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Fogo Morto José Lins do Rego Revisão crítica do ciclo da cana-de-açúcar Retrato melancólico da decadência do engenho Local: Região da Várzea do Rio Paraíba - Pilar Época: O mestre José Amaro (± 1910-1915) O engenho do seu Lula (±1848-1910) O capitão Vitorino (± 1910-1915)

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Fogo Morto José Lins do Rego

Revisão crítica do ciclo da cana-de-açúcar

Retrato melancólico da decadência do engenho

Local: Região da Várzea do Rio Paraíba - Pilar

Época: O mestre José Amaro (± 1910-1915)

O engenho do seu Lula (±1848-1910)

O capitão Vitorino (± 1910-1915)

Menino do engenho

(1932)

Carlos de Melo

memorialismo

Santa Rosa Vizinho do Santa

Fé, que já estava

de fogo morto

Doidinho

(1933)

Carlos de Melo

memorialismo

Santa Rosa /

Recife

Época do colégio

Bangüê

(1934)

Carlos de Melo

memorialismo

Santa Rosa /

decadência

Patriarca X Bacharel

Morte de Lula

Moleque Ricardo

(1935)

Onisciente Recife (1920);

lembrança do

Santa Rosa

Conflitos políticos

Usina

(1936)

Onisciente Santa Rosa /

usina

Novos meios de

produção

Fogo Morto

(1943)

Onisciente/

distanciado

Santa Fé Enredo anterior a

todos os outros

romances

Ciclo da Cana-de-açúcar:

1. O Mestre José Amaro

Homem livre sem posses

e orgulhoso e dependente

como os senhores como os escravos

de engenho e seus descendentes

Trata os outros como não quer ser tratado

Inconformado pela mediocridade de sua vida, recorre à

violência:

Contra a família – esposa (Sinhá) e filha (Marta)

Contra a sociedade injusta – colaboração (identificação)

com o cangaceiro Antônio

Silvino

Contra si mesmo – suicídio no final

José Amaro – mestre seleiro, que vivia no engenho

Santa Fé desde os tempos em que o Capitão Tomás era

o proprietário.

Recusa-se a atender o pessoal do Santa Rosa,

engenho do Coronel José Paulino.

Seu Laurentino, o pintor, Torquato, o cego, Alípio, o

aguardenteiro, o negro José Passarinho.

Vitorino, seu compadre discussões políticas

Sinhá (esposa) e Marta (filha solteirona): frustradas

Mestre Amaro estava ficando diferente, ensimesmado,

mais agressivo, distante.

Marta teve uma crise, foi encontrada deitada no chão

da sala, grunhindo. Numa das crises, Amaro pega um

pedaço de couro (sola) e dá uma surra na filha.

A partir de então, Marta começa a falar coisas sem

sentido e a dar risadas medonhas. Enlouquecera de

vez.

Passeios noturnos História do lobisomem

Amaro projeta a felicidade no bando do Capitão

Antônio Silvino, que enfrentava as tropas do Tenente

Maurício e os coronéis de engenho a favor dos pobres.

Alípio traz notícias da movimentação do bando.

Amaro passa a ajudar: sentimento de utilidade, de

orgulho, agora ele tinha um novo motivo para viver.

Depois da morte do Capitão Tomás, seu genro,

Coronel Luís César de Holanda Chacon é quem passa a

tomar conta do Santa Fé.

Coronel Lula de Holanda passava sempre pela porta

de mestre José Amaro com seu cabriolé.

Amaro gostava de ver o cabriolé enchendo a estrada,

com seus cavalos, suas lamparinas, suas campainhas.

Só não gostava da soberba do coronel.

Não era como no tempo do Capitão Tomás.

Entre sua criadagem estava o negro Floripes, que o

Coronel Lula apadrinhou. Fazia questão que o negro

acompanhasse as rezas da família todo final de tarde.

