36
5/10/2018 LivroPorQuePlanejarComoPlanejar-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 1/36

Livro Por Que Planejar Como Planejar

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 1/36

Page 2: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 2/36

Em continuidade a reflexao criti-

ca sobre a escola atual, apre-

sentada em outro livro ("E Agora

Escola" - Vozes, Petropolis),

neste, sob a mesma otiea, os Au-

tores abordam 0 planejamento

ascolar.

A ascola € I uma lnst ituicao queS8 aprimorou no discurso falado

a escrito a respeito das teorias

de planejamento e sobre 0 pro-

prio ato de planejar.

Nas ultimas duas decadas, por

raz6es ate histcricas, vem de-

senvolvendo uma camuflagem

institucional feita de planeja-

mentos, organogramas e fluxo-

gramas sofisticados, elaborados

a partir das melhores teorias pe-

dag6gicas, dentro dos melhorescrlterios cientfficos, destinados

unicamente a "mostrar service",

Na pratica, tais planejamentos

tem demonstrado pouca funcio-

nalidade, causa de uma radical

aversao da classe educadora.

Por que Planejar? Como Plane-

jar? parte de um pressuposto ba-

sica: qualquer planejamento

deve ordenar, dinamizar e, as-

sim, tacili tar a a9ao; nao dif icuJ-

ta-la, a ponto de comprornete-la,

Planejamento e um dado cultural

indispensavel, hoje. E como tal,

a def iciencia nao ssta nos plane-

jamentos educacionais em si,

mas ao que servem. Nesse sen-

tido, este livro e a revolucao da

simplicidade e da pratica com-

prometida com a realidade.

Em linguagem clara e direta, os

autores recuperam a sentido e 0

valor do planejamento educa-eional e dos planes de curso, de

disciplina e de conteudo, cons-

cientes da sua importancia na

vida escolar.

POR QUE PLANEJAR?

COMO PLANEJAR?

Curiiculo - Area - Aula

Page 3: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 3/36

Colecao ESCOLA EM DEBATE/2

- E Agora, Escola?

Maximiliano Menegota

- Po~~~e Planejar? Como Planejar?MaxunilulTlo Menegol.a e Ilza Martins Sant'Anna

- E Agora, Aluno?

Maximiliano Menegol.a

Maximiliano Menegolla

Ilza Martins Sant'Anna

PORQUE

PLANEJAR?

COMO PLANEJAR?

Curriculo - Area - Aula

I . b EDITORA

Y VOZES

Petropotis

2002

Page 4: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 4/36

Voce sabe 0 que realmente importa.

Mestrado S a O franciscoC ie n ci as F a rma cau ti ca s

E duca~ ao • P sico log ia

Reconhecido

p e la C A P ES

U N I V E R S I D A D E

S A O F R A NC IS C O

www.s aofr anc is co.e du.br

mestr ado@saof r andoco.edu.br A service d o s eu ta Ie n to (11) 4034.8355

© 1991, Eclitora Vozes Ltda.

Rua Fret Luis, 100

25689-900 Petr6polis, RJ

Internet: http://www.vozes.com.br

Brasil

Todos as dtrettos reservados. Nenhuma parte desta obra

podera ser reproduztda ou transm1tida por qualquer

forma e/ou quaisquer metes (eletronico ou mecantco, incluindo

fotocopta e gravacao) ou arqulvada em

qualquer sistema ou banco de dados sem permissao

escrtta da Editora.

ISBN85.326.0776-4

Este ltvro foi composto e tmpresso peJa Editora Vozes Ltda.

SUMARIO

l'ftRODU(!A_O.9

I'I\~TE I - FUNDAMENTAyAo TEoruCA E

1'.fATICA, 13

I. 0 uto de planejar. 15

II, I)ofinic;aode planejamento, 18

I, PI·O csso de prever necessidades. 18

I , I'ro esso de ractonallzacao dos meios e dos recursos

1111111.os e materials, 19

:1, ( processo de planejamento visa 0alcance de objett-

VOl! em prazos e etapas defmldas, 20

I.0 processo de planejamento requer conhecimento e

IV 11t::l<;aoientifica da situacao original, 21

UJ. 0 Planejamento educacional numa perspectiva

lmruann, 22

I. l'I:'Il1eJar 0processo educative, 24

~. Plftl'leJamento educacional. 28

lV. .A Escola e seu planejamento, 38

1, 0 planejarnento a nivel de escola, 40

V. OsProfessores e °planejamento. 43I, () I lanejarnento para 0 aluno e para 0 professor, 45

Page 5: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 5/36

VI. Niveis de planejamento educacional e de

ensino,48

VII. 0 curriculo escolar, 50

1. Fases para a planejamento curricular, 54

2. Relacao entre as elementos que constituem 0 plano

curricular, 57 .

VIII. PIanos de curso e pianos de disciplinas, 59

IX. Os alunos e °plan.ejamento da disciplina, 61X. 0 Plano de dlsci.plina, 64

1.A importancla do plano de disciplina para a

professor, 65

2. Caracteristtcas de urn plano de disciplina. 68

2.1. Objetividade e realtsmo, 68

2.2. Funcionalidade, 68

2.3 ...Simpl1cidade, 69

2.4. Flexibilidade, 70

2.5. Utilidade, 71

XI. Etapas para a etaboracao de urn planejarnento de

discipllna, 73

1. Sondagern: alunos, professores, escola e

eomunidade,75

2. Deflntcao des objetlvos, 77

2.1. Caracteristicas de uma boa defmicao dos

objetfvos, 78

2.2. Nivets dos ebjetivos de ensino, 1 3 1

2.3. Objetlvos operacionais, 84

3. Selecao des conteudos da disciplina, 86

3.1. Crtterto de stgntftcacao, 883.2. Criteria de adequacao as necessldades sociais e

culturais, 88

3.3. Criterio de Interesse, 88

3.4. Criterlo de Validade, 88

3.5. Crtterio de Utilldade, 89

3.6. Criterio de Possibilidade de reelaboracao, 89

3.7. Criteria de Flexibilldade, 89

4. Selecao des procedJmentos, 90

5. Selecao e organizacao dos recursos didaticos, 92

6. Processo de Avallacao, 93

It II~ U- INSTRUMENTALI7A<;Ao PARAA

I hO, 1,/

IIii urin a priitica: propostas referencialsull ..u16glcas, 99

II I I I I J I to, 105

I IlIuWknUva. 105

, I,lllwli'rlzac;ao. 105

I 1'1 llll'l.plos Fundamentals. 107

I' I . ' " tlplcas da elaboracao de urn Projeto, III

1 1111114'0 de Gantt. 113

I Ml'lodoJogia para uso do gnifieo, 114

J M, (lIdo do carninho critlco ou CPM, 115

1~1111'lJ-o~Sugestaoe Projeto, 117

I. ~IIIctro-Sugestao para Avaliacao de Projeto, 119

111O~"IITllzac;ao sequenctal de topicos para a cons-

j IU I II (le diferentes tipos de pIanos, 123I l'lltllo 'unlcular. 123

1 I 1\ Idvel de escola, 123

I " 11111J amento de curricu 10 por atividades, areas de

, II,H1011(' dlecl plmas, 125

I .1 '1 11 11 0 1 3 I r n estral , 126

I 1'1.1110 de Unidade, 127

I I I';II'IUmtos, 127

I ,. nll~~stoes de Roteiros para Plano de Untdade, 129

I l'liulO de aula, 130

IV J \V:fuNDICE, 133

V ( I ,QssAru°,151IIIIU,XOGRAFIA, 157

Page 6: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 6/36

INT.RODUQAo

1 ' 1 " 1 1 1 : 1 : 1 1 - ou nao planejar a ensino. Els a questao que

' 1 1 1 1 ' 1 , ' I, , " ( • a mesma his torta, sem que cotsa alguma

I I 1II11 dll (il l , Planeja-se, projeta -se, preve-se, reallzam-se

I 1 1 1 11 0 . . I, tomam-se declsoes, que flelmente sao regtstra-II , , I III II I H C habllrnente arqurvadas. mas tudo fica par

I 111111 tuno.

1\ 1'01h19 se repete ilia a dia, ana apas ano. Esta

I' II I I I 1 1 ' ( ' HInrnU ria que pervade a mente dos professores,

II I III' I'II,' 1 - 1 d tanto planejamento e de poucas rnudancas

1111 I II 11110 • ua escola. E a descrenca heretic a se difunde

I 1'1IIpnfl,n, de geracao a geracao.

I'.U' qu ~se constata este descredlto e descaso, que,

1 '1 1 ' V I" 1, ohega ao rldiculo pedagogtco, em se pensar a

Idll IH,'.lq utraves de urn profunda e reallsta planejamento

II , 111Iill,In? POI ' que as professores veem no plane] amen to

uru I IU:WI (I isnecessarta e, atemesmo, inutil ernplanejar?

1'111' 1 1 1 ' IlI'ul nn ceria repulsa, relutancla e reststencia em

I I,III I," 'r'

i ll.U,18 serlam as causas que provocam este fen6me-

1111' III11 .1,~'dilg6gicoem rejeitar a acao de planejar par parte

III " IlOllprofess ores? Uma das causas nao seria 0super-

III I ,J ('onllcclmento e 0poueo preparo que as professores

1"1 H II, '111 , 0bre 0 planejamen to e a sua validade den tiflca,

I".1 II' , ! l l (Jca c dldatica? Parece-nos que, de ceria forma,

9

Page 7: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 7/36

algumas vezes, a rejeicao ao ato de planejar reside no fato

de que ha]a uma carencla de objetivos elaros e bern

deflnidos sabre a Importancla de tal ato. Desse modo, os

professores passarn a perceber que os planejarnentos a

eles sollcltados nao passarn de exigenclas burocratrcas au

de defesas de certos modismos pedagogicos, Tal procedi-

mento, de acordo com a percepcao dos professores, redun-

darla no envaldecimento pedag6gico de certos setores da

escola. A rejelcao se da amda porque, muttas vezes, sao

exigidos dos professores planejamentos urn tanto soflstt-

cados, mas de pouca funcionalldade na sala de aula.

Sabemos que 0 ato de planejar deve estar destttuido de

sofisticac;:6es, e para tsso ele deve extgtr objetividade,

slmpllcidade, validade e funcionalldade,

o planejamento deve ser urn instrumento para 0

professor e para 0 aluno, diriamos que, prlncipalrnente,

para as alunos. Em segundo lugar vtsa, 0atendtrnento aos

objetivos da escola au dos seus setores pedag6gico-admi-

nistratlvos.

Ao defrontarmos com esta situac;:ao de pauca fun-

cionalidade dos planejarnentos que, de modo especial,

acontece com as escolas, na realidade essa situacao se

torna complexa, pois sempre acharnos que os professores

seriam, justamente os professores, os grandes conhece-

dores emplanejar e executar aquilo que fot planejado.

Por que e importante planejar 0 ensino? Sabemos

que 0 homem para poder vlver ou, ate mesmo, para

sobreviver se impoe a necessldade de pensar de forma

consciente e critlca 0 seu agir. Pensar 0 vtver

euma

extgencia existencial que provoca e obrlga, cons tan-

temente, 0 homem atual,

Sao a educacao e a ensino meios que se propoem

ajudar 0homem a enfrentar a sua prohlematlca exlsten-

cial para que tenha condicoes de aprender a vtvermelhor.

Sendo asslm, a educacao, 0ensino e toda a acao pedago-

gica devem ser pensadas e planejadas de modo que pos-

sam propiciar melhores condicoes de vida a pessoa.

Par Isso, 0homem deve pensar sabre 0seu passado

e 0 seu presente para pader definir a seu futuro, sendo

10

I!!lllld.HI ' Inquestlanavel cam a qual a hamemtem

I I I LiIIII)lnr para pader viver no presente e no fu~~ro,

I I IIIIIII! I (I\m;o, 0 homem sente a urgencia de se Sl uar

1111 ,Ivlrln: mas, para tsso, precis a pensar, repensar

I IIII Ilu II Uivida,

f\ I IIIIinC.tto,a escala e 0 ensino sao ~s grandes

III I I I1111' 01 10mem busca para poder realizar 0 seu

! I II' ! I II. vi i lu, Portan to, cabe a escola e aos professa~es,I IIIIII,1nl lcJar a sua ac;:aaeducativa para construlr a

II III III vlvcr.

11

Page 8: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 8/36

--z

Page 9: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 9/36

·0Ato de planejar

II ilil dt~planejar e urna preocupacao que envolve

I 1111'" I vel ~H;aoou qualquer empreendimento da

II •11111111 r com algo de forma 0 bJettvae clara e urna1111 IIIIIlilli' rcquer urn ate de planejar,

II Ilirlll!:lnr Ioi uma realidade que acompanhou a

IIIII'llI I 1IIII16dcada humanidade, 0 homem sempre

1,II' 'II Ilr'll NO11Ctmagtnou algo na sua vida. 0 homem

,1111111111,1111 •u modo e ha bilidade de pensar, imaginou

III' I 1"11I, I III nglr para veneer os 0bstacutos que se Inter-

III III 1111 I1J I 11110VIda diaria. Pensava as estrategias de

, II' I 11111 I, )I[ ncar, pescar, catar frutas, e de como deve-

I I II U II I 1111 Ii118 lnimlgos.

1 \1 di ll 1 1 ' 1 1 1 do homem e urn reflexo do seu pensar

III' [I 111( ' 11'111 c, passado e futuro, 0 hornern pensa sobrepI' Ii ,IlIJII' delxou de fazer: sabre 0 que esta fazendo

,I '1111 1 I 1 1 ' k u d c fazer. 0 hornern no uso da sua razao

1I1 j1 11 PI'W In eImagma 0 seu "que fazer", Isto e , as suasI·" I, lid, mesmo, as suas acoes cotidianas e mats

, 1 1 ,1 1 1 1 1 1Uld)l'fl. 0 a te de pensar nao delxa de ser urn

I Ii Id, 1 1 ' 1 1 1 1 1 0 de planejar,

(\ lIudH shnples das pessoas dtz: quero tsto au

" 1 1 1 1 1 1 1 , '1)lIH devo agir, que meios tenho para alcancar a

I I 11111, 1 1 1 1 < 1 1 0 melhor carninho a seguir, quem pade me

I P 1 1 1 1 1 , I [ 1 I 1 I 1 H lo devo f a z e r ?

15

Page 10: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 10/36

'I!

