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História e História da Educação
de Maria Lucia Arruda Aranha
Retomando conceitos da aula passada
Sociedades Tribais: A Educação Difusa.
Como viviam as sociedades pré-históricas?
Sociedades Tribais
Pequenos grupos vivendo em sociedade, relativamente isolados na natureza, com as seguintes características:
Divisão sexual do trabalho Forte relação cultural com a natureza Identidade de grupo muito forte Pouca ou nenhuma
estratificação/hierarquização Sem Estado, mas “com governo”
Como era a aprendizagem nessas sociedades?
Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias dos rituais. As crianças aprendem "para a vida e por meio da vida", sem que alguém esteja
especialmente destinado a tarefa de ensinar.
O homem incidia sobre o saber (conhecimentos), o fazer (aptidões técnicas), o ser (valores) e o estar (saber sua posição no meio e agir conforme as necessidades do meio).
A imitação dos gestos foi fundamental nesta fase. Não haviam métodos e sim práticas educativas:
- Não existia educação na forma de escolas;
- Objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social, através da aquisição das experiências;
- Chefes de família eram os primeiros a transmitir o saber e em seguida o sacerdote.
O objetivo da educação primitiva era transmitir através das cerimônias de iniciação, toda a informação necessária para que houvesse o
ajustamento do indivíduo tanto no lado físico como no social.
Toda a experiência era passada de geração em geração, pelos pais e pelo sacerdote.A imitação
dos gestos, a histórica contada pelos mais antigos, os ritos de iniciação etc.
ANTIGÜIDADE ORIENTAL: A EDUCAÇÃO TRADICIONALISTA
Como eram as sociedades antigas?
Sociedades Antigas Populações maiores / Civilizações Com Estado / poder político centralizado Economia agrária e escravocrata Processo de estratificação /
hierarquizações sociais / Castas Pouca ou nenhuma mobilidade social Diferenciação de gêneros Presença da propriedade privada Surgimento das cidades / população rural e
urbana
Como se deram os pensamentos pedagógicos a exemplo dos egípcios e hebreus?
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ORIENTAL
•Os egípcios foram os primeiros a tomar consciência da importância da arte de ensinar. Devemos a eles o uso prático das bibliotecas. Criaram casas de instrução onde ensinavam a leitura, a escrita, a história dos cultos, a astronomia, a música e a medicina.• Os hebreus fizeram um registro de informações sobre sua história. Sua educação era rígida, minuciosa, e desde a infância; Era Teocêntrica. E o método era a repetição e a revisão (o catecismo).
O que significou o surgimento da escrita para a história da humanidade?
“O aparecimento da escrita está ligado a uma profunda transformação da memória coletiva”.
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA ANTIGUIDADE
Representação gráfica do mundo, através de um desenho;
• Representação gráfica de uma palavra, através da escrita;
HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO
ESCRITA PRIMITIVA
• Sistema de contagem feita com marcas de cajados e/ou ossos, com o objetivo de representar os símbolos.
Invenção das regras de alfabetização permitiu ao leitor:
a) decifrar o que está escrito; b) saber como funciona o sistema de escrita, de
modo que possa utilizá-lo corretamente.
Memória ligada à escrita é o documento escrito num suporte especialmente destinado
à escrita
Neste tipo de documento a escrita tem duas funções principais:
"Uma é o armazenamento de informações, que permite comunicar através do tempo e do
espaço, e fornece ao homem um processo de marcação, memorização e registro";
a outra, "ao assegurar a passagem da esfera auditiva à visual", permite "reexaminar, reordenar, retificar frases e até palavras
isoladas"
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ANTIGUIDADE ORIENTAL
ESCRITA
COMO RECURSO DE MEMÓRIA
COMO RECURSO ECONÔMICO
COMO RECURSO SOCIAL
COMO RECURSO CULTURAL
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ANTIGUIDADE ORIENTAL
EDUCAÇÃO TRADICIONALISTA
LIVROS SAGRADOS
COSTUMES, REGRAS, TABUS
DUALISMO ESCOLAR
1. EDUCAÇÃO PARA POVO
2.EDUCAÇÃO PARA POUCOS
RESUMINDO E RELEMBRANDO
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ANTIGUIDADE ORIENTAL
QUESTÕES
1. QUAL A RELAÇÃO DAS RELIGIÕES NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO DOS POVOS DO ORIENTE?
1. QUAL A MUDANÇA QUE A ESCRITA PROPORCIONOU NA EDUCAÇÃO DOS POVOS DA ANTIGUIDADE ORIENTAL?
NA ANTIGUIDADE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
O aprendizado da leitura era feito a partir da cópia, memorizando (decorando) o que foi “lido”;
Aprender a ler era para lidar com o comércio, e até mesmo ler obras religiosas e obter informações culturais da época;
LER era decifrar a escrita a partir da linguagem oral.
