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IMPRESSO ESPECIAL Contrato nº 7317507903/2003-DR/MG INSTITUTO FELICE ROSSO DE PESQUISA E EDUCAÇÃO CONTINUADA CORREIOS IMPRESSO FECHADO Pode ser aberto pela ECT. FELÍCIO ROCHO Nesta edição do Informativo Felício Rocho o leitor poderá conhecer um pouco do muito que é feito pela Instituição visando o bem-estar de todos os seus pa- cientes, acompanhantes e familiares. Reportagens e artigos demonstram que os inte- grantes do corpo clínico – desde renomados médicos até anônimos auxiliares de enfermagem -, assim como os membros dos Conselhos, diretores e funcionários administrativos, são pessoas dedicadas e unidas com um mesmo objetivo: proporcionar o mais digno aco- lhimento a todos os que procuram o Felício Rocho, seja para uma simples consulta, um tratamento especiali- zado, uma cirurgia ou até um transplante de órgãos. E mais: no Hospital, assim como nas demais uni- dades que compõem a Fundação Felice Rosso, existe um clima de afinidade e cordialidade, que envolve bem-capacitados e permanentemente atualizados ser- vidores de todos os níveis em todas as atividades. Afi- nal, trabalhar em ambiente saudável onde imperam a Informativo Número 2 - abril 2007 Humanização hospitalar é prioridade afetividade e o respeito, em instância final reflete num atendimento mais eficiente. Este clima sadio é demonstrado por depoimentos e/ou artigos escritos pelos próprios servidores da ver- dadeira família que compõe a Entidade – sempre de braços abertos para receber e tratar com competência aos que dela necessitem. Descontraídos, alguns dos entrevistados narraram histórias comprovadamente reais, umas ternas e emocionantes, outras com fino toque de bom-humor ou impressionantes pelas situ- ações inusitadas, como a de um médico que salvou vidas de pessoas que nunca viu, das quais nunca sou- be sequer o nome e que se encontravam a centenas de quilômetros de distância. Ao lado da humanização propriamente dita, tam- bém mereceram destaque nesta edição várias ações empreendidas por iniciativa dos Conselhos Superior e Diretor. Elas vão desde medidas simples para assegu- rar melhores condições de trabalho e também de lazer aos funcionários, até a aquisição de novos equipamen- tos, dentre eles um de última geração, que possibilita o reaproveitamento do sangue do próprio paciente, evitando transfusões. Nunca é demais lembrar a nobre missão do Felício Rocho: Promover a saúde e o conhecimento com excelên- cia e responsabilidade social! E esta é uma tarefa que, mesmo árdua, todos os que integram a Instituição procuram desempenhar dia-a-dia, com muito esfor- ço, máxima dedicação e plena consciência do dever cumprido. Garantia de tratamento eficiente e digno àqueles que precisam não apenas de saúde, mas também de recursos, afeto, compreensão...

Jornal Felicio Rocho - Ed02

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Jornal do Hospital Felício Rocho, BH, Brasil

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IMPRESSOESPECIAL

Contrato nº7317507903/2003-DR/MG

INSTITUTO FELICE ROSSODE PESQUISA E EDUCAÇÃO CONTINUADA

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FELÍCIO ROCHO

Nesta edição do Informativo Felício Rocho o leitor poderá conhecer um pouco do muito que é feito pela Instituição visando o bem-estar de todos os seus pa-cientes, acompanhantes e familiares.

Reportagens e artigos demonstram que os inte-grantes do corpo clínico – desde renomados médicos até anônimos auxiliares de enfermagem -, assim como os membros dos Conselhos, diretores e funcionários administrativos, são pessoas dedicadas e unidas com um mesmo objetivo: proporcionar o mais digno aco-lhimento a todos os que procuram o Felício Rocho, seja para uma simples consulta, um tratamento especiali-zado, uma cirurgia ou até um transplante de órgãos.

E mais: no Hospital, assim como nas demais uni-dades que compõem a Fundação Felice Rosso, existe um clima de afinidade e cordialidade, que envolve bem-capacitados e permanentemente atualizados ser-vidores de todos os níveis em todas as atividades. Afi-nal, trabalhar em ambiente saudável onde imperam a

I n f o r m a t i v oNúmero 2 - abril 2007

Humanização hospitalar é prioridade

afetividade e o respeito, em instância final reflete num atendimento mais eficiente.

Este clima sadio é demonstrado por depoimentos e/ou artigos escritos pelos próprios servidores da ver-dadeira família que compõe a Entidade – sempre de braços abertos para receber e tratar com competência aos que dela necessitem. Descontraídos, alguns dos entrevistados narraram histórias comprovadamente reais, umas ternas e emocionantes, outras com fino

toque de bom-humor ou impressionantes pelas situ-ações inusitadas, como a de um médico que salvou vidas de pessoas que nunca viu, das quais nunca sou-be sequer o nome e que se encontravam a centenas de quilômetros de distância.

Ao lado da humanização propriamente dita, tam-bém mereceram destaque nesta edição várias ações empreendidas por iniciativa dos Conselhos Superior e Diretor. Elas vão desde medidas simples para assegu-rar melhores condições de trabalho e também de lazer aos funcionários, até a aquisição de novos equipamen-tos, dentre eles um de última geração, que possibilita o reaproveitamento do sangue do próprio paciente, evitando transfusões.

Nunca é demais lembrar a nobre missão do Felício Rocho: Promover a saúde e o conhecimento com excelên-cia e responsabilidade social! E esta é uma tarefa que, mesmo árdua, todos os que integram a Instituição procuram desempenhar dia-a-dia, com muito esfor-ço, máxima dedicação e plena consciência do dever cumprido.

Garantia de tratamento eficiente e digno àqueles que precisamnão apenas de saúde, mas também de recursos, afeto, compreensão...

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

abril 2007 2

Av. do Contorno, 9.530, Barro Preto * Belo Horizonte/MG * CEP 30110-934Telefones (31) 3295-7865 / (31) 3339-7117 * Fax (31) 3292-3647

E-mail: [email protected] * Internet: www.feliciorocho.com.brCNPJ 17.214.149/0001-76 * Inscrição estadual 062.811691.00-00 * Inscrição municipal 303.601/004-3

Filiada:Associação dos Hospitais de Minas Gerais (AHMG)

Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas)Federação Mineira de Fundações de Direito Privado (Fundamig)

Fundação Affemg de Assistência e Saúde (Fundaffemg)

FUNDAÇÃO FELICE ROSSO

CONSELHO SUPERIOR

PRESIDENTAMaria Ângela de Faria Resende

VICE-PRESIDENTEGabriel Donato de Andrade

SECRETÁRIOCláudio Almeida de Oliveira

CONSELHEIROSAcurcio Lucena Pereira Filho

Adolfo Neves Martins da CostaAmélio Ferreira Maia

Britaldo Silveira SoaresCarlos Lindenberg Spínola Castro

Domingos André Fernandes DrumondEmerson Tardieu de Aguiar Pereira

Fernando Mello Vianna NettoGabriel Bernardes Filho

Joaquim Herculano RodriguesJonas Correia Barcelos Filho

José Antônio RodriguesJosé Cabral

José Eduardo de Lima PereiraJosé Maria Bicalho

José Olinto Pimenta de FigueiredoJosé Rezende de AndradeLuiz André Rico Vicente

Márcio Ibrahim de CarvalhoMurilo Araújo

Oscar Dias Corrêa JúniorPaulo Abércio Baptista de Oliveira

Paulo Rubens Navarro VieiraPedro de Oliveira NevesRoberto Porto Fonseca

Romeu Ferreira de QueirozSebastião Clecy Frauches

Sebastião LagoWilson Luiz Abrantes

CONSELHO DIRETORDIRETOR PRESIDENTE

Emerson Tardieu de Aguiar Pereira

DIRETOR FINANCEIROJosé Carlos Braga Nitzsche

DIRETOR ADMINISTRATIVOJosé Rezende de Andrade

DIRETOR DE ASSUNTOS INSTITUCIONAISPedro de Oliveira Neves

DIRETOR DE PRODUÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICAMárcio Ibrahim de Carvalho

CONSELHO FISCALNerval Leite Flávio

Pedro Alcântara RodriguesMaria do Carmo Maia de Oliveira Perpétuo (suplente)

HOSPITAL FELÍCIO ROCHO

DIRETOR CLÍNICO: Guilherme Durães Rabelo

DIRETOR TÉCNICO: Nelson Eduardo Santos Toledo Salles

SUPERINTENDENTE: Nilcio Cunha Lobo Júnior

Av. do Contorno, 9.530, Barro Preto * Belo Horizonte/MG * CEP 30110-934Telefones (31) 3295-7865 / (31) 3339-7117 * Fax (31) 3292-3647

