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Desemprego jovem cai na OCDE. Portugal mantém nível de campeão nos 35% EUA Combustíveis low-cost chegam esta 5ª feira. Será que as petrolíferas deixam? Hillary Clinton confirma candidatura. À segunda será de vez? A TAXA DE DESEMPREGO JOVEM MANTÉM -SE "EXCECIONALMENTE ELEVADA" EM ALGUNS PAÍSES DA ZONA EURO COMO A GRÉCIA (51,2% ), ESPANHA (50,7%), ITÁLIA (42,6%) E PORTUGAL, DIZ A OCDE P10 P11 Número 1786 | 14 de abril de 2015 | Preço 15 cênt. | Diretor Vítor Norinha PUB OJE TERÇA-FEIRA “Somos uma escola de formação de talentos e que fomenta a diversidade”, diz José Galamba de Oliveira, CEO da Accenture INTERNACIONALIZAÇÃO IPDAL organiza missão ao Uruguai. Construção civil e agroindústria em foco. PRESIDENCIAIS Sampaio da Nóvoa é quase candidato do líder do PS P10 P8 P4a6 P3 HELENA AMARAL NETO, BUSINESS DEVELOPMENT DIRECTOR DO ISEG FALA SOBRE ECONOMIA DIGITAL E A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS P14e15

Jornal OJE edição 14ABR15

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Page 1: Jornal OJE edição 14ABR15

Desemprego jovem cai na OCDE.

Portugal mantém nível de campeão

nos 35%

EUA

Combustíveis low-cost chegam esta 5ªfeira. Será que as petrolíferas deixam?

Hillary Clinton confirma candidatura. À segunda será de vez?

A TAXA DE DESEMPREGO JOVEM MANTÉM -SE "EXCECIONALMENTE ELEVADA"

EM ALGUNS PAÍSES DA ZONA EURO COMO A GRÉCIA (51,2% ), ESPANHA (50,7%),

ITÁLIA (42,6%) E PORTUGAL, DIZ A OCDEP10

P11

NNúúmmeerroo 1786 | 14 de abril de 2015 | PPrreeççoo 15 cênt. | DDiirreettoorr Vítor Norinha

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OOJJEETERÇA-FEIRA

“Somos uma escola de formação de talentos e que fomenta a diversidade”, diz José Galamba de Oliveira, CEO da Accenture

INTERNACIONALIZAÇÃOIPDAL organiza missão aoUruguai. Construção civil eagroindústria em foco.

PRESIDENCIAIS Sampaio da Nóvoa é quasecandidato do líder do PS P10

P8

P4a6

P3

HELENA AMARAL NETO, BUSINESS DEVELOPMENT

DIRECTOR DO ISEG FALA SOBRE ECONOMIA DIGITAL

E A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS P14e15

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| 2 | terça-feira 14 de abril de 2015 | www.oje.pt

EEdduuaarrddoo GGaalleeaannoo ESCRITOR MORRE AOS 74 O escritor uruguaio EduardoGaleano morreu ontem, aos 74anos. O autor de "As Veias Abertasda América Latina”ou de “Vaga-mundo”, entre outras obrastraduzidas em mais de 20 idiomas,padecia de um cancro nos pulmões.

GGüünntteerr GGrraassss MORRE NOBEL DA LITERATURAO escritor alemão Günter Grassmorreu ontem, aos 87 anos, numaclínica em Lübeck, no norte da Ale-manha. Prémio Nobel da Literaturaem 1999, além de escritor, foi pin-tor, escultor e teve uma intensaatividade política. E foi alvo de for-te polémica quando lançou, em

2006, “Descascando a Cebola”,autobiografia onde diz ter per-tencido às SS na juventude.

TTeeccnnooffoorrmmaaINSOLVÊNCIA APROVADAA empresa de formação onde oprimeiro-ministro Passos Coelho foi

administrador de 2005 a 2007 viu ontem o plano de insolvênciaaprovado pela assembleia decredores. O pedido de falência da Tecnoforma remontava a 2012.

RReecceeiittaass ddaa FFIIFFAA FIGO QUER NOVO SISTEMAO português Luís Figo, candidato às próximas eleições da FIFA, vai apresentar (no congresso da CONCACAF - Confederação de Futebol da América do Norte,Central e Caraíbas, que se realizaem Nassau na quinta-feira, dia 16)um novo sistema de distribuiçãodas receitas dos Campeonatos do Mundo de futebol, de forma a beneficiar as federações mais necessitadas.

Os parceiros europeus vão “ver-se gregos” para resolver o temada Grécia. Sempre que há uma aproximação de prazos, lá vêmas chantagens, ameaças e insultos. Depois do desapertar do gar-rote, tudo acalma, ficam amigos, falam de futuro e do entendi-mento entre os povos.

Esta tem sido a tónica das negociações entre o Governo gregosaído das eleições e os parceiros europeus. O prazo do novo “ul-timatum” é sexta-feira. Mas será que é mesmo?

Esta conversa não é nova. A situação vai-se resolvendo. No en-tanto, a agenda grega tem vindo a escalar aquilo que pareciainimaginável. É possível que avancem mesmo as eleições nopaís. O Syriza quer sentir-se legitimado, e conseguirá fazê-lo,porque os parceiros europeus continuam a deixar que o Syrizase vitimize. O país quer dinheiro, precisa de dinheiro, mas osparceiros não são solidários. Este é o tema que repassa para aopinião pública. Se os parceiros europeus querem o apoio inter-no grego é preciso ir mais fundo e mostrar o que são as propos-tas de reformas estruturais e como é que dessa forma o paíscontinuará a não ser competitivo. Pode também acontecer queo eleitorado se sinta confortável em alinhar pelas chantagenssobre os parceiros euro-peus. Se tal acontecer, de-vem ser retiradas as devi-das ilações. A pressão con-tinua esta semana, semavanços palpáveis.

Entre nós as dificuldadescontinuam. O desempregojovem continua a ser o ter-ceiro mais elevado da UE,só ultrapassado pelos gre-gos e espanhóis, enquantoa média da OCDE revelaque o flagelo está a regre-dir. Também soubemos es-ta semana que as dificul-dades dos jovens estão acriar dificuldades insupe-ráveis nos pais, ou porque regressam a casa e é mais um pesono agregado, ou porque são executados por créditos em incum-primento dos filhos. O cenário é assustador e infelizmente ten-de a não regredir, muito pelo contrário, aliás.

Editorial de Vítor [email protected]

PPuubblliiccaaddoo ddiiaarriiaammeennttee ddee tteerrççaa aa sseexxttaa--ffeeiirraa •• PPrroopprriieeddaaddee - Megafin Sociedade Editora S.A., Registo na ERCS N.º

223731, N.º de Depósito Legal: 245365/06 • SSeeddee - Avenida Casal Ribeiro, n.º 15 – 3.º, 1000-090 Lisboa, Tel.: 217 922

070 • DDiirreettoorr - Vítor Norinha • RReeddaaççããoo - Armanda Alexandre, Almerinda Romeira, Sónia Bexiga e José Carlos

Lourinho; Catarina Santiago (revisão) • ÁÁrreeaa CCoommeerrcciiaall - Diretor João Pereira – 217 922 088 ([email protected]).

Gestores de Contas Isabel Silva – 217 922 094, Claudia Sousa – 217 922 073 • AAssssiinnaattuurraass – 217 922 096 (assina-

[email protected]) • ÁÁrreeaa FFiinnaanncceeiirraa - Florbela Rodrigues • CCoonnsseellhhoo ddee AAddmmiinniissttrraaççããoo - João Pereira • IImmpprreessssããoo -

Empresa Gráfica Funchalense, SA, Rua Capela N. Sr.ª Conceição, 2715-029 Morelena • DDiissttrriibbuuiiççããoo - Notícias Direct,

Lda, Tapada Nova Capa Rota - Linhó 2711-901 Sintra • TTiirraaggeemm - 8040 • Nenhuma parte desta publicação, incluindo

textos, fotografias e ilustrações, pode ser reproduzida por quaisquer meios sem prévia autorização do editor.

Membro da:

A UE vai “ver-se grega”

TTrrêêss mmeemmbbrrooss da ONG galega Pallasos en Rebeldía manifestaram-se ontem em frente à vedação que separaMelila de Marrocos, no enclave espanhol na costa do Norte de África. Os ativistas despiram-se no final, nãosem antes protestarem contra “o muro da vergonha” que “viola os direitos humanos”.

EPA/F. G. GUERRERO

“O Syriza quer sentir-se legiti-

mado, e conseguirá fazê-lo,

porque os parceiros europeus

continuam a deixar que o

Syriza se vitimize. O país quer

dinheiro, precisa de dinheiro,

mas os parceiros não são

solidários. Este é o tema que

repassa para a opinião pública

asúltimas

sóriros jornais não são todos iguais

EPA/BORIS ROESSLER

MMAASS NNÃÃOO ÉÉSS MMÚÚSSIICCOO,, NNEEMM CCAANNTTAASS……

EE IISSSSOO IIMMPPOORRTTAA?? SSÓÓ PPEENNSSOO NNOO

IINNEESSPPEERRAADDOO EE PPRROOLLOONNGGAADDOO……TTAAMMBBÉÉMM GGOOSSTTAAVVAA DDEE UUMM BBEEIIJJOO

IINNEESSPPEERRAADDOO DDAA MMAADDOONNNNAA

destaque

Page 3: Jornal OJE edição 14ABR15

beira da entradaem vigor da lei nº.6/2015, publicadano passado dia 16de janeiro, desco-nhecem-se os pre-ços ou a estratégia

comercial que as marcas vão se-guir para fazer cumprir a lei,sendo que em muitos postos algu-mas mangueiras dos produtospremium – os mais aditivados emais caros – estão há vários diasfora de serviço para serem substi-tuídos pelos combustíveis sim-ples.

