INTRODUÇÃO A ARQUITETURA Os Sitemas Vitrivuanos - Firmitas

OS SISTEMAS DE

ARQUITETURA INTRODUO

ARQUITETURA

A CONTRIBUIO DE MARCO

VITRUVIO POLLIO

OS DEZ LIVROS DE VITRVIO

Vitrvio foi autor do primeiro

tratado sobre Arquitetura

intitulado Os dez livros de

Arquitetura ou em latim De

Architectura, escrito no incio do

Imprio Romano, sculo I A.C. na

poca de Augusto;

A CONTRIBUIO DE MARCO

VITRUVIO POLLIO A forma como foi escrito tambm

inspirou outros tratadistas desde o

renascimento (Alberti e Palladio)

at o sculo XIX;

Vitrvio foi o primeiro a perceber que no se pode definir

Arquitetura a partir de um nico

enfoque , e dizer apenas:

Arquitetura isto ... Mas:

Arquitetura isto , mais isso ,

mais aquilo...porque algo muito

mais complexo que o edifcio

AS DIVISES DA ARQUITETURA

SEGUNDO VITRVIO

1. SIGNIFICADO E SIGNIFICANTE

Vitrvio percebeu a vocao das formas arquitetnicas para representar coisas delas mesmas, ou seja, as formas

arquitetnicas tem vocao simblica;

No provrbio antigo Em Arquitetura devem ser considerados dois pontos: aquilo que significado e aquilo que significa;1

Este pensamento serve como base para os mtodos de crtica de arte do sculo XX: a lingustica estrutural.

1 In Architectura haec duo insunt: quo significaturet quod significant.


SEGUNDO VITRVIO


SEGUNDO VITRVIO

2. SOLIDEZ, UTILIDADE, BELEZA

Tudo que se constri deve ter solidez, utilidade e beleza (em latim firmitas, utilitas, venustas);

Na linguagem atual, a Arquitetura se divide em trs grandes sistemas ou atende simultaneamente a estes trs grandes objetivos;


SEGUNDO VITRVIO

a) Solidez- refere-se aos sistemas estruturais, ao envoltrio fsico, s tecnologias, qualidade dos materiais utilizados;

A solidez pode ser conseguida quando as fundaes so plantadas em solo firme e os materiais so sabidamente escolhidos (vitrvio).


SEGUNDO VITRVIO

b) Utilidade- trata da condio dos espaos criados ,

seu correto dimensionamento para atender aos

requisitos fsicos e psicolgicos dos usurios, e da

maneira como estes espaos se relacionam;

A Utilidade pode ser conseguida quando o

arranjo dos ambientes correto e no apresenta

obstculos ao uso, e a cada categoria de edifcio

assegurada sua adequao e propriedade

(vitrvio).


SEGUNDO VITRVIO c) Beleza- refere-se s preocupaes estticas que

devemos ter ao projetar e construir , ou seja, alm de

slido, boa tcnica, com materiais de qualidade e que

abrigue corretamente os usos preciso nos incitar

contemplao e a fruio esttica (carter de prazer

preliminar, superficial e subsidirio de outro tipo de

satisfao- segundo Freud) ;

A Beleza pode ser conseguida quando a aparncia da obra agradvel e de bom gosto, e seus elementos so proporcionados

de acordo com os princpios da simetria (vitrvio).

OUTROS ASPECTOS DA

CONTRIBUIO DE VITRVIO

De acordo com Vitrvio arquitetura a imitao da

natureza. Assim como os pssaros

e abelhas constroem os seus

ninhos, tambm o ser humano

constri sua moradia com

materiais naturais dando abrigo

contra intempries;

OUTROS ASPECTOS DA

CONTRIBUIO DE VITRVIO

Quando aperfeiou-se a tcnica de construir , os gregos criaram

ordens arquitetnicas Drica,

Jnica e Corntia baseado no

senso de proporo do corpo

humano;

Neste pilar, Vitrvio cria o homem vitruviano desenhado

depois por Leonardo da Vinci.

