ISS BH Portugues TEO EXE Claudia Kozlowsky Aula 01

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  • CURSO ON-LINE PORTUGUS P/ ISS-BH (TEORIA E EXERCCIOS)PROFESSORA: CLUDIA KOZLOWSKI

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    V E R B O S

    Ol a todos.

    Hoje veremos um dos mais importantes assuntos no estudo da Lngua Portuguesa VERBO. Praticamente tudo no estudo da gramtica envolve verbo concordnciaverbal, regncia verbal, conjugao verbal (englobando, inclusive, questes deortografia, como vimos nas aulas anteriores), colocao pronominal (a posio dopronome em relao ao verbo), anlise sinttica etc. Ele um verdadeiro corao do conjunto oracional sua volta, funcionam os demaiselementos.

    As questes de prova podem abordar diversos aspectos relacionados a verbo conjugao, voz verbal, correlao entre verbos no perodo, dentre tantos outros.Ento, vamos l.

    T E M P O S E M O D O S V E R B A I S

    1 - (ESAF / MPOG Especialista Polticas Pblicas / 2005)

    Julgue a opo a seguir em relao s estruturas do texto.

    1. natural que cada grupo procure fazer valer os seus

    interesses. O problema do desmatamento que ele a

    expresso de uma viso predatria e de curto prazo que

    vai de encontro lei e ao interesse geral da nao.

    5. fundamental, portanto, encontrar frmulas sustentveis que

    aliem desenvolvimento e preservao dos recursos naturais

    do pas.

    (EDITORIAL, Folha de S. Paulo,21/6/2005)

    - O emprego do subjuntivo em procure (l.1) justifica-se por expressar umapossibilidade de ao.

    Comentrio.

    A classificao dos verbos nos modos verbais depende da relao que o falante temcom aquilo que enuncia se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hiptese,uma suposio (subjuntivo); se faz um pedido (imperativo).

    Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ao verbal. So trsmodos verbais:

    INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que podepertencer ao presente, ao passado ou ao futuro.

    SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipottico, duvidoso, provvel oupossvel.

    IMPERATIVO - expressa idias de ordem, pedido, desejo, convite.Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que provvel, hipottico, possvel, sem a

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    certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO tambm bastanteusado com determinadas conjunes (embora, caso, que etc.)

    Perceba a diferena entre as duas oraes abaixo.

    Ela procura um homem que a ama.

    Ela procura um homem que a ame.

    Na primeira, a moa sabe que esse homem existe de fato, s no o encontra e, porisso, est sua procura. O fato situa-se no plano da CERTEZA modo INDICATIVO.

    Na segunda, ser que esse homem existe mesmo?

    Essa a pergunta que no quer calar (e quantas no esto hoje nessa mesmasituao, hem??? Deixe isso pra l e volte aos estudos, menina!!! Depois que vocpassar no concurso, vai voltar a chover na sua horta...rs...).

    O fato, agora, est no plano da possibilidade, da hiptese modo SUBJUNTIVO.

    Essa assertiva foi considerada correta porque o verbo est no modo subjuntivo(presente do subjuntivo) e situa o fato como uma POSSIBILIDADE DE AO, e nouma ao efetivamente praticada.

    ITEM CERTO

    2 (ESAF/CGU-Analista/2008)

    Em relao s idias e estruturas do texto, analise a assertiva.

    No embalo da dinmica mundial, talvez se justifique rever a ironia que tem revestido areferncia ao Brasil como o pas do futuro. Com presena internacional crescente, umquadro geral propcio na economia, iniciativas relevantes, dinamismo real em vriossetores e sendo objeto de apostas favorveis para um futuro visvel por parte deanalistas presumidamente competentes e distantes da briga poltica domstica e dacorrespondente atribuio de culpas e mritos, dir-se-ia que a promessa do pascomea a cumprir-se. Com todos os muitos problemas e as reservas que a idiaenvolve...

    (Fbio Wanderley Valor Econmico, 14/01/2008.)

    - Estaria gramaticalmente correta a substituio de justifique (. 2) por justifica.

    Comentrio.

    O emprego de talvez leva o verbo ao modo SUBJUNTIVO, aquele que expressaincerteza, possibilidade, probabilidade. Por isso, no seria vlida a troca por um verbono modo indicativo, como sugere o examinador.

    ITEM ERRADO

    3 - (FCC/TRT 8 Regio Tcnico Judicirio / Dezembro 2004)

    Embora, claro, devamos resistir tentao fcil de elevar e idealizar osfavelados, (...) tambm devemos, como prope [o filsofo Alain] Badiou,enxergar as favelas...

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    correto afirmar que o emprego do verbo dever em modos diferentes no segmentoque inicia o ltimo pargrafo do texto indica, respectivamente,

    (A)) possibilidade de ao e fato real.

    (B) explicao de um fato e dvida concreta.

    (C) suavizao de uma ordem e repetio de um fato.

    (D) fato anterior e hiptese futura.

    (E) situao real e conseqncia imediata.

    Comentrio.

    ACORDO ORTOGRFICO: O trema foi abolido, portanto registramos consequncia.Lembramos que as duas ortografias coexistiro at dezembro de 2012.

    Como vimos, o modo subjuntivo indica fatos que esto no campo da hiptese,incerteza, possibilidade, probabilidade, enquanto que o modo indicativo retrata fatosreais, concretos.

    Como a forma devamos est no presente do subjuntivo, indica um fato possvel(possibilidade), enquanto que devemos, do presente do indicativo, denota um fatoreal. Est correta a opo de letra (A).

    Gabarito: A

    4 - (ESAF/ATA MF/2009)

    Em relao ao texto assinale a opo correta.

    A OAB nacional est pedindo ao Supremo Tribunal

    2. Federal uma smula vinculante que discipline o uso do

    segredo de Justia, prerrogativa que tem sido utilizada

    4. por juzes nem sempre em defesa do interesse pblico,

    mas, em alguns casos, na proteo a suspeitos de

    6. falcatruas. A legislao brasileira diz que o instrumento

    s pode ser decretado em dois casos excepcionais

    8. previstos: um, quando h risco de exposio pblica

    de questes privadas do investigado ou ru, como

    10. relacionamentos amorosos e doenas; e, outro,

    quando o processo contm documentos sigilosos,

    12. como extratos bancrios ou escutas telefnicas. Mas,

    na prtica, tem sido diferente: por motivos nem sempre

    14. claros, especialmente em processos que envolvem

    autoridades, alguns juzes privam a sociedade de

    16. saber a verdade. Os atos pblicos, em especial os que

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    envolvem procedimentos judiciais, tm como regra

    18. bsica a transparncia, a publicidade sem restries e

    o acesso dos cidados. O contrrio ou seja, o sigilo

    20. sempre a exceo.

    (Zero Hora, 27/2/2009)

    - O emprego do subjuntivo em discipline(.2) justifica-se por se tratar de umainformao categrica, de uma afirmao indiscutvel.

    Comentrio.

    Por afirmar que uma informao categrica, indiscutvel, o examinador apresentouuma justificativa INCORRETA para o emprego do subjuntivo.

    Vamos repetir que o modo SUBJUNTIVO serve para indicar uma possibilidade,probabilidade, situao hipottica. Assim, quando o autor emprega esse modo verbalem A OAB nacional est pedindo ao Supremo Tribunal Federal uma smula vinculanteque discipline o uso do segredo de Justia ..., entende-se que tal smula ainda nofoi editada e, por isso, a situao prevista pelo verbo (discipline) provvel, possvel,hipottica.

    Caso se referisse a uma smula j existente e em vigor, poderia ser usado o verbo nomodo INDICATIVO: Foi revista uma smula do STF que disciplina o uso do segredode Justia....

    Percebeu a diferena dos modos verbais? Tenha sempre em mente esse conceito, poiscostuma surgir nas provas da ESAF com bastante frequncia.

    ITEM ERRADO

    5 - (FGV/SSP RJ INSPETOR/2008)

    Ento despes a luva para eu ler-te a mo

    Assinale a alternativa em que, passando-se o primeiro verbo do verso acima para oimperativo e alterando-se a pessoa do discurso, manteve-se adequao norma culta.

    (A) Ento dispais a luva para eu ler-vos a mo

    (B) Ento despe a luva para eu ler-vos a mo

    (C) Ento despi a luva para eu ler-vos a mo

    (D) Ento despis a luva para eu ler-vos a mo

    (E) Ento dispai a luva para eu ler-vos a mo

    Comentrio.

    A Fundao Getlio Vargas especializada em IMPERATIVO.

    Sobre a conjugao neste modo verbal, em vez de memorizar vrias regras, vamosguardar apenas a exceo.

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    A REGRA: Usamos a conjugao do presente do subjuntivo para todas as pessoasdo IMPERATIVO NEGATIVO e quase todas do IMPERATIVO AFIRMATIVO.

    A EXCEO (que merece ser memorizada): No IMPERATIVO AFIRMATIVO, as formasdas segundas pessoas (tu e vs) seguem a conjugao verbal do presente doindicativo, sem o s final.

    Os quadros abaixo resumem as conjugaes dos verbos no modo imperativo.

    PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    IMPERATIVONEGATIVO

    eu fale -

    tu fales no fales (tu) ele fale no fale (voc) (*)

    ns falemos no falemos (ns) vs faleis no faleis (vs) eles falem no falem (vocs) (*)

    PRESENTE DOINDICATIVO

    IMPERATIVOAFIRMATIVO

    PRESENTE DO SUBJUNTIVO

    eu falo - eu fale

    tu falas fala (tu) tu fales ele fala fale (voc) (*) ele fale

    ns falamos falemos (ns) ns falemos vs falais falai (vs) vs faleis eles falam falem (vocs) (*) eles falem

    (*) Como o imperativo o modo em que se determina ou pede algo pessoa a quemse dirige (2 pessoa), as terceiras pessoas se referem a voc / vocs, e no a ele(s)(3 pessoa).

    Na questo de prova, troca-se o discurso de 2a pessoa do singular (tu) para 2a pessoado plural (vs), indicada pelo pronome oblquo vos.

    Ento ............ (despir 2a p.plural) a luva para eu ler-vos a mo

    Na 2a pessoa do plural, usamos a conjugao do presente do indicativo sem a letras. Talvez a maior dificuldade, agora, seja a conjugao do verbo DESPIR.

    Para conjugar esse verbo to pouco usado por ns (ainda mais no presente do indicat-ivo), vamos relembrar a TCNICA DO PARADIGMA (apresentada na aula de Ortografia,mas aplicvel tambm nesta).

    Na dvida com relao conjugao de determinado verbo regular (o que mantm oradical em todas as suas formas), basta observar a conjugao dos paradigmas clssi-cos (FALAR 1 conjugao, BEBER 2 conjugao, PARTIR 3 conjugao).

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    Sendo um verbo irregular (tem o radical alterado em algumas conjugaes, como ocaso de DESPIR, no presente do indicativo, forma eu dispo), basta pensar em outroverbo irregular que siga a mesma conjugao.

