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7/30/2019 HIPNOSE AUTÓGENA-K http://slidepdf.com/reader/full/hipnose-autogena-k 1/24 HIPNOSE AUTÓGENA CURSO DE HIPNOSE AUTÓGENA Autor: S. Koji Narimatsu - Hipnólogo  A G R A D E C I M E N T O S :__________________________________________ 1 1

HIPNOSE AUTÓGENA-K

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HIPNOSE AUTÓGENA

CURSO

DEHIPNOSE

AUTÓGENA

Autor: S. Koji Narimatsu - Hipnólogo

 A G R A D E C I M E N T O S :__________________________________________

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Aos meus Pais, pelos esforços sem medidapara a minha educação e subsistência, pelos ensinamentossobre a vida e pelo amor e carinho que sempre mebrindaram.

Aos meus Amigos, pelos bons e ótimos

momentos vivenciados e pelos conhecimentos adquiridos.Aos meus Mestres e instrutores, pelosconhecimentos e aprendizados que compartilhamos.

Aos meus Alunos, pelo que ensinei e aprendi juntos, pois quem ensina também está aprendendo.

Aos meus Pacientes, pela oportunidade decurá-los e assim aprender e compartilhar conhecimentos.

À minha esposa, pela paciência ecompreensão, pelo apoio e dedicação.

Ao Nosso Senhor Jesus Cristo, pela Inspiração,

pela sabedoria, ânimo e forças, pelo seu Infinito Amor eMisericórdia.

Ao Deus Todo Poderoso, por diversas vezes terme livrado do perigo e da morte, da doença e do infortúnio.Pelo seu Amor Infinito e por sua Divina Misericórdia. Pelapaciência e complacência que Ele tem com todos nós. PelaAlegria e Felicidade Inefáveis que sinto sempre que estouem sintonia. Pelos ensinamentos divinos que Ele nostransmite, inclusive por esta obra.

  MUITO OBRIGADO!!!MUITO OBRIGADO!!!MUITO OBRIGADO!!!

 INTRODUÇÃO:______________________________________________________

O objetivo deste curso é ensinar de formaprática e clara a indução ao estado de transe hipnótico,onde o praticante exercita a capacidade de aproximação

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física ou mental do estado de relaxamento psicossomático ehipnótico.

Esse estado mental, em que o subconsciente éacessado, é como uma lâmpada maravilhosa: basta fazer opedido, que o Gênio do subconsciente realiza todos os

nossos pedidos.Pode parecer fantástico, mas todos os pedidospodem ser realizados pelo gênio.

Ao que crê, tudo é possível. Euparticularmente creio num Deus do impossível.

Quando ouvimos dizer que a Fé removemontanhas, isto quer dizer que para a Fé tudo é possível.

Em diversas passagens da bíblia, quando Jesusrealizava uma cura ou milagre, fica evidente o papel da Fé.

Através da Hipnose Autógena atingimos um

estado mental e espiritual de oração profunda, ondepodemos sentir a presença do Poder Supremo.

É justamente do afastamento e dadesobediência à Deus que o homem vem sofrendo todasorte de infortúnios.

Ao observar toda a miséria humana, em todosos seus aspectos, vê-se o estado caótico em que chegamos.

A corrupção de valores, o descontroleemocional, os medos, as incertezas, as incapacitações, a

banalidade; e consequentemente o stress, as doenças, ainfelicidade...Com todo o avanço tecnológico e científico

ainda não inventaram uma pílula mágica para estes males esuas mazelas, pois química alguma poderia transformar asprofundezas da mente humana. Pode-se entorpecer etranqüilizar quimicamente o cérebro, mas operar mudançasprofundas só é possível mediante uma propedêuticaadequada.

Através da Hipnose Autógena é possívelmodificar as profundezas da mente. Melhorando o caráter,aprimorando virtudes e talentos ou eliminando vícios efraquezas. Libertando a mente dos medos e obstáculos queimpedem a felicidade. Removendo a dor e até as causas dosdistúrbios orgânicos e psíquicos, pelas viaspsiconeurimunológicas e psicossomáticas.

Enfim, a Hipnose Autógena é a PanacéiaUniversal, que com o concurso do Poder Supremo,desencadeado através dela, pode nos levar à uma vida

plena e feliz, repleta de realizações em todos os sentidospositivos.

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1.1. O QUE É HIPNOSE ?______________________________________________

Quando se fala em hipnose, logo nos vem à mente a imagem de um homemdotado de poderes mágicos, que coloca as pessoas em um estado de transeinstantaneamente e em seguida faz toda sorte de proezas, como regressão dememória, rigidez cataléptica, leitura do pensamento, domínio da mente, curasfantásticas, etc.

A primeira impressão é de que o hipnotizador faz as pessoas dormireminstantaneamente através de algum poder desconhecido.

É este poder maravilhoso, universalmente ambicionado, que tem atraídocientistas, médicos, sacerdotes e políticos, o objeto de nossos estudos.

Segundo o dicionário de língua portuguesa hipnose é o “estado mentalsemelhante sono, provocado artificialmente, e no qual o indivíduo continua capaz deobedecer as sugestões feitas pelo hipnotizador”.