A altura de um homem quatro antebraos: 24 palmos

Um passo dois antebraos;

A longitude dos braos estendidos de um homem igual altura dele;

A distncia entre o nascimento do cabelo e o queixo um dcimo da altura de um homem.

A distncia do topo da cabea para o fundo do queixo um oitavo da altura de um homem.

A distncia do nascimento do cabelo para o topo do peito um stimo da altura de um homem.

A distncia do topo da cabea para os mamilos um quarto da altura de um homem.

A largura mxima dos ombros um quarto da altura de um homem.

A distncia do cotovelo para o fim da mo um quinto da altura de um homem.

A distncia do cotovelo para a axila um oitavo da altura de um homem.

A longitude da mo um dcimo da altura de um homem.

RELAES DE

PROPORO DO HOMEM

VITRUVIANO

O SEGMENTO UREO

Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporo ideal. Os gregos criaram ento

o retngulo de ouro. Era um retngulo, do qual

havia-se propores do lado maior dividido pelo

lado menor e a partir dessa proporo tudo era

construdo. Assim, eles fizeram o Pathernon, a

proporo do retngulo que forma a face central e

lateral. A profundidade dividida pelo comprimento

ou altura, tudo seguia uma proporo ideal de

1,618.

RETNGULO UREO:

o retngulo que tem os seus lados a e b na razo urea a/b= f =

1,618034 portanto, o lado menor (b) o segmento ureo do lado

maior (a).

Em 1946, o arquiteto suo-francs LE

CORBUSIER (1887-1965), criou um modelo de

padres de dimenses harmnicas escala humana,

aplicveis a Arquitetura e ao Desenho Industrial,

denominado pelo autor de Modulor , o qual fazia a

aproximao entre o sistema mtrico empregado na

Frana e Alemanha e o sistema ingls, de polegadas,

usado na Inglaterra e Estados Unidos.

O Modulor - desenho de Le Corbusier

O SISTEMA DA ESTRUTURA E DO

ENVOLTRIO DO EDIFCIO:

FIRMITAS


ENVOLTRIO DO EDIFCIO: FIRMITAS

1. MATERIAIS NATURAIS

A Arquitetura deve ter solidez, resistir s intempries, permanecer e para atend-los, deve-se considerar dois

fatores :

a durabilidade dos materiais

excelncia tcnica;

A natureza propicia ao Homem trs materiais de construo utilizveis sem nenhum processo mais sofisticado de

beneficiamento:

a) Madeira b)Argila c) Pedra




A Madeira: utiliza in natura . cortada das rvores e simplesmente afeioada, para receber a forma de pilares,

vigas ou tbuas. Pouca coisa mudou na maneira de

utilizao para os dias de hoje, com exceo das

ferramentas que hoje so eltricas;




A Argila pode ser usada em estado natural:

Na forma de adobe ( tijolo cozido ao sol);

De terra aprisionada ( argila apiloada), tcnica presente nas construes urbanas at fins de sculo passado;

De taipa ( parede com entranado de madeira preenchido com argila), frequente nas construes rurais e proletrias;

A Argila cozida a altas temperaturas usada na forma de cermica:

Na forma tijolos, piso, azulejo e telhas, com caracterstica mais perenes que o estado natural.




A Pedra:

Possui maiores qualidades;

Material difcil de trabalhar;

Material nobre devido a dureza, resistncia e principalmente a beleza ( material dos templos e palcios).




A Pozolana:

Cimento natural de lavas vulcnicas com que os romanos faziam o concreto;

As construes romanas ,tais como, Termas, anfiteatros e templos eram construdos com tcnica mista (cermica,

concreto de pozolana e a pedra).



