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Ursula Blattmann Florianópolis CIN/CED/UFSC Informatização de Bibliotecas Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Educação Departamento de Ciência da Informação Curso de Especialização em Gestão de Bibliotecas Escolares

Livro Informat Biblio

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1Educação a Distância

Ursula Blattmann

Florianópolis CIN/CED/UFSC

Informatização de Bibliotecas

Universidade Federal de Santa CatarinaCentro de Ciências da EducaçãoDepartamento de Ciência da InformaçãoCurso de Especialização em Gestão de Bibliotecas Escolares

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3Educação a Distância

Ursula Blattmann

Florianópolis, 2010.CIN/CED/UFSC

Informatização de Bibliotecas

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Governo FederalPresidente da República | Luiz Inácio Lula da SilvaMinistro de Educação | Fernando HaddadSecretário de Ensino a Distância | Carlos Eduardo BielschowkyCoordenador Nacional da Universidade Aberta do Brasil | Celso Costa

Universidade Federal de Santa CatarinaReitor | Alvaro Toubes PrataVice-reitor | Carlos Alberto Justo da SilvaSecretário de Educação a Distância | Cícero BarbosaPró-reitora de Ensino de Graduação | Yara Maria Rauh MüllerPró-reitora de Pesquisa e Extensão | Débora Peres MenezesPró-reitora de Pós-Graduação | Maria Lúcia de Barros CamargoPró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social | Luiz Henrique Vieira da SilvaPró-reitor de Infra-Estrutura | João Batista FurtuosoPró-reitor de Assuntos Estudantis | Cláudio José Amante

Curso de Especialização em Gestão de Bibliotecas EscolaresCentro de Ciências da Educação | Wilson SchmidtChefe do Departamento | Angel Freddy Godoy VieiraCoordenadora de Curso | Magda Chagas Coordenadora de Tutoria | Araci Isaltina de Andrade Hille-sheim

Conselho EditorialClarice Fortkamp CaldinEstera Muszkat MenezesMagda Chagas

Projeto GráficoCoordenação | Laura Martins Rodrigues

Thiago Rocha OliveiraEquipe | Maicon Hackenhaar de Araujo

Rafael de Queiroz Oliveira

Equipe de Desenvolvimento de MateriaisLaboratório de Novas Tecnologias | LANTEC/CEDCoordenação Geral | Andrea LapaCoordenação Pedagógica | Roseli Zen Cerny

Material Impresso e HipermídiaCoordenação | Laura Martins Rodrigues

Thiago Rocha OliveiraDiagramação | Rafael de Queiroz OliveiraIlustrações | Ângelo Bortolini, Tarik Assis PintoTratamento de Imagem | Rafael de Queiroz OliveiraRevisão gramatical | Clarice Fortkamp Caldin, Estera

Muszkat Menezes, Magda Chagas

Design InstrucionalCoordenação | Isabella Benfica BarbosaDesigner Instrucional | José Paulo Speck Pereira

Copyright © 2010, Universidade Federal de Santa Catarina CIN/CED/UFSCNenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada sem a prévia autorização, por escrito, da Coordenação do Curso de Especialização em Gestão de Bibliotecas Escolares.

Catalogação na fonte elaborada por Francisca Rasche - CRB 14/691

B644i Blattmann, Ursula Informatização de bibliotecas / Ursula Blattmann. – Florianópolis : CIN/CED/UFSC, 2010. 71 p.

Inclui bibliografia. UFSC. Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão de Bibliotecas Escolares na modalidade a distância. ISBN 978-85-62818-07-3

1. Bibliotecas - Automação. I. Título.

CDD 22.ed. – 025.30285

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Sumário

Apresentação ....................................................... 7

1 O contexto da biblioteca na escola ............... 81.1 A biblioteca como sistema .................................................... 91.2 Funções, atividades e tarefas da biblioteca ....................14

Bibliografia Comentada ........................................................ 17Síntese ......................................................................................19

2 Recursos de informática na biblioteca ........202.1 Evolução dos recursos tecnológicos e o acesso à informação .......................................................212.2 Integração de tecnologias e convergências de mídias ...................................................262.3 Estrutura do documento digital .........................................30

Bibliografia Comentada ........................................................32Síntese ........................................................................................33

3 Informatização da biblioteca .......................343.1 Sistemas operacionais para computadores ....................353.2 Recursos da Internet para bibliotecas ..............................383.3 Estrutura do registro bibliográfico....................................403.4 Padrões técnicos .....................................................................43

Bibliografia Comentada ........................................................46Síntese ......................................................................................47

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4 Planejar a informatização na biblioteca ......484.1 Importância de projetos e de seus planejamentos .......494.2 A relação custo versus benefício ......................................524.3 Elaboração de projetos e suas etapas .............................53

Bibliografia Comentada ........................................................55Síntese ........................................................................................56

5 Gerenciamento de bases de dados ..............585.1 Requisitos na escolha do software ..................................595.2 A escolha de programas aplicativos ................................64

Bibliografia comentada .........................................................66Síntese ......................................................................................67

Referências .........................................................68

Currículo da Autora ..........................................71

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Apresentação

O objetivo do livro Informatização de Bibliotecas visa capaci-tar o aluno para atuar nos processos de informatização utilizando os recursos tecnológicos aplicados às bibliotecas escolares.

A obra está estruturada em cinco capítulos e cada qual apre-senta uma breve introdução ao tema, reflexões com a indicação de referências e links para auxiliar na abordagem da informati-zação de bibliotecas, e, no final, consta uma síntese para facili-tar a sistematização de conteúdos no processo de aprendizagem.

No primeiro capítulo focaremos o contexto da biblioteca na escola em redes e sistemas de bibliotecas envolvidas pelo uso intensivo de tecnologias da informação e comunicação.

No segundo capítulo registraremos a evolução dos recur-sos de informática na biblioteca.

No terceiro capítulo apresentaremos a informatização da biblioteca com o propósito de abordar os sistemas operacio-nais na biblioteca e recursos da Internet para bibliotecas e a estrutura do registro bibliográfico.

No quarto capítulo mostraremos como planejar a infor-matização da biblioteca destacando a importância da elabo-ração de projetos e suas etapas considerando a relação custo versus benefício.

No quinto capítulo trataremos do gerenciamento de bases de dados para biblioteca em que são apresentados os requisitos na escolha do software para viabilizar a análise e a tomada de decisão.

Com este livro você poderá efetuar a escolha de software com critérios técnicos e operacionais para auxiliar nas ativi-dades e tarefas do processo técnico, administrativo e no aten-dimento aos usuários no sentido de facilitar a organização, o acesso e o uso de acervos.

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8 Informatização de Bibliotecas

1 O contexto da biblioteca na escola

Os recursos tecnológicos da informação e comunicação ambientados pelo uso intensivo do computador e da in-ternet estão cada vez mais presentes na nossa vida. Sa-ber usá-los possibilita expandir horizontes e aprofundar conhecimentos. Ao término desse capítulo esperamos que você consiga:

a) identificar a biblioteca como um sistema; b) perceber a biblioteca em redes e sistemas de in-

formação;c) caracterizar as funções, atividades e tarefas da

biblioteca na escola.

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9O contexto da biblioteca na escola

1.1 A biblioteca como sistema A biblioteca está inserida em um determinado contexto

organizacional. Conhecer como funciona uma biblioteca pos-sibilita compreender: como a informação é organizada, sua importância em facilitar a organização, o tratamento, o arma-zenamento, a recuperação, a disseminação e o uso da mesma.

Todos os participantes da comunidade escolar precisam saber que a biblioteca é um organismo vivo e em constante evolução. As tecnologias da informação comunicação e com-putação fazem parte do cotidiano das bibliotecas. E as pes-soas estão conscientes da importância de utilizar os recursos disponíveis para evitar o mau uso ou até mesmo a falta de habilidades e competências necessárias para o melhor apro-veitamento dos recursos disponíveis. Portanto, é necessário caracterizar o ambiente escolar, entender a filosofia existente e saber quais os princípios educacionais e organizacionais da escola, para prestar um serviço voltado às demandas da comu-nidade escolar, identificar os sistemas que está interligada e, principalmente, conhecer a estrutura administrativa.

A biblioteca faz parte do sistema escolar. A meta da biblio-teca é oferecer serviços e produtos de informação para toda comunidade escolar. Por meio da informatização, busca-se introduzir melhorias nas atividades e tarefas das bibliotecas (ROWLEY, 2002, p. 342).

As bibliotecas podem fazer parte de sistemas e redes de bibliotecas que têm como objetivo o trabalho cooperativo, isto é, reduzir custos, evitar duplicidade de esforços e integrar re-cursos informacionais.

No Brasil, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas1 (SNBP) da Fundação Biblioteca Nacional, instituído pelo De-creto Presidencial n. 520, de 13 de maio de 1992, tem como objetivo principal o fortalecimento das bibliotecas públicas do

Tecnologia da informação

É a aplicação da informática que possi-bilita o tratamento da informação pelo uso de computadores para proceder a coleta, o armazenamento, a recupera-ção e a disseminação da informação.

1 Você obterá mais informações sobre o SNBP no seguinte endereço eletrôni-co, acessado em 20 de março de 2010: <http://www.bn.br/snbp>.

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10 Informatização de Bibliotecas

país. Os programas do SNBP são desenvolvidos em âmbito nacional e estadual. Os objetivos específicos do SNBP são:

a) incentivar a implantação de serviços bibliotecários em todo o território nacional;

b) promover a melhoria do funcionamento da atual rede de bibliotecas, para que atuem como centros de ação cultural e educacional permanentes;

c) desenvolver atividades de treinamento e qualificação de recursos humanos, para o funcionamento de todas as bibliotecas brasileiras;

d) manter atualizado o cadastramento de todas as Bibliote-cas Públicas brasileiras;

e) incentivar a criação de bibliotecas em municípios des-providos de Bibliotecas Públicas;

f) favorecer a ação dos coordenadores dos sistemas esta-duais e municipais, para que atuem como agentes cul-turais, em favor do livro e de uma política de leitura no país;

g) assessorar tecnicamente as bibliotecas e coordenadorias dos sistemas estaduais e municipais, bem como oferecer material informativo e orientador de suas atividades;

h) firmar convênios com entidades culturais, visando a promoção de livros e de bibliotecas.

Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas possibilitam integrar diversas funções, processos, atividades e tarefas, des-de o processo de seleção de documentos, a aquisição do ma-terial, seu tratamento técnico (a catalogação, a classificação, a indexação, o preparo para circulação), a disponibilização ao acesso ao catálogo aberto via rede de computadores (Online Public Access Catalog2 - OPAC), até o controle da circulação

2 O OPAC possibilita o acesso em linha (on-line) aos catálogos de bibliotecas. Como exemplo, temos o catálogo do Sistema de Bibliotecas da UFSC, que utiliza o software chamado Pergamum. Você poderá acessar este catálogo no seguinte endereço eletrônico, acessado em 20 de março de 2010: <http://as-pro02.npd.ufsc.br/pergamum/bibliote-ca/index.php>.

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11O contexto da biblioteca na escola

do material e das coleções (empréstimo, reservas, devoluções). Isso, além de servir como ferramenta administrativa possibili-ta verificar as demandas atendidas e reprimidas para a tomada de decisão, seja pela geração de estatísticas, tabelas e gráficos, facilitando observar o cruzamento sobre os dados cadastrados, seja para verificar quais os livros reservados, solicitados para aquisição, mais utilizados, entre outros benefícios.

A conexão da biblioteca com outras redes de bibliotecas3 têm como objetivos:

a) discutir para dinamizar os serviços e produtos ofertados;

b) desenvolver e adotar procedimentos e protocolos base-ados em normas e padrões nacionais e internacionais para facilitar a importação e exportação de registros entre as bibliotecas cooperantes;

c) compartilhar recursos e fontes de informação;

d) melhorar a qualidade da informação;

e) ampliar o acesso e uso da informação.