    O primeiro que me veio mente foi o verbo CUSPIR (tambm irregular, pois formacospe na 3a pessoa do singular no presente do indicativo).

    Ento, vamos conjugar o verbo CUSPIR no presente do indicativo e as desinnciasdessa conjugao iro se reproduzir no verbo DESPIR:

    Eu cuspo / tu cospes / ele cospe / ns cuspimos / vs cuspis / eles cospem

    Agora, chegou a vez de DESPIR:

    Eu dispo / tu despes / ele despe / ns despimos / vs despis / eles despem

    Pronto! J sabemos que a forma correspondente a vs, no presente do indicativo, despis. Agora, s tirar o s e temos o imperativo afirmativo: despi.

    A construo seria, portanto: Ento DESPI a luva para eu ler-vos a mo

    Alerto para o fato de que essa tcnica do paradigma d certo na maior parte doscasos, mas existem as excees, como os verbos DEFECTIVOS (os que apresentamdefeito), que no se conjugam em todas as formas do presente do indicativo etempos dele derivados. Em suma, a tcnica do paradigma no resolve 100% doscasos, mas d uma ajuda e tanto.

    Mas o que so verbos defectivos? Veremos a seguir.

    Gabarito: C

    6 (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002)

    Segundo o noticirio, o Pentgono passou a propugnar o uso de minibombas atmicas.Ou seja, armas nucleares para estourar depsitos subterrneos onde estariamescondidas armas (nucleares, qumicas, bacteriolgicas) de destruio macia. Ahiptese de banalizao das armas atmicas, inscrita na proposta do Pentgono,liquidaria os tratados internacionais de no-proliferao nuclear e jogaria o Brasil nomeio da tormenta, relanando a corrida nuclear.

    (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes)

    Assinale a opo incorreta a respeito do emprego das formas verbais no texto.

    a) O emprego da perfrase verbal passou a propugnar(l.1 e 2) constitui um recursopara evitar o uso do presente do indicativo de um verbo defectivo: propugnar.

    b) A opo pelo emprego do futuro do pretrito em estariam(l.4), indica uma certaresistncia do autor para acreditar na veracidade da informao a respeito das armasescondidas.

    c) A forma de particpio inscrita(l.8) confunde-se com o adjetivo porque exprimemais um estado do que uma relao temporal.

    d) O emprego do futuro do pretrito em liquidaria(l.9) e jogaria(l.10) refora aidia de hiptese(l.7).

    e) Para manter a coerncia no emprego dos tempos verbais, a substituio dogerndio relanando(l.11) por uma forma no-nominal deve ser: e relanaria.

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    Comentrio.

    O erro do item a est em se afirmar que o verbo propugnar defectivo. Assim comoimpugnar ou pugnar, o verbo propugnar conjuga-se em todos os tempos e modos (eupropugno, tu propugnas, ele propugna...).

    Para no errar, o candidato deveria se basear na regra do paradigma, j apresentada.

    Que tipo de defeito pode apresentar um verbo?

    1) Faltar a primeira pessoa do singular no presente do indicativo (alis, verbo como o casamento o defeito s aparece no presente no existe no passadonem no futuro, ou seja, no dia a dia...rs...). Esse o caso dos verbos ABOLIR,EXPLODIR e outros;

    2) Possuir somente as 1 e 2 pessoas do plural no presente do indicativo. Issoocorre com verbos como PRECAVER-SE, REAVER, ADEQUAR.

    Alguns autores consideram tambm defectivos aqueles que somente so usados nasterceiras pessoas, como o verbo DOER (no sentido de sentir dor), os verbos queindicam fenmenos da natureza e as vozes dos animais, desde que usados no sentidodenotativo (com d de dicionrio, ou seja, o sentido literal de uma palavra),chamados de unipessoais.

    Perfrase um recurso que exprime algo que poderia ser expresso em um menornmero de palavras (em vez de se mencionar Castro Alves, usa-se o poeta dosescravos). A expresso perfrase verbal significa uma forma verbal com mais de umverbo (equivale a locuo verbal).

    As opes b e d exploram o conceito do tempo verbal futuro do pretrito incerteza,hiptese. Falaremos em breve sobre o emprego dos tempos e modos verbais.

    J os itens c e e tratam das FORMAS NOMINAIS particpio e gerndio.

    Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que tambm podemser empregadas nas funes prprias de adjetivos, substantivos ou advrbios. Soelas: PARTICPIO, GERNDIO E INFINITIVO.

    PARTICPIO

    Ele havia lavado o cho da casa antes do temporal. (verbo)

    O uniforme lavado ficou todo sujo aps o vendaval. (adjetivo)

    Dou essa discusso por encerrada.(adjetivo)

    Encerradas as discusses, iniciou-se a votao.

    (advrbio de tempo Quando se encerraram...)

    GERNDIO

    O presidente fica persistindo na argumentao de que nada sabia sobre ovalerioduto. (verbo)

    Persistindo os sintomas, o mdico dever ser consultado.

    (advrbio de condio = Caso persistam os sintomas...)

    INFINITIVO

    Ele precisa pr os nomes nos livros. (verbo)

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    O pr-do-sol lindo nessa poca do ano. (substantivo)

    Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo)

    Precisamos colocar leo na porta que est a ranger.(verbo)

    Gabarito: A

    Sobre FORMAS NOMINAIS, veja a tima questo da FGV, a seguir.

    7 - (FGV/CODESP Nvel Mdio/2010)

    No caso da Baixada Santista, os nmeros so amplificados naturalmente devido proximidade com o Porto de pelo qual empresas e rgos pblicos de cadamunicpio podem promover despachos e desembaraos de mercadorias, conforme suasnecessidades e contando com maior facilidade.

    No perodo acima, h quanto verbos em forma nominal?

    (A) Cinco.

    (B) Quatro.

    (C) Dois.

    (D) Seis.

    (E) Trs.

    Comentrio.

    Vamos marcar o que nos interessa, ou seja, os verbos em formas nominais.

    No caso da Baixada Santista, os nmeros so amplificados naturalmente devido proximidade com o Porto de pelo qual empresas e rgos pblicos de cadamunicpio podem promover despachos e desembaraos de mercadorias, conformesuas necessidades e contando com maior facilidade. (L.21-27)

    So trs as ocorrncias de formas nominais:

    - em os nmeros so amplificados..., temos uma construo de voz passivaanaltica, em que o verbo AMPLIFICAR se apresenta no particpio.

    - em ... podem promover despachos..., o verbo PROMOVER se apresenta comoverbo principal de uma locuo verbal, no infinitivo.

    - em ... contando com maior facilidade., o verbo CONTAR se empregou no gerndio.

    Cuidado com as seguintes palavras, que podem ter gerado dvidas:

    - Baixada esse um substantivo formado a partir do particpio de um verbo BAIXAR. Mas no verbo; substantivo.

    - Devido a uma locuo prepositiva formada a partir do particpio do verbo DEVER.

    Gabarito: E

    8 - (ESAF/AFC STN / 2008)

    Em relao ao texto abaixo, analise a proposio a seguir.

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    1. Derrotada sistematicamente nos tribunais superiores,

    a Advocacia-Geral da Unio (AGU) resolveu editar

    um pacote com oito smulas, reconhecendo direitos

    dos servidores pblicos federais. O gesto pe fim a

    5. pendncias jurdicas que se arrastavam havia dcadas e

    serve de alento para quem ainda busca reaver ou manter

    benefcios funcionais. Com as smulas, os advogados

    pblicos ficam automaticamente desobrigados a

    contestar decises desfavorveis. (...) Esclarece a

    10. AGU: O servidor sabia que se entrasse na Justia

    ganharia, mas a Unio, por dever, mesmo sabendo que

    perderia, tinha de recorrer. As oito medidas acabam

    com isso. Entre as smulas est a que reconhece o

    direito de pagamento do auxlio-alimentao retroativo

    15. ao servidor em frias ou licena entre outubro de 1996

    e dezembro de 2001.

    (no Pires, Correio Braziliense, 20/09/2008, p. 23, com adaptaes)

    - Reescreve-se, mantendo-se a correo gramatical e a coerncia textual, o perodopara quem ainda busca reaver ou manter benefcios funcionais.(l.6 e 7) do seguintemodo: para que se reavenham ou mantenham benefcios funcionais.

    Comentrio.

    O verbo REAVER um dos verbos perigosos que volta e meia resolvem aparecer emprova.

    Como vimos anteriormente, um verbo DEFECTIVO, ou seja, no possui todas asformas do presente do indicativo (e tempos derivados deste).

    Sua conjugao segue a do verbo HAVER, de quem derivado (afinal de contas,reaver nada mais do que haver novamente, ter de novo, recuperar), massomente nas formas em que o verbo HAVER possui a letra V. Vamos, ento, ver aconjugao do verbo HAVER:

    PRESENTE DO INDICATIVO: eu hei, tu hs, ele h, ns havemos, vs haveis, eles ho

    Somente a 1a e a 2a pessoa do plural apresentam a letra V. Ento, no presente doindicativo, o verbo REAVER apresentar somente essas duas pessoas:

    PRESENTE DO INDICATIVO: - , - , - , ns reavemos, vs reaveis, -

    Como o presente do subjuntivo tempo derivado da 1a pessoa do singular dopresente do indicativo, considerando que no existe essa pessoa na conjugao doverbo REAVER, consequentemente no haver conjugao do presente do subjuntivoem relao a esse verbo.

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    Assim, est INCORRETA a forma reavenham, devendo, para correo do perodo, sersubstituda por outro verbo (... para que se recuperem...) ou sua apresentao emuma locuo verbal, em que esse verbo se apresente em uma forma nominal (... paraque se possam reaver...).

    ITEM ERRADO

    9 - (FGV/CODESP Superior/2010)

    No segundo quadrinho, adequando a linguagem ao padro culto e em correspondnciaao tratamento do interlocutor do primeiro quadrinho, assinale a alternativa correta.Despreze o uso das grias.

    (A) Fala a verdade! H outra na jogada!!

    (B) Fale a verdade! Tem outra na jogada!!

    (C) Fala a verdade! Existe outra na jogada!!

    (D) Fale a verdade! H outra na jogada!!

    (E) Falai a verdade! Existe outra na jogada!!

    Comentrio.

    Essa questo aborda uniformidade de tratamento. Se o locutor resolver se dirigir aooutro usando 2a pessoa (tu/vs), deve manter esse tratamento durante todo odiscurso, com correspondncia nas conjugaes verbais e pronomes.

    Quando o examinador pede que se desconsidere o emprego de grias, refere-se expresso conotativa na jogada.

    No primeiro quadrinho, a moa se dirige ao rapaz por voc, que um pronome detratamento e remete verbos e pronomes para a 3a pessoa do singular (... voc noliga mais pra mim).

    No segundo quadro, usa o verbo FALAR no modo imperativo: Fala a verdade!.

