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1 Contabilidade IST – TAGUS PARK 2007/2008

Legi contab acetatos

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1

Contabilidade

IST – TAGUS PARK2007/2008

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Contabilidade Âmbito e objectivos

Processo de identificar, medir e comunicar informação económica para os decisores

SIG – Sistemas de Informação para a Gestão

Instrumento de gestão indispensável para qualquer organização

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Contabilidade Âmbito e objectivos

Actividade económica

Identificar ComunicarMedir

Tomada de decisão

Sistema de Informação contabilístico

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Contabilidade Âmbito e objectivos

Proporcionar conhecimentos que permitam ler, analisar e interpretar informação financeira

A informação financeira correctamente analisada e interpretada é fundamental para a tomada de decisão

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Contabilidade Utilizadores e finalidades

Gestores: Tomada de decisão níveis estratégico, táctico e operacional

Empregados: Remunerações, evolução carreira, regalias sociais

Accionistas: Rendibilidade, dividendos

Investidores: Risco do investimento comprar, vender, manter

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Contabilidade Utilizadores e finalidades

Financiadores: Risco de crédito Fornecedores: Créditos detidos Clientes: Continuidade Departamentos do Estado: Regulação,

tributação, rendimento nacional Público: Impacto económico e social

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Contabilidade financeira:recolhe e processa a informação necessária à preparação das demonstrações financeiras tendo em vista a sua divulgação aos interessados

Objectivo: comunicação externa

Contabilidade Principais Divisões

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Contabilidade Principais Divisões

Contabilidade de gestão: procede à mensuração, acumulação e controlo dos custos dos produtos/serviços fabricados e vendidos para apoio à tomada de decisão

Objectivo: divulgação interna • Estrutura de custos • Orçamentação• Controlo da execução

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Contabilidade Normalização

Permite analisar e comparar, de forma consistente, as situações patrimoniais e os resultados das empresas

Conjunto de regras e princípios por todos aceites e utilizados

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Contabilidade Normalização-organismos

CNC – Comissão de Normalização Contabilística (PORTUGUESE ACCOUNTING STANDARDS BOARD)

Promover estudos para adopção de princípios, conceitos e procedimentos contabilísticos e implementar em Portugal os últimos desenvolvimentos contabilísticos internacionais

• POC – Plano Oficial de Contabilidade• Transposição de directivas comunitárias

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Contabilidade Normalização-organismos

• IASC-International Accounting Standards Committee: formado por 16 associações de profissionais de todo o mundo, emite regularmente as NIC (Normas Internacionais de Contabilidade)

• União Europeia (Accounting Advisory Forum):emite directivas com o objectivo de normalizar as demonstrações financeiras dos estados-membros da UE

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Contabilidade Processo contabilístico

Quando é que o facto deve ser registado? (Reconhecimento)

Como é que o facto deve ser valorizado? (Valorização)

Como é que o facto deve ser classificado? (Classificação)

A contabilidade regista todas as transacções comerciais

factos que afectam a posição financeira da empresa

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Contabilidade Princípios contabilísticos

São regras e guias para a contabilidade que estabelecem os critérios a usar na mensuração (valorimetria), o momento do reconhecimento e a afectação dos custos e dos proveitos

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Contabilidade Princípios contabilísticos

Continuidade: A empresa opera de forma contínua, com duração ilimitada

Consistência:A empresa não altera as suas políticas contabilísticas de um exercício para o outro

Custo histórico:Os registos contabilísticos devem basear-se em custos de aquisição ou de produção

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Contabilidade Princípios contabilísticos

Especialização ou acréscimo:Os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras do período a que respeitam, independentemente do seu recebimento ou pagamento

Materialidade:As demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que possam ser relevantes para avaliar a situação financeira da empresa

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Contabilidade Princípios contabilísticos

Prudência:Pode-se integrar nas contas um certo grau de precaução, sem que tal leve à criação de reservas ocultas ou provisões excessivas

Substância sobre a forma:As operações devem ser contabilizadas de acordo com a sua realidade financeira e não apenas pela sua forma legal

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Contabilidade Características qualitativas

A informação financeira deve ser: Relevante

(influência nas decisões económicas dos utilizadores)

Compreensível (rapidamente compreendida pelos utilizadores)

Fiável(representar fidedignamente as operações)

Comparável(evolução da empresa, posição relativa com outras)

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Contabilidade Fluxos gerados pela actividade económica

A actividade económica da empresa implica o estabelecimento de relações internas e externas, traduzidas por fluxos de bens e serviços aos quais correspondem fluxos financeiros no sentido inverso

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Contabilidade Fluxos gerados pela actividade económica

Óptica económica: Ligada à transformação e incorporação dos materiais até se atingir o produto/serviço final

CUSTO: valor incorporado e gasto na produçãoconsumo de recurso

PROVEITO: produto apto para vendageração de recurso

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Contabilidade Fluxos gerados pela actividade económica

Óptica financeira: Endividamento da empresa face ao exterior.Remuneração dos factores produtivos e dos bens/serviços produzidos

DESPESA: remuneração dos factoresobrigação RECEITA: remuneração das vendasdireito

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Contabilidade Fluxos gerados pela actividade económica

Óptica tesouraria: Corresponde às entradas e saídas monetárias da empresa

PAGAMENTOS: saída de dinheiro RECEBIMENTOS: entrada de dinheiro

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Fornecedores

Aprovisionamento

Produção

Venda

Clientes

Recebimentos

Pagamentos

Matérias- Primas(CUSTOS)

Produtos Acabados(PROVEITOS)

Receitas(DIREITOS)

Despesas(OBRIGAÇÕES)

Contabilidade Fluxos gerados pela actividade económica

Fluxo financeiroFluxo económico

O fluxo financeiro deve compensar o fluxo do produto

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Contabilidade Transacções financeiras

Transacções financeiras representam a troca remunerada de materiais/serviços entre entidades

alteram o património da entidade legalmente, exigem um registo os relatórios contabilísticos são sumários

dos registos de transacções

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PATRIMÓNIO: Conjunto de valores (direitos e obrigações) sujeitos a uma gestão e afectos a determinado fim

ELEMENTO PATRIMONIAL: Cada componente do património (mercadorias, viaturas,...)

VALOR PATRIMONIAL: representação monetária dos elementos patrimoniais

Contabilidade Património

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Contabilidade Património

CLASSES DE ELEMENTOS PATRIMONIAIS: ACTIVO: Bens e direitos PASSIVO: Encargos e obrigações

VALOR DO PATRIMÓNIO: É a diferença entre o ACTIVO e o PASSIVO

ACTIVO - PASSIVO = VALOR DO PATRIMÓNIO OU CAPITAIS PRÓPRIOS

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Contabilidade Património

FACTOS PATRIMONIAIS: São variações no património da empresa que podem alterar somente a composição do património (factos permutativos) ou a composição e o valor (factos modificativos)

Ex: A compra de uma mercadoria por 20 é um facto permutativo pois só altera a composição do ACTIVO --> sai 20 em dinheiro e entram mercadorias que passam a constar do património da empresa com o valor de 20

Ex: A venda dessa mercadoria por 30 é um facto modificativo porque altera a composição do ACTIVO (sai mercadoria e entra dinheiro) mas também o seu valor (a mercadoria é vendida por 30 e o seu custo foi 20 pelo que temos uma alteração quantitativa do património)

Page 27: Legi contab acetatos

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SITUAÇÃO PATRIMONIAL pode ser:

Activa, Positivasse ACTIVO > PASSIVO

Nula sse ACTIVO = PASSIVO

Passiva, Negativa sse ACTIVO < PASSIVO

Contabilidade Património

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Contabilidade Equação Fundamental

ACTIVO = PASSIVO + CAPITAIS PRÓPRIOS

Os CAPITAIS PRÓPRIOS traduzem o valor (contabilístico) da empresa num determinado momento, isto é, o valor que o proprietário receberia se cessasse a actividade, liquidando todo o património

CAPITALPRÓPRIO

PASSIVO

ACTIVO

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

É um instrumento auxiliar para registar as operações contabilísticas

Em cada linha registam-se os lançamentos contabilísticos referentes à transacção

A cada coluna corresponde um elemento patrimonial

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

*Considere que fundou um gabinete de venda de computadores e impressoras. Registe as seguintes transacções que ocorreram durante o primeiro mês de actividade:

* Adaptado: Prof. P Mendes

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

5000 5000

1 - Investimento de 5000€, por depósito dum cheque pessoal na conta da empresa

ACTIVO CAP.PRÓPRIO PASSIVO

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

2 - Aquisição a pronto de computadores para venda no valor de 3000€

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

5000 5000

3000 -3000

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

3 - Aquisição a crédito de impressoras para venda no valor de 750€

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

30005000

-30005000

750 750

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

4 - Aquisição a crédito de computador, para utilização própria, no valor de 650€

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

3000750

5000-3000

5000

750650 650

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

5 – Venda de metade dos computadores, a pronto pagamento, no valor de 3000€

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

650

3000750

5000-3000

5000

750650

-1500 3000 1500

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

6 - Pagamento de 250€ de salários

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

650

3000750

-1500

5000-3000

3000

5000

1500

750650

-250 -250

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

7 – Venda dos restantes computadores e de todas as impressoras a crédito no total de 3000€

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

-650

3000750

-1500

5000-3000

3000-250

5000

1500-250

750650

-2250 3000 750

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

8 – Pagamento, no final do mês, de 650€ do computador próprio. As impressoras serão pagas a 15 do próximo mês.

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

650

3000750

-1500

-2250 3000

5000-3000

3000-250

5000

1500-250750

750650

-650 -650

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Contabilidade Mapa de Registo de Transacções

9 - Recebimento de um cheque de 1500€ para pagamento da transacção 7

Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados=Proveitos

-Custos

Forneced

650

3000750

-1500

-2250 3000

5000-3000

3000-250

-650

5000

1500-250750

750650

-650-1500 1500

650 0 1500 5600 5000 2000 750

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ContabilidadeConta

CONTA: conjunto de elementos patrimoniais expressos em unidades de valor e dispostos ordenadamente num quadro contendo os registos de todas as variações patrimoniais originadas pelas transacções contabilisticas

REQUISITOS DA CONTA: HOMOGENEIDADE: só deve conter elementos que

obedeçam à característica comum que a conta define

INTEGRALIDADE: deve incluir todos os elementos que tenham essa característica comum

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ContabilidadeConta

Representação Gráfica da CONTA:

Crédito (lado do HAVER) Débito (lado do DEVE)

Título da conta

Creditar a conta é inscrever um valor no lado direito do T

Debitar a conta éinscrever um valorno lado esquerdo do T

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ContabilidadeConta

SALDO DA CONTA: É a diferença apurada entre o DÉBITO e o CRÉDITO

TIPOS DE SALDOS:•Saldo Devedor (Sd) quando o DÉBITO > CRÉDITO•Saldo Nulo (S0) quando o DÉBITO = CRÉDITO•Saldo Credor (Sc) quando o DÉBITO < CRÉDITO

CONTA SALDADA (ou Saldar a conta): Quando se inscreve o Saldo no lado da conta que tem menor valor (Sd inscrevem-se no lado do Crédito; Sc inscrevem-se no lado do Débito)

(RE)ABERTURA DA CONTA: Quando se inscreve o Sd no lado do DÉBITO e o Sc no lado do CRÉDITO

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Contabilidade Classificação das Contas

Contas do Activo, onde se registam os bens e os

créditos da empresa sobre terceiros (são debitadas

pelos aumentos e creditadas pelas diminuições)

Contas do Passivo, onde se registam as obrigações,

ou seja, as dívidas ou responsabilidades assumidas pela

empresa face a terceiros (são creditadas pelos

aumentos e debitadas pelas diminuições)

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Contabilidade Classificação das Contas

Contas do Capital Próprio, onde se regista o valor líquido

do património da empresa, isto é, o que resulta da diferença entre

os direitos que possui e as obrigações em que se contituiu (são

creditadas pelos aumentos e debitadas pelas diminuições)

Contas de Custos e Proveitos, onde se registam os

encargos e os rendimentos que a empresa vai gerando na sua

actividade.

