História da Farmácia

HISTÓRIAHISTÓRIADA FARMÁCIADA FARMÁCIA

Filipa Fernandes Rodrigues - FarmacêuticaFilipa Fernandes Rodrigues - Farmacêutica

OBJECTIVOS MÓDULO

OBJECTO DE ESTUDO DA HISTÓRIA FARMÁCIA

FONTES HISTÓRICAS CRÍTICA HISTÓRICA

PALEOMEDICINA E PALEOPATOLOGIA

ANTIGUIDADE PRÉ-CLÁSSICA

MESOPOTÂMIA EGITO CONTINENTE AMERICANO

ANTIGUIDADE CLÁSSICA

GRÉCIA E ROMA

IDADE MÉDIA

INFLUÊNCIA MUNDO ÁRABE UNIVERSIDADES FARMÁCIA MEDIEVAL PORTUGAL

RENASCIMENTO

RENASCIMENTO EM PORTUGAL

OBJECTIVOS MÓDULO

BARROCO

ILUMINISMO

ROMANTISMO

POSITIVISMO

FARMÁCIA CONTEMPORÂNEA

FARMÁCIAS OFICINA E INDUSTRIALIZAÇÃO EVOLUÇÃO QUALIDADE REGULAMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA

OBJECTIVOS MÓDULO

A) O ESTUDO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS E DOS MEDICAMENTOS

B) O ESTUDO DOS INSTRUMENTOS E DOS APARELHOS (RECIPIENTES DE PORCELANA)

C) A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

D) A EVOLUÇÃO DOS MEDICAMENTOS

E) A HISTÓRIA DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA

F) A TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA

OBJECTO DE ESTUDO

OBJECTO DE ESTUDO

FARMÁCIA

TÉCNICO-CIENTÍFICA PROFISSÃO

RELAÇÃO MEDICAMENTO SER VIVO

PREPARAÇÃO E DISPENSA DE MEDIAMENTOS

MEDICAMENTO

A HISTÓRIA DA FARMÁCIA DISCIPLINA QUE ESTUDA A RELAÇÃO

HOMEM – MEDICAMENTO

TEM EM CONTA A RELAÇÃO

PROFISSÃO - MEDICAMENTO – SOCIEDADE

2 NÍVEIS DE ABORDAR A HISTÓRIA DA FARMÁCIA:

MEDICAMENTO - CIENTÍFICOMEDICAMENTO - SOCIEDADE

BASEADO EM VESTÍGIOS DA ACTIVIDADE HUMANA

OBJECTO DE ESTUDO

FONTES DA HISTÓRIA

FONTES MATERIAIS

ALMOFARIZES POTES DE ARTEFACTOS FARMÁCIA

FONTES ESCRITAS

CARTAS BOTICÁRIO RECEITAS FARMACOPEIA SIMPÓSIO FARMACÊUTICO

FONTES ICONOGRÁFICAS

GRAVURAS FOTOGRAFIAS

FONTES ORAIS

TRANSMITIDA AO LONGO DOS TEMPOS

FONTES DA HISTÓRIA

CRÍTICA HISTÓRIA A HISTÓRIA DA FARMÁCIA UTILIZA OS MESMOS MÉTODOS E

TÉCNICAS DAS CIENCIAS HISTÓRICAS PARA ESTUDAR AS FONTES

CRÍTICA HISTÓRICA

OPERAÇÕES DE ESTUDO DOS DOCUMENTOS:

HEURÍSTICA – BUSCA

HERMENÊUTICA – INTERPRETAÇÃO

CRITICA EXTERNA – AUTENTICIDADE

CRITICA INTERNA - CREDIBILIDADE

PALEOMEDICINA PALEOPATOLOGIA

CIÊNCIAS DE APOIO

PALEOPATOLOGIA: É A CIÊNCIA QUE ESTUDA VESTÍGIOS DE DOENÇAS DEIXADOS EM FÓSSEIS E MÚMIAS PROCEDENTES DE ÉPOCAS REMOTAS.

PALEOMEDICINA: ENTENDE-SE COMO OS ACTOSDE UMA ACÇÃO MÉDICA DEIXADOS EM FÓSSEIS EMÚMIAS OU MESMO EM OBJECTOS ARQUEOLÓGICOS.