A Associação Portuguesa deEmpresas Petrolíferas (Apetro),que representa petrolíferas comoa Galp, a BP, a Repsol ou a Cepsa,recusou-se a falar da legislaçãonestes últimos dias que antece-dem a sua entrada em vigor, masjá veio recordar o seu desacordo.Aquando da discussão da propos-ta legislativa, a Apetro alertou pa-ra o facto da redução de preçosnão ser a apregoada, dada a im-possibilidade de as petrolíferaspraticarem preços próximos dospostos das grandes superfícies,uma vez que são modelos denegócio diferentes, com níveis deserviço distintos.

Num documento que designacomo “Folha de Opinião”, aApetro desfaz o equívoco que con-sidera existir resultante da con-funsão inadvertida ou deliberadados conceitos de “combustívelsimples e produtos low cost”, demodo a não criar falsas expectati-vas nos consumidores.

Entre outros aspetos, salientaque é o “somatório das economiasobtidas nos custos de exploraçãode um posto de abastecimentolow cost, associado ao elevado vo-lume de vendas, que permite umaredução significativa dos custosde operação”.

“Não é possível pois, nos postosde abastecimento convencionais,conseguir reduções do preço devenda ao público semelhantes aosapresentados pelos low cost, atra-vés da venda de combustíveis sim-ples, isto é, alterando apenas umdos fatores de redução de custos -o produto e, mesmo este, margi-nalmente”, conclui a associação.

A Apetro sublinha ainda que aobrigatoriedade de comercializa-ção de combustíveis sem aditivosnos postos convencionais, comooferta adicional à existente, paraalém de reflexos muito negativosno valor das marcas, “implicarácustos a nível da infraestruturapara acomodar mais dois tipos decombustíveis, sendo nalguns ca-sos de todo inexequível por ine-xistência de espaço físico para ins-talar mais tanques, ou até por li-mitações nos termos do licencia-mento”. Acresce ainda que essescustos adicionais, numa atividadecuja rentabilidade “tem caídodrasticamente”, reforça a Apetro,são contrários ao objetivo de des-

cida de preços e aos interesses deconsumidores e operadores.

Já a Entidade Nacional para oMercado de Combustíveis, queterá a missão de fiscalizar o cum-primento do diploma, explica quea lei dos combustíveis simplesnão coloca quaisquer restrições àcomercialização de combustíveisaditivados, contudo, e como for-ma de salvaguardar o direito deinformação aos consumidores, ospostos estão obrigados a indicar otipo de aditivos incorporados noscombustíveis.

Nova legislação reforça a liberdade de escolha

e leva mais longe o objetivo de coesão territorial

MOREIRA DA SILVA, MINISTRO DA ENERGIA

“ www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 3 |

destaque

À

HÁ POUPANÇA PARA O CONSUMIDOR OU NÃO?

Combustíveis low-cost

chegam esta quinta-feira

Os postos de abastecimento vão passar a vender combustíveis sem aditivos e em tese mais baratos. Mas está poresclarecer se existirá efetivamente poupança para os consumidores.

SÓNIA [email protected]

DDiillmmaa RRoouusseeffffCCaappaacciiddaaddee ddee aattrraaççããooQuem é a dirigente política que facilmente

junta milhares de opositores? É Dilma, com

certeza! A corrupção no Governo e nas

grandes empresas é o tema de fundo. As ma-

nifestações são convocadas através das redes

sociais e rapidamente juntam milhares de pes-

soas.

LLuuííss FFiiggooPPeerrsseevveerraanntteeO antigo internacional português e candidato

a um lugar cimeiro na FIFA, insiste na redis-

tribuição das receitas daquela organização.

Sabendo de antemão que tem poucos trunfos,

Figo mantém a perseverança. É de elogiar.

AAnnttóónniioo CCoossttaaFFaazzeeddoorr ddee aalliiaannççaassO secretário-geral do PS afirmou, após um en-

contro com o líder do SPD, em Berlim, que está

a construir as “alianças necessárias” ao nível

europeu para que o programa do partido seja

efetivamente “exequível”. Percebeu atempada-

mente que é preciso dar-se bem com os fortes.

OObbaammaa ee CCaassttrrooFFaazzeeddoorreess ddee hhiissttóórriiaaOs presidentes dos EUA e de Cuba estão a

refazer a história. O momento mais emocio-

nante aconteceu no funeral de Mandela.

Depois, foram meses de negociações. Mais

recentemente foi o encontro no Panamá que

juntou dois líderes que querem voltar a

dialogar pela paz. Vai correr ainda “muita

tinta”, mas vão chegar a um acordo que será

exemplar.

farpasemimos

�As petrolíferas a operar

em Portugal escusam-se

a explicar como vão pôr

em prática a nova lei mas

dizem que o diploma,

aprovado por unanimida-

de, será cumprido

DR

SIMPLES E LOW COST NÃO SÃO SINÓNIMOS

Segundo a Associação Portu-

guesa de Empresas Petrolíferas

(Apetro) nesta altura é funda-

mental esclarecer esta questão

pois, na sua perspetiva, “há

muito que está generalizada a

confusão no que respeita à utili-

zação da expressão low cost.

Assim, esclarece que combustí-

veis low cost os que eram

comercializados por hipermer-

cados e outros retalhistas que

normalmente operam sem a

bandeira das Companhias

Petrolíferas. Trata-se de produ-

tos simples, isto é, sem

qualquer tipo de aditivos

melhoradores das suas caracte-

rísticas básicas, que fazem

parte da oferta de comercializa-

dores que optaram por um

conceito low cost. São vendidos

a preços normalmente inferio-

res, aos preços praticados pelos

operadores cujo conceito se ba-

seia na diferenciação dos seus

produtos e serviços, isto é, pelo

valor da marca. “E aqui, reside

toda a diferença!”, frisa a

Apetro.

✱As mangueiras que

fornecem combustíveis

simples têm de estar

claramente identificadas,

por forma a possibilitar

ao consumidor optar por

este combustível

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| 4 | terça-feira 14 de abril de 2015 | www.oje.pt

entrevista

JOSÉ GALAMBA DE OLIVEIRA, CEO DA ACCENTURE

“Somos uma escola de formação

de talentos e que fomenta

a diversidade”

Page 5: Jornal OJE edição 14ABR15

www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 5 |

É um cidadão tranquilo, essa criatura dia

5 de M 50 aio de 1989 sentada à sua secretária DEPOIS SEPAROU-SE

Quais os grandes tópicos demudança nos últimos 25 anosem Portugal?Nos últimos 25 anos milhares decolaboradores, clientes, parceirose instituições ajudaram a Accen-ture a transformar e a moderni-zar Portugal. Ao longo deste quar-to de século acumulámos expe-riência e conhecimento nas diver-sas indústrias e áreas de negócio.Muita coisa mudou no país nestequarto de século, as empresasmodernizaram-se e os consumi-dores alteraram o seu comporta-mento, sendo hoje muito maisexigentes e informados do queeram no passado. Nestes anos, po-demos dizer que Portugal alcan-çou um grande progresso, espe-cialmente a nível tecnológico, eque, em muitos casos, somos ti-dos como referência para empre-sas estrangeiras. Durante todosestes anos, procurámos responderaos desafios e superar as expecta-tivas dos nossos clientes, semprecom o objetivo de ajudar a trans-formar Portugal e a melhorar aforma como vivemos e trabalha-mos.

O que começou a Accenture afazer em Portugal há 25 anos e oque faz hoje? A empresa consi-dera ter um papel relevante namodernização do país?Tal como referi anteriormente,nas últimas duas décadas muitasmudanças ocorreram na socie-dade, no mercado e nas própriasorganizações. A Accenture acom-panhou essas transformações, àsquais se adaptou, sendo hoje umaempresa necessariamente dife-rente da que era à data da suafundação. A entrada na União Eu-ropeia, em 1986, mudou o país, ea Accenture, tendo iniciado a suaatividade em 1990 conseguiu ti-rar partido dessas grandes altera-ções do mercado, numa época degrande investimento interno e ex-terno. Trouxemos muito conheci-mento e experiência de outrospaíses, assim como ativos que fo-ram construídos no estrangeiro eque procurámos introduzir naeconomia, nas empresas e na Ad-ministração Pública, sempre com

um foco na modernização da eco-nomia portuguesa. Nesse período,houve grandes projetos de trans-formação, especialmente ao níveldas infraestruturas tecnológicas enas quais temos o orgulho de terestado envolvidos. A segunda dé-cada da nossa atividade ficoumarcada pelo início da aposta nomercado africano de língua ofi-cial portuguesa, nomeadamenteem Angola, e em 2006 ajudámos alançar a operação local com umescritório em Luanda. Em 2011,continuámos a investir no conti-nente, desta vez com a aberturade uma operação local em Mo-çambique. Nos últimos anos, anossa aposta tem sido também naexportação de serviços num mo-delo de nearshore, tendo inaugu-rado em Portugal centros de com-petência nas áreas da tecnologia ede outsourcing de processos denegócio que prestam serviços apartir de Portugal para mais de 50países em todo o mundo, incluin-do Brasil, EUA, norte e centro daEuropa e África. Contudo, ao lon-go destes 25 anos, certos aspectosmantêm-se imutáveis, como amissão, a visão e os princípios éti-cos que determinam a forte cul-tura empresarial e que nos dis-tingue no mercado. Somos recon-hecidos como uma organizaçãoespecializada nos vários setoresda indústria. Procuramos sempreestar ao lado dos clientes nas suasnecessidades de modernização, de

maior eficácia e melhor capaci-dade de resposta face aos merca-dos, através da disponibilizaçãode soluções inovadoras.