E-mail: [email protected]: www.feliciorocho.com.br

O HOSPITAL MANTÉM CONVÊNIOS COM: SUS * AGF BRASIL SEGUROS * AMAGIS * AMIL * AMMP * ASSEFAZ * ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA ASSISTENCIAL REGINA PACIS * BACEN * BLUE-LIFE * BRADESCO SAÚDE * CAIXA ECONÔMICA FEDERAL * CAMED * CARE PLUS * CASA NOSSA SENHORA DOS ANJOS – IRMÃS FRANCISCANAS * CASSI * CAVA * COLÉGIO MONTE CALVÁRIO * COLÉGIO SÃO JOÃO BATISTA * CONAB * COMPANHIA VALE DO RIO DOCE * CONFIANÇA ASSISTÊNCIA MÉDICA E HOSPITALAR * COPASA * COPASS * CORREIOS * CRUZEIRO ESPORTE CLUBE * DESBAN – FUNDAÇÃO BDMG * EMBRAPA * FASSINCRA * FIOPREV * FORLUZ * FUNCEF * FUNDAÇÃO PAMPULHA * FUNDAFFENG * FUSEX * FUSMA * GRUPO ZEMA * IAJA/PROASA * INSPETORIA MADRE MAZZARELO * INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL * INSTITUTO SANTO INÁCIO * INTEGRA * INTERSAÚDE ASSISTÊNCIA MÉDICA * IPSEMG * MEDIAL SAÚDE * MEDISERVICE * MENDES JÚNIOR ENGENHARIA * MINAS TÊNIS CLUBE * OMINT ASSISTENCIAL * PETROBRÁS DISBEL * PETROBRÁS REGAP * PLAN ASSISTE – PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA * PRELEGIS * PREVIMINAS * PROMED * PRÓ-SOCIAL * SAÚDE ASTTER * SEIAS * SISTEMA PAULISTA DE ASSISTÊNCIA * SÓ SAÚDE * SUL AMÉRICA SEGUROS * THYSSENKRUPP SAÚDE * TRT-ER SAÚDE - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO * UNAFISCO MG * UNAFISCO SAÚDE * UNIBANCO SEGUROS * UNIMED * USIMINAS – FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO XAVIER * VITAE

INSTITUTO FELICE ROSSODE PESQUISA E EDUCAÇÃO CONTINUADA

DIRETOR: Antônio Sérgio AlvesAv. do Contorno, 9530, térreo, Barro Preto - Belo Horizonte/MG * CEP 30110-934

Telefone: (31) 3339-7360E-mail: [email protected]

ESCOLA IRMÃ GENCIANADIRETORA: Telma Celeste Alves Nascimento

Av. dos Andradas, 302, 4° andar, Centro - Belo Horizonte/MG * CEP 30120-010Telefones: (31) 3222-4512 / (31) 3222-9507 / (31) 3274-0642

E-mail: [email protected]

FELÍCIO ROCHO INFORMATIVOEDITOR-GERAL E REDATOR: Sérgio Prates (MG 01229 JP)

Colaboração: Mariana de Noronha Meirelles e Thiago Augusto Fonseca(Assessoria de Comunicação da Fundação Felice Rosso)

Av. do Contorno, 9.530, Barro Preto * Belo Horizonte/MG * CEP 30110-934 * Telefone (31) 3339-7180E-mail [email protected] * Internet www.feliciorocho.com.br

Impresso na Fumarc Gráfica e Editora * Tiragem desta edição: 14 mil exemplares

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

abril 2007 3

Sensibilidade e talento. Predicados essenciais para quem se aventura no mundo das letras, ainda mais quando envolvem um renomado ortopedista e traumatologista que ocupa o relevante cargo de vice-diretor clínico de uma das mais importantes institui-ções hospitalares do País, o Felício Rocho.

Numa concorrida noite de autógrafos, Mercio Ata-íde Vieira (na foto, ao centro, ladeado pelos presiden-tes dos Conselhos da Fundação Felice Rosso, Emerson Tardieu e Maria Ângela) montesclarense de quatro costados, lançou no Espaço Cultural da Assembléia Legislativa o seu Num canto das Minas Gerais. Como bem diz na orelha do livro a professora e presiden-ta do Conselho Superior da Fundação, Maria Ângela

de Faria Resende, esqueça a figura do médico que vive em Belo Horizonte. Nestas páginas é o transcritor de Clarindim que entrega ao leitor a paisagem, os costumes, as histórias antigas da região de Montes Claros. Não era Clarindim exímio contador de casos, que sabia tudo que acontecia nas redondezas? Pois é ele que nos conta, mineiramente, com humor velado e jeito comedido, deliciosas histórias...

Já no prefácio, o também escritor Olavo Romano fala sobre Mercio: Homem gentil e solidário, médico de altíssimas competências e incomparável dedicação, meu querido amigo deixou de lado os instrumentos de Esculápio, encostou as ferramentas com que, nos fins de semana, exer-cita a vocação de marceneiro, para voltar aos cenários e per-sonagens da infância nos gerais de nossa Minas sertaneja.

Num canto das Minas GeraisFino bom humor no livro de estréia de médico do Felício Rocho

Personalidades que fazem a nossa história: José Rezende de Andrade

Administração com exemplar segurançaGraças à sua reputação ilibada, um

administrador dinâmico foi convidado pelo então diretor Rubens Resende Neves e assumiu, em 22 de abril de 1998, uma das cadeiras do Conselho Superior da Fundação Felice Rosso. Hoje com 81 anos, trabalha com exemplar jovialidade e com-petência, como diretor Administrativo. O árduo cargo (pelo qual, ressalte-se, não recebe qualquer remuneração) é apenas a mais recente atividade de uma carreira que o notabilizou nacionalmente, em es-pecial na área de segurança pública.

Escrever sobre José Rezende de An-drade só é difícil porque a sua vida daria um livro. Muito resumidamente, no en-tanto, devemos destacar que ele nasceu na pequenina cidade mineira de Ara-ponga, tornou-se bacharel em Direito pela UFMG e fez carreira, como servidor público do Estado.

Começou de forma humilde, como um simples investigador de polícia. De-pois, se tornou escrivão e delegado, sen-do alçado, por merecimento, a cargos como titular de várias especializadas, di-retor da Casa de Detenção Dutra Ladeira, chefe dos Departamentos de Guarda Ci-vil, de Investigações e de Trânsito.

Seu eficiente trabalho chamou a atenção do, à época, governador Hélio Garcia, que o nomeou secretário de Es-tado de Segurança Pública. Para o povo mineiro, foram bons tempos aqueles: respeitado por todos, admirado pelos subordinados e temido por quem se en-

contrava às margens da Lei, atuou com tanta firmeza e sempre com observância rigorosa dos preceitos legais, que todo o Estado viveu uma saudosa fase de cal-maria e segurança. Tanto isso é verdade

que, após cumprir dois mandatos (ini-ciados em 1986 e 1991) como secretário de Segurança em Minas Gerais, foi cha-mado em 1999, pelo então governador do Espírito Santo, José Inácio Ferreira, para igual função naquele Estado.

Simultaneamente às suas atividades na chamada área policial, se tornou pecu-arista, com fazendas em Caetanópolis e Matias Cardoso. Também neste campo o seu espírito empreendedor foi aplaudido

e o levou a assumir uma diretoria da Fede-ração da Agricultura e a presidência, por dois mandatos, da Sociedade Mineira de Agricultura. Quem não se lembra (só para citar um fato) das grandes exposições que ele idealizou com o apoio dos Diários As-sociados e que fizeram tanto sucesso no Parque da Gameleira?

Colecionador de altos e merecidos cargos, como presidente do Conselho Su-perior da Polícia Civil e membro da sua Câmara Disciplinar, presidente do Sin-dicato Rural de Paraopeba e diretor do Automóvel Clube de Minas Gerias (por nada menos do que cinco mandatos), também reúne um sem-número de jus-tas honrarias: desde a medalha Chefe de Polícia Delegado Luiz Soares da Rocha até a Grande Medalha da Inconfidência, passando pelas medalhas Santos Du-mont, Alferes Tiradentes, do Pacificador e do Mérito Legislativo. Legislativo, sim, porque com expressivas votações – reco-nhecimento dos eleitores mineiros em es-pecial à sua devotada atuação na área de segurança – foi eleito e reeleito deputado federal. Em 2002 ficou como primeiro su-plente, mesmo com expressivos 43.465 votos. Hoje, é vice-prefeito de Caetanó-polis, cargo que exerce após abrir mão de receber qualquer tipo de salário.

Sobre a política, José Rezende fala com uma ponta de salutar saudosismo: Nos velhos tempos, ser político era como pra-ticar um sacerdócio pelo bem comum e re-cebendo apenas uma pequena remuneração.

Hoje, guardadas as devidas exceções, impe-ram os interesses econômico-financeiros, al-tos salários e outras questões, muitas delas lamentáveis...

Ir da segurança pública (atividade que mais marcou a sua vitoriosa car-reira) à segurança da saúde, tem uma ex-plicação simples para ele: agora, já apo-sentado e com a família criada (casado há 52 anos com a senhora Therezinha Maria Maletta de Andrade, teve três fi-lhas: Flávia, que cursou comunicação e infelizmente já falecida; Priscila, que fez secretariado; e Mônica, economista), com a sua experiência de vida pode se dedicar de corpo e alma a ajudar princi-palmente aos mais carentes e desprovi-dos de recursos. Com genuína emoção, lembra que o Felício Rocho é uma enti-dade que, com uma equipe médica de ponta e tantos leais e abnegados colaboradores sob a administração da presidenta do Conselho Superior, Maria Ângela de Faria Resende, e do presidente do Conselho Diretor, Emer-son Tardieu de Aguiar Pereira, está cada vez mais dinâmica, em constante modernização e ampliação de serviços.

Modesto, não se inclui entre os prin-cipais responsáveis pelas melhorias, mas quem acompanha a recente e cada vez mais firme evolução do Felício Rocho sabe que, para tão bons resultados, con-tribui – e muito – com uma atuação dedi-cada e zelosa, o seu diretor Administra-tivo, José Rezende de Andrade, uma das Personalidades que fazem a nossa história!

Pelas duas apresentações, já se pode sentir que realmente vale a pena ler e se deliciar com as sa-borosas aventuras narradas na obra, que pode ser encontrada nas melhores livrarias. Se preferir, en-tre em contato diretamente com o autor pelo e-mail [email protected]).