MATERIAL DE ESTUDO

OSSOS SANGUE DENTES

EXAMES:MACROSCÓPICOS, MICROSCÓPICOS,

QUÍMICOS, RADIOGRÁFICOS, ESTATÍSTICOS

PALEOMEDICINA E PALEOPATOLOGIA

LESÕES INFLAMATÓRIAS DIVERSAS NEOPLASIAS FRACTURAS AFECÇÕES DENTÁRIAS DOENÇAS

HOMO SAPIENS – SINAIS DE ARTRITES E OUTRAS LESÕESOSTEOMUSCULARESHOMEM PALEOLÍTICO – ARTRITES, TUMORES EMALFORMAÇÕES

DOENÇAS POVOS PRIMITIVOS

NATURAL: EXEMPLO, AS FRACTURAS OU FERIDAS

SOBRENATURAL: DESCOBRIR QUAL A SUA CAUSA

DEVIDA A UM DEUS DO MAL

RESPOSTA A UMA FALTA COMETIDA PELOS HOMENS

ACÇÃO DE UMA FORÇA SOBRENATURAL MISTERIOSA

MAU OLHADO DEITADO POR ALGUM MORTAL INVEJOSO

TRATAMENTOS POVOS PRIMITIVOS

- CRENÇAS E RITOS MÁGICOS,

- PRODUTOS DE ORIGEM NATURAL

(VEGETAL, MINERAL OU ANIMAL)

- BRUXO OU FEITICEIRO



MESOPOTÂMIA E EGIPTO

MESOPOTÂMIA

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS PARA OS TRATAMENTOS

EXORCISMO OFERENDAS AOS DEUSES RITUAIS DE SACRIFÍCIO MAGIAS

MESOPOTÂMIA

SHÊRTU: SIGNIFICAVA SIMULTANEAMENTE DOENÇA,

PECADO OU CASTIGO DIVINO.

PHARMAKON (GREGO): TEM SIMULTANEAMENTE O SIGNIFICADO DE MEDICAMENTO E VENENO


FONTES ESCRITAS MESOPOTÂMIA

TABUINHAS DE ARGILA GRAVADAS COM UM ESTILETE

O MAIS ANTIGO DOCUMENTO

FARMACÊUTICO CONHECIDO É UMA

TABUINHA SUMÉRIA (TÁBUA DE NIPPUR)

DO ÚLTIMO QUARTEL DO 3º MILÉNIO A.C


EGIPTO

TRATAMENTOS DAS DOENÇAS CONSISTIAM

SACRIFÍCIOS

PRECES

RITUAIS MÁGICOS


EGIPTO

DEUSES COM INTERVENÇÃO NA MEDICINA:

THOT

ISIS

HORUS

ANEPU OU ANUBIS

KHONSU

IMHOTEP


FONTES INFORMAÇÃO MEDICINA EGÍPCIA

TEXTOS RELIGIOSOS

INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS

DESENHOS

BAIXOS RELEVOS

MÚMIAS

TÉCNICAS DE EMBALSAMENTO

PAPIROS MÉDICOS


FONTES ESCRITAS - PAPIROS


FONTES ESCRITAS – PAPIROS

PAPIRO DE EBERS (1550 A.C.):


OUTRAS CIVILIZAÇÕES

ANTIGA PÉRSIA

DEUSES MÉDICOS: THRITA, TRAETONA E AHRIMAN

OUTROS DEUSES: KSHARA (TRATAMENTOS CIRÚRGICOS),

AMERETAP (DEUSA DA VIDA), MITHRA (DEUSA DA SAÚDE)

MÉDICOS-SACERDOTES E OS CIRÚRGIÕES

CIRÚRGIÕES USAVAM DROGAS DE ORIGEM VEGETAL E DE

ORIGEM ANIMAL (CÃES TINHAM ALMA)

ÍNDIA ANTIGA

DEUSES RESPONSÁVEIS PELO DESTINO DO HOMEM-BRAHMA(CONSTRÓI), WISCHNU (CONSERVA), SIVA (DESTRÓI)

LIVROS VEDA (1500 A.C.) TEXTOS RELIGIOSOS COMIMPORTÂNCIA NA HISTÓRIA DA MEDICINA E FARMÁCIA.

SUSRUTA E CHARAKA

DROGAS DE ORIGEM VEGETAL DROGAS DE ORIGEM ANIMAL

DROGAS DE ORIGEM MINERAL

OUTRAS CIVILIZAÇÕES

CONTINENTE AMERICANO

INCAS, MAIAS E AZETECAS

- DOENÇA ERA RESULTADO DE UM PECADO.- COMPLEMENTO COM UM TRATAMENTO

FARMACOLÓGICO

DROGAS ERAM MAIORITARIAMENTE DE ORIGEM VEGETAL

INCAS: COCA; QUINA

MAIAS: UNGUENTOS, UNÇÕES

AZTECAS: ÓLEO DE RICINO, SALSAPARRILHA.