Em termos de procura pública oque é hoje relevante? Em queprojetos públicos está a compa-nhia a trabalhar?A Accenture Portugal desenvolveprojetos para clientes de quase to-dos os setores de atividades, comespecial enfoque nos serviços fi-nanceiros, energia, grande consu-mo, transportes, telecomunica-ções, administração pública econstrução. Não temos nenhumfoco específico. A experiência econhecimento da Accenture emtodas as indústrias permitemidentificar novas tendências edesenvolver soluções inovadoraspara os nossos clientes, quer se-jam empresas privadas ou insti-tuições públicas. Temos obvia-mente, vocação para ser parceirode grandes organizações, onde asvantagens competitivas da em-presa são mais expressivas. Aolongo de um quarto de século, aAccenture Portugal tem partici-pado em diversos programas es-tratégicos de transformação quecontribuíram para a moderniza-ção do País, ajudando os clientes aserem mais competitivos, a en-trar em novos mercados e a au-mentar as receitas nos mercadosexistentes, a melhorar o desem-penho operacional e a oferecerprodutos e serviços de formamais efetiva e eficiente.

O que significa ser uma empre-sa-escola? Desde o seu nascimen-to qual o número dos recém-li-cenciados integrados? Comquantos trabalham atualmentee que se processos a interaçãoempresa/colaboradores?Ao longo destes 25 anos temossido responsáveis pelo lançamen-to de milhares de recém-licencia-dos na vida profissional, garantin-do a estes jovens uma carreira desucesso e o desenvolvimento decompetências muito valorizadaspelo mercado. Em 25 anos ajudá-mos a formar cerca de 4 mil qua-dros de grande valor e orgulha-mo-nos de muitos deles ocupa-rem hoje posições de destaquenas principais organizações dopaís. Hoje em dia somos umamultinacional líder em serviços

de consultoria, tecnologia e out-sourcing a operar em mais de 120países com mais de 323 mil pro-fissionais, 1300 deles em Portugale pertencentes a 106 instituiçõesde ensino superior.

A Accenture está a exportar“massa cinzenta? A AccenturePortugal deixou de ter o mundoportuguês como objetivo?A qualidade dos recursos por-tugueses é muito reconhecida láfora. Temos algumas dezenas decolaboradores a trabalhar noestrangeiro, em projetos interna-cionais em cinco continentes, deforma pontual ou mais a longoprazo, promovendo a mobilidadee partilha de conhecimentosalém-fronteiras, o que nos per-mite continuar a ser uma referên-cia nacional e internacional nonosso setor. Por outro lado, aaposta da Accenture em Portugaltem sido evidente nos últimosanos, com o nosso país a ser esco-lhido para expandir a sua redeglobal de Centros de Excelênciacentra-se tanto na área de Out-sourcing de Processos de Negóciocomo de Tecnologia: Centro deExcelência SAP HCM, Lisbon De-livery Center e Centro de Opera-tions. Através destes centros,prestamos serviços para mais de50 países à escala mundial. EmPortugal, queremos continuar aser uma empresa líder nas áreasque trabalhamos, que desenvolve-mos e que inovamos. Orgulhamo-nos de ser uma escola de forma-ção de talentos e que fomenta adiversidade. Temos pessoas de vá-rias nacionalidades, com gostos,

entrevista

A consultora Accenture está há 25 anos em Portugal. Ajudou a mudar o país, foi responsável pelo lançamento demilhares de recém-licenciados na vida profissional e ajudou a formar quatro mil quadros de grande valor, afirmaJosé Galamba de Oliveira, o CEO da empresa. A aposta no país é evidente com a instalação de vários centros, apartir dos quais presta serviços para mais de 50 países.

O que se poderia fazer de

diferente no país para melhorar

o funcionamento da sociedade,

do setor público e do privado?

A aposta na inovação e no alto

desempenho continuam a ser os

principais drivers da nossa

atuação, tanto em Portugal

como no mundo. Acreditamos

que combinando uma estratégia

de longo prazo com a

capacidade de inovação,

eficiência e o talento de que

dispomos podemos caminhar

rumo a um futuro que nos

garanta, às organizações e à

economia portuguesa, um

crescimento sustentado que

melhor nos integre e diferencie

na nova ordem económica

mundial. E isto aplica-se tanto

ao setor público como ao

privado. Ao longo destes 25

anos, trouxemos a experiência

de vários projetos realizados no

estrangeiro para o mercado

nacional, adaptando-os à nossa

realidade. Mas também

exportamos conhecimento

produzido em Portugal, boas

ideias que são aplicadas

noutros mercados. Alguns dos

casos mais recentes são um

deal multi-cliente na área dos

seguros, que abrange todo o

processo de sinistros e que

inclui um sistema inovador de

deteção de fraude, e outro está

relacionado com a tecnologia

desenvolvida em Portugal para

os pórticos de cobrança das

autoestradas free-flow, em

parceria com um dos

operadores de autoestradas

nacionais e que está a ser

exportada para diversos países,

incluindo os EUA. O nosso país

está cheio de boas ideias, e

temos de tirar partido delas

para nos impormos no

panorama mundial.

A nível global, a

Accenture está focada

na iniciativa “Skills to

Succeed”, que visa

capacitar três milhões de

pessoas, em todo o

mundo, com as

competências

necessárias para

conseguirem um

emprego ou criarem um

negócio, até 2020

VÍTOR [email protected]

Nos últimos anos, a nossa

aposta tem sido também

na exportação de

serviços num modelo de

nearshore, tendo

inaugurado em Portugal

centros de competência

nas áreas da tecnologia e

de outsourcing de

processos de negócio que

prestam serviços a partir

de Portugal para mais de

50 países em todo o

mundo

Page 6: Jornal OJE edição 14ABR15

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entrevista

interesses, crenças e experiênciasmuito diferentes e é essa a diver-sidade que caracteriza a nossaempresa. Na Accenture, aposta-sepermanentemente na análise doque de melhor se faz a nível glo-bal, em todos os setores económi-cos e em todos os tipos de in-tervenção organizacional. Deacordo com o perfil, competên-cias dos colaboradores e com adiversidade de forças de trabalhoda organização, tenta-se ajustaras preferências de cada um às ne-cessidades da empresa

O tema da responsabilidade cor-porativa é marketing? É negó-cio? É imposição? Ou adequaçãoaos tempos?Não é de todo uma imposição, éalgo que faz parte da nossa cul-tura interna, do nosso ADN. A es-tratégia de Responsabilidade Cor-porativa da Accenture assenta nacapacitação das organizações edos seus beneficiários para a em-pregabilidade e para o empreen-dedorismo. Esta estratégia é ope-racionalizada em três vetores, nosquais atuamos de forma integra-da: realizando projetos em regi-me de pro bono com ONG, alocan-do voluntários a iniciativas nessasONG e, finalmente, através dedoações monetárias ou de bensque promovam a sua sustentabi-lidade. O fator essencial para aeficácia deste modelo integradofoi a mobilização dos colabora-dores da Accenture para projetosem regime probono, em tudo si-milares a qualquer outro projeto,nomeadamente com a alocaçãode recursos com competênciasconcretas, e onde as avaliações dedesempenho têm também osmesmos níveis de exigência. Des-ta forma, garantimos que os pro-jetos têm sempre os melhoresrecursos, e que a participação nosmesmos funciona como um en-volvimento na criação de valorpara a ONG e para a sociedade. Anível global, a Accenture está fo-cada na iniciativa “Skills to Suc-ceed”, que visa capacitar três mi-lhões de pessoas, em todo o mun-do, com as competências necessá-rias para conseguirem um em-prego ou criarem um negócio, até2020. A nível local, temos dadoum importante contributo nestaárea através de parcerias impor-

tantes, como é o caso da JuniorAchievement Portugal (JAP), noâmbito da qual promovemos aaquisição de competências de em-preendedorismo e literacia finan-ceira, através de formação e ca-pacitação a jovens estudantes,desde o ensino secundário aosuperior. Uma das provas do fortecompromisso da Accenture comesta área foi a publicação, em2013, do primeiro Relatório deResponsabilidade Corporativa daAccenture Portugal, um docu-mento no qual procuramos dar aconhecer a todos os nossos stake-holders os resultados e desafiosem termos de sustentabilidade.Trata-se de uma publicação pio-neira em Portugal, já que somos aprimeira organização, no setoronde desempenhamos atividade,a editar um relatório deste géne-ro.

É recomendável viver e traba-lhar em Portugal?Sim, na nossa perspetiva é reco-mendável viver e trabalhar emPortugal. Acreditamos que as em-presas estão a preparar-se paraum novo ciclo de crescimentoeconómico e queremos ajudar es-tas organizações a serem capazesde tirar partido desta situação.Em todos os momentos de criseexistem grandes oportunidades e,apesar de alguma retração quealgumas organizações ainda pos-sam sentir, estamos convictos de

que existirão necessidades de oti-mização de processos e de expan-são internacional, nas quais a Ac-centure poderá ter um papel-cha-ve enquanto parceiro e contribuircom o seu know-how.