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

abril 2007

Em qualquer sadio processo de humanização de uma empresa, deve ser promovido não só o bem-estar dos clientes, mas, do mesmo modo, a inte-gração dos próprios funcionários. Na Fundação Felice Rosso, que procura ser a mais eficiente possível em relação aos clientes/pacientes, este segundo item, que diz respeito ao seu pessoal, também é um processo concreto, como comprovam, por exemplo, os lazeres e benefícios proporcionados pela Asso-ciação Américo Gasparini. O interesse e a adesão são grandes: nada menos do que 1.339 dos 1.550 servidores de todas as unidades e escalões são filiados à en-tidade representativa dos empregados.

A nova diretoria, empossada em 15 de janeiro último, quer melhorar ain-da mais a estrutura do clube (24 mil m2 de área verde, situado em Ibirité); disponibilizar ônibus especiais para os associados; ampliar o número de eventos festivos lá e até mesmo na sede administrativa que funciona próxima ao Hospital Felício Rocho (rua Erê, 10); além de expandir os convênios que ofe-recem vantagens e descontos na área médica (clínicas, farmácias, dentistas), livrarias, papelarias, etc.

A sede campestre possui piscinas (adultos e crianças), campo de futebol, quadras de areia, amplo playground, mesas para jogos diversos, quiosque e, claro, o chamado espaço gourmet – nome chique da lanchonete-restaurante. Se um associado quiser levar um amigo ou vi-zinho ao clube (aberto de quinta-feira a

O Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) do Felício Rocho recebe constantemente elogios à equipe do Hospital. Alguns são muito simples, como o da paciente Ruth Brochado, que manifestou no formulá-rio de pesquisa o seu agradecimento a toda a equipe, pelo atendimento ágil e cortês, em especial a auxiliar adminis-trativa Albertina que, segundo frisou, resolveu meu problema com presteza e aten-ção deixando-me super satisfeita.

Além de ser um incentivo, o reco-nhecimento expressado em algumas mensagens chega a emocionar as pes-soas alvo dos comentários. É o caso da carta que transcrevemos abaixo:

Meu nome é Adriana Rodrigues Souki, sou mãe do pequeno Kevin de apenas um mês de idade, e gostaria de demonstrar atra-vés de algumas palavras a minha gratidão e o meu carinho à equipe do Hospital que cui-dou com tanto amor do meu filhinho. Quero dizer que são profissionais como vocês que tornam a vida tanto do paciente quanto de seus familiares mais fácil em momentos de tanto medo e insegurança. Dedico aplausos e reverências a anjos como a Dra. Juliana Cordeiro de Melo Franco, que irradia sua beleza e acalma tudo que a rodeia. Suave, profissional e competente, com sua sensibi-lidade conseguiu ajudar-me a perceber que eu também precisava ser amparada. Agra-deço muito às auxiliares do Pronto Socor-ro e da enfermaria, também à enfermeira Cida que de tão menina se confunde com as crianças e na sua linguagem fala a todas com muito amor. Agradeço à Rosário por ter dado o banho mais completo que o Ke-vin já recebeu em sua vidinha; ao Emanuel que prova que os homens podem ser doces, educados, sensíveis, podem cuidar com pro-fissionalismo e carinho. Enfim, obrigado a todos que constroem dia-a-dia um hospital que é referência e aos profissionais que li-dam com as dores de tantos e muitas vezes esquecem as suas próprias dores, mas per-sistem, lutam e se realizam trazendo saúde e amizade a todo ser humano.

Se você é paciente, acompanhante ou familiar, também deixe a sua mensa-gem escrita no SAC ou fale pelo telefone 3339-7205. E não tenha receio de sugerir ou de criticar alguma coisa. O Felício Ro-cho espera, apenas, sinceridade nas pa-lavras. Se houver (felizmente são muito raras) alguma falha, aponte-a, para que possa ser imediatamente corrigida e não volte a ocorrer.

Instituição de ensino de nível técnico, mantida pela Funda-ção Felice Rosso, a Escola Irmã Genciana teve a denominação inicial de Escola de Auxiliar de Enfermagem Irmã Genciana - homenagem à freira católica, de origem holandesa que, à época (11 de abril de 1988), era a única enfermeira graduada do Felício Rocho. Tinha como objetivo imediato qualificar pro-fissionalmente, como auxiliares de enfermagem, cerca de 400 funcionários do Hospital que exerciam esse tipo de atividade.

Cumprida a missão e estimulada pelos resultados obtidos, manteve-se em ação durante mais 13 anos, aberta a outros candidatos no mesmo segmento de ensino. Em 2001, visando a sua reformulação, foram propostos objetivos mais amplos, promovida a mudança parcial de seu nome, implantados re-gimento e plano pedagógico, bem como aumentadas suas ins-talações, equipamentos e quadros de pessoal. Em 2002 obteve autorização de funcionamento para o Curso Técnico em En-fermagem e, um ano após, o reconhecimento definitivo.

4Pacientes e familiares

enaltecem Hospital Associação dos funcionários

Irmã Genciana se firma como escola de enfermagem

Hoje, a unidade conta com um quadro qualificado de servidores, professores e pessoal técnico administrativo, su-ficiente para as atividades dos cerca de 600 alunos regular-mente matriculados.

A Escola Irmã Genciana, localizada à avenida dos An-dradas, 302, 4° andar, tem por finalidade geral o atendi-mento às demandas dos cidadãos, inspirada nos princí-pios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, com pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício do trabalho e da plena cidadania. Ofe-rece cursos de habilitação profissional de técnico em en-fermagem, com qualificação intermediária de auxiliar de enfermagem; cursos e programas de especialização, atua-lização e aperfeiçoamento de nível técnico previstos na le-gislação específica da área. Atualmente, a Escola aguarda autorização de funcionamento para novos cursos da área de enfermagem.

domingo, de 08 às 17 horas), pode ad-quirir convite individual a R$ 5.

Para se integrar à Associação basta ser funcionário da Fundação, apresen-tar carteira profissional, comprovante

de residência, dois retratos de carteira e autorizar o desconto de 1% do salário (máximo de R$ 20 por mês). Os depen-dentes são admitidos sem ter que pagar nada, nem mesmo pelas carteirinhas.

Compõem a diretoria da Associação funcionários de vários setores: presi-dente - ao centro da foto - Nelson Car-valho Lage (departamento de pessoal); vice-presidente, Mário Troncoso (manu-tenção); tesoureira, Shirley Dabus Berti (gerência financeira); diretora-secretá-ria, Chiara Viana Rodrigues (auditoria interna); diretora sócio-cultural, Norma Eloíza da Silva (gerência de infra-estru-tura); e diretor de esportes, Mário Macá-rio da Silva (departamento de pessoal).

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

abril 2007

Aos 76 anos de idade, Wil-son Luiz Abrantes aparenta ter décadas a menos – talvez pou-co mais do que o tempo que possui de formado pela Facul-dade de Medicina da UFMG, meio século completado no ano passado. A sua jovialidade mescla um estilo austero e bo-nachão, de quem, modéstia à parte, sabe de sua importância como um dos mais competen-tes e bem-sucedidos cirurgiões da América Latina, mas que vê a vida com bons olhos, feliz pelo excepcional trabalho que continua realizando. Com de-dicação e talento a toda prova, é o chefe de Cirurgia do Felício Rocho, que o tem como mais do que destacado integrante de seu corpo clínico desde 1963.

Além do vínculo profissio-nal, o Felício Rocho também é família para Wilson Luiz Abrantes, porque a sua esposa, Maria do Carmo Maia Oliveira Perpétuo, integra o corpo clíni-co do Hospital, como oncolo-gista, há mais de 30 anos.

Seus títulos, diplomas e co-mendas, se contam às dezenas e o reconhecimento ao seu valor pode ser sintetizado ao lembrar-mos que foi o cirurgião designa-do para atender Sua Santidade, o saudoso Papa João Paulo II, quando esteve em Belo Hori-zonte, em 1980. Aliás, quando se fala em grandes autoridades visitando Minas Gerais, lá está a notória figura de Wilson Luiz Abrantes como o médico-cirur-gião para eventuais necessida-des: foi assim em 1967, ocasião em que o Marechal Costa e Silva, então presidente da Re-pública, permaneceu seis dias em nosso Estado. Ou em 1985, quando foi convocado para compor a Junta Médica que socorreu Tancredo Neves. Ou em 1995, escolhido pelo Serviço Médico da Presidência da Re-pública para atender Fernando Henrique Cardoso.

De 1959 até agora, já teve 95 trabalhos publicados pelas mais importantes revistas médicas.

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Personalidades que fazem a nossa história: Wilson Luiz Abrantes

Um grande mestre da cirurgia

Ex-presidente do Centro de Estudos do Hospital Felício Ro-cho, o ortopedista Marcelo Back Sternick assumiu dia 23 de janei-ro, em solenidade na Associação Médica, a presidência da regio-nal MG da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Também integram a di-retoria os ortopedistas Lúcio Honório de Carvalho Júnior (vice-presidente), Luiz Cláudio Moura França e, curiosamen-te, três Rodrigos: Rodrigo Pace Lasmar, Rodrigo de Andrade Gandra Peixoto e Rodrigo Otá-vio Dias Araújo.

Rodrigo Moreira Faleiro, neurologista do Felício Rocho, obteve o título de Mestre em Ci-rurgia pela UFMG, com o traba-lho Craniostomia Descompressiva – Análise de 89 pacientes. Partici-param da banca examinadora os médicos Sebastião Natanael Silva Gusmão, Charles Simão Filho e Aluízio Arantes.