    Como vimos, a forma fala a conjugao do presente do indicativo sem o s da 2a pessoa do singular: tu falas fala (tu). No foi respeitada a uniformidade detratamento. Para corrigir a construo, a personagem, no segundo texto, deveconjugar o verbo no imperativo correspondente 3a pessoa, ou seja, buscando aconjugao do presente do subjuntivo (a regra): que ele fale Fale a verdade!.

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    H duas opes com essa indicao: B e D.

    A diferena entre elas o emprego de verbo no sentido de existncia na segundaorao desse balo.

    A opo B apresenta o verbo TER no sentido de existncia, usado com muitafrequncia na linguagem coloquial e at literria (No meio do caminho tinha umapedra...), mas no abonado pela norma culta.

    Na letra D, vemos o emprego do verbo HAVER, corretamente empregado.

    Sem dvida, a opo que atende ao enunciado a D, j que se exige a adequao aopadro culto da lngua.

    Gabarito: D

    Veja uma questo parecida com essa, extrada de uma prova da ESAF.

    10 - (ESAF/CGU-Tcnico/2008)

    Abaixo esto recomendaes para evitar o estresse. Assinale a opo na qual osverbos esto conjugados, corretamente, na terceira pessoa do singular.

    a) Saboreie a vida, dai mais valor a suas experincias.

    b) Aprende a dizer no. Pea ajuda sempre que necessrio.

    c) Pra e medite. Pe uma uva passa na boca. Note textura, cheiro e sabor.

    d) Fique atenta respirao. Inspira e expira lentamente.

    e) Invista em prazeres: oua msica, leia, d-se o direito de no fazer nada.

    (Cristina Nabuco, Para desacelerar Cludia, junho 2007, p. 227.)

    Comentrio.

    Alm da conjugao dos verbos no imperativo, o candidato deveria atentar para a UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO, estudada na questo anterior.

    Vamos analisar cada uma das opes.

    a) Saboreie a conjugao de 3 pessoa do presente do subjuntivo. J dai" aconjugao no imperativo afirmativo na 2 pessoa do PLURAL (presente do indicativo:vs dais => imperativo: dai vs). Na 3 pessoa do singular, seria d. Por termisturado as pessoas do discurso, no poderia ser essa a resposta.

    b) Aprende tratamento de 2 pessoa do singular (presente do indicativo: tuaprendes => imperativo afirmativo: aprende tu). A forma de 3 pessoa seriaaprenda. J pea est de acordo com o enunciado: de 3 pessoa.

    c) Pra (que, com as mudanas ortogrficas, perdeu o acento agudo) aconjugao, no imperativo, de 2 pessoa do singular (presente do indicativo: tu paras=> imperativo afirmativo: para tu). Na 3 pessoa, seria pare. O verbo PR tambmest errado na 3a pessoa do singular, seria ponha, e no pe (de 2a pessoa). Overbo MEDITAR o nico que est correto na 3 pessoa do singular.

    d) Somente a conjugao verbal fique est na 3 pessoa do singular, conforme exigeo enunciado. As demais se referem 2 pessoa (presente do indicativo: tu inspiras /

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    expiras => imperativo afirmativo: inspira / expira tu). Na 3a pessoa, deveria serinspire e expire.

    e) As formas invista, oua, leia e d so conjugaes do presente dosubjuntivo, o que nos mostra que foi usado, no imperativo afirmativo, tratamento para3 pessoa do singular. Essa a resposta certa.

    Gabarito: E

    11 - (FGV/SSP RJ PERITO/2008)

    O pblico brasileiro tem ouvido, com alguma freqncia, notcias a respeito depossvel rebelio de pases vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam dedvidas ilegtimas. (L.1-4)

    No trecho acima, as formas verbais esto, respectivamente, no:

    (A) presente do indicativo e presente do indicativo.

    (B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.

    (C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.

    (D) pretrito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.

    (E) pretrito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

    Comentrio.

    Acordo Ortogrfico: registramos, agora, frequncia, sem trema.

    A partir de agora, as questes tratam, tambm, dos TEMPOS VERBAIS.

    Os TEMPOS VERBAIS tm a funo de indicar o momento em que so enunciados osfatos. No modo INDICATIVO:

    PRESENTE fato ocorre no momento em que se fala (Ouo rudos nacozinha.); ou fato que comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias em Belm.); ou apresenta um princpio, um conceitoou um dado (Todos os anos, muitas crianas morrem de desnutrio noBrasil.)

    PRETRITO PERFEITO fato ocorrido e perfeitamente concludo antes domomento em que se fala (Todos acompanharam o desfecho das investigaes.)

    PRETRITO PERFEITO COMPOSTO denota continuidade do ato, comincio no passado (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meusnamorados.)

    PRETRITO IMPERFEITO fato realizado e no concludo (Ele buscava aperfeio antes de morrer.) ou que apresenta certa durao (Ele andavapela rua quando foi abordado pelos ladres.)

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    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO fato realizado antes de outro fatotambm no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdo aos filhos.)

    PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO forma mais comum deexpressar o fato realizado antes de outro fato tambm no passado(Antes de sua morte, ele tinha pedido perdo aos filhos.)

    FUTURO DO PRESENTE fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doareitodo o material de estudo aps a minha aprovao.)

    FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO denota futura ocorrncia de um fatoque se iniciou no presente (At o prximo ano, terei acumulado quase ummilho de reais em dvidas.)

    FUTURO DO PRETRITO 1) fato posterior a um fato passado (Voc megarantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor no morreria [FATO FUTURO EMRELAO AO FATO PASSADO].); ou 2) fato no chegou a se realizar (Euiria sua casa, mas tive um problema.); 3) tambm pode denotarincerteza (Acharam um corpo que seria do chefe do trfico.), hipteserelacionada a uma condio (Se voc desse valor quela mulher[CONDIO], seria mais feliz [HIPTESE].) ou polidez (Voc poderia mepassar o sal?).

    FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO o mesmo que o Futuro do Pretrito.

    Como voc observou acima, os tempos podem se apresentar na forma simples (s umverbo) ou composta (verbo auxiliar TER / HAVER + verbo principal, que carrega osentido).

    Note que os verbos auxiliares dos tempos compostos do pretrito (pretrito perfeitocomposto e mais-que-perfeito composto) so conjugados no tempo imediatamenteanterior, ou seja, em relao ao pretrito perfeito composto, o auxiliar conjugadono presente, e o auxiliar do pretrito mais-que-perfeito composto fica no pretritoimperfeito do indicativo. Felizmente, nos futuros, as formas do auxiliar so conjugadasnos prprios tempos (futuro do presente e futuro do pretrito).

    O quadro a seguir ilustra essa ocorrncia em relao aos tempos verbais do modoindicativo.

    PRESENTE (s apresenta aforma SIMPLES)

    Eu falo

    PRETRITOPERFEITO

    SIMPLES Eu falei

    COMPOSTO Eu tenho falado (oauxiliar conjugadono presente doindicativo)

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    PRETRITO IMPERFEITO (s apresenta a forma SIMPLES)

    Eu falava

    PRET.MAIS-QUE-PERFEITO

    SIMPLES Eu falara

    COMPOSTO Eu tinha falado (oauxiliar conjugadono pretritoimperfeito doindicativo)

    FUTURO DO PRESENTE

    SIMPLES Eu falarei

    COMPOSTO Eu terei falado (oauxiliar conjugadono mesmo tempoverbal)

    FUTURO DOPRETRITO

    SIMPLES Eu falaria

    COMPOSTO Eu teria falado (oauxiliar conjugadono mesmo tempoverbal)

    De volta questo da prova, quando o examinador pede que se indique o tempo detem ouvido, o candidato que desconhece essas formas de conjugao verbalpoderia indicar como presente do indicativo, considerando apenas a conjugao doverbo auxiliar (tem). Esse um erro muito comum e, por isso, a banca o explora.

    Devemos considerar o conjunto tem ouvido e indicar que a locuo verbal estconjugada no pretrito perfeito (composto) do indicativo (mais uma maldade dabanca ao omitir a expresso composto...).

    A segunda forma verbal foi conjugada no presente do indicativo: chamam. Assim, aresposta correta foi a opo E.

    Gabarito: E

    12 - (ESAF/TRF/2003)

    Julgue a assertiva abaixo.

    - A dupla possibilidade verbal que o texto oferece, torcamos/torcemos(l.29 e 30)envolve variao no tempo e modo verbais, mas preserva a pessoa gramatical.

    Comentrio.

    Questo capciosa essa (e, por isso, foi mantida no material, ainda que antiga), quedeve ter levado muitos candidatos a erro.

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    Torcamos verbo conjugado na 1 pessoa do plural (ns), no tempo PretritoImperfeito do modo indicativo.

    Torcemos est conjugado na 1 pessoa do plural (ns), no tempo Presente do modoindicativo.

    Houve somente variao no tempo verbal, conservando-se a pessoa (1 p.p.) e omodo (indicativo), e no somente a pessoa, como asseverado.

    Foi esse detalhe que tornou a opo incorreta.

    ITEM ERRADO

    13 - (ESAF / SUSEP Agente Executivo / 2006)

    Analise a opo a respeito do emprego dos verbos no texto.

    - O tempo em que est flexionado escolhera (l.15) indica que a ao de escolheracontece antes de outra tambm mencionada no perodo; corresponde, por isso, ativera escolhido.

    Comentrio.

    O tempo verbal da forma escolhera pretrito mais-que-perfeito do indicativo. Esteno um tempo muito comum de se usar. Em seu lugar, damos preferncia formacomposta, que leva o verbo auxiliar ao pretrito imperfeito do indicativo: tinhaescolhido.

    exatamente esse o erro do examinador colocou o verbo auxiliar no pretrito mais-que-perfeito, em vez do pretrito imperfeito.

    Alis, a FGV tambm adora explorar essa possibilidade de engano veja s.

    ITEM ERRADO

    14 - (FGV/SEFAZ RJ caderno amarelo/2008)

    A forma verbal observara equivalente de:

    (A) tivera observado.

    (B) houvesse observado.

    (C) tinha observado.

    (D) tem observado.

    (E) estava observando.

    Comentrio.

    A forma composta equivalente a observara tinha / havia observado o verboauxiliar fica no pretrito imperfeito do indicativo e no no pretrito mais-que-perfeito (a banca, que no d ponto sem n, colocou essa sugesto logo na opo A,para pegar os incautos!). Havendo dvida, reveja o quadro de tempos verbais.

    Gabarito: C

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    15 - (ESAF/MPOG APO/2010)

    1. O desenvolvimento um processo complexo, que deriva

    de uma gama de fatores entre os quais se reala a

    educao e precisa de tempo para enraizar-se.

    obra construda pela contribuio sistemtica de vrios

    5. governos. Depende da produtividade, que se nutre

    da cincia, das inovaes e, assim, dos avanos da

    tecnologia. Na verdade, a humanidade somente comeou

    seu desenvolvimento depois da Revoluo Industrial,

    iniciada no sculo XVIII, na Inglaterra. A estagnao da

    10. renda per capita havia sido a caracterstica da histria.