O momento pós troika é de re-novação, sacrifício, ou um meroprocesso histórico?Os anos da troika foram desafi-antes para todos, durante os quaissentimos um abrandamento eco-nómico por parte das organiza-ções em Portugal. Essa desacele-ração foi mitigada através da nos-sa aposta em outros mercados,como é o caso do continente afri-cano, aliás à semelhança de umaboa parte das empresas portugue-sas. Graças à nossa aposta emAngola e Moçambique, e ao traba-lho que prestamos para clientesem mais de 50 países através dosnossos centros de tecnologia e deprocessos, as variações de fatura-ção dos últimos anos foram ligei-ras.

O que é mais relevante numaconsultora: as pessoas? Asideias? Os projetos? Os clientes?

Ou a sociedade?Penso que todos são fatores rele-vantes. Diria que há vários pontosque foram chave para chegarmosonde chegámos hoje. O primeiro,e talvez o mais importante, ocompromisso com o cliente. Aolongo destes 25 anos tivemos acapacidade de entender as neces-sidades dos clientes, perceber osdesafios de modernização que en-frentavam e termos tido semprerespostas inovadoras e capazes.Criámos equipas que estão pro-fundamente comprometidas comos nossos clientes. Outro pontofoi a procura pelos melhores ta-lentos, procuramos ter os melho-res profissionais, tanto a nível decompetências core como de softskills. Terceiro ponto também de-terminante: a rede internacionalda Accenture, que hoje chega às323 mil pessoas, e que foi muitodeterminante na partilha de boaspráticas e de projetos replicáveisnos nossos clientes localmente.Ou seja, eu diria que para sermosbem sucedidos necessitamos deum envolvimento de todas aspartes: pessoas, ideias, projetos,clientes e sociedade.

Exportamos

conhecimento produzido

em Portugal, boas ideias

que são aplicadas

noutros mercados.

Alguns dos casos mais

recentes são um deal

multi-cliente na área dos

seguros, que abrange

todo o processo de

sinistros e que inclui um

sistema inovador de

deteção de fraude

Page 7: Jornal OJE edição 14ABR15

www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 7 |

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Page 8: Jornal OJE edição 14ABR15

A Galp anunciou ter obtido umaumento da produção de petróleode 57% até março, relativamenteao período homólogo de 2014,mas, em termos financeiros, pou-co foi o impacto porque tambéma cotação do preço do crude caiu50% nos mesmos períodos emanálise.

Em comunicado enviado à Co-missão de Mercado de ValoresMobiliários (CMVM), a petrolíferaportuguesa revela também queterminou o primeiro trimestre docorrente ano com uma produçãolíquida (designada por “net enti-tlement”) na ordem dos 38,7 mil

barris de petróleo por dia, quandono mesmo período do ano passa-do produziu 24,6 mil barris.

Segundo esclarece ainda a Galp,este aumento de produção ficou adever-se, à entrada em funciona-mento no Brasil no terceiro tri-mestre do ano passado de umaunidade flutuante de produçãoadicional, a FPSO Cidade de Man-garatiba, no pré-sal brasileiro,onde também a FPSO Cidade deParaty atingiu a sua capacidadede produção máxima durante omesmo período.

No entanto, apesar de ter regis-tado um aumento de produção,em termos de receitas, o impactofoi reduzido porque o preço mé-dio do petróleo de Brent, o índiceque mais interessa à petrolífera,caiu mais de 50%.

De salientar que o preço médioentre janeiro e março deste anofoi de 53,9 dólares o barril, quan-do no mesmo período de 2014atingiu os 105,2 dólares.

Apesar da queda da cotação doBrent, este foi altamente compen-sado pelas margens de refinaçãoque ultrapassaram os cinco dóla-res por barril, um valor a que hámuito não se assistia e que con-trasta com a margem negativa ve-rificada no trimestre homólogo.

A Galp Energia anunciou igual-mente ter registado um bom de-sempenho quanto a volumes dematérias primas processadas,com aumentos de 34,1%, e navenda de produtos refinados (mais 19,7%), tirando partido damelhoria das margens de refina-ção europeias.

| 8 | terça-feira 14 de abril de 2015 | www.oje.pt

negócios

1º TRIMESTRE COM MAIS 57%

Brasil impulsiona produção da

Galp mas cotação do crude afeta

A Galp, mesmo a produzir mais, continua a enfrentar os impactos negativos daquebra da cotação do preço do crude. As receitas não refletem qualquer impulso.

PPaavviillhhããoo RRoossaa MMoottaaPEV E LUCIOS CANDIDATASA promotora e organizadora deeventos PEV Entertainment vai con-correr, em consórcio com aconstrutora Lucius, ao concurso pa-ra reabilitar, explorar e instalar ocentro de congressos no PavilhãoRosa Mota, no Porto. A concessãodo equipamento é por 20 anos.

BBllaacckkRRoocckk nnaa EEDDPP PARTICIPAÇÃO PASSA A 5,02%A BlackRock aumentou a participa-ção no capital social da EDP para5,02%. De acordo com nota enviadapela EDP à CMVM, a companhia degestão de ativos BlackRock detém,desde o passado dia 9 de abril,183.572.500 ações da empresa, querepresentam 5,02% do seu capital.

LLiiggaaççããoo aaéérreeaa aa ccoonnccuurrssooBRAGANÇA/PORTIMÃOO Governo lançou, em DR, o concur-so público para a adjudicação, emregime de concessão, da ligaçãoaérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, por três anos. Osinteressados nos “Serviços AéreosRegulares” têm de apresentar pro-postas até 27 de maio.

EEDDPP DDiissttrriibbuuiiççããoo nnoo BBrraassiillNOVOS DIRETORESO Grupo EDP anunciou a mudançados diretores vice-presidentes dasáreas de Finanças e Operações coma nomeação de Henrique ManuelMarques Faria Lima Freire e MichelNunes Itkes. A EDP atua no Brasilnas áreas de comercialização, pro-dução e distribuição de energia.

acimaabaixoJOSÉ CARLOS LOUREIRO

O Uruguai é o próximo paísalvo de uma missão empresa-rial organizada pelo IPDAL -Instituto para a Promoção eDesenvolvimento da AméricaLatina, com o apoio do Es-tado português. Paulo Neves,o presidente da organizaçãoque visa promover o inter-câmbio entre empresáriosportugueses e da América La-tina tem o evento agendadopara 20 a 24 próximo.

Os setores de eleição nestadeslocação são a construçãocivil e projetos (está previstoque o ministro das Obras Pú-blicas apresente o plano doseu ministério para os próxi-mos quatro anos), com desta-que para a ampliação e cons-trução de portos e transportede gás, as estradas, os portosde águas profundas, e na áreamineira. Na vertente de in-fraestruturas o país tem fi-nanciamentos asseguradosjunto do CAF – Banco de De-sarrollo de América Latina edo BID – Banco Interamerica-

no de Desenvolvimento, en-tre outras instituições finan-ceiras, o que constitui umanota adicional de interessepara os empresários nacio-nais.

Por seu lado, a agroindús-tria é o tema forte que os em-presários uruguaios queremtratar com os gestores portu-gueses. Falamos de frutas, le-gumes, arroz e pescado. Ali-ás, a triangulação que os as-sociados do IPDAL têm feitocom África vai levar empre-sários nacionais ao Uruguaipara convidarem empresá-rios deste país a investiremem Angola, utilizando o hubde Lisboa. A nível de indús-tria alimentar está previsto oencontro com os três maioresexportadores de carne doUruguai para a compra destacommodity por parte de Por-tugal, Angola e Moçambique.

África é relevante para oUruguai que abriu uma em-baixada em Luanda, enquan-to se espera para julho próxi-mo a entrega da candidaturado país a membro observa-dor na CPLP.

IPDAL organiza missão ao Uruguai

O Crédito Agrícola anuncioua abertura de um novo Escri-tório de Representação emGenebra, na Suíça. Este novoespaço vem juntar-se aosdois escritórios de represen-tação já existentes na Euro-pa, localizados em Paris e noLuxemburgo. Refere o bancoem que para além da repre-

sentação institucional, oEscritório em Genebra terácomo missão prestar apoioaos clientes no estrangeiro,facilitar o contacto com asagências do Crédito Agrícolaem Portugal, potenciar oaproveitamento de oportu-nidades comerciais para osclientes e proporcionar in-formação sobre investimen-tos no país.

Crédito Agrícola com escritórioem GenebraBANCA

SÓNIA BEXIGAcom [email protected]

AGÊNCIA PETROBRAS

VÍTOR [email protected]

Page 9: Jornal OJE edição 14ABR15

www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 9 |

negócios

É um cidadão tranquilo, essa criatura dia

5 de M 50 aio de 1989 sentada à sua secretária DEPOIS SEPAROU-SE

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DIREITOS DE TRANSMISSÃO

Sport TV garante Champions

e Liga Europa até 2018

Quanto aos montantes pagos pelos direitos, a Sport TV não os revela mas não deixa de referir que se tratam de “valores significativos”.

“A Sport TV tem a totalidade dosjogos da Champions, incluindo osque a RTP transmitirá em direto,e que também transmitiremos”ao mesmo tempo, disse o admi-nistrador, Bessa Tavares.