Isso sem contar outros tantos que apresentou em congressos, simpósios, cursos e jornadas médicas. Foram mais de 500 participações, centenas delas também como palestrante.

A sua carreira é marcada pelo sucesso e sempre lembra-da por todos que com ele con-

Ortopedista do FR preside Regional

Importante títuloviveram. Prova disso ocorreu recentemente, quando foi agra-ciado com a Medalha de Honra de Ex-Aluno da UFMG – com-provando que, desde os seus tempos de acadêmico, já era um exemplo de competência.

Unânime e respeitosamente citado como eficiente mestre, foi chamado de Culminância Sinfô-nica da Cirurgia em competen-te artigo sobre ele escrito pelo professor titular de Clínica Mé-dica e pesquisador em História da Medicina da UFMG, João Amílcar Salgado. Da mesma forma admirada, é menciona-do e louvado por inúmeros co-legas médicos e historiadores, nas mais diversas publicações nacionais e internacionais. Ao se tornar capítulo de livros e publicações técnico-científicas, Wilson Luiz Abrantes se viu alçado, também, à condição de imortal pelo reconhecimento à sua insigne carreira de cirur-gião e de professor.

Ao lado de tantos feitos

memoráveis, há algumas pas-sagens que podem ser classifi-cadas de pitorescas ou mesmo de saborosas na vida do ilustre cirurgião. Vale lembrar duas delas, em que foi o responsá-vel direto por salvar vidas a centenas de quilômetros de distância, inclusive de pessoas

que nunca viu e nem ao menos nunca soube sequer os nomes.

No início da década de 60, quando, como médico re-sidente, morava no Hospital das Clínicas (morava mesmo, num pequeno quarto – e isso por longos nove anos) socor-reu a um homem da região de Teófilo Otoni, vítima de uma ruptura de varizes de esôfa-go. Durante a cirurgia, faltou sangue. O médico-operador, o próprio Wilson, não teve dúvi-das: interrompeu por instantes o procedimento, foi ao Banco de Sangue e ele próprio doou 500 ml. Voltou e concluiu, com sucesso, a operação. Paciente salvo e tendo alta, só então descobriram que se tratava de um pistoleiro – ou matador profissional – como queiram. Tempos depois, nova revela-ção surpreendente. O pistolei-ro havia sido contratado para uma empreitada na região de Teófilo Otoni. Preparou a to-caia com todo o cuidado e tão

meticulosamente, que ficou sabendo que a esposa da sua futura vítima tinha Abrantes no meio do nome. Pesquisou mais e tomou conhecimento de que ela era prima do mé-dico Abrantes, de Belo Hori-zonte. Se lembrando de que esse era o nome da pessoa que salvara a sua vida, o bandido procurou o homem que pre-tendia matar e lhe entregou o seu revólver, dizendo que não ia fazer o serviço, pois não iria matar o marido da parenta do seu salvador.

Outra história inusitada, mas real, teve como palco o Felício Rocho, onde um tal de J. A. esteve internado, durante três meses. Vindo de Vitória, no Espírito Santo, após duas mal-sucedidas intervenções cirúrgicas, tão logo começou a se recuperar o homem só fala-va em voltar à sua terra natal, para matar as duas pessoas que o haviam esfaqueado. A irmã de caridade Gabriela escutou a terrível ameaça e foi contar para o cirurgião. Wilson Luiz Abran-tes ouviu, pensou – ou matutou, como bom mineiro de Malaca-cheta – e foi à enfermaria onde o ameaçador paciente estava.

O senhor vai ter alta, mas vai ter que pagar pelos meus serviços médicos – disse.

Pagar como, se estou sem di-nheiro? - foi a resposta.

É fácil e o senhor tem como quitar a dívida. É só não executar a sua vingança e não matar os ho-mens que o feriram.

Promessa obtida, paga-mento acertado. Para compro-var que era pessoa de palavra, J. A. todo ano mandava uma carta para o médico, dizendo quase que apenas: os homens continuam vivos!

Por episódios como este – que demonstram a sua grande figura humana e, sobretudo, a brilhante carreira que continua desenvolvendo – é que Wilson Abrantes, para orgulho do Felí-cio Rocho, é uma das Personali-dades que fazem a nossa História!

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

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O Serviço Social do Pron-to Socorro do Felício Rocho foi criado em março de 2005, de-vido à necessidade de possuir profissionais habilitados para desenvolver atividades que evi-tem ou, pelo menos, minimizem eventuais conflitos gerados nos chamados serviços de urgência.

Além de acolher/atender os pacientes em observação ou com indicação definida de internação e os seus familiares, o Serviço Social detecta, nos casos de ur-gência ou de emergência, possí-veis dificuldades de ordem psi-cossocial que possam dificultar adaptação no Pronto Socorro ou interferir no tratamento nas uni-dades de internação. Também são evidenciadas informações importantes sobre os pacientes, situação sócio–econômica, fami-liar e cultural, visando amenizar as preocupações que eles e seus familiares tenham em relação ao atendimento necessário. Assim, o tratamento, além de humani-zado, é individualizado.

Presentes em plantões 24 horas/dia, as assistentes sociais podem, ainda, ser contatadas pelo telefone 3339-7121.

As tarefas rotineiras incluem apoio e orientações necessárias ao paciente e seus familiares de acordo com a demanda apresen-tada; suporte psicossocial aos familiares nos casos em que o es-tado clínico do paciente é grave; auxilio no processo de internação orientando e se possível viabili-zando junto ao setor competente as vagas para pacientes com indi-cação; e participação, juntamente com o médico plantonista, do processo de transferência para outro serviço indicado, caso haja falta de leitos disponíveis.

Em síntese, o Serviço Social intensifica o trabalho humani-zado em desenvolvimento em todos os setores do Felício Ro-cho, com a sua laboriosa equipe entendendo que humanizar é ofe-recer atendimento de qualidade ar-ticulado aos avanços tecnológicos, com acolhimento fraterno, visando não só a melhoria do paciente, como a de todo o ambiente hospitalar.

Serviço social do Pronto Socorro

As mulheres, desde a mais tenra até a mais avançada idade, têm uma grande possibilidade de apresentar um ou mais distúrbios relaciona-dos à micção. Isto é decorrente de característi-cas próprias da anatomia infra-vesical e das es-truturas que sustentam a sua genitália interna (útero e anexos), assim como mantêm em uma posição anatômica correta sua bexiga e uretra. Todos estes órgãos podem ter sua posição alte-rada durante a vida adulta, principalmente em multíparas e aquelas submetidas a partos va-ginais. Também fatores genéticos contribuem para estas alterações do assoalho pélvico.

Entre as principais queixas temos os diver-sos tipos de incontinência urinária (esforço, de urgência e mista), a hiperatividade da bexiga, a dificuldade de esvaziamento, queda de po-sição da bexiga, intestino ou útero (cictocele,

enterocele e prolapso uterino), rotura perineal e outros mais complexos.

Todos estes distúrbios interferem muito na qualidade de vida das mulheres, dificultando a sua participação profissional, assim como a interação familiar e conjugal, levando sua auto-estima ao mais baixo ponto. Elas desco-nhecem freqüentemente que este problema tem tratamento e a qual tipo de profissional devem recorrer. Atualmente dispomos de uma gama enorme de exames sofisticados, mas simples, que permitem um diagnóstico preciso da pato-logia, proporcionando uma conduta terapêu-tica adequada e definitiva. Para auxiliar no tratamento, a biomedicina tem desenvolvido numerosos e simples aparelhos que podem ser utilizados em cirurgias de fácil realização e breve recuperação.

Homem, humanidade, huma-nização... palavras que, em suas porosidades, evocam uma contra-imagem do humano indicando uma outra face que diz da possibilidade da emergência de um inumano, inumanidade, desumanidade...

Sabemos que nos hospitais e particularmente nos Centros de Tratamento Intensivo, o ofício de cuidar encontra-se permeado por práticas imanizadas de alta tecno-logia transformando esses lugares em campos de eterna fricção entre ética e técnica.

Quando consideramos a re-alidade de um CTI temos nesse lugar um encontro com um outro - sujeito em sua vulnerabilidade, fragilidade, precariedade. Esse encontro singular constitui-se no ponto essencial da relação assis-tencial, onde o cuidado torna-se o suporte real da vida e supõe, por-tanto a intersubjetividade – cam-po por excelência de imersão na dimensão ética. Esse encontro, sobretudo o encontro com o rosto do outro – mediatização do enig-ma, do mistério, da incerteza, do risco, mas ainda da responsabili-dade – banhado pela palavra tor-na-se um laço humanizante, pois da linguagem resulta a dimensão da reciprocidade.

Homem / Humanidade

(*) Coordenadora do Serviço de Psico-logia Hospitalar do Felício Rocho

Alzira Maria Carvalho Lima (*)

A mulher e seus distúrbios de micção Otacílio José Bicalho (*)

(*) Coordenador da Unidade de Uroginecologia

Por acreditar numa possibili-dade de “mudança de paradigma onde se possa substituir o modelo do sujeito solitário confrontado com um mundo de coisas incog-noscíveis e manipuláveis, pelo modelo da ação comunicativa que supõe a intersubjetividade de pelo menos dois atores, voltados para o entendimento mútuo” conforme propõe Rouanet (in Cembranelli, F., Um Projeto para Humaniza-ção: para que, para quem?) na mis-são de humanização, faz-se neces-sária a participação ativa, a união e colaboração transdisciplinar para que o cuidado seja o suporte real da criatividade, da liberdade, para que no cuidado se encontre o “ethos” fundamental do humano, segundo propõe Leonardo Boff.