A antiguidade grega a paideia
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO
Pensamento Mitológico e Pensamento Racional
• Pensamento mitológico: atribui capacidades extraordinárias a elementos naturais;
• Pensamento racional: procura explicar os fenómenos através da razão humana.
• Para o primeiro a vaca pode ser uma entidade divina; para o segundo é um mamífero irracional.
Na Grécia, por volta do I milênio A.C o mito começa a ter uma
conotação diferente: vamos encontrá-lo na
poesia, por exemplo na Ilíada, poema épico atribuído a Homero
( datado provavelmente por volta do 1000 A.C)O Cavalo de Tróia por Giovanni Domenico
Tiepolo
HERÓDOTO, O pai da História
Ainda que sua intenção fosse, como ele escreveu no proêmio
(Livro I), registrar os grandes feitos de gregos e bárbaros,
"para que não se desvanecesse no tempo a memória dos
acontecimentos e dos homens", procurou agir a maior parte do tempo como um cientista atrás da verdade, do que realmente
havia ocorrido no tempo daquelas guerras.
A Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia. A palavra paidagogos significa
aquele que conduz a criança, no caso o escravo que acompanha a criança à escola.
Com o tempo, o sentido se amplia para designar toda a teoria da educação. De
modo geral, a educação grega está constantemente centrada na formação
integral – corpo e espírito – mesmo que, de fato, a ênfase se deslocasse ora mais
para o preparo esportivo ora para o debate intelectual, conforme a época ou lugar.
Nos primeiro tempos, quando não existia a escrita, a educação é ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. Apenas com o advento das
póleis começam a aparecer as primeiras escolas, visando a atender a demanda.
Foram os gregos os primeiros a traçar e a executar idéias sobre as praticas pedagógica. A própria palavra
“pedagogia” tem origem no grego e refere-se ao escravo que acompanhava as crianças a escola. Com o
passar do tempo com a contribuição de diversos estudiosos e as teorias surgidas, a palavra “pedagogia”
passou a designar a reflexão feita sobre a educação, uma espécie de metaeducação.”É na Grécia que
começa a historia da educação, com sentido na nossa realidade educativa atual. De fato, são eles que, pela primeira vez colocam a educação como problema”.
(MONROE 1987).
As crianças viviam a primeira infância em família, assistidas pelas mulheres e submetidas à autoridade do pai, que poderia reconhecê-las
ou abandoná-las, que escolhia seu papel social e era seu tutor legal.
A infância não era valorizada em toda a cultura antiga: era uma idade de passagem, ameaçada por doenças,
incerta nos seus sucessos; sobre ela, portanto, se fazia um mínimo investimento afetivo.
A criança crescia em casa, controlada pelo “medo do pai”, atemorizada por figuras míticas semelhantes às
bruxas, gratificada com brinquedos (bonecas) e entretida com jogos (bolas, aros, armas rudimentares), mas sempre era colocada à margem da vida social. Ou então, era submetida à violência, a estupro, a trabalho,
até a sacrifícios rituais.
O menino – em toda a Antiguidade e na Grécia também – era um “marginal” e
como tal era violentado e explorado sob vários aspectos, mesmo se gradualmente –
a partir dos sete anos, em geral – era inserido em instituições públicas e sociais que lhe concediam uma identidade e lhe
indicavam uma função. A menina não recebia qualquer educação formal, mas
aprendia os ofícios domésticos e os trabalhos manuais com a mãe.
A educação grega era centrada na formação integral do indivíduo. Quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela
própria família, conforme a tradição religiosa.
