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lythu
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CURSO DE CLCULO - MDULO 2
LIMITES
SUMRIO
Unidade 1- Sequncias Reais e seus Limites
1.1- Introduo 1.2- Noo Intuitiva de Limites 1.3- Definio 1.4- Sequncias de Nmeros Reais 1.5- Limites de Sequncias de Nmeros Reais
Unidade 2- Limites de Funes
2.1- Conceito de Limite de uma Funo 2.1.1- Definio Informal 2.1.2- Definio de Limite 2.2- Propriedades dos Limites de Funes 2.3- Limites Laterais 2.4- Limites Infinitos 2.4.1- Teoremas do Limite 2.4.2- Formas Indeterminadas 2.5- Limites Envolvendo Funes Compostas 2.6- Limite Envolvendo os Smbolos e
Unidade 3- Teorema do Confronto e Limites Fundamentais
3.1- Teorema do Confronto 3.2- Limite Trigonomtrico Fundamental 3.3- Limite Exponencial Fundamental
Unidade 4- Funes Contnuas
4.1- Conceito de Continuidade 4.2- Continuidade de uma Funo em um Ponto 4.3- Continuidade de uma Funo em um Intervalo 4.4- Propriedade da Permanncia de Sinal 4.5- Propriedades das Funes Contnuas 4.6- Composio e Continuidade
Unidade 1- Sequncias Reais e seus Limites
1.1- Introduo
O conceito de limite fundamental no clculo diferencial, um campo
da Matemtica que iniciou se no sculo XVII sendo bastante produtivo em
resultados e aplicaes em vrias reas do conhecimento, como a Fsica, a
Engenharia, a Economia, a Geologia, a Astronomia, a Biologia, entre outras.
Com o desenvolvimento do clculo diferencial, matemticos como
Huygens (1629 1695), Newton (1642 1727) e Leibniz (1646 1716) tiveram
papel marcante. Buscando aperfeioar a conceituao de limites, tiveram
destaques as contribuies de d Alembert (1717 1783) e de Cauchy ( 1789
1857).
Na Matemtica atual, as definies de convergncia, divergncia,
continuidade, derivada e integral esto baseadas no conceito de limite. A falta
de compreenso da noo de limite, no passado, levou a vrios paradoxos,
sendo os mais antigos devidos a Zeno de Eleia.
A primeira vez que limites foram necessrios foi para a resoluo dos
quatro paradoxos de Zeno (cerca de 450 a.C.). No primeiro paradoxo, a
Dicotomia, Zeno colocou um objeto se movendo uma distncia finita entre
dois pontos fixos em uma srie infinita de intervalos de tempo (o tempo
necessrio para se mover metade da distncia, em seguida o tempo
necessrio para se mover metade da distncia restante, etc.) durante o qual o
movimento deve ocorrer.
A concluso surpreendente de Zeno foi que o movimento era
impossvel! Aristteles (384 322 a.C.) tentou refutar os paradoxos de Zeno
com argumentos filosficos. Em matemtica, uma aplicao cuidadosa do
conceito de limite resolver as questes levantadas pelos paradoxos de Zeno.
Para suas demonstraes rigorosas das frmulas para certas reas e
volumes, Arquimedes (287 212 a.C.) encontrou vrias sries infinitas somas
que contm um nmero infinito de termos. No possuindo o conceito de limite
propriamente dito, Arquimedes inventou argumentos muito engenhosos
chamados de reduo ao absurdo duplo, que, na verdade, incorporam alguns
detalhes tcnicos do que agora chamamos de limites.
Um dos problemas propostos por Zeno era equivalente ao seguinte:
Imagine que um atleta deva correr, em linha reta, de um ponto a outro
distando 1km. Quando o atleta chegar na metade do caminho, ainda faltaro
500 m para chegar ao seu destino. Quando ele percorrer a metade dessa
metade do caminho, ainda faltaro 250 m e quando percorrer a metade dessa
distncia ainda faltaro 125 m e, assim, sucessivamente. Repetindo esse
raciocnio indefinidamente, argumentava Zeno, o atleta nunca chegaria ao
destino, pois no importando a distncia percorrida, sempre restaria alguma
distncia a ser percorrida.
Observe que a distncia que separa o atleta de sua meta se tornar to
prxima de zero quanto ele quiser, sendo necessrio para isso que ele repita
os deslocamentos descritos anteriormente um nmero suficientemente grande
de vezes.
O paradoxo de Zeno somente se sustentava porque no levava em
considerao o fator tempo, implcito em qualquer movimento, e o fato de que,
ao somar sucessivamente as distncias percorridas,
o resultado
limitado por 1 e dele se aproxima o quanto desejarmos.
1.2- Noo Intuitiva de Limites
Exemplos:
a) Considerando uma regio quadrada de rea igual a 1. Inicialmente vamos colorir a metade do quadrado.
Parte colorida =
da figura
Aps, vamos pintar a metade da regio e mais metade do que restou.
Parte colorida =
da figura
No prximo , vamos colorir o que havia sido colorido e mais metade do que restou:
Parte colorida =
da figura
E assim, sucessivamente e indefinidamente, a rea da regio colorida
resultante vai tendendo a 1. Dizemos, ento, que o limite desse
desenvolvimento, quando o nmero de momentos tende ao infinito, colorir a
figura toda, ou seja, obter uma rea colorida igual a 1.
b) Seja a funo f(x) = 2x + 1. Vamos associar valores de x que se aproximem
de 1, pela sua direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores
menores que 1) e calcular o valor correspondente de y.
Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da funo 3.
De maneira geral, escrevemos , se, quando x se aproxima de a
( x a), f (x) se aproxima de b ( f(x) b).
c) Estudo do comportamento de uma funo f nas proximidades de um ponto. Seja
.
Para x diferente de 1, f pode ser simplificada e reescrita de forma mais simples.
.
Analisando o comportamento dessa funo nas vizinhanas do ponto x = 1,
pois esse ponto no pertence ao domnio de f.
Logo quando nos aproximamos de x = 1, pela esquerda e pela direita, o valor
dessa funo se aproxima de 2. Assim, dizemos que
Observa-se que a noo de limite fcil de ser captada intuitivamente. Por
exemplo, imagine uma placa metlica quadrada que se expande uniformemente
quando est sendo aquecida. Considerando x o comprimento do lado, a rea da placa
dada por A = x. Quanto mais x se aproxima de 3 cm, a rea A tende a 9 cm; ou
seja, quando x se aproxima de 3, x se aproxima de 9 como um limite.
Simbolicamente, escreve se , em que a notao x 3 indica que x
tende a 3 e lim significa o limite de .
Exerccios:
1- Considere a regio do plano limitada pelo tringulo retngulo de base fixa e
igual a 4cm. Faa a altura ir se aproximando de 3, mas sem nunca atingir 3,
isto , faa a altura tender a 3. Complete a tabela dada e verifique para que
valor esteja tendendo a rea dessa regio.
Base Altura rea
4 1
4 1,5
4 2,0
4 2,5
4 2,9
4 2,999
4 2,999999
2- O que ocorre, no limite, com a medida da hipotenusa de um tringulo
retngulo se mantivermos a medida de um cateto constante e a do outro cateto
for diminuindo, tendendo a 0 (mas nunca 0).
Hipotenusa = cateto + cateto
3- Considere a sequncia
a) Explicite essa sequncia, escrevendo os valores para
n=1,2,3,4,5,...,10,...,100, ..., 1000, ... .
b) Escreva na forma de nmero decimal os temos da sequncia do item
anterior.
c) Para que valor est tendendo essa sequncia, quando n tende para o
infinito?
4- Considere o grfico da funo logartmica e responda.
a) medida que x tende a 1, f(x) tende para que valor?
b) medida que x tende para um valor cada vez maior, f(x) tende para quanto?
1.3- Definio
Considerando uma funo f(x), definida num intervalo I, temos que o
limite de f(x), quando x tende a a, o nmero b, se para todo > 0 , existir,
em correspondncia , um nmero > 0, de modo que x a e a < x < a +
b < f(x) < b + . Assim:
Exemplos:
a) Considere a funo f: R R, tal que f(x) = x 4 e o seu grfico.
x y
2,5 2,25
2,6 2,76
2,7 3,29
2,8 3,84
2,9 4,41
3,2 6,24
3,1 5,61
Sendo que o domnio de f(x) o conjunto dos nmeros reais, que f(3)=5
e que os valores de f(x) se aproximam de 5 (conforme mostra a tabela), para
valores de x prximos de 3, ento
.
b) Considere a funo f: R R, tal que:
{
e o seu grfico cartesiano.
x y
2,7 4,7
2,8 4,8
2,9 4,9
3,3 10,89
3,2 10,24
3,1 9,61
Temos que:
Quando x tende a 3, com valores menores de 3, ou seja, pela esquerda,
o limite 5.
Quando x tende a 3, com valores maiores de, ou seja, pela direita, o
limite 9.
Nesse caso, no existe o limite de f(x) quando x tende a 3, embora f(x)
seja definida para x = 3. Para que o limite de f(x) exista, necessrio que
f(x) se aproxime de um mesmo nmero, seja pela esquerda ou pela direita.
c) Considerando a funo f: R R, tal que:
{
Observe que:
Quando x tende a 2 para valores menores que 2, isto , pela esquerda,
o limite de f(x) 2.
Quando x tende a 2 para valores maiores que 2, ou seja, pela direita, o
limite de f(x) 2.
Nesse caso , existe o limite de f(x), quando x tende a 2, mesmo que a
funo no esteja definida para x = 2.
1.4- Sequncias de Nmeros Reais
A experincia fictcia de Zeno gera uma infinidade de nmeros
que correspondem aos pontos de imagem da funo x : definida por
x(n)=
Tal fato nos leva ao conceito fundamental de sequncia
juntamente com as propriedades a ele relacionadas.
Definio 1: Uma sequncia de nmeros reais uma funo x : que a
cada nmero natural n associa um nmero real xn = x(n), chamado n-simo
termo da sequncia.
Denota-se por ( x1, x2, x3, ... , xn, ... ), ou por ( xn ), com n , ou
simplesmente, por ( xn ), a sequncia x : . relevante fazer a distino
entre o conjunto formado pelos termos da sequncia e a sequncia
propriamente dita. De fato, a sequncia ( 1,1,1, ...) tem como conjunto de seus
termos o conjunto unitrio X = { 1 }. Dessa forma, a funo x a funo
constante definida por xn = 1, para todo n . Chama-se sequncia constante
a toda sequncia cujos termos so iguais entre si.
Exemplos de sequncias:
a) (
) (
)
b) (
) (
)
c)
d)
e) (
) (
)
Observao: As sequncias so casos particulares de funes reais, assim
elas podem se somadas, subtradas, multiplicadas ou divididas. Considerando
as sequncias (xn) e (yn) pode-se formar as sequncias (xn yn), (xn . yn) e (
) no
quociente yn 0.