Nessa direção, numa ini-ciativa conjunta do Serviço de Psicologia, coordenações do CTI geral e do CTI cardiovascular do Hospital Felício Rocho e o Grupo Fadua de Kântale e Lira coorde-nado pela musicista Flávia Betti, apresentamos em dezembro úl-timo um recital de música para todos os pacientes e familiares, como um dispositivo a viabilizar conexões, articulações e práticas gestora de fluxos humanizantes. Nesse ato evocamos a música como atividade humana mais ele-vada, pois a música fala de essên-cias, humanidade...

Como estas patologias envolvem órgãos do aparelho genital e urinário, elas são estudadas e trabalhadas por médicos de especialidades di-ferentes (urologia e ginecologia), mas com um objetivo comum. Por isso, foi criada no Hospital Felício Rocho e já está em funcionamento a Uni-dade de Uroginecologia (telefone 3339-7244), da qual fazem parte os médicos Denílson dos Santos Custódio, Ester Silbiger, Joaquim Car-los Barcelos Martins, Lydston Magalhães da Rocha, Otacílio José Bicalho, Sávio Gonçalves Costa e Tarina Marques Rubinger, envolvidos e competentes neste tipo de problema. Conta-mos, também, com todo o aparato de apoio do Hospital, não só para o diagnóstico como para o tratamento, incluindo serviço de fisioterapia.

Muitas – e sempre bem-vindas – são as doações destinadas aos pacientes do Felício Rocho. Dentre as últimas, vale destacar a efetuada em 09 de fevereiro último pelo Rotary, através dos clubes de Contagem e da Cidade Industrial: 129 quilos de chocolate em pó.

Os presidentes das duas unidades rotarianas, Leo-nardo Rocha Franklin e Ed-son Dórea Júnior, também visitaram as instalações da área de pediatria do Hos-pital e garantiram que, na Páscoa, vão realizar uma ampla ação em benefício das crianças internadas.

Um doce apoio

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Humanização é palavra de ordem

O Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias (NATE) se ocupa do tratamento dessa patologia que acomete 2% da popula-ção brasileira e objetiva o tratamento clínico ou cirúrgico de seus pacientes. Cerca de 20% deles não controlam suas crises com remé-dios e são classificados como portadores de epilepsias de difícil controle, refratários ao tratamento medicamentoso e candidatos ao tratamento cirúrgico.

O controle das crises através do trata-mento cirúrgico vem possibilitando a inser-ção social destes pacientes, permitindo que eles retomem suas atividades laborais ou de lazer freqüentando ambientes públicos, sem medo de serem surpreendidos por crises.

O tratamento oferecido pelo NATE é de excelência em epilepsia – devido à alta capa-citação profissional de seus membros, todos com formação especializada – e, graças à in-fra-estrutura dos equipamentos instalados no Hospital Felício Rocho, garante conforto e co-modidade aos pacientes que não precisam se deslocar para fazer exames em outros locais.

“Aqui nós conhecemos o paciente pelo nome.” Com esta frase, é possível ilus-trar uma das principais características do NATE, que é a de oferecer um tratamento

(*) Neuropsicóloga e mestre em Neurofisiologia e Epilepsia Experimental. À sua direita, o diretor técnico do Felício Rocho, Nelson Eduardo Santos Toledo Salles, e integrantes da equipe.

Aila de Guadalupi Amaro Reis Fonseca (*)

mais humano àqueles que sofrem toda sorte de preconceitos e descriminação. Graças à integração da equipe, consciente da neces-sidade de um atendimento mais pessoal e humano, o projeto deixou de ser um sonho e tornou-se uma realidade concreta. Em seus quatro anos de existência, possibilitou uma vida mais digna a 48 pacientes operados. Em 2006, esta humanização foi simbolica-mente selada com uma confraternização de Natal que será repetida daqui para frente, a fim de que os pacientes possam relatar suas experiências de vida, suas dificuldades e suas vitórias nessa nova fase.

O impacto social do tratamento propi-ciado pelo NATE na vida do paciente é algo inestimável. Um exemplo é o de um senhor que, após 45 anos de epilepsia, teve a satis-fação de poder freqüentar festas sem medo de dar vexame, fato que demonstra o resgate da segurança e da auto-estima, tão impor-tante para todos. Atenção especial também é dada aos jovens em idade sexualmente ativa e que se privam do relacionamen-to temendo crises quando estão com seus parceiros; assim como às crianças em fase de desenvolvimento, sujeitas a comprome-timento cognitivo devido a recorrência das

crises. É fundamental obter uma perspec-tiva de desenvolvimento normal, onde os pais depositem a esperança de ver os seus filhos freqüentando escolas e assumindo o curso natural da vida. Este é o verdadeiro resgate da cidadania.

Atualmente, o NATE busca creden-ciamento junto ao Programa de Cirur-gias de Epilepsia do SUS, para que possa estender seus beneficios a uma parcela mais abrangente da população menos fa-vorecida.

Humanização hospitalar. A expres-são não é nova e surgiu, inicialmente, referindo-se especificamente às ques-tões ligadas ao parto e aos cuidados destinados às mães e aos bebês. Vários projetos foram difundidos, sendo mais conhecidos os denominados Método Canguru e Maternidade Segura.

Após a Organização Mundial de Saúde demonstrar interesse pelo tema, o governo brasileiro acabou por criar, em maio de 2000, o Pro-grama Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar, que a maio-ria dos profissionais integrantes de órgãos públicos e instituições de saú-de chama simplesmente de PNHAH – sigla de difícil pronúncia, mas de fácil assimilação.

O PNHAH virou uma sadia febre e no mesmo ano do seu nascimento foi incluído entre os temas oficiais da 11ª Conferência Nacional de Saúde.

A melhoria das relações envolvendo a comunidade de usuários, médicos, enfermeiros e demais funcionários integrantes dos hospitais foi saudada por todos. Ou por quase todos. Alguns criticaram o Programa, lembrando que as práticas de saúde sempre foram hu-manizadas e só subsistem como tal.

De uma forma ou de outra, a prática mostrou a necessidade da implantação do PNHAH. Nota do próprio Ministé-rio da Saúde, divulgada em 2000, após citar que foi identificado número signi-ficativo de queixas dos usuários referentes aos maus tratos nos hospitais... afirma: na avaliação do público, a forma do aten-dimento, a capacidade demonstrada pelos profissionais de saúde para compreender suas demandas e suas expectativas, são fatores que chegam a ser mais valorizados que a falta de médicos, a falta de espaço nos hospitais, a falta de medicamentos...

É fato, citado por afamados pes-quisadores, que muitas instituições hospitalares, talvez em defesa de uma intransigente prática científica, tratavam os pacientes de forma iso-lante, sem lhes dar voz para inquirir sobre procedimentos dos quais nada sabiam e lhes restringindo convívio familiar e social.

O Felício Rocho foi um dos primei-ros hospitais a, mais do que se preo-cupar, desenvolver soluções para um relacionamento não apenas de alta qualidade, mas realmente afetivo, en-tre toda a sua equipe e os pacientes/usuários/familiares/clientes.

Para isso, além de possuir um cor-po clínico permanentemente atuali-zado e dotado das instalações e apa-relhagens necessárias para a perfeita execução do seu trabalho, propor-ciona treinamento e especialização aos profissionais dos mais diversos

setores e busca, dia-a-dia, dispor de uma infra-estrutura em constante aperfeiçoamento, se equipando com o que há de mais moderno e eficiente na área hospitalar.

Um clima de salutar respeito e comprometimento com a dignidade pauta todas as ações desenvolvidas pelo Hospital. Dentre muitos (todos) destaques estão o CTI, o Núcleo de Tratamento de Epilepsias (NATE) e o setor de Hemodiálise. Existe diá-logo franco e compreensão, desde o preenchimento da ficha hospitalar até o procedimento de alta. E mais: não raro, os pacientes recebem acompa-nhamento até mesmo depois que já retornaram para o convívio dos seus lares. No Felício Rocho, tecnologia e delicadeza andam de mãos dadas, num processo eficaz para a cura e para mi-norar sofrimentos e aflições dos que necessitam de cuidados médicos.

NATE - Excelência no tratamento de epilepsias

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Não importa se o paciente é humilde e do SUS, se possui convênio médico ou tem condições para tratamento particu-lar. Se é pardo, branco, negro ou amarelo. Se é católico, evangélico, budista, profes-sa qualquer outra religião ou é ateu. No Felício Rocho, todos são iguais e recebem o melhor tratamento profissional e huma-no, com a máxima dignidade e respeito.

Na área médica e administrativa são conhecidos o respeito e a consideração aos pacientes, mas vale registrar outras situações em que a Fundação Felice Ros-so é bom exemplo também para acompa-nhantes, familiares e seus funcionários.

Objetivando real integração afetiva, os Conselhos Superior e Diretor ins-titucionalizaram celebrações de datas comemorativas, processo anteriormen-te iniciado com as ceias oferecidas aos funcionários em serviço no Natal e fim de ano. Encontros, festas e reuniões têm sido ampliados, sempre com bom-senso e espírito de fraternidade. No final de 2006 mereceu destaque a Missa de Na-tal, celebrada pelo capelão, padre Afonso Maria de Ligório Torga Rodrigues.

Com 20 anos de dedicação ao Fe-lício Rocho (para onde veio depois de peregrinar por colégios salesianos no interior de Minas e outros Estados), se declarou agradavelmente surpreso pela participação maciça de fiéis. Mais do que tudo, a presença de inúmeros dirigentes da Instituição, lado-a-lado com funcio-nários de todos os escalões, pacientes e seus familiares, levou o padre Afonso a enaltecer o apoio da atual administra-ção. Pena que a nossa capela não é maior, porque neste ano , pela primeira vez na his-tória, mal comportou tão grande número de pessoas – comentou.