O objetivo dessa escola:
• Girava em torno da descoberta da NATUREZA ESSENCIAL ou CONSTITUIÇÃO REAL das coisas a que se denominava FHYSIS. O termo física deriva da palavra grega e significava originariamente a tentativa de ver a “ NATUREZA ESSENCIAL DAS COISAS “.
A transmissão da cultura grega se dava também, através das inúmeras atividades coletivas (festivais, banquetes, reuniões). A escola ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos.
O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, já que nas escolas a formação era mais esportiva que intelectual.
A Grécia caracteriza-se pelo reconhecimento da razão autônoma, pela inteligência critica, pela personalidade livre capaz de estabelecer a lei humana e não mais divina. “Surge, pois, a necessidade de formular teoricamente o ideal
da formação, não mais de herói, submetido ao destino, mas do cidadão.” (ARANHA, 1989).
LOGOS (razão, pensamento universal)
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL DE TODAS AS COISAS, RESPONSÁVEL PELA ORDEM DO
UNIVERSO.
HERÁCLITO:
Um homem não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, porque o homem e o
rio não são mais os mesmos;
HERÁCLITO DE ÉFESO (540 a 470 a.C)
PENSADOR PRÉ-SOCRÁTICO;
SEGUNDO PENSADORES MODERNOS OU CONTEMPORÂNEOS:
Heráclito foi o Formulador inicial da DIALÉTICA;
Sócrates, Platão, Aristótales:
• SOCRATES: (470 a 399) – Seu foco não é mais a “ ordem da natureza “, pois agora trata-se de governar a cidade e decidir sobre questões humanas: A ética, a justiça, a política a educação e a estética;
• Não deixou obras escritas- Era um educador público e itinerante- seus pensamentos são traduzidos por seu discípulo PLATÃO;
PLATÃO -O que pretendia dizer com isso?
• “ O CORPO DE TAL MODO NOS INUNDA DE AMORES, PAIXÕES, TEMORES, IMAGINAÇÕES DE TODA SORTE,ENFIM, UMA INFINIDADE DE BAGATELAS QUE, POR SEU INTERMÉDIO, NÃO SABEREMOS NA VERDADE DE NENHUM PENSAMENTO SENSATO, NÃO, NEM UMA VEZ SEQUER “. (Platão)
PLATÃO: Discípulo de Sócrates, tenta resgatar o pensamento do mestre, em seus escritos;
Sócrates aparece em seus diálogos, como personagem principal;
O MÉTODO DE PLATÃO É A DIALÉTICA:
• UM APRIMORAMENTO DA IRONIA E MAIÊUTICA SOCRÁTICAS.
• SOMENTE ATRAVÉS DA DIALÉTICA, PODE O ESPÍRITO ELEVAR-SE E CONTEMPLAR A VERDADEIRA ESSÊNCIA DAS COISAS.
EM PLATÃO:
• A DIALÉTICA – deixa de ser uma disputa entre argumentos, como a prática dos sofistas.
• A DIALÉTICA dos sofistas: poderia por em risco todo esforço humano e a árdua tarefa de conhecer a realidade, uma vez que o argumento forte, mais persuasivo e não necessariamente, o mais verdadeiro;
Ou seja: O ORADOR, não basta falar bem e impressionar;
• É necessário agora argumentos, é necessário sair das simples impressões de sentidos eliminando qualquer contradição para aproximar-se do conhecimento verdadeiro.
• Através dos sentidos- Conseguimos ver apenas sombras, o que é aparente, imagem imperfeita das coisas, ideais que repousam no mundo das idéias, onde conseguimos chegar apenas pela razão, utilizando a ciência mais elevada de todas: a dialética
EX: Mostra-se um cenário “ x “
• Vendendo idéias e conceitos:• De Moda, de Ideal, de Felicidade;• VALORES DA SOCIEDADE DO CAPITAL e do
CONSUMO • MAS O QUE ESTÁ POR TRAZ DE TUDO ISSO É
A LÓGICA COMERCIAL;
Mito da Caverna
RESUMINDO E RELEMBRANDO
-Antiguidade: Grécia
Expansão comercial e marítima
Berço da cultura, da civilização e da educação ocidental (laicidade)
Sociedade Hierarquizada
Pólis (unidade espiritual)
Poder (assembléia e cargos eletivos = DEMOCRACIA)
Divisões internas: perda de autonomia política (Alexandre)
Paidéia: educação integral (indivíduo e sociedade) = Bem Comum
Helenismo – disseminação da cultura grega por todo o Império
Pedagogia: caráter ético-antropológico
Pedagogia Romana
Modelo da romanitas = papel deromanização e unificação atribuído à
escola = classes dirigentes
Perpetuam Roma enquanto império -desenvolvem concepção de império
Período de decadência: educação cristã - teólogos adaptam textos clássicos à
‘verdade’
A cidade de Roma localiza-se na Península Itálica, cuja posição de destaque é no Mar Mediterrâneo.Os primeiros habitantes que chegaram à Itália, por volta de 2000 a.C., eram de origem indoeuropeia.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
1. Introdução
Imagem: NASA / Public Domain
A respeito da origem de Roma, há duas versões:• Versão histórica: Roma foi fundada por volta de 753 a.C.,
quando povoações latinas espalhadas à margem do Rio Tibre fundiram-se em um única comunidade.