Ou seja, “nós passamos a ter atotalidade dos jogos, ao contráriodo que acontecia [no contrato] an-terior que está em vigor, em que

não podíamos transmitir em dire-to o jogo da TVI, agora vamospoder passar a transmitir a totali-dade, incluindo o jogo em aber-to”, explicou. Além disso, “somosos primeiros a poder emitir osresumos dos jogos da Cham-pions”, frisou Bessa Tavares. “Osdireitos que temos [Liga dosCampeões e Liga Europa] são paraos nossos subscritores”, disse, pe-lo que não serão vendidos direitosà SIC e TVI.

Questionado sobre o que estes

direitos representam para a SportTV, sublinhou que “se há conteú-dos que são premium, a Cham-pions é um período super premi-um, porque é a principal competi-ção de clubes a nível mundial, éaqui que estão concentrados osmelhores jogadores e treinadoresdo mundo, portanto é extraordi-nariamente relevante”.

Quanto a novidades, passampor Portugal ser “o primeiro paísem que o hino da Champions teráversão em português”, apontou.

A AEM - Associação de Em-presas Emitentes de ValoresCotados em Mercado acabade lançar a APP AEM queagrega informação detalha-da e permanentemente atua-lizada sobre todas as empre-sas associadas cotadas nomercado português.

A APP pode ser facilmenteidentificada e descarregada,diretamente na Apple Storeou no Google Play, para oefeito bastando pesquisar aexpressão “AEM”.

Para além da informaçãorelativa à evolução das cota-ções, a APP AEM permite ace-der, de forma fácil e imedia-ta, à informação completa detodas as empresas cotadasassociadas, bem como a in-formação relativa à AEM e àsnotícias mais relevantes do

mercado de capitais. A APP AEM, que se encon-

tra disponível em portuguêse inglês, é gratuita (sem in-trusão de publicidade exter-na), e destina-se aos investi-dores em geral e a todos osinteressados no mercado decapitais nacional.

Os conteúdos da APP AEMsão atualizados quatro vezespor dia (previamente à aber-tura do mercado - 8:30 CET, ameio da manhã, a meio datarde, e após o fecho do mer-cado - 18:30 CET); as cotaçõesapresentadas na APP têm umdelay de 15 minutos.

AEM com aplicação móvelsobre Bolsa

MERCADOS

SÓNIA BEXIGA com [email protected]

�Cotações

apresentadas na

APP têm um delay

de 15 minutos

Page 10: Jornal OJE edição 14ABR15

Os mais recentes números divul-gados pela Organização para aCooperação e DesenvolvimentoEconómico (OCDE) apontam nosentido da taxa de desempregojovem ter recuado para 14,3% emfevereiro, o que se traduz no nívelmais baixo desde novembro de2008 e menos 2,5 pontos percen-tuais do que no auge atingido emjaneiro de 2013.

Poderia então ser consideradoum cenário animador, porém aOrganização não deixa de subli-nhar que sublinhar que esta taxade desemprego jovem (sendo queos jovens em análise têm idadescompreendidas entre os 15 e os24 anos) se mantém “excecional-mente elevada” em alguns paísesda zona euro como a Grécia(51,2% em dezembro, sendo esteo último dado disponível), Espa-nha (50,7%), Itália (42,6%) e Por-tugal (35%).

A análise da OCDE passa aindapelo género. Neste item, a taxa dedesemprego em fevereiro caiu 1,1pontos percentuais em relação aojá referido “pico” de janeiro de2013, tanto para mulheres (para7,1%) como para homens (para7,0%).

Por outro lado, a OCDE tam-bém se pronunciou quanto à taxade desemprego, referindo nestamatéria que se registou umadescida na ordem dos 0,1 pontospara 7% em fevereiro, com umdecréscimo acumulado de 1,1pontos percentuais desde janeirode 2013.

Importa ainda reter que naOCDE, 42,9 milhões de pessoas es-tavam desempregadas em feve-reiro deste ano, menos seis mi-lhões do que em janeiro de 2013.

No que concerne à zona euro, ataxa de desemprego recuou 0,1pontos percentuais, para 11,3%em fevereiro, menos 0,8 pontospercentuais do que no máximo al-cançado em abril de 2013, subli-nhando a organização que apenasforam verificados aumentos naFinlândia, em Portugal e em Itá-lia.

Em fevereiro, a taxa de desem-prego também caiu nos EUA (0,2pontos percentuais para 5,5%, onível mais baixo desde maio de2008) e no Japão (0,1 pontos para3,5%), mas aumentou no Canadá(0,2 pontos para 6,8%). Mas dadosmais recentes, referentes a mar-ço, indicam que a taxa de desem-prego se manteve nos EUA e noCanadá.

E O EMPREGO?

Segundo dados divulgados pelaComissão Europeia, Portugal re-gistou a maior quebra do em-prego, de 1,4%, na União Euro-peia (UE) no quarto trimestre de2014 face ao anterior, mas regis-tou um aumento de 0,7% em ter-mos homólogos. Para além dePortugal, o emprego caiu, nacomparação em cadeia, na Croá-cia (-0,9%) em Chipre (-0,6%), naPolónia (-03%), em Itália (-0,2%) eem Malta (-0,1%).

Os dados de Bruxelas mostramainda que o emprego subiu, namédia da UE, 1% no último tri-mestre de 2014, na comparaçãohomóloga com 2013, e 0,9% nazona euro, no mesmo período.Quando comparado com o últimotrimestre de 2013, a subida foi de0,2% na UE e 0,1% na zona euro.

A Comissão Juncker assinalaque a situação económica na UEmelhora há já dois anos, com oProduto Interno Bruto a crescer0,4% na UE e 0,3% na zona euro,face ao trimestre anterior.

SÓNIA [email protected]

| 10 | terça-feira 14 de abril de 2015 | www.oje.pt

nacional

O anunciado candidato a presi-dente da República AntónioSampaio da Nóvoa está a insta-lar a confusão no Partido So-cialista (PS). O secretário-geralsocialista, António Costa, dizque, por agora, só pensa naslegislativas. “Cada coisa a seutempo. O nosso foco obvia-mente é nas legislativas e res-ponder aos problemas do país,que são muitos”. “Estamos fo-cados nas eleições legislativas,e é aí que vamos continuar”,disse ontem o líder do PS, emBerlim, à saída de um encon-tro com o líder do partido so-cial-democrata alemão (SPD),Sigmar Gabriel. Antes já Costatinha desmentido a notícia desábado do Expresso que Antó-nio Costa terá dado luz verde aSampaio da Nóvoa mas quenão avisou a direção socialistade que avalizara a candidaturaà Presidência da República.Um membro do secretariadonacional do PS disse mesmo aoExpresso que “formalmentenão fomos avisados”.

Também Sampaio da Nóvoagarantiu no sábado ao final datarde que não tinha qualquerapoio do PS negociado com An-tónio Costa. “Nunca em qual-quer circunstância pedi apoio

a António Costa para uma can-didatura que ainda nem se-quer existe e nunca, nunca,António Costa declarou queme apoiava”, afirmou o profes-sor universitário.

Ainda em Berlim, AntónioCosta escusou-se a “fazer co-mentários sobre essa matéria”.

Mas se Costa não fala, já opresidente do Partido Socialis-ta, Carlos César, afirma que éuma das personalidades que“melhor representa” aquilo deque o país precisa neste mo-mento. “É uma das personali-dades que admiro e que me-lhor representa aquilo que noPortugal de hoje nós pensamosque é preciso, que é pensarcom serenidade o país que nosrodeia”, disse.

A confirmação de que o anti-go primeiro-ministro socialistaAntónio Guterres não vaiavançar para Belém parece terdeixado os socialistas órfãos. Eestá a levar a um mal-estar en-

tre os militantes, estando mui-tos a forçar um apoio declara-do a Sampaio da Nóvoa, mes-mo antes das eleições legislati-vas, contrariando a estratégiado secretário-geral.

Entretanto, Sampaio da Nó-voa continua a somar apoios.Em declarações ao OJE, o fun-dador do movimento PodemosPortugal, Mauro BurlamaquiSampaio, – que está a negociaruma união com o Livre de RuiTavares e o Agir de Joana Ama-ral Dias –, diz: “apoio desdesempre Sampaio da Nóvoa,mas pode acontecer numa se-gunda volta apoiar Paulo deMorais”.

E os candidatos continuam aaparecer que como cogumelos.Ontem foi a vez de Paulo Frei-tas do Amaral assumir a suacandidatura à Presidência daRepública. Paulo Freitas doAmaral, eleito em 2009 presi-dente da junta de freguesia daCruz Quebrada-Dafundo, emOeiras, garante ter já metadedas assinaturas necessáriaspara a formalização. Com 36anos, o primo de Diogo Freitasdo Amaral (ex-líder do CDS, ex-vice-primeiro-ministro e ex-candidato a Belém) apresentapublicamente a sua candidatu-ra a 30 de maio numa sessãono concelho de Oeiras, cidadeonde cresceu, foi autarca e de-putado municipal.

PORTUGAL À BEIRA DO PÓDIO COM 35%

Desemprego

jovem cai para

mínimo de 2008

A OCDE frisa que a taxa continua “excecionalmenteelevada” na Grécia, Espanha, Itália. Sem Guterres, socialistas

forçam apoio a Nóvoa

LUSA/FERNANDO VELUDO

Cada coisa a seu

tempo. O nosso foco

obviamente é nas

legislativas

ANTÓNIO COSTA

CARLOS [email protected]

O líder socialista, António Costa, diz que só pensa nas legislativas. Mas háquem garanta que deu luz verde a Sampaio da Nóvoa para avançar. CarlosCésar diz que é o que “melhor representa” aquilo que Portugal precisa.