    A Revoluo desarmou a Armadilha Malthusiana e

    deu incio Grande Divergncia. A Armadilha deve

    seu nome ao demgrafo Thomas Malthus, para quem

    15. o potencial de crescimento era limitado pela oferta de

    alimentos. A evoluo da renda per capita dependia das

    taxas de natalidade e mortalidade. A renda per capita da

    Inglaterra comeou a crescer descolada da demografia,

    graas ao aumento da produtividade na agricultura e da

    20. explorao do potencial agrcola da Amrica.

    (Adaptado de Malson da Nbrega, Lula e o mistrio do desenvolvimento. VEJA, 26de agosto, 2009, p.74)

    Julgue a afirmao a seguir.

    - Provoca-se erro gramatical ou incoerncia na argumentao do texto ao substituirhavia sido(.10) por fora.

    Comentrio.

    Veja nas duas prximas questes como, recentemente, a ESAF voltou a explorar esseconceito

    O verbo se apresenta no pretrito mais-que-perfeito composto do indicativo. Asubstituio da forma verbal composta (havia sido) pela simples (fora) no provocaincoerncia, tampouco prejuzo gramatical. No mximo, em alguns casos, altera oaspecto (como veremos em uma questo a seguir). Por isso, est errada a afirmaodo examinador.

    ITEM ERRADO

    16 - (ESAF/SUSEP ANALISTA TCNICO/2010)

    1. Nos pases em geral, economistas, polticos e o

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    noticirio gostam de ndices sobre macroeconomia,

    nmeros abstratos que indicam a situao geral da

    economia, mas no revelam o que se passa em seu

    5. interior. A internet, por exemplo, apareceu em grande

    escala em 1992, e o mundo se deu conta da revoluo

    que ela fizera nos negcios, na cultura e na vida das

    pessoas 10 anos depois.

    (Antnio Machado, Mundo invisvel. Correio Braziliense, 14 de fevereiro de 2010, com adaptaes)

    Julgue a afirmao a seguir.

    No texto acima, provoca-se erro gramatical ou incoerncia na argumentao do textoao substituir fizera(.7) por havia feito.

    Comentrio.

    No h erro em substituir a forma simples verbal FIZERA (pretrito mais-que-perfeito) pela composta correspondente: HAVIA FEITO.

    Como vimos, o candidato deve observar que, nesse caso, o verbo auxiliar conjugadono tempo imediatamente anterior, ou seja, no pretrito imperfeito, mas a indicaodo tempo verbal envolve toda a locuo, ou seja, havia feito a forma do pretritomais-que-perfeito composto.

    ITEM ERRADO

    17 - (ESAF/MPOG APO/2010)

    1. A experincia da modernidade algo que s pode ser

    pensado a partir de alguns conceitos fundamentais.

    Um deles o conceito de civilizao. Tal conceito, a

    exemplo dos que constituem a base da estrutura da

    5. experincia ocidental, algo tornado possvel apenas

    por meio de seu contraponto, qual seja, o conceito de

    barbrie.

    Assim como a ideia de civilizao implica a ideia de

    barbrie, a experincia da modernidade (que no deve

    10. ser pensada como algo que j aconteceu, mas como

    algo que deve estar sempre acontecendo, um porvir)

    implica a experincia da violncia que a tornou possvel

    a violncia fundadora da modernidade. O processo

    civilizatrio se constitui a partir da conquista de territrios

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    15. e posies ocupados pela barbrie. Tal processo se d

    de forma contnua, num movimento insistente que est

    sendo sempre recomeado. Pensando em termos de

    experincia moderna, todas as grandes conquistas ou

    invases das terras alheias tiveram como justificativa a

    20. ocupao dos espaos da barbrie.

    (Adaptado de Ruberval Guerra na lngua: mdia, poder e

    terrorismo. 2007, p. 79-80)

    Julgue a afirmao a respeito do uso das estruturas lingusticas no texto.

    - Embora a substituio de est sendo(.16 e 17) por respeite a correogramatical e a coerncia do texto, a opo pelo uso da forma durativa enfatiza a ideiade continuidade do processo civilizatrio.

    Comentrio.

    neste ponto que a forma composta difere da forma simples. Em alguns casos, oemprego do verbo auxiliar serve para indicar um aspecto especfico, como a duraode uma ao (Ele tem sido carinhoso comigo.), o momento em que a ao serealizou (Acabo de chegar) ou outras circunstncias.

    Assim, a troca de est sendo por no provoca erro gramatical, mas diminui aideia de continuidade que forma composta busca enfatizar.

    Veja, agora, como a banca da FGV tambm tratou desse assunto.

    ITEM CERTO

    18 - (FGV/PCRJ Oficial de Cartrio/2009)

    A POLTICA DO EXTERMNIO

    1. Os Coronis Barbonos esto frente de um movimento

    de renovao da polcia. Eles so coronis da Polcia Militar do

    Rio de Janeiro e esto indignados com o que se passa na

    Corporao. Eles denunciam que a PM (...) leva s

    5. comunidades carentes o terror de uma poltica de segurana

    sem os requisitos mnimos de inteligncia, alicerada

    unicamente no belicismo descabido, (...), impondo s demais

    camadas da sociedade o medo, a desconfiana e o luto pelos

    muitos filhos sacrificados em razo do despreparo e da

    10. presso funcional e emocional a que so submetidos os

    profissionais de segurana.

    Impor o medo, impor a desconfiana na sociedade, impor

    o terror aos mais pobres. Esse tem sido o papel da polcia,

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    especialmente da Polcia Militar. (....)

    (Slvio Caccia Bava, Le monde diplomatique, janeiro de 2009.)

    Ao dizer que o papel da polcia tem sido o de impor o medo, o autor do texto, com oemprego do tempo verbal sublinhado, mostra que essa ao:

    (A) se repete ultimamente.

    (B) s existiu no passado.

    (C) s vai existir no futuro.

    (D) comeou no presente e se prolonga no futuro.

    (E) depende de uma condio anterior.

    Comentrio.

    O pretrito perfeito composto (tem sido) indica a continuidade ou repetio de umaao que teve incio no passado e perdura at hoje.

    Considerando esse aspecto, a opo que apresenta a resposta A essa ao serepete ultimamente, ou seja, teve incio no passado e ainda se repete.

    Em relao s demais opes, vimos que:

    b) s existiu no passado esse o papel do pretrito perfeito simples do indicativo;

    c) s vai existir no futuro isso aconteceria se fosse usado o futuro do presente doindicativo;

    d) comeou no presente e se prolonga no futuro o tempo que denota isso ofuturo do presente composto do indicativo, como em At 2012, terei acumulado ummilho de reais.;

    e) depende de uma condio anterior esse o papel do futuro do pretrito(simples ou composto).

    Gabarito: A

    19 - (ESAF/AFC CGU/2006)

    O final do sculo XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanas na histriado pensamento e da tcnica. Ao lado da acelerao avassaladora nas tecnologias dacomunicao, de artes, de materiais e de gentica, ocorreram mudanasparadigmticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituies. De modo geral,as crticas apontam para as razes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem eseus aspectos, constitudos no momento histrico iniciado no sculo XV e consolidadono sculo XVIII. A modernidade que surgira nesse perodo agora criticada em seuspilares fundamentais, como a crena na verdade, alcanvel pela razo, e nalinearidade histrica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, so propostosnovos valores, menos fechados e categorizantes.

    (http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptaes))

    Em relao ao texto acima, julgue a assertiva abaixo.

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    - O desenvolvimento das idias do texto permitiria mudar o tempo verbal de surgira (l.7) para surgiu, alterando as relaes temporais do texto, mas preservando suacoerncia.

    Comentrio.

    O emprego do verbo no pretrito mais-que-perfeito do indicativo indica a ocorrncia deum fato antes de outro fato tambm no passado. Ao se reportar a uma modernidadeque surgira, o autor remete aos fatos ocorridos antes do fim do sculo XX (pocamencionada no incio do pargrafo).

    Contudo, a troca sugerida pelo examinador em nada iria prejudicar a coerncia textual,por tambm se reportar a fatos passados (A modernidade que surgiu nesseperodo...), ainda que altere a relao temporal entre os elementos do texto (ou seja,se reporte ocorrncia dessa mudana, que tem incio no sculo XV e perdura at ofim do sculo XX, tudo no passado, obviamente).

    Passaremos, agora, a estudar as formas de conjugao verbal.

    C O N J U G A O V E R B A L

    20 - (FGV/PREF.CAMPINAS Coordenador Pedaggico/2008)

    A palavra brbaro provm do grego antigo e significa no grego. (L.1-2)

    Assinale a alternativa em que no se tenha flexo correta do verbo destacado no trecho acima.

    (A) provm

    (B) proveio

    (C) provieste

    (D) provisse

    (E) provimos

    Comentrio.

    Para ajudar a resolver questes de conjugao verbal, usamos a tcnica do paradigma. Voc ainda se lembra como isso?

    Na dvida com relao conjugao de determinado verbo regular (geralmente oexaminador busca um verbo pouco utilizado no seu dia a dia), basta observar aconjugao dos paradigmas clssicos (FALAR 1 conjugao, BEBER 2conjugao, PARTIR 3 conjugao).

    Extraia o radical, que o que sobra do verbo aps retirar a terminao ar, er ouir do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinncias, queso idnticas nos demais verbos regulares de mesma conjugao.

    Se o verbo for irregular, ou seja, apresentar alterao no radical em determinadasconjugaes, procure outro verbo, tambm irregular, de mesma construo.

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    No caso dos verbos derivados (os que receberam prefixos, formando novos verbos), aconjugao segue a do verbo original (primitivo).

    o caso de provm, forma derivada do verbo PROVIR. Como derivado do verboVIR, segue a conjugao deste.

    a) Eles vm eles provm b) Ele veio ele proveio c) Tu vieste tu provieste d) Ele viesse ele proviesse AQUI EST O ERRO! e) Ns vimos (presente do indicativo do verbo VIR, e no do verbo VER!!!) nsprovimos

    Constatamos, pois, que o erro est na indicao de provisse, quando deveria serproviesse.

    Seguindo essa tcnica do paradigma, corremos menor risco de errar.

    Gabarito: D

    21 - (ESAF/ACE TCU/2002)

    Analise a opo abaixo em relao ortografia e morfologia.

    - O fato do patrimnio gerar empregos e receitas por meio do turismo no abule oparadoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenmeno cultural tanto quantopessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranas destitudas defamiliaridade.

    (ngelo Oswaldo, A herana do futuro, com adaptaes)

    Comentrio.

    Voc percebeu qual foi o erro da opo? O que significa abule? O contexto indicatratar-se do verbo ABOLIR. Se no tivermos certeza da conjugao desse verbo,vamos fazer o qu??? Buscamos um paradigma.