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Contabilidade Classes de Contas (POC)

1 - Disponibilidades (caixa, depósitos bancários, títulos negociáveis)

2 - Terceiros (clientes, fornecedores, accionistas)

3 - Existências (mercadorias, matérias primas, produtos acabados)

4 - Imobilizações (terrenos, edifícios, automóveis, partes de capital)

5 - Capital, Reservas e Resultados Transitados

6 - Custos e Perdas (remunerações, mercadorias vendidas, electricidade)

7 - Proveitos e Ganhos (vendas mercadorias, prestações de serviços)

8 - Resultados ( operacionais, financeiros, líquidos)

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ContabilidadeBalanço

INVENTÁRIO: é uma relação (rol, lista) de elementos patrimoniais com a indicação do seu valor. Pode ser Geral (quando é constituído por todos os valores do património) ou Parcial.

BALANÇO: É um Inventário especial dado que balanceia (equilibra) os valores do ACTIVO e do PASSIVO, i é, acrescenta ao Inventário Geral os CAPITAIS PRÓPRIOS

BALANÇO

1º Membro 2º Membro

CAPITALPRÓPRIO

PASSIVO

ACTIVO

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Contabilidade Contas do Balanço(POC)

ACTIVO

4-Imobilizado

43-Incorpóreo

42-Corpóreo

41-Investimentos Financeiros

3-Existências

2-Dívidas de Terceiros

Médio/Longo prazo

Curto prazo

1-Disponibilidades

27-Acréscimos e Diferimentos

271-Acréscimos de Proveitos

272-Custos Diferidos

CAPITAIS PRÓPRIOS

51-Capital

56/57-Reservas

59-Resultados Transitados

88-Resultado Líquido do Exercício

PASSIVO

29-Provisões para Riscos e Encargos

2-Dívidas a Terceiros

Médio/Longo prazo

Curto prazo

27-Acréscimos e Diferimentos

273-Acréscimos de Custos

274-Proveitos Diferidos

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ContabilidadeBalanço

O Balanço é a demonstração financeira que apresenta a posição financeira de uma entidade num determinado momento, divulgando os seus valores activos, passivos e dos capitais próprios devidamente agrupados e classificados

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ContabilidadeBalanço

Activo Capital Próprio

Imobilizado Capital Reservas

Circulante Resultados transitadosExistências Resultado do Exercício

Dívidas de terceirosm.l.p c.p

Disponibilidades Passivo Acréscimos e Diferimentos Dívidas a terceiros

m.l.pc.p

Acréscimos e Diferimentos

Grau de Liquidez

Grau de Exigibilidade

+

-

+

-

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ContabilidadeDemonstração dos Resultados

A Demonstração dos resultados é o mapa financeiro que apresenta os resultados da actividade da entidade durante um determinado período de tempo Pode ser apresentada por naturezas dos

custos/proveitos Pode ser apresentada por funções a que os

custos/proveitos estão afectos

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ContabilidadeDemonstração dos Resultados (por naturezas)

CUSTOS E PERDAS

61-Custo merc. vendidas X62-Fornecim. e serviços externos X64-Custos com o pessoal X66-Amortizações X67-Provisões X63-Impostos X65-Out. custos operacionais X

(A)68-Amort. e prov. inv. financ. X68-Juros e custos similares X

(C)69-Custos Extraordinários X

(E)86-Imposto sobre o Rendimento X

(G)88-Result. líquido do exercício +/-X

PROVEITOS E GANHOS

71-Vendas mercad. e prod. X72-Prestações de serviços X

Variação produção X75-Trab. Próp. Emp. X74-Subsídios X73-Prov. Suplementares X76-Out. proveitos operac. X

(B)78-Rendiment. inv. financ. X78-Juros e prov. Similares X

(D)79-Proveit. Extraordinários X

(F)Res. Operacionais = (B) - (A)

Res. Financeiros = (D-B) - (C-A)

Res. Correntes = (D) - (C)

Res. antes de Impostos = (F) - (E)

Res. Líquido = (F) - (G)

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ContabilidadeDemonstração dos Resultados (por funções)

Vendas e prestações de serviços XCusto das vendas e serviços -X

RESULTADOS BRUTO +/-X

Out. Proveitos Operacionais XCustos de distribuição -XCustos administrativos -XOut. Custos Operacionais -X

RESULTADOS OPERACIONAIS +/-X

Rendimentos de Aplic. Financ. XProvisões p/inv. Financeiros -XJuros e custos similares -X

RESULTADOS CORRENTES+/-X

Proveitos e ganhos extraordinários XCustos e perdas extraordinários -X

RES. ANTES DE IMPOSTOS +/-X

Imposto sobre o rend. do exercício -X RESULTADOS LÍQUIDOS +/-X

Função Produção

Função Distribuição

Função Administrativa

Função Financeira

Função Extraordinária

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

A Demonstração dos Fluxos de Caixa* é a demonstração financeira que apresenta as alterações na posição financeira, num determinado período, na qual as entradas (influxos) e saídas (exfluxos) de caixa são devidamente explicadas

Apresenta as operações que afectam os recebimentos e pagamentos das actividades: Operacionais: decorrem do objecto social da empresa Investimento:compra/venda de imobilizações Financiamento: alterações na extensão e composição de

empréstimos obtidos e capital da empresa*“Cash-Flow” habitualmente refere-se aos meios libertos (autofinanciamento) e

calcula-se através de Res.Liquidos+Amortizações+Provisões. O Fluxo de Caixa aqui tratado refere-se somente às entradas e saídas de caixa

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

Métodos

Método Directo: divulga os recebimentos e pagamentos de caixa, permitindo aos utilizadores compreender a forma como a empresa gera e utiliza os meios de pagamento

Método Indirecto: parte do Res. Líquido do exercício que é ajustado, excluindo-se os efeitos das transacções que não sejam a dinheiro, acréscimos ou diferimentos relacionados com rec/pag passados ou futuros e contas de proveitos/custos relacionados c/fluxos de caixa relativos às actividades de investimento ou financiamento

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Directo)1/4

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes(a) +XPagamentos a fornecedores (b) -XPagamentos ao pessoal -X

Fluxo das operações -/+XPag/Rec de imposto s/lucros -/+XOut. Pag/Rec operacionais -/+X

Fluxo antes activ. Extraod. -/+X Pag/Rec de act. Extraord. -/+X

Fluxo das act. Operacionais (1) +/-X

(a) Recebim. de venda de mercadorias, produtos e serviços c/excepção do recebimento de juros (act. Investimento)

(b) pag. compras de bens e serviços c/excepção de pag. Juros (act. financiamento)

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Directo) 2/4

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de:

Inv. Financeiros (a) +XImobil. Corpóreas +XImobil. Incorpóreas +XSubsídios de investim. +XJuros e proveitos similares +XDividendos +X

Pagamentos respeitantes a:Inv. Financeiros -XImobil. Corpóreas -XImobil. Incorpóreas -X

Fluxo das act. Investimento (2) +/-X

(a) recebim. venda de partes de capital e reembolsos de emp. concedidos

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Directo) 3/4

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos +XAumentos capital, prest. supl e prémios emissão +XSubsídios e doações +XVenda acções (quotas) próprias +XCobertura de prejuízos +X

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos -XAmortização contratos loc. financ. -XJuros e custos similares -XDividendos Reduções capital e prest. supl. -XAquisição acções (quotas) próprias -X

Fluxo das act. Financiamento (3) +/-X

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Directo) 4/4

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) +/-XCaixa e seus equivalentes no início do período (a)Caixa e seus equivalentes no final do período (b)

(4) = (b) – (a)

No final desta demonstração podemos perceber comoé que as várias actividades (operacional, investimento e financiamento) foram suportadas financeiramente

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Indirecto) 1/4

Resultado Líquido do Exercício +/-XAjustamentos:

Amortizações +XProvisões -/+XVariação do Fundo de Maneio (a): Aumento/diminuição existências -/+X

Aumento/diminuição dívidas de 3ºs (b) -/+XAumento/diminuições dívidas a 3ºs (b) +/-XAumento/diminuições ac. e dif. Activos -/+XAumento/diminuições ac. e dif. Passivos +/-X

Proveitos/Custos financeiros -/+X Fluxo das act. Operacionais (1) +/-X

(a) F. Maneio= Exist+Cli+Disp+Ac. e Dif. Activos - Passivo C Prazo - Ac. e dif. passivos

(b) Só dívidas relacionadas c/activ. operacionais

Page 59: Legi contab acetatos

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Indirecto) 2/4

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de:

Inv. Financeiros (a): +XImobil. Corpóreas +XImobil. Incorpóreas +XSubsídios de investim. +XJuros e proveitos similares +XDividendos +X

Pagamentos respeitantes a:Inv. Financeiros -XImobil. Corpóreas -XImobil. Incorpóreas -X

Fluxo das act. Investimento (2) +/-X

(a) rec. venda de partes de capital e reembolsos de emp. concedidos

Page 60: Legi contab acetatos

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Indirecto) 3/4

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos +XAumentos capital, prest. supl e prémios emissão +XSubsídios e doações +XVenda acções (quotas) próprias +XCobertura de prejuízos +X

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos -XAmortização contratos loc. financ. -XJuros e custos similares -XDividendos Reduções capital e prest. supl. -XAquisição acções (quotas) próprias -X

Fluxo das act. Financiamento (3) +/-X

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ContabilidadeDemonstração dos Fluxos de Caixa

(met. Indirecto) 4/4

Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) +/-XCaixa e seus equivalentes no início do período (a)Caixa e seus equivalentes no final do período (b)

(4) = (b) – (a)

Page 62: Legi contab acetatos

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ContabilidadeDemonstração da Origem e Aplicação de

Fundos (DOAF*)

É a demonstração financeira que apresenta a origem dos fundos e a respectiva aplicação

Origens de fundos: aumentos do Passivo e dos Capitais Próprios e diminuições do Activo

Aplicações de fundos: Aumentos do Activo e diminuições do Passivo e dos Cap. Próprios

É necessário ter dois Balanços consecutivos * Desde que existe a obrigatoriedade de o Balanço e Dem. Resultados

apresentarem dois anos consecutivos, elabora-se directamente a Dem. Fluxos Caixa e a DOAF está mais em desuso

Page 63: Legi contab acetatos

63

ContabilidadeOrigem e Aplicação de Fundos

ACTIVO

capital total

APLICAÇÕES DE FUNDOS

São as aplicações dos capitais alheios + os capitais próprios

= PASSIVO + CAPITAIS PRÓPRIOS

capitais alheios capitais próprios

ORIGENS DE FUNDOS

São as origens dos fundos aplicados

Os elementos constitutivos alteram-se mas a igualdade entre os membros da equação mantém-se pois a cada aplicação defundos (aumentos do Activo ou diminuições do passivo ou Cap. Pp.) há-de corresponder sempre a sua origem (aumentos do Passivo ou dos Cap. Pp. ou diminuição do Activo)

Page 64: Legi contab acetatos

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Contabilidade Demonstração da Variação dos

Fundos Circulantes

Aument existências XAument dívidas de 3ºs CP XDiminui dívidas a 3ºs CP XAument disponibilidades X

Diminui fundos circulantes X

Diminui existências XDiminui dívidas de 3ºs CP XAument dívidas a 3ºs CP XDiminui disponibilidades X

Aument fundos circulantes X

Para construir a DOAF primeiro calcula-se a variação dos fundos circulantes (Existências, Clientes e Disponibilidades) para saber se há uma diminuição ou aumento dos mesmos

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Contabilidade DOAF

ORIGENS DE FUNDOSInternas:

Res. Líquido do Exercício XAmortizações XProvisões X

Externas:Aument. cap. Próp. XDiminui. Inv. Financ. XDiminui. Div. de 3ºs MLP XAument. Div. a 3ºs MLP XDiminui. Imobil. (valor liq.) X

Diminui. Fundos circulantes*X

APLICAÇÕES DE FUNDOSDistribuições:

Por aplic. Resultados XPor aplic. Reservas X

Diminui. Cap. Próp. XAument. Inv. Financ XAument. Div. de 3ºs MLP XDiminui. Div. a 3ºs MLP XAument. Trab. Prop. Emp. XAquisição imobiliz. X

Aument. Fundos circulantes*X*Conforme apurado na Dem. Variação Fundos Circulantes

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ContabilidadeAcréscimos e Diferimentos

O resultado de um determinado exercício económico corresponde à diferença entre os proveitos e custos obtidos nesse exercício

Para cumprimento do princípio da especialização (ou do acréscimo) devem ter-se em conta todos os proveitos e custos desse exercício, independentemente dos pagamentos e recebimentos terem ou não ocorrido no mesmo exercício

É necessário utilizar contas de regularização para especializar os custos e proveitos respeitantes ao período a que correspondem – Contas de Acréscimos e Diferimentos de custos e de proveitos

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ContabilidadeAcréscimos e Diferimentos

Acréscimos e Diferimentos Activos: 271-Acréscimos de proveitos 272-Custos diferidos

Acréscimos e Diferimentos Passivos: 273-Acréscimos de custos 274-Proveitos diferidos

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ContabilidadeAcréscimos e Diferimentos

271 – Acréscimos de proveitos: Proveitos a reconhecer no exercício mas que ainda não originaram receitas

Ex: Juros a receber de aplicações financeiras que se vencem no exercício seguinte, contratos de assistência técnica a receber

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ContabilidadeAcréscimos e Diferimentos

272 – Custos diferidos: Despesas realizadas neste exercício mas que correspondem a custos do exercício seguinte

Ex: Rendas pagas antecipadamente, seguros, campanhas publicitárias

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ContabilidadeAcréscimos e Diferimentos

273 – Acréscimos de custos: Custos a reconhecer neste exercício mas cuja despesa só virá a realizar-se no exercício seguinte

Ex: Juros a liquidar, férias e subsídios de férias do pessoal

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ContabilidadeAcréscimos e Diferimentos

274 – Proveitos diferidos: Receitas realizadas neste exercício mas cujos proveitos respeitam ao exercício seguinte

Ex: Rendas recebidas adiantadamente, subsídios p/investimentos

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ContabilidadeExistências

São activos que se destinam: a ser vendidos (mercadorias, produtos acabados,

produtos intermédios, subprodutos)

a ser integrados na produção para venda (matérias- primas)

ser consumidos na produção de bens ou serviços para venda (mat. subsidiárias, materiais de consumo, embalagens de consumo)

a ser vendidos mas ainda não estão concluídos (produtos em curso)

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ContabilidadeMovimentação de Existências

Compras: A conta compras regista o valor de aquisição

das mercadorias, matérias primas e subsidiárias destinados ao consumo ou venda, bem como as despesas adicionais necessárias para que os bens estejam aptos para a sua função

A conta compras não aparece nem no Balanço, nem na Dem. Resultados. É uma conta transitória que é saldada por contrapartida das contas de existências

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ContabilidadeMovimentação de Existências

31 – Compras

Valor de aquisição Descontos e abatimentos

Despesas adicionais Devoluções de compras Transferência do saldo

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ContabilidadeMovimentação de Existências

Existências: Nas contas de existências consideram-se os

valores das mercadorias, produtos acabados ou em curso, matérias-primas ou subsidiárias adquiridas pela empresa, para venda ou consumo, que deram ou irão dar entrada em armazém (contas de inventário)

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ContabilidadeMovimentação de Existências

Regularização de Existências: Contas que servem de contrapartida ao

registo de variações das existências que não tenham origem em compras, vendas ou consumos (ofertas, quebras, sobras, sinistros,...)

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ContabilidadeSistemas de inventário

Sistemas de Inventário: servem para conhecer a quantidade e o valor das existências (stocks) armazenados

Dois tipos de sistemas podem ser utilizados: Intermitente ou periódico Permanente ou perpétuo

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ContabilidadeSistemas de inventário

(periódico)

Inventário intermitente ou periódico: registam-se as compras, o inventário inicial e o inventário final

Com este sistema, o custo das existências vendidas e consumidas só pode ser apurado depois da contagem física das existências e consequente apuramento das existências finais

É um sistema que, embora de fácil aplicação, não serve os propósitos da gestão, já que a informação sobre os resultados da empresa depende sempre de uma contagem física

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ContabilidadeSistemas de inventário

(periódico)

Inventário periódico (ao longo do ano)

Compras

Valor compra

Dispon/Fornecedores/Clientes

Vendas

Valor venda

Valor vendaValor compra

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ContabilidadeSistemas de inventário

(periódico)

Regulariz. ExistênciasOfertas rec. Ofertas conced.

Sobras Quebras Sinistros

Inventário periódico (ao longo do ano)

Proveitos Custos

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ContabilidadeSistemas de inventário

(periódico)

Compras

Valor liq. compras

Inventário periódico (no final do ano)

Existências

Exist. inicial

Reg.Exist.

Saldo Credor Saldo

Devedor

Custo exist. vend. e cons. CEVC=Ei+Compras-Ef+/-Reg. Exist.

Contagem física = Exist. final

CEVC

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ContabilidadeSistemas de inventário

(permanente)

Inventário permanente Com este sistema, o custo das existências vendidas e

consumidas é conhecido a todo o momento, já que a movimentação das contas de existências é feita sistematicamente

É um sistema que implica a existência de fichas de armazém, discriminando as quantidades e valores unitários dos lotes, apurando-se assim o valor das existências finais, bem como o CEVC

É o que melhor serve os propósitos da gestão, já que sabendo-se sempre o CEVC, a informação sobre os resultados da empresa está sempre disponível

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ContabilidadeSistemas de inventário

(permanente)

Ficha de Armazém

Data Descrição

ENTRADAS

Q C.Unit C.Tot

SAÍDAS

Q C.Unit C.Tot

EXISTÊNCIAS

Q C.Unit C.Tot

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ContabilidadeSistemas de inventário

(permanente)

Inventário permanente*

*sem movimentação de reg. existências

Existências

Disp/Fornec

Vendas

CEVC Disp/Client

Compras

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ContabilidadeValorimetria das existências

(entradas)

Entrada de existências: Critério geral: as entradas valorizam-se pelo

custo de aquisição ou de produção (princípio do custo histórico)

Custo de aquisição inclui o preço de compra, impostos suportados, direitos aduaneiros, custos de transporte, etc.

Custo de produção é a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais directos, mão obra directa, custos indirectos variáveis e fixos

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ContabilidadeValorimetria das existências

(entradas)

Entrada de existências: Excepções ao critério geral: se o custo original

(custo aquisição ou produção) for superior ao preço de mercado, utiliza-se este último para valorizar as existências

Se à data do Balanço o preço de mercado for inferior ao custo original, a redução do valor das existências é feita por uma conta de regularização do activo – Provisões para depreciação de existências

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ContabilidadeValorimetria das existências

(entradas)

Entrada de existências: Preço de Mercado=Custo de reposição quando

se trata de bens adquiridos p/a produção (matérias-primas e out. materiais)

Preço de mercado = Valor realizável líquido quando se trata de bens adquiridos para venda (mercadorias e produtos)

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ContabilidadeValorimetria das existências

(entradas)

Entrada de existências: Custo de reposição:custo que a empresa teria

de suportar para substituir o bem nas mesmas condições, qualidade, quantidade e locais de aquisição e utilização

Valor realizável líquido: preço de venda esperado para o bem, deduzido dos necessários custos previsíveis de acabamento e de venda

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ContabilidadeValorimetria das existências

(saídas)

Se temos existências com diferentes valores de entrada que valor atribuir às suas saídas ?

POC admite 5 métodos de custeio das saídas: Custo específico ou originário FIFO (First in, first out) LIFO (Last in, first out) Custo médio ponderado Custo padrão

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ContabilidadeValorimetria das existências

(custo específico)

Custo específico ou originário: as existências são valorizadas ao seu custo real

Implica uma perfeita identificação do custo de cada lote de existências ou de cada existência individual

Aplica-se no caso de nº reduzido de existências de elevado valor

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ContabilidadeValorimetria das existências

(custo específico)

Custo específico: Vantagens

É o método melhor pois a valorização das existências é feita a custos reais e não com base em custos atribuídos

Desvantagens De difícil aplicação quando há grande quantidade e

variedade de existências Custos administrativos podem não compensar o

benefício da informação

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ContabilidadeValorimetria das existências

(FIFO)

FIFO (First in, first out): valorizam-se as saídas pelos preços mais antigos e as existências pelos preços mais recentes (as existências que entram primeiro são as primeiras a sair)

Se houver baixa rotação de stocks em períodos inflacionistas, o resultado (proveitos a preços recentes-custos a valores antigos) é superior

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ContabilidadeValorimetria das existências

(FIFO)

FIFO Vantagens

O valor das existências finais é mais aproximado do valor de mercado

Desvantagens Com inflação provoca distorções nos resultados Maiores resultados implicam mais imposto

s/rendimento

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ContabilidadeValorimetria das existências

(LIFO)

LIFO (Last in, first out): valorizam-se as saídas pelos preços mais recentes e as existências pelos preços mais antigos (as existências que entram no final são as primeiras a sair)

O resultado (proveitos a preços recentes – custos a valores recentes) é inferior ao apurado pelo FIFO (havendo inflação)

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ContabilidadeValorimetria das existências

(LIFO)

LIFO Vantagens:

As vendas são balanceadas c/custos de saída mais próximos dos valores de reposição, minimizando-se assim os efeitos da inflação

Proporciona economias fiscais pelo diferimento do pagamento de impostos sobre os rendimentos

Desvantagens: O valor das existências finais é mais distante do valor de

mercado, não traduzindo adequadamente a situação da empresa

Do ponto de vista do investidor é pior haver resultados mais baixos

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ContabilidadeValorimetria das existências

(custo médio)

Custo médio ponderado: valoriza o stock de cada artigo pela média ponderada do custo dos artigos existentes

Custo médio ponderado = Custo dos bens existentes+Custo novas entradas

Quantidades existentes+Novas quantid. entradas Pode calcular-se após cada nova entrada ou

periodicamente É um método muito utilizado nas empresas

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ContabilidadeValorimetria das existências

(custo médio)

Custo Médio Ponderado: Vantagens:

Não é preciso identificar cada existência, sendo o inventário tratado como um todo

É de fácil aplicação pois não é necessário manter os lotes separados por valor de compra

Não distorce (para cima/baixo) os resultados como FIFO/ LIFO

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ContabilidadeValorimetria das existências

(Custo Padrão)

Custo Padrão: são custos teóricos definidos “à priori” considerando as normas técnicas atribuídas aos vários factores da área fabril

Devem ter em conta os níveis normais de consumo de matérias, mão de obra, eficiência e utilização da capacidade instalada

São fixados por determinado período (1 ano, 6 meses)

Utilizam-se mais em empresas industriais

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ContabilidadeImobilizações

Imobilizados são activos com carácter permanente (+ 1 ano) que não se destinam a venda ou transformação no decurso normal de exploração, que sejam da propriedade da empresa ou estejam em regime de locação financeira

Devem ser contabilizados ao custo de aquisição ou de produção

As alterações ao seu valor reflectem-se através amortizações/reintegrações e/ou nas provisões (diminuição de valor) ou nas reavaliações (aumento de valor)

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ContabilidadeImobilizações Corpóreas

4.2 – Imobilizações corpóreas: São imobilizações tangíveis (têm existência física)

que a empresa utiliza na sua actividade operacional, que não se destinam a ser vendidas ou transformadas e com permanência superior a 1 ano

Incluem-se também as benfeitorias ou grandes reparações que aumentem os benefícios económicos futuros da empresa

Incluem-se também bens em regime de locação financeira (princípio da substância sobre a forma)

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ContabilidadeImobilizações Corpóreas

Principais imobilizações corpóreas: 421 Terrenos e recursos naturais 422 Edifícios e out. construções 423 Equipamento básico 424 Equipamento de transporte 425 Ferramentas e utensílios 426 Equipamento administrativo ...