RESUMO CIVILIZAÇÕES PRÉ-CLÁSSICAS

ORIGEM DOENÇA

- NATURAIS

- SOBRENATURAIS

DOENÇA ERA RESULTADO- PECADO- FORÇA SOBRENATURAL- MAU OLHADO

TRATAMENTOS- AMULETOS- FEITIÇOS- RITUAIS MÁGICOS

DROGAS- ANIMAL- VEGETAL- MINERAL

ANTIGUIDADE CLÁSSICA

GRÉCIA E ROMA

GRÉCIAGRÉCIA

PRÁTICAS MÉDICO-FARMACÊUTICAS SEMELHANTES ÁS PRÁTICAS MÉDICO-FARMACÊUTICAS SEMELHANTES ÁS CIVILIZAÇÕES DA MESOPOTÂMIA E EGITOCIVILIZAÇÕES DA MESOPOTÂMIA E EGITO

FORTES CONCEPÇÕES MÁGICO-RELIGIOSASFORTES CONCEPÇÕES MÁGICO-RELIGIOSAS

DOENÇADOENÇA=CASTIGO=CASTIGO

TERAPÊUTICA=MECANISMOS DE REPULSÃO E SIMPATIATERAPÊUTICA=MECANISMOS DE REPULSÃO E SIMPATIA

ASCLÉPIO - FIGURA FUNDAMENTAL DO PERÍODO

PRÉ-TÉCNICO DA MEDICINA GREGA.

GRÉCIA E ROMA

TALES – PRINCÍPIO FUNDAMENTAL ÁGUA

SEUS SEGUIDORES – AR, FOGO, TERRA

GRÉCIA E ROMA

TEORIA 4 ELEMENTOS

HIPÓCRATES

CONSIDERADO “PAI DA MEDICINA”

FOI O MEMBRO MAIS RELEVANTE DA ESCOLA DE COS

GRÉCIA E ROMA

GRÉCIA E ROMA

HIPÓCRATES – CORPUS HIPPOCRATIUM

CONTRIBUI PARA A TEORIA DOS HUMORES (4 ELEMENTOS)

A PATOLOGIA HUMORAL CARACTERIZAVA -SE PELOS 4HUMORES DO ORGANISMO:

-FLEUMA (LINFA)-SANGUE-BÍLIS AMARELA-BÍLIS NEGRA

OS 4 HUMORES TERIAM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS QUEOS 4 ELEMENTOS

GRÉCIA E ROMA

PARA A MEDICINA HIPÓCRATICA AS CAUSAS DAS DOENÇAS PODIAM SER EXTERNAS OU INTERNAS

GRÉCIA E ROMA

AS CAUSAS EXTERNAS PODIAM DIVIDIR-SE:

INANIMADASANIMADASPSÍQUICAS

AS CAUSAS INTERNAS TINHAM DIFERENTESORIGENS:

A RAÇAO SEXOA IDADEAS DOENÇAS CONGÉNITAS

GRUPOS PROFISSIONAIS DE COLECTORES E VENDAS DE DROGAS TERAPÊUTICAS

GRÉCIA E ROMA

MIGMOTÓPOLAS – VENDEDORES PREPARADOS FARMACÊUTICOS

PHARMACOPES-PREPARADORES DE REMÉDIOS

PHARMACOPOLAS – VENDEDORES MEDICAMENTOS AMBULANTES

MIROPOLAS – PREPARADORES UNGUENTOS

ROMAROMA

GRADUALMENTE A ACTIVIDADE MÉDICA PASSAVA A SER GRADUALMENTE A ACTIVIDADE MÉDICA PASSAVA A SER VISTA DE FORMA DIFERENTEVISTA DE FORMA DIFERENTE

GRÉCIA E ROMA

OS MÉDICOS DE ROMA DE MAIOR PRESTÍGIO ABRIRAMAO PÚBLICO :

MEDICATRINA - FUNÇÃO ERA PRESTAR CUIDADOSMÉDICOS À POPULAÇÃO E ONDE SE CEDIAM TAMBÉMMEDICAMENTOS

OS ROMANOS DERAM ESPECIAL IMPORTÂNCIA ÀPERFUMARIA E COSMÉTICA

DIOSCÓRIDES

ESCREVEU MATÉRIA MÉDICA COM (5 VOLUMES)

A SUA INFLUÊNCIA FOI ENORME ATÉ AO SÉCULO XVIII, EXISTINDO INÚMERAS TRADUÇÕES DO GREGO PARA UM GRANDE NÚMERO DE LÍNGUAS.

