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LINFADENOMEGALIASLINFADENOMEGALIAS
Uma Abordagem Uma Abordagem SindrmicaSindrmica
Everton Rodrigues
LINFONODOSLINFONODOS
So estruturas ovides, pequenas e encapsuladas localizadas no caminho dos vasos linfticos.
Atuam como filtros da linfa (que excesso de lquido intersticial).
Maior dimetro: poucos milmetros a 1,0-1,5cm.
Os linfonodos tm a capacidade de reter (algumas vezes destruir), ou pelo menos retardar, a difuso pelo organismo de bactrias, vrus e mesttases.
Ao entrar em contato com uma linfa contaminada vinda do linftico aferente, o linfonodo permite a maturao e conseqente liberao de linfcitos e plasmcitos, que sero levados circulao atravs dos linfticos eferentes para realizar sua funo imune.
rgos linfides: linfonodos, bao, timo, amgdalas, placas de Payer nos intestinos.
Como descrever um linfonodo palpvel?
Localizao: por exemplo - supraclavicular, inguinal, occipital.
Tamanho: estimar em centmetros. At 1cm (mesmo palpvel) raramente maligno.
Consistncia: elstica, fibroelstica, ptrea. Mais endurecidos maior chance de malignidade.
Mobilidade: a imobilidade deve-se aderncia a planos profundos, achado freqente mente associado a neoplasia mailgna.achado freqente mente associado a neoplasia mailgna.
Dor: indica crescimento rpido com distenso capsular. Assim, as causas infecciosas e inflamatrias so as mais associadas ao achado de um linfonodo doloroso.
Presena de fstula cutnea: adenite tuberculosa (escrfula), paracoccidioidomicose, doena da arranhadura do gato.
Tempo de evoluo: aguda (dias), subaguda (semanas), crnica (meses).
LINFADENOMEGALIA
Linfadenomegalia ou Linfadenopatia ou Adenomegalia ou Adenopatia: aumento dos linfonodos (pode ser generalizado ou restrito a determinada cadeia de linfonodos).
Causas:
CCnceresnceresCCnceresnceres
HHipersensibilidadeipersensibilidade
IInfeconfeco
CColagenosesolagenoses
AAtpicas (doenas tpicas (doenas linfoproliferativaslinfoproliferativas atpicas)atpicas)
GGranulomatosasranulomatosas
OOutrasutras
Crianas e adultos jovens infeces bacterianas ou virais de vias areas superiores, mononucleose infecciosa, toxoplasmose, TB.
Aps 50 anos aumenta a incidncia de distrbios malignos.
LINFADENOMEGALIA
Aps 50 anos aumenta a incidncia de distrbios malignos.
Linfonodos inflamatrios Linfonodos neoplsicos
Evoluo rpida, com presena de sinais flogsticos.
Evoluo progressiva, inicialmentesilenciosa.
Doloroso *Indolor
Pele local hiperemiada Pele inicialmente sem alteraes de cor
Com freqncia so mltiplos desde o Com freqncia so nicos no incio do incio do processo inflamatrio processo neoplsico metasttico.
Superfcie regular, lisa Superfcie irregular
Em geral menores que 2cm Em geral maiores que 2cm
Presena de celulite nos tecidos vizinhos Ausncia de celulite nos tecidos vizinhos
*Certas doenas malignas, como leucemia aguda, podem provocar aumento
rpido e dor nos linfonodos.
LINFADENOMEGALIA REGIONALLINFADENOMEGALIA REGIONALCabea:
Adenopatia occipital infeco do couro cabeludo.
Adenopatia pr-auricular infeces das conjuntivas, doena daarranhadura do gato.
Adenopatia retroauricular caracterstica da rubola.
Cervical: o pescoo a sede mais comum de adenopatialocalizada, sendo bem mais freqentes as causas no-malignas(IVAS, infeco na cavidade oral, *sndrome de mononucleose).
*Na sndrome de mononucleose, a adenopatia tende a sergeneralizada, mas com predomnio cervical.
Supraclavicular:
Causas neoplsicas de adenopatia supraclavicular : CA gastrintestinal, de mama, testculos, ovrios, pulmo.
LINFADENOMEGALIA REGIONALLINFADENOMEGALIA REGIONAL
Causas no-neoplsicas : TB, sarcoidose, toxoplasmose.
Adenopatia esquerda (ndulo de Virchow): sugere presena de neoplasia abdominal (estmago, pncreas, vescula biliar...)
Adenopatia direita: pensar em neoplasias do mediatisno, pulmo ou esfago.
Axilar: os linfonodos axilares recebem a drenagem venosa dos MMSS, da parede torcica e das mamas.
Adenopatia axilar em geral, por leses ou infeces no membro superior ipsilateral.
LINFADENOMEGALIA REGIONALLINFADENOMEGALIA REGIONAL
superior ipsilateral.
Adenopatia axilar (causas malignas) melanoma, linfoma, cncer de mama.
Inguinal: infeces piognicas de MMII, presena de DST ou malignidade (mais freqentes - linfomas, melanomas de MMII e as neoplasias ginecolgicas).
LINFADENOMEGALIA GENERALIZADA
Traduz uma afeco de carter sistmico.
Geralmente correspondem a distrbios no-malignos
Infeces
AIDS
HTLV-1
Mononucleose
Citomegalovrus
Sfilis secundria
Toxoplasmosedistrbios no-malignos (com *poucas excees).