Toda a pessoa,ao se levantar, pensa no seu dia, no

que vai acontecer. 0seu dia e urn constante "devir",E este

constante "devtr" obrtga a pessoa a pensar, prever, imagi-

nal', sonhar e tomar, a todo 0momenta, decis6es; porern,

ela sempre quer tamar as rnelhores e mais acertadas

decis6es para a sua acao, para 0aleance dos seus objeti-

vas.

Apessoa que pensa sabre 0seu dla esta planejando

o seu dia. Esta e uma tarefa da pessoa, da simples e da

analfabeta, ou do letrado, do sablo, do clentista, do tecnt-

co, do especlaltsta; enflm, todos pensa'm e planejam 0 seu

dra. Pensar 0dra-a-dis e planejar a nossa acao para atingiros nossos desejos.

Algumas pessoas planejam de forma sofistieada e

altarnente cientiflca, abedecenda os mals rigidos prtnci-

pios teortcos, e ern nada se afastando dos esquemas

slstemlcos que orientam 0processo de planejar, executar

e avaliar. Outros, que nem sabern da exlstencla das teortassabre planejamento, fazem seus planejamentos, sem mui-

tos esquernas e domtnacces tecnicas: eontudo sao plane-

jamentos que podem ser agilizados de forma Simples, mas

com bons e 6timos resultados. Disto podemos deduztr que

ninguem consegue se Uvrar do ato de planejar: porem,

conseguem, isto sim, se evadirem do ato de executar, mas

nao do ato de planejar.

Portanto, justiflcar a necessidade deplanej ar parece

nao ser tao necessaria; pais, 0 homem hoje e sempre feze

faz planejamento das suas acoes. Sendo assim, tudo e

pensado e planejado na vida humana. A industria, 0

comercio. a agrtcultura, a politiea. as grupos socials, a

familia e os individuos fazem as seus planejamentos, par

escrito, mental ou oralmente, mas sempre esbocam 0 seu

modo de agir, Podern ser planejamentos altamente teem-

cos e sofistlcados como as de uma usina atomtca: 6timos

como as de uma pequena industria. razoavets como as de

urn time de futebol de varzea, simples como as de uma

atividade corriquelra: contudo sao planejarilentos.

Muitos estruturam pianos series, validos, uteis e

viavels: outros elaboram pianos sem validade, sem utili-

16

clade, isto e, planejam ate as inutllidades para ver se etas

conseguem se tornarem utets,

Como se pode ver, todos fazem seus planejamentos.

Tudo e pensado: vou fazer isto ou aquilo; faco isto desta011 daquela forma; posso fazer au nao posso fazer: posso

Ihzcr com isto au com aquila. Isto tudo aconteee porque a

p ssoa quer alcancar alguma colsa para ela ou para as

Oil tros.

Por Isso, planejar e urna exlgencla do ser hurnano:

t' urn ato de pensar sabre urn possivel e viavel fazer. E

orno 0 homem pensa a seu "que fazer", 0 planejamento

:-JC Justifiea pOl' si mesmo. A sua necessidade e a suapropria evtdenela e Justlfieativa.

17

Page 11: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 11/36

II.Deflnicao de Planejamento

"Eniende-se por planejamento tunprocesso deprevi-

sdo de necessidades e racwnalizQJ;ao de emprego

dos mews materials e dos recursos humanos dispo-

nfveis, a fun de alcancar objetivos concretos, empruzos determinados e em etapas definidas, a partir

do conhecimento e avaliat;do cieniiftca da sit~do

original"

(Martinez & Oliveira Lahone, 1977, p. 11).

Esta defmicao nao se caractertza por urn tlpo espe-

ciflco de planejamento; por exemplo, planejamento edu-

cacional, economtco au industrial, mas ela pode se referir

a todos os tipos de planejam ento, nos seus elementos

bastcos. Analisando a deflnicao, num sentldo amplo e

geral, podemos ver claramente as elementos fundamen-

tais que a constituem e que podem Iazer parte inerente dedefintcoes especiflcas de qualquer tlpo de planejamento.

Vejamos as Elementos basicos da deftnlcao:

1. PROCESSO DE PREVER NECESSIDADES

Par processo entendemos uma sucessao de etapas

que se desencadeiam numa sequencia logtca, obedeeendo

nonnas, metodos e tecnicas especificas para atlngir algu-

mas finalidades, metas au objetivos.

18

Prever necessldades ever e pensar sabre a que e111'Ccssarioser realizado numa sttuacao real e presente au

u previsao de futuras necessidades. E pensar sabre a

IWI'I-Ientee sobre 0 futuro, para sanar problemas extstentes

uu 'vitar que suIjam novas problemas.

Prover e perceber, cIaramente, a que e possivel fazerI'lim se poder resolver situacoes, a partir das lntencoes

kc'lricas, a fim de se chegar a urn agtr concreto.

Uma necesstdade, em geral, parte sempre de alga

1'011 reto e obJetlvo. A necessidade pode ser presente au

II d 1Ifa. Ela pode ser vista ou prevista.

o ato de planejar sempre parte das necessidadese

III'gcncias que surgem a partir de uma sondagem sabre a

J'c'rdidade. Esta sondagem da realldade e a primeira etapa

e l l ) processo do planejamento. E atraves do conhecimento

dl realldade que se pode estabelecer, com mats preclsao,

qunls as mais Importantes urgenctas e necessidades que

dl'vnm ser enfocadas, analisadas e estudadas durante a

IIIf) de plane] ar. Necessidades sao necessidades, par isso

dcwem ser enfrentadas com eabedoria e urgencia, Isto e,

d[' forma objetiva e reallsta, para se poder estabelecer

!IIInls as mais urgentes a serem atacadas,

2. PROCESSO DE RACIONALlZA<;A.O DOS MEIOS E

POS RECURSOS HUMANOS E MATERIAlS

Raclonallzar e urn processo dlscursfvo que se de-

IInlvolve a partir de proposicoes oucolocacoes evidentes

t' hem definidas, atraves das quais se pretende chegar a

novae sltuacoes. Ractonaltzar e saber usar, com sabedo-

dn, a razao para se poder efetlvar urna real prevtsao de

!odas as condlcoes e dos meios necessaries, a fimde poder

cxocutar. com eflcfencia, 0 plano. E saber tamar decisoes

sobre 0que se deve usar e sabre quem vat executar 0plano.

o ato de planejar requer habilldade para prever uma

uC;iioque se reallzara po stertormente, par isso se exige

lima acertada e raclonal prevtsao de todos os meios e

rccursos necessaries nas diferentes eta pas do planeja-

19

Page 12: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 12/36

mento, do seu desenvolvirnento e da sua efetlva execucao,

para alcancar os objetivos desejados,

A prevtsao e a tomada de dectsoes a respeito dos

recursos e metes possiveis e dlsponivels, que devem ser

relacionados, para uma acao posterior, e fundamental, a

fim de que possam se tomar fatores de ajuda na conquista

dos obJetlvos. Esta previsao e urn momento que envolve

uma analise profunda da realidade, das disponibilidades,

das possibilidades dos metes, dos recursos humanos e

materials.

A relacao e organlzacao dos melhores meios e recur-

sos requer urn estudo profundo, objetivo e realista. para

que estes seJam os mats adequados aos objetivos que se

pretende atmgir, atraves da sua adequada apllcacao e

utillzacao. Os melhores e mais eflcazes meios e recursos

sempre devem ser selecionados e organizados a partir dos

objetlvos do planejamento. Sao os objetlvos que devem

decidir sobre os recursos e metes.

3, 0 PROCESSO DE PLANEJAMENTO VISA 0

ALCANCE DE OBJETIVOS EM PRAZOS E ETAPAS

DEFINIDAS

Conhecida a realidade, surge a necessidade da de-

flntcao dos objetivos parase processar uma mudanca da

mesma.

Uma das etapas principals do processo de planeja-

menta e a deftnlcao e selecao dos melhores objetivos.

Porque sao os objetivos que vao dar toda a ortentacao e

direcao a dinamlca do processo de planejamento, como

tambem a sua execucao. Os objetivos constituem 0nucleo

e a dlnamtea do planejamento: sao eles que determinam

e orientam todas as dernais etapas do ato de planejar.

Os objetivos nao s6 expressam Intencoes c1aras e

bern definidas, como tarnbern estabelecem, em termos

bern determinados, as etapas e prazos a serem desenvol-

vidos. 0 ato de planejar requer que se pense sobre etapas

e prazos: Quando se deve tnictar a execucao; ate onde

podemos ir, quando podemos ou devemos terminar? Sao

20

IH'q'untas que os planejadores devem fazer e responder

1'(lII"tamente, durante 0processo de plane jar, para que

"I j possa delinear toda a dlrnensao e execucao do plano.

Os objetlvos para qualquer tipo de planejamento

II,v .rn ser expressos em tennos elaros, concretos e de

hiJ 1111\ que digam exatarnente 0 que se quer alcancar.

;1. 0 PROCESSO DE PLANEJAMENTO REQUER

l:ON"HECIMENTO E AVALIAc;AO CIENTiFICA DA

ITUAc;AO ORIGINAL

Dado que a obJetivo do planejamento e prever rnu-

,I Illen de uma situacao real, 0 proprio ato de planejar

,I"w se submeter a uma con stante avallacao durante todo

IIpro sso. A avallacao do processo de planejamento deve

['" n mats criteriosa e cientiftca, para se evitar falhas na

IIIH laboracao e estruturacao. 0 planejamento deve ser

, llllHtfmtemente avaliado e reavaliada, para se poder ob-

,crvnr a concordancla ou dtscordancla entre as seus, 1 1 ' 1 1 \ ntos constltutivos.

Concluindo, podemos dlzer que todo 0 planejamen-

I" "cquer:

,'ouhe Imento da realidade, das suas urgenclas, neces-

dtiuci 's e tendencias:

d"finh;ao de objetivos elaros e significativos;(Id 'rmlnac;;ao de meios e de recursos possiveis, vtavels

, II h poniveis:

" tnbelectmento de crttertos e de principios de avaliacao

JIll.. 0 processo de planejarnento e execucao;

I"~ j:rbelectmento de prazos e etapas para a sua execucao.

. lanejar, portanto, e pensar sobre aquilo que exfste,

!(lhr' 0 que se quer alcancar, com que rneio se pretende

IgII' . como avaliar a que se pretende atingir.

21

Page 13: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 13/36

III. 0 Planejamento

educacional numa

perspectiva humana

"Nao basta que exista educacao para que wn pauo

tenha seu destine garantido. Itpreciso detenninar 0

teor educacional para que se saiba em que direcao

esrd caminhando ou deixando de caminhar uma

nru;ao" (Arduini, 1975, p. 117).

A educacao, como processo de reconstrucao do

homem em todas as suas dlrnensoes, pessoais, socials,

culturais e hlstortcas, reallza-se no mundo dos homens,

promovendo uma acao de desequi.librio perante a reallda-

de da natureza do homem, pots 0 homem, agindo ou

lnterferindo no processo evolutivo da natureza, e capaz deprovocar a ruptura necessaria para mudar a propria

dtrecao dos fen6menos deterministicos.

o homern esta situado em urn mundo cujas leis e

principios parecem Imutavels como se fossem sua propria

destmacao. Porem ele nao e urn ser destinado a ter urn

viver determinado pelas forcas que a clrcundam, Pais a

seu destine nao e urn destino pronto ou acabado, mas urnbuscar continuo de uma determinacao quejamais podera

estabelecer-se como definitivo. 0 definitivo conduztrta 0

homem para a imposslbilldade e para a estaticidade,

22

i

,.

"

;1

1111Irarlando a sua natureza dinamica e a sua possibi-

IIdlldc de fazer e refazer 0 seu mundo,

o vtver do homem, 0seu modo de ser e existir lheIII) nut6nornos; nao dependem, portanto, da pura deter-

III IILI1Gaoda natureza, na qual esta lnserido. Pertencer aIII1.!III·Cza nao signtflca que 0homem nao possa detenninarII r1('11modo de ser na natureza. 0 poder pensar 0 seu modo

IIf nglr na natureza con.figura ao hornem 0 poder de

I~olhcr 0 seu modo particular de ser. Urn aspecto inalie-

1).1 vel do homem, na natureza, e a su a capacidade de fazer

II nlln escolha, de pensar 0 seu pensar, de querer a seu

III H'n.:r, de sentir-se como alguern capaz de ser junto com

II IIf' tureza; capaz de se libertar das opressoes da natureza.

o destino doviver faz parte da propria natureza, istoI, vle e detenninadoe dado pela natureza, Porem, 0

c If'/ 1 1 1 1 0 de como viver nao e determmacao exclusrva da

II'C.!I I.reza , mas, essenctalmente, do hornem.

Partindo da Ideia de que a educacao nao basta para!III!' nohomem urn des tina garantido, devernos entende-Ia

1'111U0 urn processo que nao consegue ao homem tudo de

11"1' .le necesstta. Deve ser entendlda e desenvolvida a

p II Ill' de uma visao total de homem e de mundo, no qual

III' t'~I'a inserldo como urn ser que tern uma trajetorta a

VI'l It' '1'. Mas, para que tenhamos esta visao total, neces-

,II 10 se faz entender 0 homemem todas as suas dlmen-

" I'~ pessoals, para ajuda-lo a escolher os seus melhores

I ' 1 11 .1IIhos, ou 0 seu melhor destlno, 0 des tino deve e pode

11'1' fj nnpre uma opcao livre e consclente de uma pessoa

1'1111 sclcn te e livre.Para que 0 homem possa escolher e fazer as sua

II J )(,'5S, e necessaria que seja estabelecido 0 objetivo edu-

"I!Clonal, Isto e, 0 teor da educacao, a fim de que 0 homem

plfllHU fazer suas opcoes e estabelecer a sua trajetorla:

(lndc..:llclo, enfim, ser ele proprio, desenvolvendo-se como

111.111 t totalldade ex.istencial.

AJudar 0homem para que elemesmo escolha e erie

n 1 1 ' 1 , , 1 proprio modo de viver nao e, slmplesmente, querer

IIII1 (lA-loatraves de urn processo que parta de uma atrtudepnnmlente assistematica , sem bases cientificas, que se

23

Page 14: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 14/36

fundarnente somente no born sen so e no idealismo anti-

cientifico. Oeste modo, desencorajarnos toda a metodolo-

gia cientifica que nos possa ajudar a melhor educar 0

homem e a favorecer 0 processo educativo, a fun de que

seus fins possam ser alcancados, A educacao deve esta-

belecer as dlrecces, tracar caminhos, Indlcar metas, fins

e objetivos. Para isso e necessario que 0 processo da

educacao faca uma prevlsao, isto e, que se estrutureatraves de atitudes cientiflcas. A primeira dessas atitudes

e a previsao e 0planejamento de todo 0processo educa-

donal. A partir dlsso, deduzimos que 0 planejamento e 0

instrumento baslco de todo 0processo educative, que nos

pode indicar as direcoes a seguir. Contudo, este planeja-

mento deve partir da realidade radical. que e 0 homem e

o seu viver.

