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Prof. Vanderlei MACHADO DE ASSIS Contos – UFRGS – 2010 Pai contra mãe O caso da vara Capítulo dos chapéus

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Iracema Prof. Vanderlei

MACHADO DE ASSIS

Contos – UFRGS – 2010Pai contra mãeO caso da vara

Capítulo dos chapéus

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REALISMO ANÁLISE PSICOLÓGICA

VISÃO CRÍTICA FRENTE À BURGUESIA

PESSIMISMO

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CAPÍTULO DOS CHAPÉUS

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Narrador – terceira pessoa

1879 – Rio de janeiro

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“MUSA, CANTA o despeito de Mariana, esposa do bacharel Conrado Seabra, naquela manhã de abril de 1879.” > início de feitio épico x simplicidade dos

dilemas vividos no texto

Início do conto > Mariana pede ao marido para que ele abandone o chapéu baixo usado por Conrado há anos > estranha o pedido

Mariana > metódica / casa em ordem / vida ordenada / “Os hábitos mentais seguiam a mesma uniformidade. Mariana dispunha de mui poucas noções, e

nunca lera senão os mesmo livros: - a Moreninha de Macedo, sete vezes; Ivanhoé e o Pirata de Walter Scott, dez vezes; o Mot de l'énigme, de Madame

Craven, onze vezes.”

Seu pai (igualmente metódico) havia insinuado a mudança > havia visto o genro com homens de chapéus altos > símbolo de status

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Conrado expõe a “metafísica dos chapéus”:

“A escolha do chapéu não é uma ação indiferente, como você pode supor; é regida por um princípio metafísico. Não cuide que quem compra um chapéu

exerce uma ação voluntária e livre; a verdade é que obedece a um determinismo obscuro. (...) O princípio metafísico é este: - o chapéu é a integração do homem, um prolongamento da cabeça, um complemento

decretado ab æterno; ninguém o pode trocar sem mutilação. É uma questão profunda que ainda não ocorreu a ninguém. (...) Quem sabe? Pode ser até que

nem mesmo o chapéu seja complemento do homem, mas o homem do chapéu.”

Estética = essência

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“Mariana sentiu-se tomada de ódio contra essa peça ridícula; não compreendia como pudera suportá-la por tantos anos. (...) Chamava-se tola, moleirona; se tivesse feito como tantas outras, a Clara e a Sofia, por exemplo, que tratavam os maridos como eles deviam ser tratados, não lhe aconteceria nem metade

nem uma sombra do que lhe aconteceu.”

Mariana visita a amiga Sofia > “Era alta, forte, muito senhora de si.” / mulher que controlava o marido – diz que seu marido atenderia a ordem de mudança

de chapéu se ela o fizesse / “Honesta, mas namoradeira.”

Sofia inventa a necessidade (nula) de ir ao dentista e ao fotógrafo

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Passeio pela Rua do Ouvidor (concentração humana / moda / flâneur – espécie de caminhante dos centros urbanos) > caracterização da metrópole

Agitação x tranqüilidade da vida de Mariana > incomodada

Sofia = “prática daqueles mares, transpunha, rasgava ou contornava as gentes com muita perícia e tranqüilidade.”

Chapéus = simbolizam homens / mulheres

No dentista, elas encontram um ex-namorado de Mariana, Dr. Viçoso (vigoroso / belo): “Tinha na mão um chapéu novo, alto, preto, grave, presidencial,

administrativo, um chapéu adequado à pessoa e às ambições.”

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Mariana = constrangida durante a conversa

Viçoso insinua-se a Mariana: “Como falassem da esposa de um ministro, Sofia lembrou-se de ser agradável ao ex-presidente, declarando-lhe que era preciso

casar também porque em breve estaria no ministério. Viçoso teve um estremeção de prazer, e sorriu, e protestou que não; depois, com os olhos em Mariana, disse que provavelmente não casaria nunca... Mariana enrubesceu

muito e levantou-se.”

Sofia aceita o convite de ir à Câmara > Mariana angústia: “E outra vez recordava a casa, tão quieta, com todas as cousas nos seus lugares,

metódicas, respeitosas umas com as outras, fazendo-se tudo sem atropelo, e, principalmente, sem mudança imprevista.”

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Mariana reavalia o pedido feito ao marido: “Tinha razão no pedido ao marido; mas era caso de doer-se tanto? era razoável o espalhafato? Certamente que

as ironias dele foram cruéis; mas, em uma, era a primeira vez que ela lhe batera o pé, e, naturalmente, a novidade irritou-o.”