• Versão lendária: Segundo a tradição clássica, os gêmeos Rômulo e Remo foram abandonados às margens do Rio Tibre. Uma loba protegeu e amamentou os meninos que, posteriormente, foram recolhidos pelos pastores. Mais tarde, Rômulo fundou Roma após ter matado o irmão.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
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Tradicionalmente, a história da Civilização Romana é dividida em três grandes períodos: A Realeza – da fundação da cidade até o ano 509 a.C.; A República – de 509 a.C. a 27 a.C.;O Império – de 27 a.C. em diante.
Você pode se perguntar: Como uma cidade conseguiu dominar quase todo o mundo conhecido e mantê-lo unido durante séculos? Por que estudar a Civilização Romana? O que ela tem a ver com os dias atuais?
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
A unidade do mundo romano foi construída com base em múltiplos fatores:
• O prestígio do próprio imperador, uma figura sagrada, símbolo da paz e da unidade;
• A sabedoria dos juristas que fizeram do Direito não só um conjunto notável de leis, servindo de suporte à administração e à justiça, mas também uma ciência;
• O espírito de abertura e a tolerância, somados à capacidade de estender aos povos conquistados o Estatuto Superior da Cidadania.
Determinados a manter pela paz o que tinham conseguido na guerra, os romanos espalharam pelos domínios do império a sua cultura: o direito, a história, a literatura, a arte militar, o urbanismo, a linguística e o cristianismo, tornando-se o patrimônio comum de todo o mundo romano e o legado que mais marcou a nossa cultura ocidental.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
3. A História e a Literatura
O fazer histórico era constituído de descrições de feitos atribuídos aos deuses e aos grandes homens, relatos de acontecimentos que as pessoas da época atribuíam a forças obscuras e/ou à vontade de alguns poucos privilegiados.Além disso, era uma história a serviço das classes dominantes. Não se tratava de uma história científica como a entendemos hoje, embora tenha tido sua importância.A literatura romana foi fortemente influenciada pelos gregos, assim como as artes, beneficiadas pela proteção dos imperadores e dos mecenas.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
Principais historiadores e escritores
Políbio, em suas obras, explicou aos gregos as razões da ascensão de Roma, procurando convencê-los da inevitabilidade da aceitação do domínio romano. Também abordou as Guerras Púnicas.
Suetônio era uma espécie de colunista social e escreveu sobre a vida dos césares, relatando aspectos pitorescos da biografia dos imperadores.
Júlio César escreveu comentários sobre as campanhas da Gália (“De bello Gallico”) e a recusa de obedecer ao senado e à guerra civil (“De bello Civili”). Aparentemente simples, as narrativas são na realidade sofisticadas manobras de propaganda política dirigidas à classe média de Roma.
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HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
Tácito escreveu "Histórias” e “Anais”. Neste último, conta a história dos imperadores romanos desde Tibério até a morte de Nero.
Plutarco escreveu “Vidas Paralelas”, uma coleção de 50 biografias de gregos e romanos ilustres. Também é autor de outros escritos sobre os mais variados tópicos, designados genericamente por ”Obras Morais” ("Moralia") sobre Filosofia, Religião, Moral, crítica literária e Pedagogia. (3)
Tito Lívio escreveu sua História Romana, desde as suas origens, lendas. Glorificou e idealizou o passado romano sem qualquer espírito crítico.