1. PLANEJAR 0 PROCESSO EDUCATIVO

It necessario urn planejamento que dirnensione 0processo educativo e reconstrutivo do hornern, que vise

planejar a acao educativa para que 0 homem viva 0

presente, e, ao mesmo tempo, se projete para 0 futuro, que

esta cada vez mais proximo. Ainda e necessario planejar

o processo educativo para que 0homem, submergido na

problernatica existenclal, se lance na vida em busca do seu

vrver, para que encontre um sentido de vida e solucao para

seus problemas. 0 homem atraves da acao educativa visa

superar os obstaculos da propria existencla, de modo

consciente e compromissado com a agir e 0 vlver. Tal

planejamento pode possibilitar ao homem que ele propriopossa determinar as seus destinos vivenciais. Portanto, e

necessarlo planejar 0 processo educativo para que 0 ho-

mem nao se limite, mas se llberte, numa perspectiva

dlnamlca de ser para a vida. Oeste modo, planejar nao

slgniflca determlnar os limites do homem circundando-o

num viver estabelecido. Trata-se, antes, de planejar para

que a homem possa, com coragem, encamtnhar-se para 0

desconhectdo, com lucidez e autonomia, como urna pes-

soa liberia que e capaz de escolher os seus caminhos.

Oevernos planejar nao para fonnar urn tipo exclusrvo de

24

J 1'1111 m, ao contrario, para que 0 homem possa determinar

I' II S escolhas, a partir dos seus dtreltos e das suas

II!. Ibllldades.

Planejar urn tipo de homem, atraves da educacao,

I'd" robotizar 0 proprio homem, sem posslbtlttar-lhe as

I !I'lIlhas, pois uma educacao inteiramente dlrlgida, corn

. 1 1 1 1 1 rlldade de tambem dirigir e manipular 0homem, nao

J i l t , possibilitando sua autodetermlnacao, nao e verdadei-II ,'dllcac,;ao. Esta educacao planejada de modo rigldo e

III IIr-xlvel podera crtar tipos de pessoas totalmente desen-

I ,,'Ida da realidade. Resultando, entao, em instrumentos

1IIII11v is, manlpulavels pela socieclade tecnocrata, seres

1III'Wl los e massiflcados, com poucas oportunldades de

lilwlln<;:ao.

A ducacao tambem nao cleveter 0 objetlvo de dirigtr

, 'Iircndlzagem a exclusividade de certos assuntos deter-

1 1 1 1 nurlos, propostos par sistemas politicos ou par certas

IIIt'lilo lias. Tal educacao impedirla 0 educando de tomar

III I dcctsoes e fazer suas opcoes pessoais. Oai par que

II II~ necessaria planejar a educacao para que ela nao

1t11lC(11 'Ie os processos de crescimento e a evolucao do

11I)l1I(·I1t.

Planejar a process a educativo e planejar 0 Indeftnl-

do. [ orque a educacao nao e urn processo, cujos resulta-

II111 podern ser totalmente pre-deflnldos, determinados au

[II' escolhldos, como se fossem produtos decorrentes de

IllIIn I < H : ; a o puramente rnecanica e Impensavel, Devernos,

j1nin, planejar a acao educativa para 0 homem, nao lhe

huporido dlretrizes que 0alheiem. Permttmdo, com isso,!jll(' a educacao ajude 0 homem a ser crtador de sua

J II I I 6rl.a.

planejarnento educativo nao slgnlflca estabelecer

10 tid nltlvo, atraves da determlnacao de finalidades edu-

I' I!lV" ,as quais, par sua natureza, absolutlzam os valores

ijlll' 0 homem deve aceitar, sem possibilitar-Ihe a propria

I' I,'ulha e a crlacao de novos valores.

:l!',rlludo Edgar Faure:

"todo 0 fato educativo se situa num processo que

tende a urn fim. Estes fins obedecern a finalldades

25

".., T

Page 15: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 15/36

gerais. E estas finalidades sao essendalmente dlta- fdas pela soctedade (...).Mas sao tambem 0 produto

das vontades e das eseolhas subjetivas dos particl-

pantes no ato educativo como dos fins comuns para

que atende a coletividade. Marcar uma finalidade 1na educacao nao e investi-la nesta ou naquela

funcao, mas e mostrar que as funcoes que lhe sao

pr6prias devem exercer finalidades que as trans- ,1

cendam" (Faure, 1974, p. 227).

o planejarnento educative, embora parta de uma

realidade e se]a dlrigido pelas normas e necessidades da

sociedade, nao pode estabelecer principios mlstiflcadores

ou dominadores.

A grande flnalidade da educacao nao estabelece 0

definitivo para urn planejamento educatlvo. Ela orienta 0

processo em busca de novas cammhos para novas solu-

Goes. Par isso, ela nao e deflnltlva,

Para Pierre Furter:"a finalidade nao conslste em aprender metas pos-

tuladas. nem repetir generalidades sem conteudo,

mas a se engajar num autentico "exodo para frente",

num constante aperfetcoamento da realidade, num

esforco nunea acabado, sempre Intense. Afinallda-

de, mats do que uma seta dlrigida para 0 futuro, e

uma frente que orienta nossa acao e que esta sem-

pre se deslocando para a perfelcao" (Furter, 1972,

p. II7).

Esta finalidade nao pode ser estabelecida como se

fosse algo ja pronto ou aeabado para as mais diversasrealidades ctrcunstanclals. Se assim procedesse, nao per-

mltiria ao Indrviduo "cammhar para a frente", assumir a

sua mdependencla e se compromissar com a realidade de

manelra consciente.

Planejar uma educacao que configure a pessoa

dentro das estruturas socials, que oprima a pessoa pelas

dtrecoes definitivas e acabadas, e barrar a libertacao da

pessoa. E fazer da educacao urn instrumento de confer-

mismo de massas. E impedir ° comprometimento e 0

desenvolvimento integral ciapessoa hurnana. E dar espac:;:o

26

I

, 1 1 , 1 11 I'erenca e a Inercia, distanclando- se da problematicaIII 1 1 1 U ucm, tornando-o urn verdadelro alienado, tncapaztil ,I t;umlr uma atitude critica diante da problernatica

I 01 1111, I con6mica, politica e religiosa.

I)nrundo da ldela de que a educacao e urn processoIjlll ,Il've llbertar, conscientizar e compromissar a pessoa

1I11.uh· do seu mundo, ajudando a pessoa do educando a

III IIJd10 da sua acao educativa, nao podemos, atraves.1 1 ,1111 PIanejamento educaclonal, fazer com que os sis t~~III II. ,·tllI ·acionais mantenham as estruturas tradlclonrus

I I II 1 11 11 11 'xc1usiva dlrecao, impecUndo a pessoa de desen-

" 1 1 1 . \ 1 1 . ' ua orlgtnalldade e sua responsabilidade individual

f 111'1111. A partir disso, 0 planejamento da educacao deve

11 I({' tal mane ira que nao venha a restrtngir todo 0

1 11 1 ( . 1.11 'In1da peasoa, impedindo que ela se au t?determine,

1IIIIlltlBI·Ja eseolher os seus valores, seus ca~llnhas, esta-

III 1.1CI'I' SU as dlrecoes e tomar as suas dec1soes.

o planejamento educacional nao pode estar Ilrntta-

.1 1 1 I I , II lima vtsao individualista, que procure conformar aI I·11111110,110 a urn sistema de restrttas vlsoes, sem que as

"t III IIoccssldades baslcas sejam satisfeitas,

Partindo destes principtos, e preciso planejar umaIdlh'ltc,;r'io que, pelo seu processo dlnamico, possa s:r

II1l.iorn C Hbertadora do homem. Plane]ar uma educacao

I I ' ' ' ' 11110 limite, mas que l1berte, que conscientize e com-

II II)Ida 0homem diante do seu mundo. Este e 0tear queIIIIh'v . msertr em qualquer planejarnento educaclonal.

A educacao deve atender ao objetivo mals stgnlfl-

.,.!llvn (10 homem, que e 0 de alcancar e conquistar a sua

J I I''Ii[e. o. Por isso, aeducacao deve, necessariamen te,

IIII(." ti.ma visao antropologlca, para que possa at~nderII 111111r ender 0 homem na sua totalldade de ser extsten-

I(.d. Dcsie modo, todo 0 planejamento educaelonal deve

U'I' orlcntado par urnaprofunda filosofia da educacao.

POI' que a filosofia como ortentadora do~Ianejamen-

I..,'1'{)J"qlLe e a fllosofla que determlna urn que f:;tzere urn

.'11110 Inzer dlante da realidadeexlstenc1al. E ela urn

Ih IIn'alo Inexoravel da verdade e dos valores 6nticos que

H"IHu 0 vtver do homem ajudam-no a ultrapassar os

27

Page 16: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 16/36

problemas que se interpoem dlante do seu fazer. Afllosofla

e a orientadora do "que fazer" humano. E a verdadeiraimpulsora da acao educatlva numa dlrecao antropologica.

Concluindo, podemos dizer que 0 planejamento

educacional deve ter como ponto de partida 0 homem

como realidade prtrnetra e fundamental e a sociedade

constituida de homens, earacterizada por toda uma pro-

blematica social. 0 planejamento deve refletir sobre os

principios educactonals que sao capazes de orientar 0

homem, sendo este entendldo como ser que eonstitui e da

sentido ao unlverso. Deve refletlr sobre que tipo de edu-

cacao e necessaria para a tntegracao e desenvolvimento

do homem e da sociedade. Uma soctedade que se ajuste

as necessidades dos seres hurnanos, respeltando e defen-

dendo os direitos dos homens. Urn planejamento que se

preocupe em devolver aos individuos a revitalizacao pes-

soal, os dlreltos, as responsabilldades e 0 comprometl-

mento para constgo e com os outros. Urn planejamentoque tente desenvolver nas pessoas 0 senti do da vida, 0

desejo de quer viver e de permltlr viver. Que devolva a

liberdade e 0 espirito critlco, a consclencla de vtver e 0

auto-respeito. Urn planejamento que tenha, como ponto

de apoio, 0 homem e 0 seu vrver, os valores e as necesst-

dades humanas, os problemas eo desejo de veneer. enflrn,

o homem como urn ser que vive a sua vida.

2. PLANEJAMENTO EDUCACIONAL

oque nao e, e 0 que e planejamento educacional.

Segundo a UNESCO (1968), seria melhor comecar

por dizer 0que nao e planejamento educacional. Nao euma panacela miraculosa para a educacao e para 0 enst-

no, que sofremmuitos males; nao e uma formula magicapara todos os problemas; nao e, tambem, uma conspira-

cao para suprimir as liberdades dos professores, admmls-

tradores e estudantes, nem urn meio para grupos

decidlrem sobre objetivos e prioridades da educacao e do

ensino.

o planejamento nao e urn oraculo inspirador de

todas as solucoes para os problemas que se referem a

28

idll(' lC;iioe ao ensino. Nao e urn ditador de normas e deI lqw'lllas rigidos e inflexiveis, que podem e devem ser

11I,1I(,IHloniversalmente emtodas as situacoes e lugares.

I III q 11m deltmltador de Idelas, desejos e aspiracoes das

UlIIII1 dtversas tendencias socials. politicas, econ6micas e

II rrl~losas.0 planejamento nao e urn ditadar, mas e alga11111111 cnte democratico e desencadeador de Invocacces:

pli I so, e urn processo que evolul, que avanca e nao

III I Iuunece estatlco.

Aeducacao, como proeesso de transformacao e de

II I Itdd<;;oamentoda cultura e do viver humano, par ext-

" I 1lI'1!! d sua propria essencla, e uma vtsao que se projetaIi. IIId momenta presente. Senda que a educacao nao se

!llIdlo . nao tern por objetivo apenas conhecer e analisar

II lll"~ I .ute. ou querer conservar 0 "status quo" da cultura

I •n nber, ela tende a pensar 0 futuro, a buscar novos

1 1 1 1 1 lzoutes e novas perspectivas para 0homem.

Aeducacao nao pode se limitar a enfatizar 0passadoII 1I I • . 1 1)' 'sente, como eles se manlfeetam, mas deve ser urn

11I11I't'I-lHO que se antecipe, que se projete para alem do

I', «toe do presente, para que 0homem saiba enfrentar

I IlIulnC;oesradicais que se processam. 0 hornem deve

11(111'11(1 T a viver e a planejar 0 seu futuro. porque 0

1'1 lid Ja passou e 0 presente e tao radicalmente rapido'1111 LL~ O rnais parece existir.

o futuro parece nao ser tao incerto como se pensa,1 ' 1 , ' podc ser visto, sentido e pensado no presente; mas

1 ' 1 1 1 - \ 1 ' que as pessoas aprendam a ve-lo como futuro. a

II 1 1 1 1 · 1 0 e a percebe-lo como futuro que, inevitavelmente,

II lorna presente. 0 futuro e urn prolongamento do pre-IIIII: •deste faz parte.

Todo 0ser humano pensa no futuro, quer saber do

I'll tuturo e a partir desta ansiedade pelo futuro faz seus

IiI II LOH.Ele pens a no que vai fazer e no que pretende fazer.

IIi II":In 0 seu agtr, a sua vida, 0 seu trabalho, as suas

• 1'1 iuouuas: enflm, tudo aqullo que possa interferir na sua

villI! ,

A educacao, como sendo uma atividade erninente-

1!lI'III' humana, e pela qual 0 homem se preocupa de

29

Page 17: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 17/36

maneira especial, deve ser planejada cientificamente para

dar-lhe urna direcao que venha atender as urgencias

humanas.

Sendo a pessoa 0fun ultimo da educacao, necessa-

ria se faz refletir, profundamente, sobre a essencla da

educacao e sobre 0pr6pr:loprocesso da educacao, que tern

como meta final a formacao integral do hornem.

A educacao nolo pode ser desenvolvida sem uma

meta, sem urn caminho que a direcione para 0 seu flm

essencial, ou seja, 0homem como uma realidade embusca

de reallzacao. E, como podera ajudar 0homem, na busca

da sua reahzacao, se este processo nao for estruturado

profundamente, em bases s6lidas?