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ContabilidadeImobilizações Corpóreas

A classificação dos imobilizados corpóreos depende da actividade (principal) da empresa Ex: Uma empresa de transportes considera os

veículos afectos a essa actividade como equipamento básico e os computadores como equipamento administrativo

Ex: Uma software house considera os computadores afectos à produção de sw como equipamento básico e os veículos como equipamento de transporte

Page 103: Legi contab acetatos

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ContabilidadeImobilizações Corpóreas

As aquisições de imobil. corpóreo registam-se na conta 261 – Outros devedores e credores-fornecedores de imobilizado e as alienações (vendas) registam-se na conta 268-Outros devedores e credores- Devedores diversos

Os adiantamentos por conta de imobil. corpóreo registam-se: Se o preço estiver fixado: 448-Imobil. em curso-adiantamentos Caso contrário: 2619-Out. dev. e cred.-forneced. imobil.-

adiantamentos As imobiliz. corpóreas em curso (ainda não concluídas)

registam-se na conta 44-Imobiliz. em curso

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

4.3 Imobilizações incorpóreas: são activos intangíveis (sem existência física), cuja produção de benefícios económicos para a empresa é superior a um ano e que não se destinam a ser vendidos ou transformados

Englobam, nomeadamente, direitos e despesas de constituição, arranque e expansão

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

Principais imobilizações incorpóreas: 431 Despesas de instalação 432 Desp. Investigação e desenvolvimento 433 Propriedade industrial e outros direitos 434 Trespasses

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

431 - Despesas de instalação: compreende as despesas de constituição e organização da empresa, bem como as relativas à sua expansão ou restruturação

Ex: despesas com escritura, certificado de admissibilidade, publicações obrigatórias, registos, advogados, livros obrigatórios, avaliações, estudos de viabilidade, estudos de impacte ambiental, programas informáticos, aumentos de capital, ...

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

432 - Despesas de investigação e desenvolvimento: compreende as despesas associadas à investigação original e planeada para obtenção de novos conhecimentos científicos e técnicos, bem como as que resultam da aplicação tecnológica das descobertas anteriores à fase de produção

Ex: despesas de investigação para o fabrico de novos produtos, estudos de racionalização da produção ou comercialização, ...

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

433 - Propriedade industrial e outros direitos: compreende as despesas associadas à obtenção e manutenção dos direitos de propriedade industrial e de outros direitos e contratos assimilados

Ex: patentes, modelos, marcas, alvarás, licenças, concessões, denominações de origem, nomes de estabelecimentos, direitos de autor, ...

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

434 Trespasses: compreende as despesas correspondentes à aquisição de um conjunto de activos e passivos que constituam uma actividade empresarial (trespasse/goodwill) tendo em vista a continuidade dessa mesma actividade

O valor do trespasse corresponde à diferença negativa entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (goodwill), ou seja, há goodwill quando o justo valor dos activos e passivos for inferior ao custo de aquisição

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ContabilidadeImobilizações Incorpóreas

As aquisições de imobil. incorpóreo registam-se na conta 261 – Outros devedores e credores-fornecedores de imobilizado e as alienações (vendas) registam-se na conta 268-Outros devedores e credores- Devedores diversos

Os adiantamentos por conta de imobil. incorpóreo registam-se: Se o preço estiver fixado: 449-Imobil. em curso-

adiantamentos Caso contrário: 2619-Out. dev. e cred.-forneced. imobil.-

adiantamentos As imobiliz. incorpóreas em curso (ainda não concluídas)

registam-se na conta 44-Imobiliz. em curso

Page 111: Legi contab acetatos

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ContabilidadeInvestimentos Financeiros

4.1 Investimentos financeiros: são aplicações financeiras de carácter permanente (detidas por mais de 1 ano)

Os inv. financeiros podem ter como objectivo um determinado controlo sobre as empresas participadas ou mera obtenção de rendimentos

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ContabilidadeInvestimentos Financeiros

Principais investimentos financeiros: 411 Partes de capital 412 Obrigações e títulos de participação 413 Empréstimos de financiamento 414 Investimentos em imóveis 415 Outras aplicações financeiras ...

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ContabilidadeInvestimentos Financeiros

411- Partes de capital: são as participações (acções ou quotas) detidas em empresas do grupo (a empresa participante detém mais de 50% do capital), em empresas associadas (a participante detém de 20 a 50%) e noutras empresas

412 – Obrigações e títulos de participação: são os investimentos financeiros em obrigações ou título de participação emitidos por outras empresas

413 – Empréstimos de financiamento: correspondem aos empréstimos concedidos a empresas participadas

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ContabilidadeInvestimentos Financeiros

414 - Investimentos em imóveis: compreende os edifícios e terrenos adquiridos para obtenção de rendimentos e não para utilização na actividade operacional da empresa

415 - Outras aplicações financeiras: compreende todas as aplicações financeiras que não sejam de considerar nas disponibilidades, bem como os bens detidos pela empresa, cujos rendimentos servem para fazer face a compromissos de longo prazo (fundos de pensões)

Page 115: Legi contab acetatos

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ContabilidadeImobilizações em curso

4.4 Imobilizações em curso:compreende as imobilizações de adição, melhoramento ou substituição enquanto não estiverem concluídas, bem como os adiantamentos a fornecedores de imobilizado quando o preço esteja previamente fixado

Page 116: Legi contab acetatos

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ContabilidadeImobilizações em curso

Principais imobilizações em curso: 441 Obras em curso ... 447 Adiantamentos por conta de

investimentos financeiros 448 Adiantamentos por conta de

imobilizações corpóreas 449 Adiantamentos por conta de

imobilizações incorpóreas

Page 117: Legi contab acetatos

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ContabilidadeAmortizações

Amortizações: correspondem ao reconhecimento sistemático do custo dos activos imobilizados, tendo em conta a respectiva vida útil (ou económica) esperada

A vida útil corresponde ao período ao longo do qual se espera que a empresa tenha benefícios económicos com a utilização do imobilizado

Só se amortizam os bens imobilizados sujeitos a deperecimento (p.ex.,os terrenos que não sejam objecto de exploração não se amortizam)

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ContabilidadeAmortizações

As amortizações são custos dos vários exercícios que respeitam à vida útil do imobilizado

As amortizações do imobilizado destinado à actividade operacional da empresa são custos operacionais; as amortizações dos investimentos em imóveis são custos financeiros

O imobilizado sujeito a deperecimento deve ser amortizado a partir da sua aquisição (incorpóreo) ou entrada em funcionamento (corpóreo)

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ContabilidadeAmortizações

As amortizações vão diminuindo o valor contabilístico (ou líquido) do imobilizado

Valor contabilístico ou líquido do imobilizado = Valor de aquisição – Amortizações acumuladas Amortizações do exercício (Dem. Resultados): valor

amortizado em cada exercício (amortizações anuais ou mensais) Amortizações acumuladas (Balanço): somatório das

amortizações dos exercícios já decorridos No final da vida útil do imobilizado (e não existindo

valor residual) o seu valor líquido é nulo (não implica necessariamente que o bem deixe de estar ao serviço da empresa)

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ContabilidadeAmortizações

As amortizações lançam-se a crédito em contas do activo e a débito na respectiva conta de custos

Métodos de amortização: Directo: as amortizações creditam-se na conta do

imobilizado respectivo (tem a desvantagem de se perder a informação sobre o valor bruto do imobilizado)

Indirecto: as amortizações creditam-se na conta 48 – Amortizações acumuladas

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ContabilidadeAmortizações

Métodos de cálculo das amortizações: Quotas constantes Quotas degressivas Soma dos dígitos Unidades de produção (ou uso efectivo)

Para calcular as amortizações, qualquer que seja o método, é necessário estimar a vida útil do imobilizado (em tempo ou utilização) e o respectivo valor amortizável = Valor bruto – Valor residual (valor estimado de venda no final da vida útil)

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ContabilidadeAmortizações

Método das quotas constantes: é um dos métodos mais utilizados e pressupõe que o imobilizado se vai depreciando linearmente ao longo da sua vida útil

Calcula-se dividindo (valor de aquisição-valor residual) pelo nº períodos de vida útil do bem

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ContabilidadeAmortizações

Cálculo quotas constantes: um equipamento foi adquirido por 1200 em 1/Jan. Estima-se uma vida útil de 5 anos e valor residual de 200 . Qual o valor da amortização anual? Qual o valor contabilístico ao fim de 3 anos?

Amortização anual= (1 200 – 200) / 5 = 200 Valor Contabilístico = Valor aquisição – Amortizações

acumuladas VC ano3 = 1200 – 200*3 = 600

Page 124: Legi contab acetatos

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ContabilidadeAmortizações

Método das quotas degressivas: é um método de amortização acelerada já que os bens são mais amortizados no início da vida útil tendo em conta que os últimos anos de vida útil serão mais sobrecarregados com custos de reparação e conservação (permite o nivelamento dos resultados)

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ContabilidadeAmortizações

Cálculo quotas degressivas: um equipamento foi adquirido por 1800 em 1/Jan. Estima-se uma vida útil de 3 anos. Qual a taxa de amortização anual? Qual o valor das amortizações anuais?

Valor da taxa = 100% / 3 = 33,33%

Ano Valor amortizável

Amortização anual Amortização acumulada

Valor contabilístic

o

1 1800 1800*33,33%=600 600 1200

2 1200 1200*33,33%=400 1000 800

3 800 800*33,33%=267 1267 533*

* Da aplicação deste método resulta sempre um valor residual

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ContabilidadeAmortizações

Método da soma dos dígitos: é também um método de amortizações aceleradas, praticando-se quotas de amortização mais elevadas nos primeiros anos de vida útil

A quota anual de amortização calcula-se através do produto do valor amortizável por uma fracção cujo numerador é o nº de anos de vida útil estimada em cada exercício e o denominador é a soma dos dígitos correspondentes à referida vida útil

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ContabilidadeAmortizações

Cálculo quota pela soma dos dígitos: um equipamento foi adquirido por 2000 em 1/Jan. Estima-se uma vida útil de 3 anos. Qual a fracção a aplicar anualmente? Qual o valor das amortizações anuais?

Fracção= Nº anos de vida útil nesse ano/ (1+2+3)

Ano Valor amortizável

Amortização anual Amortização acumulada

Valor contabilístic

o

1 2000 2000*3/6=1000 1000 1000

2 2000 2000*2/6=667 1667 333

3 2000 2000*1/6=333 2000 0

Page 128: Legi contab acetatos

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ContabilidadeAmortizações

Método das unidades de produção: as amortizações são efectuadas de acordo com a utilização do bem (km percorridos, horas/máquina,...)

A sua aplicação implica a estimativa do total de unidades que se espera que o activo possa proporcionar ao longo da sua vida útil

Em cada exercício amortiza-se o valor resultante do produto do quociente das unidades produzidas no exercício/nº total de unidades estimadas com o valor amortizável

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ContabilidadeAmortizações

Cálculo quota pelas unidades de produção: um equipamento foi adquirido por 1500 em 1/Jan. Estima-se uma produção total de 100 000 unidades, repartidas por 50 000 no 1º ano, 30 000 no 2º e 20 000 no 3º. Qual o valor das amortizações anuais?

Ano Valor amortizáve

l

Amortização anual* Amortização acumulada

Valor contabilístic

o

1 1500 50000/100000*1500=750 750 750

2 1500 30000/100000*1500=450 1200 300

3 1500 20000/100000*1500=300 1500 0

*Por cada unidade produzida amortiza-se 1500/100000=0,015

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ContabilidadeAmortizações

Aspectos fiscais das amortizações: As amortizações são aceites como custo fiscal quando praticadas de acordo com

o Código do IRC/IRS e demais legislação aplicável (Dec. Regulamentar 2/90) A vida útil do bem é a que se deduz das taxas aceites fiscalmente segundo o

método das quotas constantes (ver taxas das Tabelas I e II do Dec. Reg 2/90) (excepção para bens usados, benfeitorias,...)

A vida útil mínima de um bem é a que decorre da aplicação das taxas fiscais; a vida útil máxima de um bem é a que decorre da aplicação de metade dessas taxas.

O cálculo da amortização deverá efectuar-se pelo método das quotas constantes, podendo também utilizar-se as quotas degressivas para os bens adquiridos em estado novo, exceptuando edifícios, viaturas que não sejam afectas à exploração, mobiliário e equipamentos sociais. A este método devem aplicar-se coeficientes de correcção à taxa aplicável segundo o método das quotas constantes (1,5 se vida útil<5A; 2 se vida útil for 5 ou 6A; 2,5 se vida útil>6A)

Page 131: Legi contab acetatos

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ContabilidadeAmortizações

Aspectos fiscais das amortizações: As amortizações só são aceites como custo fiscal desde que

contabilizadas no exercício a que respeitam (se excederam os limites máximos poderão ser regularizadas posteriormente, se forem inferiores ao mínimo não são aceites posteriormente)

Os activos imobilizados cujo valor unitário não exceda 199,52€ podem ser amortizados num só exercício (elementos de reduzido valor)

Na amortização de edifícios deve excluir-se o valor do terreno subjacente (não é amortizável). Não havendo indicação do valor do terreno, considera-se que vale 25% do valor global.