    Sugiro o verbo ENGOLIR. Na passagem, o verbo abolir est na terceira pessoa dosingular, no Presente do Indicativo. O verbo engolir ficaria Ele engole. Logo, aconjugao correta abole.

    ITEM ERRADO

    22 (ESAF/CGU-Analista/2008)

    Julgue a assertiva a seguir.

    - Est no mesmo tempo e modo verbal de saibamos (. 5) a forma: adiremos, doverbo aderir.

    Comentrio.

    Como voc conjugaria o verbo ADERIR na primeira pessoa do singular (eu) dopresente do indicativo? Hoje eu ad.... est com dvida? Busque um paradigma.

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    Sugiro o verbo CONFERIR. Como fica a conjugao do paradigma? Eu confiro. Logo,eu adiro.

    S que o examinador est buscando a forma do PRESENTE DO SUBJUNTIVO (modo etempo verbal de saibamos).

    Ento, vamos pensar no verbo PARADIGMA: CONFERIR.

    A conjugao do paradigma no presente do subjuntivo ser:

    (que) eu CONFIRA / (que) tu CONFIRAS / (que) ns CONFIRAMOS.

    Assim, no presente do subjuntivo, o verbo ADERIR ADIRAMOS e no adiremos, como sugere o examinador.

    ITEM ERRADO

    23 (ESAF/SUSEP ANALISTA TCNICO/2010)

    Os trechos a seguir constituem um texto adaptado do Correio Braziliense, Editorial,18/02/2010. Assinale a opo transcrita com erro gramatical.

    a) Operao destinada a facilitar a vida do contribuinte coloca a Receita Federal navanguarda das iniciativas que, ao longo dos ltimos anos, objetivam reduzir aineficincia operacional de agncias pblicas. o que se materializa agora com asmedidas que desobrigam cerca de 10 milhes de brasileiros de prestar declarao derenda.

    b) A inovao aplicvel aos rendimentos auferidos em 2010 (ano-base 2009) e aosque sero obtidos em 2011 (ano-base 2010). Os principais beneficirios das novasregras so scios de empresas ou pessoas que tenham patrimnio inferior a R$ 300mil. Basta que os ganhos estejam dentro do limite de iseno (R$ 17.215,08, em2009, e de R$ 22.487,25, em 2010).

    c) H outras condicionantes que, previstas nas mudanas, no chegam a alterar osefeitos prticos. Foram obrigadas a explicar-se ao fisco, por serem qualificadas comointegrantes de sociedades comerciais, em 2009, nada menos de 5 milhes de pessoas.Agora, esto livres da obrigao, segundo o supervisor nacional do Programa do IR.

    d) Os trabalhadores com remunerao anual abaixo do teto de iseno previsto para2010 desde logo esto dispensados de entregar a declarao. Apenas devero faz-loos que tivessem IR retido na fonte e pleiteam restituio.

    e) Outra mudana importante: este ano ser o ltimo em que a Receita aceitarformulrios de papel. Tambm deciso compatvel com a necessidade de elevar ospadres operacionais do rgo. Hoje, apenas 127 mil pessoas fsicas optam porsemelhante forma de declarar a renda.

    Comentrio.

    Cuidado para no confundir a conjugao dos verbos terminados em -EAR e -IAR.

    Vejamos as diferenas:

    - EAR: recebem a letra i nas formas rizotnicas (slaba tnica no radical). Nasdemais, segue o paradigma falar. Exemplo: pentear (radical PENTE-).

    A slaba tnica foi sublinhada.

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    Pres.indicativo - penteio, penteias, penteia, penteamos, penteais, penteiam

    Pres.subjuntivo penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem

    Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam

    Assim, na conjugao de PLEITEAR, basta pensar em PENTEAR: eles penteiam elespleiteiam.

    IAR: os verbos dessa terminao so regulares, ou seja, seguem a conjugao doparadigma falar. Exemplos:

    ADIAR (radical ADI-) Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam

    VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, variais, variam

    VADIAR (radical VADI-) - Pres.Indic.: vadio, vadias, vadia, vadiamos, vadiais, vadiam

    Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR.

    Por isso, nada de VAREIA, seno VICEIA!!! Como vimos, esses verbos so REGULARES.

    Mas, ento, por que ser que tanta gente se engana? Porque ocorre umacontaminao com os verbos terminados em EAR, como pentear, apresentadoacima.

    Isso porque h cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra e nas formasrizotnicas (formas em que a slaba tnica recai no radical), como no presente doindicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O:

    Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar

    Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam

    Para facilitar, lembre-se da conjugao do verbo ODIAR, o mais comum deles. Afinal,voc est sempre falando que odeia Portugus, odeia Contabilidade, odeia DireitoTributrio... (ou a sogra, a mulher, o marido, o cunhado...rs...).

    Quando estiver na dvida em relao conjugao de INTERMEDIAR (o que mais caiem provas), pense em ODIAR e dar tudo certo.

    Alm do erro de conjugao, h tambm problemas na correlao entre os dois verbosque compem o perodo (ponto que ser tratado mais adiante). No caso, como oprimeiro est no modo subjuntivo (indicando uma suposio), devendo manter essaforma no segundo: ... os que tivessem IR retido na fonte e pleiteassem (agora sem aletra i na conjugao, como penteassem) restituio.

    Gabarito: D

    24 - (ESAF/AFT/2010)

    Julgue se o trecho a seguir atende plenamente s prescries gramaticais.

    - Constroe-se o espao social de tal modo que os agentes ou grupos so a distribudosem razo de sua posio nas distribuies estatsticas de acordo com os dois princpios

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    de diferenciao que, em sociedades mais desenvolvidas, so sem dvida, os mais eficientes: o capital econmico e o capital cultural.

    Comentrio.

    Agora, falaremos dos verbos terminados em UIR. No seguem a conjugao dosdemais verbos de 3a conjugao (-IR), como partir.

    Exceto nos casos de verbos defectivos (e so muitos os de 3a conjugao queapresentam defeito), os verbos com essa terminao seguem dois paradigmas:

    1) POSSUIR Nas 2 e 3 do singular (tu / ele), trocam a letra e da conjugaoregular (como em partir: tu partes / ele parte) pela letra i (no possuir ser: tu possuis / ele possui). Mantm as demais conjugaes: possuo (= parto), possuis (partes), possui ( parte), possumos (= partimos), possus (= partis), possuem (=partem).

    2) CONSTRUIR / DESTRUIR So verbos ABUNDANTES, ou seja, apresentam maisde uma possibilidade de conjugao. Alm de seguir o paradigma POSSUIR, usadosomente por portugueses (presente do indicativo: eu construo / tu construis / eleconstrui / ns construmos / vs construis / eles construem), apresenta conjugaoirregular (a usada por ns, brasileiros), em que a 2a e a 3a pessoa do singular formamo ditongo aberto i (que continua sendo acentuado por ser oxtona) e a 3a pessoa dosingular tambm se modifica: eu construo / tu constris / ele constri / nsconstrumos / vs construs / eles constroem.

    Vemos, pois, erro de conjugao do verbo CONSTRUIR logo no incio da opo:Constroe-se.

    H, tambm, um erro de pontuao (muito sutil), no emprego de vrgula para encerraruma expresso que deveria ter sido isolada por duas vrgulas ou ser apresentada semvrgula alguma: so sem dvida, os mais eficientes. Por ter usado apenas um sinal,em vez de dois, houve erro de pontuao.

    ITEM ERRADO

    Vejamos, agora, como so as provas da Fundao Carlos Chagas nesse ponto.

    25 - (FCC/ TRT 13 Regio Analista Judicirio / Dezembro 2005)

    Esto corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase:

    (A) H discusses que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica improvvelalguma soluo que se adeque expectativa dos contendores.

    (B) Os candidatos, em suas altercales num debate, costumam dissiminar maisinjrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado.

    (C) A democracia, por vezes, constitue uma espcie de campo de provas que poucoscandidatos esto habilitados a cruzar prezervando sua dignidade.

    (D) Se os eleitores fossem mais atentos inpsia dos candidatos, no se deixariamenvolver por tudo o que h de falascioso nos discursos de campanha.

    (E) Crem muitos que h obsolescncia na democracia, conquanto ningum se arvoreem profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem sucedido.

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    Comentrio.

    Nesta questo, a banca explora aspectos relativos a Ortografia e Verbos.

    Houve registro incorreto de:

    - altercaes e disseminar, na opo b;

    - preservando, na opo c;

    - inpcia e falacioso, na opo d;

    Em relao conjugao verbal, observamos dois problemas.

    Na opo A, o examinador conjugou o verbo ADEQUAR no presente do subjuntivo. Contudo, esse um verbo defectivo, segundo a norma culta. Por no possuir a 1a

    pessoa do singular no presente do indicativo, no possui nenhuma forma do presentedo subjuntivo. A sada seria empreg-lo em uma locuo verbal (como deva seadequar) ou troc-lo por um sinnimo (na questo, uma boa opo seria atenda).

    A segunda construo verbal inadequada se refere conjugao do verbo constituir(grafada na questo como constitue). A forma correta constitui.

    Em relao forma Crem, j vimos que este acento, a partir do Acordo Ortogrfico,deixar de existir a partir de 2013. Como esta prova foi aplicada em 2005, estavacertssimo. Vamos tambm observar a correta grafia de obsolescncia e arvore(verbo ARVORAR-SE), mas comeu mosca ao registrar bem-sucedido, sem hfen.Assim, esta questo deveria ter sido anulada, mas no foi. Por isso, caso aconteauma coisa dessas em sua prova, o jeito rezar e marcar a opo menos errada.

    Gabarito: E

    26 - (FGV/BESC SUPERIOR/2004)

    Assinale a alternativa em que NO tenha havido erro de uso de formas verbais.

    (A) Se ns virmos empresa amanh, faremos o trabalho.

    (B) Eles tinham intervido no caso h mais de um ms.

    (C) Quando voc reaver os documentos, procure-me.

    (D) Ele requere a matrcula no curso de Portugus.

    (E) Se voc pr a cabea para funcionar, encontrar a soluo para o seu problema.

    Comentrio.

    O examinador busca a opo em que no houve erro (todo cuidado com enunciado,viu? muito comum lermos uma coisa e nosso crebro entender outra, ainda mais nahora da prova!!! Nesse caso, melhor anotar ao lado do enunciado: A CERTA!!!!Assim, no corre o risco de errar...rs...).

    Vamos, mais uma vez, treinar a tcnica do paradigma.

    a) O verbo em questo VIR. No presente do subjuntivo, se ns VIERMOS empresa.... H erro de conjugao.

    b) Agora, em vez do verbo VIR, foi apresentado um derivado seu: intervir. Vamos,ento, conjugar o paradigma: Eles tinham VINDO... Eles tinhas intervindo....Est errado. (Uma curiosidade: no verbo VIR e derivados deste coincidem as

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    formas de gerndio e particpio: ele tem vindo = particpio / ele est vindo = gerndio)

    c) J vimos que o verbo REAVER perigoso, por ser defectivo. S que o defeito saparece nas formas do presente do indicativo e nas derivadas desta, como o presentedo subjuntivo. Nos demais tempos verbais, conjuga-se conforme seu paradigma: overbo HAVER.