Definio 2: Uma sequncia (xn) dita limitada, se existe c > 0 tal que |x | < c,
para todo n . Quando uma sequncia (xn) no limitada, pode-se dizer
que ela ilimitada.
Definio 3: Uma sequncia (xn) ser dita decrescente se xn + 1 < xn para todo
n . Uma sequncia ser no crescente se xn + 1 xn, para todo n .
Por exemplo, a sequncia (
) classificada como no
crescente, pois tem a propriedade xn + 1 xn para todo n , mas no pode ser
decrescente, pois no satisfaz condio xn + 1 < xn para todo n.
Definio 4: Uma sequncia (xn) ser crescente se xn + 1 > xn para todo n .
Uma sequncia ser no decrescente se xn + 1 xn, para todo n .
Observao: As sequncias crescentes, no decrescentes, decrescentes, no
crescentes so denominadas de sequncias montonas.
Exemplos:
a) sequncia crescente
b) sequncia crescente
c) (
) sequncia decrescente
d) sequncia decrescente
e) ( 1,0, 1,0, 1,0, 1,0,...) sequncia no montona
Definio 5: Subsequncia
Dada uma sequncia (xn) n N de nmeros reais, uma subsequncia de
(xn) a restrio da funo x que define (xn) a um subconjunto infinito
1 = {n1< n2 < n3 < ... < nk < ...}. Denota-se a subsequncia por (xn) n N1 , ou
(xn1< xn2 < xn3 < ... < xnk < ...) ou ainda (xni) i N .
1.5- Limites de Sequncias de Nmeros Reais
Observa-se na argumentao de Zeno que o atleta nunca chegaria a
sua meta, embora fique prximo dela quanto quiser, ou seja, a distncia que
separa o atleta da meta se torna to prxima de zero quanto ele desejar.
Exemplos
1- Observe a sequncia da qual representamos alguns termos na reta
numrica.
Todos os elementos dessa sequncia so diferentes de zero, sendo
positivos os elementos correspondentes a n mpar (1, 1/3, 1/5, ...), e negativos
os correspondentes a n par ( -1/2, -1/4, -1/6, ...).
2- Considere a sequncia:
Observa-se que todos os termos da sequncia pertencem ao intervalo
[0,1]. Alm disso
, dessa forma segue-se que a sequncia xn
crescente, pois medida que n cresce, subtrai-se de 1 um nmero cada vez
menor.
Exerccios
1- Mostre que as sequncias abaixo so limitadas e montonas. Descreva o
tipo de monoticidade de cada uma delas.
a)
b)
c)
Gabarito
. x1 = 1 e para valores maiores de n estaremos
subtraindo de 2, valores cada vez menores, logo xn [1,2], Portanto,
xn limitado.
Rascunho:
Monotonicidade de xn
Sabendo que
para todo n natural, temos:
.
Logo, xn montona crescente.
Ou
a)
(
) (
)
x1 = 1, x2 = 1 +
, x3 = 1 +
, x4 = 1 +
A sequncia montona crescente, . Quando n grande,
pequena, de forma que
se aproxima de 2.
x [1,2] ( 3 , 3 ). Logo, existe c > 0 tal que | xn | < c , assim xn limitada.
b)
(
) (
)
A sequncia montona decrescente, . Quando n grande,
se
aproxima de 0, assim
se aproxima de 1.
c)
(
) (
)
A sequncia montona decrescente, . Para n grande,
se
aproxima de 0, assim x [ 0, 1] ( 2 , 2 ). Logo, existe c > 0 tal que | x n |< c,
portanto x n limitada.
2) Ache os limites das sequncias ( xn )n 1 abaixo.
a)
b)
c)
d)
Gabarito
a)
(
) (
)
b)
(
)
c)
(
)
d)
(
)
(
)
(
) (
) (
)
Unidade 2- Limites de Funes
2.1- Conceito de Limite de uma Funo
O conceito bsico sobre o qual o Clculo se sustenta o de limite de
funo. O desenvolvimento terico de grande parte do Clculo foi feito
utilizando a noo de limite. Por exemplo, as definies de derivada e de
integral definida, independente de seu significado geomtrico ou fsico so
estabelecidas usando limites.
2.1.1- Definio Informal
Considere uma funo f definida para valores de x prximos de um
ponto a sobre o eixo x, mas no necessariamente definida no prprio ponto a.
Suponha que exista um nmero real L com a propriedade de que f(x) fica cada
vez mais prximo de L, quando x se aproxima mais de a. Diz-se ento que L
o limite de f quando x tende para a, que simbolicamente expressa-se por:
Obs.: Se no existe um nmero L com essa propriedade diz-se que no existe
Notao Significao Intuitiva Interpretao Grfica
Podemos tomar f(x)
to prximo de L
quanto quisermos,
escolhendo x
suficientemente
prximo de a e x a.
O conceito de limites de funes tem grande utilidade na determinao
do comportamento de funes nas vizinhanas de um ponto fora do domnio,
no comportamento de funes quando x aumenta muito (tende ao mais infinito)
ou diminui muito (tende ao menos infinito).
Exemplos:
a) Verificar como a funo
se comporta para valores prximos
de 2.
Determinao do domnio:
3x 6 0 3x 6 x 2, logo para x = 2, a funo no est definida.
Verificando para valores prximos de 2.