DIOSCÓRIDES É CONSIDERADO O PAI DA FARMACOGNOSIA

GRÉCIA E ROMA

GALENO

É CONSIDERADO COMO UMA DAS FIGURAS MAIS DESTACADAS DAS CIÊNCIAS MÉDICO FARMACÊUTICAS

DEPOIS DE HIPÓCRATES GALENO É O MÉDICO MAIS CELEBRE DA ANTIGUIDADE

GALENO É CONSIDERADO O CRIADOR DA “FARMÁCIA RACIONAL”

ORGANIZOU UMA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA COMO NUNCA HAVIA SIDO CONSEGUIDA

GRÉCIA E ROMA

CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS EM 3 GRANDES GRUPOS, SEGUNDO UM CRITÉRIO FISIOPATOLÓGICO HUMORAL:

1º GRUPO SIMPLICIA POSSUÍAM APENAS UMA DAS 4 QUALIDADES (SECO, HÚMIDO,QUENTE OU FRIO)

2º GRUPO COMPOSITA POSSUÍAM MAIS QUE UMA DAS 4 QUALIDADES

3º GRUPO INCLUÍA OS QUE ACTUAVAM SEGUNDO UM EFEITO ESPECÍFICO INERENTE À PRÓPRIA SUBSTÂNCIA

PURGANTES VOMITIVOS

GRÉCIA E ROMA

PARA GALENO, O CONCEITO DE MEDICAMENTO ERA IGUAL AOQUE TEMOS HOJE:

COEXISTIAM NO MEDICAMENTO 3 CONSTITUINTESFUNDAMENTAIS

1 – SUBSTÂNCIAS QUE CONFEREM (AO MEDICAMENTO) ASPROPRIEDADES TERAPÊUTICAS AO MEDICAMENTO E SEUSAUXILIARES

2 – OS PRODUTOS QUE EXERCEM UMA ACÇÃO CORRECTIVA DE DETERMINADAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLEPTICAS

3 – OS EXCIPIENTES ONDE AS SUBSTÂNCIAS ACTIVAS ERAMINCORPORADAS, FACILITANDO ASSIM A SUA ADMINISTRAÇÃO.

GRÉCIA E ROMA

FARMÁCIA GALÉNICA

É A ÁREA DAS CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS QUE DIZ RESPEITO AO ESTUDO DOS MEDICAMENTOS DESDE A SUA CONCEPÇÃO ATÉ À TRANSFORMAÇÃO EM FORMA FARMACÊUTICA

GRÉCIA E ROMA

IDADE MÉDIA

CONSIDERA-SE IDADE MÉDIA COMO O PERÍODO ENTRE A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E A TOMADA DE CONSTANTINOPLA .

IDADE MÉDIA

INFLUÊNCIA ÁRABE

IDADE MÉDIA EUROPEIA

A INFLUÊNCIA ÁRABE

1. CONTACTO COM A ALQUIMIA

NOVA LINGUAGEM OBTENÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DOTADAS DE PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS ACESSO A NOVAS OPERAÇÕES E INSTRUMENTOS QUÍMICOS

( ALAMBIQUES, CADINHOS, ALMOFARIZES)

2. INTRODUÇÃO LITERATURA PROFISSIONAL

FORMULÁRIOS – PARA USO FARMACÊUTICOS E DEOUTROS PREPARADORES DE MEDICAMENTOS

ENCICLOPÉDIAS

IDADE MÉDIA

3.INTRODUÇÃO NOVAS FORMAS FARMACÊUTICAS

XAROPES, CONSERVAS- TODOS COM AÇÚCAR E MEL

EXTRACTOS DE ESSÊNCIAS COMO ÁGUA DE ROSAS,

CASCA LIMÃO, LARANJA

IDADE MÉDIA

FORMULÁRIOS

COMPILAÇÕES DE FÓRMULAS E RECEITAS FARMACÊUTICAS ALGUNS COM INSTRUÇÕES DE FABRICO

ALGUNS ESPECIALIZADOS EM FARMÁCIA HOSPITALAR

EXEMPLOS:

AVICENA – OBRA “CÂNON DA MEDICINA”

ALBUCASSIS – OBRA “AL-TASÎF”

IDADE MÉDIA

IDADE MÉDIA EUROPEIA

INFLUÊNCIA DOS CONVENTOS E MOSTEIROS

- PRESERVAM TEXTOS ANTIGOS, MANUSCRITOS COMCARÁCTER DE INTERESSE MÉDICO FARMACÊUTICO, DEGALENO E DISOCÓRIDES

-CRIARAM-SE JARDINS BOTÂNICOS, ONDE SE CULTIVAVAM PLANTAS MEDICINAIS, NECESSÁRIAS À ELABORAÇÃO DE MEDICAMENTOS.