    Na construo, o verbo foi apresentado no futuro do subjuntivo: Quando vocreaver....

    Alguns tempos verbais (pretrito mais-que-perfeito do indicativo, pretrito imperfeitoe futuro do subjuntivo, o tempo que nos interessa nesta questo) so conjugados apartir do radical da 3 pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo (= ontemeles...). Assim, ontem eles houveram... quando houver quando reouver.Assim, tambm h erro em Quando voc reaver.... O correto seria Quando vocREOUVER....

    d) Com certeza, voc estranhou a forma verbal requere, imaginando que o certoseria Ele requer a matrcula.... Pois, esse um verbo ABUNDANTE, ou seja, possuimais de uma forma vlida para a mesma conjugao verbal. Existem as duas: elerequer ou ele requere (caso em que o verbo REQUERER que no derivado deQUERER segue a conjugao dos demais verbos de 2 (-ER): ele bebe elerequere). Est certa a opo D.

    e) O verbo PR foi conjugado no futuro do subjuntivo. Acabamos de ver que ofuturo do subjuntivo segue o radical da 3 pessoa do plural no pretrito perfeito(ontem eles puseram se/quando puser / puserem...). Assim, h erro em se vocpr..., pois o correto seria se voc puser....

    Gabarito: D

    Essa questo da FGV assemelha-se bastante s apresentadas nas provas da FundaoCarlos Chagas veja a seguir.

    27 - (FCC/ TRE AP - Tcnico Judicirio/ Janeiro 2006)

    Est corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase:

    (A) Se algum propor medidas para economia de energia, que seja ouvido comateno.

    (B) Caso uma represa contenhe pouco volume de gua, as turbinas da usina desligam-se.

    (C)) Seria preciso que refizssemos os clculos da energia que estamos gastando.

    (D) S damos valor s coisas quando elas j escasseiaram.

    (E) Se no determos os desperdcios, pagaremos cada vez mais caro por eles.

    Comentrio.

    Vamos analisar todas as opes:

    a) O verbo propor deriva do verbo pr. Assim, este ser nosso paradigma. A formaverbal do pr Se ele puser. Ento, a construo correta seria Se algumpropuser, e no Se algum propor....

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    b) O verbo conter derivado do verbo ter. Como conjugaramos Caso uma represatenha (presente do subjuntivo), a construo correta seria Caso uma represacontenha ....

    c) O verbo refazer derivado do verbo fazer. Como a conjugao deste verbo nopretrito imperfeito do subjuntivo fizssemos, est correta a construo observadana orao: Seria preciso que refizssemos....

    d) J vimos que verbos terminados em EAR, s recebem a letra i nas formas emque a slaba tnica recai no radical (formas rizotnicas). O radical do verbo escassear escasse-. A slaba tnica da conjugao da 3 pessoa do plural do presente doindicativo recai na desinncia: escassearam. Assim, nada de colocar i nela, damesma forma que em passearam, pentearam, cearam.

    (E) O verbo deter derivado do verbo ter (assim como conter, da opo A). Ento, aforma correta seria: Se no detivermos os desperdcios....

    Gabarito: C

    28 - (FCC/TRT 13 Regio Analista Judicirio / Dezembro 2005)

    preciso corrigir a redao da seguinte frase:

    (A) Quando se chega a resultados como estes, h que se pensar num reajuste dosparmetros em que baseamos os nossos clculos.

    (B) Os casamentos vm ocorrendo entre pessoas cada vez menos jovens, o que talvezrevele uma preocupao crescente com a assuno desse compromisso.

    (C) Na televiso norte-americana, a cobertura da guerra no Iraque foi manifestamentepatritica: os reprteres da Fox pareciam liderar a torcida em favor das tropasinvasoras.

    (D)) As conseqncias que advirem da escolha pela qual voc optou, so de suaresponsabilidade, alm do mais porque lhe advertimos sobre os riscos envolvidos.

    (E) Os bons psicoterapeutas ensinam que, em vez de uma pessoa querer ser outra, mais interessante que ela busque inventar o que pode fazer com o que j .

    Comentrio.

    Acordo Ortogrfico: O trema foi abolido em consequncia.

    Sem dvida alguma, o verbo advir campeo nas provas da FCC. Derivado que doverbo vir (significa vir em resultado, sobrevir), segue a conjugao deste. Assim, aforma correta da opo D : As conseqncias que advierem da escolha ....

    H outro erro nesta opo: o verbo ADVERTIR pode ser bitransitivo, ou seja,apresentar um objeto direto e outro indireto: advertir ALGUM sobre / de algumacoisa. Assim, no deveria ser empregada a preposio lhe, na passagem porque LHEadvertimos sobre os riscos envolvidos. Em seu lugar, deveria ter sido usado umpronome o, j que o discurso se situa na 3a pessoa do singular (voc).

    Gabarito: D

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    29 - (FCC/Analista BACEN / Janeiro 2006)

    Esto corretamente flexionadas e articuladas as formas verbais da frase:

    a) Para que no sobrevissem maiores violncia, seria preciso interferir nesse processode acumulao, que a tantos destitue das mnimas condies de sobrevivncia.

    b) O autor do texto e seu colega Elio Gaspari conviram em que os cidadosdescartveis constitussem o efeito vivo do funcionamento da mquina liberal.

    c) Para que se extingua essa expropriao histrica, fazer-se-ia necessrio que hajapleno controle do processo de acumulao.

    d) Os sonhos que advirem da contnua seduo que sobre ns exerce a mquinaneoliberal estariam condenados insatisfao.

    e) Por no terem podido resistir expropriao de seus pedacinhos de terra, os servos feudais no contiveram um processo que s fez crescer ao longo dos sculos.

    Comentrio.

    Vamos observar as opes:

    (A) O verbo sobrevir derivado de vir e sinnimo do advir (de novo!).Assim, a forma certa : Para que no sobreviessem maiores violncias... (acho que a falta do s foi mais um erro de digitao da prova do que umaincorreo de concordncia);

    (B) O verbo convir significa concordar e segue a conjugao do verbo vir O autor do texto e seu colega Elio Gaspari convieram em que ...;

    (C) Pode parecer horrvel aos seus ouvidos, mas o verbo extinguir (que nuncarecebeu trema, muito menos agora...rs...), cuja pronncia guir (deguitarra), na 1 pessoa do singular do presente do indicativo, apresenta aforma extingo. Como vimos, essa a forma que d origem a todo opresente do subjuntivo extinga, extingas, extinga, extingamos,extingais, extinga. Essa conjugao seguida, tambm, pelo verbodistinguir;

    (D) Olha o advir a, gente!!! Voc j sabe: Os sonhos que advierem dacontnua seduo...;

    (E) ESTA FOI A RESPOSTA CORRETA. Podido o particpio (que os antigoschamavam de particpio passado, algum a se lembra disso?) do verbopoder.

    Curiosidade: voc sabia que, segundo a norma culta, o verbo poder noadmite construo no imperativo?

    Gabarito: E

    30 (ESAF/AFRF/2005)

    Leia o texto para responder questo abaixo.

    O advento da moderna indstria tecnolgica fez com que o contexto em que passa adispor-se a mquina mudasse completamente de configurao. Entretanto, talmudana obedece a certas coordenadas que comeam a ser pensadas j na antiga

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    Grcia, que novamente se relacionam com a questo da verdade. que a verdade, apartir de Plato e Aristteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutao em sua prpria essncia. Desde ento, entende-se usualmente averdade como sendo o resultado de uma adequao, ou seja, a verdade pode serconstatada sempre que a idia que o sujeito forma de determinado objeto coincidacom esse objeto.

    (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)

    Julgue a assertiva a respeito do uso das estruturas lingsticas do texto. - Mantm-se a coerncia da argumentao ao substituir fez (l.1) por faz; mas paraque a correo gramatical seja mantida, torna-se obrigatria ento a substituio demudasse (l.2) para mude.

    Comentrio.

    Acordo Ortogrfico: no h trema na palavra lingusticas.

    Observe a relao entre os verbos FAZER e MUDAR no passado: O advento (...) fezcom que o contexto (...) mudasse....

    Uma vez alterado o tempo verbal do primeiro para o presente do indicativo (faz),necessrio se faz a mudana tambm do outro verbo a ele ligado (mude), mantendo-se este ltimo no campo da hiptese (subjuntivo): O advento (...) faz com que ocontexto (...) mude....

    Isso se refere a correlao verbal, que ser nosso prximo ponto.

    ITEM CERTO

    C O R R E L A O V E R B A L

    31 - (ESAF / ANEEL Especialista/ 2006)

    1. A idia a de que a institucionalizao da raa como

    categoria possuidora de direitos e oportunidades

    sociais, negada pelos processos de excluso

    racial, resultaria na construo jurdica de um pas

    5. racialmente apartado, contrrio a sua suposta

    vocao a-racial. Como foi possvel que essa

    ideologia a-racial to decantada por especialistas

    conformasse uma sociedade que alva em todas

    as suas dimenses de poder, riqueza e prestgio e

    10. escura nas suas instncias de pobreza e indigncia

    humana? O pas real jamais amedrontou as elites

    polticas e intelectuais. Elas jamais enxergaram

    nele uma ameaa. O seu discurso nunca ps em

    questo a sua imperiosa necessidade de romper

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    15. com o exclusivismo da supremacia branca como

    condio para a desracializao da sociedade.

    (Adaptado de Sueli Carneiro, O medo da raa. Correio Braziliense, 24 de abril de2006)

    Analise a seguinte afirmao a respeito do emprego dos termos e expresses do texto.

    - Seria preservada a coerncia textual se, em lugar de foi (l.6), fosse usado , mas,para preservar tambm a correo gramatical, seria necessrio substituirconformasse (l.8) por conforme.

    ITEM CERTO

    Acordo Ortogrfico: no h acento agudo em ideia.

    Comentrio.

    Questo recorrente nos mais recentes certames CORRELAO VERBAL, queconsiste na articulao entre as formas verbais no perodo. Os verbos estabelecem,assim, uma correspondncia entre si.

    Na questo, estamos diante de uma correlao adequada.

    A passagem : Como foi possvel que essa ideologia a-racial to decantada porespecialistas conformasse uma sociedade que alva em todas as suas dimenses depoder, riqueza e prestgio e escura nas suas instncias de pobreza e indignciahumana?

    Se realizarmos a troca de foi (pretrito perfeito do indicativo) por (presente doindicativo), seria necessria a troca do verbo que com ele se relaciona: CONFORMAR.Assim, situam-se todos os verbos relacionados no PRESENTE, e no mais no passado(respectivamente, pretrito perfeito do indicativo e pretrito imperfeito do subjuntivo).