As gerações dos sistemas de gerenciamento para bibliote-cas evoluíram conforme os equipamentos técnicos disponíveis e os padrões adotados. Acompanhar a evolução dos recursos tecnológicos (hardware e software) é requisito imprescindível para o desempenho eficiente e requer o uso de competências e habilidades técnicas e operacionais no ambiente da biblioteca.

A evolução das atividades manuais para organização e tra-tamento da informação (baseado em fichas, anotações), ao passar pelas tarefas mecanizadas (com auxílio na reprodução dos mecanismos de controle, devolução e notificação), e com o uso de módulos específicos como criar bases de dados (con-trole bibliográfico, circulação, consulta, coleções específicas, entre outras), passa a ser integrada pelo uso de computadores em redes, facilitando a integração de sistemas gerenciais de

3 As redes de bibliotecas usuárias de determinado software possibilitam compartilhar experiências, dúvidas e buscar soluções integradoras. Como exemplos, podemos citar a rede de usuários do software Pergamum (no endereço eletrônico acessado em 20 de março de 2010: <http://www.per-gamum.pucpr.br/redepergamum/infor-macoes_rede.php>) e PHLnetopac (no endereço eletrônico acessado em 20 de março de 2010: <http://www.elysio.com.br/site/phlnet_index.html>).

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12 Informatização de Bibliotecas

outras bibliotecas disponíveis e acessíveis em sistemas abertos pela Internet.

Nesse contexto, as mudanças no gerenciamento de biblio-tecas e dos serviços de informação precisam:

a) focar a gestão sistêmica das diferentes funções como um sistema na biblioteca e não apenas nos processos e segmentação das atividades e tarefas específicas;

b) atender ao leitor e não ao patrimônio (acesso versus posse);

c) conduzir o processo de informatização: análise do orça-mento, viabilidade, custos, tempo, experiência pessoal e profissional, impactos das mudanças na escola como um todo;

d) trabalhar compartilhando saberes e fazeres para viabili-zar a cooperação interna e externa.

No quadro a seguir estão relacionados alguns dos princi-pais sistemas e redes de bibliotecas:

Redes e sistemas de bibliotecas Endereço da URL

Fundação Biblioteca Nacional – BN – responsável pelo Depósito Legal no Brasil. Coordena o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas - SNBP.

http://www.bn.br/portal http://www.bn.br/snbp

BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde (Rede Nacional de Informação na Área de Ciências da Saúde).

http://www.bireme.br/php/index.php

Biblioteca Universitária da Universi-dade Federal de Santa Catarina BU/UFSC - participa de redes e sistemas nacionais e internacionais.

http://www.bu.ufsc.br

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13O contexto da biblioteca na escola

Redes e sistemas de bibliotecas Endereço da URL

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT e a Biblioteca Digital de Teses e Disser-tações.

http://www.ibict.br http://bdtd.ibict.br

A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos - Library of Congress

– a maior biblioteca do planeta e gerenciadora no MARC e o protocolo Z39.50.

http://www.loc.gov

Online Computer Library Center - OCLC – fundada em 1967. Conta com 72.000 bibliotecas em 86 países. Produz e mantêm o catálogo coope-rativo WorldCat.

http://www.oclc.org/ame-ricalatina/pt/about/default.htm

UnibibliWeb Portal de serviços e conteúdo digital, integra os Siste-mas de Bibliotecas da USP, UNESP e UNICAMP. Reúne 89 bibliotecas no estado de São Paulo, conta com um acervo de mais de 4.470.000 itens.

http://bibliotecas-cruesp.usp.br/unibibliweb

Quadro 1: Redes e sistemas de bibliotecas.

Ampliar o acesso e incentivar o uso e a geração da infor-mação possibilitam contribuir com ações positivas para a me-lhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e administração no ambiente escolar.

O antropólogo Lindoso (2004) contextualiza sabiamente a relação entre os sistemas de bibliotecas públicas e as bibliote-cas escolares. Chega a apontar aspectos curiosos em manter o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas na Biblioteca Na-cional sediada no Rio de Janeiro, no sentido de impulsionar políticas públicas de acesso e uso da informação, enquanto

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14 Informatização de Bibliotecas

que quem fomenta a indústria do livro no Brasil é o Ministério da Educação, o qual direciona investimentos na publicação e distribuição de obras didáticas destinadas aos estudantes bra-sileiros do ensino fundamental e médio.

Como você sabe, o livro didático tem sua importância, mas está longe de contribuir significativamente para o desenvolvi-mento da leitura e de leitores. Cabe às bibliotecas nas escolas criarem e disponibilizarem ambientes adequados, atualizados e atraentes para estimular a leitura e introduzir ao mundo das letras e dos leitores iniciantes, obras significativas e atraentes. Para estruturar um ambiente de leitura e de acesso à informação, você necessita conhecer as possibilidades de estrutura, funcio-nalidades e respectivas atividades e tarefas a ser desenvolvidas.

1.2 Funções, atividades e tarefas da biblioteca

A informatização de funções da biblioteca mexe com as etapas de execução de atividades e tarefas. Cada inovação no sistema de gerenciamento de biblioteca necessita do conheci-mento e da participação dos envolvidos nas atividades, tarefas, missão e metas.

Para o bom desempenho nas funções da gestão da biblio-teca, é necessário o domínio das técnicas, dos instrumentos e, principalmente, saber diferenciar as potencialidades dos recur-sos disponíveis ou a ser adquiridos para o ambiente.

Explorar as novas versões dos sistemas aplicativos, assis-tir demonstrações de software, analisar suas potencialidades e, até mesmo, especificar os requisitos mínimos dos equipa-mentos, possibilita introduzir melhorias na funcionalidade, na capacidade de processamento e de armazenamento, de acessi-bilidade e de usabilidade.

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15O contexto da biblioteca na escola

As bibliotecas convencionais utilizam a informática de maneira gradativa: ao estabelecerem quais as prioridades, e, principalmente para organizar e tratar o acervo há a possibi-lidade de iniciar com os módulos separados e depois realizar a integração dos mesmos para atender os diversos processos e funções, seja de atividades, seja de tarefas. Progressivamente acompanhar as novas versões, e, com elas, efetuar as migra-ções de registros, de adaptações, para atender aos requisitos de padrões, protocolos e normas nacionais e internacionais.

Desse modo, você pode esperar de um sistema de ge-renciamento para bibliotecas:

a) atualidade tecnológica;b) integração com os demais sistemas;c) adoção de padrões para o intercâmbio e a interope-

rabilidade dos registros;d) acessibilidade;e) usabilidade (baseado na interface ergonômica ami-

gável);f) praticidade;g) agilidade;h) precisão;i) rapidez.

Já nas bibliotecas digitais e virtuais, naquelas que nascem digitais, as funções e os respectivos processos tramitam na execução de atividades e tarefas dimensionadas na integração e nas funcionalidades de cada sistema de gerenciamento, mas também podem executar melhorias conforme as avaliações re-alizadas e demandas detectadas. Tanto na biblioteca tradicional como na digital, o foco do uso da informática é atender as ne-cessidades da comunidade com rapidez, eficiência e conforto.

Protocolo de comunicação

São regras ou padrões cuja finalidade visa permitir a interligação de compu-tadores e seja possível trocar informa-ções com o menor número de erros pos-sível. Por exemplo, o Protocolo Z39.50 de Busca e Recuperação, possibilita que registros de uma base desenvolvida no formato MARC sejam copiados do catá-logo on-line de uma biblioteca sem que a biblioteca concorde com a intenção de copiar. No terceiro capítulo desde livro são abordados detalhadamente os conceitos de padrões e protocolos usa-dos em bibliotecas.

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16 Informatização de Bibliotecas

Na execução de projetos de informatização de bibliotecas, você precisa observar a estratégia de operação, a aplicação de ferramentas tecnológicas, e a coordenação dos esforços e dos integrantes do projeto.

Para conduzir a implementação de um software na gestão de bibliotecas em uma escola, você precisa saber especificar as demandas.

Conforme Rowley (2002, p. 360) , a escolha do software é uma decisão que deve contemplar as funções gerais e específi-cas de cada biblioteca. Rowley (2002, p. 364) menciona que a escolha é influenciada por vários fatores, incluindo:

a) ambiente;

b) recursos técnicos e tecnológicos;

c) usuários da biblioteca;

d) papel do gerente do sistema;

e) localizações múltiplas;

f) atualizações e desenvolvimento dos sistemas;

g) necessidade de promover a capacitação e o treinamento do pessoal e dos usuários.

Ao analisar as funções básicas de um sistema de gerencia-mento de bibliotecas, a autora afirma que:

As funções de um sistema de aquisição são especificadas em receber registros de itens a serem adquiridos; verificar se os itens solicitados já fazem parte do acervo ou se es-tão sendo encomendados; imprimir pedidos de compra ou enviar encomendas eletrônicas aos fornecedores; verifi-car se as encomendas (pedidos) estão em atraso e fazer o respectivo acompanhamento; manter arquivo de registros de itens encomendados; anotar a chegada de itens ad-quiridos e providenciar o respectivo pagamento; manter estatísticas e a contabilidade do orçamento para a compra de material bibliográfico (ROWLEY, 2002, p. 318).

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17O contexto da biblioteca na escola

Gerenciar coleções eletrônicas requer o uso de padrões e protocolos de interoperabilidade de dados e a respectiva ad-ministração e organização do acervo composto de documen-tos físicos ou eletrônicos.

A interoperabilidade possibilita compartilhar dados e do-cumentos no ambiente interconectado. Conforme Taurion (2009), a interoperabilidade não é apenas uma questão téc-nica, mas é a base para o compartilhamento de informações e conhecimento, como também a base para reorganização de processos administrativos. O grande problema ocorre quando esta interoperabilidade é prejudicada e até impedida pela in-compatibilidade entre os formatos dos arquivos.

Cada arquivo digital requer seu programa-leitor, isto é, para cada arquivo é necessário determinado software. As escolhas de programas para o sistema de gerenciamento da biblioteca dependem do contexto da biblioteca, das pessoas envolvidas (bibliotecários, comunidade escolar) e dos recursos disponíveis. Em todo caso, a gestão da informatização na biblioteca da escola requer atenção e cuidado no uso dos recursos e das tecnologias.

Bibliografia ComentadaMANGUE, Manuel Valente. Consolidação do processo de informatização em sistemas de bibliotecas universitárias na África do Sul, Brasil e Moçambique. 2007. 284 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/VALA-74QHWR/1/doutorado___manuel_valente_mangue.pdf >. Acesso em: 22 abr. 2010.

Tese de doutoramento na qual se discute o processo de in-formatização de bibliotecas universitárias de alguns países

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18 Informatização de Bibliotecas

em desenvolvimento (Brasil, África do Sul e Moçambique), a partir de um enfoque integrado, que inclui, além dos aspec-tos tecnológicos, os relacionados à gestão do processo, à organização do trabalho e à qualificação dos trabalhadores.

REZENDE, Denis Alcides. Planejamento de informações públicas municipais: guia para planejar sistemas de informação, informática e governo eletrônico nas prefeituras e cidades. São Paulo: Atlas, 2005. 100 p.

A obra é um guia prático de planejamento da tecnologia da informação integrada aos planejamentos municipais (plane-jamento estratégico municipal, planejamento plurianual e plano diretor de cidades) para contribuir de maneira efetiva com os gerentes de informática, administradores públicos, servidores municipais, cidadãos e demais interessados no município (atores sociais ou stakeholders).

ROMÃO, Lucília Maria Sousa (Org.). Sentidos da biblioteca escolar. São Carlos: Compacta, 2008. 165 p.

O livro reúne sete textos que contextualizam a biblioteca escolar. É dividido em três partes: práticas de leitura e pes-quisa no âmbito da biblioteca escolar; biblioteca escolar e o bibliotecário: perspectivas e desafios; e, dizeres e silêncios: o lugar do discurso nos estudos sobre biblioteca escolar.