Aose afirmar que a eoucacao e essencial ao hornem,nao se pode pensar num processo educacional como

sendo uma serte de acoes que pretendam atingtr urn fim;

ou uma quantidade de normas Instltuclonais que nao

partam da realidade existente; ou, mesmo, nurn processoque surja do simples born senso ou de ideais slmphstas.

"Dada a complexidade atuaI dos problemas educa-

cionais, nolo se pode conceber 0 processo educa-

clonal como uma sene de atividades e normas

desconexas, mas como resultado de urn verdadeiro

planejamento, contlnuamente renovado, composto

dos seguintes elementos:

- reconhecimento das urgenclas na educacao:

- elaboracao das metas educaclonals, flxando as

prioridades:

- senso e ordenacao dos recursos humanos dispo-niveis;

- senso dos instrumentos e meios instltucionals,

financeiros e outros;

- elaboracao das etapas do planejamento" (Conclu-

soes de Medellin, 1968, p. 78).

Aeducacao, como processo, jamais pode ser desen-

volvida isoladamente, quer dlzer, fora do contexto naclo-

nal, regional e cornunltarto da escola, na qual 0 hornern

esta Inserldo, como agente e paclente das suas clrcuns-

tancias exlstencials. Por isso, todo 0 processo educacional

30

II C I I 'I" urn planejamento em termos nacionals, estaduais,

IIgIWIQ..iS, comunltartos. e requer tambem urn planeja-

1111 uto a nivel de escola e urn outro especifico de ensino,

II lullvo as diferentes disciplinas e conteudos.

o planejamento, em relacao aos divers os nivels,

II!Vf' !,j.r 0 instrumento direcional de todo 0 processo

, I

IIH1lClonal, pois

eletern

condicoesde estabelecer e de-

Ii •ruluar as grandes urgencias, de indicar as prioridades

lUI llt'ns e de ordenar e determinar todos os recursos e

liB iOH necessartos para a consecucao das metas da edu-

I11( ,, '110.

o planejamento educacional torna-se necessarto,

I I 11110 illvista as finalidades da educacao: mesmo porque,

t II IIIHtrumento basico para que todo 0processo educa-

,11111" desenvolva a sua acao, num todo uniflcado, Inte-

I I . 1 11 1( 10 todos os recursos e direcionando toda a acao

•dll.' rtlva, It 0 planejamento educacional que estabelece

" llunlldades da educacao, a partir de uma filosofla deIIII)J (!. educacionals. Somente com a elaboracao do pia-

," II IJ II nto se pode estabelecer 0que se deve realizar para

Ijll. I;Haasfinalidades possam ser atlngidas. ever como

I'lOdt'll1oSpor em acao todos os recursos e metes para

d Ill/(ir os objetlvos a que se propoe a educacao. Par isso

1111 (. J nborados PIanos Nacionais e Estaduais, como tarn-

I II III os PIanos Regionais de educacao, Esse procedimento

III V I r seguido pelas escolas na elaboracao dos seus

pi II lOS currtculares e de enslno.

[ortanto, partindo desses principios, 0planejamen-

III,(I.,caclonal deve ser entendido evlsto como urn instru-IIlIIl!O ducaclonal a nivel nacional, estadual, regional ou,

IIII' IUO, a nivel escolar.

planejamento educacional nao pode ser confun-

dldll ou Interpretado como se fosse uma plantflcacao das

ultvldndes de ens ina ou das atividades dldatlcas de uma

I ,·clln. Pais a planlficacao de atividades escolares, no dizer

II. ()lIvnldoFerreira deMelo (1969). sao tecnicas de traba-

11(11 usadas pela escola e pelos professores , noloconstt-

1111u(10,proprlamente, 0 planejamento educacional. Dessa

101LIII'. os pianos elaborados pela escola e pelos professo-

31

Page 18: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 18/36

maneira especial, deve ser plane] ada cientificamente para

dar-lhe uma dlrecao que venha atender as urgenclas

hurnanas.

Sendo a pessoa 0 fun ultimo da educacao, necessa-

rio se faz refletir, profundarnente, sobre a essencla da

educacao e sabre 0propria processo da educacao, que tern

como meta final a formacao integral do homem.

A educacao nao pode ser desenvolvida sem uma

meta, sem urn caminho que a direcione para a seu fun

essencial, ou seja, 0homem como uma realidade embusca

de realizacao. E, como podera ajudar a homem, na busca

da sua realizacao, se este processo nao for estruturado

profundamente, em bases solldas?

Aose afinnar que a ed ucacao e essenclal ao homem,nao se pode pensar num processo educaclonal como

sendo uma serle de acoes que pretendam atingir urn Om;

ou uma quantidade de normas Instttuclonais que nao

partam da realidade existente; ou, rnesmo, num processo

que surja do Simples born senso ou de Ideals simplistas.

"Dada a cornplextdade atual dos problemas educa-

clonats, nao se pode conceber 0 processo educa-

donal como uma serte de atividades e normas

desconexas, mas como resultado de urn verdadeiro

planejamento, continuamente renovado, composto

dos segulntes elementos:

- reconheclrnento das urgenolas na educacao:

- elaboracao das metas educacionaJs, flxando as

pnortdades:

- senso e ordenacao dos recursos humanos dispo-nivets:

- senso dos Instrumentos e meres Instituclonals,

flnancelros e outros;

- elaboracao das etapas do planejamento" (Conclu-

soes de Medellin, 1968, p. 78).

Aeducacao, como proceaso, jarnais pode ser desen-

volvida isoladamente, quer dlzer, fora do contexto naclo-

nal, regional e comunltarlo da escola, na qual 0 homem

esta inserido, como agente e paclente das suas clrcuns-

tanclas existenciais. Por Isso, todo 0 processo educacional

30

I'< l 'luer urn planejamentoem termos naclonais, estaduals,I('l1,lonais. comunttarios, e requer tambem urn planeja-

mcnto a nivel de escola e urn outro especifteo de ensino,

Ir-Intrvo as diferentes disclpllnas e conteudos,

o planejamento. em relacao aos diversos niveis,

!h've ser a instrumento direcional de todo 0 processo

j'c!ucacJonal, pols ele temcondlcoes de estabelecer e de-

[crrnlmar as grandee urgencias, de indicar as priorldadesh;'lsicas e de ordenar e determlnar todos os recursos e

ruclos necessartos para a consecucao das metas da edu-

III~~ii"o.

o planejamento educacional torna-se necessario,

1I'IIdoem vista as flnalidades da educacao: mesmo parque,

t o Instrumento basico para que todo 0 processo educa-

I'Junal desenvolva a sua acao, num todo unificado, inte-

gt'undo todos as recursos e direcionando toda a acao

r-rlucatlva. E a planejamento educaclonal que estabelece

!Hi flnalldades da educacao, a partir de uma fllosofla de

v dares educaclonais. Somente corn a elaboracao do pla-IIJjfl.ffientose pode estabelecer a que se deve realtzar para

i[u > essas finalidades possam ser atingidas, ever como

Iu>demos par em acao todos as recursos e metos para

IIOngiras objetivos a que se propoe a educacao. Por isso

ru 0 elaborados Planas Nacionais e Eetaduats, como tam-

111~111as PIanos Regionats de educacao, Esse procedlrnento

rIove ser seguido pelas escolas na elaboracao dos seus

III:Inos currtculares e de enstno.

Portanto, partindo desses principles. a planejamen-

(I) educacional deve ser entendido evisto como urn ins tru-rucnto educactonal a nivel nacional, estadual, regional au,

Ll) isrno, a nivel escolar,

o planejamento educacional nolopode ser confun-

ill.cl0ou tnterpretado como se fosse urna planlflcacao das

nrlvtdades de ensino au das atividades dldaticas de urna

"flcola. Pois a planlfleacao de atividadesescolares, no dizer

IIIOsvaldo Ferreira deMelo {l969}, sao tecntcas de traba-

lho usadas pela escola e pelos professores, nao constl-

Inlndo, propriamente, 0planejamento educacional. Dessa

lorma, os planas elaborados pela escola e pelos professo-

31

Page 19: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 19/36

res nao podem ser estruturados sem uma inter-relacao

com 0planejarnento educacional. °planejamento escolar

nao deve negar 0valor e a necessidade do Planejamento

educaclonal, urn nao deve limitar e exduir a necessidade

dooutro.

"Sera alienacao do especialista (ou professor) con-

centrar toda a sua atencao no planejamen to escolar,

esquecendo-se que esta tecnica de prevtsao do pro-fessor au da escola, para os seus respectlvos pro-

gramas de trabalho, nao pode excluir 0 estudo do

planejarnento global do fato educativo, dentro do

qual serao considerados tambern a acao docente e

as questoee de admintstracao escolar" (Ferreira de

Melo, 1969, p. 21).

A Confereneta promovida pela UNESCO, sobre a

plantflcacao da educacao, assim define planejamento edu-

cacional:

"Planejarnento educacional e, antes de tudo, aplicar

a propria educacao aquilo que OS verdadeiros edu-

cadores se esforcam par inculcar a seus alunos:

uma abordagem racional e cientifica dos problemas.

Tal abordagem supoe a determmacao dos objetlvos

e dos recursos disponiveis, a analise das conse-

quenclas que advtrao das diversas atuacoes possi-

vets, a escolha entre essas possibilidades, a

determinacao de metas especificas a atingir em

prazos bern definidos e, finalmente, 0 desenvolvt-

mento dos metes mats eficazes para implantar a

politica escolhida. Asstm concebido, 0 planejamento

educacional stgniflca bern ma1s que a elaboracao de

urn projeto: e urn processo continuo que engloba

uma serte de operacoes interdependentes"

(UNESCO, 1968, p. 14).

A partir desta deflnlcao podemos destacar e anallsar

os aspectos mais importantes que caracterizam 0 plane-

jamento educacional.

32

IIllIlnabordagem racional e cientifica dos problemas.

De acordo com esse enfoque somos levados a dizer

'Illr II prtrnelro passo que antecede ao ato de planejar eII f I rurta sondagem da realidade educacional, a que val

I II, j 1liar 0plano. Essa abordagem deve, naturalmente,

IIIluhnsada e orientada cientificamente. Deve segulr os

I" hll'lpJos que orlentam todo urn processo de pesquisa,

11111 , 1(: poder colher dados, os mats exatos possfveis, isto

,pll'l e poder conhecer a realidade. Atraves dessa

I II'IilII';cm se deve descobrlr quais as reais problemas,

'1'1 II IIIHcals necessidades que devem ser atacadas, quais

I iI 11'1'11 las e urgencias mats prementes, quais as possi-

1.IIIII"d(:6e dlsponibllldades que a realidade oferece para

I • xrcutar 0plano.

'I o. t rmrnaeao dos objetlvos e dos recursos.

ne tal abordagem os planejadores podem ter uma

I III runpla e profunda das reals necessidades e das

1"1 I 1 hllldades da comunldade a que se destina 0plano. E

I I II IIIII' clesse conhecimento podem determlnar quais sao

II \,1I( Ioe l Iros objetivos, e asslrn poder definir os objetivos

,III ( !II de evldenclas. para se tomar as mats acertadas

tI. Il'llll'li no ato de planejar e executar.

I e mister que se conheca todo 0 potencial de recur-

III hruuanos e materiais disponiveis, de que possarnos

111'111111 para executar urn plano. Asslm procedendo tere-

1'111 I !1/ tuelhores recursos possiveis e os mats adequados

11'1 !l1I.Jtivos propostos. Pois 0 plano sera fadado ao

II II 111.0, se nao for felta uma prevtsao sem uma selecao

, 1 1 1 1 1 1 1 dlspostcao de recursos.

I)l\ll Iise das consequenclas que advlrao das diversas

IIUI\lOCS possiveis, a escolha entre essas posslbl-

1.11111,,,.

.' mpre que se desencadeia uma acao sobre uma

Ii dhbd qualquer, e evidente que surjarn ccnsequencias

111 III! III a ordem. Amudanca de uma realldade provoca as

1111,) dlv rsas consequencias. Por isso, essas possiveis

33

Page 20: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 20/36

consequenctas devem ser anallsadas nas moos divers as

direcoes que possaro tamar. Da prevlsao das consequen-

clas que se fara ao planejar, deve-se escolher as que serao

mais eonsequentes sobre a realidade, au mesmo tentar

evitar as que poderao influenc1ar de maneira negativa.

°ato de planejar e executar tambem exlge urna sene

de atuacoes nos mais diversos campos, dai a necessidade

de se fazer essa analise.

d) A determinac;iio de metas especificas a aUngir em

prazos bem deflnidos.

Conhecida a reaUdade, as necessidades, os recursas

e as possiveis eonsequenctas, se faz necessaria estabelecer

as rnetas que se querem attngir e ande se quer chegar: sao

quest6es que exlgem dos planejadores uma serie de pro-fundas reflex6es, para que possam tomar as mats acerta-

das declsoes. Determlnar quais as objetivos que se quer

alcancar, quais os mats urgentes, e que devem ser ataca-

dos a curto praza. Definir as metas e objetivos e estabele-

cer a prazo em que devem ser atingidos. Sendo que este

prazo deve ser exatamente determlnado com objetivldade

e realldade, Outro aspecto que nao pode ser relegado na

deflnlcao das rnetas e objetlvos e uma definlcao clara e

precisa, em termos especificos e claros, das metas e

objetlvos .. "Urn sistema de ensino cujos objetivos sao

Imprectsos e como urn barco que navega sem destlno"

(UNESCO, 1968, p. 14).

e} 0 desenvolvimento dos meios mals eflcazes para

implantar a politica escolhida.

Selecionados as rnelos e recursos, surge toda urna

serie de Impllcacoes para se poder agillzar os proprios

meios e recureos. Se nao houvercondlcoes para 0emprego

dos rnelhores melos e recursos das divers as ordens, a

politica escolhlda podera ser totalmente frustrada. Caso

esses rnelos nao existam, havera, entao, a necessidade de

provocar a surgimento de outros melos eflcazes.

34

1IIIInnojamento educaeional signifiea bem mals que a

• juho..rllc;aode um projeto:e urn proeesso continuo, que

I111!'obo. uma serle de operac;oes interdependentes.

o planejamento educacional nao se llmtta a ser

, 11111urado por uma sene de projetos Isolados e desen-

, Illvldos em regtoes especificas, ele e urn processo global

II11I V II. idesde a deflnlcao de urna filosofia da educacao ate

II,~ 1 1 1 1 1ieleclmento dos processos para se desenvolver uma1 1 1 " ' 1 1 1 1 1 0 que oriente todo 0 processo.