A amortização de viaturas, barcos de recreio e aviões de turismo aceite fiscalmente está limitada (29 927,87€)

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ContabilidadeMais/Menos valias

Conceito de mais/menos valia: quando se procede à retirada de activos imobilizados, o resultado da operação pode ser positivo (+valia), negativo (-valia) ou nulo

O resultado da operação corresponde à diferença entre o valor obtido pela retirada do imobilizado e o seu valor contabilístico

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ContabilidadeMais/Menos valias

Retirada de imobilizações: as imobilizações podem ser retiradas do activo por motivo de alienação, sinistro ou abate

Alienação: quando se procede à venda de um activo imobilizado

Sinistro: quando o activo fica total ou parcialmente inutilizável por motivos imprevistos

Abate: quando um activo imobilizado se esgota ou deixa de ter utilidade económica para a empresa

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ContabilidadeMais/Menos valias

Operações contabilísticas relacionadas com a retirada de imobilizado:

Primeiro é preciso determinar se a retirada vai originar uma +/- valia

Existe +/- valia quando o valor obtido com a retirada (valor de venda, valor de indemnização) é superior/inferior ao valor contabilístico do bem

Retirada com ganhos (+valia): toda a operação é registada na conta 794-Proveitos e ganhos extraordinários-Ganhos em imobilizações

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ContabilidadeMais/Menos valias

Operações contabilísticas relacionadas com a retirada de imobilizado:

Retirada com perdas (-valia): toda a operação é registada na conta 694-Custos e perdas extraordinários-Perdas em imobilizações

Sabendo se existe ganho ou perda na retirada de imobilizações, procede-se à anulação do valor bruto do imobilizado, por crédito da respectiva conta e débito da 794 ou 694

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ContabilidadeMais/Menos valias

Operações contabilísticas relacionadas com a retirada de imobilizado:

Seguidamente procede-se à anulação das amortizações acumuladas, por débito da respectiva conta e crédito da 794 ou 694

Finalmente procede-se ao registo do valor obtido pela retirada, por débito da conta disponibilidades ou outros devedores, consoante o recebimento seja a pronto ou a prazo, por contrapartida de crédito da 794 ou 694

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ContabilidadeMais/Menos valias

Aplicações financeiras: a respectiva alienação pode gerar +/-valias

Se se tratar de aplicações de curto prazo registadas nas contas da classe 1, as operações contabilísticas relativas à alienação destes activos passam pelas contas de ganhos financeiros (787) ou perdas financeiras (687)

Se se tratar de aplicações financeiras da classe 4, as perdas ou ganhos são de carácter extraordinário, logo registam-se na 694 ou 794

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ContabilidadeProvisões

Provisões : servem para registar potenciais perdas de valor dos activos ou passivos contingentes

Tipos de provisões: Para depreciação de existências Para cobranças duvidosas Para aplicações financeiras Para riscos e encargos

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ContabilidadeProvisões

Provisões para depreciação de existências: Constituem-se (ou reforçam-se) quando à data

da elaboração do Balanço se verifica que o valor de mercado é inferior ao valor de aquisição ou produção

A perda potencial do valor das existências é considerado um custo do exercício em que a provisão é constituída ou reforçada

A redução das provisões é considerada como um ganho extraordinário

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ContabilidadeProvisões

Provisões para depreciação de existências: Debitam-se na conta 673-Provisões do

exercício para depreciação de existências por crédito da conta 39-Provisões para depreciação de existências

A anulação ou redução de provisões regista-se a débito na conta 39 e a crédito na conta 7962-Prov. Extraordinários-Reduções de provisões

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ContabilidadeProvisões

Provisões para cobranças duvidosas: Constituem-se quando há risco de não

recebimento de bens/serviços facturados São consideradas custos do exercício em que

são constituídas ou reforçadas A dívida de cobrança duvidosa é diferente da

dívida incobrável (esta última deixa de constar do activo e é levada a custos extraordinários conta 692)

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ContabilidadeProvisões

Provisões para cobranças duvidosas: A constituição destas provisões implica a passagem

dos valores em dívida da conta corrente para uma conta específica 218-Clientes de cobrança duvidosa, no caso de se tratar de clientes

Debitam-se na conta 671-Provisões do exercício para cobranças duvidosas por crédito da conta 28-Provisões para cobranças duvidosas

A anulação ou redução de provisões regista-se a débito na conta 28 e a crédito na conta 7962-Prov. Extraordinários-Reduções de provisões

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ContabilidadeProvisões

Em termos fiscais só são aceites como custos as provisões para cobranças duvidosas em que se verifique: Que o devedor tenha pendente processo de

recuperação ou falência Que os créditos tenham sido reclamados

judicialmente Que os créditos estejam em mora há mais de 6

meses Que os créditos não respeitem ao Estado ou

equiparado, não estejam cobertos por seguro,...

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ContabilidadeProvisões

Provisões para aplicações financeiras: Constituem-se no caso de o valor de aquisição

das aplicações financeiras ser inferior ao valor de mercado

São consideradas custos do exercício em que são constituídas ou reforçadas

Podem-se provisionar as aplicações de curto prazo ou os investimentos financeiros (excepto os imóveis, que são amortizados)

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ContabilidadeProvisões

Provisões para aplicações tesouraria (c.prazo): Debitam-se na conta 684-Custos financeiros-Provisões

para aplicações financeiras por crédito da conta 19-Provisões para aplicações tesouraria

A anulação ou redução de provisões regista-se a débito na conta 19 e a crédito na conta 7962-Prov. Extraordinários-Reduções de provisões

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ContabilidadeProvisões

Provisões para investimentos financeiros em partes de capital de empresas do grupo e associadas:

Debitam-se na conta 55-Ajustamentos em partes de capital-depreciações por crédito da conta 491-Provisões para investimentos financeiros-Partes de capital (a anulação corresponde ao lançamento inverso nas mesmas contas)

Utiliza-se uma conta de capital próprio (55) no caso de se tratar de participações em empresas detidas em mais de 20% pela empresa

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ContabilidadeProvisões

Provisões para investimentos financeiros que não sejam partes de capital em empresas do grupo e associadas:

Debitam-se na conta 684-Custos financeiros-Provisões para aplicações financeiras por crédito da conta 49X-Provisões para investimentos financeiros

A anulação ou redução de provisões regista-se a débito na respectiva conta 49X e a crédito na conta 7962-Prov. Extraordinários-Reduções de provisões

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ContabilidadeProvisões

Provisões para riscos e encargos: Servem para registar responsabilidades

derivadas de riscos de natureza específica e provável (contingências)

Enquanto que as provisões anteriores servem para proceder a ajustamentos de elementos do activo e são inscritas no activo, estas são inscritas no passivo por se tratar de responsabilidades

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ContabilidadeProvisões

Provisões para riscos e encargos: As contas 29- Provisões para riscos e encargos

creditam-se pela constituição da provisão por débito das contas 67 – Provisões do exercício – Para riscos e encargos ou 6962-Custos extraordinários - aumentos de provisões, se tiverem carácter extraordinário

Pela redução ou cessação dos riscos que lhes deram origem, as contas 29 são debitadas por crédito da conta anteriormente debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões

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ContabilidadeProvisões

29 - Provisões para riscos e encargos: 291 – Pensões 292 – Impostos 293 – Processos judiciais em curso 294 – Acid. Trabalho e doenças profissionais 295 – Garantias a clientes ... 298 – Outros riscos e encargos

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ContabilidadeProvisões

291 – Pensões: destina-se a fazer face a responsabilidades presentes derivadas de acontecimentos passados.

É o caso dos benefícios relacionados com as pensões de reforma concedidos pelas empresas aos seus trabalhadores. Durante a vida activa, os trabalhadores vão constituindo direitos a uma determinada pensão de reforma. Quando atingem as condições pré-determinadas adquirem o direito a receber os benefícios

A responsabilidade assumida pela empresa perante os trabalhadores é registada a crédito na conta 291 por contrapartida da 644 – Custos c/pessoal – benefífios de reforma (se o gasto é imediato) ou 2725 – Custos diferidos – benefícios de reforma (se o gasto é diferido)

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ContabilidadeProvisões

292 – Impostos: movimenta-se pelos impostos cuja obrigação esteja pendente de eventos ou decisões futuras (excepção ao imposto sobre o rendimento que não é provisionável).

A conta 292 credita-se pela constituição ou reforço por contrapartida de débito da 6722-Provisões do exercício-Impostos ou 6962-Custos extraord.-aumentos de provisões

A conta 292-Impostos debita-se pela anulação ou redução da provisão por crédito da anteriormente debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões

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ContabilidadeProvisões

293 – Processos judiciais em curso: movimenta-se pela existência de processos judicias e pelo valor estimado dos custos a incorrer

A conta 293 credita-se pela constituição ou reforço por contrapartida de débito da 6723-Provisões do exercício-Proc. judiciais ou 6962-Custos extraord.-aumentos de provisões

A conta 293 debita-se pela anulação ou reposição da provisão por crédito das contas anteriormente debitadas ou, se respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões

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ContabilidadeProvisões

294 – Acidentes de trabalho e doenças profissionais: constitui-se se a empresa pretende fazer face a gastos (indemnizações) com este tipo de eventualidade

A conta 294 credita-se pela constituição ou reforço por contrapartida de débito da 6724-Provisões do exercício-Ac. Trab. e doenças profiss. ou 6962-Custos extraord.-aumentos de provisões

A conta 294 debita-se pela anulação ou redução da provisão por crédito da anteriormente debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões

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ContabilidadeProvisões

295 – Garantias a clientes: destina-se a provisionar os encargos decorrentes das garantias previstas em contratos de venda

É o caso dos produtos vendidos com garantia de determinado período de tempo, durante o qual a empresa terá que suportar as despesas previstas contratualmente (peças, nmão de obra, deslocações,...)

Esta provisão constitui-se com base numa percentagem sobre o valor das vendas dos produtos com garantia

A conta 295 credita-se pela constituição ou reforço por contrapartida de débito da 6725-Provisões do exercício-Garantias a clientes ou 6962-Custos extraord.-aumentos de provisões

A conta 294 debita-se pela anulação ou redução da provisão por crédito da anteriormente debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões

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ContabilidadeApuramento de resultados

Os resultados das empresas apuram-se periodicamente, tendo em conta as necessidades da gestão e o cumprimento da lei

O resultado apurado depende das políticas contabilísticas adoptadas (políticas de amortizações e provisões, valorimetria das existências, ...)

RESULTADOS = PROVEITOS - CUSTOS

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ContabilidadeApuramento de resultados

Os resultados têm um significado económico e não financeiro, pelo que um resultado positivo (lucro) não implica a existência de disponibilidades para a sua distribuição

A decisão relativa à aplicação de resultados é tomada pela Assembleia Geral de sócios/accionistas

A distribuição dos resultados afecta a composição e/ou valor dos capitais próprios mas não afecta os Resultados Líquidos do Exercício

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ContabilidadeApuramento de resultados

Os dividendos correspondem à remuneração do capital investido pelos accionistas

Podem distribuir-se dividendos antes do final do exercício contabilístico mas com restrições

Os dividendos são duplamente tributados: primeiro, em sede de IRC, aquando da liquidação do imposto sobre os resultados da empresa; depois, em sede de IRC/IRS – rendimentos de capitais, consoante o accionista seja pessoa colectiva ou pessoa singular

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ContabilidadeApuramento de resultados

Para o apuramento do resultado Líquido do exercício (RLE) concorrem todos os custos e perdas e todos os proveitos e ganhos reconhecidos no período respectivo

O RLE é constituído pelos seguintes componentes: Resultados Operacionais Resultados Financeiros Resultados Extraordinários Imposto sobre o rendimento do exercício

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ContabilidadeApuramento de resultados

81 - Res. Operacionais

84 - Res. Extraord.