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19O contexto da biblioteca na escola

Síntese A informatização de bibliotecas está presente nos diversos

contextos das bibliotecas. As funções, tarefas e atividades básicas de um sistema de

gerenciamento de biblioteca para a escola precisam facilitar a dinâmica no atendimento, em efetuar empréstimos, consultas e até mesmo em reservar obras.

Conhecer experiências de como estão organizadas as bi-bliotecas, a missão de cada biblioteca, como elas cooperam e realizam atividades colaborativas, possibilita a reflexão crítica do que se faz, como se faz e, principalmente, implica repensar o processo de realizar melhorias nos serviços e produtos de informação para atender a comunidade de usuários.

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20 Informatização de Bibliotecas

2 Recursos de informática na biblioteca

Neste capítulo abordaremos conceitos e terminologias para caracterizar o ambiente digital. Ao final do estudo, esperamos que você consiga:

a) conhecer a evolução dos recursos tecnológicos;b) especificar dispositivos de entrada e saída de um

computador;c) identificar a estrutura do documento digital.

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21Recursos de informática na biblioteca

2.1 Evolução dos recursos tecnoló-gicos e o acesso à informação

Algumas pessoas imaginam que colocar um computador na biblioteca solucionará todos os problemas existentes. Mas sabe-se da necessidade de realizar preparativos desde a insta-lação técnica de equipamentos e dos seus periféricos, proce-dimentos em conectar os computadores na rede de computa-dores, até instalar e desinstalar softwares aplicativos, observar itens de segurança (evitar sobrecarga elétrica e invasão de ha-ckers ou malware, Phishing Scam e Spywares), e, principal-mente, realizar o treinamento das pessoas que irão utilizar a ferramenta no seu cotidiano.

No mundo digital, o emaranhado de novas dimensões se reporta ao bit ou bytes. A relação de dados, informação, pro-dutos e serviços, quando disponibilizados no ambiente digital, são convertidos para a leitura codificada dos bits.

Cada vez mais a informação encontra-se no suporte digital, isto é, em bytes. Já em 2003 os autores Lyman e Varian efetu-aram um estudo para estimar quanto de informação nova era produzida e em que canais o fluxo da informação acontecia. No texto de Lyman e Varian é mencionado que 92% da infor-mação nova no mundo está armazenada no disco rígido de computadores.

Mas é preciso lembrar que os discos rígidos podem sofrer ataque de vírus, formatação, ou outros problemas de seguran-ça. Para manter a segurança básica do ambiente da informá-tica necessitamos realizar cópias de segurança dos registros, dos dados e das informações, utilizar programas antivírus, e desenvolver a cultura da organização eletrônica dos dados, ou seja, efetuar cópias dos arquivos digitais em outros suportes, como pen-drive, CD, DVD, fita magnética.

MalwareTodo tipo de programa cuja finalidade é executar alguma atividade maliciosa ou não solicitada pelo usuário.

Phishing scamGolpe de engenharia social no qual o usuário é induzido a acessar páginas falsas na Internet e fornecer dados sigilosos para golpistas despercebida-mente.

SpywareProgramas instalados no sistema do computador sem o consentimento do usuário, cuja finalidade visa capturar informações pessoais, fazer propagan-da ou mesmo oferecer serviços.

BitÉ uma sigla que significa dígito binário - Binary Digit. Os dígitos 1 e 0 são os elementos de numeração e represen-tam a menor unidade de informação no computador. O conjunto de oito bits recebe o nome de byte e signifi-ca a unidade básica de tratamento da informação. Um caractere é composto por 8 bits e cada byte armazena um caractere, que pode ser um algarismo, uma letra ou um símbolo.

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22 Informatização de Bibliotecas

Figura 1: Suportes para armazenar dados digitais: CD-ROM, DVD e pen-drive.

Observe, no quadro a seguir, as dimensões para especifi-car o registro no sistema digital. As características básicas de um sistema digital são, portanto, a representação numérica (abstrata, virtual) e a serialidade ou seqüencialidade da trilha codificada. (SALARELLI, 2008a, p. 8).

1 Byte = 8 bits Equivalência

1 Kilobyte (ou KB) 1000 bits 2 kilobytes: uma página datilografada.100 Kilobytes: uma fotografia de baixa resolução.

1 Megabyte (ou MB) (ou Mb)

1000 KB 1 Megabyte: um romance pequeno ou um disquete de 3,5 polegadas.2 Megabytes: uma fotografia de alta resolução.5 Megabytes: as obras completas de Shakespeare.10 Megabytes: um minuto de som de alta fidelidade. 100 megabytes: um metro de livros arquivado.500 megabytes: um CD-ROM.

1 Gigabyte (ou GB) 1000 MB 1 Gigabyte: uma caminhonete cheia de livros.20 Gigabytes: uma boa coleção de obras de Beethoven.100 Gigabytes: um andar de biblioteca de publicações acadêmicas.

1 Terabyte (ou TB) 1000 GB 1 Terabyte: 50000 árvores feitas em papel e impressos.2 Terabytes: uma biblioteca de pesquisa acadêmica.10 Terabytes: coleções impressas da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.400 Terabytes: Centro Nacional de Dados Climáticos (NOAA), banco de dados.

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23Recursos de informática na biblioteca

1 Byte = 8 bits Equivalência

1 Petabyte (ou PB) 1000 TB 1 Petabyte: 3 anos de dados dos EUA (2001).2 Petabytes: todas as bibliotecas de pesquisa acadêmicas dos EUA.20 Petabytes: produção de unidades de disco rígido em 1995.200 Petabytes: todo o material impresso.

1 Exabyte (ou EB) 1000 PB 2 exabytes: volume total de informação gerada em 1999. 5 exabytes: todas as palavras registradas pelo ser humano, até 2002. Equivale a 10 bilhões de cópias do jornal The Economist.

1 Zettabyte (ou ZB) 1000EB Toda informação registrada pela humanidade até 2009. A projeção para o ano de 2010 é de 1.2ZB.

1 Yottabyte (ou YB) 1000ZB Atualmente é impossível imaginar a quantidade de informação equivalente a essa representação.

Quadro 2: Dimensões digitais. Fonte: Adaptado do estudo de Lyman e Varian (2003).

A geração digital, termo especificado pelo escritor canaden-se Tapscott (1999), cresceu com o uso de tecnologias interati-vas. As pessoas da geração digital estão acostumadas a realizar diferentes tarefas ao mesmo tempo: ler com o rádio ligado e realizar anotações na tela do computador e responder as men-sagens instantâneas e de recursos telefônicos como o Skype.

As condições para possibilitar a informatização nas biblio-tecas requerem uma infra-estrutura com condições técnicas e operacionais. Entre essas condições destaca-se:

a) Estrutura física:

• localização da sala adequada;

• cabeamento da rede de energia e de telecomunicação;

• climatização (temperatura e umidade relativa do ar);

• proteção contra incêndio e roubo;

• computadores para conexão na Internet;

Quando a medição é feita em bytes, o B da sigla é maiúsculo (como em GB). Quando a medição é feita em bits, o b da sigla fica em minúsculo (como em Gb).

SkypeÉ um software que possibilita a comu-nicação por voz e vídeo através da In-ternet. Há modalidades de uso gratuitas e pagas. Você poderá obter outras in-formações sobre o Skype no endereço eletrônico da empresa que o desenvol-ve, acessado em seis de abril de 2010: <http://www.skype.com/intl/pt>.

Page 24: Livro Informat Biblio

24 Informatização de Bibliotecas

• conexão para a internet;

• velocidade da rede.

b) Estrutura lógica dos dados:

• segurança de dados;

• programas antivírus e firewalls;

• cópias de segurança (definição da necessidade e quantidade de cópias);

• locais de armazenamento dos dados (disco rígido, fi-tas magnéticas);

• controle de acesso dos usuários;

• monitoramento (detectar atividades não autorizadas seja por usuários internos ou externos, monitora-mento de serviços, observar invasões de sites, de re-cursos e até mesmo da base de dados da biblioteca).

c) Pessoas:

• formar equipe composta de pessoas que tenham ha-bilidades e competências no uso da informática;

• criar e utilizar as políticas na escola para o uso com-partilhado dos recursos tecnológicos;

• efetuar a documentação de todos os procedimentos para o local, do planejamento das rotinas e ativida-des, do acesso e do uso do ambiente;

• efetuar treinamentos das equipes e da comunidade escolar no uso dos recursos;

• trabalhar a cultura tecnológica, conscientizar as pessoas quanto ao uso dos recursos tecnológicos, e das novas maneiras de realizar pesquisas e leituras das fontes de informação nos formatos digitais.

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25Recursos de informática na biblioteca

Portanto, a conexão com a rede de computadores é a base para suas relações e atividades no cotidiano. Você pode ob-servar, na figura a seguir, a estrutura da velocidade na Rede Ipê da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa no Brasil:

Figura 2: Adaptado da Rede Ipê na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. Fonte: Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (2009).

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) integra cerca de 600 instituições de ensino e pesquisa no País, beneficiando mais de um milhão de usuários. Seu endereço eletrônico é: <http://www.rnp.br>.

A Rede Ipê é uma infraestrutura de rede Internet voltada para a comunidade brasileira de ensino e pesquisa. Nela conectam-se

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26 Informatização de Bibliotecas

as principais universidades e institutos de pesquisa do País, be-neficiando-se de um canal de comunicação rápido e com supor-te a serviços e aplicações avançadas. Utilizando a transmissão óptica, a rede Ipê está entre as mais avançadas do mundo e pos-sui conexão com redes acadêmicas estrangeiras, tais como Clara (América Latina), Internet2 (Estados Unidos) e Géant (Europa).

2.2 Integração de tecnologias e convergências de mídias

No contexto de integração de tecnologias e convergências de mídias, a biblioteca na escola passa a executar a prestação de seus serviços e produtos de informação de maneira inte-grada. Na figura 3 você observa uma síntese dos processos de uma biblioteca escolar, com entradas, processos, saídas e a re-alimentação. As mudanças ocorrem no uso dos componentes de um computador, no processamento da informação desde o tratamento técnico, empréstimo de material, até a devolução e as reservas vistas na saída dos dados.

Gerenciamento do acervocom suporte em rede de computadores

Desenvolver coleções

Tratamento técnico do

material

Disseminar material

Entrada Saída

Processos na biblioteca escolar

Realimentação

Figura 3: Processos na biblioteca escolar.

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27Recursos de informática na biblioteca

Stair e Reynolds (2006, p. 5) conceituam o processo como a transformação de dados em informação, isto é, o conjunto de tarefas logicamente relacionadas desenvolvidas para atingir um resultado definido.

A entrada é a atividade de coletar e capturar dados básicos. O processamento consiste na conversão ou transformação de dados em saídas planejadas e necessárias para a tomada de de-cisão. O processamento envolve cálculos, comparações e ações alternativas, bem como o armazenamento de dados para uso futuro (STAR; REYNOLDS, 2006).

A saída do processamento de dados consiste em apresentar a informação para ser utilizada conforme as necessidades dos usuários. Pela programação você pode definir quais os dados que deseja apresentar. Podem ser a emissão de um documen-to sobre o empréstimo de determinada obra, sua devolução, emissão de multa, ou relatórios gerencias.

Stair e Reynolds (2006, p. 13) conceituam a realimentação da seguinte maneira: “é a saída que é usada para alterar a en-trada ou as atividades em processamento.” No caso da biblio-teca, poderia ser, por exemplo, a devolução de determinada obra que está reservada para uma outra pessoa; isto significa verificar no sistema dados do registro da obra, observar a soli-citação da reserva e avisar ao interessado (emitir por e-mail a notificação). A realimentação pode verificar empréstimos, de-voluções e reservas no sistema da biblioteca. Quando se reali-za essa atividade manualmente, utilizando fichas e anotações de empréstimos, se gasta muito tempo para uma atividade simples e morosa além de ocorrer possíveis erros de alfabeta-ção e de ordenação. Também com a realimentação é possível observar quais as obras em atraso, as mais reservadas, as mais procuradas e, conseqüentemente, facilitar a tomada de deci-são na política de seleção e aquisição da biblioteca.