Floripes inventa uma intriga a respeito de José Amaro,

pois o seleiro não gostara de um recado que o coronel

havia mandado pelo negro e enxotou-o de sua casa.

O Coronel chama o Mestre e manda-o sair de suas

terras.

Comadre Adriana leva Marta para um hospital no

Recife.

O mestre sente um enorme vazio, medo de voltar para

casa.

Vê um corpo de um cangaceiro e pensa ser Capitão

Silvino; debaixo de uma pitombeira, abaixou a cabeça e

chorou.

2. O Engenho de Seu Lula Retrospectiva: o Capitão Tomás Cabral de Melo chega à

Região da Várzea do Paraíba após a Revolução Praieira (1848)

e se estabelece, fundando o Engenho Santa Fé, que prospera

a custa de muito trabalho.

A família do Capitão Cabral de Melo

Cap. Tomás D. Mariquinha

Olívia Amélia Seu Lula

(louca)

Neném

(alienada)

Capitão Tomás Cabral de Melo transfere-se do Ingá do

Bacamarte para a Várzea do Paraíba, antes da

revolução de 1848, trazendo muito gado, escravos,

família e agregados. Compra terras perto do Santa Rosa.

Era homem trabalhador: ele mesmo, junto com seus

homens, foi levantando o Santa Fé.

No começo, não sabia nada de açúcar, criava gado,

plantava algodão.

Depois de algum tempo, o Santa Fé produzia mais que

outros engenhos de mais recursos.

Quando a filha Amélia voltou dos estudos no Recife,

mandou buscar um piano. Nos finais das tardes de

domingo, o prazer do capitão era ouvir sua filha tocar

valsas.

O capitão estava no auge de sua vida, com o engenho

produzindo como nunca, tinha voz de comando no

Partido Liberal, era respeitado por todos.

Mas o fato de sua filha mais velha, tão prendada,

educada no Recife, não ter se casado enchia o coração

do velho de tristeza.

Chega, de Pernambuco, Luís César de Holanda

Chacon (Lula).

D. Amélia se engraçou dele, e as varsovianas

passaram a ter mais sentimento.

Ao mesmo tempo, chegaram notícias do Recife sobre

Olívia, a filha mais nova do Capitão Tomás, dizendo que

ela se encontrava com uma doença de difícil cura.

Agora, nem Amélia conseguia tirar o pai do estado de

melancolia.

Até que um moleque escravo fugiu. O Capitão o

perseguiu, voltou com ele e mandou dar-lhe um

corretivo.

Um outro fato que o ajudou a sair daquele estado foi a

chegada de uma carta do Recife, com o pedido de

casamento do primo Lula.

O Capitão Tomás quis que sua filha continuasse

morando no engenho com o marido. Entretanto,

conforme o tempo ia passando, o capitão notou com

tristeza que o genro não tinha o menor interesse pelo

engenho.

O que o conformava é que Lula tratava bem sua filha,

era carinhoso, tinha boa figura, sua filha parecia feliz.

Um dia, entrou pelo Santa Fé o cabriolé de Luís César

de Holanda Chacon, vindo do Recife.

O moleque Domingos foge novamente, desta vez

levando dois cavalos de sela. Seu Lula foi junto com o

Capitão Tomás atrás do negro. Seguiram as pistas e

chegaram numa fazenda. O dono sentiu-se ofendido por

desconfiarem que escondia o negro fugido e ladrão.

Cercados por mais dois de punhal, o capitão e o primo

tiveram que engolir as ofensas e voltaram sem

Domingos. Esta situação provocou novo desânimo no

capitão.

Lula tentou assumir o engenho, mas mostrou seu lado

mau ao mandar castigar um negro sem razão.

D. Mariquinha, mulher do Capitão Tomás, brigou com

o genro e tomou as rédeas do engenho.

O genro e a filha ficaram magoados e o Santa Fé ficou

ainda mais calado, triste. Numa tarde, no alpendre da

casa, faleceu o Capitão Tomás.

