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INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA À INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA À LACTOSE LACTOSE Alexandra Martins, Nuno Teixeira Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Viana do Castelo, Portugal. OBJECTIVOS RESULTADOS BIBLIOGRAFIA: INTRODUÇÃO DISCUSSÃO Fig.1 - Acção da lactase sobre a lactose O que é? A intolerância ocorre quando o organismo não consegue digerir adequadamente um componente/parte de um alimento. A lactose é o principal hidrato de carbono do leite e está também presente nos derivados deste. É digerida pela lactase (enzima presente nas microvilosidades da borda estriada das células do intestino delgado). Este cartaz aborda a alactasia congénita. História: A intolerância hereditária à lactose foi descrita pela primeira vez por Holzel et al., em 1959, na Finlândia sendo também chamada de alactasia congénita. Trata-se de uma anomalia genética muito rara, herdada por um mecanismo autossómico recessivo, que faz com que o ser humano nasça sem a capacidade de produzir a enzima lactase. Assim a criança nem sequer pode ser amamentada. A produção desta enzima é controlada por um gene localizado no braço longo do cromossoma 2. Dar a conhecer à população o mecanismo de actuação da lactase, identificando implicações na saúde da intolerância à lactose e o que fazer para as atenuar. A lactase é um complexo enzimático localizado, preferencialmente, no topo das vilosidades nas microvilosidades dos enterócitos maduros em todo o intestino delgado e a sua actividade não é influenciada pela quantidade de lactose ingerida nem por outros hidratos de carbono ingeridos. A função da lactase é degradar a lactose nos seus dois monossacarídeos - glicose e galactose - permitindo assim que esta seja digerida e absorvida. Assim, a ausência da lactase faz com que este processo não ocorra, ou seja, a lactose não é metabolizada nos seus monossacarídeos e não pode assim ser absorvida no intestino delgado. O volume de lactose não absorvido acumula-se no intestino grosso, onde, pela acção de bactérias, é fermentado. Como produtos da fermentação formam-se ácido láctico, ácidos gordos de cadeia curta, dióxido de carbono e hidrogénio os quais presentes nas fezes contribuem para aumento da pressão osmótica (maior retenção de água no intestino). • ausência de actividade enzimática desde o nascimento e persistência por toda a vida; • ausência de intolerância a outro mono e/ou dissacarídeo; morfologia anormal da mucosa do intestino delgado. DIAGNÓSTICO O maior avanço no que se refere à intolerância à lactose foi a compreensão da sua etiologia hereditária e a extensão da mesma sobre a população mundial. As pesquisas demonstram que esta adaptação é geneticamente transmitida por um gene recessivo e não deve ser considerada uma doença e sim um comportamento comum em fisiologia humana. Logo um casal, em que um dos progenitores tenha intolerância à lactose, e o outro não, pode muito bem gerar filhos sem esta anomalia genética. CUIDADOS A TER… Não ingerir alimentos com lactose (leite e derivados, chocolate, manteiga), e certos medicamentos que usam derivados do leite como excipiente; Ou então, recorrer a suplementos enzimáticos de lactase (em forma de cápsulas). http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=276; em 03/06/2010 http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?269; em 03/06/2010 http://www.e-gastroped.com.br/sep06/Intoler%C3%A2ncia%20cong%C3%AAnita%20aos%20carboidratos_novo3.ppt em 03/06/2010 http://www.mimosasemlactose.com/ em 03/06/2010 Uma pessoa com intolerância à lactose pode comer de tudo? Os seus filhos terão também esta anomalia genética?

INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA À LACTOSE Alexandra Martins, Nuno Teixeira Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Viana do Castelo,

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Page 1: INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA À LACTOSE Alexandra Martins, Nuno Teixeira Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Viana do Castelo,

INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA À LACTOSEÀ LACTOSE

Alexandra Martins, Nuno TeixeiraEscola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Viana do Castelo, Portugal.

OBJECTIVOS

RESULTADOS

BIBLIOGRAFIA:

INTRODUÇÃO

DISCUSSÃO

Fig.1 - Acção da lactase sobre a lactose

O que é?

A intolerância ocorre quando o organismo não consegue digerir adequadamente um componente/parte de um alimento. A lactose é o principal hidrato de carbono do leite e está também presente nos derivados deste. É digerida pela lactase (enzima presente nas microvilosidades da borda estriada das células do intestino delgado).Este cartaz aborda a alactasia congénita.

História:

A intolerância hereditária à lactose foi descrita pela primeira vez por Holzel et al., em 1959, na Finlândia sendo também chamada de alactasia congénita. Trata-se de uma anomalia genética muito rara, herdada por um mecanismo autossómico recessivo, que faz com que o ser humano nasça sem a capacidade de produzir a enzima lactase. Assim a criança nem sequer pode ser amamentada. A produção desta enzima é controlada por um gene localizado no braço longo do cromossoma 2.

Dar a conhecer à população o mecanismo de actuação da lactase, identificando implicações na saúde da intolerância à lactose e o que fazer para as atenuar.

A lactase é um complexo enzimático localizado, preferencialmente, no topo das vilosidades nas microvilosidades dos enterócitos maduros em todo o intestino delgado e a sua actividade não é influenciada pela quantidade de lactose ingerida nem por outros hidratos de carbono ingeridos. A função da lactase é degradar a lactose nos seus dois monossacarídeos - glicose e galactose - permitindo assim que esta seja digerida e absorvida.

Assim, a ausência da lactase faz com que este processo não ocorra, ou seja, a lactose não é metabolizada nos seus monossacarídeos e não pode assim ser absorvida no intestino delgado. O volume de lactose não absorvido acumula-se no intestino grosso, onde, pela acção de bactérias, é fermentado. Como produtos da fermentação formam-se ácido láctico, ácidos gordos de cadeia curta, dióxido de carbono e hidrogénio os quais presentes nas fezes contribuem para aumento da pressão osmótica (maior retenção de água no intestino).

• ausência de actividade enzimática desde o nascimento e persistência por toda a vida;

• ausência de intolerância a outro mono e/ou dissacarídeo;

• morfologia anormal da mucosa do intestino delgado.

DIAGNÓSTICO

O maior avanço no que se refere à intolerância à lactose foi a compreensão da sua etiologia hereditária e a extensão da mesma sobre a população mundial. As pesquisas demonstram que esta adaptação é geneticamente transmitida por um gene recessivo e não deve ser considerada uma doença e sim um comportamento comum em fisiologia humana. Logo um casal, em que um dos progenitores tenha intolerância à lactose, e o outro não, pode muito bem gerar filhos sem esta anomalia genética.

CUIDADOS A TER…• Não ingerir alimentos com lactose (leite e derivados, chocolate, manteiga), e certos medicamentos que usam derivados do leite como excipiente;

• Ou então, recorrer a suplementos enzimáticos de lactase (em forma de cápsulas).

http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=276; em 03/06/2010http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?269; em 03/06/2010http://www.e-gastroped.com.br/sep06/Intoler%C3%A2ncia%20cong%C3%AAnita%20aos%20carboidratos_novo3.ppt em 03/06/2010http://www.mimosasemlactose.com/ em 03/06/2010

Uma pessoa com intolerância à lactose pode comer de tudo? Os seus filhos terão também esta anomalia genética?