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4. A Arte MilitarRoma foi uma sociedade militarista em que história e desenvolvimento eram relacionados às grandes conquistas militares. O sucesso da Roma Antiga deveu-se aos exércitos em batalhas campais, que garantiram sua hegemonia, desde a conquista da Península itálica até as batalhas contra os bárbaros. (4)
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
A expansão territorial do Império Romano englobou parte da Europa Ocidental e parte do norte da África e Ásia.
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As grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência e arte militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica.No Império Romano, criaram armas que envolviam tática e força, como o corvo, o gládio, o pilo e a catapulta. Ressalte-se ainda que as conquistas romanas se deram pela grande organização e pelo empenho dos exércitos, servindo de exemplo aos demais.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
Imagem: Vissarion / Public Domain.
5. O Urbanismo
A expansão romana conduziu a um aumento de circulação de riqueza, que dinamizou a economia e o modo de viver urbano. As cidades cresciam e eram erguidas obedecendo a planos preconcebidos de urbanização, como a definição da construção de ruas, de edifícios públicos, de equipamentos de utilidade pública, como balneários, áreas de lazer, sistema de abastecimento de água e esgoto.O sentido prático dos romanos refletiu-se não só na organização das cidades, mas também na ligação entre elas, através de uma rede de estradas e pontes.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
Para os romanos, a arquitetura deveria ser útil e funcional. Por isso, construíram pontes, viadutos, aquedutos, arcos e colunas triunfais, estradas, termas, teatros, anfiteatros e circos. Desenvolveram novas concepções de espaço, souberam solucionar problemas de ventilação, iluminação e circulação.
Pont du Gard, na França, é um aqueduto romano construído em 19 a.C.
A Via Appia, uma estrada romana que liga a cidade de Roma ao sul da Itália, permanece utilizável até hoje.
HISTÓRIA – 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
Imagem: Wolfgang Staudt / Creative Commons Attribution 2.0 Generic Imagem: MM / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
A escultura romana reproduzia de modo realista a fisionomia dos indivíduos retratados, principalmente dos grandes personagens públicos, evidenciando o caráter, a honra e a glória do retratado.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
Estátua de Lívia Drusa, esposa de Augusto, localizada no Museu do Louvre.
Estátua de Augusto de Prima Porta, localizada no Museu do Vaticano.
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6. A Linguística
Na linguística, a expansão do Império Romano permitiu que o latim se espalhasse por toda a Europa, evoluindo para dialetos de diferentes locais. Mudanças graduais nesses dialetos deram origem às distintas línguas modernas, como o português, o francês, o espanhol, o italiano e o romeno.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
6. O Cristianismo
A religião romana era politeísta, ou seja, acreditava em muitos deuses, que poderiam ser domésticos e públicos.• Os domésticos: deuses da família, das refeições e das almas
dos antepassados.• Os públicos: assimilados do culto grego, dando-lhes nomes
diferentes.
Os Romanos prestavam culto nos templos e nos altares, por meio de orações e sacrifícios. Também organizavam festas com banquetes e procissões.
HISTÓRIA - 1º AnoAs contribuições da civilização romana para a construção da cultura ocidental
NETUNO - deus do mar APOLO - deus da poesia e das artes CUPIDO - deus do amor
MINERVA - deusa da sabedoria
BACO - deus do vinho e da vinha
DIANA - deusa da castidade e da caça
MERCÚRIO - protetor dos caminhos
Panteão de deuses romanos
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Roma adota a Educação Grega
Sabemos que Roma foi incapaz de permanecer imune ao contágio pelo Helenismo. Na constituição do Império Romano, da baía ocidental do Mediterrâneo até ao mar oriental, ficarão integradas diversas cidades Gregas. Mas, muito antes do Império, já os etruscos, haviam sido influenciados pelos Gregos a quem foram buscar o alfabeto,
bem como técnicas com vista à aprendizagem da leitura e da escrita.
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO ROMANO
Roma e na Grécia, são sociedades escravistas, onde o trabalho manual não é valorizado, e o trabalho intelectual é considerado trabalho da aristocracia, que consiste numa pequena parcela da
sociedade, os cidadãos livres.
Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em todos os tempos e lugares.