Certa vez, em visita a um templo sagrado, um menino, na sua pureza e ingenuidade, ao deparar com um sábio sacerdote indagou do mesmo o que era um anjo. Em resposta o sábio explicou ao menino que os anjos existem como seres espirituais e iluminados por Deus para guardar e proteger as pessoas na terra.

Curioso o menino indagou se exis-tiam anjos terrenos.

Em resposta o sábio disse que na ter-ra existem pessoas que cuidam e prote-gem outras, quando estas ficam doentes ou correm perigo de vida, por estarem acometidas de alguma moléstia grave.

Que aquelas pessoas, exercem a sublime missão de tratar das outras doentes, buscando para elas o caminho da cura. Que fizeram um juramen-to de assim agirem e dedicarem a sua vida terrena a esta missão. Que embora exerçam este sublime encargo, são seres humanos como todos nós, dotados de qualidades, imperfeições, predicados e defeitos, alegrias e tristezas e acima de tudo, de sentimentos. Mas que são seres humanos especiais, eis que abraçaram uma louvável missão de tentar curar seus semelhantes das doenças do corpo e da mente. Que dedicam a sua vivência

ao cumprimento desta missão, muitas vezes à custa de sacrifícios pessoais, de horas de trabalho, de sono perdido, de privação do convívio com a sua família e às vezes em sacrifício da própria saúde, quando então uns cuidam dos outros.

Que procuram o bem estar dos seus semelhantes, com dedicação, carinho e acima de tudo com paciência para com os seus pacientes. Que geralmente an-dam de branco e trocam seus lares pelo local de trabalho, onde ficam os doen-tes. Que são respeitados por todos e por todos chamados de Doutores.

Indagou então o menino quem são

tais pessoas, ao que o sábio respondeu que são conhecidos como médicos, mé-dicas, enfermeiros e enfermeiras.

Em sua pureza de alma, o menino concluiu: para mim seriam chamados de ANJOS DE BRANCO.

Que neste Natal, os anjos do Se-nhor iluminem e protejam os nossos ANJOS DE BRANCO. Que neste Natal, os anjos do Senhor iluminem e protejam também os membros deste Comitê, que embora não sejam Anjos de Branco, têm almas brancas como os anjos de Deus, porque dedicam um pouco de seu precioso tempo e o saber

Fazer o bem sem olhar a quem8

Na missa, emocionado, o presidente do Conselho Diretor, Emerson Tardieu (foto) afirmou: De certa maneira, parece que o Espírito de Natal que hoje paira sobre nós, tem morada permanente aqui no Felício Rocho. Para nossa felicidade, todos os que procuram a nossa Instituição são acolhidos da mesma ma-neira fraterna e recebem, além de tratamento digno e competente, amparo moral e espiritual.

Mais à frente, prosseguiu: Reconheço e enalteço o atendimento que aqui é proporcio-nado, porque já o experimentei pessoalmente – inclusive por longo período como interno do CTI. Posso dizer que, como qualquer outro paciente que utilizou os serviços do Hospital, tive o privilégio de ser atendido com como-vente dedicação. Por isso, participar, no Felí-cio Rocho, da Santa Missa relativa ao Natal,

é para mim um ato de grande e feliz emoção. Com a mais segura fé, peço a Deus que o Hospital e demais unidades que compõem a Fundação Felice Rosso permaneçam sempre com um devotado e harmônico conjunto de colaboradores – que inclui desde notáveis médicos até funcionários que desempenham as funções mais simples – mas, nem por isso, menos importantes.

Também comovente foi a leitura, pelo padre Afonso (foto à direita), de uma singela Carta ao Papai Noel: Neste ano, não quero pedir nada de novo. Quero pedir coi-sas existentes, mas que ficaram perdidas com o tempo. Quero então pedir que ele devolva às pessoas a fé, para que não se desesperem diante das dificuldades. Que ele devolva a es-perança, para que olhem sempre para frente,

com a cabeça erguida. Devolva a capacidade de emocionar, pois só um coração quebrantado é capaz de pensar nos outros. Devolva a ino-cência, para que a bondade possa instalar-se na vida das pessoas, antes da maldade. Devol-va a humildade, para que as pessoas possam reconhecer que somos todos iguais, só roupas e cargos diferentes, mas que isso não muda em nada a matéria da qual somos formados. De-volva a todos os sorrisos possíveis – aqueles que nos fazem esquecer a dor e as decepções. Devolva a fraternidade, para que possamos nos sentir como uma imensa família na Ter-ra, apesar de nossas divergências, diferenças, grau de cultura ou posições na hierarquia.

Em outro trecho, a carta do padre ao bom velhinho acentua: Devolva a bondade, a ternura, a doçura. Devolva a sabedoria, para que possamos escolher nossos cami-nhos. Devolva tudo isto em sementinhas, para que as plantinhas tenham tempo de crescer e criar raízes firmes e que, depois,

plantas crescidas, possam dar novas semen-tes para que sejam plantadas Estão pensan-do que esqueci de pedir que devolva o amor? Não... É que eu pensei que – devolvendo tudo o que pedimos – o amor já tenha sido devolvido em primeiro lugar.

Anjos de brancoO espírito de fraternidade que envolve todos os integrantes do Hospital Felício Rocho proporciona constantes mensagens de incentivo e solidariedade, como...

(*) Coordenador do Comitê de Ética e Pesquisa

de suas profissões, de forma espontânea e voluntária, em benefício dos seus se-melhantes.

Francisco Kupidlowski (*)

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Os quadros da Instituição estão enriquecidos com os serviços de três novos integrantes do Conselho Su-perior da Fundação Felice Rosso (não remunerados) e do novo superintendente do Hospital.

CONSELHOForam eleitos e já estão em plena atividade, inte-

grando com sua larga experiência de vida e reconhe-cida idoneidade, os novos conselheiros:

Acurcio Lucena Pereira Filho: Procurador de Jus-tiça aposentado do Ministério Público Estadual, onde ingressou em 1982, como promotor de Justiça. Em 1991 foi alçado ao cargo de procurador e teve atuação de grande destaque junto aos Tribunais de Alçada, Con-tas e Justiça. Também foi diretor financeiro da Asso-ciação Mineira do Ministério Público. Advogado, for-mado em 1980 pela Faculdade de Direito da UFMG, exerceu, ainda, atividades de professor no Senac e na Faculdade de Araxá (Direito Constitucional).

Adolfo Neves Martins da Costa: Engenheiro ci-vil, graduado em 1953 pela Escola de Engenharia da UFMG, com cursos de extensão na New York Univer-sity e Economics Institute, de Boulder, Colorado. Foi presidente da Fiat Automóveis, desde a sua fundação, em 1973, até 1979. Também presidiu a Companhia Na-cional de Alumínio (1976/1980), a Metaltec (comércio exterior) e a Companhia de Empreendimentos Gerais (incorporação e construção), além de ser diretor da SOEMP – Empreendimentos e Construções. Seu vasto currículo inclui inúmeras atividades classistas, como presidente da Associação Comercial de Minas e da Federação das Associações Comerciais do Estado de Minas Gerais, ambos no período de 1968 a 1972. Atu-almente, preside o Conselho Superior da Federação das Associações Comerciais de Minas e é membro dos

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Dedicação com competênciaConselhos Empresarial Brasil/Estados Unidos, Asso-ciação do Comércio Exterior do Brasil e Superior da Associação Comercial de Minas.

Carlos Lindenberg Spínola Castro: Jornalista, for-mado pela UFMG, é diretor de redação do jornal Hoje em Dia e comentarista político da Rádio Itatiaia. Foi chefe das sucursais mineiras da revista Veja e do jornal O Globo; chefe de redação da Rede Globo de Televisão em Belo Horizonte e assessor-chefe de imprensa do Governo do Estado de Minas Gerais. Sua experiência profissional inclui atividades como repórter do jornal Estado de Minas, presidente do Centro dos Cronistas Políticos e Parlamentares de Minas, diretor-executivo do Centro das Indústrias do Estado de Minas, membro da Comissão de Assuntos Econômicos e Políticos da Federação das Indústrias de Minas Gerais, membro do Conselho Consultivo do Departamento de Comunica-ção da PUC-MG e vice-presidente da Sociedade Minei-ra de Agricultura.

SUPERINTENDENTEO novo superintendente do Hospital integra o Cor-

po Clínico do Felício Rocho há mais de 25 anos, sempre com muita dedicação e notória eficiência:

Nilcio Cunha Lobo Júnior – Cirurgião cardiovas-cular, diplomado em 1982 pela Faculdade de Medi-cina da UFMG, participou de inúmeros cursos e es-tágios de especialização e aperfeiçoamento, além de congressos, jornadas e simpósios no Brasil e no exte-rior. Obteve pós-graduação em residência médica em cirurgia torácica e cardiovascular em 1984, no próprio Hospital Felício Rocho, onde sua marcante atuação profissional inclui atividades como médico planto-nista do CTI e do Corpo Clínico na área de cirurgia cardiovascular. Possui título de Especialista em Ci-

Novo vestiário para funcionários Milene Kátia de Carvalho Pinto (*)

Acreditamos que a saúde é um processo bio-psico-social e que o hospital, hoje, não trata somente do físico, mas também do emocional e afetivo dos clientes. Por isso temos um grande desafio: aperfeiçoar o atendimento humanizado.

A humanização, que é um ma-cro processo com questões objetivas, exige aperfeiçoamento em infra-es-trutura e aspectos culturais.