- DESENVOLVEM INSTITUIÇÕES HOSPITALARES ONDEDESENVOLVEM PRÁTICA CURAR.

IDADE MÉDIA

2. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADES

ESTIMULADAS E ORGANIZADAS PELO PODER RELIGIOSO

ORDEM DOS FRANCISCANOS – SÃO FRANCISCO DE ASSIS, EM 1209

ORDEM DOS DOMINICANOS – SÃO DOMINGOS, EM 1215

MÉTODO DE ENSINO: MEMORIZAÇÃO E DISCUSSÃO DOSTEXTOS NAS AULAS, E ESTUDO DE ANATOMIA (DISSECAÇÃO).

IDADE MÉDIA

CONSEQUÊNCIA DA FUNDAÇÃO DE UNIVERSIDADES GERA-SE UMA SEPARAÇÃO ENTRE 3 GRUPOS DE

PROFISSIONAIS NUMA GRANDE ÁREA DO SABER:

1 – MÉDICOS – PARTE TEÓRICA DA MEDICINA

2 – CIRURGIÕES – CIRURGIA E FARMÁCIA

3 – BOTICÁRIOS - FARMÁCIA

IDADE MÉDIA

SEPARAÇÃO PROFISSIONAL E OFICIAL ENTRE A MEDICINA E A FARMÁCIA

PROMULGAÇÃO EM 1240 “MAGNA CARTA DE FARMÁCIA” (FEDERICO II, REI DA SICÍLIA E IMPERADOR GERMÂNICO)

MÉDICO

EXAMINAVADIAGNOSTICAVAPRESCREVIA EM FUNÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO DAS DROGAS

BOTICÁRIO

PREPARAVA OS MEDICAMENTOS DE ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES MÉDICAS E O SEU CONHECIMENTO DAS DROGAS

FAZIA A COLHEITA, ARMAZENAMENTO E TRANSFORMAÇÃO DOSMEDICAMENTOS

IDADE MÉDIA

VÁRIOS HOSPITAIS FORAM FUNDADOS NO PERÍODO MEDIEVAL

HOSPITAL DE ALENQUER HOSPITAL DE ALMADA HOSPITAL DE TECELÕES DE LEIRIA HOSPITAL DE LOULÉ HOSPITAL DE S. BRÁS EM ÉVORA

IDADE MÉDIA

Boticários

D. Afonso V concedeu em 1449

"Carta de Privilégios dos boticários “

à aplicação da justiça,

à isenção do recrutamento militar,

ao direito de porte de armas,

à isenção da obrigação de vários impostos própriosdos ofícios mecânicos

Boticários

D. Afonso -1461

promulgou uma carta para a completa separação entre as profissões farmacêutica e médica.

Proibiu:

a preparação de medicamentos para venda por parte dos médicos e cirurgiões.

a venda de medicamentos compostos ao público em localidades onde houvesse boticário.

os boticários de aconselhar qualquer medicamento aos doentes.

Físico - Mor

Tinha amplas atribuições de âmbito farmacêutico

Regulava o acesso à profissão farmacêutica;

Em 1521, o Regimento do Físico-Mor do Reino, determinava a obrigatoriedade de um exame a todos aqueles que pretendessem exercer a profissão de boticários

Físico - Mor

Concedia licenças para a instalação dos

boticários em Lisboa;

Regulava as visitas de inspecção às boticas;

Fixava os preços dos medicamentos;

Concedia licenças para o fabrico de remédios de segredo particular.

O seu lugar foi extinto em 1836.

Organização curso

Primeiro e segundo ano

Ensino de Latim

Terceiro ao sexto ano Trabalho prático numabotica

Exame FinalExame Final

Influência Portuguesa no Oriente

A Índia e o Japão foram indiscutivelmente os locais do Oriente onde mais se projectou a acção dos portugueses;

Influência Portuguesa no Oriente

Grandes vultos da ciência médica:

Garcia da Orta

Amado Lusitano

Rodrigo de Castro

Garcia da Orta

Nome mais significativo deste período

Natural de Castelo de Vide

Estudou em Salamanca e Alcalá

1534 – Embarcou para a Índia como médico de Martim Afonso de Sousa

Escreveu Colóquios dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia (Goa, 1563)

Garcia da Orta

Descreve as drogas, sua origem e propriedades

terapêuticas, em dialogo com o médico espanhol Ruano

Drogas descritas: aloés, melão, mirabolanos, cânfora, ruibarbo, sândalo, etc

Amado Lusitano Médico

Natural de Castelo Branco

Judeu

Estudou medicina em Salamanca

Foi perseguido pela a Inquisição tendo que mudar de cidade várias vezes. Mudou-se para Antuérpia (1534)

Foi dos primeiros a comentar a obra de Dioscorides,

• Escreveu Centúrias - constituído por 7 partes, em cada descreve a doença indicando depois a terapêutica e instituir referindo por diversas vezes o formulário correspondente à medicação.