Page 11: Jornal OJE edição 14ABR15

www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 11 |

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internacional EDITADO POR SÓNIA BEXIGA

PRESIDENCIAIS DE 2016 NOS EUA

À segunda é de vez? Hillary

Clinton confirma candidatura

A democrata Hillary Clinton confirmou num vídeo difundido na internet a candidatu-ra à investidura presidencial de 2016. É a 2.ª tentativa para ocupar a Casa Branca.

“Sou candidata à presidência”, de-clara Hillary Clinton, antiga pri-meira-dama, senadora e se-cretária de Estado, num vídeo di-fundido no seu site “hillaryclin-ton.com”, e que confirma a candi-datura aguardada há meses.

De salientar que, até ao mo-mento, é a única candidata oficialàs primárias democráticas e do-mina as sondagens.

A decisão de Hillary tinha sidoconfirmada previamente emmensagens aos apoiantes pelo

presidente da sua campanha,John Podesta, citado por diversosmedia norte-americanos. “É ofi-cial: Hillary é candidata às presi-denciais”, escreveu Podesta numamensagem dirigida aos doadoresda campanha, confirmando anova tentativa da democrata parase tornar na primeira mulher adirigir os EUA.

Na véspera deste anúncio, oPresidente Obama defendeu pu-blicamente que Hillary seria umaótima sucessora e frisou que do-

mina qualquer temática derelações internacionais. “Foi umafantástica candidata em 2008 eum grande apoio para mim naseleições, foi uma secretária de Es-tado espetacular e é minha ami-ga. Penso que seria uma excelentePresidente", afirmou Obama.

“Hillary Clinton é só a mulhermais famosa do mundo. Existemuita intimidação do que podevir daí”, sublinhou Bill Burton,ex-porta-voz de Obama durante acampanha presidencial deste.

O Presidente russo, VladimirPutin, acaba de assinar umdecreto que anula a proibi-ção feita à Rússia de fornecermísseis terra-ar S-300 russosao Irão, de acordo com umcomunicado do Kremlin.

O antigo chefe de Estadorusso Dmitri Medvedev tinhaproibido, em 2010, o forneci-mento de mísseis S-300 aoIrão - depois de um contratomuito criticado pelos paísesocidentais e Israel -, em apli-cação da resolução 1929 daONU que sancionava Teerãopelo programa nuclear.

A presidência russa nãoadiantou nada sobre a vendaou a possibilidade imediatade entregar mísseis S-300,mas, em teoria, o decreto

presidencial permite forneci-mentos por via marítima,terrestre e aérea.

Em 2007, a Rússia e o Irãoassinaram um acordo para ofornecimento de equipamen-tos capazes de intercetar emvoo aviões ou mísseis, nomontante de 800 milhões dedólares. Depois da proibiçãode entregar os S-300, Teerãorecorreu ao Tribunal Interna-cional de Arbitragem em Ge-nebra para exigir a Moscovo4 mil milhões de dólares deindemnização.

No início do ano, Moscovoe Teerão assinaram um pro-tocolo de reforço da “cooper-ação militar bilateral devidoa interesses comuns”, porocasião da visita à capital ira-niana do ministro da Defesarusso, Serguei Choigu.

Putin anula proibição de fornecimento de mísseis ao IrãoARMAMENTO

Page 12: Jornal OJE edição 14ABR15

| 12 | terça-feira 14 de abril de 2015 | www.oje.pt

O grupo ISQ, prestador de servi-ços de inspeção, ensaio, formaçãoe consultoria técnica em diversaspartes do mundo, criou a “Quali-ficar para Empregar” a pensarem setores como energia (eletrici-dade e gás), automação, eletróni-ca, manutenção industrial, entreoutros, com empresas disponíveispara acolher cerca de 360 estagi-ários em funções técnicas, duran-te três meses. Estes estagiários es-tão entre os 450 desempregados aquem o ISQ vai dar formação, aoabrigo de uma parceria estabele-cida com o Instituto de Empregoe Formação Profissional (IEFP), noâmbito das suas medidas “Apren-dizagem” e “Vida Activa”.

Segundo Marta BranquinhoGarcia, coordenadora de forma-ção do grupo ISQ, “uma das cau-sas de estagnação do país é o bai-xo nível de qualificação dos recur-sos humanos. Só 35% dos portu-gueses com mais de 25 anos ter-minaram o 2.º ciclo de escolarida-de - face a 86% na Alemanha ou72% em França. No ISQ temosacumulado um grande saber téc-nico em setores em crescimento,como “Oil&Gas”. Ao partilhá-locom quem está desempregado, es-peramos ir ao encontro de um

dos objetivos das medidas criadaspelo IEFP: melhorar a empregabi-lidade das pessoas”.

Assim, a parceria ISQ/IEFP qua-lificará pessoas em mecânica emanutenção industrial, instala-ções elétricas, instalador e solda-dor de redes de gás, mecânico deaparelhos de gás e aquecimentocentral, controlo e qualidade ali-mentar, eletrónica e automação,logística operacional, energias re-nováveis e análise laboratorial.

Para serem elegíveis, os partici-pantes têm de ter habilitações aonível do 12º ano, ou do 9º ano ca-so tenham experiência na área etêm de estar inscritos num centrode emprego.

A maior parte da formação de-corre no campus do ISQ em Oei-ras e após três meses de forma-ção, seguem-se mais três meses deestágio. Estes, não representamqualquer custo para as empresasaderentes à iniciativa do ISQ, queficam apenas obrigadas a propor-cionar trabalho ajustado à forma-ção e fornecer uma avaliação doestágio. Os participantes, pelo seu lado,comprometem-se com a procuraativa de emprego nesses seis me-ses.

“QUALIFICAR PARA EMPREGAR”

Estágios para 360

desempregados

É uma iniciativa do grupo português ISQ que arrancou em 2014 e este ano concreti-za os seus propósitos: colocar 360 estagiários em setores onde há falta de pessoal.

EESSEE//IIPPSSPrevenir abandono escolarA Escola Superior de Educação doInstituto Politécnico de Setúbal in-tegra o grupo de nove instituições,de cinco países europeus (Portugal,Itália, Reino Unido, Holanda e Es-panha), unidas no combate e pre-venção do abandono escolar. Paratal, criaram o projeto internacional“Too Young to Fail (2Young2fail)”.

EEssccoollaass EEmmpprreeeennddeeddoorraass IINN..AAVVEEJá arrancou a 2ª edição A Comunidade Intermunicipal doAve através do projeto Rede deEmpreendedorismo do Ave –IN.AVE está pelo 2º ano consecuti-vo a implementar a ação de em-preendedorismo nas escolas. Esteprojeto envolve mais de mais de2500 alunos do 2º e 3.º ciclos, en-sino secundário e profissional.

MMaakksseenn qquueerr ccoonnssuullttoorreess//eennggeennhheeiirroossÀ procura de 40 recém-graduadosMaksen está a finalizar um proces-so de recrutamento. O processo, decaráter multidisciplinar, na reta fi-nal, foca-se em profissionais oriun-dos das áreas da engenharia de te-lecomunicações, energia, informáti-ca, eletrotécnica e computadores,depois de já ter selecionado comformação em Gestão e Economia.

DDeeBBOORRLLAACria 300 postos até 2020A cadeia portuguesa de utilidadespara o lar DeBORLA vai criar, até2020, 300 postos de trabalho emPortugal, resultado do rebranding eestratégia global da marca. Em2014, inaugurou 4 lojas, criou 90novos postos e pretende, nos próxi-mos 5 anos, abrir 20 lojas, empre-gando assim mais 300 pessoas.

acimaabaixo

rh EDITADO POR SÓNIA BEXIGA

O Grants4Apps Accelerator(G4A), programa que visa apartilha de ideias inovadorasentre mentes criativas, lança-do pela primeira vez pelaBayer HealthCare (BHC) em2014, e que permitiu abrirportas a propostas de 71 em-presas startup de 18 paíseseuropeus, na área da tecnolo-gia da saúde, dá agora inícioà segunda ronda.

Nesta edição de 2015, oprograma está aberto a novaspropostas de empresas ouempreendedores, não só daEuropa mas de todo o mun-do, cujos projetos (serviços desoftware, novas aplicações outecnologias) apresentem po-tencial criação de valor paraa área da saúde.

As propostas podem sersubmetidas até 31 maio de2015.

Recorde-se que na primeiraronda, os projetos seleciona-dos tinham como objetivoglobal oferecer soluções tec-nológicas que trouxessem be-nefícios comprovados a doen-tes e profissionais de saúde.

E das cinco equipas vence-doras, oriundas da Bélgica,Dinamarca, Alemanha, Rei-no Unido e Portugal, desta-que para a startup portugue-sa PharmAssistant que de-senvolveu o “Smart Pill Con-tainer“, uma caixa de com-primidos inteligente ligada aum smartphone que emiteum sinal sonoro na hora detomar o medicamento. Estaequipa teve a oportunidadede estagiar no Campus daBHC durante três meses emeio.

Agora, na segunda fase,existem algumas novidades.Além da abertura de inscri-ções a todo o mundo, com ex-

ceção dos EUA, também oscolaboradores da Bayer terãoa oportunidade de se inscre-ver e participar com a suaprópria empresa e respetivosprojetos.

Também à semelhança de2014, os colaboradores queidentifiquem uma startupexterna, desde que mencio-nados no formulário de ins-crição, receberão mil eurospela “angariação”.