    Como possvel que essa ideologia a-racial to decantada por especialistasCONFORME uma sociedade que alva em todas as suas dimenses de poder, riquezae prestgio e escura nas suas instncias de pobreza e indigncia humana?

    No h alterao no verbo SER da sequncia em funo de este no se relacionar comos demais. Est no presente do indicativo por retratar um dado (o fato de a sociedadeser alva em todas as suas dimenses, segundo o autor).

    A ttulo de curiosidade (e somente com esse propsito nada de ficar decorandolistas), seguem alguns exemplos de construes corretas sob o aspecto de correlaoverbal:

    a) Exijo que me diga a verdade. Presente do Indicativo + Presente doSubjuntivo

    b) Exigi que me dissesse a verdade. Pret.Perf.Indicativo +Pret.Imperf.Subjuntivo.

    c) Espero que ele tenha feito uma boa prova. - Presente Indic.+Pret.Perf.Comp.Subjuntivo.

    d) Gostaria que ele tivesse vindo. Fut.Pretrito.Ind.+ Pret.Mais-que-perf.Comp.Subjuntivo

    e) Se voc quiser o material, eu o trarei. Futuro do Subjuntivo + Fut.PresenteIndicativo

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    f) Se voc quisesse o livro, eu o traria. - Pret.Imperf.Subj.+ Fut.Pretrito doIndicativo

    Veja como a Fundao Carlos Chagas explorou tal contedo.

    32 - (FCC/TRT 13 Regio Analista Judicirio / Dezembro 2005)

    adequada a articulao entre os tempos verbais na frase:

    (A) Mais se respeitasse a democracia, mais se deveria lutar contra as falcias dosdiscursos dos candidatos.

    (B) O que tem ficado implcito na simplificao sistemtica da realidade foi odesrespeito aos eleitores que a prezassem.

    (C) No houvssemos ultrapassado as dimenses das comunas medievais, poderemoster decises que no dependeriam do sistema representativo.

    (D) Vindo a ocorrer a insultuosa infantilizao dos votantes, reagissem estes, negando-se a votar em quem os subestimava.

    (E) Seria possvel que chegassem a um acordo a dona do cachorrinho e a me dacriana asmtica, desde que se disponham a ponderar a razo de cada uma.

    Comentrio.

    Na opo correta, vemos um exemplo de relao entre um verbo no pretritoimperfeito do subjuntivo (respeitasse) e outro no futuro do pretrito (deveria) caso f da relao apresentada na questo anterior.

    Note que as oraes reproduzem fatos que se situam no plano da hiptese, o quejustifica o emprego dessa relao verbal.

    Quanto s demais construes, uma opo de conjugao verbal que respeitaria acorrelao entre os verbos seria:

    (B) O que tem ficado implcito na simplificao sistemtica da realidade (e nofoi) o desrespeito aos eleitores que a prezam (e no prezassem). todos osverbos, nessa opo, apresentam conceitos, devendo ser conjugados no presentedo indicativo.

    (C) No houvssemos ultrapassado as dimenses das comunas medievais,poderamos (e no poderemos) ter decises que no dependeriam do sistemarepresentativo.. Esse perodo reproduz a relao verbal apresentadacorretamente na opo A verbo no pretrito imperfeito do subjuntivo(houvssemos) combinado com verbos no futuro do pretrito do indicativo(poderamos / dependeriam).

    (D) Vindo a ocorrer a insultuosa infantilizao dos votantes, reagiriam (e noreagissem) estes, negando-se a votar em quem os subestimava. a forma degerndio vindo apresenta uma condio, equivalendo ao verbo no pretritoimperfeito do subjuntivo se viesse a ocorrer..., o que levaria o verbosubseqente ao futuro do pretrito (reagiriam).

    (E) Seria possvel que chegassem a um acordo a dona do cachorrinho e a me dacriana asmtica, desde que se dispusessem (em vez de disponham) a

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    ponderar a razo de cada uma. essa construo estava correta at que seconjugou indevidamente o verbo da orao condicional. Por estabelecer essacircunstncia, o verbo deveria estar no pretrito imperfeito do subjuntivo.

    Gabarito: A

    33 - (ESAF/SUSEP - Analista Tcnico/2006)

    Assinale a opo que preenche com a forma verbal correta as lacunas do texto abaixo.

    Trabalho demais, agenda cheia, internet, celular e carros que chegam a mais de 200 km/h __1__ o homem moderno numa espcie de Coelho Branco de Alice no Pas dasMaravilhas. Sempre apressado, eternamente atrasado. E doente. Literalmente. Avelocidade, smbolo do desenvolvimento tecnolgico e de um modo de produo econsumo cada vez mais vorazes, __2__ um sentimento de urgncia que poucosconseguem administrar. Se que em algum momento o __3__ mesmo. O resultado um novo mal que a cara do nosso tempo: a doena da correria.

    Mas h quem __4__ diferente, e __5__ a esse excesso. Em todo o mundo, grupos,mais ou menos organizados, vm criando maneiras de diminuir o ritmo, de abrir maisespao para o lazer e a famlia.

    (Adaptado da Revista Galileu, outubro de 2005)

    1 / 2 / 3 / 4 / 5

    a) transformam / criaram / consegue / pensa / reaja

    b) transformaram / criou / conseguem / pense / reaja

    c) transformariam / criou / consegue / pensasse / reagiu

    d) transformaram / criaram / conseguem / pense / reage

    e) transformariam / criaram / consigam / pensasse / reage

    Comentrio.

    O pulo do gato dessa questo so as lacunas 4 e 5 (e voc acha que no existe a Leide Murphy??? Se tivesse comeado por estas, certamente a resposta viria na primeiralacuna ...rs...).

    Vamos diretamente para o segundo pargrafo do texto: H quem ..... diferente, e ..... a esse excesso.. A existncia dessa pessoa um fato hipottico e, nesse caso, osverbos devem ficar no subjuntivo ou real (o autor conhece uma pessoa assim) situ-ao em que os verbos ficam no indicativo. Note que os dois verbos esto no mesmobarco, ou seja, ou os dois verbos ficam no presente do subjuntivo (pense / reaja) ouficam os dois no presente do indicativo (pensa / reage). Com isso, podemos eliminarquatro opes s nos resta a letra B.

    Tudo isso porque o verbo HAVER, logo no incio do pargrafo, est no presente. Se est-ivesse no passado (Houve quem ...), os demais deveriam estabelecer uma correlaocom ele, e se reportar tambm ao passado (pretrito imperfeito do subjuntivo: Houvequem pensasse diferente e reagisse...).

    Isso correlao verbal.

    Gabarito: B

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    34 - (FCC/TRE MG Analista Judicirio / Julho 2005)

    inadequada a articulao entre os tempos verbais na seguinte frase:

    (A) Para que se possa entender o de que vou aqui tratar no necessrio ter muitainformao acerca da teoria dos buracos negros.

    (B) Para que se venha a entender o de que aqui tratarei no ser necessrio ter muitainformao acerca da teoria dos buracos negros.

    (C) No foi necessrio que se tenha muita informao acerca da teoria dos buracosnegros para que se viesse a entender o de que aqui estivera tratando.

    (D) No seria necessrio que se tivesse muita informao acerca da teoria dos buracosnegros para que se entendesse o de que l eu tratava.

    (E) Para que se pudesse entender o de que aqui trataria, no seria necessrio termuita informao acerca da teoria dos buracos negros.

    Comentrio.

    Em vez de falar em correlao verbal, a Fundao Carlos Chagas chama dearticulao entre os tempos verbais, o que, no fim, d no mesmo...rs...

    O erro est na opo C. O primeiro verbo est no pretrito perfeito do indicativo (Nofoi necessrio...), enquanto o seguinte se coloca no presente do subjuntivo (... quese tenha...), provocando a desarticulao dos tempos verbais. H algumaspossibilidades de correo:

    - No seria necessrio que se tivesse muita informao acerca da teoria dosburacos negros para que se viesse a entender o de que aqui estivera tratando.(situaes hipotticas pretritas); ou

    - No necessrio que se tenha muita informao acerca da teoria dos buracosnegros para que se venha a entender o de que aqui estivera tratando. (situando ahiptese no presente).

    Gabarito: C

    35 - (ESAF / SUSEP Agente Executivo / 2006)

    Os trechos abaixo compem seqencialmente um texto. Assinale a opo em que herro morfossinttico.

    a) O Direito legislado pelo Estado, elaborado a partir de circunstncias advindas darealidade social e poltica, resultante da luta de interesses dos grupos em disputa pelarepartio da riqueza produzida coletivamente denominado comumente de DireitoPositivo, Direito Posto ou Direito Histrico.

    b) Arnaldo Vasconcelos chama o Direito Positivo de direito acidente, para salientarque todo Direito nacional sofre as influncias do ambiente histrico, da cultura e dosvalores dominantes em uma sociedade determinada, mas, mesmo assim, essessistemas positivos se identificassem, em sua intencionalidade normatizadora, com oDireito Ideal ou Direito Essncia.

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    c) O Direito Essncia imutvel enquanto que o Direito Histrico, desde a suaconstruo legislativa, se adequa no a uma idia-valor, mas a interesses objetivos dacircunstncia histrico-poltica.

    d) O Direito Essncia seria aquele direito no escrito, mas presente na conscinciatica de todos os indivduos do mundo, e que se traduz pelas idias-verdade dealteridade, igualdade e liberdade compartilhada.

    e) Todo Direito racionalmente concebido h que levar em conta o outro, h quereconhecer a igualdade dos homens, a sua dignidade e valor e, quando de seuexerccio no mundo real e emprico, ter de se limitar pelo respeito liberdade dooutro indivduo.

    (Itens adaptados de Oscar dAlva e Souza Filho)

    Comentrio.

    Acordo Ortogrfico: no h trema em sequencialmente, nem acento em ideia(s).

    Sem dvida, h um erro no emprego de forma verbal na opo considerada gabaritoda questo.

    Ocorre um truncamento sinttico a conjugao do verbo IDENTIFICAR no pretritoimperfeito do subjuntivo, quando deveria ter sido no presente do indicativo, emcorrelao com o verbo CHAMAR, do incio do pargrafo.

    Arnaldo Vasconcelos CHAMA o Direito Positivo de direito acidente, para salientar quetodo Direito nacional sofre as influncias do ambiente histrico, da cultura e dosvalores dominantes em uma sociedade determinada, mas, mesmo assim, essessistemas positivos se IDENTIFICAM, em sua intencionalidade normatizadora, com oDireito Ideal ou Direito Essncia.

    Um fato preocupante nessa questo a opo C. Note que o verbo ADEQUAR foiempregado no PRESENTE DO INDICATIVO.

    Como vimos l no incio do estudo, o verbo ADEQUAR considerado um verbodefectivo, ou seja, s possui as formas arrizotnicas do presente do indicativo (ns nosadequamos / vs vos adequais).