2. O ENGENHO HUMANO

De posse desses materiais no passado recente , o ser humano

sempre buscou aplicar-lhes novas tcnicas para descobrir a

melhor mescla das argilas, a melhor ferramenta para o

aperfeioamento , a melhor forma de conjugar materiais,

conseguindo cada vez mais um desempenho melhor.



3. AS FORMAS ESTRUTURAIS

Com a pedra foram construdos os grandes monumentos da

arquitetura do passado , baseado em duas formas estruturais:

A estrutura triltica- a palavra quer dizer feita com trs pedras , consistindo em dois apoios e uma viga sobre eles,

formando um quadro;

O arco- pela forma engenhosa permitiu a abertura de vos maiores e desenvolvimento em abbadas e cpulas;

Assim como os materiais , a forma estrutural pouco muda at

o sculo XVIII, exceto o apuro na concepo e utilizao.



Sistema triltico Arco



4. MATERIAIS MODERNOS

O Sculo XVIII registra o

aparecimento de dois novos materiais

ambos de criao de Abraham Darby

(1711- 1768):

O ferro

O cimento portland

O clnquer o principal item na

composio de cimentos portland,

sendo a fonte de Silicato

triclcico (CaO)3SiO2 e Silicato

diclcico (CaO)2SiO2..

Estrutura de ferro no art nouveau

Componentes cimento



4. MATERIAIS

MODERNOS

O ferro:

Com o barateamento da produo deixa de servir

somente a indstria blica ,

comeando ento a servir

na construo civil e

industrial as quais se

beneficiam do novo

material: Ferrovias,

Pontes, Locomotivas,

navios




O uso dos perfis de ferro nos edifcios possibilitou a

execuo de vos maiores e

mais baratos, bem como a

completa industrializao na

construo civil, isto , a

construo podia ser fabricada

em um local e montada em

outro.



Palcio de cristal , para exposio internacional de Londres, no

hyde park pelo engenheiro Joseph Paxton - com 74.000 m2,

projetado em nove dias e construdo e montado em cinco meses.




O Concreto Armado:

Mescla de cimento, areia e

pedra britada, contendo barras

de ferro como armao ser

utilizado pela primeira vez em

meados do sculo XIX. .




A Independncia das Paredes:

Uma das primeiras consequncias do surgimento das estruturas de ferro

e do concreto: as paredes comeam a

perder a funo estrutural ou

portante;

Antigamente sobre as paredes recaa a dupla funo de suportar as

cargas dos pavimentos e coberturas e

vedar o edifcio, ou seja , funo

portante e vedante (divisria).




Os novos Sistemas:

Devido ao engenho e a curiosidade humana sobre os materiais que j existiam naturalmente e artificialmente, possibilitou o ser

humano evoluir das estruturas trilticas e arcos para descortinar-

se um horizonte ilimitado de formas;

a) Ferro: surgem as trelias planas e espaciais , estruturas de

cabo, estruturas verticais;

b) Concreto: material plstico que pode assumir qualquer forma

desejada, desde as cascas, os grandes balanos( formas que se

projetam sem apoio .




O Vidro e Plsticos:

Novas tcnicas de produo de vidro e desenvolvimento da indstria petroqumica, contribuem para a mudana da aparncia

das cidades;

O vidro vai servir para expressar a leveza e transparncia desejadas pelos tempos modernos, nas grandes cortinas de vidro;

A indstria txtil e petroqumica , com a produo de plsticos, trazem para a arquitetura o princpio primitivo da tenda

atravs da estrutura tnsil.



Estrutura tensionada



5. ESTRUTURA E FORMA

O sistema estrutural deve sempre trabalhar em conjunto

com os sistemas da forma e

funo para que no se perceba

onde comea um e finda o outro,

fazendo que a concepo

estrutural tome a frente na

definio formal do edifcio.

ex: a arquitetura gtica onde as estruturas trabalham como

elementos estruturais e formais.

"Ser homem ser responsvel. sentir que colabora na construo do mundo."

Antonie de Saint-Exupry

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