82 - Res. Financeiros

83 - Res. Correntes

+ = +

=

85 - Res. Antes Imposto

+ 71 a 76 Prov. Operacionais+ Variação da Produção- 61 a 67 Cust. Operacionais

+ 78 Proveitos Financeiros- 68 Custos Financeiros

+79 Prov. Extraord.- 69 Custos Extraord.

86 - Imposto Sobre Rendim.-

88 - Res. Líquido

=

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ContabilidadeModelo CVR

A análise Custo-Volume-Resultado considera a inter-relação entre os preços de venda, volumes de vendas e produção, custos e resultados

A sua utilidade é essencialmente para a tomada de decisões de curto prazo

A aplicação deste modelo implica desde logo que seja possível separar os custos em fixos e variáveis

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Contabilidade Modelo CVR

A análise CVR faz-se tendo em conta a estrutura de custos existente para uma determinada capacidade instalada (relevant range)

A mudança na capacidade total normalmente implica novos investimentos, alterando-se assim a estrutura de custos anterior

Deve então tomar-se a nova estrutura de custos para efectuar a análise CVR

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ContabilidadeModelo CVR

Custos variáveis: são os custos que variam directamente e no mesmo sentido que o volume de actividade de vendas ou produção

Custos fixos: são custos independentes do volume de actividade

Custos semi-variáveis: têm uma componente fixa e outra variável

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Contabilidade Modelo CVR

Custos variáveis: matérias-primas, comissões de vendas, combustível de veículos de transporte, energia dos equipamentos industriais,...

Custos fixos: rendas, amortizações, vencimentos base, ...

Custos semi-variáveis: remuneração dos vendedores (vencimento base+comissões), encargos com viaturas (combustíveis+amortizações),...

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Contabilidade Modelo CVR

Custos totais vs custos unitários: para um determinado volume de actividade temos o montante global de custos incorridos (custos totais) e temos o custo unitário incorrido por unidade vendida ou produzida (Custos Totais/nº unidades produzidas ou vendidas)

Com o aumento do volume de actividade:Totais Unitários

C.Fixos mantêm-se diminuemC.Variáveis aumentam mantêm-seC.Semi-variáveis aumentam diminuem

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Contabilidade Modelo CVR

A relação entre os preços de venda, volumes de vendas e produção, custos e resultados pode expressar-se da seguinte forma:Resultado = Proveitos – CustosResultado = Proveitos – C.Variáveis – C.FixosResultado = pv*Q – cv*Q – CF

Q = Quantidade vendida ou produzidapv = preço de venda unitáriocv=custo variável unitárioCF=custos fixos totais

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Contabilidade Modelo CVR

CVariáveis

CFixos

CTotais

Vendas V=pv*Q

CT= cv*Q +CF

CV=cv*Q

CF=CF

Valor

Quantidade

O resultado pode também apurar-se graficamente:

Resultado = Vendas – Custos Totais

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Contabilidade Modelo CVR

Ponto crítico das vendas (break even point) Em quantidade (Qc): Quantidade crítica é a

quantidade vendida que gera proveitos de igual valor aos custos totais

Em valor (Vc): Vendas críticas são os proveitos gerados pela venda de Qc Vc = pv*Qc

Qual o resultado obtido para um nível de actividade = Qc?Se Resultado = pv*Q – cv*Q – CF e se pv*Qc = cv*Qc + CF então Resultado = 0

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Contabilidade Modelo CVR

CVariáveis

CFixos

CTotais

Vendas

Valor

Quantidade

Lucro

Prejuízo

Qc

Vc

Gráfico do Ponto Crítico

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Contabilidade Modelo CVR

Cálculo do Ponto Crítico em quantidade:Resultado = pv*Q – cv*Q – CFResultado = (pv-cv)*Q – CFResultado + CF = (pv – cv) *QQ = Resultado + CF

pv – cvComo em Qc o Resultado=0 então

Qc = CF__ pv-cv

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Contabilidade Modelo CVR

Cálculo do Ponto Crítico em valor

pv*Qcpv*Qc

Vc = pv * Qc ou Vc = CF__ pv–cv pv

= CF__ 1– cv pv

Dem: pv*Qc – cv*Qc – CF = 0 divide-se tudo por pv*Qc:

= cv*Qc+CF pv*Qc

1 = cv*Qc + CF__ pv*Qc pv*Qc

1 = cv + CF__ pv pv*Qc

=Vc

1 – cv = CF_ pv Vc

Vc (1 – cv) = CF pv

Vc = CF_ 1- cv pv

cqd

Page 172: Legi contab acetatos

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Contabilidade Modelo CVR

Pressupostos do modelo CVR O nível de actividade é a única variável que afecta o

comportamento dos custos Os custos fixos e varáveis podem ser separados e classificados com

rigor O preço de venda permanece inalterável dentro do período e da

gama de produção relevante O custo variável unitário e os custos fixos totais permanecem

inalteráveis dentro da gama de produção relevante Ou produto único, ou a proporção de vendas (sales mix) permanece

inalterável dentro da gama de produção relevante Não existe diferença significativa entre as existências no início e no

fim do período relevante, isto é, vende-se tudo o que se produz

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Contabilidade Modelo CVR

Margem de contribuição: é o excedente das vendas sobre todos os custos variáveisMargem de contribuição unitária

mcu = pv – cvMargem de contribuição total

mct = (pv – cv)*QMargem de contribuição em % das vendas

mcp = pv – cvpv

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Contabilidade Modelo CVR

mcu dá-nos a contribuição para os resultados de cada unidade vendida

mcp dá-nos a contribuição para os resultados de cada unidade monetária de vendas

Exemplo: seja pv=5€ e cv=2€mcu=pv-cv=5-2=3€ (cada unidade vendida contribui c/3€

p/resultados)

mcp=1-cv/pv = 1-2/5 = 0,6€ (por cada € de vendas 0,6€ contribuem p/resultados)

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Contabilidade Modelo CVR

Margem de Segurança (ms): é diferença entre as vendas actuais e as vendas críticas ms (valor absoluto) = Vendas actuais – Vendas Críticas ms (em %) = Vendas actuais – Vendas Críticas

Vendas actuais Exemplo: As vendas actuais de uma empresa são de 2000

unidades com pv=20€ e Qc = 600. ms=2000-600=1400 ou ms =(2000-600)/2000=0,7ou ms=(2000-600)*20 = 28000€Para atingir o Qc, a empresa teria de vender –1400 unidades do que as vendidas actualmente (ou -28000€), ou seja, teria de diminuir as vendas em 70%

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Contabilidade Modelo CVR

Através da ms pode calcular-se a quebra nas vendas possível de suportar pela empresa antes de ter resultados negativos. É uma forma de medir o risco económico: quanto maior for ms maior é a distância até ao ponto crítico e menor é risco de ter prejuízos

Exemplo: no caso anterior a ms=70% o que reflecte um risco económico pequeno já que era preciso uma quebra enorme (de 70%) das vendas para a empresa estar em risco de ter prejuízo

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Contabilidade Modelo CVR

Ponto crítico multiproduto: no caso de existir mais do que um produto, deve calcular-se o sales mix e a margem de contribuição de cada produto

O ponto crítico total é o quociente dos custos fixos com a margem de contribuição dos vários produtos ponderada pelo respectivo peso nas vendas totais (mcup)

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Contabilidade Modelo CVR

Exemplo: uma empresa produz os produtos A e B, com custos de estrutura de 200 000€. Pretende-se apurar Qc e Vc. A informação disponível é:

pv cv sales mixA 90 70 80% (80% das unidades vendidas são de A)B 140 95 20% (20% das unidades vendidas são de B)

Cálculo da mcu de A e B e da mcupmcuA=90-70= 20 20*80%=16mcuB=140-95= 45 45*20% =9 mcup=16+9=25€

Qc = CF/mcup = 200000/ 25 = 8000QcA = 80% * 8000 = 6400QcB = 20% * 8000 = 1600

VcA = 6400*90 = 576000VcB = 1600*140 = 224000 Vc = 576000+224000=800000€

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Contabilidade Objectivos da CG

A CG tem por objectivo o apuramento e análise dos custos (classificação e imputação dos custos de acordo com os critérios e sistemas seguidos na empresa, de modo a obterem-se custos que sirvam para o controlo da gestão)

A CG apresenta as seguintes características: Está organizada em função das necessidades específicas de cada

empresa e não está sujeita a constrangimentos de forma Destina-se a servir todos os responsáveis da empresa Utiliza as informações da Contabilidade financeira e os documentos

que lhe servem de base A contabilidade de gestão deve estar permanentemente actualizada

e fornecer as informações em tempo oportuno deve ser organizada para por em relevo as responsabilidades

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ContabilidadeCustos Directos e Indirectos

CUSTOS DIRECTOS: são custos que podem ser especificamente e exclusivamente identificados com o objecto do custo, de forma economicamente viável. Os custos que não tenham estas características são CUSTOS INDIRECTOS.

A classificação em directos ou indirectos depende do objecto do custo: por exemplo se o objecto do custo for o departamento de produção, o salário do director fabril será um custo directo. Se o objecto do custo forem os produtos desse departamento, o salário do director já não pode ser especificamente identificado com cada produto, pelo que será um custo indirecto.

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ContabilidadeCustos Reais e custos básicos

Custos reais: são os custos efectivamente suportados para produzir o produto ou serviço. Só podem ser determinados à posteriori.

Custos Básicos: São custos teóricos, definidos à priori, para valorização interna dos produtos e serviços. Há vários tipos de custos básicos: custos padrão ou standard (quando se consideram as normas técnicas atribuídas aos vários factores da área fabril – consumos de matérias, mão de obra, máquinas,... – para a definição do custo do produto, tendo em conta as condições óptimas de exploração); custos orçamentados (obtidos através do processo de orçamentação das actividades da empresa, pelo que já têm em conta as condições de exploração para o período em causa).

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ContabilidadeCustos do Produto

O custo do produto (ou custo industrial) é a soma de todos os custos incorridos para fabricação do produto acabado. Incluem os custos com a aquisição das matérias-primas e outros materiais directos consumidos, da mão-de-obra directa e dos restantes custos gerais necessários ao processo produtivo, sejam fixos ou variáveis.

Ex: Aquisição de matérias-primas, salários dos operários, amortizações do equipamento produtivo, energia utilizada no processo produtivo, salários do supervisor de produção,...

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ContabilidadeCustos do Produto

Mão de obra directa: são as remunerações e encargos do pessoal fabril que trabalha directamente na produção e cujos custos possam ser especificamente e exclusivamente identificados com o produto final. Por exemplo os operários de uma linha de montagem consideram-se mão de obra directa porquanto os respectivos custos são inequivocamente identificáveis com os produtos que saiem da linha. Já o salário do condutor da empilhadora ou do director fabril são custos que só de forma indirecta se podem identificar com os produtos.

Quando o objecto de custo é o produto, os materiais directos e a mão de obra directa são aqueles cuja existência física se pode verificar no produto final (a madeira nas mesas e a MOD na forma das mesas)

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ContabilidadeCustos do Produto

Matérias primas: são todas as matérias ou materiais transformados através do processo de fabricação em produtos finais

Por exemplo, a madeira, cola, verniz, são materiais directos que depois de transformados originam mesas de madeira mas o óleo e combustivel ou electricidade consumidos pelas máquinas que as fabricaram são matérias subsidiárias, que não incorporam o produto final mas são necessárias à sua fabricação- são custos

indirectos.

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ContabilidadeCustos do Produto

Gastos gerais de fabrico (manufacturing overhead ou custos comuns): são os restantes custos de fabricação que não respeitam a matérias directas ou MOD. Estes custos já não são fisicamente identificáveis nos produtos. Podem ser fixos ou variáveis.

Ex: Direcção fabril, departamentos técnicos, electricidade, água, mão de obra indirecta, matérias subsidiárias, amortizações,...

A repartição deste tipo de custos pelos objectos de custo (produtos ou departamentos) constituem o principal problema no processo de imputação de custos

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ContabilidadeCustos do Produto

Custo do produto = MOD + MP + GGF Custos primos = MP+MOD Custos de conversão ou transformação= MOD+GGF

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ContabilidadeCustos do Produto vs Custos do Período

Os Custos do Produto englobam os custos com MP+MOD+GGF. São todos os custos directa ou indirectamente relacionados com a fabricação dos produtos. Os restantes custos incorridos no período contabilístico são os Custos do Período. Incluem-se nesta classificação os custos provenientes das outras funções da empresa: vendas, distribuição, financeira, administrativa,...