Retorno = alívio para Mariana: “Depois de uma manhã inteira de perturbação e variedade, a monotonia trazia-lhe um grande bem, e nunca lhe pareceu tão

deliciosa. Na verdade, fizera mal... Quis recapitular os sucessos e não pôde; a alma espreguiçava-se toda naquela uniformidade caseira.” > rotina recuperada

x tumulto da cidade

Conrado chega com outro chapéu: “Escuta uma coisa, respondeu ela com uma carícia divina, bota fora esse; antes o outro.”

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O CASO DA VARA

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Narrado em terceira pessoa

“Não sei bem o ano, foi antes de 1850.” > antes da lei Eusébio de Queirós > proibição do comércio internacional de escravos

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Cena inicial > Damião havia fugido do seminário e pensa onde poderia buscar abrigo > casa do pai: este o devolveria ao seminário após castigo / padrinho

João Carneiro: moleirão, o levara para o seminário

“- Vou pegar-me com Sinhá Rita! Ela manda chamar meu padrinho, diz-lhe que quer que eu saia do seminário... Talvez assim...

    Sinhá Rita era uma viúva, querida de João Carneiro; Damião tinha umas idéias vagas dessa situação e tratou de a aproveitar.” > apesar das idéias

vagas, o personagem percebe a possibilidade de ajuda

Damião invade a casa de Sinhá Rita > vê um padre passando

Sinhá Rita > ensinava rendas a crias da casa e de fora / “Sinhá Rita tinha quarenta anos na certidão de batismo, e vinte e sete nos olhos. Era

apessoada, viva, patusca, amiga de rir; mas, quando convinha, brava como diabo.”

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Damião pede ajuda a Sinhá Rita para sair do seminário > ela argumenta que ele deveria procurar seu padrinho > resposta de Damião: “Meu padrinho? Esse

é ainda pior que papai; não me atende, duvido que atenda a ninguém...” – espécie de desafio > ninguém exclui a própria amante

“Não atende? interrompeu Sinhá Rita ferida em seus brios. Ora, eu lhe mostro se atende ou não...” > ela aceita o desafio e manda um moleque chamar João

Carneiro

Damião conta uma piada > uma das aprendizes, Lucrécia, ri e é ameaçada por Sinhá Rita: “se à noitinha a tarefa não estivesse pronta, Lucrécia receberia o

castigo do costume.”

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Lucrécia: “era uma negrinha, magricela, um frangalho de nada, com uma cicatriz na testa e uma queimadura na mão esquerda. Contava onze anos.

Damião reparou que tossia, mas para dentro, surdamente, a fim de não interromper a conversação.” > cicatrizes e tosse provavelmente provenientes

dos castigos

Damião decide apadrihá-la: se ela não acabasse o trabalho, ele partiria em sua defesa > ela rira por sua causa > sentimento nobre x possível de realização?

João Carneiro atende ao chamado e ouve as exigências de Sinhá Rita > padrinho = dividido = indispor-se com a amante ou com o compadre? >

“Estava entre um puxar de forças opostas. Não lhe importava, em suma que o rapaz acabasse clérigo, advogado ou médico, ou outra qualquer cousa, vadio

que fosse.”

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João Carneiro pensa em soluções absurdas: “Deus do céu! um decreto do papa dissolvendo a Igreja, ou, pelo menos, extinguindo os seminários, faria

acabar tudo em bem. João Carneiro voltaria para casa e ia jogar os três-setes.” / pensa mesmo na morte do menino

João Carneiro manda um bilhete > o negócio não estava encaminhado, mas no dia seguinte insistiria com o compadre > ele conclui dizendo que Damião

deveria ir para a sua casa

Resposta de sinhá Rita: “Joãozinho, ou você salva o moço, ou nunca mais nos vemos.” > forma de mostrar sua força sobre o homem

Chegada a hora de recolher os trabalhos de renda, Lucrécia ainda não havia terminado o seu > castigo

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Sinhá Rita persegue-a pela casa > arrasta-lhe pela orelha > Sinha Rita pede para que Damião alcançasse uma vara

Dilema de Damião > cumprir sua palavra x agradar aquela que o auxiliava: “Damião ficou frio. . . Cruel instante! Uma nuvem passou-lhe pelos olhos. Sim, tinha Jurado apadrinhar a pequena, que por causa dele, atrasara o trabalho...”

Lucrécia pede ajuda: “Me acuda, meu sinhô moço!”