Page 28: Livro Informat Biblio

28 Informatização de Bibliotecas

Na informatização de bibliotecas são empregadas a ter-minologia da informática, da internet, e da Biblioteconomia. Cada termo4 tem aplicação no cotidiano, seja para o planeja-mento do projeto, sua implementação, a entrada de dados nos ambientes, seja na participação nas redes sociais.

Para entrar dados no sistema gerenciador de bases integra-das são utilizados os dispositivos de entradas. Estes servem para converter os dados em uma forma legível por computador e os transmitir para a unidade de processamento, no qual são realizadas as funções de memória principal e memória auxiliar (armazena o programa aplicativo e os dados a ser processados).

Entre os dispositivos de entrada de dados no computador mais comuns estão:

a) teclado;

b) microfones (entrada de dados por voz ou fala);

c) mouse (facilita a interação ao apontar);

d) câmeras digitais;

e) leitores de dados ópticos;

f) mesas gráficas (de canetas ópticas e lousa digital);

g) telas sensíveis ao toque.

Os dispositivos de saída convertem os dados processados e podem ser visualizados na tela do monitor, na listagem im-pressa gerada na impressora, ou em arquivos a ser enviados pelo correio eletrônico. Os mais comuns são:

a) monitores;

b) impressoras e dispositivos para desenhos;

c) dispositivos musicais (dispositivos entre os quais que usam o MP3);

d) dispositivo multifuncional (fax, escâner, leitor de livros eletrônicos).

4 Há muitos termos na área de Bi-blioteconomia e informática que você ainda não conhece? Uma boa dica para descobrir o significado de vários termos da área de Biblioteconomia é a consulta ao Glossário Geral de Ciência da Informação, disponível no endereço eletrônico acessado em 26 de março de 2010: <http://www.cid.unb.br/publico/setores/100/123/sistema/m0039015.htm>. Para a área de informática há o Glossário de Informática, disponível no endereço eletrônico acessado em 26 de março de 2010: <http://www.dct.ufms.br/~noiza/glossario.html>.

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29Recursos de informática na biblioteca

Figura 4: Dispositivos de entrada e saída de um computador.

Na informática, existe a Lei de Moore, referente à ge-ração dos processadores nos computadores. O fundador da Intel, Gordon Moore, constatou que, a cada 18 meses, a capacidade de processamento dos computadores dobra, enquanto que os respectivos custos permanecem cons-tantes. Esse princípio pode ser aplicado também a outros aspectos da tecnologia digital, tais como aspectos da me-mória, processadores, discos rígidos e até a velocidade das conexões da Internet.

Cabe à equipe da biblioteca e da informática na escola pla-nejar a informatização conforme as demandas e os recursos disponíveis, além de verificar as tendências existentes.

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30 Informatização de Bibliotecas

2.3 Estrutura do documento digital

Estruturas da informação e dos programas de computador são representadas em unidades de informação.

O arquivo digital representa dados agrupados e esse con-junto recebe o nome bits. O arquivo digital pode ser de texto, imagens, som, vídeo, entre outros recursos, resultando cada extensão de arquivo em determinado conjunto e subconjunto de diferenciação. Portanto, existem diversos formatos de ar-quivos que, para ser executados, necessitam de determinado software aplicativo.

Os arquivos digitais possuem estruturas definidas. Cada ar-quivo digital recebe uma extensão a qual é definida conforme o tipo de software para visualizar seu conteúdo.

No trabalho administrativo da biblioteca, são usados soft-wares e arquivos com diferentes extensões. Saber instalar e desinstalar software específico é um dos requisitos para favo-recer a competência informacional. Escolher cada programa aplicativo depende da necessidade e do uso na biblioteca.

Entre os programas conhecidos como software aplicativo para o processo administrativo estão os listados no quadro a seguir:

Software aplicativo para o escritório Endereço URL

Abiword http://www.abisource.com

KOffice http://www.koffice.org

Microsoft Office 2007 http://office.microsoft.com

OpenOffice.org (a versão brasileira é o BrOffice.org) http://www.openoffice.org - http://br-pt.openoffice.org

StarOffice http://www.staroffice.org

Quadro 3: Software para atividades administrativas.

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31Recursos de informática na biblioteca

Com os avanços tecnológicos, os aplicativos on-line faci-litam o compartilhamento, o acesso e o uso dos arquivos ao mesmo tempo. Entre os exemplos destes aplicativos estão o Google Docs - <http://docs.google.com>, ZOHO - <http://www.zoho.com>, Adobe Buzzword - <https://buzzword.acro-bat.com/unsupportedBrowser.html#o>.

No quadro a seguir está uma síntese das extensões de ar-quivos digitais e respectivas aplicações.

Formatos de arquivos digitais

Extensão Aplicação

TXT, RTF,ODT, HTML Texto

AU, SND, WAV, MPEG, MP2, MP3,MPA, ABS,MPEGA, MIDI MIDI, MID

Áudio

MPEG, MPG, MPE, MPV, VBS, MPEGV, MOVIE, QT, MOV, MOOV, MPV2, MPV2, FLV

Vídeo

PDF, DOE, DOT, ODS, MOBI, LRF, Epub Aplicações textuais

ODP, PPT Apresentação de slides

ODB, MDB, ISSO Banco de dados

XLS Planilha de cálculo

ZIP, RAR, Compactação

TIFF, GIF, JPEG, PNG, ODI Imagem

Quadro 4: Arquivos digitais e suas aplicações.

Alguns arquivos já possuem uma estrutura que não seja alterada, isto é, após ser gerados podem ser abertos e não perdem a legibilidade. No caso, são os arquivos com a exten-são PDF.

Ainda existe muita discussão referente à criação e ao uso de um padrão aberto para arquivos.

PDFÉ a sigla de Portable Document Format que significa Formato de Documentos Portável. Quando a extensão de um arquivo digital tiver a expressão “pdf” é necessário para leitura do mesmo o programa Adobe Acrobat: <http://get.adobe.com/br/reader>.

Page 32: Livro Informat Biblio

32 Informatização de Bibliotecas

ODF (Open Document Format), padrão desenvolvido e mantido por uma entidade aberta (OASIS, <http://www.oasis-open.org>) e não controlada por alguma empresa, torna-se disponível para uso sem pagamento de royalties e sem restrições de uso. O ODF foi aceito pela ISO em 2006, já sendo, portanto, um padrão mundial, sob o nome ISO/IEC 26300:2006. Em 12 de maio de 2008, o ODF foi ofi-cialmente aprovado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como a norma NBR ISO/IEC 26300:2008. Fonte: Taurion (2009).

A importância do uso do padrão aberto para arquivos possibilita a leitura do arquivo sem haver desconfiguração do mesmo ao abrir em outro computador. Por exemplo, uma apresentação, se for salva no formato PDF ou ODF, poderá ser aberta sem a desconfiguração das fontes, figuras, cores.

Para a informatização de bibliotecas você estudará, no pró-ximo capítulo, os sistemas operacionais e softwares de padrão aberto e comercial, a estrutura do registro bibliográfico e os padrões mais utilizados em bibliotecas.

Bibliografia ComentadaNAVES, Madalena Martins Lopes; KURAMOTO, Hélio (Org.). Organização da informação: princípios e tendências. Brasilia: Briquet de Lemos/Livros, 2006. 142 p.

Reúne oito textos com uma visão crítica das questões ligadas ao armazenamento e recuperação de informações, aponta al-gumas das soluções adotadas para essas questões, e, também, alguns dos caminhos abertos para a pesquisa nessa área.

Page 33: Livro Informat Biblio

33Recursos de informática na biblioteca

TAMMARO, Anna Maria; SALARELLI, Alberto. A biblioteca digital. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 2008. 377 p.

Este livro contribuirá para o entendimento do presente e do futuro da biblioteca digital, ao examinar quais os obstácu-los que ela tem de superar para alcançar ressonância social, quem são os responsáveis por sua implantação, como será administrada, e qual o novo papel que ela e o bibliotecário desempenharão na sociedade da aprendizagem.

VELLOSO, Fernando de Castro. Informática: conceitos básicos. 7. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

O texto escrito em estilo fácil, com ilustrações técnicas, está estruturado em 13 capítulos e aborda os fundamen-tos da informática, a memória do computador, a unidade de processamento, as linguagens de programação, a organi-zação da informação, o funcionamento do computador, os sistemas, teleprocessamento, as redes locais e a tecnologia da informação. Obra ideal para quem quer saber mais sobre a informática.

SíntesePara entender a evolução dos recursos tecnológicos é fun-

damental conhecer conceitos, terminologias e dimensões usa-das no ambiente digital.

Todo arquivo digital precisa de determinado software para ser utilizado.

O essencial do processo de informatização está centrado nas pessoas, pois são usuárias e podem fazer bom ou mau uso dos recursos.

Page 34: Livro Informat Biblio

34 Informatização de Bibliotecas

3 Informatização da biblioteca

A informatização de bibliotecas visa facilitar a orga-nização e a recuperação da informação por meio de computadores. Com este capítulo esperamos que você possa:

a) reconhecer os sistemas operacionais e aplicativos instalados no seu computador;

b) identificar recursos da Internet para bibliotecas escolares;

c) caracterizar a estrutura do registro bibliográfico.

Page 35: Livro Informat Biblio

35Informatização da biblioteca

3.1 Sistemas operacionais para computadores

O computador, para funcionar, requer um sistema opera-cional, isto é, ao ligar o computador o sistema vai procurar os programas internos para inicializar, verificar quais recursos estão conectados, desde o vídeo, impressora, mouse, teclado até executar as tarefas agendadas.

O sistema operacional pode ser definido em dois níveis:

a) É um sistema de gerenciamento de hardware;

b) é a função utilitária.

No primeiro nível, o software coordena a unidade central de processamento do computador (a CPU, que é o chip micro-processador que atua como o “cérebro” do computador) com o resto do hardware. Entre os exemplos, estão o MS-DOS e o sistema operacional com interface gráfica Windows.

O MS-DOS5 atua como intermediário, convertendo os si-nais eletrônicos gerados pelo teclados em códigos de controle que os programas de aplicação possam utilizar. O software executa pequenas tarefas relacionadas com a utilização dos programas, como a formatação de um disco, ou informando sobre os arquivos que se encontram em um determinado disco.

No segundo nível, o MS-DOS executa comandos, o que lhe permite interagir diretamente com o computador. Estes coman-dos executam funções como renomear arquivos no disco ou co-piar arquivos. O MS-DOS coordena o hardware e permite que a CPU comunique-se com quase todas as partes do computador.

Entre os exemplos de sistemas operacionais ativos mais co-muns estão:

• Windows (XP, NT, Me, Vista, CE, 95, 98, 2000, 2003);

• Macintosh (OS, OS X);

5 A sigla MS-DOS é uma acrossemia de MicroSoft Disk Operating System, um sistema operacional em disco pro-duzido pela empresa Microsoft.

Page 36: Livro Informat Biblio

36 Informatização de Bibliotecas

• Linux (Ubuntu, Suse, Fedora, Debian, GNU Linux, Man-driva - Mandrake);

• Sun Solaris;

• Unix System.

A escolha do sistema operacional é influenciada por fatores como: política no ambiente escolar, adequação do software, capacitação das pessoas no manuseio dos recursos existentes.

Após a identificação do sistema operacional, é necessário observar os softwares aplicativos disponíveis, sejam eles co-merciais (proprietários), sejam eles de desenvolvimento pró-prio. A tendência atual está no uso de sistemas abertos, isto é, no seu desenvolvimento são utilizados padrões públicos que garantem a compatibilidade com outros sistemas projetados.