Pesquisas de satisfação em aten-dimento, realizadas em hospitais, exigem presteza, agilidade e melho-ria nas relações entre os funcioná-rios e clientes.

Pesquisas internas, realizadas com funcionários, exigem melhoria na qualificação profissional.

A humanização envolve todos os profissionais: diretores, médicos,

funcionários e terceiros (quando houver). E se desenvolve, no dia-a-dia, através de ações, atitudes, comportamentos, respeito e outros valores.

O Felício Rocho mantém sua tradição e cultura em atender questões legais e prioriza a huma-nização. Entre outras melhorias estruturais, está construindo ves-tiários masculino e feminino para os funcionários (720 m2, com 57 sanitários e 57 chuveiros) e atende, com isso, a Norma Regulamenta-dora 24, tópico 24.2.1. Em todos os estabelecimentos industriais e naqueles em que a atividade exija troca de roupa, uniforme, guarda-pó, haverá local apropriado para vestiários masculino e feminino com armários individuais.

Tudo isso trará melhoria con-tínua no atendimento e resultado crescente nos indicadores de satisfa-ção do cliente interno e externo.

(*) Gerente de Recursos Humanos - em visita à obra

ResidentesA residência médica do Fe-

lício Rocho, reconhecida e au-ditada pelo Ministério da Edu-cação e Cultura, foi criada em 1994 e conta com 21 especiali-dades credenciadas. Já formou mais de 340 médicos (muitos se tornaram efetivos do Hos-pital) e, atualmente, possui um quadro de 72 residentes. A se-leção dos profissionais é feita pelo Instituto Felice Rosso de Pesquisa e Educação Continu-ada (Iferpec).

Mantendo uma tradição principiada há quatro anos, em março, foi realizada uma reu-nião de boas-vindas para mais 30 residentes, que iniciaram suas atividades em fevereiro.

O encontro de integração (foto) contou com a presença de diretores e integrantes da Comissão de Residência Mé-dica (Coreme), presidida com exemplar competência por Ângelo Pimenta Macedo.

rurgia Cardiovascular, concedido pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Membro da Associação Médica de Minas Gerais, Sociedade Brasileira de Cirurgia Car-diovascular, Sociedade Mineira de Cirurgia Cardio-vascular, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Asso-ciação Brasileira de Transplante de Órgãos, é Master in Business Administration em Gestão de Saúde e em Finanças pelo IBMEC e já foi assistente da Diretoria Técnica do Hospital Felício Rocho. Dentre as suas pu-blicações científicas está Transplante Cardíaco: a primei-ra experiência em Minas Gerais (1998).

Nilcio Cunha Lobo Júnior

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Através desta técnica, também conhecida como radioterapia tri-dimensional, é administrada alta dose aos tumores, minimizando a dose em tecidos sadios.

A equipe de radioterapia do Fe-lício Rocho atua de forma multidis-ciplinar visando um atendimento integral e humanístico. Composta por médicos especialistas, físicos médicos, tecnólogos e técnicos, contando com o suporte de enfer-

de elétrons tem sido usado para a ra-dioterapia intra-operatória, quando a aplicação é realizada durante o ato cirúrgico diretamente sobre a área acometida pela neoplasia.

O Serviço conta, também, com um Sistema Computadorizado de Planejamento, que possibilita a técnica de radioterapia conforma-cional com alto nível de qualidade.

O setor conta agora com moderno Acelerador Linear de Partículas, trabalhando com energia em fótons de 6 MV e com energia em elétrons de 5 a 14 MeV. O tratamento com fótons é utilizado em lesões pro-fundas e semi-profundas. A tera-pia com elétrons é empregada para o tratamento de lesões superficiais. Atualmente, o tratamento com feixe

A radioterapia é um procedi-mento que utiliza radiação ioni-zante para fins terapêuticos. O desenvolvimento tecnológico nos últimos anos permitiu uma modi-ficação na forma de administrar a radiação. Hoje, a avançada técnica de aplicação da radioterapia, utili-zando aparelhos de alta tecnologia e complexos cálculos realizados por sistema computadorizado de planejamento, tem o intuito de re-duzir a dose em tecidos sadios do paciente e de tratar a doença com eficácia e acurácia.

O tratamento radioterápico pode ser administrado antes, durante ou após a cirurgia. A quimioterapia é aplicada da mesma forma, antes, durante ou após a radioterapia.

A radioterapia utilizada pelos Aceleradores Lineares de Partícu-las, com o paciente distante do foco de radiação, é denominada telete-rapia. É chamada de braquiterapia a radioterapia interna, em que as fontes de radiações permanecem inseridas na cavidade do tumor ou no próprio tumor, por tempo determinado ou de forma perene. Em ambas as técnicas são realiza-dos procedimentos denominados simulação (para estabelecer a posi-ção do paciente e o direcionamento

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Avanço tecnológico na radioterapiaLeonardo Cunha Furbino Pimentel (*)

dos feixes de radiações) e o plane-jamento (para o cálculo da dose e o estudo da extensão de volume a ser tratado) por um físico médico sob orientação do radioterapeuta.

Em 2006, o Serviço de Radiote-rapia do Felício Rocho foi completa-mente reestruturado, incorporando equipamentos e técnicas de última geração e uma nova equipe médica.

Interface do novo sistema computadorizado

magem, nutrição e psicologia da Instituição, é treinada para aten-der as necessidades diferenciadas de cada paciente oncológico.

Síndrome do túnel do carpo - mãos dormentes Rosamaria Peixoto Guimarães (*)

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é um conjunto de sinais e sintomas decor-rentes da compressão do nervo mediano, na sua passagem pelo túnel do carpo, re-gião situada ao nível do punho. É condi-ção comum, acometendo em torno de 10% da população. É muito mais freqüente em mulheres do que em homens, e é rara em indivíduos da raça negra.

O principal sintoma encontrado é a dor-mência ou formigamento (parestesias) nas mãos, particularmente nos dedos, mas al-guns pacientes se referem à parestesias em toda a mão, preservando a palma. A dor pode estar associada, porém é bem menos comum como achado isolado. Ao contrário da pares-tesia, a dor pode se estender fora do território de distribuição do nervo mediano, ou seja, até o braço e ombro do mesmo lado da lesão.

Os sintomas pioram à noite e pela manhã e, muitas vezes, podem acordar o paciente, que, para obter alívio, balança as mãos. Os sintomas também podem piorar após o uso in-tenso das mãos, posturas fixas e levantamento de peso. A fraqueza muscular pode indicar ca-sos mais graves com déficit sensitivo defini-tivo e ou atrofia da região tenar. A sensação de dificuldade motora muitas vezes é referida como a queda fácil de objetos das mãos.

A conexão da Síndrome do Túnel do Car-po com atividade profissional é fraca e não tem sido relacionada como primariamente causal. Existem, entretanto, evidências de que o es-forço repetitivo intenso possa exacerbar a sin-tomatologia de quadro já existente. Sem dú-vida, os fatores pessoais e possíveis doenças associadas são mais importantes como risco. Estes fatores são: tenossinovite dos flexores

do punho, artrite reumatóide, artrose, gravi-dez, menopausa e ooforectomia, traumatismo do punho (fratura de Colles), músculos anor-mais no túnel do carpo, lesões expansivas no túnel do carpo, diabetes mellitus, doença tireoidana, acromegalia, infecções, insuficiên-cia renal crônica e diálise, amiloidose.

O diagnóstico é feito através de uma boa história clínica, exame físico e do exame ele-trofisiológico. A eletroneuromiografia é, sem dúvida, o principal método para o diagnósti-co da Síndrome do Túnel do Carpo. O estu-do tem alta sensibilidade e não só confirma o diagnóstico, mas define a gravidade da lesão. As técnicas eletrofisiológicas têm se tornado cada vez mais precisas ao longo dos anos e auxiliam o médico assistente a definir o me-lhor tratamento, que pode ser dividido em conservador e cirúrgico. Nos casos leves, a

fisioterapia, os antiinflamatórios e o repouso são de grande ajuda; em casos moderados a graves a descompressão cirúrgica é necessá-ria para evitar danos definitivos ao nervo.

(*) Médica do Serviço de Eletroneuromiografia do Hospital Felício Rocho, integrado, também, pelos especialistas Eustáquio Claret dos Santos e Paulo Roberto Rocha Moreira

(*) Radioterapeuta do Felício Rocho. À sua esquerda, o coordenador do Serviço de Radioterapia do Hospital, Lourival da Silveira Filho.

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

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A insuficiência renal crônica se traduz na perda da função dos rins. Uma vez instalada a deficiência, não existe mais recuperação, fazendo com que o paciente tenha que realizar he-modiálise durante toda a sua vida, três vezes por semana, quatro horas por dia. Essa realidade acarreta uma série de perdas como afastamento de atividades produtivas, limitação nutricional e de líquidos, exclusão social e econômica, além de transtor-nos diversos nas relações familiares.

O Serviço de Diálise do Hos-pital Felício Rocho se preocupa em minorar os problemas enfrentados pelos pacientes. Uma de suas ações é a confraternização de Natal para os portadores de insuficiência renal crônica em tratamento na Institui-ção. No ano passado, por exemplo, o encontro abrangeu um público de 120 pessoas, incluindo, também, os familiares daqueles que estão em tratamento. O evento consistiu em apresentações culturais (teatro),

Confraternização dos pacientes da hemodiálise Rejane de Almeida Caborges (*)

(*) Nutricionista do Hospital Felício Rocho

Edsonina! Um nome dife-rente para uma pessoa muito es-pecial, cuja vida se mescla com a do Hospital Felício Rocho, onde trabalha há mais de 47 anos.