Toxoplasmose
Tuberculose
Blastomicose
Colagenoses
*Neoplasias primrias do sistema
reticuloendotelial (linfoma, LLA, LLC)
Medicamentos (feitona, penicilina,
captopril)
Linfadenopatia + esplenomegalia = doena sistmica (mononucleose infecciosa, linfoma, leucemia aguda ou crnica, LES, sarcoidose, toxoplasmose, doena da arranhadura do gato).
QUANDO QUANDO BIOPSIARBIOPSIAR??
INDICAES PARA A BIPSIA DO LINFONODO
As indicaes ainda so imprecisas, mas, segundo a maioria dos autores, deve-se solicitar a bipsia do linfonodo nas situaes na tabela..
INDICAES PARA A BIPSIA DO LINFONODO
Tamanho: maior que 2 cm
Localizao supraclavicular e escalnica
Persistncia por mais de 4 a 6 semanas
Crescimento progressivo
Aderncia a planos profundos
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
Doena causada pelo vrus de Epstein-Barr (EBV).
Responsvel por mais de 80% dos quadros de sndrome demononucleose ou mononucleose-like.
Transmisso: contato com a saliva infectada (doena do beijo).
Quadro clnico: febre; faringite dolorosa; adenopatiageneralizada, com predomnio cervical; esplenomegalia em 50%dos casos. Exantema raro (5%) porm torna-se freqente(90%) quando o paciente recebe amoxicilina.
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
Laboratrio:
---Leucocitose discreta custa de linfcitos (linfocitose relativa)
---Mais de 10% de linfcitos atpicos.
--- Trombocitopenia e alteraes do hepatograma so comuns, mas raramente importantes.raramente importantes.
O EBV permanece latente no organismo e est associado a neoplasias oportunistas (principalmente linfomas) em pacientes imunodeprimidos.
DOENA PELO CMVDOENA PELO CMV
Segundo agente mais comum da sndrome de mononucleose oumononucleose-like.
Transmisso: contato com leite materno, saliva, fezes, urina. A maioriaadquire ainda na infncia.
Quadro clnico:
---Infeces congnitas: podem ser inaparentes ou graves.
---Crianas e adultos: geralmente assintomtica, mas pode haversndrome mononucleose-like, porm adenopatia e faringite so menosfreqentes.
---Imunocomprometidos: o quadro inicial de sndrome mononucleose-like, porm podem evoluir com infeco grave (pneumonite,encefalite, retinite).
TOXOPLASMOSE
Terceiro agente mais comum da sndrome de mononucleose oumononucleose-like.
Quadro clnico:
-Pode causar malformao na infeco congnita.-Pode causar malformao na infeco congnita.
-A maioria das infeces assintomtica ou subclnica.
-Nos que manifestam quadro clnico, geralmente ocorre sndromemononucleose-like.
-1% dos imunocompetentes tm apresentao atpica: pneumonia,encefalite, coriorretinite.
DOENA DA ARRANHADURA DO GATO
Tambm chamada de bartonelose, manifesta-se comlinfadenopatia regional e dolorosa, de evoluo subaguda(semanas) aps uma arranhadura ou mordida de gato. Em algunspoucos casos, ocorre linfadenopatia generalizada.
causada pela bactria Bartonella henselae, que est comumentepresente em gatos infestados por pulgas.
Cerca de 3 a 5 dias aps a arranhadura, surge uma ppula, queevolui para pstula e ento crosta, associada a adenopatialocalizada, dolorosa, que eventualmente supura, nos linfonodosresponsveis pela drenagem da regio arranhada.
Caso a doena no seja identificada e tratada, a adenopatia pode persistir por meses.
Encefalite, meningite, hepatite e infeco disseminada so formas raras.
DOENA DA ARRANHADURA DO GATO
formas raras.
CASO 01CASO 01
Antnio, 57 anos, agricultor, mora na fazenda onde nasceu efuma cachimbo desde os 13 anos de idade. Sua esposa jtentou de tudo para fazer seu marido largar o vcio, semsucesso. Agora ela tem implicado com a tosse e as leses labiaisque seu Juvenal tem apresentado. De tanto ela insistir, eleque seu Juvenal tem apresentado. De tanto ela insistir, eleresolve ir at a cidade, no posto de Sade da regio.
Durante a consulta, refere ainda tosse h 3 meses e febre vespertina
eventual. Alm disso, emagreceu 7 Kg nos ltimos meses.
CASO 01CASO 01
Ao exame: emagrecido, hidratado, hipocorado (+/4+), eupnico, afebril. No apresenta alteraes ausculta pulmonar ou cardaca. Exame de abdome e MMII tambm inalterados. Presena de linfonodos cervicais anteriores palpveis, pequenos, de consistncia elstica. O que chama a ateno a presena de placas eritematosas em lbio inferior e mento, cada presena de placas eritematosas em lbio inferior e mento, cada uma medindo cerca de 3 cm, com rea de ulcerao.
1) Quais as hipteses diagnsticas?
2) Que exame voc solicitaria para esclarecer o diagnstico? O que espera encontrar?
CASO 01CASO 01
Diagnstico mais provvel: paracoccidioidomicose crnica (quadro pulmonar parecido com TB + leses cutneo-m