Os softwares com desenvolvimento próprio podem ser pa-gos, livres e de código aberto. Entre as vantagens, destaca-mos que é um software sob medida para atender as neces-sidades e o custo. Como desvantagens, destacamos o tempo para desenvolver, realização de testes e melhorias contínuas no software.

As categorias dos sistemas de softwares podem ser:

a) Sistemas abertos: em que as bibliotecas não pagam pela licença e têm total acesso aos códigos-fonte, isto é, po-dendo alterar as linhas de programação em função das suas necessidades. No caso de sistema operacional, são o UBUNTU e LINUX.

b) Sistemas proprietários: o produto cuja arquitetura e funcionalidade não são de domínio público, isto é, não seguem padrões que estejam ao alcance do público. No caso de sistema operacional, podem ser exemplificados o MS-DOS, Windows e Macintosh.

Compatibilidade

Significa que os softwares possuem as características de independência de fornecedores, interoperabilidade e portabilidade (mover as aplicações de uma máquina para outra sem a perda de dados ou necessidade de aprender a lidar com a interface do sistema com-putacional).

Page 37: Livro Informat Biblio

37Informatização da biblioteca

Software deaplicação

Software de prateleira

(comercial)

Softwareproprietário

Departamento interno

ContratoPacote

adaptadoPacote padrão

Adaptaçãointerna

Adaptaçãocontratada

Figura 5: Fontes de software proprietário e de prateleira. Alguns softwa-res de prateleira podem ser modificados para permitir certas adaptações. Fonte: Adaptado de Stair e Reynolds (2006).

A tendência do momento é a fusão entre o sistema opera-cional e o on-line, conhecidos como Desktop Online, Webtop, Web Desktop ou OS Online. Trata-se de uma página de In-ternet personalizada, geralmente baseada na tecnologia Ajax6, em que é possível escolher o conteúdo, bem como definir a ordem e a aparência do mesmo.

Os serviços são fornecidos por provedores de serviços on-line como Google, Yahoo e Windows Live7 e rodam miniaplica-ções próprias, mas podem servir de plataforma também para miniaplicações desenvolvidas por terceiros. A seguir, trata-remos mais detalhadamente dos recursos da Internet para as bibliotecas.

6 Como exemplo de desktop online, há o Ajax Windows, que pode ser acessa-do pelo seguinte endereço eletrônico, acessado em oito de abril de 2010: <http://www.ajaxwindows.com>.

7 Windows Live oferece o serviço no endereço eletrônico, acessado em 22 de abril de 2010: <http://www.live.com>.

Page 38: Livro Informat Biblio

38 Informatização de Bibliotecas

3.2 Recursos da Internet para bibliotecas

Escolher quais os recursos da Internet8 para uma biblioteca não é uma tarefa fácil. Requer observar cuidadosamente as tecnologias, seus usos, realizar testes e avaliar os resultados para definir quais as melhores práticas ou modelos a ser ado-tados no cotidiano das bibliotecas ou na sala de aula.

Começa desde saber escolher o recurso para navegar na In-ternet, pois são usados diferentes softwares, como o Internet Explorer e o Firefox9. Alguns deles têm interfaces que lem-bram desktops de sistemas operacionais como o Windows e o Linux (KDE).

Maness (2006) aponta mudanças paradigmáticas nas bi-bliotecas às quais os bibliotecários precisam estar atentos. Exemplifica que o início das mudanças está apenas começan-do, como a “biblioblogosphere”, ou seja os weblogs escritos por bibliotecários; a substituição dos tutoriais da Web 1.0 (estáticos) para a possibilidade dinâmica de interação, ou o uso de animação programada com dados solicitados especifi-camente pelo usuário.

No artigo chamado “What is Web 2.0”, o precursor do ter-mo Web 2.0, O’Reilly (2005), descreve princípios da Web 2.0. Dentre eles, destacam-se três que caracterizam os wikis como um sistema integrante desta nova geração de serviços on-line:

1) A internet como plataforma para processar, produzir ou consumir informação, onde um computador conectado a ela é ferramenta básica e principal de trabalho.

2) Permite que usuários comuns, que até então não possu-íam conhecimentos necessários para publicar conteúdo na Internet – pela ausência de ferramentas de uso sim-plificado - publiquem e consumam informação de forma

8 O Manifesto da IFLA sobre a Inter-net indica a importância da Internet nas bibliotecas. Acesse o manifesto no seguinte endereço eletrônico, acessado em 22 de abril de 2010: <http://archi-ve.ifla.org/III/misc/im-pt.htm>.

9 O navegador Firefox pode ser encon-trado no seguinte endereço eletrôni-co, acessado em 22 de abril de 2010: <http://br.mozdev.org>.

Page 39: Livro Informat Biblio

39Informatização da biblioteca

rápida e constante. Notadamente, têm-se os blogs e wi-kis como expoentes desta massificação.

3) Valorização do conteúdo colaborativo e da inteligência coletiva: o conteúdo deve ser produzido e consumido por qualquer um, de forma simples e direta.

Aos responsáveis pelas bibliotecas cabe a tarefa de dina-mizar seus recursos e fontes de informação para a comunida-de escolar. Assim, podem utilizar as ferramentas dinâmicas da Internet como o Twitter, blogs, Orkut, RSS, wikis, You Tube, entre outros recursos, para promover o acesso, o uso e a dis-seminação da informação disponível.

Veja no quadro a seguir os recursos interativos aplicados na biblioteca.

Recursos da Internet Atividades e tarefas

Leitoras de feeds - RSS Para divulgar as notícias ou documentos recém cadastrados no catálogo da biblioteca.

Blogs e Micro-blogs Twitter Para gerenciar sistemas de conteúdos digitais on-line com intuito de compartilhar informação.

Flickr - http://www.flickr.com Com o intuito de compartilhar fotografias.

Google docs -http://www.google.com/google-d-s/intl/pt- BR/tour1.html

Zoho - http://zoho.com

Para gerenciar textos ou colaborar na edição de documentos com-partilhados pela equipe da biblioteca.

MSN -http://webmessenger.msn.com

Skype

Compartilhar mensagens instantâneas para responder questões da comunidade escolar ou para facilitar a comunicação interna.

YouTube - http://www.youtube.com Disponibilizar vídeos sobre a bibliotecas, seus produtos , serviços e demais informações.

Quadro 5: Usos da web 2.0 em bibliotecas.

Twitter

É uma espécie de diário virtual, ou seja, um blog, mas com o diferencial de que seus usuários podem apenas escrever pequenos textos (de no máximo 140 caracteres), além de receber os textos escritos pelos outros usuários que ele “segue”. É comum encontrar perfis de instituições no Twitter. Como exemplo, você pode conferir e perfil da Bibliote-ca Central da UFSC, disponível no se-guinte endereço eletrônico, acessado em oito de abril de 2010: <http://twit-ter.com/bu_ufsc>.

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40 Informatização de Bibliotecas

Você já utiliza recursos da web 2.0 em sua biblioteca? Mui-tas vezes dispor de uma estrutura complexa e cara como um computador/servidor exclusivo torna sua manutenção e segu-rança inviável. Mas existem muitos recursos disponíveis gratui-tamente na Internet. Por exemplo, poderia ser criado um site da sua biblioteca no ambiente wiki, um fórum ou blog para se comunicar com os usuários, desenvolver e postar vídeos no ambiente do You Tube, abrir um ambiente para postagens ins-tantâneas atendidas pela biblioteca seja no MSN ou Skype.

Para uso dos recursos você precisa de conhecimentos bá-sicos de informática e de Internet. Lembre sempre de ler os contratos e as licenças de uso para evitar constrangimentos e frustrações.

Cabe lembrar que, ao oferecer novos serviços e produtos de informação na Internet, é preciso efetuar um planejamento estruturado desde a criação até sua divulgação e treinamento.

A seguir, trataremos da estrutura do registro bibliográfico, indispensável para quem vai trabalhar com bases de dados.

3.3 Estrutura do registro bibliográfico

A estrutura básica de um registro bibliográfico10 constitui-se em um conjunto de dados ou palavras relacionadas, trata-das como um todo em termos lógicos ou físicos que servem para identificar determinado documento numa base de dados. Os exemplos de registros bibliográficos são os catálogos de bibliotecas. Os registros são subdivididos em categorias deno-minadas campos, tais como: título, autor, número de chamada, descritor, entre outros.

Uma base de dados pode ser um arquivo de dados relacio-nado, coletado para satisfazer as necessidades de informação

10 Você encontrará os conceitos e aplicações de vários termos de Biblio-teconomia e áreas afins na seguinte obra de referência:

SANTOS, Gildenir Carolino; RIBEIRO, Célia Maria. Acrônimos, siglas e ter-mos técnicos: arquivística, bibliote-conomia, documentação, informática. Campinas: Átomo, 2003. 277 p.

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41Informatização da biblioteca

de determinada comunidade de usuários. Pode ser um simples arquivo de endereços, ou um arquivo mais complexo, como um catálogo bibliográfico ou um catálogo de projetos de pesquisa.

Cada registro bibliográfico possui uma unidade de infor-mação que é armazenada em uma base de dados. A base de dados consiste de elementos de dados distintos, cada um con-tendo uma característica particular da entidade que estiver sendo descrita. Por exemplo: uma base de dados bibliográfica pode conter informações sobre livros, relatórios, artigos de pe-riódicos, etc. Neste caso, cada unidade consistirá de elementos de dados tais como autor, título, imprenta, etc.

Os elementos de dados são armazenados em campos, e a cada um é atribuída uma etiqueta11 numérica indicativa de seu conteúdo. Você pode entender a etiqueta como sendo o nome do campo.

A coleção de campos contendo todos os elementos de dados de determinada unidade de informação é chamada registro.

Um campo pode estar ausente em um ou mais registros, pode conter um único elemento de dados, ou dois ou mais ele-mentos de dados de tamanho variável. Neste caso, diz-se que o campo contém subcampos, cada um identificado por um delimitador de subcampo precedendo o elemento de dados correspondente. Além disso, um campo pode ser repetitivo, isto é, qualquer registro pode conter mais de um fato ou ocor-rência do campo.

Informação é o conjunto de fatos ou dados organizados de uma forma lógica. É necessariamente um dado significativo. A informação na base de dados se configura como dados arran-jados em forma útil. A informação não tem valor se não pode ser localizada ou preparada em tempo.

Dado é a representação formal de um fato, idéia, item, en-tre outros, representado por letras, números e caracteres es-peciais. São fatos básicos, como o nome e a quantidade de

11 O termo Etiqueta também é conhe-cido como “tag”.

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42 Informatização de Bibliotecas

livros emprestados em um dia por um leitor de uma biblioteca. Existem diversos tipos de dados, conforme exposto no quadro a seguir:

Tipos de dados Representação

Dados alfabéticos Registram apenas letras alfabéticas

Dados numéricos Números de 0 a 9

Dados alfanuméricos Números, letras e outros caracteres

Dados de imagens Imagens gráficas e figuras

Dados de áudio Sons, ruídos ou tons

Dados de vídeo Imagens ou figuras em movimento

Quadro 6: Tipos de dados.

Um sistema de informações bem planejado deve pro-porcionar informações necessárias a cada setor de uso. Fornecer informações relevantes em uma forma útil à pes-soa certa, no tempo certo para uso em tomada de decisão é o que se espera de um bom sistema de informações. Um sistema de informação é bem projetado somente se for-nece informações certas em tipo, qualidade e no tempo devido, e faz isso de forma econômica.

Portanto, um sistema de informação para uma biblioteca escolar é um conjunto estruturado ou ordenado de partes ou elementos que se mantêm em interação, isto é, em ação recíproca, na busca da consecução de um ou vários objetivos. Para que um sistema funcione adequadamente, são usados padrões, normas e protocolos. A seguir, são apresentados os padrões mais comuns aplicados a sistemas de gerenciamento de bases de dados para bibliotecas.