Planejar e tomar declsoes, mas essas declsoes nao

III lnfalivets. 0 planejamento sempre esta em processo,

1 " 1 1 t .urto, em evolucao e readaptacao. Nao e urn processo

, ~I uleo, mas dinamtco, oride podem ser redeflnldos os

III '1,llvQs. reorganizados os nietos e recursos, modlficadas

,,·/111':1 b~giasde acao, mas lsto so quando sao 0 bservadas

, " 111.11 In . tadas certas Incongruencias na sua estru tura.

Planejamento e: "urn processo de abordagem racio-

IIII I' clentiflco dos problemas da educacao, incluindo

1 1 " I I I lifiio de prtortdades e levando em conta a relacao entre

II rItvcrsos niveis do contexte educactonal" (Enrlcone et

1 1 1 1 , . 1 D09. p. 21).

o planejamento educacional, sendo uma aborda-

,fl ill raclonal e cientifica dos problemas da educacao, a

IIlv, I naclonal e estadual, deve propcr-se a atender a

I"' dilcmatlca, a nivel regional, eomunitario e escolar.

1\,'IILdo dtretamente sobre a pessoa, a fim de atender as

"11',111 'las e atingir as gran des metas educaclonals. Esse

til \/f ser 0 seu grande objetivo. Ha a necessidacle de urn

l:dlllll~lnmentonaclonal e de urn planejamento estadual;d I utlma relacao desses dols pIanos sao estruturados os

pilillOtl curriculares das escolas que, por sua vez, dao as

I, 1I1f'~ para a elaboracao dos pIanos de ensino.

A escola pode e deve elaborar as seus planes currt-

IIIIIH·l~S,. partlndo da ortentacao dada pela let au pelos

lil1lr-mas.com a flnalidade de atender as caracterieticas

IIII'lItH e as necessidades da comunidade. Portan to a escola

III \/1'organlzar seu curriculo com base na:

35

Page 21: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 21/36

"Interpretacao das dlretrlzes e ortentacao emanadas

do sistema, a luz dos crttertos de exequibllldade e

adaptaeao a s realldades socio-culturais e blo-psico-

socials; expressar-se por meio da estruturacao do

proeesso educativo e das relacoea entre os elemen-

tos responsavels pelo mesmo, dentro e fora da

escola, comunidade e educando" (SEC-RS, 1974, p.12). .

It propriamente a nivel de escola que 0 processo

educaclonal age diretamente sobre 0 Individuo: por Isso

hi a necessidade das escolas elaborarern os seus pianos

educacionals.

A escola representa uma funcao destacada no con-

texto educacional da Nacao,

"Se a educacao, numa abordagem estrutural {...j, se

constitui fator para 0 desenvolvtmento nacional. a

escola aparece no contexto nacional como elemento

que, atendendo a comunidade e ao educando, abre

caminho para novas alternatlvas demalor eflcienciana educacao. Dessa forma, a escola, como agencia

institucionalizadora, intencionai e sistematica para

reallzar a educacao, surge, no contexte nacional,

nao apenas como agente deconsoltdacao, mas tam-

bern como desencadeante do desenvolvimento"

(SEC-RS, p. 7).

A escola cabe por em acao 0 processo educacional

atraves dos seus planes de acao, Alemdisso a escola cabe,partindo da sua realidade e de suas necessidades e pos-

sibilidades, estruturar e organizar as seus planes. Estes

planas sao, propriam ente, as planas curriculares queservirao de base para todo a processo educativo da escola.

Partindo da ideia de que e a escola a agente dlreta

e dlnamlca de toda a acao educativa, ela nao pode aglr em

dlrecao de certos objetivos, sern urn plano curricular

estruturado e organlzado, a partir de principios baslcos,

para °desenvolvimento do processo educativa.Segundo Saylor eAlexander (l970). "nenhum plano

geral de curricula servlra a todas as escolas". Vemos, com

Isso, que a escola deve preocupar-se com 0planejamento

36

I I III l)j tlprlo curriculo. a fim de atender as suas urgen-

I, I", 1 1 1 1 - 1 e partie ulares .Deve ser estabelecldo urn cum-

I 1111 III1,' possa atender as necesstdades dos Indlviduos

I "1111III (Heola. Da mesma forma as oportuntdadesedu-

rll\ I', pura determinada populacao escolar, devem ser

I,I I'" II"[,II, pelos responsavels da educacao dessa mesma

I 'I[ " I I • • : 10. Par Isso, cabea escola planejar e ativar 0

I 1111 I ~ II) od1Ica tivo para a sua populacao alvo.

37

Page 22: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 22/36

IV.A Escola e seu

Planejamento

A escola e uma instituh;ao que se "aprimorou", no

discurso falado e escrito, a respeito das teorlas de plane-

Jarnento e sobre 0 proprio ato de planejar. Planejar. pla-nejamento e planes sao palavras sofisticadamente

pedagogtcas e que "rolarn" de boca-ern-boca, no dia-a-dla

da vida escolar. Todos os setores da escola devern ser

planejados. Planejarnento da direcao, da aupervieao, da

orieritaeao, dos professores, as vezes, ate dos alunos;

enflm, planejarnento para todos os services existentes da

escola; planejarnento, ate mesmo, para alguns setores ou

servicos que nem existem na escola. Parece que a escola

criou para si a fobta pedag6gica de planejar. Ela e. talvez,

a tnstitulcao em que mats se pensa, se fala e se faz

planejarnentos. Sao planejamentos de toda a ordem eestilos. 0mais importante plano planejado pela escola e

chamado didaticamente de Plano Global da escola. Plano

que tenta dar forma a estrutura monolitlca de tudo 0que

se pensa ou imagina para que a escola possa andar lenta

e pausadamente na sua trajetorla de muito planejar epouco fazer. .

Planejar, planejar e a ordem, eo dever, planejar e acantiga diana dos comandos pedagogicos. Planejar e"a

angustia e 0 delirio morbtdo da escola; e a enfadonha

38

o professores, diariamente, escutam com

I. J II 1 " ( lcnacJdade dos seus coordenadores. Deve-

1 0 1 rnr J I I ( ' , e a ordem de comando. Ate os alunos

I, III Iuotlcia de que devem planejar e executar os

II '" '. It vezes, por causalidade, des particiPru:n.dos

I I III. JIIIlI'lIlos Ja planejados, aprovados e defirutivos.

' 1 1 1 1 1 . , l '11I1/:!am a ter a ousadia pedagogica de falar em

I 'III I 'IIII'Uo"parttctpattvo", onde0aluno da suas suges-IIIqll 'j3. fot sacramentado e decldldo.

1 '1 1.1 :Jar para melhor executar seria 0 pedag6gico

I I' Ilvll, MH.s.na escola, 0planejar por planejar se tornou

I II 1I1t'1I r ealldade da vida escolar.

N lH cscolas. desde a mats bern estruturada, ate a

II I ,I 1IIIpt es, se fazemplanejamentos. Planejamento para

It 1 1 0 II I' Ira todos. para que tudo nao funcione; esta parece

•I I "'Idldade da ca6tica estrutura escolar.

f\ dlrecao planeja, a supervisao, a ortentacao, as

II'

o i" rorcs e osalunos planejam. Equal0

resultado destaI '111.IIda angustiante de tanto ter que planeJar? 0 que se

Iii. "VII - semprc a mesma rotina, 0mesmo marasmo, 0

III IIIIl otldiano. Por vezes, chegam a chamar de plane-

I IIIlr'llio a certas reuntoes enfadonhas, que na~ passamd. rnna recltacao de avisos sobre aulas ou nao aulas,

, ,h'mh'i.rlosescolares, sobre provas, notas, cademos de

Iluunnda, feriados ou nao feriados e sobre outras sltua-

I III prevtsiveis e imprevisivels.

Desse modo, a vida de uma escola se toma urn

, 1'1110 e Inflndavel planejar. Chegando, as vezes, ao final

I1II Ina sem ter concluido 0 planejamento. E asslm valIulnudo", "rolando" a acao desplanejada, eo planejamen-

I,Iv~11se arrastando na retaguarda da acao,

Sao planejamentos de curso, de discipllna,. de con-

10idos, de atrvtdades, de aulas, de provas; planeJame~to

dr' I unloes para planejar, planeJamento e mats planeja-

IIIIutos, enflm, s6 se planeja e pouco ou nada se executa,

III 0ser planejar.

Parece que na escola extste urn certo carisma inspi-

ruder que forca e Impoe a necessldade de sempre estar

J rlrmejando. 0 Importante passa a ser planejar e nao tanto

39

Page 23: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 23/36

executar. Para muitas escolas, a execucao e uma palavrade pouca expresaao llnguistica, mas "planejar" e urn verbacom certa sonoridade e que e conjugado em todos as

modos, tempos e pessoas. It urn verbo apresentavel e dealta categoria na classe social da educacao. Na educacao.

na es.cola, no ensino, a palavra planejar se tornou tndis-pensavel e obrtgatoria ao vocabulario pedagogico.

Planejar se :omou uma moda dldatico-pedagogica,

Professores que nao planejam sao constderados desatua-

lizados e antiquados ou nao conhecedores da educacao e

do ensino modernos.

1. 0 PLANEJAMENTO A NIvEL DE ESCOLA

. A educacao, como processo, jamais pode ser desen-

volvida fora do contexto nacional. regional e comunltarioda ~scola, na qual a aluno esta lnserido como agente e

paclente das suas clrcunstanclas exlstenctals. Por Isso,

todo 0processo educaclonal requer urn planejarnento em

termos nacionais, regionais, comunltarios, como tambernurn p~anejamento a nivel de escoia e urn planejamento

espec.lficode ensino: relativo as diferentes disciplinas e

aos diferentes conteudos, atividades que sao mlnlstradas

na escola. .

Esse planejamento, em relacao aos dlversos niveis

passa ~.ser a instrumento direcional de todo a processo

e~uc.ac.o.nal, pais estabelece e determina as grandes ur-

gencias, Indica as prioridades bastcas, ordena e determina

todos os recurso.s emeios necessaries para a consecucao

de grandes finalidades, metas e objetrvos da educacao.

o planejamento educaclonal nao pode ser confun-dido ou interpretado como se fosse urn planejamento das

atlvldades de ensmo ou das atividades dldaticas de uma

escola. Essa planiflcacao de atividades escolares, no dizer

de Osvaldo Ferreira deMelo (1969), sao tecnlcas de traba-

lho, usadas pela escoia e pelos profess ores, nao constl-

tumdo., proprlamente, 0 planejamento educaeional.

Contud~, os pIanos elaborados pela escoia e pelos profes-

sores nao p~dem ser estruturados sern urna inter-relacao

com a planejamento educacional. 0 planejamento escclar

40

I III ", I 0 valor e a necessidade do planejamento educa-

I III rl , 1I11l11aO Umita au elirnina a necessidade do outro.

1 ' , 1 1 ' 1 1 Osvaldo Ferreira de Melo

UlI'r'l allenacao do especiaUsta (au do professor)

~ollt'elltrar toda a sua atencao no planejamento

Ir colar, esquecendo-se que esta tecmca de prevlsao

~ 1 ,1 I rrofessor au da escola, para os seus respectivos

II'Ogra mas de trabalho, nao pode excluir a estudoI11IplaneJamento global do fato educativo, dentro do

11'lnl serao considerados tarnbern a acao docente e

IH questoes de admmistracao escolar" (Ferreira de

Mt'io, 1969, p. 21).

I) plnnejamento deve atender a Problematica a nivel

IIII lllwd, regional, comunitarto e escolar. Esse e a seuII Hldl' owjetivo,Deve agir diretamente sobre a pessoa, a

1 1 I 1 I c it IIIonder as urgencias e atinglr as grandee metas

,dllll'l'lml.:tls. Ha a necessldade de urn planeJainento na-

IIi 111111" de urn planejamento regional: e da intima relaeao

,I" ru'" dots planes sao estruturados os planes curricu-

1III I dU8 escolas que, par sua vez, dao as bases para a

, I 111111II t , ; flO dos planes de ens ina .

l\ escola pode e deve elaborar os seus pIanos cum-

IIIloIlI'/'l, partin do da orierrtacao dada pela lei au pelos

11 h'uIIIS. com a finalidade de atender as caracteristicas

h n I d r 0 as necessidades da comunidade. A escoia deve

,':1I\III,lznr seu planejarnento curricular e de ensino com

1 1 t " II.n:

"tnterpretacao das dlretrlzes e orlentacao emanadas

(10 sIstema a luz dos criterios de exeqUiblUdade e

ndaptacao as realidades s6cio-culturais e bio-psico-

soclais: expressar-se por rneto da estruturaC;ao doprocesso educativo e das relacoes entre as elernen-

Los responsa.veis pelo rnesmo. dentroe fora da

cscoia, comunidade eeducandoM

(SEC-RS..1974, p.

12).

Por ser a nivel de escola em que 0 processo educa-

IIIIL In1age diretamen te sobre a Indrvid uo ha a necessidade

doll!cscolas elaborarem as seus planejamentos.

41

Page 24: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 24/36

Partlndo da idela de que e a escola a agente direta

e dinam~dora de toda a acao educatlva, ela nolopode agir

emdlrecao de certos objetivos, sem umplano estruturado

e organizado, a partir de principlos baslcos, para 0desen-volvimento do processo educativo.

42

v. Os professores

e 0planejamento

Pnrece ser uma evtdencia que muitos professores

II _,I p. tern e poueo simpatizem em planejar as suas

d I - 1 0 1 H I escolares. 0 que se observa e uma clara relu-I 1111'1 Ic ntra a extgencia de elaboracao de seus planos,

II I III un certa descrenca e desconflanca manifestas nos

II11II i, na vontade e dlsposicao dos professores , quando

I III IV'wndospara planejamento.

Pnr cehaver, entre osprofessores, uma Ideia deque

" 1'111l1(~Jamentodesnecessarto e Inutll par ser Ineflcaz e

tuvluvol na pratlca. Isto e, para eles, na acao pratlca nada

I IIII (lee doque e planejado. Ele e encarado como algoqueI~II( npenas para satisfazer a burocracia escolar. Aidela

I'IIII(.de que se faz planejamento porque e exigido e nao

I"111111' e sente a necessldade de planejar para se desen-VI , I V f I' ulna acao mais organizada, dinarnica e cientifica.