Simplificao da funo
. logo a funo
Verificao grfica
Pode-se concluir que
(
)
(
)
b) Verifique como a funo abaixo se comporta para valores prximos de 1.
Simplificao
Anlise grfica
Observa-se que quando x tende a 1 o valor de y tende a 3, ou seja,
, pois o que importa o comportamento da funo quando se
aproxima de 1 e no o que ocorre com a funo quando x = 1.
2.1.2- Definio de Limite
Diz-se que o limite da funo f(x) quando x tende a a igual ao nmero
real L se, e somente se, os nmeros reais f(x) para os infinitos valores de x
permanecem prximos a L, sempre que x estiver muito prximo de a.
Indica-se .
2.2- Propriedades dos Limites de Funes
Ao definir limite, chegou-se expresso
Sejam as funes f(x) e g(x), definidas em certo domnio D, tais que
e
A seguir esto descritas algumas propriedades que auxiliam obteno
de b.
1) Limite de uma constante.
O limite de uma constante a prpria constante.
Exemplo: .
2) Limite da soma.
O limite da soma de duas funes a soma dos limites dessas funes.
[ ]
Exemplo:
[ ]
3) Limite da diferena.
O limite da diferena de duas funes a diferena dos limites dessas
funes.
[ ]
Exemplo:
[ ]
4) Limite do produto
O limite do produto de duas funes o produto dos limites dessas
funes.
[ ]
Exemplo:
5) Limite do quociente
O limite do quociente de duas funes o quociente dos limites dessas
funes, desde que o denominador seja diferente de zero.
[
]
Exemplo:
[
]
6) Limite de uma potncia
O limite de uma potncia ensima de uma funo igual potncia
ensima do limite.
[ ]
Exemplo:
(
)
7) Limite da raiz
O limite da raiz ensima de uma funo igual raiz ensima do limite
dessa funo.
Obs.: L > 0 e n um nmero natural ou se L 0 e n um natural mpar.
Exemplo:
Exerccios
1- Calcule os limites utilizando as propriedades estudadas para justificar os
clculos.
2- Calcule o limite, caso existir.
3- Calcule o limite, caso existir.
4- Calcule os seguintes limites, caso existam.
2.3- Limites Laterais
Se x se aproxima de a por meio de valores maiores que a ou pela
sua direita, denota-se:
.
Esse limite chamado de limite lateral direita de a.
Se x se aproxima de a por meio de valores menores que a ou pela
sua esquerda, denota-se:
.
Esse limite chamado de limite lateral esquerda de a.
O limite de f(x) para xa existe se, e somente se, os limites laterais direita e
esquerda so iguais, ou seja:
Se
Se
Exemplos:
1- Um gs (tal como vapor dgua ou oxignio) mantido temperatura
constante no pisto da figura abaixo. medida que o gs comprimido, o
volume V decresce at que atinja uma certa presso crtica. Alm dessa
presso, o gs assume forma lquida. Use o grfico abaixo para calcular e
interpretar.
a) Pela figura acima se observa que, quando a presso P (em torrs) baixa, a
substncia um gs e o volume V (litros) grande. Se P se aproxima de 100
por valores inferiores a 100, V decresce e se aproxima de 0,8, isto
O limite 0,8 representa o volume no qual a substncia
comea a se transformar de gs em lquido.
b) Se P > 100, a substncia um lquido. Se P se aproxima de 100 por valores
superiores a 100, o volume V aumenta muito lentamente (pois os lquidos so
quase incompressveis) e O limite 0,3 representa o volume
no qual a substncia comea a se transformar em lquido em gs.
c) no existe, pois os limites laterais direita e esquerda em (a) e
(b) so diferentes. (Em P=100, as formas gasosa e lquida coexistem em
equilbrio, e a substncia no pode ser classificada seja como gs ou como
lquido).
2- A funo sinal definida por
a) Faa um esboo do grfico dessa funo .
b) Determine e , se existirem.
Como sgn = 1 se x < 0 e sgn = 1 se x > 0, tem se
Obs.: . Como os limites esquerda e direita no
so iguais, o limite bilateral no existe.
3- Um atacadista vende um produto por quilo (ou frao de quilo); se forem
pedidos no mais de 10 quilos, o atacadista cobrar $ 1 por quilo. No entanto,
para incentivar pedidos maiores, ele cobra $0,90 por quilo, se mais do que 10
quilos forem comprados. Assim se x quilos do produto forem comprados e C(x)
for o custo total do pedido, ento
Um esboo do grfico de C est representado abaixo.
Observa-se que C(x) foi obtido da igualdade C(x) = x quando 0 x 10
e da igualdade C(x) = 0,9 x quando x > 10. Devido a essa situao, ao
considerar o limite C(x) para x tendendo a 10, precisa se distinguir entre o
limite lateral esquerdo e o limite lateral direito em 10. Para a funo C, tem se
Como , conclui se no
existe. Observa-se que em x = 10 h uma quebra no grfico da funo C.
4- Seja g definida por
a) Faa um esboo do grfico de g.
b) Calcule , se existir.
Como
Observa se nesse exemplo que g(0) = 2, o que no afeta .
Observa se tambm que h uma quebra no grfico de g em x = 0.
5- Seja h definida por
a) Faa um esboo do grfico de h.
b) Calcule cada um dos seguintes limites, se existirem: ,
.
Como = e ambos so iguais a 3, .
6- Seja f definida por
a) Faa um esboo do grfico de f.
b) Calcule, se existirem, cada um dos seguintes limites: , ,
, , , .