Houve briga pelo inventário. Lula fez exigências,

Mariquinha não concordou. D. Amélia, de início, foi

contra o marido, mas acabou cedendo.

Depois da morte de D. Mariquinha, Lula reuniu os

negros: dali para a frente não haveria mais vadiação e

todos deveriam rezar as ave-marias das tardes .

O Coronel Lula tratava mal seus negros, castigava-os

por qualquer coisa, deixava-os à míngua.

Lula só se preocupava com suas orações e com a

filha. "E o Santa Fé foi ficando assim o engenho sinistro

da várzea."

Quando chegou a abolição, todos os negros foram

para outros engenhos. Só Floripes e o boleeiro Macário

ficaram.

Ninguém queria trabalhar no Santa Fé por causa das

histórias de tortura.

O Santa Rosa acudiu o Santa Fé, que aos poucos foi

definhando, perdendo as plantações.

Quando os negros se foram, D. Amélia viu, pela

primeira vez, seu marido empalidecer e cair no sofá

retorcendo-se todo, com uma baba branca escorrendo

de sua boca.

Por esses tempos, Lula e Amélia orgulhavam-se da

filha Neném, que estudava no Recife.

Quando podia, a menina vinha em visita ao Santa Fé e

todos iam à missa de cabriolé. Seu Lula parecia que

levava uma princesa. D. Neném era moça bonita,

prendada. Era ela quem tocava o piano da casa agora.

D. Amélia se ressentia da relação pai-filha, tinha ficado

de lado, isolada.

Quando soube que sua filha estava se engraçando de

um promotor do Pilar, Lula ficou furioso.

Às seis horas, o Seu Lula mandava Floripes tocar o

sino no alpendre de trás chamando para a reza.

Seu Lula parecia não ver o que estava ocorrendo no

Santa Fé.

Só D. Amélia sabia da condição de ruína do engenho.

Mal havia comida que desse para eles.

Ela passou a vender ovos para a Paraíba, escondida

do marido. Mas continuavam indo à missa do Pilar de

cabriolé (agora apodrecido).

D. Neném e D. Amélia colocavam as jóias ganhas no

tempo de riqueza e que o coronel Lula fazia questão

que elas usassem.

Lula teve novo ataque, D. Amélia socorreu sozinha, a

filha chorava no quarto. A doença de Lula parecia

irreversível e a decadência do Santa Fé era completa.

Uma noite Antônio Silvino atacou o Pilar:

“(...) soltaram os presos, cortaram os fios do telégrafo

da estrada de ferro e foram à casa do prefeito Napoleão

para arrasá-lo.”

Entre outras coisas, pegou dois caixões cheios de

moedas e abriu-os no meio da rua para o povo se servir

à vontade.

No dia seguinte, José Amaro soube que o grupo de

Antônio Silvino havia arrasado a vila. Ficara feliz com o

ataque dos cangaceiros.

Capitão Silvino era o seu herói, fazia o que ele não

tinha coragem para fazer.

Havia uma semana que o Coronel Lula tinha mandado

que ele saísse de suas terras. Sua mulher foi passar uns

dias na casa da comadre Adriana. José Amaro sabia que

ela não queria mais vê-lo, aquilo era desculpa. Sentia-se

muito só. José Passarinho é quem cuidava dele, fazia

comida...

Todos os outros estavam contra ele: sua mulher, o Coronel

Lula e aquele povo, que agora tinha medo dele, desviavam-

se de seu encontro, olhavam-no com suspeita. De onde

tinham tirado aquela idéia de ele ser lobisomem?

Aparece Vitorino na casa do mestre. O Capitão Vitorino

Carneiro da Cunha, casado com D. Adriana, compadre de

José Amaro.

Sempre foi considerado uma pessoa desprezível, todos

chamavam-no Papa-Rabos.

Por seu lado, Vitorino gostava de contar vantagem, de

se fazer de valentão. Falava o que pensava, provocava

os outros com sua conversa, mostrava ter influência

junto às pessoas importantes.

