu-

Um gato tem sete vidas e o Tio Dave está modesta-

mente tentando ter pelo menos duas. O último

Natal marcou o começo da minha segunda. No

21º aniversário dos meus cinquenta anos, eu

ganhei as ferramentas que me ajudarão a come-

çar uma nova existência: 1) uma Mountain Bike

vermelho brilhante feita pela Giant e 2) um Power

Mac bege fosco feito pela Apple.

Audaciosamente imaginei que um tonto como eu,

capaz de pedalar com segurança uma Giant ver-

melha pelo Ibirapuera, conseguiria navegar pelo

amigável Desktop em um Power Mac, certo?

Errado.Eu vinha sofrendo ataques fulminantes de informa-

tite, uma doença pouco conhecida que causa uma

vontade irresistí-

vel de rapidamen-

te se tornar parte

de uma estranha tri-

bo conhecida como

Nerds. No meu caso,

eu sonhava com uma

posição ainda mais al-

ta – eu planejava alcan-

çar o posto de Hacker.

Mesmo que os apóstolos

nunca tenham ouvido

falar de Steve Jobs, eles

sabiam das coisas quando

alertaram que a ambição

desmesurada leva ao fracas-

so. Para lhe dar uma idéia de

como estou longe de me tornar

um piloto de Desktop licencia-

do, Joãozinho, basta dizer que

eu escrevo esta confissão em

uma Canon Typestar II. Ainda

não consegui nem fazer meu Jumbo 7100 conver-

sar com minha LaserWriter.

Esta triste situação, é preciso dizer, não é culpa

das pessoas amigáveis que vararam madrugadas

programando algo chamado System 7.5. O pro-

blema parece ter muito mais a ver com outras

pessoas amigáveis chamadas Mamãe e Papai,

que programaram algo chamado System David

Drew Zingg.

Este último sistema aparentemente não é compatí-

vel com nosso amigo 7.5.

Nem tu-

do está perdido, no entanto. Rola na Internet um

papo de que alguns programadores estão traba-

lhando em um projeto com o nome código de

DDZ Exchange, que permitiria ao referido idiota

finalmente ligar seu equipamento.

Daí pra frente, tudo ficaria fácil para o descere-

brado Tio Dave. Os gênios por trás do DDZ Ex-

change têm um cronograma otimista para a

curva de aprendizado de DDZ com seu Power

Mac. Eles acreditam piamente que lá por 1996

eu já terei aprendido como ligar e desligar os

balõezinhos de Help. Depois disso, tudo ficará

cada vez mais fácil.

1999: Zingg aprende a usar os Stickies.

2001: No ano homônimo do filme de Stanley Ku-

brick, DDZ descobre o “Jigsaw Puzzle” e passa os

quatro anos seguintes tentando montá-lo, sem

sucesso.

2023: Em seu centésimo aniversário, uma fisica-

mente fraca, mas mentalmente determinada som-

bra do que um dia foi o Tio Dave descobre o

comando Shut Down e, finalmente, consegue des-

ligar seu Mac pela primeira vez em longos 28

anos e parte definitivamente para a Grande Sala

de Computadores do Céu.

Esta nova influência em minha vida (o grande e

mau PowerTreco) levou o Velho Nerd Dave a

refletir sobre o profundo significado desta coi-

sa conhecida como “o com-

putador”. par, ele nunca vai conseguir nos entender. Seu

videocassete continua piscando

as 12:00! ~

OMBUDSMAC

A PRIMEIRA NOITE DE UM HOMEM

DAVID DREW ZINGGi

38

MAC MANIA

Foto

: Ric

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Tel

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