Nascida em Pequi, ainda me-nina foi morar em Pará de Minas. Em 1952, com apenas 12 anos de idade, começou a trabalhar no hospital da cidade. Ajudava na cozinha, principalmente a fazer bolos. Logo, as freiras passaram a incentivá-la para que estudasse enfermagem. Edsonina só dizia não e não, porque não agüentava

Personalidades que fazem a nossa história: Edsonina Inês da Cruz Lauriano

A mais antiga funcionária do Hospital

ver sangue nem de longe. As irmãs de caridade tanto insistiram. que acabou se inscrevendo num cur-so de enfermeira prática.

Diploma na mão, resolveu se mudar para a cidade grande, a capital do Estado. Chegou no início de 1960 e foi duplamente admitida no Felício Rocho: não só no serviço, mas também acei-ta no Internato que a Instituição mantinha na época.

Do trabalho nunca se quei-xou. Mas o Internato... ah, o Internato! Boa cama, boa comi-

da, mas horários rígidos, prin-cipalmente para retornar: 10 e meia da noite, nem um minuto a mais! Trabalhava até as sete da noite, tomava um banho, punha um vestidinho mais ajeitado e saía para um pas-seio com as colegas. Com passo apressado dava para ir à Praça Raul Soares, palco do tradicio-nal footing.

Um dia, ou melhor, uma noi-te, um rapaz se aproximou, fez um galanteio e... pronto, come-çou o flerte que três anos depois,

em 1964, acabou em casamento com o serralheiro José Lauriano.

Bons tempos aqueles, das matinês de domingo para assis-tir filmes de Mazzaropi. O co-mediante matuto, quem diria, era um galã, um homem danado de bonito, para Edsonina. Ou Soni-nha, como, simplificando, quase todos a chamam. Ou Sônia, que é o nome que o marido adotou. Mas ela gosta mesmo é de como foi batizada: parece nome de artis-ta de cinema, diz vaidosa.

Ela se refere com especial saudade às freiras Madalena e Genciana. Da última, diz: era muito brava. Quando dava aquela tossezinha, já podíamos esperar por uma bronca. Mas também era uma santa mulher, dava bons conselhos. Muitas vezes, me rendia no plantão para que eu pudesse almoçar com calma e descansar um pouquinho...

Passou por diversos setores, ficando mais tempo no ambula-tório de cirurgias, no pronto so-corro e na unidade de internação. Eu sei que tem uma mãozinha minha em cada canto daqui - afirma com orgulho. Também foi no Hospi-tal que teve seus dois filhos, Wal-ter e Vânia, hoje com 42 e 40 anos – ambos de parto normal, feitos pelo Dr. Antônio Emílio – faz questão de lembrar. A filha mais nova também cursou enfermagem, na Escola que hoje leva o nome da Irmã Genciana, e trabalhou qua-tro anos no Felício Rocho, antes de passar em concurso da PBH.

Toda sorrisos, Edsonina gos-ta de se lembrar de muitos mé-dicos que sempre a ajudaram, como Márcio Ibrahim de Car-valho e Pedro Alcântara, que acompanhou com muita dedi-cação a sua mãe, quando ela sofreu um derrame, que acabou lhe causando a morte em 1967. Ah – lembra – não deixe de falar no Dr. Américo Gasparini, outro santo homem, que gostava muito de sentar no refeitório com os funcio-nários e comer umas batatas fritas. Graças a ele consegui uma anteci-pação de um dinheirinho que deu para comprar um lote em Igarapé...

Sem contar um ou outro médico, é a funcionária em ati-vidade com mais tempo de casa na Fundação. Aos 67 anos e apo-sentada pelo INSS, quer continu-ar trabalhando enquanto tiver forças para ajudar a aliviar a dor e o sofrimento de alguém: Cada paciente é a pessoa mais importante daqui e quando algum está nervoso, é só conversar com o meu jeitinho que ele logo se aquieta e sente que está em boas mãos, recebendo trata-mento de primeira!

Edsonina Inês da Cruz Lauriano, a Soninha, uma das Personalidades que fazem a nossa história, atualmente dá plantões em dias alternados na interna-ção B, no quinto andar, sempre solícita, eficiente e esbanjando felicidade por trabalhar num lugar que ela ama e onde é que-rida por todos.

lanche, distribuição de brinquedos às crianças, bingo e sorteio de brin-des e lembranças, tudo com a pre-sença ilustre do Papai Noel.

A confraternização de Natal (foto) dos pacientes do Serviço de Di-álise acontece desde 2002, onde o es-pírito de solidariedade, união, respeito e harmonia estão em evidência. Tem como objetivo fortalecer os vínculos familiares, proporcionar uma intera-ção entre os pacientes e, ainda, pro-mover uma comemoração natalina.

O evento é de cunho filantró-pico, solidário e social, sendo que, para a sua realização, conta ex-

clusivamente com o trabalho vo-luntário, doações e contribuições diversas. A equipe responsável pelo evento, composta pela coordenação do Serviço de Diálise, assistente social, nutricionista e acadêmica de nutrição, colabora arrecadando ver-bas, materiais, alimentos, brindes e contatando artistas que se apresen-tam também voluntariamente.

A jovial enfermeira recebeu a visita dos diretores Maria Ângela, José Carlos Nitzsche e Emerson Tardieu

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FELÍCIO ROCHOI n f o r m a t i v o

abril 2007

(*) Neurocirurgião da Clínica de Neurologia e Neurocirurgia do Felício Rocho

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A ciência avança numa velocidade surpreendente nessas últimas décadas em todos os campos do conhe-cimento. Em cem anos a humanidade viu sua sobrevida dobrar. Várias doenças ditas incuráveis, já não mais o são. Os transplantes de órgãos não são mais técnicas experimentais e já fazem parte do arsenal terapêutico corriqueiro. O quê nos reserva o uso de células tron-co? A clonagem de seres vivos é uma realidade restando discussões éticas sobre a clonagem humana. Portanto, à medida que novas descobertas são feitas, outros desafios são colocados à sociedade.

O que pode ser feito? O que é eticamente correto? O que é uma solução ou o que é um problema? Também a socieda-de avança na discussão de vários temas como o dos direitos individuais da pessoa humana; direitos das minorias; direito quanto à crença religiosa, etc. É nesse escopo que tanto ins-tituições da área de saúde como os seus membros devem se portar. Estar aberto para situações inusitadas e desafiadoras que surgem cotidianamente.

José Maurício Siqueira (*)

Cirurgia sem transfusão de sangue

Unidade coronariana já é uma realidade Novos e modernos equipamentosO Felício Rocho adquiriu recente-

mente novos aparelhos para utilização na área de ecocardiografia e ultraso-nografia vascular. O Setor de Ecocar-diografia será totalmente remodelado com a aquisição destes equipamentos.

Já estão em funcionamento os equipamentos CV-70 e Cypress, da Siemens, com sondas transesofágicas e que são capacitados para todos os exames ecocardiográficos, incluindo o eco sob estresse.

Brevemente, o aparelho Sequoia será totalmente renovado, tornan-do-se o primeiro do País a ter a tec-nologia VVI (imagens com vetores de velocidade), além de diversos outros avanços. Assim, o Felício Ro-cho atinge novamente a excelência nesta especialização. O coordenador do Setor, José Luiz Pena (foto), este-ve em Irvine, na Califórnia, Estados Unidos, onde fez um completo curso para utilização da nova tecnologia.

Uma das situações de difícil equacionamento sempre foi a necessidade de submeter um paciente a uma cirurgia de gran-de porte, com potencial perda de sangue importante e este ser da religião protestante Testemunhas de Jeová. Estes não acei-tam as transfusões de sangue. Crendo assim, colocam para os médicos cirurgiões e instituições hospitalares um grande pro-blema ou desafio. O que fazer caso haja necessidade de repo-sição sanguínea pér-operatória (durante a operação)? Várias são as medidas que podem ser tomadas como expansores de volume, técnicas cirúrgicas e anestésicas que limitam a perda sanguínea e a recuperação sanguínea intra-operatória.

Sob a ótica de um desafio e não um problema, o Hospital Felício Rocho oferece aos pacientes Testemunhas de Jeová a inovadora recuperação sanguínea intra-operatória, com a utilização de Equipamento de Auto Transfusão, podendo esta terapia ser estendida a outras situações particulares. Tendo essa possibilidade de tratamento, a Instituição se colo-ca na posição de respeito aos direitos individuais e contribui para o tratamento dessa parcela da população brasileira.

Projetada para tratar o paciente porta-dor de conariopatia e que precisa de cui-dados intensivos, a Unidade Coronariana do Hospital Felício Rocho está em fase fi-nal de conclusão e deve ser inaugurada nos próximos três meses. Trata-se de um moderno e bem-equipado CTI cardio-lógico, que vai beneficiar pacientes com quadros agudos de angina e infarto do miocárdio, criando um ambiente especí-fico para o tratamento destes quadros.

A Unidade foi estruturada junto ao Pronto Socorro do Felício Rocho, visan-do permitir diagnósticos rápidos, com

maior agilidade de atendimento nos casos cardiológicos. Também tem como foco a humanização no atendimento, uma vez que os pacientes que precisam de cuidados clínicos passarão a não ter contato com aqueles submetidos a cirur-gias.

Serão disponibilizados dez leitos e a Unidade funcionará com plantão per-manente (24 horas), com o envolvimen-to de toda a clínica cardiológica sob a co-ordenação de Jamil Abdalla Saad (foto), reconhecido como um dos mais catego-rizados médicos especialistas da área.