Podemos então dizer que os Custos dos produtos são os custos das existências vendidas ou consumidas (inventoriable costs) que fazem parte do activo (inventário) até serem reconhecidos, ou seja, até as unidades serem vendidas.

Page 188: Legi contab acetatos

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Contabilidade Custos do Produto vs Custos do Período

Custos inventariáveis: Matérias primas adquiridas são contabilizadas em existências

de matérias primas (activo) Matérias primas consumidas na produção: são contabilizadas

nas existências de produtos em vias de fabrico (activo) Mão de Obra Directa utilizada na produção: é contabilizada

em existências de produtos em vias de fabrico (activo) Gastos gerais de fabrico imputados à produção: são

contabilizados em existências de produtos em vias de fabrico (activo)

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Contabilidade Custos do Produto vs Custos do Período

Quando os produtos estiverem concluídos, o correspondente valor constante nas existências de produtos em vias de fabrico (PVF) passará para as existências de produtos acabados (PA). E lá permanecerá até que os respectivos produtos sejam vendidos. É nesta altura (da venda dos produtos) que se reconhecem os custos dos produtos vendidos (só se leva a custos a parte respeitante às unidades vendidas, permanecendo o restante nas existências PA

Os Custos do Período não são inventariáveis (não passam pelo Activo)mas correspondem a despesas imediatamente reconhecidas como custos e incluídas directamente na Demonstração de Resultados. São então os custos que não respeitam ao processo de fabrico propriamente dito (comerciais, administrativos, financeiros, ...)

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ContabilidadeCustos do Produto vs Custos do Período

Compra de Matérias-Primas

BALANÇO D.R.

Vendas-

Custos dosProdutos Vendidos

=Resultados Brutos

-Custos de Distribuição e

Administrativos=

Resultado Operacional

Custos do Período

Custosdo Produto

Empresa Industrial

Existências de MP

Mão-de-Obra DirectaExistências de Produtos em Vias de Fabrico

Gastos Gerais de Fabrico Existências de Produtos Acabados

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ContabilidadeCustos do Produto vs Custos do Período

Compra de Mercadorias

BALANÇO D.R.

Vendas

-Custos dos

Produtos Vendidos

=Resultados Brutos

-Custos de Distribuição e

Administrativos

=

Resultado Operacional

Custos do Período

Custosdo Produto

Empresa Comercial

Existências de Mercadorias

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192

Contabilidade Objectivos dos custos

OBJECTIVO (OU OBJECTO) DOS CUSTOS: Os custos são recursos consumidos para atingir um determinado objectivo. Para orientar as decisões, os gestores necessitam de dados pertinentes referentes a determinada finalidade. Necessitam de saber o custo duma actividade, de um determinado produto ou serviço. É necessário que os custos referentes à actividade ou produto objecto do custo sejam medidos separadamente dos restantes.

Na contabilidade financeira sabemos os tipos de custos que foram reconhecidos num período. A acumulação dos vários tipos de custos são os custos totais da empresa nesse período. Para a gestão é necessário saber dessa acumulação de custos quais as parcelas que devem ser imputadas a cada objecto de custo - conjunto de custos associados a um ou vários objectos de custos. Por exemplo, o custo total das matérias primas é imputado aos departamentos que as consumiram e aos produtos onde foram incorporadas. Departamentos e produtos são neste caso objectos de custo

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193

Contabilidade Centros de custos

Centros de custos ou responsabilidade: são unidades orgânicas descentralizadas (ex: departamentos da empresa) dotadas de objectivos específicos e de um conjunto de meios materiais e humanos que permitem ao responsável do centro realizar o seu programa de actividade com a maior autonomia possível. A contabilidade de gestão deve apurar os custos de cada centro de responsabilidade, analisá-los e transmiti-los aos respectivos responsáveis, tendo em vista o seu controlo e adequação aos objectivos da empresa.

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Contabilidade Imputação de custos

Objectivos da imputação de custos:• Tomada de decisão sobre a afectação de custos• Medição da rendibilidade dos produtos/serviços e

unidades de negócio (SBU-Strategic Business Units)• Motivação dos gestores e empregados

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195

ContabilidadeImputação de custos

Método para imputação de custos:• Escolher o objecto de imputação (departamento, produto,

serviço,...)• Identificar o maior nº possível de custos directos (Ex.

produto: matérias-primas, componentes, mão de obra directa, ...)

• Identificar os custos indirectos (Ex. produto: amortizações do equipamento produtivo, renda da fábrica, energia, manutenção industrial,...)

• Agrupar os custos indirectos por centro de custo• Escolher método de imputação dos centros de

custos/custos indirectos ao objecto de imputação

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ContabilidadeImputação de custos

Tipos de imputação de custos: Imputação dos custos aos departamentos:os custos

directos+ os GGF, com base numa taxa de imputação, são imputados aos vários departamentos da empresa

Imputação dos custos dos departamentos de suporte aos departamentos operacionais: os dep. de suporte prestam serviços aos dep. Operacionais pelo que os seus custos são completamente realocados a estes

Imputação dos custos dos dep. operacionais aos produtos/serviços: nos dep. Operacionais acumulam-se todos os custos incorridos com a produção pelo que importa agora imputá-los aos produtos

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ContabilidadeImputação de custos

Imputação dos Gastos Gerais de Fabrico: atendendo à heterogeneidade das rubricas que integram os GGF, torna-se necessário definir coeficientes, taxas ou quotas de imputação

Taxa de imputação: é o quociente entre os GGF e a base de repartição escolhida para a imputação.

Base de Repartição: é a quantidade ou valor que expressa a actividade a que respeitam aqueles gastos (pode ser matérias primas, mão obra directa, horas-máquina,...).

A diferença entre os GGF reais e os que foram imputados à produção com base em taxas pré-determinadas originam as diferenças de imputação que serão posteriormente distribuídas pelos produtos acabados em armazém, pelos produtos em curso e pelo custo dos produtos vendidos, tudo na respectiva proporção ou, caso as diferenças não sejam de valor significativo, são totalmente imputadas ao custo dos produtos vendidos.

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198

ContabilidadeImputação de custos

As bases de repartição podem ser únicas ou múltiplas:

são únicas quando se considera a mesma base para repartir todos os GGF (horas de trabalho directo, quantidade de matérias primas consumidas, custo das matérias primas consumidas, nº de unidades fabricadas, horas de trabalho das máquinas,...);

são múltiplas quando se dividem os GGF em sub-grupos de custos mais homogéneos e se adoptam bases de repartição diferentes para cada sub-grupo. Por exemplo, o custo mão obra indirecta pode ser repartido em função do custo de mão obra directa; as matérias indirectas em função do custo das matérias directas incorporadas, o seguro de incêndio em função do valor do imobilizado,...

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ContabilidadeABC

ABC – Activity Based Costing é um processo de repartir os GGF pelas quantidades produzidas com base nos benefícios que resultam de uma determinada actividade indirecta. Com este método de custeio pretende-se relacionar os GGF com as actividades que os originaram.

A diferença deste método de custeio com os métodos tradicionais reside na imputação dos GGF aos produtos, que tradicionalmente utilizam como base de repartição dos GGF as horas-homem ou horas-máquina e no caso do método ABC procura-se utilizar bases de repartição que traduzam os processos geradores de custo (cost drivers) das actividades

A utilização de bases de repartição múltiplas acarreta mais custos do que a utilização de uma única base de repartição. É necessário que os benefícios decorrentes da utilização do método ABC sejam superiores aos custos da sua implementação e utilização.

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200

ContabilidadeABC

Para aplicar o método de custeio ABC é necessário: Identificar as actividades (compras, movimentação de materiais,

montagem,...) Identificar os cost drivers da cada actividade (nº unidades

compradas, nº unidades movimentadas, nº unidades montadas,...) Estimar o total de GGF de cada actividade Identificar a taxa de imputação para cada actividade: (tx.

Imputação compras=custo das compras/nº unidades compradas,...) Imputar os custos ao produto com base na respectiva utilização de

cada actividade (Imputação dos custos das compras=Tx. imputação compras*quantidade comprada,...)

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201

ContabilidadeDep. operacionais e dep. suporte

Imputação de custos entre dep. Suporte e Operacionais Os custos podem ser fixos ou variáveis. Sendo possível a sua

separação, podem utilizar-se diferentes critérios para a sua imputação (método dual)

Imputação ideal dos C. Variáveis: deve atender-se aos custos orçamentados e à quantidade realmente utilizada (utilizando os custos reais, os dep. consumidores estarão a suportar ineficiências dos dep. suporte; ao utilizar as quantidades reais garante-se que só se pagou aquilo que efectivamente se utilizou)

Imputação ideal dos C. Fixos: deve atender-se aos custos orçamentados e à quantidade orçamentada (garantindo a cobertura dos c.fixos do dep. suporte)

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202

Contabilidade Dep. operacionais e dep. suporte

Imputação de custos entre dep. Suporte e Operacionais Método Directo: ignora os custos entre os dep.

suporte Método step-down: considera uma imputação parcial

dos custos entre dep. Suporte. Primeiro imputam-se os custos do dep. suporte que mais custos dá aos restantes dep. suporte. Depois imputam-se os custos ao dep. operacional.

Método recíproco: considera todos os custos entre os dep. suporte

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203

Contabilidade Políticas de qualidade

O que é a qualidade ??

Objectivo a atingir em qualquer empresa de sucesso

Consumidor versus Produtor

* Valor acrescentado do produto

* Adequação do produto (fitness for use)

* Garantia das especificações

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204

Custos de não responder aos requisitos do cliente

Custos de Qualidade = custos de controlo + custos de falha

custos de prevenção (formação pessoal, escolha de fornecedores, manutenção preventiva, equipamentos e processos ) +custos de avaliação (inspecções de MP, de processos, de PA, testes de PA)

custos de falha internos (perdas de produção devido a paragens, recuperação de produtos defeituosos, sucatas) +custos de falhas externos (custos de garantias, custos de queixas, perda de imagem, diminuição de vendas)

Contabilidade Custos de qualidade

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205

Contabilidade Gestão da qualidade total

Conceito de gestão que traduz o esforço conjunto de gestores e trabalhadores para a satisfação das expectativas dos consumidores com base numa melhoria contínua da gestão de operações, produtos e processos

§ Redução de custos

§ Aumento de vendas

§ Desenvolvimento de vantagens competitivas

QUALIDADE DOS PRODUTOS

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206

Contabilidade Pontos de inspecção

O quê e onde inspeccionar ?

• Identificar os aspectos mais importantes da qualidade (ter em conta requisitos dos clientes)

• Identificar os passos chave do processo que afectam as características de qualidade

A inspecção pode ser feita sobre:

• Matérias-primas

• Processo

• Produto Final

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207

Contabilidade Pontos de inspecção

Matérias-Primas: garantir a qualidade dos “Inputs”

Processo: implica a identificação dos passos a inspeccionar ao longo do processo

(Faz-se um balanço entre os custos de inspeccionar e os custos de passagem de produtos defeituosos através do processo)

Produto: pode originar três procedimentos:• produto para o lixo (sucata);• produto volta ao processo - reciclado;• produto sujeito a reparação em área especifica.

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208

Contabilidade Pontos de inspecção

Tratamento contabilístico dos defeitos de fabrico: Se o defeito estiver dentro dos limites considerados

normais, o seu custo é suportado pela produção boa

Se o defeito for considerado anormal o seu custo é deduzido ao custo de produção para ser imputado a uma conta de custos extraordinários, passando assim a ser um custo do período

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209

Princípios para implementar a qualidade total

A alta direcção de topo deve estabelecer as directrizes e a política de qualidade a ser seguida pela organização e assumir a liderança na execução.

Todos devem participar, desde o mais humilde empregado até o mais alto dirigente.

Deve ser instituído um programa de educação e treino amplo e permanente.

É necessário criar uma unidade, ligada ao mais alto nível da organização, para coordenar as actividades.