Quando implicava com alguém, puxava para briga,

dizia desaforos. Mas ninguém o leva a sério. Riam dele.

Era o bobo do lugar. Um Dom Quixote do sertão.

Sua mulher sofre com seus desatinos, com a vida de ir

para lá e para cá sem nada fazer, sem trazer dinheiro

para casa.

Ela é quem sustenta a família, castrando frangos para

as fazendas vizinhas, era a única que tinha ciência

dessa arte por ali. Era muito amiga de Sinhá e por

diversas vezes ajudou-a com a filha Marta.

O seleiro também tem desprezo pelo compadre. Acha-o

um fraco, incapaz de se fazer respeitar.

Vitorino também não tem muita consideração pelo mestre

devido ao fato de ser seleiro, um trabalho pouco respeitado

por Vitorino.

Na última parte da narrativa, Vitorino aparece na casa do

mestre com sua burra velha. Agora, depois de tudo que

aconteceu em sua vida, o mestre teve prazer na visita do

amigo.

Vitorino fala das eleições, está no partido de Rego Barros,

tenta convencer o mestre a votar em seu partido, diz que

tudo vai mudar, que os coronéis não vão mais fazer o que

querem por ali.

O mestre não fala, mas já se decidira a apoiar Antônio

Silvino. Vitorino se propõe a ajudar o mestre na questão com

o Coronel Lula.

Capitão Silvino tomou o partido do mestre José Amaro

na questão com o Coronel Lula. Enviou uma carta ao

Santa Fé, mandando dizer que era para o coronel deixar

José Amaro em paz nas suas terras.

Para surpresa de D. Amélia, o coronel mostrou-se

calmo com a notícia. Lula procurou ajuda no Santa

Rosa, mas ninguém queria se meter com Antônio

Silvino. Mesmo assim, insistiu e deu prazo de três dias

para o mestre abandonar o lugar.

Vitorino chega ao Santa Fé para falar de política com o

coronel. Lula ouve calado e depois dá uma resposta

malcriada.

Vitorino se ofende. Em seguida fala sobre a expulsão

do mestre. Os dois discutem, o coronel põe Vitorino

para fora de sua casa e acaba tendo outro ataque.

Indo de madrugada para o Pilar com o intuito de

defender seu amigo seleiro, Vitorino encontra o Tenente

Maurício que pergunta se o outro tinha alguma notícia

do bando de Antônio Silvino.

Vitorino responde duvidando da capacidade do

tenente em pegar o bando. Eles discutem, Vitorino

enfrenta o tenente e acaba preso, com a testa

sangrando.

O primo José Paulino, o juiz municipal, Dr. Samuel e

outros senhores de engenho vem em auxílio de Vitorino,

contra o tenente, que não arreda pé de sua decisão.

A partir disso, Vitorino passa a ser olhado com outros

olhos pelo povo, como homem cheio de coragem, que

não tinha medo de nada nem de ninguém.

Corre a notícia pelo Estado a respeito de questões

políticas: Vitorino era contra o Governo, a favor do

candidato Rego Barros. O Coronel Rego Barros manda

telegrama congratulando Vitorino por enfrentar a

oposição.

O filho de Vitorino, Luís, chega na Paraíba. A mãe,

Adriana, fizera de tudo para enviar seu filho para a

Marinha, queria que tivesse vida diferente do pai, longe

dali evitaria que o filho sofresse humilhação pelos

desatinos de Vitorino.

Agora ele voltava como suboficial da Armada. Vitorino

estava orgulhoso ao apresentá-lo a todos.

Era um homem diferente, não gritavam mais Papa-

Rabo para ele. Luís queria que os pais fossem morar

com ele no Rio.

Vitorino, porém, se recusa, dizendo que sua vida estava ali

naquele lugar. Adriana, entretanto, sentia que aquele

poderia ser o momento de se livrar da vida incerta que tinha

com o marido.