MlLlloH dizem que tal determlnacao serve apenas para

I' " "ocher papels e abarrotar gavetas deplanos, que nun-

I I VOf) er exeeutados. Outros dizem que servem para a

111111:110 au supervisao da escola demonstrarem servicos.

f\ Inutilidade e a Ineflclencia sao lamurias e lamen-

I H;n(', comuns dos professores, quando convocados a

pIUlL('JtH suas atividades docentes. Para que planejar?

,Iiuprc e a mesma coisa. Nada muda. Eu ja set 0que devo

43

Page 25: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 25/36

ensinar. Esta tudo no llvro. Alegamque a matematlca, as

regras gramatieais, a geografla e outras nao mudam. E

asstm a planejamenta se toma urna mon6tona e Insiplda

repettcao dos anos anteriores. E a descrenea no planeja-

menta se torna urna crenca geral entre os professores. Se

quiserem ver a sadlca descrenca e a triste tnsattsfacao

para as repetidas e infrutiferas reuni6es de planejamento.

Sao convocacoes que despertarn nos professores as malsdivers as reacoes, que van desde enxaquecas, collcas, reu-

matismos, ate dtsenterias, que aparecem quase que es-

pontaneamente por urn comando psiqulco ao ouvirem a

palavra "planejarnento".

Certo professor, ao ser convocado para realtzar 0

seu planeiamento, dizia: Maofalar emplanejamento, stnto

todo a tipo de disturbtos. Parece-me que e 0mesmo quedizer: a salarlo val balxar au atrasar: que as fertas vao

tenninar; stnto-me uma inutilidade planejada", Dutro diz:

"ho]e os alunos vao perder urn dia de aula porque os

professores vao ter que planejar para nao fazerem nada

depots".

A Indisposicao e a mintmo de crenca na Importancia

de planejare urn fen6rneno que caractertza a mentalidade

demuttos professores.

Par que os professores nao gostam de planejar? Sao

varias as suposicoes que levam as professores a urn certo

descaso au descredito em relacao ao planejamento.

- Na verdade, os professores nao planejam, mas,

sim, preenchem quadradinhos au formularies que

as "experts' querem que facam.

- Os profess ores nao gostam porque sao obrtgados, a segutrern esquemas ou modelos rigidos de plane-

jamentas, e desse modo sao tmpedtdos de reall-

zarem deterrninadas Inovacoes , nao 56 no

planejamento, como tambem nas suas atividades

docentes.

- As vezes, as "donos" de certos setores da escola

nao pennitem tnovacoes ou mudancas no enstno,

por i8S0, os professores nao sentem a necessidade

de planeja:r as suas attvidades, se 0 fazem, e so para

44

r-umprlr uma obrigat;a.o burocratica, justificando a

nmslderat;ao de ser 0planejamento desnecessarto-

I or outre Iado, muitos professores nao sabem

planejar as suas atividades, falta-lhes 0 conheci-

ILl .nto teorico e pratfco. Pols e1esnao tiveram uma

orlcntat;ao segura e pratica de como planejar e

rlepols atuar com 0 planeJarnento na sala de aula; 0

planejamento so ternvalldade se servtr como tnstru-

mente orientador na pratica, dentro da sala deaula.

Muias vezes, a plane] amento e vista apenas como

lima cobranca, outras vezes, os que exigem dos

professores 0 planejamento, eles pr6prios tambem

l)€lo sabem planejar, E as professores inseguros

nolam a inseguranca dos que mandam fazer, A

pouca e fraca ortentacao dada aos professores le-

yam-nos a desacreditar no planejamento.

_ Os poueos estirnulos e incentivos para os profes-

sores se aperfelt;oarern nos seus conheclmentos e

habllidades de ensmar e mais uma causa que tolhea Inlciativa dos professores quanta ao ato de plane-

Jar.

lor tudo 18S0, 0 planejarnenta para os profess ores

" ({-rna urn peso e, ate mesmo, urna angustla, que os leva

I 1111):\ descrenca total em relacao a . validade de planejar.

I•0 PLANEJAMENTO PARA 0 ALUNO E PARA 0

I'H.OFESSOR

Seria desnecessarto justlflcar a importaneia e a

lltl '('!isidade do planejamento de ensino para a escola ,Ita -

11I1l(cSsorese alunos. Mas 0 que se quer ressa.r e que aIllll n ilro e mais importante objetlvo do planejamento das

dl"dplinas, para uma sttuacao de ensino, serve para que

Iltl professores e alunos desenvolvam uma acao eficaz de

i-uulno e aprendizagem. portanto, se 0 professor planejar

II lieu enstno e para ele e para seus alunos, em prtmelro

Itll~ru'. E este plano passa a ser urn intrumento de usa

1 u'HHoalentre profess ores e alunos. Eso em segundo lugar

l) plnno podera servir a outros setores da escola, para

45

Page 26: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 26/36

cumprir certas obrigacoes e exlgencias adminlstrativas ou

burocratlcas. Mas 0 importante e que professores e alunosfacarn 0seu planejamento, a flm de que possam trabalhar

eficazmente na sala de aula. Isto porque os atuantes na

sala de aula sao os professores e os alunos. Portanto, 0

plano e para os professores e seus alunos. Ora, dessa

forma, quem deveria exigirdos professores 0planejamentosao os alunos.

Para alunos e professores 0 plano e urn rotelro deuso dlario na sala de aula; e urn guta de trabalho; e urnmanual de uso constante; enfirn, e urn roteiro que direclo-

na uma linha de pensamento e acao, Por Isso, planejar

para depois nao trabalhar com0plano. e uma Incoerenciapedag6gica. E isto pode ocorrer quando 0 plano e algoqueserve, simplesmente. para cumprir com a obrlgacao buro-

cratica, quer por diletantisrno pedagogtco ou par mera

sattsfacao profissional para honrar 0 cargo. Portanto,

pIanejar para trabalhar com 0 seu plano. Pols a que dlzer

de alguern que faz uma planta para construtr uma casa,

toda_sofistlcada, mas que, durante a construcao, tal plan-

ta nao e consultada, nem examlnada pelos construtores e

trabalhadores? Emvezde uma mansao poder-se-a ter urn

amontcado de tijoIos e pedras fadados ao desmoronamen-to.

Os setores pedag6gicos da escola nao devem deter-

minar uma forma unica para planejar todas as disciplinas,

como se todas fossem Iguals: como se todos osprofess ores

e alunos fossem uniformes, aglssem da mesma forma

tivessem os mesmos objetivos, interesses e as mesmashabiUdades.

Exlstem muitos tipos, esquemas ou modelos de

planejamento, que sao otimos. mas nao existe 0melhor

rnodelo, Nemtodos osmodelos sao osmelhores para todas

as situaC;oesde ensino. 0 professor deve escolher 0modelo

que melhor atenda a sua realldade e ados alunos, isto e,

que seja funcional e possivel de ser agtlizado na sala de

aula e que de boris resultados no enslno.

Os setores pedag6gicos podem e devem fornecer

propostas e orienta<;oes aos professores de como devem

46

1 1 1 1 1 1 1 I rr, mas 0 que decide 0modelo de plano sao as

IIII I lvOH dos alunos, do professor e as possibilidades de

I,IIn-lo numa determinada classe, considerando a sua

I 1 I 1 1 d H I "

II, born que haja certa uniformidade na acao peda-

,I,pl,' Ida escola como urn todo, mas em nome da unlfor-

1111,1,,( h: uao se pode prejudicar 0 aluno e a aeao pedag6gica

dlt I" nf'ussorna sala de aula. Por isso, nos parece tnviavel

1,1,1111 IIII' uma mesma dlsclplina, de umaforma unica, paraI " I turmas de uma mesma serie, pots as turmas nao

IIIuulformes, homogeneas e Identlcas. Se numa mesma

I'll 1111' ncontramos grandes dfversldades entre os alunos,

I,II'I( dlz -r das dlferencas entre as varias turmas? Portan-

III, " l e i , professor faca 0seu plano para a sua turma. Urn

plliliO para uma situacao dificilmente servtra para outra

"II11 I\,ao, embora haja algumas semelhancas.

Cada turma, sob a orientacao do professor, deve

phllll:lnr a sua dlsclpltna, para que 0 aluno seja, de fato,

' 1111 III trumento orienta dar para 0 professor e, de modo

•, IlI'dal, para simesmo. Por Isso, 0plano deve ser multoIIIIII xpliclto e claro para que os alunos possam se

," In liar atraves dele. Surge, com isso, a necessidade de

1 1 1 1 1 1 ) os alunos participarem doplanejamento e terem em

I 1 11 1O li , para manusearem e consultarem, 0 plano da disci-

pllLl:I; asstm, os alunos aprenderao a trabalhar, obedecen-

III' ( segumdo urn planejamento.

o importante e que 0 plano slrva para 0 professor e

jllll'l1 os alunos. Que ele seja uttl e funclonal a quem se

III'~I!na objetivamente, atraves de uma acao consciente,

II ponsavel e libertadora.

Quem esta na escola, para ensinar e para aprender,, I( os que tern as melhores condicoes e obrigacao de

pi III'Jar a sua acao docente e dlscente,

47

Page 27: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 27/36

VI. Nivels de Planejamento

Educacional e de Ensino

o processo de planejamento educacionale feito e se

desenvolve em varios e bern determinados niveis. Ternos

o planejamento a nivel nacional, estadual ou de urnsistema detenninado atraves do qual se definem e estabe-

lecem as grandee finalidades, metas e objetivos da educa-

Gao, onde deve estar Impliclta a pr6pria filosofia da

educacao que a Nacao pretende profesaar. No plano na-

clonal de educacao se reflete toda a politica educacional

de urn povo, Inserido num contexte hist6rico, que e desen-volvida a longo, media ou curto prazo,

Num segundo nivel, menos abrangente, temos as

planes das escolas, com as seus respectivos curses, dos

quais decorrern os pIanos curriculares, que definem e

express am a sua filosofia de acao, seus objetlvos e toda a

dinamica escolar, as quais fundamentam -se, naturalmen-

te, na filosofia da educacao, expressa nos pIanos nacional

e estadual.

A partir dos planos curriculares, e planejada, demanelra sistematica e global, toda a acao escolar. Os

planes das escolas vao operacionalizar, atraves dos seus

planes setoriais e de ensino, 0 plano nacional de educacao:

por isso, e de suma Importancla que os professores, ao

elaborarem seus planejamentos de ensino, analisem 0

48

!lIIHO global de educacao, para poderem lmprimir, nos

pI I I 10M de enslno, a fllosofla de educacao, adaptada pela

1IIIIIHin cscola.

Num terceiro nivel, surgem, como decorrencla dos

!lllIl()H curriculares, os planes de ensino, que sao os

1111111 ()Ii de disciplinas, de unidades e experiencias propos-

I I IIda escola, professores, alunos au pela comunidade,

Estes planos de ensino se situam num nivel bern111.lIM .speciflco e concreto em relacao aos outros. Eles

d l 1 1 1 1 ('1 1 1 e operacionallzam toda a acao escolar, configu-

I III/I 110plano curricular da escola.

Os pianos de ensino sao as melos para dmamizar a

I I1111'llc;ao0ensino, numa realldade escolar bern concre-

I I, III raves do processo de ensino.

Nosplanas deensino sao trabalhados os componen-

t. ,llIndamentais do plano curricular. Tals componentes

I III n fllosofla educacional da escola, as objetivos, as

•IIn. 'IplJnas e os conteudos, Por sua vez as planos de enstno

, p!'dflcam osobjetivos, as conteudos, os recurs os hurna-

1111!materiats. os procedlmentos e 0 processo de avalia-

I. III. I~stes planes de ensino compreendem os planos de

. 1 1 , dplJnas, unidades, de aulas e de outras ativldades ou

, ~I)(rtcncias de enslno,

49

I ,!,.,.-~... j,~.• -, I I , _ , L I I _ _ . . IJ., 1 , 1 , ,I, 'h.i. i :, II II .1 . I I 1 . 1, .1- I . I " j , . • 1 . ,, 1 11 , , , \ II . • I i ! , _ , ;,1 ,,!

Page 28: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 28/36

VII. 0 Curriculo Escolar

. 0 que nao e curriculo: Antes de deflnlr 0que e urncurriculo, vamos ver 0que nao e urn curriculo escolar. 0curriculo nao e mais entendido, sirnplesmente, como sen-do a relacao e diatribulcao das disciplinas, com a sua

respectiva carga horaria, Nao e , tarnbem, 0 nurnero dehoras-aula e dos dias letivos.

Ele nao se constitui apenas par uma seriacao de

estudos, que charnamos de base curricular para urn de-

tenninado curso, ou uma listagem de conhecirnentos e

conteudos das diferentes discipl1nas para serern enslna-

dos de forma sistematica, na sala de aula.

o curriculo nao deve ser concebido apenas comouma relacao de conteudos ou conhecirnentos delimitados

ou Isolados. estabelecendo t6picos estanques, numa rela-

<;ao"fechada", sem uma integracao envolvente e ampla

com todas as dlmensoes do conhecimento.

Curriculo nao e, strnplesmente, urn plano padroni-zado, onde estao relaclonados alguns principios e normas

para 0 funcionamento da escola, como se fosse urnmanual

de Instrucoes para se poder acionar uma maqulna.

o curriculo escolar nao se dellmita em relaclonar

matertas, cargas horarias ou outras normas relativas avida escolar que urn aluno deve cumprir na escola. 0

50

II II1110 uao e algorestrtto somente ao ambito da escola.III IIIIl de aula.

I) que e curricula: 0 termo curricula nos da a ideia

11111 C' I uunho percorrido durante uma vida, au que se

IIii11'1H rer, Dai termas a expressao "Currtculum Vitae".

Ih'l"lta formaa curricula e algoabrangente, dinamlco1 1 1 1 1 notal, Ele e entendido numa dlmensao profunda e

I . 1 , I ' " cnvolvetodas as sltuacoes circunstanciais davidaI ,III' '" , social doaluno. Poderiamos dizer que e a escola

111 U,' o, Jsto e, a vida do aluno e de todos os que sobreh 1" 1 -nrn ter detenninada Influencla. It 0 mteragtr de

1 1.1 11 ( d tados que Interferem no processo educacional

.til III "'-lOao aluno.