Page 43: Livro Informat Biblio

43Informatização da biblioteca

3.4 Padrões técnicosA criação e a manutenção de bases de dados requerem compe-

tências e habilidades técnicas específicas, entre as quais o conhe-cimento de equipamentos, o manuseio de software de aplicação , o domínio de linguagem de programação, a identificação e o uso de padrões e protocolos. Isso implica, às vezes, exercer diferentes papéis, como desenvolver a base, realizar o design da interface (para entrada de dados e saída dos dados), a entrada de dados (evitar erros de digitação) e auxiliar na busca da informação.

O Formato ISO 2709 é um padrão de comunicação para importação e exportação de registros bibliográficos. Este for-mato de arquivo é usado para intercâmbio de dados em meio magnético, de um sistema para o outro. Possibilita a transfe-rência de informações de forma independente de hardware e software, tornando-os portáveis entre sistemas.

Na base de dados de sua biblioteca, os registros bibliográ-ficos para intercâmbio dependem do conteúdo que está regis-trado em campos e subcampos de cada registro.

No Brasil, muitas bibliotecas utilizam o formato MARC12 e, outras, o UNISIST, para realizar a padronização de seus re-gistros. O registro bibliográfico no formato MARC utiliza a catalogação pelas normas do Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR).

O Formato UNISIST/UNESCO13, um pouco diferente dos formatos anglo-americanos (MARC, USMARC, UKMARC, UNI-MARC, MARC21, etc), proporciona aos bibliotecários a descri-ção eficiente e precisa de qualquer tipo de informação inde-pendemente de seu suporte. Conforme exposto pelo Elysio Oliveira (2007, p. 8) “trata-se de formato de baixíssimo custo de implementação, de comprovada eficiência e adotado como padrão nos organismos internacionais e nas grandes redes mundiais de informações (BIREME, AGRIS, FAO, INIS, etc).”

Software de aplicação

É composto por programas que aju-dam os usuários a resolver problemas específicos de computação. Tanto o software de sistemas como o de apli-cação podem ser usados para atender às necessidades de um indivíduo, um grupo ou uma empresa. Fonte: Stair e Reynolds (2006, p. 118).

12 O formato MARC foi desenvolvido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos em 1966. Obtenha mais informa-ções sobre esse formato com a leitura do livro Organização da documentação e da informação I: catalogação.

13 O software PHL - Personal Home Library, desenvolvido pelo professor Prof. Elysio Mira Soares de Oliveira, utiliza o formato UNISIST. Conheça o exemplo de uso do UNISIST no endere-ço eletrônico acessado em 21 de abril de 2010: <http://www.elysio.com.br/site/phl.html>.

Page 44: Livro Informat Biblio

44 Informatização de Bibliotecas

O Protocolo Z39.50 é um protocolo de comunicação. Apre-senta regras ou padrões cuja finalidade é permitir que os com-putadores se interliguem e troquem informações com menor número de erros possíveis. Foi concebido para permitir a pes-quisa e a recuperação de informações (documentos) em rede de computadores14 distribuídos.

A arquitetura do Z39.50 está baseada no cliente/servidor e opera sobre a rede Internet; possibilita uma infinidade de apli-cações. Conforme Salarelli (2008b, p. 102),

as máquinas trocam informações a respeito das suas ca-racterísticas, chegam a um acordo quanto a um formato comum de conversão de dados, otimizam os respectivos ambientes conforme as exigências do usuário, que pode preferir telas de busca simples ou avançadas, listas orde-nadas e formatadas segundo determinados critérios, etc., e, sobretudo, mantêm aberto esse tipo de diálogo durante toda a sessão de trabalho.

(Interface de busca compatível com Z39.50)

SERVIDOR(programa compatível com Z39.50)

SERVIDOR(programa compatível com Z39.50)

Cliente

Figura 6: Exemplo de modelo Cliente/Servidor. Fonte: Adaptado de Rosseto (1997).

14 A Biblioteca Virtual do Rio Grande do Sul (<http://www.bibvirtual.rs.gov.br:8080>), uma rede de bibliotecas do setor público do Estado do Rio Gran-de do Sul, e as Bibliotecas Municipais participantes do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas, possibilitam utili-zar o padrão CDS/ISIS da UNESCO e o formato MARC para a importação dos registros bibliográficos.

Cliente/ServidorCliente é o programa que processa de-terminada solicitação a outro compu-tador (servidor); que, por sua vez, é o programa que provê os serviços requi-sitados remotamente pelo cliente.

Page 45: Livro Informat Biblio

45Informatização da biblioteca

Entre as aplicações do Z39.50 é possível habilitar uma inter-face única para conexão com múltiplos sistemas de informação, permitindo ao usuário final o acesso para outro sistema.

O HTTP (Hypertext Transference Protocol) – Protocolo de transferência de hipertexto é um protocolo utilizado para a transferência de documentos e seus recursos na rede de com-putadores. Também transfere dados de hiper-mídia (imagens, sons e textos). Geralmente este protocolo utiliza o porta 80 e é usado para a comunicação de “sites” (sítios), comunicando na linguagem HTML (Hipertext Markup Language, ou Lin-guagem de Marcação de Hipertexto).

O protocolo HTTP é um sistema de comunicação em rede de computadores e necessita seguir diversos protocolos que trabalham em conjunto para o fornecimento de serviços. Para que o protocolo HTTP consiga transferir seus dados pela Web, é necessário que os protocolos TCP e IP (Internet Protocol, Protocolo de Internet) tornem possível a conexão entre clien-te/servidor.

Planejar a informatização de bibliotecas escolares precisa estar na pauta da administração da escola e da biblioteca. Os recursos tecnológicos demandam custos, treinamento de pes-soas e requisitos técnicos e operacionais. No próximo capítulo o foco consiste no planejamento sistemático da informatiza-ção para uma biblioteca escolar.

Page 46: Livro Informat Biblio

46 Informatização de Bibliotecas

Bibliografia ComentadaBLATTMANN, Ursula; SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Colaboração e interação na Web 2.0 e Biblioteca 2.0. Revista ACB, Florianópolis, v. 12, n. 2, p. 191-215, jul./dez. 2007. Disponível em: <http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/530>. Acesso em: 22 abr. 2010.

O artigo apresenta a importância dos recursos da web 2.0 e enfoca as possibilidades do uso nas bibliotecas.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. 191 p. (Coleção Cibercultura).

O livro trata de um fenômeno que toca milhares de usuários ao redor do mundo, as redes sociais na Internet - Orkut, Fa-cebook, blogs, Twitter, Flickr, Fotologs e vídeos do YouTube. A autora apresenta como os atores sociais criam conexões e aumentam o seu capital social, como as redes servem de metáfora para novos agrupamentos sociais, como as dinâ-micas temporais das conexões na Internet evoluem em pro-cessos de cooperação, competição e conflito.

ROBREDO, Jaime. Documentação de hoje e de amanhã: uma abordagem revisitada e contemporânea da ciência da informação e de suas aplicações biblioteconômicas, documentárias, arquivísticas e museológicas. 4. ed. rev. e ampl. Brasília, 2005. 409 p.

A edição foi atualizada e ampliada com ênfase especial às mudanças e inovações decorrentes do advento das novas tecnologias da informação e da comunicação. Destaca o surgimento dos arquivos, das bibliotecas e dos museus vir-tuais, que abrem perspectivas de acesso à memória e à cul-tura impossíveis de se imaginar vinte anos atrás.

Page 47: Livro Informat Biblio

47Informatização da biblioteca

SANTOS, Gildenir Carolino; RIBEIRO, Célia Maria. Acrônimos, siglas e termos técnicos: arquivística, biblioteconomia, documentação, informática. Campinas: Átomo, 2003. 277 p.

Este glossário resultou do empenho e dedicação de dois especialistas: Gildenir Carolino Santos e Célia Maria Ribei-ro, do qual surgiu um documento de grande utilidade para estudantes, profissionais e pesquisadores, não apenas das áreas referidas, mas também para as de domínio conexo. A apresentação de siglas freqüentemente utilizadas, com seus significados ou denominações completas, também é de grande valia, cobrindo desde as mais freqüentes e simples, até as raramente empregadas.

Síntese Ao escolher um computador para a sua biblioteca verifique

as políticas da instituição, a capacitação técnica das pessoas que irão trabalhar com os computadores e os recursos dispo-níveis locais e na Internet.

Um sistema gerenciador de bases de dados requer o uso de padrões para possibilitar a dinâmica do trabalho cooperativo e as funcionalidades entre importar e exportar registros.

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48 Informatização de Bibliotecas

4 Planejar a informatização na biblioteca

O uso da informatização visa facilitar, agilizar e tornar mais acessível o acervo e o uso da biblioteca.Neste capítulo, será enfocada a importância do plane-jamento e suas etapas para a realização do projeto de informatização.

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49Planejar a informatização na biblioteca

4.1 Importância de projetos e de seus planejamentos

As motivações para a informatização de uma biblioteca precisam estar claramente definidas e especificadas. Requerem condições de segurança plena das operações desde a infra-estrutura logística, até a realização das transações (cadastros, empréstimos, reservas, emissões de correspondência), com confiança e tranqüilidade.

As bibliotecas necessitam de softwares para auxiliar no processamento técnico do acervo, atendimento aos usuários, e para gerenciar aspectos administrativos.

O planejamento de projetos necessita de pessoas respon-sáveis pela articulação e respectiva execução. Cada projeto é influenciado pela situação do contexto organizacional e, prin-cipalmente, pela integração de aplicativos nos processos de seleção, aquisição, catalogação, classificação e disseminação.

O princípio de usar a informatização visa auxiliar direta-mente o trabalho da gestão da biblioteca na escola.

O ciclo de vida de um projeto também se torna um instru-mento da qualidade. Veja na figura a seguir o ciclo de vida do projeto elaborado por Keeling (2006).

Figura 7: Seqüência típica de eventos durante o ciclo de vida do projeto. Fonte: Adaptado de Keelling (2006).

Conceito Propostainicial

Estudo deviabilidade

e risco

Fase conceitual

Aceitação Objetivos e plano mestre

Plano de atividade e de recursos

Exame doscontratos de

recurso

Fase de planejamento

Fase de implementação Fase de conclusão Conclusão

Monitoração econtrole da

implementação

Análise e revisão do projeto Entrega

Avaliação e acompanhamento

Dicas de segurança na Internet: não divulgue informações pes-soais como telefone ou endereço em sites de relacionamentos pes-soais, blogs ou mesmo em comu-nicadores instantâneos (Skype, Msn, Twitter); evite acessar pági-nas bancárias ou que necessitem de informações confidenciais em computadores que você não confia (Cyber-Cafés, Lan-house); use e atualize sempre programas de an-tivírus; escolha senhas com letras, números e caracteres com sinais; evite usar a mesma senha para di-versas contas.

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50 Informatização de Bibliotecas

Existem vulnerabilidades e riscos que, se previstos no pla-nejamento cuidadoso e realizados na avaliação de viabilidade, podem ser evitados ou minimizados. O uso de requisitos técni-cos e práticas de segurança, entre as quais a cópia (backup) do

Coordenação ineficaz de recursos e esforços.

Fracasso em concluir no prazo.

Arranjos de entrega inadequados.

Relações humanas deficientes.

Desempenho fraco com relação à administração de projeto em tempo parcial na organização do cliente, do consultor ou do contratado.

Organização inadequada - é comum nos projetos malsucedidos quando os papéis, responsabilidades e alcance das contribuiçõesde participantes - chave não são claramente definidos.

Decisões sobre estratégia de contrato tarde demais(restringindo alternativas).

Falta de sustentação para os objetivos do projeto.

Fracasso em avaliar a viabilidade, calcular riscos e elaborar plano de contigências.

Materiais ou equipamentos inferiores às especificações técnicas ou de qualidade.

Escalada de custos resultante do controle deficiente, fracasso de programações descontroladas ou expansão imprevista de tarefas .

Intromissão ou interferência de políticos ou membros mais velhos da organização do proprietário.