2.4- Limites Infinitos
Sero discutidas funes cujos valores aumentam ou diminuem sem
limitao, quando a varivel independente aproxima-se cada vez mais de um
nmero fixo.
Exemplo: Considerar a funo definida por .
O domnio de f o conjunto de todos os nmeros reais exceto 2 e a
imagem o conjunto de todos os nmeros positivos.
Foram pesquisados os valores funcionais de f quando x est prximo de
2. Os dados da Tabela 1 mostram x se aproximando de 2 pela direita. Observa
se que medida que x se aproxima de 2 por valores maiores que 2, f(x)
cresce indefinidamente.
Para indicar que f(x) cresce indefinidamente quando x tende a 2 por
valores maiores do que 2, escreve se
.
Conforme dados da Tabela 2, x foi se aproximando de 2 pela esquerda e
observa se que medida que x aproxima se de 2 por valores menores que
2, f(x) cresce sem limites e pode se escrever que
.
Assim sendo, quando x tende a 2 pela direita ou pela esquerda, f(x)
cresce sem limites e pode se escrever que
.
Dos dados apresentados nas Tabelas 1 e 2 pode se esboar o grfico
a seguir.
Observa se que ambos os ramos da curva aproximam se da reta
pontilhada x = 2, quando x cresce indefinidamente. Essa reta pontilhada
denominada de assntota vertical.
Definio formal de valores funcionais que crescem indefinidamente
Outra forma de escrever a definio anterior a seguinte: Os valores
funcionais de f(x) crescem indefinidamente quando x tende a um nmero a, se
f(x) puder se tornar to grande quanto se deseja (isto , maior do que qualquer
nmero positivo N) para todos os valores de x suficientemente prximos de a,
mas no iguais a a.
Deve se enfatizar que no o smbolo de um nmero real; logo,
, no tem o mesmo significado que , em que
L um nmero real.
A igualdade pode ser lida como o limite de f(x)
quando x tende a a infinito positivo. Nesse caso, o limite no existe, mas o
smbolo indica que o comportamente dos valores funcionais f(x) quando x
aproxima se cada vez mais de a.
De maneira anloga, pode se indicar o comportamento de uma funo
cujos vaores funcionais decrescem indefinidamente.
Exemplo: Considerar a funo definida por .
Esboo do grfico:
Os valores funcionais dados por so os
negativos dos valores dados por .
Assim, para a funo g, quando x tende a 2, pela direita ou pela
esquerda, g(x) decresce indefinidamente e pode ser representado por
.
A igualdade pode ser lida como o limite de f(x)
quando x tende a a infinito negativo, lembrando que o limite no existe e que
o smbolo indica somente o comportamento dos valores funcionais quando
x tende a a.
Pode se considerar limites laterais infinitos, especificando
, se f estiver definida em todo nmero de algum intervalo
aberto (a,c) e se para todo N 0 existir tal que se
Definies anlogas podem ser dadas para ,
e .
Exemplo: Considerar a funo definida por .
Esboo do grfico:
Observar que:
Para a funo h, medida que x se aproxima de 1 por valores menores
do que 1, a funo decresce indefinidamente e, medida que x se aproxima de
1 por valores, maiores do que 1, os valores funcionais crescem
indefinidamente.
2.4.1- Teoremas do Limite
I-
Prova: (i) Precisa se mostrar que para todo N > 0 existe tal que
Exemplos:
Obs.: A prova de (ii) anloga.
Exemplos:
II- O Teorema de Limite, a seguir, trata do limite de uma funo racional para a
qual o limite do denominador 0 e o limite do numerador uma constante no-
nula.
Prova: (i)
Para provar que necessrio mostrar que para todo N >0 existe um tal que
se
Como , tomando
, segue que existe tal que se
Aplicando
Segue que existe um tal que se
Pode se concluir que para todo existe um tal que
Aplicando o Teorema II, pode se obter uma indicao de que o resultado ser
+ ou , tomando um valor adequado de x prximo de a para assegurar de que
o quaociente positivo ou negativo .
Exemplos:
1-Calcule.
Soluo:
Ento,
Soluo:
Logo:
2- Ache.
Soluo:
Soluo:
3-Calcule.
Soluo:
Obs.: Para calcular limites no infinito, primeiro dividimos o numerador e o
denominador pela maior potncia de x que ocorre no denominador. Nesse
caso, a maior potncia de x x, ento temos:
2.4.2- Formas Indeterminadas
Existem smbolos que no tm significado e so denominados como
smbolos de indeterminao que so
Obs.: Se o limite de uma funo apresentar uma dessas indeterminaes
no significa que o limite no existe, deve se levantar a indeterminao e
encontrar o limite da funo.
2.5- Limites Envolvendo Funes Compostas
Inicialmente, precisa se entender que funo uma relao entre dois
conjuntos. Uma funo composta uma relao de outra relao, ou seja,
uma relao que depende de outra para existir. Matematicamente:
Considerando trs conjuntos distintos A,B e C. Entre eles existem as
seguintes funes: e Existe outra funo , assim a
funo chamada funo composta. Essa funo composta
tambm pode ser indicada por . (l se: g composta com f).
Exemplo de funo composta:
Dados trs conjuntos A= { 2, 1, 0, 3}, B= {3,0, 1,8} e C= {6,0,2, 16}.