Deve-se consolidar a sistemática da Garantia da Qualidade. Deve ser cultivado o respeito às pessoas. Deve-se eliminar as diferenças sexuais, raciais, religiosas da estrutura

organizacional. Manter sempre uma postura voltada para o cliente, o estágio

subsequente do trabalho é cliente do estágio precedente. Na condução desses princípios será de fundamental importância cultivar a

virtude da paciência.

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210

Os cinco grandes princípios da qualidade total:

Empenhamento da gestão de topo; Objectivos de satisfação do cliente; Processo contínuo de melhorias; Qualidade entendida como um problema de

toda a gente; Gestão dos custos da qualidade.

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Benefícios:

Satisfação dos clientes; Melhoria contínua; Eliminação dos desperdícios; Satisfação dos clientes internos; Comunicação efectiva; Atitudes positivas.

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Diferenças entre controlo de qualidade e qualidade total

Anos 60 e 70 – CONTROLO DE QUALIDADE Anos 90 – QUALIDADE TOTAL

Controlo à “posteriori” Controlo à “priori”

Acção sobre os efeitos Identificação e eliminação das causas

Acção curativa Acção preventiva

Campo de acção: o produto Campo de acção: toda a empresa

O cliente é o comprador O cliente é utilizador

Actuação estática Actuação dinâmica, evolutiva

Obtenção da qualidade sem considerar os custos Avaliação económica. Optimização dos custos.

Existência de normas, tolerâncias, hábitos Recusa absoluta da Não qualidade

O defeito é normal Zero defeitos. Especificações evolutivas

O controlo é feito por alguns O controlo é exercido por todos

Desconfiança Confiança

A qualidade custa dinheiro A qualidade paga-se a si própria

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Características dos dois tipos de gestão na análise do cliente

Gestão tradicional Gestão TQM

Papel do cliente Foco total no cliente

Satisfação do cliente Aperfeiçoamento constante em relação ao cliente

Qualidade Percepção da qualidade pelo cliente

Quem é o cliente? Quem é o cliente?

Prioridade à execução das tarefas

A qualidade é sempre a primeira prioridade

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214

Características dos dois tipos de gestão na análise no processo de produção

Gestão tradicional Gestão TQM

A produção está hierarquicamente estruturada com fornecedores externos, gestores, trabalhadores, clientes externos.

A produção é um processo baseado na relação entre o fornecedor e o cliente.

Dar ênfase à velocidade e flexibilidade Dar ênfase à velocidade e flexibilidade

O gestor é responsável Toda a gente é responsável pela TQM

O negócio tem de ser dinâmico A empresa tem de ser dinâmica

Acredita no comandar e controlar Acredita em gerir o processo

Aperfeiçoamento é importante mas por vezes difícil de avaliar

Acredita na avaliação constante com vista ao aperfeiçoamento

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Gráfico de Pareto O gráfico de Pareto é um histograma onde se pode visualizar, com facilidade, a importância de cada classe de uma variável expressa no eixo X.

Este procedimento é uma das ferramentas estatísticas básicas para a gestão de

processos .

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216

Gráfico de Controle de Qualidade

Gráfico c

Número de Defeitos. O gráfico será construído pela variável que representa o número de defeitos no eixo Y e variável que identifica a amostra no eixo X.

Gráfico c

DEFEITO POR AMOSTRA

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217

FLUXOGRAMA

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218

Gráficos de Dispersão

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Folha de Verificação

ProblemaOcorrências

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Falta de Papel

Cópias muito claras

Falta de Toner

Separador não funciona

Alimentador de documentos

Alimentação de transparências

Outros: A copiadora parouPainel confusoCopiadora sem energia

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HISTOGRAMA

Frequência

Intervalo

Frequênci

a

Intervalo

50 a 56 2 43 a

49 2 57 a 63 4 50 a

56 7 64 a 70 4 57 a

63 5 71 a 77 1 64 a

70 1 78 a 84 2 85 a 91 2

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DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

DE ISHIKASWA (espinha de peixe) Os M’s:Mão de obra Método Material Máquina Meio ambiente Medição "Management"

(gestão)

4Ps:políticas Procedimentos Pessoal

Planta

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DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

DE ISHIKASWA (espinha de peixe)

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Contabilidade Valorização do PA

Métodos de valorização do produto acabado: Custeio por obra (job costing):

• Utiliza-se quando a produção é diversificada (descontínua) e cada produto ou lote de produtos é distinguível dos outros (ex: construção naval e aeronáutica, construção civil, ind. Móveis, reparação automóvel, serviços de consultora,...)

Custeio por processo (process costing):• Utiliza-se quando se produzem grandes quantidades de

produtos iguais, de forma contínua, através de várias fases de fabrico (ex: produção industrial, química, farmacêutica, pasta de papel, refinarias ...)

Custeio Híbrido: • quando se utilizam os dois métodos anteriores

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Contabilidade Valorização do PA

Custeio por obra: neste método, os vários custos de produção (MP+MOD+GGF) vão-se apurando consoante as respectivas obras (ordens de produção). No final da obra, somam-se todos os custos incorridos e divide-se pelo nº de produtos acabados, obtendo-se assim o custo unitário de produção. O objecto de custo é o produto ou obra.

Custeio por processo: neste método, os vários custos de produção (MP+MOD+GGF) vão-se apurando consoante as respectivas fases de produção (processos). No final de cada fase, os custos já incorridos são transferidos para a fase seguinte até que todas as fases de produção estejam concluídas. No final, divide-se os custos de produção assim calculados pelo nº de produtos acabados, obtendo-se o custo unitário de produção. O objecto de custo é o processo.

Page 225: Legi contab acetatos

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Materiais directosMão-de-obra directaGastos Gerais

Obra 100

Obra 101

Obra 102

Produtos acabados Custos prod. vendidos

Unidades em Produção Produtos acabados Custos prod. vendidos

xx xx xx xx xx

Materiais directosMão-de-obra directaGastos Gerais

Processo A

Processo B

Processo C Produtos acabados Custos prod. vendidos

Unidades em Produçãoem B

Produtos acabados Custos prod. vendidos

xx xx xx xx xx

Unidades em Produçãoem A

xx xx xx xx

Unidades em Produçãoem C

xx

xx

Contabilidade Custeio por obra vs custeio por processo

Obra 100

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Contabilidade Custeio por obra

Custeio por obra: Requer cálculo de custos por ordem de produção A cada ordem de produção devem ser atribuídos os

seus custos directos com materiais e mão de obra Os custos indirectos (materiais, mão de obra e

gastos gerais de fabrico) são primeiro registados na conta de GGF e posteriormente imputados às diversas ordens de produção, através da taxa de imputação pré-determinada

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227

Contabilidade Custeio por obra

Imputação dos GGF às obras: Quotas teóricas: orçamentam-se os GGF do ano e

quantidade de Horas MOD ou HMáquina (ou outra quantidade que corresponda à base de repartição escolhida). A quota será o quociente entre GGF orçamentados e a base de repartição orçamentada.

A imputação dos GGF corresponderá ao produto entre a quantidade real da base de repartição de cada obra pela quota teórica pré calculada.

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228

Contabilidade Custeio por obra

Exemplo de imputação GGF com quotas teóricas:• GGF orçamentados=90 000• Custo MOD orçamentado=60 000• GGF incorridos=100 000• Custos MOD incorridos=64 000

Quota teórica de imputação com base nos custos de MOD = 90 000/60 000=1,5

GGF a imputar = 1,5*64 000=96 000 Diferença de imputação 100 000-96 000=4 000 a ser

levada ao Custo do Produto Vendido

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Contabilidade Custeio por processo

Custeio por processo: Requer cálculo de custos por fases de produção A cada fase de produção devem ser atribuídos os

seus custos directos com materiais e mão de obra Os custos indirectos (materiais, mão de obra e

gastos gerais de fabrico), serão imputados a cada fase através da taxa de imputação pré-determinada

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Contabilidade Custeio por processo

Cinco passos no custeio por processo: Traduzir o fluxo de produção em unidades físicas Converter em unidades equivalentes Calcular os custos totais de produção Calcular os custos unitários Valorizar os PA e PVF

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Contabilidade Custeio por processo

Unidades Equivalentes: é o valor da relação entre os custos já imputados para ter o produto no estado em que se encontra e os custos necessários para o produto estar acabado

O grau de acabamento que se calcula respeita ao grau de acabamento médio de todos os PVF, calculados factor a factor (MP, MOD e GGF)

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Contabilidade Custeio por processo

Custo Médio: por este método os produtos acabados (PA) e as existências finais em curso (PVFf) são valorizadas ao custo médio de cada unidade equivalente. O custo médio calcula-se dividindo o somatório do custo dos PVFi e os custos de produção do período pelo somatório das respectivas unidades equivalentes.

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233

Contabilidade Custeio por processo

FIFO: por este método as primeiras unidades a serem acabadas são aquelas que se encontravam em curso no início do período (PVFi). Com este critério, as existências finais em curso (PVFf) são valorizadas ao custo das unidades equivalentes relativas à produção efectiva do período

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234

Contabilidade Custeio por processo

Exemplo Custeio por processo: Uma empresa de montagem de computadores tinha no início do

mês 5 computadores com os seguintes custos incorporados: MP 80%, MOD 40% e GGF 40%.

O custo atribuído aos 5 computadores foi de MP7200€, MOD1370€, GGF1480€.

Durante o mês foram acabados 120 computadores e ficaram na linha 10 computadores que tinham incorporados MP 60%, MOD 50%, GGF 60%.

Os custos do mês referentes à produção foram MP262300€, MOD 56826€, GGF 59024€.

Calcule o valor dos PA e PVF (custo médio e FIFO)

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ContabilidadeProdução conjunta

Custos de produção conjuntos: são os custos incorridos na produção de 2 ou mais produtos, que só podem ser produzidos conjuntamente (produtos conjuntos) até ao ponto de separação.

Produtos conjuntos são 2 ou mais produtos que têm valor significativo de venda e não são possíveis de identificação individual até ao ponto de separação (split off point).

Ponto de separação: é o momento no processo de fabrico a partir do qual os produtos já se podem identificar individualmente. Os custos incorridos a partir do ponto de separação já se podem afectar a cada produto individualmente (custos disjuntos, por oposição a custos conjuntos).

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Contabilidade Produção conjunta

Coprodutos: São os produtos principais que se obtêm da produção conjunta.

Sub-produtos: são os produtos que também se obtêm da produção conjunta mas que têm um valor muito inferior relativamente aos produtos principais

Desperdícios ou resíduos: São os sub-produtos que não têm qualquer valor comercial.

Semi-produtos: São produtos que após o ponto de separação ainda necessitam de processamento para se transformarem em produtos acabados

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Contabilidade Produção conjunta

Métodos para valorizar a produção conjunta Unidades físicas no ponto de separação Valor das vendas no ponto de separação

Preço de Venda Relativo Margem Bruta Margem Bruta Constante

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Contabilidade Produção conjunta

Unidades físicas no ponto de separação: por este critério os custos conjuntos são repartidos em função das quantidades produzidas

Ex: Uma empresa produz os produtos A, B e CCustos (€): Produção 960Kg: O custo de cada produto:

MP 46 600MOD 4 800GGF 6 200Total 57 600

A 100B 500C 360Total 960

57 600 = 60€960

+ custo do processamento adicional

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Contabilidade Produção conjunta

Valor das vendas no ponto de separação: Preço de venda relativo: o custo é repartido com

base na importância de cada produto em termos do valor das vendas

Margem Bruta: o custo é repartido em função da margem bruta de cada produto relativamente à margem bruta total

Margem Bruta Constante: o custo é repartido em função da manutenção da mesma margem bruta para os vários produtos

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Contabilidade Produção conjunta

Exemplo:Uma empresa fabrica dois produtos A e B. O custo conjunto é 1 000€ e o valor das vendas no ponto de separação é de 1€ para A e 1,5€ para B. No ponto de separação obtêm-se 750 Kg de A e 250 Kg de B, ambos produtos semiacabados. Para obter os produtos finais é necessário processar adicionalmente cada um, sendo os custos de processamento específico de 375€ para obtenção de 600Kg de A e 350€ para obtenção de 200Kg de B. O preço de venda dos produtos finais A e B é, respectivamente, de 2,5€/Kg e 3,5€Kg. Reparta os custos conjuntos pelos 3 métodos.