Amado Lusitano

Centúrias - constituído por 7 partes, em cada descreve a doença indicando depois a terapêutica e instituir, referindo por diversas vezes o formulário correspondente à medicação.

Rodrigo de Castro

• Cristão

• natural de Lisboa

• estudou em Salamanca

• médico em Évora e Lisboa

• De Mulierum Medicina (Colónia, 1603) que é um autêntico tratado de ginecologia

BARROCO

Introdução medicação química

Do ponto de vista terapêutico, a farmácia química foi uma das inovações mais importantes desta época.

Contudo grande parte das boticas portuguesas não possuíam estruturas e utensílios fundamentais para a manipulação química.

Farmácia conventual

Passam a existir boticas em muitos conventos e mosteiros

Exemplo:

Boticas dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, dos Dominicanos e dos padres da Companhia de Jesus

1ª farmacopeia portuguesa, Pharmacopeia

Lusitana (1704), foi escrita pelo cónego Regrante

de Santo Agostinho, D. Caetano de Santo António

Remédios secretos

Eram preparados em grandes quantidades e a sua

composição sigilosa.

Distribuição era feita por diversos profissionais: médicos, cirurgiões que eram os seus principais produtores.

“Água de Inglaterra ”, foi dos medicamentos secretos mais populares.

Figuras importantes do Barroco

Curvo Semedo

João Vigier

Castro Sarmento

Curvo Semedo nascido no Alentejo

médico e autor português dos finais do século XVII.

rapidamente ganhou uma enorme fama como inventor de remédios.

uma das suas grandes obras foi Polianteia Medicinal.

apresentou medicamentos preparados quimicamente

João Vigier (1662-1723)

Oriundo de França e imigrado em Portugal desde o início do século XVII.

Era comerciante de drogas, mas durante algum tempo exerceu a arte farmacêutica.

Autor da “Farmacopeia Ulissiponense” (1714): foi a 1ª obra portuguesa a tratar organizadamente a preparação de medicamentos

Apresenta uma química medicinal muito iatroquímica.

Atribuía grande importância a drogas de origem vegetal ou animal.

Castro Sarmento

Nasceu em BragançaNasceu em Bragança

Praticou medicina em Beja e em LisboaPraticou medicina em Beja e em Lisboa

Percursor da vacina anti varíola e estudou a maláriaPercursor da vacina anti varíola e estudou a malária

As suas obras, pode destacar-se o estudo “As suas obras, pode destacar-se o estudo “MateriaMateria Medica” (1735)Medica” (1735)

Castro Sarmento

Contribuiu para a reforma do ensino e da Contribuiu para a reforma do ensino e da investigação científica em Portugal.investigação científica em Portugal.

Tornou-se muito conhecido em Portugal pela Tornou-se muito conhecido em Portugal pela preparação da “preparação da “Água de InglaterraÁgua de Inglaterra”.”.

ILUMINISMO

A farmácia em Portugal

Três aspectos têm importância

O dispensatório farmacêutico e ainvestigação científica

Literatura farmacêutica, nomeadamente farmacopeias

Exercício da prática profissional

Directores do dispensatório

Dispensatório Farmacêutico era a botica do hospital

Dispensatório estava na dependência directa da Faculdade de Medicina

Ensino fundamentalmente prático

José Francisco Leal (1744-1786), Francisco Tavares (1750-1812) foram dois desses directores

Directores do dispensatório José Francisco Leal (1744-1786)Instituições ou elementos de Farmácia

Francisco Tavares (1750-1812) De pharmacologia libellus (1786)

Medicamentorum sylloge (1787)

Advertências sobre os abusos, e legitimo uso das águas minerais das Caldas da Rainha (1791)

Observações e reflexões sobre o uso proveitoso esaudável da quina na gôta (1802)

Organização curso

Curso de boticário

4 anos

-2 1ºs anos - laboratório químico

-2 anos seguintes - prática no dispensatório farmacêutico

Literatura farmacêutica Farmacopeias

Objectivos

Conferir a formação farmacêutica conveniente aos futuros boticários.

Orientar no exercício da prática profissional todo o boticário que preparasse os medicamentos.