Administração e logística para operações técnicas complexas.

Estrutura organizacional mal definida, áreas de responsabilidade imprecisas, limites de autoridade.

Inadequações no planejamento, orçamento e controle.

Descuido com o treinamento e as necessidades de desenvolvimento de equipes.

Avaliação e acompanhamento inadequados do projeto.

Conflito e problemas inter-pessoais provocados por limites mal definidos e organização deficiente do trabalho.

Fatores de fracasso

Page 51: Livro Informat Biblio

51Planejar a informatização na biblioteca

Estruturas organizacionais adequadas ao caráter do projeto.

Participação da equipe no planejamento e definição de métodos, programações e orçamentos.

Ausência de impedimentos legais.

Minimização do número de entidades burocráticas públicas ou orgãos governamentais envolvidos; e

Apoio público entusiástico.

Compromisso da organização matriz, cliente e gerente do projeto com:

Programações das atividade e procedimentos de controle estabelecidos; Orçamentos e controle de gastos estabelecidos; Metas e marcos técnicos vinculados ao tempo e o custo.

Estruturas organizacionais adequadas e convenientes.

Mecanismos do planejamento adequados e de controle convenientes.

Fatores de sucesso

sistema, o estabelecimento de políticas internas e treinamentos, possibilitam melhorar a produtividade e, principalmente, a evi-tar problemas e fracassos. Veja, na figura a seguir, os fatores de fracasso e de sucesso possíveis na execução de um projeto.

Figura 8: Fatores de fracasso e de sucesso no projeto. Fonte: Adaptado de Keelling (2006).

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52 Informatização de Bibliotecas

Antever etapas, realizar o projeto detalhadamente, poderá facilitar e reduzir os custos finais do projeto de informatização. Acompanhar todas as etapas e, principalmente, compartilhar os sucessos e fracassos, poderá fortalecer a equipe na busca de melhores soluções.

4.2 A relação custo versusbenefício

A relação custo versus benefício permeia muitos projetos de informatização. Mas não basta apenas ser gratuito, con-forme afirma Rowley (2002, p. 5), existe uma “preocupação fundamental com a manutenção do acervo e com o monitora-mento do paradeiro dos documentos, de modo que o pessoal e os clientes da biblioteca conheçam a disponibilidade e a si-tuação deles.” Desta forma, a equipe da biblioteca tem o papel essencial de alimentar o sistema e ter iniciativa para aprender a usar os recursos disponibilizados no software.

Os autores Amorim e Damásio (2006) apontam que o ato de escolha do software para uma biblioteca exige planejamen-to e este deve levar em consideração o usuário da informação, os recursos de tecnologia da informação na instituição, os re-cursos financeiros, os recursos humanos, e suporte de infor-mática necessário.

Entre os fatores para a tomada de decisão na elaboração de um plano, isto é, cada fase ou etapa do processo e suas implicações, é preciso detalhar, analisar o contexto escolar, as demandas da comunidade escolar, observar as viabilidades e tendências tecnológicas, e as políticas de acesso e uso da in-

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53Planejar a informatização na biblioteca

formação que permeiam todo o processo de informatização. O planejamento consiste também em analisar o orçamento dis-ponível verificando os itens:

a) estimativas de custos e prazos;

b) custo dos produtos (equipamentos e software aplica-tivo);

c) licenciamento do software e contratos;

d) terceirização;

e) estimativas de horas de trabalho;

f) aprovação final do projeto.

O preço de um produto de informática pode ser muito di-ferenciado conforme a versão, as características, e por isso é fundamental verificar quais os requisitos técnicos, suas especi-ficações, garantia, entre outros cuidados.

Sempre é necessário cuidar com a qualidade dos produtos solicitados e recebidos, pois uma pequena diferença na espe-cificação técnica pode tornar-se um problema maior no futuro.

4.3 Elaboração de projetos e suas etapas

O projeto de informatização, conhecido também como pla-no ou projeto, parte da identificação do contexto e da neces-sidade no setor.

Você precisa observar os pontos fortes e fracos, as oportu-nidades e ameaças da organização.

No projeto, é necessário:

1) apresentar a finalidade (quais os objetivos, importância, justificativas);

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54 Informatização de Bibliotecas

2) efetuar o estudo de viabilidade (as vantagens e limitações);

3) indicar os impactos no ambiente e nos processos;

4) apresentar a aceitação dentro da organização (envol-vimento da equipe, treinamento das pessoas);

5) identificar os recursos (humanos, orçamentários, finan-ceiros, materiais);

6) especificar os custos da implantação, do licenciamento, da manutenção;

7) realizar a análise e escolha dos programas;

8) analisar as propostas e testes acompanhados pelo pare-cer para justificar a escolha;

9) detalhar o cronograma (as etapas; os prazos da aqui-sição dos equipamentos; instalação da rede lógica, da elétrica e dos programas aplicativos);

10) estabelecer controles: atividades, fluxogramas de pro-cessos, diagramas, softwares, inspeções, relatórios par-ciais e final, avaliação e acompanhamento;

11) efetuar a comunicação interna e externa, utilize formu-lários e efetue relatórios das atas e das reuniões;

12) definir a atribuição de responsabilidades para cada eta-pa de execução do projeto;

13) especificar a avaliação do projeto do sistema implementado.

O processo de comunicação interna auxilia no fluxo da in-formação. Para tanto, recomendamos conversas, demonstra-ções, treinamento e reuniões com os envolvidos. Nas reuniões da equipe, é fundamental não perder de vista a finalidade, as funções dos membros, e a freqüência.

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55Planejar a informatização na biblioteca

A composição da equipe depende da formação técnica e profissional, da competência e experiência em realizar ativi-dades e tarefas, dos fornecedores de produtos e serviços e de outros possíveis envolvidos, como consultores e assessores na área de informática e telecomunicações.

No próximo capítulo o foco está centrado nos sistemas de gerenciamento de bases de dados para bibliotecas.

Bibliografia ComentadaBRASIL. Presidência da República. Software livre no governo do Brasil. Disponível em: <http://www.softwarelivre.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2010.

Portal do Governo Federal sobre as políticas do software livre no Brasil. Apresenta diversos documentos e links entre os quais decretos, e o Guia Livre, referência de migração para software livre no Governo Federal.

PIZZORNO, Ana Claudia Philippi et. al. Buscando soluções para trabalhar o acervo físico, digital e virtual num mesmo ambiente: utilizando o software Pergamum. Revista ACB, v. 10, n. 1, 2005. Disponível em: <http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/420>. Acesso em: 21 abr. 2010.

O artigo apresenta soluções para armazenar e recuperar a informação de documentos físicos e digitais no cotidiano da biblioteca da UNISUL utilizando o software Pergamum.

PHILLIPS, Joseph. Gerência de projetos de tecnologia da informação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

A obra fornece um roteiro para projetos de tecnologia da informação e passa por todas as fases, desde a concepção à

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56 Informatização de Bibliotecas

conclusão, e descreve estratégias fundamentais para a sua conclusão dentro do tempo e do orçamento.

STAIR, Ralph M; REYNOLDS, George W. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, c2006. 696 p.

Os autores enfocam a compatibilidade de software ehardware como elemento imprescindível para o sucesso das organizações contemporâneas. Casos e exemplos ilus-tram o tema e abordam questões cruciais como comércio eletrônico, segurança, privacidade e questões éticas dos si-temas de informação. A obra ainda apresenta objetivos de aprendizado, resumos dos capítulos, termos-chave, ques-tões para revisão, questões para discussão e exercícios no final de cada capítulo.

SínteseÉ preciso realizar o planejamento e especificar detalhada-

mente as etapas de realização do projeto de informatização para alcançar com sucesso o processo de informatização na biblioteca.

Cada projeto é influenciado pela situação do contexto or-ganizacional e, principalmente, pela integração de aplicativos nos processos de seleção, aquisição, catalogação, classificação e disseminação.

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Page 58: Livro Informat Biblio

58 Informatização de Bibliotecas

5 Gerenciamento de bases de dados

O objetivo do capítulo é apresentar sistemas de geren-ciamento de bases de dados para bibliotecas. Ao térmi-no desse capítulo esperamos que você consiga:

a) identificar requisitos na escolha do software para biblioteca;

b) avaliar as soluções de softwares para bibliotecas.

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59Gerenciamento de bases de dados

5.1 Requisitos na escolha do software

As bibliotecas precisam acompanhar o desenvolvimento tecnológico e atender satisfatoriamente as necessidades de sua comunidade. A evolução do gerenciamento de bases de dados, isto é, uma aplicação de computador especializada para atender o ambiente da biblioteca escolar requer que a coleção de dados esteja inter-relacionada por meio de um conjunto de programas para facilitar o acesso e a consulta de maneira conveniente e eficiente.

O uso de um sistema gerenciador de bases de dados possi-bilita controlar o acervo, recuperar a informação e os dados de-terminados de documentos armazenados na base de dados. Visa também efetuar consultas sobre empréstimos e devoluções de obras, gerar estatísticas (de cadastros, dos empréstimos, das re-servas, do inventário, das reclamações e sugestões, etc.), faci-litar o processo de aquisição e seleção do material da biblioteca.

A interação do usuário com o sistema de bases de dados ge-ralmente ocorre por meio de formulários e interfaces gráficas15.

Cada vez mais a diversidade da oferta de produtos e servi-ços dos fornecedores do mercado tecnológico possibilita dina-mizar o gerenciamento de sistemas de bibliotecas.

Côrte et al. (2002, p. 33) sugerem alguns pontos impor-tantes antes da escolha de um software, como: revisão de li-teratura; definição das necessidades da instituição; análise de catálogo disponíveis no mercado; análise de empresas presta-doras de serviços na área; contato com instituições usuárias de softwares, para verificar a satisfação; contato com os de-senvolvedores dos softwares; análise de demandas e necessi-dades da biblioteca, (caracterizar a tipologia e quantificação do acervo, usuários, capacidades institucionais, serviços e pro-dutos oferecidos); capacidade tecnológica e computacional da

15 A interface do navegador para a World Wide Web, conhecido comobrowser, é a interface mais usada para os sistemas de bases de dados.

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60 Informatização de Bibliotecas

Eficiência:Avalia a capacidade do software de proporcionar o nível de desempenho exigido,referente à quantidade de recursos usados sob determinadas condições:

Tempo.

Manutenibilidade: Avalia a capacidade que o software possui de ser modificado. Modificações estas que incluem correções, aperfeiçoamentos ou adaptações do software devido a mudanças de ambiente em solicitações e especificações funcionais:

Analisabilidade;

Modificabilidade;

Estabilidade.

Portabilidade:Avalia a capacidade do software de ser transferido de um ambiente para outro:

Adaptabilidade;

Instalação;

Conformidade.

Usabilidade:Demonstra a capacidade que um software possui em relação ao entendimento, aprendizagem e satisfação do usuário sob determinadas condições.Avalia aspectos referentes a facilidades de uso:

Inteligibilidade;

Apreensabilidade;

Operacionalidade.

Confiabilidade: Avalia a capacidade de um software de manter seu nível de perfomance. Os aspectos a serem avaliados são:

Maturidade;

Tolerância a falhas;

Recuperabilidade.

Funcionalidade: Analisa a capacidade do software de fornecer funções que satisfaçam as necessidades da biblioteca.Neste requisito é necessário avaliar aspectos referentes a:

Adequação (Realiza aquilo a que se propõe?);

Tecnologia (Atende às funções básicas de uma biblioteca/centro de documentação?);

Seleção, aquisição e catalogação (Atende aos processos de tratamento da informação dos documentos?);

Circulação (Possibilita consultar detalhes da obra por diferentes pessoas ao mesmo tempo?);

Recuperação da informação (Efetua buscas simples e avançadas por tipo de material bibliográfico?);

Processo gerencial (Emite relatórios desde a sugestão da aquisição de uma obra, controle financeiro, mala direta para editoras, emissão de cartas de cobrança e agradecimento, controla assinatura de revistas e jornais, etc?);

Acurácia (Apresenta adequadamente os registros?);

Interoperabilidade (Permite interação com sistemas: HTTP, Z39.50, ISO 2709, Dublin Core, entre outros?);

Conformidade (Está de acordo com normas, leis, protocolos, etc.?);

Segurança de acesso (Evita acesso não autorizado a programas e dados?).

instituição; análise da idoneidade da instituição que será com-prado o produto, verificando a assistência técnica, entre outros.