Sobre este programa, e par-ticularmente sobre esta se-gunda ronda, Johannes Schu-bmehl, Head of CAO Organi-zation & Information explicaque se trata de uma “abor-dagem totalmente nova depromover a cultura da ino-vação dentro da própria em-presa. Damos agora a oportu-nidade aos colegas da Bayerde experimentarem, em pri-meira mão, a cultura startupe de transportarem esse espí-rito criativo para o seio dassuas próprias equipas”.

Em junho, um júri de espe-cialistas selecionará os cincovencedores que serão convi-dados a estagiar 3 mesesemeio no Campus da BHC, emBerlim de agosto a dezembrode 2015. Durante este perío-do as equipas vencedorasterão a possibilidade de de-senvolver os seus projetos,contando com financiamen-to, orientação e consultoriaespecializada, pesquisa demercado, planeamento fi-nanceiro e acesso a uma redede contactos.

O estágio tem como objeti-vo o desenvolvimento e a ma-terialização dos projetos paraque as respetivas startups,num futuro próximo, os pos-sam apresentar a potenciaisinvestidores, com vista à cap-tação de mais financiamen-to, após o programa.

Bayer de portas abertas a novos talentosGRANTS4APPS ACELERATOR

Marta Branquinho, grupo ISQ

DR

DR

Page 13: Jornal OJE edição 14ABR15

O mapa de férias dos trabalhadores deve ser afixado nos locais de trabal-ho a partir de amanhã e até ao dia 31.10.2015. Cumpre, por isso, fazeruma breve referência a algumas regras relativas ao direito a férias, semprejuízo das particularidades previstas em convenção coletiva de traba-lho.

O trabalhador tem direito a um período mínimo de férias de 22 diasúteis, que se vence no dia 1 de janeiro de cada ano civil e, em regra, sereporta ao trabalho prestado no ano anterior.

No ano de admissão, o trabalhador tem direito a 2 dias úteis de fériaspor cada mês de duração do contrato, com o limite de 20 dias. Aindaassim, no dia 1 de janeiro do ano seguinte, o trabalhador adquire o dire-ito a um período adicional de 22 dias úteis de férias. Por outras palavras,o legislador trata de forma particularmente benemérita – à custa doempregador e dos demais colegas – os trabalhadores recentemente con-tratados.

O trabalhador pode renunciar ao gozo de férias que excedam 20 diasúteis, nomeadamente para substituir a perda de retribuição por motivode faltas.

Em regra, as férias devem ser marcadas por acordo entre o empre-gador o trabalhador. Todavia, na falta de acordo, cabe ao empregadordecidir (após consulta da estruturade representação coletiva dos tra-balhadores), considerando o se-guinte: (i) o início das férias nãopode ocorrer em dia de descansosemanal do trabalhador; (ii) asférias devem ser marcadas noperíodo compreendido entre 1 demaio e 31 de outubro (salvo, porexemplo, atividades ligadas ao tur-ismo); (iii) deve ser assegurado ogozo de, pelo menos, 10 dias úteisconsecutivos de férias; (iv) os perío-dos mais pretendidos devem ser divididos pelos trabalhadores emfunção dos períodos gozados nos últimos dois anos e, por outro lado; (v)privilegiando os trabalhadores casados, unidos de facto ou que vivamem economia comum, os quais têm direito a gozar férias em períodoidêntico, salvo em caso de prejuízo grave para a empresa.

O empregador pode encerrar a empresa ou o estabelecimento, total ouparcialmente, para férias dos trabalhadores, por exemplo, na época dasférias escolares do Natal e um dia que esteja entre um feriado que ocor-ra à terça-feira ou quinta-feira e um dia de descanso semanal (“ponte”).Neste segundo caso, o empregador deve informar, até 15 de dezembroos trabalhadores sobre o encerramento a efetuar no ano seguinte.

As férias devem ser gozadas no próprio ano civil em que se vencem ouaté 30 de abril do ano civil seguinte, em caso de acordo ou quando o tra-balhador pretenda gozar as férias com familiar residente no estrangeiro.

Por fim, o trabalhador não pode exercer durante as férias qualqueroutra atividade remunerada, salvo quando já a exerça cumulativamenteou o empregador o autorize. A violação desta regra constitui ilícito dis-ciplinar e o empregador tem o direito a reaver a retribuição correspon-dente às férias e o respetivo subsídio, metade dos quais reverte para oInstituto de Gestão Financeira da Segurança Social.

Para este efeito, o empregador pode proceder a descontos na re-tribuição, até ao limite de 1/6, em relação a cada um dos períodos devencimento posteriores.

“O legislador trata de forma

particularmente benemérita

– à custa do empregador

e dos demais colegas –

os trabalhadores recentemente

contratados

www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 13 |

rh EDITADO POR SÓNIA BEXIGA

A Suse, pioneira em software“open source”, acaba de anunciarque pretende reforçar a equipacom a contratação de 70 colabora-dores e as ofertas disponíveis des-tinam-se para vários países domundo, em escritório ou remota-mente a partir de qualquer locali-zação geográfica.

Segundo a empresa, este inves-timento visa suportar a sua estra-tégia de crescimento em todo omundo, assegurando que contra-ta os melhores talentos, com o ob-jetivo de deter as condições favo-ráveis para continuar a inovar naárea de “open source”.

Sobre esta fase da empresa e es-

pecificamente sobre o processode recutamento, António Bento,territory manager, sublinha quena Suse acreditam que “os colabo-radores são a peça vital que com-põe esta empresa, e consequente-mente o conhecimento coletivo, apaixão pelo open source e a dedi-cação para o sucesso. E é por issoque na Suse nos preocupamos emproporcionar um ambiente detrabalho agradável e repleto deoportunidades quer a nível nacio-nal, quer internacional”.

Em Portugal, o escritório inte-gra também elementos da equipaSuse Labs (divisão de desenvolvi-mento da empresa em constante

colaboração com a comunidade“open source”) em posto de tra-balho remoto (“home office”).A Suse tem também vários cola-

boradores que trabalham a partirde outras localidades em todo omundo, incluindo as suas pró-prias casas. “Acreditamos que otrabalho é uma atividade, não umlugar”, conclui António Bento.Atualmente, os escritórios daSuse que detêm a maior concen-tração de colaboradores incluemNuremberg, Alemanha; Provo,Utah (EUA); Praga, República Che-ca; Bracknell, Reino Unido; Pe-quim, China; Cambridge, Massa-chusetts (EUA).

ESPECIALISTA EM SOLUÇÕES LINUX

Suse tem 70 vagas em vários países

A oferta disponibilizada visa essencialmente as áreas de “Sales, Engineering,Marketing, Product Management, Technical Support e Customer Service”.

Inês Garcia Beato Advogada do departamento deDireito do Trabalho da Gómez-Acebo& Pombo em Portugal

As férias dos trabalhadores no setor privado

David Carvalho Martins Docente universitário e advogadoresponsável pelo departamento de Direito do Trabalho da Gómez-Acebo & Pombo em Portugal

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CCGGSSLLBOLSAS PARA DOUTORAMENTO EMDIREITO EM LÍNGUA INGLESAAs bolsas da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) para o Global PhD Programme in Lawincluem isenção de propina, umsubsídio mensal e um financiamen-to adicional para estadas no estrangeiro, incentivadas atravésda rede de parcerias da CatólicaGlobal School of Law (CGSL), numtotal de cerca de 300 mil eurospara os seis candidatos admitidos.As candidaturas decorrem até aodia 29 de maio e o programa ini-cia-se em outubro. Tendo o inglês como língua de tra-balho, o Global PhD Programme inLaw é um inovador modelo dedoutoramento no contexto jurídi-co-académico português, orientadopara o recrutamento de jovensinvestigadores, portugueses ou estrangeiros, particularmentetalentosos, e exclusivamente dedi-cados ao doutoramento, oferecen-do-lhes as condições necessárias à redação de dissertações rigoro-sas, legíveis, originais e de dimen-são razoável, no períodocorrespondente a 4 anos.Os doutorandos terão acesso dire-to ao prestigiado corpo docenteinternacional que leciona na CGSL.Beneficiam também de um amploconjunto de acordos de inter-câmbio e protocolos científicos quea CGSL tem com as melhores esco-las de direito e unidades de investi-gação.

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rh

Economia digital é o mais importante fator

de inovação para as empresas

O que motivou a realizaçãodesta conferência?A realização desta conferênciaresulta de uma análise que o ISEGfez, quer do atual estado de evo-lução da economia digital em Por-tugal, quer da importância que osnovos canais de comunicaçãopodem vir a ter na criação ou di-namização de negócios já existen-tes. Assim, o objetivo que defini-mos para esta conferência foi o dealertar e capacitar todos os execu-tivos presentes para que possamparticipar de forma ativa na “re-volução” do digital, tirando par-tido da mesma para que os seusnegócios prosperem e potenciemas oportunidades de crescimentocriadas.

Que objetivos visa atingir? Aquem se destina? Quem são osoradores?Esta conferência tem um objetivoclaro que é o de dotar todos osparticipantes, maioritariamentegestores e executivos, de ferra-mentas para poderem fazer cres-cer o negócio das suas organiza-ções através da integração do po-tencial da economia digital nassuas operações. A sessão destina-se a empresários e gestores detopo, profissionais que têm neces-sariamente de lidar diariamentecom a gestão da organização quedirigem. Por forma a ir ao encon-tro destes objetivos ambiciosos, epor forma a cativar estes profis-sionais para a presença nestasessão de características pionei-ras, preparámos uma agenda comoradores internacionalmente re-conhecidos como Michael Lean-der, Morten Baggesen ou OlivierRiviere, entre outros.