Entre eles existem as seguintes funes.
definida por e definida por
Diagrama
Para cada elemento de A existe um elemento em B tal que
tal que para cada elemento de B existe um elemento C Assim,
pode se concluir que existe uma funo definida por
, ou seja,
Retomando os limites envolvendo funes compostas.
Exemplo:
2.6- Limite Envolvendo os Smbolos e
O smbolo (infinito) no est associado ideia de nmero, portanto
no pode ser considerado um nmero.
Analisemos as seguintes funes:
a)
, sendo f: R* R.
Observe que, quando x tende a zero pela direita, f(x) assume
valores cada vez maiores e, quando x tende a zero pela esquerda, f(x)
assume valores cada vez menores. Assim, podemos escrever que
e
Como os limites laterais so diferentes, no existe
.
Por outro lado, quando x assume valores cada vez maiores, f(x)
se aproxima cada vez mais de zero. Assim:
E quando x assume valores cada vez menores, f(x) se aproxima
de zero. Assim
b)
, sendo x 3
Do grfico temos,
e . Assim, no existe .
Fazendo x tender a e x tender a , temos e
c) |
| , sendo x 0.
Observando o grfico, temos:
; ;
Exemplos:
Revisando: Limites Envolvendo Infinitos
Exemplo:
Unidade 3- Teorema do Confronto e Limites Fundamentais
3.1- Teorema do Confronto
Introduo
O Teorema do Confronto, tambm conhecido como Teorema do
Sanduche, utilizado no clculo de limite e na demonstrao de outros
teoremas.
Teorema 1: Teorema do Confronto
Suponhamos que f(x) g(x) h(x) e que exista r > 0, tal que ,
0 < I x a I < r. Nessas condies, se , ento
.
Esse teorema vlido tambm se no lugar de colocarmos
O Teorema do Confronto - Demonstrao
Teorema: Sejam f, g e h trs funes tais que , para todo
. Se , ento existe e tambm igual a L.
Demonstrao:
Por hiptese, dado >0, existem 1>0 e 2>0 tais que
se ento (1)
e
se ento (2)
Ento, de (1), temos que ou seja, para todo
x tal que .
E de (2), temos que ou seja, para todo x
tal que .
Tomemos .
Ento se , temos
e
ou seja, como , podemos escrever:
Logo, se , temos , ou seja, , o que
significa que , como queramos demonstrar.
Exemplo:
Calcular
Usando o Teorema do Confronto, podemos escrever o seguinte
teorema:
Teorema 2: Sejam f e g duas funes com mesmo domnio A e tais que
e Ig(x)I M para todo x em A, sendo M um nmero real fixo.
Nessas condies, .
Esse teorema continua vlido se no lugar de de colocarmos
Exemplos:
i)Calcular , sendo {
Soluo:
Como e Ig(x)I 1, usando o teorema 2 conclumos que
.
ii)Calcular
Soluo:
Como e |
| , usando Teorema 2 conclumos que
iii) Calcular
Soluo:
Como
e | | , usando Teorema 2 conclumos que
d) Aplicando o Teorema do Confronto, calcular
a) e b) , sendo medido em radianos.
Soluo:
Consideremos o desenho a seguir.
iv) Ache o limite, se existir.
a)
b)
c)
Usando a identidade trigonomtrica
3.2- Limite Trigonomtrico Fundamental
Seja a funo f: R* R, definida por
.
Considerando
, vamos tomar alguns valores para x e
calcular
.
x sen x
0,04 0,039989 0,999733
0,03 0,029995 0,999850
0,02 0,019998 0,999993
0,01 0,009999 0,999933
0,001 0,000999 0,999999
0,04 0,039989 0,999733
0,03 0,029995 0,999850
0,02 0,019998 0,999933
0,01 0,009999 0,999983
0,001 0,000999 0,999999
Observando a tabela, notamos que, para valores cada vez mais
prximos de 0, obtemos valores de
cada vez mais prximos
de 1. Assim, temos
.
Exemplos:
c) Calcular
Obs.: sin = sen
3.3- Limite Exponencial Fundamental
O limite da funo (
)
, de base positiva, quando x tende a
, ou x tende a , o nmero irracional ( nmero de
Euler) que base dos logaritmos naturais. Ou seja:
(
) e (
)
Grfico Cartesiano de f
Exemplos:
c) Determinar
Soluo:
d)
Soluo:
Exerccios:
Unidade 4- Funes Contnuas
Uma funo contnua uma funo que no apresenta interrupo ou
seja, uma funo que tem um grfico que pode ser desenhado sem tirar o lpis
do papel. Assim, verificar que uma funo no contnua, a partir do seu
grfico, muito simples.
Observe os grficos a seguir:
Observaes:
As funes, f(x) e r(x), no apresentam interrupes, logo so contnuas
para todo valor de x. Elas so contnuas em todo o seu domnio, ou
seja, para todo x no conjunto dos nmeros reais.
As funes, g(x), h(x), p(x) e q(x), apresentam interrupes em x = 2,
logo elas no so contnuas em x = 2. Elas so contnuas em qualquer
intervalo que no contm x = 2.
4.1-Conceito de Continuidade
Um conceito fundamental no Clculo, no que diz respeito ao estudo de
funes, o de continuidade de uma funo num ponto de seu domnio.
Exemplos:
4.2-Continuidade de uma Funo em um Ponto
O conceito de continuidade de uma funo em um ponto de seu domnio
pode ser colocado na forma de uma definio precisa:
Definio: f contnua num ponto a de seu domnio quando .