Este estudo era dado na escola do "gramático", que seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorização deste,
tradução da prosa em verso, expressão da mesma idéia em diversas construções, análise das palavras e frases e composição
literária.
Assim se instruía a elite romana.
-Antiguidade: Romanização
Decadência (invasão bárbara)Crise políticaCristianismo: união IGREJA + ESTADOPaidéia Cristã: formação moral e religiosa
-Educação clássica (sacra)-Retórica filosófica (ascetismo, renúncia, sacrifício)-Mosteiros isolados
Cultura greco-romanaIdade Média (cultura cristã)Unidade espiritual
Explique o conceito de educação difusa, integral e universal da sociedade tribal.
RESPOSTA
• As crianças aprendem imitando os gestos dos adultos, aprendem com a vida e para a vida, todos participam da educação ajudando a criança a aperfeiçoar as suas habilidades. O saber é de todos da tribo, a educação é universal por que todos podem e tem direito e acesso de todo o saber e o fazer da tribo.
As sociedades tribais se organizavam de forma homogênea e não existiam formas. justifique
RESPOSTA• As sociedades tribais não tinham classes
sociais e nenhuma relação de dominação de um segmento sobre o outro. A terra pertencia à todos, o trabalho era coletivo, não tinha escrita, comércio, escola, estado e etc. É uma sociedade predominantemente mítica, acreditavam em vários deuses.
Com relação a educação grega, explique:
a) Em que estava centrada?
b) Qual o conceito de Paidéia?
• a) Em que estava centrada?• Estava centrada na formação integral: corpo e
espírito, embora de fato, a ênfase se deslocasse ora mais para o preparo militar ou esportivo, ora para o debate intelectual, conforme a época ou o lugar.
• b) Qual o conceito de Paidéia?• É um conceito de educação, de criação de meninos
e formação integral do ser humano.
O que vem a ser humanitas e em que se diferencia da paidéia?
• Humanitas, sentido literal de humanidade e mais propriamente de educação, cultura do espírito, algo equivalente a paidéia grega. Distingue-se desta, no entanto por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e sobretudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o ser humano em todos os tempos e lugares. Não se restringia ao ideal de sábio, mas à formação do indivíduo como ser moral, político e literário.
História da Educação - Período Medieval
No período medieval a educação era desenvolvida em estreita simbiose com a
Igreja, com a fé cristã e com as instituições eclesiásticas que – enquanto acolhiam os oratores (os especialistas da palavra, os
sapientes, os cultos, distintos dos bellatores e dos laboratores) – eram as
únicas delegadas (com as corporações no plano profissional) a educar, a formar, a
conformar.
Da Igreja partiram os modelos educativos e as práticas de formação, organizavam-se as
instituições e programavam-se as intervenções, como também nela se discutiam tanto as
práticas como os modelos. Práticas e modelos para o povo, práticas e modelos para as classes altas, uma vez que era típico também da Idade
Média o dualismo social das teorias e das práxis educativas, como tinha sido no mundo antigo.
Também a escola, como nós conhecemos, é um produto da Idade Média.
A sua estrutura ligada à presença de um professor que ensina a muitos alunos de diversas procedências e que deve responder pela sua atividade à Igreja ou a outro poder (seja ele local ou não); as suas práticas ligadas à lectio e aos auctores, a discussão, ao exercício, ao comentário, à argüição etc.; as suas práxis disciplinares
(prêmios e castigos) e avaliativas vêm daquela época e da organização dos estudos nas escolas monásticas e nas catedrais e, sobretudo nas universidades.
Vêm de lá também alguns conteúdos culturais da escola moderna e até mesmo da contemporânea: o papel do latim; o ensino gramatical e retórico da língua; a
imagem da filosofia, como lógica e metafísica.
O espírito cristão no Ocidente
No período medieval, com a pulverização das populações europeias pelos campos e a ausência de um poder central,
somente a Igreja garantiu a unidade moral, política e espiritual da população; foi ela quem salvaguardou a cultura greco-romana contra a destruição dos bárbaros no recanto
dos mosteiros, educando e evangelizando as populações bárbaras; ela impôs uma ordem e uma fé unívocas para a
Europa feudalizada, que só assim pôde resistir às investidas árabes de conquista.