    Modernamente, h autores que consideram o verbo ADEQUAR REGULAR, PERFEITO,COMPLETO, e nessa lista surge o mais importante: HOUAISS, no Dicionrio Houaissde Verbos. Acontece que este livro foi lanado em 2003, quase quatro anos aps ofalecimento do consagrado linguista. Assim est registrado: Adequar e readequar,considerados defectivos, vm apresentando conjugao completa, por este padro [odos verbos terminados em GUAR, como enxaguar]..

    Sendo completo, teria presente do indicativo (adqua, como se fosse enxgua) epresente do subjuntivo (adque, como se fosse enxgue). A forma adqua recebeacento seguindo o mesmo padro de gua, trgua, gua.

    Por isso, ainda que se aceitasse a flexo verbal em todas as pessoas do presente doindicativo, haveria um erro de ortografia (falta do acento agudo) na passagem ODireito Essncia imutvel enquanto que o Direito Histrico, desde a suaconstruo legislativa, se adequa no a uma idia-valor....

    Ao indicar como resposta a opo B, o examinador considerou PERFEITA a estruturagramatical da opo C, e no se manifestou acerca desse problema (gravssimo, porsinal).

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    E agora, como ficamos? Ser que a banca da ESAF j considera o verbo ADEQUARregular e comeu uma mosca enooorme em sua grafia ou ser que no percebeu queo autor do texto empregou o verbo ADEQUAR na 3 pessoa do singular no presente doindicativo?

    No espere que eu traga uma resposta tambm estou em busca dela em relao aoverbo ADEQUAR. Sugiro que tome cuidado e, se surgir na hora da prova essa situao,analise as demais opes (essa a vantagem de provas de mltipla escolha).

    Uma observao importante sobre a mudana promovida pelo ACORDOORTOGRFICO DA LNGUA PORTUGUESA

    Nos verbos terminados em UAR, como enxaguar ou averiguar, passaro a seraceitas duas formas de conjugao:

    a) com a pronncia do u, sem acento: a-ve-ri-GU-e / en-xa-GU-e / de-lin-QU-em(com fora no u, como se fosse escrita com c, no ltimo caso);

    b) com acento (e pronncia tnica) nas vogais a e i dos radicais: a-ve-r-gue / en-x-gue / de-ln-quem

    Os dicionrios j atualizados registram a primeira forma.

    Gabarito: B

    V O Z E S V E R B A I S

    36 - (ESAF / Auditor-Fiscal do Trabalho / 2006)

    Analise a proposio de acordo com as estruturas do texto.

    A relao conflituosa entre fazendeiros e colonos, aliada crescente dificuldade deimportao de escravos negros da frica a partir da dcada de 60, exige que se use amo-de-obra nativa, forando-a ao trabalho na lavoura. Os fazendeiros tambmreclamavam uma legislao que permitisse garantias dos investimentos na mo-de-obra, do cumprimento dos contratos, da represso s greves e, ainda, que lhespropiciasse adequada produtividade. A promulgao da Lei do Ventre Livre, em 1871,sinalizando a abolio da escravido, criou as condies para uma legislao que, aomesmo tempo em que fazia a regulao minuciosa da contratao do trabalho livre,previa a obrigao de o homem livre contratar, como mecanismo de combate vadiagem.

    (Sidnei Machado - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463)

    - A substituio de se use(l.2) por seja usada mantm a correo gramatical doperodo.

    Comentrio.

    ACORDO ORTOGRFICO: No se emprega hfen em substantivos compostos cujoselementos perderam a ideia de composio. Assim, registra-se agora mo de obra.Em relao a este ponto, teremos de consultar sempre o VOLP, j que no houve umauniformidade por parte da ABL em relao a esses substantivos compostos. Leia maissobre isso, na rea aberta do stio, nos artigos publicados sobre as mudanasortogrficas.

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    Essa questo nos remete ao estudo das vozes verbais.

    Alm das flexes em nmero, pessoa, tempo e modo, o verbo tambm pode variar emvozes.

    So elas:

    VOZ ATIVA O sujeito pratica a ao expressa pelo verbo. um sujeitoagente, ativo.

    VOZ PASSIVA O sujeito recebe (sofre) a ao verbal. um sujeitopaciente, passivo. Divide-se em ANALTICA (anlise coisa longa, demorada) e PRONOMINAL ou SINTTICA (sntese coisa breve, rpida).

    VOZ REFLEXIVA Construda com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeitopratica contra si mesmo a ao verbal.

    VOZ RECPROCA - Classificao apresentada pelo professor Evanildo Bechara,a voz recproca construda com o verbo e um pronome recproco. Ao mesmo tempoem que pratica a ao, recebe-a de volta por outro agente. Por ser recproco, o verbodeve estar sempre no plural, pois o ato praticado por dois ou mais agentes (Ao fimdo jogo, os jogadores agrediram-se, Aquela relao bem difcil pois se odeiamme e filha.).

    O processo de transposio de vozes verbais segue o esquema a seguir.

    VOZ ATIVA:

    (1) (3) (2) (4)

    O PROFESSOR DEU O LIVRO AO ALUNO.

    sujeito ativo verbo objeto direto objeto indireto

    VOZ PASSIVAANALTICA:

    (2) (3) (1) (4)

    O LIVRO FOI DADO PELO PROFESSOR AO ALUNO.

    sujeitopassivo

    locuoverbal

    agente dapassiva objeto indireto

    (1) O termo que exercia a funo sinttica de SUJEITO na voz ativa passar funo de AGENTE DA VOZ PASSIVA, pois isso exatamente que ele faz AGE,PRATICA A AO.

    (2) - O termo que exercia a funo sinttica de OBJETO DIRETO na voz ativa passar funo de SUJEITO da construo passiva, j que ele sofre a ao verbal.

    (3) - O verbo passa a ser uma locuo verbal, e nesse ponto que o candidato deveter mais ateno. No pode haver mudana no tempo ou no modo verbal. Se o verbooriginalmente estava no Pretrito Perfeito do Indicativo, o verbo auxiliar da locuoverbal dever manter essa mesma conjugao.

    (4) - E o que acontece com o termo que exercia a funo de objeto indireto? Vaicontinuar na mesma. Vai continuar exercendo a funo de objeto indireto.

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    Na construo em voz passiva sinttica, como o nome j sugere, h umasimplificao das formas. No h locuo verbal o verbo ir concordar com o seusujeito paciente e ao seu lado ser colocado um pronome, chamado de pronomeapassivador, porque ele quem indica essa construo. E tambm no existe a figurado AGENTE DA PASSIVA. praxe que, nessa estrutura sinttica, o verbo anteceda osujeito paciente.

    VOZ PASSIVASINTTICA:

    (3) (2) (4)

    DEU-SE O LIVRO AO ALUNO.

    Verbo + pronome apassivador

    sujeito passivo objeto indireto

    Note que, para que seja possvel a construo de voz passiva (tanto analtica comosinttica), indispensvel que o verbo tenha transitividade direta, ou seja, tenha umcomplemento direto (OBJETO DIRETO). Isso porque esse termo exercer a funo deSUJEITO da voz passiva.

    Assim, o verbo dever ser TRANSITIVO DIRETO ou TRANSITIVO DIRETO E INDIRETOpara que possa ser construdo em voz passiva.

    Os verbos que no atendem a essa exigncia, pela norma culta, estoimpossibilitados de construo passiva. Esse assunto ser tratado novamente (e exausto) quando falarmos de concordncia verbal e de regncia verbal.

    O que o examinador sugere que se transforme a voz passiva sinttica (... exige quese use a mo-de-obra escrava...) na voz passiva analtica. Para isso, tome cuidadode observar quem o sujeito da construo: mo-de-obra usada.

    Assim, como o verbo deve se manter no presente do subjuntivo, est perfeita a trocapor seja usada a mo-de-obra escrava.

    Na prxima questo, veremos com mais profundidade a transposio de vozes verbais.

    ITEM CERTO

    37 - (ESAF/ MP ENAP SPU/ 2006)

    1. Ningum melhor do que Voltaire definiu a real

    essncia da democracia quando escreveu: Posso

    no concordar com uma s palavra do que dizes,

    mas defenderei at morte o teu direito de diz-las. Ter

    5. idias e comportamentos polticos ou sociais diversos

    de outros indivduos no significa, necessariamente,

    transform-los em inimigos ferrenhos. Afinal, o

    que se combate so as idias do outro e no sua

    pessoa.

    (Adaptado de Alfredo Ruy Barbosa, Jornal do Brasil, 11/03/2006)

    Em relao ao texto acima, assinale a opo incorreta.

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    - A substituio de se combate(l.8) por era combatido mantm a correogramatical e as informaes originais do perodo.

    Comentrio.

    Acordo Ortogrfico: No h acento agudo em ideias.

    Alguns cuidados devem ser tomados na transposio das vozes verbais.

    1) O objeto direto da voz ativa ser o sujeito da voz passiva;

    2) Realize a concordncia verbal com o sujeito paciente (cuidado com o gnero enmero);

    3) A locuo verbal deve se manter no mesmo tempo e modo verbais da construooriginal.

    exatamente no item 3 que mora o perigo a maior parte das pegadinhas indicamum tempo / modo verbal diferente do original. Vejamos o texto original:

    Afinal, o que se combate... o verbo COMBATER est no presente do indicativo,tempo em que deve permanecer a locuo verbal da voz passiva analtica: Afinal, oque combatido....

    Contudo, o examinador sugere a troca por era combatido, levando o verbo auxiliarao pretrito imperfeito. Errou!!!

    ITEM ERRADO

    38 - (FGV/TCM PA/2008)

    Julgue a afirmao a seguir.

    - A frase A cada dia difundem-se notcias sobre novas quebras (L.23) est na vozpassiva.

    Comentrio.

    J falamos sobre o papel do pronome SE junto a verbos de transitividade direta (TD) ou direta e indireta (TDI) em regra, formam construo de voz passiva.Vejamos o caso em anlise: A cada dia difundem-se notcias... o verbo DIFUNDIR transitivo direto (algum difunde uma notcia). Ento, temos construo de vozpassiva sinttica. Como o sujeito paciente notcias, est correta a flexo do verbo.

    ITEM CERTO

    39 - (FGV/MEC/2008)

    O Frum Social Mundial (FSM) de Belm abre um novo ciclo do movimentoaltermundialista. O FSM acontecer na Amaznia, no corao da questo ecolgicaplanetria, e dever colocar a grande questo sobre as contradies entre a criseecolgica e a crise social. Ser marcado ainda pelo novo movimento social a favor dacidadania na Amrica Latina, pela aliana dos povos indgenas, das mulheres, dosoperrios, dos camponeses e dos sem-terra, da economia social e solidria. (L.1-8)

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    A respeito do trecho acima, analise as afirmativas a seguir:

    I. O termo altermundi