Que importância tem a iniciati-va na estratégia actual do ISEG?O ISEG é uma instituição de ensi-no superior com pergaminhos,sendo a primeira instituição deensino superior na área da econo-mia em Portugal. Mas é tambémuma organização com os olhospostos no futuro, e este passa porconceitos de grande relevância eatualidade como o de life-long

learning, em que se inserem osprogramas de educação executivae os diferentes programas de pós-gradução. Ou seja, um aluno podefazer a sua licenciatura, mestra-do, pós-graduação e formaçãoexecutiva no ISEG, e a escolacriou as condições para acompan-har a evolução dos profissionaisao longo da sua vida. Pretende-mos proporcionar condições deexcelência que permitam a todosos estudantes, ex-alunos, profes-sores e comunidade académicacontribuir com o know-how ad-quirido nesta escola para umaeconomia Portuguesa mais com-petitiva e global. Com este eventovamos contribuir para o reforçodesta visão estratégica para que oISEG seja visto, de forma cres-cente, como uma instituição deexcelência na educação, a nívelnacional e internacional.

Num contexto de globalizaçãoeconómica e de rápida mudan-ça, quais são os principais desa-fios que a economia digital colo-ca à sociedade portuguesa?A economia digital apresenta umconjunto de desafios, dos quaisressalta o mais óbvio, que se pren-de com a eliminação de barreirasà entrada em novos mercados egeografias, bem como o potencialde criação de novos serviços digi-tais potenciados pelas novas tec-nologias e canais digitais. Mas

também cria novas formas de in-teração e de ligação entre cida-dãos e entre estes e as empresas.Esta nova realidade poderá gerarnovas formas de fazer negócios,conhecer mais consumidores mastambém concorrer com empresasde países digitalmente mais de-senvolvidos como os EUA, Ale-manha, Inglaterra ou China. Umexemplo de um negócio que apro-veitou o potencial da economiadigital é a Farfetch. Atualmente,esta empresa criada por um em-presário visionário originário doPorto, tem uma valorização esti-mada de mil milhões de dólares ecresceu única e exclusivamenteno espaço digital, pelo que deveráser considerada por outras em-presas de menor dimensão umexemplo de gestão e aproveita-mento de oportunidades de negó-cio.

Como analisa as diferentes di-mensões da economia digital equal o seu impacto nas organiza-ções?Acredito que a economia digitaltem um impacto grande, não ape-nas nas empresas, mas tambémna sociedade. Reparemos no se-guinte exemplo: quando procura-mos comprar um determinadoproduto vamos em primeiro lu-gar à internet para obter mais in-formações ou opiniões de quemtenha comprado. Adicionalmen-te, e com frequência, os produtosnão estão disponíveis para com-pra localmente pelo que fazemosmuitas vezes as compras online.Através deste exemplo podemosverificar que a economia digitaltem um impacto significativo,não só nas organizações, mastambém na sociedade. Focando-nos agora nas organizações, a eco-nomia digital veio permitir explo-rar novas ideias e conceitos de ne-gócio que estão atualmente à dis-tância de um clique. Muitasvezes, é nesta pesquisa, que surgeo lançamento de negócios pura-mente digitais. Um exemplo re-cente de uma empresa portugue-sa é a Aptoide. Uma loja de apli-cações, paralela à Google Play dos

dispositivos Android da Google,que chegou a 51 milhões de uti-lizadores em 2014 e começou esteano a dar lucro. Adicionalmente,no mesmo dia em que anunciaestes valores recorde, aproveitapara comunicar a abertura de umescritório na China com um adois profissionais e outro nosEUA. Outro fator importante a terem consideração na análise doimpacto do digital nas empresasprende-se com a crescente utiliza-ção de dispositivos móveis, espe-cialmente nas gerações mais no-vas, e que vieram também criarnovas oportunidades e canais decomunicação e interação, a que asempresas devem estar atentas sequiserem competir na economiadigital.

Que papel poderá desempenhara economia digital na interna-cionalização das empresas daquia 5 anos?A economia digital irá desempe-nhar um papel fundamental nainternacionalização das empre-sas. Basta relembrarmos que éatualmente possível pesquisarinformação de mercados, nacio-nais e internacionais, recorrendoa plataformas digitais. De acordocom os dados apresentados esteano pela Comissão Europeia, aeconomia digital é, a nível indi-vidual, o mais importante fatorde inovação, competitividade ecrescimento, detendo um grandepotencial para os empreendedo-res e pequenas e médias empresasEuropeias. Uma vez que apenasdois por cento das empresas eu-ropeias tiram atualmente partidodas novas oportunidades digitais,existe um enorme potencial decrescimento e, consequentemen-te, de internacionalização das em-presas, dado que, e conforme járeferi, uma característica funda-mental desta economia digital é oesbater das fronteiras geográfi-cas. E, convém recordar, o impac-to da economia digital é transver-sal, atingindo todas as áreas. Asmesmas estimativas da ComissãoEuropeia apontam para um valoracrescentado da Internet nos pro-

cessos industriais tradicionais de75%, o que traduz bem o impactopotencial, das cadeias de forneci-mento aos processos comerciais.Acredito que, dentro de cincoanos, a Economia Digital vai-seafirmar como a base de qualquernegócio pelo que deverá ser umamedida a adotar em todas asempresas independentemente dasua dimensão. Assim é vital que oslíderes organizacionais saibam oque fazer para adaptar os seus ne-gócios a esta nova realidade parapermitir que cresçam e assim sedestaquem da concorrência.

Que obstáculos enfrenta atual-mente o comércio eletrónicotransfronteiriço? Que barreirasé que isso coloca ao mercadoúnico digital europeu?Apesar da economia digital abriruma panóplia de oportunidadespara diversas organizações, inde-pendentemente da sua dimensão,tem também desafios. O comér-cio eletrónico tem um forte po-tencial para estimular o desenvol-vimento económico da Europamas, em simultâneo, obriga as or-ganizações, e os empresários, aprepararem uma eficaz presençae ações digitais que os tornem re-levantes neste mercado global, e éesse um dos objetivos desta confe-rência. A economia digital pro-porciona um acesso facilitado adiferentes mercados dentro do es-paço europeu, proporcionandoigualmente um maior conheci-mento da sua realidade, o queconstitui uma clara vantagem.Para que se concretize o mercadoúnico europeu, o que se torna es-sencial é, por seu turno, um en-quadramento jurídico que permi-ta o desenvolvimento da compu-tação em nuvem, a conectividadedos dados móveis sem fronteirase o acesso simplificado a informa-ções e conteúdos, salvaguardan-do, ao mesmo tempo, a privaci-dade, os dados pessoais, a ciberse-gurança e a neutralidade da rede.

Como se reforça a confiança naeconomia digital? O que é quede inovador está a ser feito em

A “revolução” no digital para as empresas significa inovação e potencial de crescimento, afirma Helena Amaral Neto, Business DevelopmentDirector do ISEG. A escola está a organizar uma grande conferência internacional dedicada à nova era digital.

Um exemplo de um

negócio que aproveitou o

potencial da economia

digital é a Farfetch.

Atualmente, esta empresa

criada por um empresário

visionário originário do

Porto, tem uma

valorização estimada de

mil milhões de dólares e

cresceu única e

exclusivamente no espaço

digital

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www.oje.pt | terça-feira 14 de abril de 2015 | 15 |

entrevista

Conferência internacional

dedicada à nova era digital para

gestores europeus

Data: 14 e 15 de Maio

LocaL: ISEG, Rua do Quelhas 6,

1200-781 Lisboa

Oradores: Michael Leander,

Filipe Carrera, Morten

Baggesen, Olivier Riviere,

Maher Mezher e Pedro Duarte

António

Outra informação que considere

relevante:

http://www1.idefe.pt/eventos/i

summit15/

Portugal nesse sentido?A economia digital veio permitira criação de novos negócios quasediariamente. Para lhe dar algunsexemplos portugueses temos aMobiag, uma empresa de carshar-ing que nasceu na Internet, temosa Farfetch ou, a nível internacio-nal, a Uber que é um serviço detransporte particular num forma-to Premium que nasceu precisa-mente desta Economia Digital.Aliás, e conforme um recentepost que (naturalmente) tem cir-culado na Internet, a principalempresa de conteúdos mundial(Facebook) não produz conteúdose o maior fornecedor mundial dealojamento (o AirBnB) não temhotéis ou unidades de alojamen-to, entre outros exemplos. Aliás,Lisboa foi considerada este ano, aCapital Europeia do Empreende-dorismo. Este facto é, a nosso ver,o maior reforço de confiança quequalquer empresário pode terpara lançar o seu próprio negócio.O empreendedorismo está namoda e é fundamental que todosos portugueses, independente-mente de estarem empregados oudesempregados, estudem a hipó-tese do auto-emprego, pois a Eco-nomia Digital veio abrir não sómais oportunidades de negócioem Portugal mas também no Es-trangeiro. Adicionalmente os em-preendedores passaram a ter tam-bém um acesso mais facilitado afundos comunitários e a espaçosde incubação de empresas como aFábrica de Startups, a Startup Lis-boa, a Startup Braga ou a Beta-i,nomeando apenas três espaçosdos diversos que actualmenteexistem em Portugal.

DR

Page 16: Jornal OJE edição 14ABR15

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