Quando f contnua em cada ponto de seu domnio, dizemos que f contnua.
Observamos que para questionarmos se uma dada funo contnua
em determinado ponto, precisamos tomar o cuidado de verificar se esse ponto
pertence ao domnio da funo. Se tal ponto no est no domnio, a funo no
contnua nesse ponto.
Assim, uma funo contnua em todos os pontos de seu
domnio , porm no contnua no conjunto R, pois no contnua
em x=0, uma vez que no est definida nesse ponto.
Uma propriedade importante relaciona a continuidade de uma funo
num ponto de seu domnio com a derivabilidade dessa funo, ou seja, com a
existncia de reta tangente ao grfico nesse mesmo ponto.
Teorema: Se f derivvel num ponto x0 de seu domnio, ento f contnua em
x0.
Obs.: Dessa forma, a existncia de reta tangente ao grfico de uma funo num ponto de seu domnio acarreta necessariamente na continuidade da funo nesse ponto.
Por hiptese, temos que f derivvel num ponto x0 de seu domnio, ou seja,
existe
A tese a ser demonstrada que f contnua em x0, ou seja,
existe .
Demonstrao:
Observemos inicialmente que mostrar a existncia do e
que , equivalente a mostrar a existncia do e
que .
Vejamos ento:
como queramos provar.
A recproca desse Teorema falsa.
Para verificar esse fato, basta exibir um contra-exemplo: .
Essa funo evidentemente contnua em todo seu domnio, em particular,
em x=0. Entretanto, no derivvel na origem.
Temos: cujo grfico
Observamos que e que no existe f'(0).
Por outro lado, f contnua para todo x>0 ou x
Observe ainda, que
Caso 2 Considere os grficos descritos a seguir.
Observe que as funes h(x) e p(x) so descontnuas, pois existe uma
interrupo em x = 2 ( as funes do um salto em x = 2). Nesse caso,
tambm dizemos que as funes h(x) e p(x) so descontnuas em x = 2 ( e
apenas em x = 2). Diferente do caso 1, as funes esto definidas em x = 2 e,
portanto, x = 2 faz parte do Domnio. Escrevemos ento:
Observe ainda, que
Caso 3 Considere os grficos descritos a seguir.
As funes f(x) e r(x) so contnuas em x = 2 ( e em qualquer outro valor
de x), pois as funes no apresentam interrupo em x = 2 ( e nem em
nenhum outro valor de x). Nesse caso, dizemos que as funes f(x) e r(x) so
contnuas para todo valor de x.
Observe o que acontece com o valor das funes em x = 2 e com o
limite das funes quando x se aproxima de 2, para que se possa comparar
com os casos anteriores em que as funes eram descontnuas em x = 2.
Voc pode observar que
Observando os grficos de f(x) e r(x), podemos concluir que
Observando as expresses em destaque vemos que
o que no ocorria nos casos 1 e 2, nos quais as funes eram descontnuas.
Observao: Dizemos que uma funo y = f(x) contnua em um ponto x = a se a condio a seguir estiver satisfeita.
Exemplos:
1) Considere a funo
Mostre que f contnua em todo ponto de seu domnio.
Soluo:
Temos:
cujo grfico o seguinte:
Em primeiro lugar, observemos que Dom f=R.
Em segundo lugar, a funo claramente contnua em cada um dos trs intervalos abertos onde foi definida por uma diferente expresso. De fato,
para x
a) O grfico de g o seguinte:
O domnio da funo R. Graficamente podemos "desconfiar" do que est acontecendo, para depois formalizar nossas observaes.
b)
A funo claramente contnua em cada um dos intervalos em que foi definida por uma diferente expresso. O problema acontece com os pontos de "emenda":
x=1
Temos: g(-1)=0
sendo que
e
o que garante que , ou seja, g contnua em x=1.
x=0
Temos: g(0)=1
sendo que
e
o que garante que , ou seja, g contnua em x=0.
Desse modo, g contnua em todo o seu domnio.
3) Descubra condies sobre os parmetros a, b, c, m e n para
que seja contnua em x=1.
Soluo:
Pela maneira como foi definida a funo, f(1) = a + b + c e, para que f seja
contnua em x = 1, necessrio que a + b + c = m + n. Essa condio garante
que ,isto , f contnua em x = 1.
Lembretes:
4) Verifique a continuidade das funes abaixo, nos pontos indicados.
i)
; x = 0.
Soluo:
(a) f(0). Assim, a primeira condio de continuidade j no satisfeita, o que implica que f no contnua em x = 0. Observe a descontinuidade no grfico.
ii)
; x = 1
Soluo:
iii) Soluo:
4.3-Continuidade de uma Funo em um Intervalo
Uma funo f dita contnua em um intervalo aberto (a,b) se for
contnua em todos os valores de x contidos neste intervalo. A funo f dita
contnua no intervalo fechado [a,b] se for contnua no aberto (a,b) e, alm
disso, e .
Para verificar se uma funo contnua em um intervalo que contm
infinitos elementos existem duas maneiras:
Pode se tomar um ponto genrico do intervalo, por exemplo, x0, e
verificar usando a definio, se f contnua nesse ponto. Se for, ser
em todo o intervalo, uma vez que x0 representa um ponto qualquer do
intervalo em questo.
Ou utilizar as propriedades vlidas para continuidade apresentadas a
seguir.
Propriedades: 1. Toda funo polinomial contnua em todos os reais.