() curriculo se refere a todas as situacoes que 0

111110 vtve, dentro e fora da escala. Por isso, a curriculo

I IIIII U"nao se limita a quest6es ou problemas que so se

II Iwlnuam ao ambito da escola. Ele nao se restringe as1"1, "j It-sda escola e nao surge dentro da escola. Nasce fora

,I,II II-ola, Seu primeiro "passo

M

e dado fora da escola, para1"111"1' cntrar nela. Esse procedlrnento se justifica porque

III11 j Ilcuta e constituido par todos os atos da vida deuma

III lOll: do passado, do presente e tendo, ainda, uma

III I pi~ ttva de futuro.

curriculo e urn curricula da vida de uma pessoa,I r vtcla do aluno nao esta enclausurada dentro de uma

U 'I .ln au de uma sala de aula. A vida do aluno nao euIIIiunte 0 resultado daquilo que 0 professor ensina na

111.1 cl aula. Quantos conhecimentos, quantas experlen-

, I , . vtvencias sao adquiridas e assimiladas fora da

I'1"llln?Todoeste cabedal de conhecimentos nao escolares

1111 , I I I lrtdos fazparte tntegrante doseu "Curriculum Vitae",

lilli' I so, nao pede ser desprezado pelo curriculo escolar.

I)"tltriculo escolar nao pode estar dissociado do "Curri-

II11101Vitae".

Poderiamos tambem dizer que a curriculo deve ser

II III"J' nlzacao da vida que 0 aluno vive fora e dentro da

1,II'ola; sendo, com Isso, a estruturacao de toda a acao

, I , · jmcadeada na escola, para organtzar e desenvolver 0"('urrlculum Vitae" do aluno.:

51

Page 29: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 29/36

Todas as atividades e experienclas reallzadas e vi-

venciadas pelo educando e par todo 0 pessoal envolvido

com 0educando devem constituir 0curriculoescolar. Por

tsso, podemos dizer que 0curriculoe a vida do aluno e da

escola em acao, dmamtca e constante.

Ward G. Reeder da ao curriculo urn sentido bern

mals amplo do que ser apenas a relacao das dtscrplinas

enslnadas na escola. Ou seja, "curriculo sao todas asexperienclas e atividades realizadas e vtvidas pelos estu-

dantes sob a orientacao da escola, tendo em vista os

objetivos por esta vlsados" (Reeder, 1~}74,p. 603).

Pademas deduzir, a partir elisso, que 0curricula nao

deve se Ilmltar a estruturacao das materias de ensmo,

como algo dellmttado, devemos ir bern mais alern, aprovei-

tando todas as experienclas, as atividades, toda a acao do

educando, da escala e da sociedade, exercldas sobre 0

educando, com 0 fim de alcancar os objetivos educa-

cionais. Tudo a que promover e atlvar 0processo educatlvo

deve constltutr 0 curricula escolar. .

Planejamento curricular eo processo de tomada de

declsoes sabre a dlnamtca da acao escolar. It a prevlsaosistematica e ordenada de toda a vida escolar do aluno. Etnstrumento que orienta a educacao, como process a dina-

mico e integrado de todos as elementos que Interagem para

a consecucao dos objetlvos, tanto as do aluno, como as da

escola, Para que este processo atinja os seus proposltos,

e necessario, princlpalmente, planejar toda a acao escolar.

que sera estruturada atraves dos planejamentos curricu-lares. .

o plano curricular e de fundamental trnportancta

para a escola e para 0aluno. Ele e a expressao viva e realda filosofia da educacao seguida pela escola, alem disso,

ele e a propria fllosofla de acao da escola, como urn todounlflcado, Nao se pode nem supor uma escola sem uma

fllosofia clararnente deflnida, devendo esta estar expressa

no curriculo da escola. Ele ainda detennina os objetivos

da propria escola e os dos alunos. Relaclonando as disci-

plinas e os conteudos essenciais, as atividades e as expe-

rienctas que VaG possibilitar 0 alcance dos objetivos.

52

I'" if Ill: 1ametodologia de trabalho e os recurs os neces-

II II" Illlra desencadear a acao educativa. Estab~l~ce urn

1. ." I 11O de avaliacao para vertflcar se os proposltos da

, 1 .1 .1 , . O S dos alunos foram alcanc;ados.

:~(' todos estes elementos. que sao fundamentals.

IIIII11IL'1'ill planejados, nolose pode esperar bons resulta-

il " do processo educaclonal e de ensino, propostos pel~

I I 1 , 1 , 1 , pols toda a acao asslstematica ou nao plane] ada e1111' IIIrJl"quentequanto aos resultados esperados.

O planejamento curricular. na sua filosofia de acao.

1 "" lr Iirornover uma reflexao que suscite e desencad~le as

, ,.1LillI0'8 favoraveis para attvar as forcas da comuriidade

, 1 ,1 1 , : , ' . 0 planejamento curricular nao se reduz somente

I IIIILt·A boco de certos elementos ou atividades q~e envol-t 1111 lIl(uac;oes de ensino, mas envolve toda a acao peda-

1"IIdl'llria eseola na sua rnais abrangente dlmensao.

Cllrriculo sao todos os esforcos elirecionados para

dln,l1Idzar a acao educativa, num ambtente educativo.

I' ~.j('fl csforcos correspondem a todas as tentativas da

;,lI'kd'Jde, da familia, da escola e dos alunos, para desen-

1 " , lr-ur 0desenvolvl.rnento total e plene da pessoa hurnana.

, , III m., disciplinas, as conhecimentos, os conteudos, ~s

I'IH'rlcnclas-, os fatos socials, politicos, religiosos, econo-

IIII"I)H,as tradicoes, os valores que, planejados e ststema-

11/.lld08. a grupo social educacional estrutura para

l'llllllover a educacao.

o curricula e 0que 0 educando vtveu e vive,_percebe

I Ie-ute durante a seu processo de crescimento. E a forca

1[11(' transforma a realidade escolar em ~da escolar. ~ a

Injlt:rlencia de vida que 0educando realiza para atlngir a

, lin:luto-realiza<;ao.o curriculo escolar deve conter e manifestar as seus

..I.'mentos-chaves , com toda exatidao e clareza, pols, se

lnto nao ocorrer, 0 curricula sera fadado ao fracaso total.

o curriculo, como urn guia para 0 educador e para

II t~ducando, devera representar 0 patrtmonlo social, que

" formado por todos os conhecimentos, pelos grandes

klcats e asplracoes da humanidade, pelas descob.erta.s

dentificas e tecnologicas, pelas artes e por todas as tnsti-

53

Page 30: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 30/36

tutcoes socials, enflm, por tudo aqullo que constitul a

heranca cultural do hornern.

A escola, atraves do seu plano curricular, tern a

rmssao de transmttir as novas geracoes todo 0patrimonlo

cultural da humanldade. A escola deve, por meto do

curriculo, ajudar a educando a refletir sobre as grandes

Ideals da hurnanidade, representados pela cultura e pela

ctvillzacao, e. a partir dessa reflexao, Interpreta-los erecrta-los para 0vtver presente.

D curriculo, para ser urn verdadeiro guia na trans-

formacao da cultura e do saber, para que possa estabele-

cel'uma relacao entre a heranca cultural e 0vtverpresente

e futuro, devera expresaar e deflntr quais os objetivos a

serern alcancados a Iongo, medlo e curto prazo, sempre

em relacao ao desenvolvimento do Indlviduo como pessoa

humana.

D curriculo deve representar uma sequencla de

conhecimentos signtflcatlvos para a vlda presente, desen-

volvendo habilidades, fornecendo prmciplos e dlretrizes ,que possam ser utets a vida futura do individuo. Deve

relacionar, de forma gradual, todas as experienclas que

possam ser desencadeadase promovidas no amblente

escolar. Deve, ainda, evtdenciar todas as oportunidades

de tntegracao e correlacao dos conhecimentos, para que 0

educando possa promover a aplicacao do aprendido na

vida pratlca.

I.FASES PARA 0 PLANEJAMENTO CURRICULAR

o prlmeiro passo a ser dado para a elaboracao de

urn planejamento curricular e urn ample e profundo estu-do da realidade social, politica, econ6mica e religiosa da

comunidade a que se destina 0pretendido curriculo,

Num segundo momento, se toma necessarlo 0 es-

tudo da filosofia que orienta a educacao e que estabelece

os ideals e os valores humanos.

Num terceiro momento, se faz rruster urn profundo

estudo dos fatores s6clo-culturals que influenciam no

comportamento das pessoas, no ambito da sociedade, e

54

I uubem dos fatores pstcologicos que podern Interferir no

IIICit· csso educaclonal,

Ha que se destacar urn outro elemento, ou seja, a

Ilw'dlsc das teorlas de ensino, que podem favorecer e

1 1 1 1 uunlzar 0processo enslno-aprendtzagem. E tambemIIC'e'(lHSarioazer uma analise profunda das bases legals

1 1 ' 1 f' orlentam e estabelecem as normas para todo 0 sistema

Iell'caclonal do pais.

Apos 0 estudo destes elementos hit que se tamar as

~"Hldlltes declsoes tats como:

1~Estudo e analise dos objetivos amplos da educa-

1,1 0; definic;ao doe objetivos, a nivel de escola: deflnlcao

,IIIHobjetrvos das disclplinas e dos seus conteudos.

211Selecao e organlzacao das dlsciplinas e conteu-

.1 1 I! urals slgnlficativos para attnglr os objetivos.

3il.Selecao dos melhores procedimentos e tecnlcas

lit cnslno que mals facilmente favorecem a consecucao

d " 1 1 obJetivos.

4'" Selecao dos recursos materials e humanos queIIII1IM Iavorecern e auxlllam 0 professor e 0 aluno na

, il'llvac,aodoensino e da aprendizagem.

5;\Deflnlcao e organlzacao de urn processo de ava-

1 1 I 1 e ,, '1 O . relacionado e adequado aos objetivos propostos no

11111110 curricular.

Todos esses elementos estruturados, tendo como

IIII·hl 0 alcance dos objetivos, constituem as partes inte-

r IIIutes de urn plano curricular. Devemestar intimamente1I'lliclonados entre st. Contudo, sempre numa depen-

lie ucla Ioglca e hierarquica com os objetivos: por Isso, eles

I'oIn os determlnantes doe outros elementos, que formamI f ~llruturam 0plano curricular.

Para a elaboracao de urn planejamento curricular

.h-vc-se segulr os seguintes passos, segundo 0 fluxograma:

5 5

Page 31: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 31/36

FLUXOGRAMA

-- Planejamento Curricular --0-

I

II

I I

I Bases para 0Planejamento curricularI

I

Ir---

Estu- Bases Bases Bases Ba- Teo- BasesI dada Filo- Socla- Pslco- ses rtas Legals

I Reali- s6ft- logt- 16- Axlo- det dade cas cas gtcas 16g1- Enst-I

cas noI

TI I I I II

II

ISondagemI

I

I r-

I Defi.nil,:ao dos ObjetivosI

a : :J t'II

I IirSelef,(8.odas discipllnas e conteftdos

I

I

I '---

I r--- Sele'Yao dos ProcedimentosI

I

! I Sele'Y8.odos Recursos humanos e mate-I tIrials

S '!II

I

I...__

Processos de Avalia'Y8.oI

I

I

1{~LAc;Ao ENTRE OS ELEMENTOS QUE

, . , N TITUEM 0 PLANO CURRICULAR

Os elementos que dao forma e estrutura ao plano

I111 rk-ular preclsarn estar intirnamente relacionados, de

1 .. 1 modo a constltuirern urn todo unificado. Devemos

\Irillcar a Interdependencla que existe entre eles e os seus

IIIIue:ipios integradores, que lhes dao conststencla e uni-

dIIIIll. "It essenclal Identlflcar os principios de organlzacao.jllllI:IIH aos quais todos esses fios poderao ser entrelacados

1111111 tccido coeso" (Tyler, 1974, p. 89).0 relacionamento

I • lntegracao dos elementos dao ao plano toda aquela

I ,I I II t ura que assegura a coesao e a urildade nas suas

.111"I(IIes etapas de ela boracao e desenvolvim.ento. Fad-

111IIunldade, a continuidade, a sequencia e a mtegracao

1 0 IIHI 0processo de ensino e dos pr6prios elementos que

Ijill it ltuern 0plano como agente Integrador e dinamizador

II 1 1(,',10dldatlea.

Tyler fala de "flos"que nao s6 unem 0todo, mas que

.I i 11I1111lJ)urn todo coeso e

unico:por outro lado, Hilda Taba

1 1 1 1 II J a q L I e: "para urn plano e espectalmen te importantetil n-rmtuar c1aramente como se relaclonarn entre si os

1 1 1 \ ' 1 rso elementos e os crttertos conectados com eles'

I j .. IIll, 1974, p. 549).

Portanto, e necessario vertflcar todas as relacoes

I ' Ir "'ntes e os prlnciplos e crtterios que se relaclonam,

I I iI) .lecendo as dlfererrcas e semelhancas entre os ele-

IIII II!os, Tomar uma declsao a respeito dos elementos, sem

I I I , 1 1 1 1 1 1 ar as relacoes com os demals, que formam 0 todo,

I 1I111~' atitude que podera afetar todo 0 plano, porque

I Ithi clemente do plano adquire significado e eubstancia

11II III n referenda com os demals elementos M (Taba, 1974,

" hOl. Dessa forma, urn elemento e consequencla de

'II II"0, urn principio esta relaclonado a outro, de modo que

IIIJlII'11l ser deduzidos varies elementos, sendo que entre

11111 ( . 0 II tro extstern relacoes de Interdependencia.

s elementos que fazem parte integrante do plano

HIli: Wi resultados da sondagem, as objetivos, os conteu-

1111 , os procedlmentos, os recursos e 0 processo de ava-

57

I

I

II I

: - - - - - I L. Pla_n_o_e_m_A_f,(B_-_O _ , I - - J

Plano Curricular

5 6

L, •. L L , E

I'. 'I " I" I,I",

j ~1• ...I.I.""h"_LII.I.IIMLJ.W.J.;.;.Ji i ...i ..o...IL.2IJ..I.I~:_ lW.llI~"""" 'L'" 1 _ I ~ ....... I. L ,I L 1 .l J ~ I

Page 32: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 32/36

ltacao, sendo que todos eles devem estar intimamente

relacionados com os objetivos.