Ficou proibida a preparação de medicamentos por outra farmacopeia que não aquela aprovada oficialmente.

Farmacopeias portuguesas 1704 – Pharmacopea Lusitana de D. Caetano de santo António(outras edições em 1711, 1725 e 1754)

1713 – Pharmacopea Bateana de Jorge Bateo

1716 – Pharmacopea Ulyssiponenese de João Vigier

1735 – Pharmacopea Tubalense (outras edições em 1751 e1760)

1766 – Pharmacopea Portuense de António Rodrigues Portugal

1768 - Pharmacopea Meadiana de Ricardo Mead

1772 – Pharmacopea Dogmática de João de Jesus Maria

1785 – Farmacopéa Lisbonense (outra edição 1802) de João deJesus Maria que em 1791 traduziu e adaptou a PharmacopoeiaColegii Regalis Medicorum Londinensis.

Descobertas relevantes

HIGIENE PUBLICA – PREVENÇÃO

HIGIENE PUBLICA – ERA NECESSÁRIO UMA REGULAMENTAÇÃO ADEQUADA QUE PROPORCIONASSE ÁS POPULAÇÕES UMA DEFESA SANITÁRIA E MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA.

VACINAÇÃO – UM DOS ASPECTOS MAIS EVIDENTES DA PREVENÇÃO FOI O DA VACINAÇÃO ANTIVARIOLICA, POR EDUARD JENNER.


HOMEOPATIA HOMOIOS (GREGO) = SEMELHANTE

PATHOS (GREGO) = DOENÇA

PARA HAHNEMANN TODA A SUBSTÂNCIA QUE ORIGINASSE NO ORGANISMO SINAIS SEMELHANTES AOS SINTOMAS DE UMA DOENÇA,ERA SUSCEPTÍVEL DE TRATAR ESSA DOENÇA.

EX: QUINA – TRATAMENTO PARA A FEBRE, PODIAPRODUZIR ESTADOS FEBRIS ADMINISTRADA EMALTA DOSE.

ROMANTISMO


Dois aspectos têm importância

A criação da Sociedade Farmacêutica

Lusitana

Fundação das escolas de Farmácia em

Lisboa, Coimbra e Porto

Sociedade Farmacêutica Lusitana

Objectivos

valorizar a profissão farmacêutica e a farmáciaenquanto ciência

Emancipação sócio profissional relativamente àmedicina

Escolas de farmácia

Escola de Farmácia de Coimbra foi criada em anexo à faculdade de Medicina

Escola de Farmácia de Lisboa e do Porto foram criadas em anexo às escolas médico-cirúrgicas

Não conferiam titulo académico, nem o curso era considerado superior, o que só aconteceu em 1902

Tipos de farmacêuticos

Consoante a vias de acesso ao titulo defarmacêutico:

a) os que frequentavam regularmente o curso de farmácia em qualquer Escola reconhecida eram incluídos no grupo de farmacêuticos de 1ª ordem;

b) os que já exercem a profissão a nível pratico á 8 ou mais anos e concorriam a um exame final eram incluídos no grupo dos farmacêuticos de 2ª ordem;

Tipos de farmacêuticos

Contudo havia um regime paralelo para o acesso ao diploma de farmácia:

a) eram admitidos a exame final todos aqueles que tivessem oito anos de prática numa farmácia, mesmo que não tivessem frequentado os cursos teóricos e os cursos práticos nas Escolas

Publicações científicas

1835 - Código Pharmaceutico Lusitano;

De Agostinho Albano da Silveira Pinto (1785-1852), médico

e doutor em Filosofia.

António José de Sousa Pinto (1777-1853),

Farmacêutico de Lisboa escreveu os Elementos de Pharmacia, Chymica, e Botanica para uso de principiantes.

POSITIVISMO


Aspectos relevantes

Emancipação dos estudos farmacêuticos relativamente à medicina e a passagem da farmácia a curso superior

Industrialização da produção medicamentosa

Aparecimento das primeiras obras científicas da autoridade farmacêutica

Integração do farmacêutico na dinâmica da saúde pública

Organização curso

1902 por Carta de Lei de 19 de Julho

O curso passou a ser superior nas 3 escolas

Aspecto cientifico, curso estruturado em dois anos,cada um com 4 cadeiras

1911 Por Decreto de 26 de Maio

O curso passa a 4 anos, sendo os 2 últimos semestresrealizados um estágio hospitalar.