2. Toda funo racional (diviso de polinmios) contnua em seu domnio.
3. As funes f(x) = sen (x) e f(x) = cos(x) so contnuas para todo nmero real
x.
4. A funo exponencial f(x) = ex contnua para todo nmero real x.
5. Se f e g so funes contnuas em um ponto a, ento:
(i) f + g contnua em a;
(ii) f g contnua em a;
(iii) f x g contnua em a;
(iv) f / g contnua em a, desde que g(a) 0 .
6. Sejam f e g funes tais que e g contnua em a.
Ento,
7.Se f contnua em a e g contnua em f(a), ento a funo composta gof contnua em a.
8. Seja y = f(x) definida e contnua em um intervalo real I. Seja J= Im(f). Se f admite uma funo inversa f -1: JI, ento f -1 contnua em todos os pontos de J.
Observao: Devido a essa propriedade, a funo f(x) = ln(x) contnua em todo o seu domnio ( R+*), uma vez que a inversa da funo exponencial, que contnua.
Exemplos:
Investigue a continuidade das funes abaixo, ou seja, determine os pontos ou intervalos nos quais elas sejam contnuas ou descontnuas.
1. f(x) = tg(x)
2.
3.
Resumindo:
Uma funo f(x) contnua no ponto x = a se, e somente se,
, ou seja, o limite da funo para x tendendo a a igual ao
valor da funo nesse ponto.
Para que uma funo f(x) seja contnua em x = a, necessrio verificar
a existncia de f(a), definida num ponto x = a.
a existncia do .
Se o limite
A expresso no ponto x = a quer dizer no ponto do grafico de
abscissa igual a a.
Se f:AB contnua para todo x A, diremos que f contnua em A ou
simplesmente f contnua.
De modo geral, o grfico de uma funo contnua em um intervalo real,
representado por uma curva que no apresenta ponto de descontinuidade, isto
, no possui saltos e nem furos.
Exemplo:
Dada a funo {
, verificar se existe algum ponto de
descontinuidade.
Soluo:
Como
, temos que o que indica que a funo
contnua no ponto x = 3.
Para k 3,
Para k > 3, e f(k) = 4
Ento, f contnua em R e no h ponto de descontinuidade.
Em geral, restringimos a anlise aos valores de x que no verificam as
condies de existncia de f ou que quebram o domnio de f (nesse exemplo,
x = 3).
Exerccios
Verifique a existncia de algum ponto de descontinuidade nas seguintes
funes.
4.4-Propriedade da Permanncia de Sinal
Esta propriedade garante, por exemplo, que ao estudarmos os sinais de
uma funo contnua, com zeros isolados, definida em um dado intervalo, s
haja eventuais mudanas de sinais em torno desses pontos. Isso ocorre, no
caso de funes polinomiais.
Vamos partir de um exemplo, no qual a funo indica a temperatura ao
longo de um fio, para ilustrar esta importante propriedade das funes
contnuas.
Exemplo:
Suponha que um fio de certo metal ocupa o intervalo [0,60] da reta real. A
cada posio x [0,60], medida em centmetros, associamos T(x), a
temperatura do fio neste ponto, medida em graus Celsius. Considerando que o
metal um meio que conduz calor com facilidade, como seria o grfico de uma
tal funo? Segue uma possibilidade.
Grfico da funo temperatura T(x)
O grfico sugere que uma pequena variao na posio corresponder
uma pequena variao na temperatura. Se a temperatura alta em
determinado ponto do fio, ento esperamos que nos pontos prximos, a
temperatura tambm seja alta.
Proposio: Permanncia do sinal
Sejam f: DR uma funo e D tal que todo intervalo aberto
contendo intersecta D { }. Suponha que f seja contnua em e f() > 0.
Ento, existe um nmero r > 0 tal que, x (r - , + r) D, f(x) > 0.
Demonstrao:
4.5-Propriedades das Funes Contnuas
As propriedades operatrias dos limites de funes, de alguma forma
herdadas das propriedades dos limites de sequncias, que do praticidade aos
clculos, transparecem tambm na continuidade de funes.
Proposio: Operaes com Funes
Demonstrao:
e
4.6-
Composio e Continuidade
Uma importante forma de obter funes a partir de funes dadas a
composio. Essa operao diferente das operaes apresentadas
anteriormente, cujas definies dependiam fortemente das correspondentes
operaes dos nmeros reais. De qualquer forma, a composio preserva a
continuidade.
Proposio: Composio de funes contnuas
Demonstrao:
Exemplo:
Determine se a funo dada contnua no pontoo indicado.
{
no ponto 2.
Soluo:
Temos
f(2) = 2 + sen 2 = 2
Ento f contnua em x = 2.
Lembretes: Propriedades dos Limites Infinitos
Avaliao B1
Esta avaliao corresponde a 50% da nota do primeiro mdulo.
Cursista: ________________________________________________________
1 Questo: Calcular
2 Questo: Dada a funo
, determine
a)
b)
c)
d)
3 Questo: Calcule o seguinte limite:
| | .
4 Questo: Calcule os limites abaixo.
a)
b)
5 Questo: Calcule (
)
.
Avaliao B2
Esta avaliao corresponde a 50% da nota do primeiro mdulo.
Cursista:_______________________________________________________
1 Questo: Determinar.
a)
b)
2 Questo: Calcular
3 Questo: Calcular.
a)
b)
c)
4 Questo: O [
] tem valor igual a
A) 4 B)
C)
D)
E)
5 Questo: Determinar os seguintes limites.
a)
b)