Conforme mencionam Amorim e Damásio (2006), a tomada de decisão sobre qual software será adquirido e implementado, é considerada uma tarefa dos bibliotecários e da equipe de planejamento e de informática. São essas pessoas que geren-ciam e administram as bibliotecas, incluído o uso de tecnolo-gias da informação em suas diferentes fases e usos.

Na escolha do software para informatização da biblioteca, é necessário que você observe os requisitos designados, isto é, suas especificações técnicas.

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecno-logia (2005) disponibiliza em seu site o texto Software para automação de bibliotecas, que apresenta requisitos mínimos para a avaliação de um software. Leia-os a seguir:

Figura 9: Requisitos mínimos para avaliação de software. Fonte: Adaptado do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (2005).

Requisitos

São atributos técnicos e operacionais do software a ser atendidos para que o mesmo funcione adequadamente, entre os quais estão aspectos de con-formidade, custos, funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência e portabilidade.

Page 61: Livro Informat Biblio

61Gerenciamento de bases de dados

Eficiência:Avalia a capacidade do software de proporcionar o nível de desempenho exigido,referente à quantidade de recursos usados sob determinadas condições:

Tempo.

Manutenibilidade: Avalia a capacidade que o software possui de ser modificado. Modificações estas que incluem correções, aperfeiçoamentos ou adaptações do software devido a mudanças de ambiente em solicitações e especificações funcionais:

Analisabilidade;

Modificabilidade;

Estabilidade.

Portabilidade:Avalia a capacidade do software de ser transferido de um ambiente para outro:

Adaptabilidade;

Instalação;

Conformidade.

Usabilidade:Demonstra a capacidade que um software possui em relação ao entendimento, aprendizagem e satisfação do usuário sob determinadas condições.Avalia aspectos referentes a facilidades de uso:

Inteligibilidade;

Apreensabilidade;

Operacionalidade.

Confiabilidade: Avalia a capacidade de um software de manter seu nível de perfomance. Os aspectos a serem avaliados são:

Maturidade;

Tolerância a falhas;

Recuperabilidade.

Funcionalidade: Analisa a capacidade do software de fornecer funções que satisfaçam as necessidades da biblioteca.Neste requisito é necessário avaliar aspectos referentes a:

Adequação (Realiza aquilo a que se propõe?);

Tecnologia (Atende às funções básicas de uma biblioteca/centro de documentação?);

Seleção, aquisição e catalogação (Atende aos processos de tratamento da informação dos documentos?);

Circulação (Possibilita consultar detalhes da obra por diferentes pessoas ao mesmo tempo?);

Recuperação da informação (Efetua buscas simples e avançadas por tipo de material bibliográfico?);

Processo gerencial (Emite relatórios desde a sugestão da aquisição de uma obra, controle financeiro, mala direta para editoras, emissão de cartas de cobrança e agradecimento, controla assinatura de revistas e jornais, etc?);

Acurácia (Apresenta adequadamente os registros?);

Interoperabilidade (Permite interação com sistemas: HTTP, Z39.50, ISO 2709, Dublin Core, entre outros?);

Conformidade (Está de acordo com normas, leis, protocolos, etc.?);

Segurança de acesso (Evita acesso não autorizado a programas e dados?).

Page 62: Livro Informat Biblio

62 Informatização de Bibliotecas

Amorim e Damásio (2006, p. 5) justificam a utilização da filosofia disseminada de software livre, devido o mesmo ser sem custos para aquisição, com desenvolvimento cooperativo e com os “códigos abertos”, ou seja, passíveis de adaptações e mudanças.

Silva (2007) apresenta um artigo sobre os softwares livres e apresenta, também, critérios para a avaliação dos mesmos, entre os quais estão perguntas que auxiliam na observação, análise e recomendação:

• Qual a situação legal ou de licenciamento do software?

• Adere padronizações e padrões pertinentes à atividade do usuário?

• Há algum usuário de referência para o sistema?

• Alguma organização conhecida é associada aos esforços de desenvolvimento?

• Qual é a linguagem de programação utilizada?

• Suporta internacionalização e localização para a lingua-gem de sua região?

• Existem avaliações de terceiros sobre o software?

• Há livros, artigos ou textos publicados sobre o software?

• Tem sido acompanhado por analistas da área ou institu-tos de avaliação?

Assim, o processo de informatização de uma biblioteca requer atenção ao contexto, análise dos critérios e observa-ção das condições de viabilidade (técnica, jurídica, econômica, operacional e de prazos).

Após a aprovação do projeto, a etapa seguinte é a execu-ção, isto é, sua implementação, manutenção e avaliação. A avaliação de um sistema é a ultima etapa de desenvolvimen-

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63Gerenciamento de bases de dados

to do projeto. Somente com o comprometimento de todas as pessoas envolvidas é que se poderá alcançar o sucesso e evi-tar fracassos. A seqüência de etapas na implantação ocorre nessa ordem:

1) Elaboração do projeto.

2) Aprovação do projeto.

3) Aquisição do hardware (equipamentos).

4) Aquisição do software: orçamento, aquisição, instala-ções e ajustes.

5) Preparação da equipe.

6) Contratação e treinamento do pessoal.

7) Preparação do local.

8) Preparação da entrada de dados.

9) Testes da entrada, processamento e saída dos dados.

10) Inicialização do sistema.

11) Aceitação pelo usuário.

12) Avaliação.

13) Realimentação.

A aquisição de um software comercial ou de código aberto dependerá dos estudos de viabilidade efetuados. Lembre-se de que cada biblioteca está contextualizada de maneira úni-ca. É preciso analisar com paciência e atenção o contexto da escola e da biblioteca, estudar os diferentes softwares exis-tentes, suas características técnicas e operacionais e, prin-cipalmente, a possibilidade do trabalho em rede com outras bibliotecas.

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64 Informatização de Bibliotecas

5.2 A escolha de programas aplicativos

Entre as diversas soluções comerciais e de código aberto, é desejável, após os estudos de viabilidade, realizar testes e demonstrações dos desenvolvedores de programas aplicativos antes da aquisição e instalação final.

A seguir, você poderá conhecer algumas empresas desenvol-vedoras de programas aplicativos e seu endereço na Internet. Não foram descritas as características técnicas devido à cons-tante atualização e acompanhamento de tendências da área.

Software para gerenciamento de sistemas de bibliotecas

Nome do Software Endereço eletrônico

Aleph - Alephino http://www.exl.com.br/alephino.htm

Alexandria http://www.alexandria.com.br/

Arches Lib http://www.wa-corbi.com.br/arches.htm

BibLivre http://www.biblivre.ufrj.br

BiblioBase - Sistema de Automação de Bibliotecas

http://www.salvato.com.br/prod_bibliobase.php

BiblioShop http://www.biblioshop.com.br/

Biblioteca Argonauta http://www.datacoop.com.br/

CDS/ISIS database software – UNESCO http://portal.unesco.org/ci/en/ev.php-URL_ID=2071&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html

Control http://www.controlsoftware.com.br/

GNUTECA - Software Livre (Linux) http://www.gnuteca.org.br/

Greenstone software http://www.greenstone.org/

Informa Biblioteca Eletrônica http://www.modonovo.com.br/

Page 65: Livro Informat Biblio

65Gerenciamento de bases de dados

Software para gerenciamento de sistemas de bibliotecas

Nome do Software Endereço eletrônico

MultiAcervo http://www.multiacervo.com.br/index.htm

OrtoDocs – Portiron http://www.potiron.com.br/v2_index.htm

Pergamum - Sistema Integrado de Bibliotecas

https://wwws.pucpr.br/sistemas_s/pergamum/pergamum/php/home.php

PHL - Personal Home Library http://www.elysio.com.br/

Sabia - Sistema de Automação Bibliotecária

http://www.mpsinf.com.br/solucoes/judiciario-auto.asp

Sophia http://www.primasoft.com.br/produtos/biblioteca/index.htm

Sysbibli – Contempory http://www.contempory.com/new/index.php

Via Apia Informática http://www.viaapia.com.br/

VTLS - Visionary Technology in Library Solutions -

http://www.vtls.com/

Quadro 7: Lista de software para gerenciamento de sistemas de bibliotecas.

Cabe ao responsável pela biblioteca analisar os diversos sis-temas de gerenciamento de bases de dados para bibliotecas.

A tarefa de seleção requer identificar requisitos na escolha do software para biblioteca e avaliar as soluções de softwares para bibliotecas disponíveis no mercado.

O processo de informatização de bibliotecas nas escolas re-quer atenção às novas tecnologias de informação disponíveis, exige acompanhar as inovações tecnológicas e principalmente as novas versões de cada software.

A avaliação de software precisa ser uma constante no coti-diano da biblioteca.

Page 66: Livro Informat Biblio

66 Informatização de Bibliotecas

Bibliografia ComentadaAMORIM, Antonio; DAMASIO, Edílson. O Gnuteca e o OpenBiblio: avaliação de softwares livres para a automação de bibliotecas. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS - SNBU, 16., 2006, Salvador. Anais..., Salvador: SNBU, 2006. Disponível em: <http://eprints.rclis.org/archive/00007916>. Acesso em: 22 abr. 2010.

Artigo no qual os autores comparam os softwares livres GNUTECA e OPENBIBLIO. Leitura indispensável para quem deseja aplicar recursos gratuitos em bibliotecas.

CAFÉ, Lígia; SANTOS, Christophe; MACEDO, Flávia. Proposta de um método para escolha de software de automação de bibliotecas. Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 2, p. 70-79, maio/ago. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v30n2/6213.pdf >. Acesso em: 20 abr. 2010.

Apresenta um método de avaliação e seleção de softwares para bibliotecas. Apresenta uma lista de itens para identifi-car os requisitos para avaliação e seleção de softwares para automação de bibliotecas.

MCGEE, James V.; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação: aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a informação como uma ferramenta estratégica. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, c1994.

O livro mostra como considerar a questão da informação na estratégia global da empresa. Os autores orientam como gerenciar a informação, a definição de processos, o projeto de arquiteturas da informação e os estilos gerenciais.

Page 67: Livro Informat Biblio

67Gerenciamento de bases de dados

REZENDE, Denis Alcides. Planejamento de sistema de informação e informática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 168 p.

O autor descreve partes, fases, subfases e produtos da me-todologia para desenvolvimento do planejamento de siste-mas de informação, conhecimentos e informática ou tecno-logia da informação nas organizações, detalhando a visão moderna e a aplicação de um guia prático de planejamento da tecnologia da informação integrada aos objetivos, estra-tégias e ações organizacionais.

Síntese Os sistemas de gerenciamento de bases de dados para bi-

bliotecas facilitam a organização e administração do acervo. Para escolher um software para a biblioteca na escola é

fundamental observar requisitos técnicos e operacionais. Cabe ao responsável da biblioteca escolar analisar e esco-

lher ferramentas e instrumentos mais adequados para apro-ximar a comunidade escolar da informação, seja no formato papel ou digital.

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68 Informatização de Bibliotecas

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71Currículo da Autora

Currículo da Autora

Ursula Blattmann

Professora na Universidade Federal de Santa Catarina desde 1993. Atua nas áreas de tecnologia da informação, fontes de informação e fluxos da informação. Escreve textos sobre bibliotecas, bibliotecas virtuais, fontes de informação, recu-peração da informação e mecanismos de busca. Atua como pesquisadora no Instituto de Pesquisas Biblion e no grupo Arquivos Contemporâneos.