Torna-se independente das Faculdades de Medicina


PASTEUR (LOUIS) E ROBERT KOCH

São as figuras do desenvolvimento da microbiologia do sec XIX

Passou-se a partir deles, a poder determinar e identificar os agentes causais de determinadas doenças contagiosas


PASTEUR

• Responsável pela fermentação láctea

• Pasteurização

• 1862- Provou que a proliferação de microorganismos no seu caldo de cultura provinham de uma contaminação de germes provenientes do exterior e não de geração espontânea


VACINAÇÃO

Chegou à conclusão que podia prevenir as doenças após inoculação nos animais de culturas bacterianas envelhecidas e por isso de menor virulência

1 – Sabia-se qual o agente propagador

2 – Criou uma metodologia e um modelo de imunização


ROBERT KOCH Principal rival de Pasteur

Isolou a bactéria da tuberculose

Isolou a bactéria da cólera

Descobriu a tuberculina que não era o tratamento mas sim o teste de diagnóstico

Esterilização pelo vapor

Descobertas relevantes OUTRAS DESCOBERTAS

HERPES

GRIPE

VARICELA

HEPATITE


ASSEPSIA CIRURGICA

Lister (1827 – 1912)

Método para evitar infecções decorrentes das intervenções cirúrgicas

Desinfecção das mãos e luvas, e instrumentos cirúrgicos


Anestésicos

• Long – éter

• 1847 – JAMES SIMPSON - clorofórmio



Após a 1ªgrande guerra continua o processo de industrialização dos medicamentos

No receituário médico, o formulário magistral dá lugar ao nome comercial do medicamento


As farmácias de oficina vão sofrendo transformações:

De locais de fabrico e dispensa de medicamentos passam a locais preferencialmente de dispensa de medicamentos.

Publicidade, Promoção do medicamento

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE

ATÉ SEC XXATÉ SEC XX

Medicamentos eram produzidos em farmácias e sua Medicamentos eram produzidos em farmácias e sua qualidade dependia essencialmente:qualidade dependia essencialmente:

Qualidade das matérias-primasQualidade das matérias-primas

Exactidão das matérias - pesadasExactidão das matérias - pesadas

Conhecimento, habilidade e experiência do Conhecimento, habilidade e experiência do farmacêuticofarmacêutico

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE

FARMÁCIA MAGISTRALFARMÁCIA MAGISTRAL

PRODUÇÃO ARTESANALPRODUÇÃO ARTESANAL

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DURANTE SEC XX

MEDICAMENTOS SÃO PRODUZIDOS EM GRANDE ESCALA

NECESSIDADE:

- GARANTIR A ESTABILIDADE DOS PRODUTOS DURANTE OSTOCK

- CRIAR DIRETRIZES E PROCEDIMENTOS PARA ORIENTAR ECONTROLAR A PRODUÇÃO INDÚSTRIA FARMACÊUTICA(PRODUÇÃO EM ESCALA INDUSTRIAL)

CRIAÇÃO NORMAS ESPECÍFICAS DE BPF

Criadas para garantir produtos farmacêuticos:

EFICAZES –contenham a quantidade de activos declarada e exerçam a acção esperada.

SEGUROS – na dosagem e utilização correctas, seus efeitos secundários sejam reduzidos ao mínimo aceitável

ESTÁVEIS E COM BOA APRESENTAÇÃO - mantendo as suas características e actividades até ao final de prazo de validade estabelecido.

A REGULAMENTAÇÃO FARMACÊUTICA EM PORTUGAL DURANTE O SÉC. XX

ORIGENS DA REGULAMENTAÇÃO ORIGENS DA REGULAMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEACONTEMPORÂNEA

Obrigatoriedade de direcção técnica por farmacêutico(1924)

Outros requisitos de funcionamento:

espaço e equipamento (1930)

Indivisibilidade da propriedade e da direcção técnica(1933)

A comparticipação do estado no preço dos medicamentos (1960)

ORIGENS DA REGULAMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEA

A instituição da Ordem dos Farmacêuticos(1972)

Extinção da Direcção Geral de Saúde(1984)

Criação da Direcção Geral dos assuntos farmacêuticos(1984)

A criação do INFARMED (1993)

INFARMEDINFARMED

INFARMEDINFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e Produtos de Saúde

-Regular e supervisionar os sectores dos medicamentos, dispositivos médicos e produtos cosméticos e de higiene corporal, segundo os mais elevados padrões de protecção da saúde pública,

-Garantir o acesso dos profissionais da saúde e dos cidadãos a medicamentos, dispositivos médicos, produtos cosméticos e de higiene corporal, de qualidade, eficazes e seguros.

HISTÓRIA DA FARMÁCIAHISTÓRIA DA FARMÁCIA

Obrigada pela atenção…..Obrigada pela atenção…..

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