“Sinhá Rita, com a cara em fogo e os olhos esbugalhados, instava pela vara, sem largar a negrinha, agora presa de um acesso de tosse. Damião sentiu-se compungido; mas ele precisava tanto sair do seminário! Chegou à marquesa,

pegou na vara e entregou-a a Sinhá Rita.” > o interesse individual sobrepõe-se

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PAI CONTRA MÃE

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Narrado em terceira pessoa

Diálogos do narrador x leitor / comentários pessoais do narrador(“Chegou o oitavo mês, mês de angústias e necessidades, menos ainda que o nono, cuja narração dispenso também.” / “Tinha já insinuado aquela solução, mas era a primeira vez que o fazia com tal franqueza e calor,-- crueldade, se

preferes.”)

Rio de Janeiro

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Início do conto > espécie de ensaio sobre a questão escravidão / situação do escravo > o narrador comenta as práticas utilizadas > ferro ao pescoço /

máscara de folha de flandres

Ironia: “Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel.” / “Há meio século, os

escravos fugiam com freqüência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos

gostavam de apanhar pancada.”

“Mas não cuidemos de máscaras.” > o narrador muda o foco explorado até então

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Candido Neves > 30 anos / não se mantinha por muito tempo nos empregos: tipografia, comércio, entalhador, “Fiel de cartório, contínuo de uma repartição anexa ao Ministério do Império, carteiro e outros empregos foram deixados

pouco depois de obtidos.”

Clara > órfã / vivia com uma tia, Mônica / buscava pretendentes (peixes) para o casamento

Tia Mônica > costureira / amiga de patuscadas (permite o casamento > festa)

Candido Neves (doce / claro) / Clara (clara)X

Prender escravos = sustento

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Dificuldades financeiras x desejo de ter um filho > “Nossa Senhora nos dará de comer, acudiu Clara.”

Gravidez de Clara = maior dedicação de Clara à costura

Prazer para Cândido: “Pegar escravos fugidos trouxe-lhe um encanto novo. Não obrigava a estar longas horas sentado. Só exigia força, olho vivo, paciência, coragem e um pedaço de corda.” > mudança de emprego =

desnecessária a especialização

“Um dia os lucros entraram a escassear. (...) Como o negócio crescesse, mais de um desempregado pegou em si e numa corda, foi aos jornais, copiou

anúncios e deitou-se à caçada.” > reflexo da situação social

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Feto crescia x falta de dinheiro / ameaças e posterior despejo

Tia Mônica sugere a Roda dos Enjeitados > espécie de roda fixada através de uma parede onde crianças indesejadas eram abandonadas > encontradas

principalmente em hospitais

Cândido = indignado com a sugestão x aparente aceitação de Clara

Cândido ainda tenta encontrar uma escrava que lhe daria a recompensa de 100 mil réis > Arminda > não a encontra

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Cândido = não consegue ajuda e decide aceitar a roda

Cândido leva o filho: “Ao entrar na Rua da Guarda Velha, Cândido Neves começou a afrouxar o passo. - Hei de entregá-lo o mais tarde que puder,

murmurou ele.” > forma de permanecer um pouco mais com o filho

Cândido encontra Arminda > deixa o filho numa farmácia (onde obtivera anteriormente algumas informações da escrava) e parte em sua perseguição

Arminda é capturada > argumenta: “- Estou grávida, meu senhor! exclamou. Se Vossa Senhoria tem algum filho, peço-lhe por amor dele que me solte; eu serei tua escrava, vou servi-lo pelo tempo que quiser. Me solte, meu senhor

moço!”

Cândido: “- Você é que tem culpa. Quem lhe manda fazer filhos e fugir depois? perguntou Cândido Neves.” > sem moral para cobrar

Conflito explica o título do conto: pai x mãe > ambos têm os mesmos motivos

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Arminda é levada para seu senhor, que paga a recompensa a Cândido

Aborto: “Arminda caiu no corredor. Ali mesmo o senhor da escrava abriu a carteira e tirou os cem mil-réis de gratificação. Cândido Neves guardou as

duas notas de cinqüenta mil-réis, enquanto o senhor novamente dizia à escrava que entrasse. No chão, onde jazia, levada do medo e da dor, e após

algum tempo de luta a escrava abortou.”

Cândido retoma o filho e leva-o de volta para casa > “Tia Mônica, ouvida a explicação, perdoou a volta do pequeno, uma vez que trazia os cem mil-réis.

Disse, é verdade, algumas palavras duras contra a escrava, por causa do aborto, além da fuga. Cândido Neves, beijando o filho, entre lágrimas,

verdadeiras, abençoava a fuga e não se lhe dava do aborto.-Nem todas as crianças vingam, bateu-lhe o coração.” > falta de sensibilidade

do personagem > relação com a ordem social a base de crueldade