O Capitão Antônio Silvino invade o Santa Fé. Tinha ouvido

as histórias sobre as moedas de ouro que o Capitão Tomás

tinha deixado de herança e queria que Lula entregasse a

botija. Mal sabia ele que nos últimos tempos o Santa Fé só

sobrevivia porque o Coronel Lula ia, a cada ano, trocando as

moedas no Recife.

O Coronel, já muito doente, não entendia bem o que

estava acontecendo, parecia meio fora de si, quem

respondia para o capitão era D. Amélia.

Foi quando apareceu Vitorino, pedindo que parassem com

aquilo. Puxou o punhal em posição de ameaça, mas foi

derrubado por uma coronhada de rifle.

O Coronel José Paulino chega e consegue convencer o

Capitão Silvino de que seu vizinho não tinha dinheiro

nenhum. Na sala, o Coronel Lula tinha tido mais um dos

seus ataques e estava inconsciente.

A notícia do assalto do Santa Fé correu logo. Vitorino mais

uma vez foi considerado herói. "Agora Vitorino podia dizer

que furava de punhal, que eles acreditavam."

O Tenente Maurício prende o cego Torquato, queria que

ele revelasse onde estava o bando dos cangaceiros. Na

prisão o cego apanha muito.

Vitorino grita do lado de fora contra a atitude do tenente. A

casa de José Amaro fora cercada pela força policial. Sinhá

havia ido embora de vez naquele dia, para grande tristeza

do mestre, que passara o dia largado na rede. Levam o

negro Passarinho e o mestre presos.

Vitorino não se conforma com a prisão do cego, do negro e

de seu compadre. Pede ajuda ao juiz, mas o tenente diz que

não soltaria os presos. Ocorre novo confronto entre Vitorino

e o Tenente. Alguns homens da tropa cercam Vitorino e o

levam para a cadeia. Lá, passam-lhe o cipó-de-boi, mas

Vitorino não para de xingar o tenente, de gritar que tudo

aquilo era uma canalhice.

Quem novamente resolveu a situação foi o Coronel José

Paulino, do Santa Rosa.

Adriana cuida dos ferimentos de Vitorino. Pela primeira vez

sentira orgulho de seu marido.

Deitado no quarto, o velho Vitorino pôs-se a imaginar o que

faria quando eleito. Ia botar as coisas para funcionar direito.

Todos teriam que obedecer à lei, não haveria mais regalias

para os grandes, delegado não poderia mais fazer o que

quisesse, nem estar a mando dos coronéis.

No dia seguinte, o negro Passarinho chega correndo à

casa de Vitorino. Conta que durante a noite havia

escutado o seleiro chorar e chorou também.

De manhã encontrou o mestre perto da tenda com a

faca de cortar sola enfiada no peito.

Vitorino foi com Passarinho cuidar do defunto. Lá da

estrada viram a chaminé do Santa Rosa soltando

fumaça.

Da chaminé do Santa Fé, coberta de

plantas, nada saía: o engenho já não

funcionava, estava de fogo morto.

Cícero Dias

Paralelos entre Amaro e Lula

fracasso

orgulho

desconfiança

ferem e tornam infelizes

a esposa e filha

saídas ilusórias

(cangaço e religião)

tornam-se incomunicáveis

Capitão Vitorino

(contraponto)

passa de patético

a respeitado (herói)

Quixotesco no sentido

positivo: ter ideais de justiça

Banditismo social Capitão Silvino: marginal

Herói para alguns (Amaro, Torquato, Alípio)

Casamento: identificação na frustração feminina

Amélia: decadência do Engenho

Adriana: busca alternativas para a situação

Sinhá: desligamento (afastamento) do marido

Não casaram: loucura ou alienação

Marta

Olívia

Neném

Figura dos negros: Passarinho e Floripes

Tratamento preconceituoso (herança da escravidão)

Sem interioridade: vidas não interessam (tipos)