Hilda Taba apresenta urn modele esquematico para

dernonstrar as relacoes entre as elementos (Taba, 1974,

p. 551):

OBJETIVOS

MATER IAS ORGANlZA<;:Ao E

MErODOS

AVALIAC;Ao

Pademos observar que cada urn dos elementos esta

relaclonado aos demals: urn dependendo do outro. De

modo que todas as declsoes, tomadas em relacao a urndos

elementos, depend em, na sua essencia, das declsoes que

se adote em relacao aos demais.Todas as dectsoes a serem tomadas, durante 0

processo de ensino, dependem das declsoes estabelecidas

no ato de planejar a disciplina; se isso nao ocorrer, surge

uma dlscrepancla entre 0 que fot decidldo e 0 que sera

executado. Par Isso, "urn born projeto descreve todos as

elementos, as relacoes entre eles e seus principlos susten-

tadores, de tal modo que Indlque prioridades entre os

fatores e os prlnciplos que devem ser constderados" (Taba,

1974, p. 553).

Talvez a tarefa mais complexa seja a de determinar

quais sao realmente as relacoes, os crttertos e os principiospelos quais 0planejador deve decldir-se. Contudo, a pri-

metra decisao a ser tomada recal sobre os objetivos, pols

desta dependem todas as outras. Portanto os objetivos se

constituem na mola propulsora que val gular 0 planejador

na tomada de dectsoes quanta aos conteudos, procedl-

mentos, recursos e avallacao.

58

VIII. PIanos de curso

eplanos de disciplinas

Plano de curso e a organlzacao de urn conjunto de

1 1 1 , , 1 '-.das, que vao ser ensinadas e desenvolvidas em uma

II !'ola, durante urn periodo relativo a extencao do curso

I III M I, exigido pela legialacao ou por uma determmacao

I:otpl ic l ta, que obedece a certas normas ou principlos

mloutadores.

Uma serte de materias enslnadas numa escola au

I'I,Hlse, de acordo comurn programa, constituem urn curso

1'111'1'1, dlferentes niveis de ensino, como, por exemplo, P,

I/U "U32 graus, Estas materlas do curso sao estruturadas

.I. ncordo com urn nucleo comum, obrtgatorlo e por uma

I'III-Le dlversiflcada,

o plano de curso pode ser conslderado, ainda, como1 1 1 1 1 . conjunto de elementos que constituem a organtzacao

'Nlrutural de urn determinado evento promoctonal, em

I"In~aoa educacao, ao ensmo, ou a aprendizagem de

1I1,~umaproflssao, atividades, au a desenvolvimento de

hnbllldades especificas, dentro de urn campo geral ou

'lipecifico. Temos, par exemplo, as cursosespeciflcos de

Mng1sb~rio,de Contabilidade , de Educacao para 0 traba-

lho,e outros que sao relativos ao segundo grau. No32 grau

Imnos Inumeroscursos, como por exemplo Curso de

[Icdagogia, Dlreito, Engenharia e outros mais.

59

_ ll.l..J.ll.ll" J"'~II>1~

'u" I~ '''~!J :I ••

IIII I I

1 1 " , 1 .III1

1 1 . 1 1 1 !bllll

,d.I

!I], I

Page 33: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 33/36

Estes cursos de 22 e 32 graus sao constituidos por

uma serte de matertas, que sao ensinadas durante urn

periodo de 3 ou 4 anos, com urn numero minima de

horas-aula e dias letivos. Existem tambern outros cursos

mais especiflcos, que sao desenvolvidos a media ou a curto

prazo, como os cursos de extencao unrversltaria, com urn

nurnero determinado de horas e uma serie de conferenclas

sabre urn assunto determinado. AMmdesses temos cursos

rapidos de treinamento para determinadas atividades. Sefaz mister conslderar que cada tlpo de curso apresenta a

sua especificidade e as suas caracteristtcas parttculares.

Aqui, e necessarlo estabelecer uma dtstlncao entre Plano

de Curso e Plano de Disclplina.

Os professores nao fazem a Plano de Curso porque

ele ja existe na escoIa, e aquele elaborado quando 0 curso

foi implantado. Caso ocorra a implantacao de urn novo

curso na escola os profess ores podem e devem particlpar

do mesmo. Fora isso, a que os professores devem fazer e

fazem, anual, semestral ou bimensalmente, sao as pianos

de suas discipllnas.o plano de disciplina e uma decorrencla 16gica do

plano de curso e do plano curricular da escola.

o plano de discipUna segue uma metodologta pro-

pria e bern diferente do plano de curso. Por sua vez, 0plano

de disciplina e bern mais especifico, sen do relativo a uma

disciplina ou parte de conteudos desta mesma discipllna.

Portanto, os planejamentos relativos as discipUnas nao

sao planejamentos de curso, mas de disciplinas.

6 0

IX. Os alunos e 0

) anejamento da disciplina

AUNESCO, em 1968. alertava, naoportunidade, os

I" 1 '1 listas em planejarnento, para 0 seguinte:

..... estar cada vez mats consciente de que urn pla-nejamento educacional realista e eficaz supoe a

lnformacao e a consulta ao conjunto da socledade,

c de ele proprio se constituir num instrumento de

d mocracia e educacao",

planejarnento nao e privilegio de urn grupo, peloI Hili I 'tdo. ele deve ser 0 resultado da acao conjunta e

I'I111 klpativa das pessoas que V aG se envolver na acao. Ele

111Vf' ser 0 fruto de urn ate democrattco, em que todos

III I 1:1111 partilhar das declsoes e responsabilidades.

planejomeruo participativo e a nova visao que se

J III~('l1dedar ao processo de planejamento, principalmen-II I 11<) setores de educacao, da escala e do ensino.

Planejar e urn ato particlpatlvo e comunltarlo. e nao

'hupl 'smente uma acao individualista ou de urn grupo

h I 1HI 10no seu restrito mundo extstenclal ou profissional.

(Ipl;1I1ejarindividualista e urn ato condlcionante do pen-

"', do prever, do decidir e do fazer; ele e deltrnltador, e

1I'IhiZ a campo de Ideias, dlmlnuindo a possibilidade de

f vnll rcao e transformacao da realidade. Ele sera 0 resul-

61

Page 34: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 34/36

tado de uma visao Itmrtada, que pode se opore contrariar

Ideias mats abrangentes e significativas.

o planejamento individualista ou fechado se torna

urn tnstrumento de coaeao e tmposicao, pots toma decl-

soes para urn unlverso de pessoas, sem que estas estejam

sertamente envolvtdas na tomada de dectsoes, Ele desres-

pelta as individualidades, as dtversldades, as tendencias

e as caracteristtcas dos grupos, porque propoe urn agir

exclusrvista, a partir de uma unlca vtsao.Planejar sem a participacao direta dos que vao

sofrer a acao do plano s6 acontece quando estes sao seres

inanimados ou passfvos e sem capacldade propria para

tomar decisoes.

Nocaso da escoia, que se "aprimorou" em planeja-

mentes, em fazer e exigtr planejamentos, parece-nos que

tern side a que menos se ocupa com 0 planejamento

participativo ou cornunttario.

Urnplanejamento que. dessa forma. seja executado

para 0aluno, torna 0aluno urn sujeito que somente sofre

a acao, riao participando ..por isso, de todo 0 processodtnamlco do plano. Dado que 0aluno e urn ser fundamen-tal da acao, necessarlamente, deverla participar da prepa-

racao da acao, e nao serexc1uido do ato de planejar.

Os atos de planejar e executar devem ser acoes

conjugaclas e nao separadas e excluslvas. Os que vao ser

os sujeitos para os quais se runge a acao do plano devem

participar do planejamento, expressando as suas Idelas,

os seus problemas, os seus Interesses. as suas necesst-

dades, os seus objetivos e as suas possibilidades, para

agilizarem, commaier eflciencla, a acao transformadora,

Sabemos que 0ato de planejar nao e um ato deditadura, mas algo democratico e participativo; nao e

impostcao, mas dlscuasao e abertura, onde todos os en-

volvidos no processoenslno-aprendizagem agem e tntera-

gem. durante todo 0 processo. Portanto, esta Interacao

deve se dar tambem no processo do'planejar,

62

l'l.anejar a educacao ou 0 ensino para as pessoas

! ,I, d .cldir a vida para as pessoas, mas e, juntarnenteIlL I'lns. descobrtr uma melhor forma de vida para elas,

o planejamento partlcipatrvo surge das necesst-

IH I, Iide urn grupo, devido as suas urgencias, dos seus

1"lIlllnnas e dos seus objetivos. Uma vez percebidas e

III dllllrlas as urgenclas e as necesstdades, devern pa~r

l':" IIIpcnsar coletivo. 0 que se deve fazer, entao? Ea

! IIIu ..ka. quesrao, A partir da sttuacao deve ser pensadoII III !III )CCSSO para tentar modificar a realidade. Fette isto,

. IIInp rlo grupo passa a ter condicoes de xiriar 0 seu

III III"! HO de acao, E da partlclpacao grupal vao surgtndo

, It Idn.':>e a orgamzacso ate chegarem a execucao pratlca,

i\Aslm, 0 grupo se torna 0 dono do grupoe nao 0

! I IIlf'lrllnento 0 dono do grupo, pois e 0 grupo que deveII I II 1111'e decldlr sobre 0 ptanejamerrto e a sua execucao.

o planejamento, num prlmelro momento, deveria

•I p('Hsado pelo professor com seus alunos e",num

, IIIuulo memento, deverta ser discutido e analisado por

[r u I",. os professores e setores pedag6gicos da escola. E" 'I Hill replanejado pelo professor com seus alunos que

IIIii que van tomar as decisoes finals sobre 0 plano.

63

Page 35: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 35/36

x. 0 plano de disciplina

Plano de discipUna e urn tnstrumento para sistema-

tlzar a acao concreta do professor, a flm de que os objetrvos

da dlsclpllna sejarn atingidos. E a previsao dos conhecl-

mentos e conteudos que serao desenvolvidos na sala de

aula, a definil;ao dos objetivos mais Irnportantes, assirn

como a selecao dos melhores procedimentos e tecnicas de

ensino, como tambem, dos recursos humanos emateriars

qu_eserao usados para urn rnelhor ensino e aprendizagem.

Alem disso, a plano de discipUna propoe a determmacao

das mats eficazes tecntcas e instrumentos de avallacao

para veriflcar 0 alcance dos objetrvos em relacao a apren-dlzagem.

A partir da fllosofia educacional da escola, dos

objetivos especiflcos do curso, e dos objeUvos da cllentela,

os professores van planejar as suas dlscipllnas para aten-

der estes aspectos fundamentals favorecendo, deste mo-

do, urn melhor e mars eficaz ensino.

Aoplanejar a dlscrpllna, 0que 0professor realmente

faz e planejar 0 contexto geral da sua disciplina. Mas este

contexto deve estar intimamente relacionado a ser uma

decorrencia Ioglca dos objetrvos dos alunos e da escola.

Por isso, devera expressar uma unidade de idetas, de

prlnciplos e de acao,

64

1\1' pJnnejar a disciplina e os seus conteudos, 0

II I. III f cmpre deve ter em mente que os conteudos sao

II 10 I I pm'll, at lngir os objetivos, pais eles nao sao fins.

I II ,ulll, H orlentacao da acao de planejamento e execu-

11 1 yf cstar fundamentada nos objetivos e nao nos

IM~'ORTANCIA DO PLANO DE DISCIPLINA PARA

•• I Itl 'JrltSSOR

('()IlIC observamos, anteriormente, toda a pessoa

IIII'Iacu agtr, istoe, ela tenta planejar a sua vida e as

III ', 1IIIv ldades particulares e coletivas. Todos pensam no

I'll II, VI'Hi ou no que nao devem fazer, Esta realtdade nao

1 1" ! 1 11 M urn hablto, mas uma necessidade, nao se res-

1IIIII\IIIdo apenas a alguns aspectos da vida da pessoa,

til ,n " Iodos os setores da vida pessoal e sociaL

'I'udo e sonhado, imaginado, pensado, prevlsto e

I,III1I I,. (10 para ser executado. De modo especial, as ativi-

II 1 1 1 1 ' ' ' 1'c1ucacionais e de ensino exercidas pelos professo-

I ' ~ , 1111 sala de aula, exlgem pedagogicamente urn

I t l 1llI'llllOcnto.

Snbem08 que para os mats diversos setores da vida

1IIII1 UIlia existern as mars dlversos tipos e formas de pIa-

iu j.Hlj{'lltOS.Devernos considerar que 0 planejamento do

1IIIIII(' educar e ensinar nao e 0mesmo, podendo diverglr,

,J .doH os elementos envolvidos no ato de planejar, como

I"II «xemplo a construcao de uma casa. Ao planeja-Ia se

III Imn an pedra, tljolos, arela, espaco, possibilidades ma-

II Ilnil~ e outras cotsas possiveis de serem manipuladas.

Mil", no se planejar a educacao e 0 ensino, se deve pensar

qllt mJ elementos envolvidos vao ser pessoas, individuos,'IIp;rupos socials: por iS80, a visao do planejarnento deve

111) ('IIferente. A partir dessa realidade, °professor neces-

III I pensar seriamente e com responsabilidade sobre a

1 1 1 1 1 ' flc;:ao,isto e, planejar com seriedade e consciencla a

rHu acao.

Pensar antes de agtr e urn ato de habilidade e de

~lIbcdoria. Pols e de multa Importancla para 0 professor

65

Page 36: Livro Por Que Planejar Como Planejar

5/10/2018 Livro Por Que Planejar Como Planejar - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/livro-por-que-planejar-como-planejar 36/36

planejar, da melhor forma poasivel, a sua dlsclplma, em

todos os aspectos.

o planejamento e importante para 0 professor por-

que:

- ajuda 0 professor a definir os objetivos que atendam os

rears tnteresses dos alunos;

- possibilita ao professor selecionar e organlzar os conteu-

dos mats signiflcatlvos para seus alunos;

- facllita a organlzacao dos conteudos de forma loglca,

obedecendo a estrutura da disciplina;

- ajuda 0 professor a seleclonar os melhores procedlmen-

tos e os recursos, para desencadear um ensino mats

eflclente, orientando 0professor no como e com que deve

agtr;

- ajuda 0professor a agtr com maiar seguranca na sala de

aula;

- 0 professor evita a Improvisacao, a repeticao e a rotina

no enstno:

- facllita uma melhor Integracao com as mais diversas

expertenclas de aprendizagem;- facilita a integracao e a continuidade do ensino;

- ajuda a ter uma visao global de toda a acao docente e

dlscente:

- ajuda a professor e os alunos a tomarem declsoes de

forma cooperativa e participativa.

6 6

Planejar

1Plano

1Aluno

6 7