Trata-se da cristianização da memória e o catolicismo, a religião da recordação.Memória dos Livros Sagrados, dos
Santos, dos túmulos dos Santos e Papas, denominados Memorial e dos livros de memória, necrólogos ou
obituários,onde se evocava os nomes dos benfeitores da Igreja. O costume dos ex-votos vem garantir a lembrança do milagre realizado ou da graça alcançada. O cotidiano cristão
vive na memória da palavra de Jesus.Vem da época, a contribuição de Santo Agostinho à retórica, acrescendo à arte antiga o componente da memória, trazida pelas imagens da alma. Aliás, para o santo, a memória é um dos poderes da
alma, junto com a inteligência e a providência.
Pôde-se descrever o judaísmo e o cristianismo, religiões radicadas histórica e teologicamente
na história, como “religiões da recordação”
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No Antigo Testamento é sobretudo o
Deuteronômio que apela para o dever da
recordação e da memória constituinte.
Memória que é antes de reais nada um
reconhecimento de Yahvêh, memória
fundadora da identidade judaica
Y-H-W-H" O nome pessoal do Deus de Israel é escrito na bíblia em hebraico com quatro consoantes YHWH (hebraico) que é conhecido como tetragrama.
Os homens comuns teriam acesso às canções de gesta pelo jogral, pelo
canto, em última instância, pela sua memorização oral, enquanto que a
memória escrita estaria presente nos grupos dominantes.
Em Março de 781, Alcuíno de York cruzou-se com Carlos
Magno em Parma, e foi convidado pelo monarca para o
ajudar a instruir e reformar a Corte e o Clero do seu Reino.
Entre outros empreendimentos, fundou o Palácio-escola (Aula
Palatina) de Aix-la-Chapelle, no qual eram ensinadas as sete artes
liberais: o trivium, gramática, lógica e retórica; e o quadrivium,
aritmética, geometria, astronomia, e a música.
Contribuiu bastante para a Renascença carolíngia.
Alcuino de York, (York,730–Tours,804)
Acima da cabeça do Bom Governo, estão a Caridade, a Fé e aEsperança, virtudes que devem comandar as atitudes do bom
governo.
A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na
Suma Teológica, sua obra máxima - é a das relações entre
a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema,
da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo
de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a
natureza de Deus.
MEMÓRIA PARA TOMÁS DE AQUINO
A doutrina tomista admite que a alma, princípio espiritual, junta-se ao corpo, princípio material,
constituindo um composto substancial. No concernente às propriedades da alma humana,
admite o livre-arbítrio, que é estudado sob todos os seus aspectos e todos os problemas dele derivados
são resolvidos com firmeza e profundidade. Tomás de Aquino considera ainda a inteligência como a
faculdade mais perfeita de nossa alma.
Para Tomás de Aquino, o conhecimento tem dois momentos: o sensitivo e o intelectual. O
conhecimento sensitivo do objeto, que está fora de nós, dá-se mediante a sensação. Esta é a impressão
do objeto material em nossa consciência. Processa-se pela assimilação das sensações do sujeito cognoscente com o objeto conhecido. O
conhecimento intelectual depende do conhecimento sensitivo, mas ultrapassa-o, pela abstração e
generalização, formulando os conceitos.
Neste sentido, é próprio só do intelecto humano a memória e a reminiscência. Daí que o intelecto, potência espiritual cognitiva, possui como parte
integrante a memória, pela qual o intelecto além de adquirir por percepção atual a apreensão e o aprendizado de algo, pode conservar o que apreendeu e aprendeu e, inclusive, recordar
prescindindo totalmente da presença do objeto.
Para Tomás, o conhecimento sensível é constituído de quatro faculdades: “Não há necessidade, portanto, de afirmar senão quatro faculdades sensitivas internas, a saber: o senso comum e a imaginação, a estimativa e
a memória”
RESUMINDO E RELEMBRANDO
NA IDADE MEDIA
Atividade escolar: ler, escrever, esporte, arte, preparação para a guerra, escola religiosa e etc.;Ensinava-se: a) o valor fonético das letras do alfabeto; b) a forma ortográfica das palavras; c) a interpretação gráfica das letras e suas
variações: maiúsculas e minúsculas. Aprendizagem de leitura - árdua e demorada, através do
método de soletração, que empregava o nome e não o som das letras.