Esta definição é correta, mas permite equívocos de interpretação, como o dese pensar que hipnose é sono. No dicionário de psicologia de Warren encontramos que “Hipnose é um

estado artificialmente induzido, às vezes semelhante ao sono, porém sempre

fisiologicamente distinto do mesmo, tendente a aguçar a sugestibilidade,acarretando modificações sensoriais e motoras, além de alterações de

memória.”

A Hipnose é um fenômeno de vasta abrangência que foge à uma conceituaçãoou explicação simplista.

De uma forma geral, a hipnose está em tudo. Em todas as relações decomunicação, no dia-a-dia, nos gestos, na mídia, nas artes, na música, na religião, namedicina, etc.

Há hipnose quando se administra um medicamento e sugere-se umarecuperação rápida.

Há hipnose quando se administra uma benção, dizendo que as coisas vãomelhorar.

Há hipnose quando se ouve uma música e a letra ou melodia nos faz recordar momentos, sonhar, alegrar ou entristecer.

Há hipnose quando se faz algum augúrio ou presságio.

Há hipnose quando se faz promessas, a si mesmo, a um santo ou aos outros.Com efeito, há hipnose sempre que se consegue auferir uma crença, umaconfiança, uma sugestão ( verbal ou não verbal ) que conduza a uma alteração doestado físico, mental e emocional.

Pois, de acordo com Liebeault e Bernhein, a Hipnose é Sugestão.A Hipnose é uma técnica que permite o acesso direto do subconsciente, onde

as sugestões são implantadas diretamente.Toda sugestão dada ao consciente, pode ou não ser executada ou mesmo

rejeitada. Mas quando a sugestão entra no subconsciente, ela é fielmente executada,com as vantagens de se produzirem inclusive mudanças biológicas que fogem aocontrole consciente, como o controle do sono, da fome e da dor.

Muito embora existam várias teorias e definições para explicar o que éHipnose, nenhuma é suficientemente abrangente ou definitiva. Todas elas apresentamdivergências quanto aos processos internos que conduzem ao fenômeno hipnótico.

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Faz-se notório observar que hipnose não é sono.À despeito da aparente semelhança, existem diversas diferenças.À nível de consciência, enquanto o sono consiste num desligamento

quase total, uma desconcentração, um estado de inconsciência, a hipnose é umestado de concentração total da consciência num só foco, é uma superconsciência.

Do ponto de vista fisiológico, os resultados de investigações de indivíduos nosdois estados sugerem que o estado de hipnose assemelha-se mais à vigília que aosono, tanto à nível respiratório como circulatório.

Além da aparência externa, a única semelhança interna é que ambos os estados permitem o acesso ao Inconsciente ou Subconsciente.

1.2. NEUROFISIOLOGIA DA HIPNOSE:_________________________________

As extensas investigações dos pesquisadores sobre o estado hipnóticoconduzem-nos à uma compreensão mais objetiva deste poder maravilhoso que resideno cérebro de cada um. Assim, todos ( que possuem uma inteligência razoável -entenda-se que todos somos inteligentes, menos os que sofrem de alguma deficiênciamental - ) podem entrar em hipnose.

Durante a hipnose o paciente fica num estado de inibição da córtex cerebral,onde permanecem ativos apenas um ou dois canais de comunicação do córtex com omeio exterior; esse canal apresenta a capacidade de influir poderosamente sobre o

 paciente, através das sugestões dadas pelo operador. Assim, a hipnose é um estado deatenção concentrada. Quando vemos um filme e estamos tão envolvidos pelas cenas e

 pelos diálogos, que acabamos não “ouvindo” a música de fundo, estamos em hipnose.A diferença fundamental é que a hipnose clínica aproveita esta capacidade do

cérebro para efetuar profundas mudanças psíquicas e fisiológicas.Segundo Hebb e Lilly, a indução hipnótica é decorrente da monotonia

 prolongada e do isolamento artificial dos sentidos que vão produzindo uma inibiçãoda córtex cerebral e uma dissociação do Sistema Reticular Ativador.

Quando o paciente entra neste estado, as ordens do hipnólogo dirigidas aocórtex são executadas e transmitidas aos órgãos internos desejados, assim é possívelanalgesar um órgão ou estimular uma glândula.

A hipnose terapêutica consegue corrigir distúrbios orgânicos através dasrelações de dependência entre o Sistema Nervoso Neurovegetativo e o CórtexCerebral. A experiência de Bikow comprova esta possibilidade.

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Para o Subconsciente não existem as limitações impostaspela lógica, tempo ou espaço. Ele contém todas as

lembranças, de qualquer tempo. Ele pode dar as soluções

perfeitas para qualquer problema. E pode também acionaras forças internas e até o Poder Supremo, que conduzemà cura, ao sucesso e à felicidade.

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2.1.DADOS HISTÓRICOS:_____________________________________________

Perde-se na noite dos tempos a origem deste conhecimento fabuloso, queoutorga ao hipnotizador uma qualidade de fascínio, sedução e força que lhe

concederá o exercício do poder sobre os outros.A busca do poder foi desde tempos imemoriais a grande ambição humana.Desta forma, a hipnose outras ciências que estudam o comportamento humano,sempre foi buscada por estudiosos que ambicionavam uma forma de influir sobre osoutros.

Os babilônicos, assírios e caldeus eram grandes astrólogos e ocultistas *, e portanto pesquisavam as forças internas do ser humano, tanto com finalidadesreligiosas como medicinais. Nos murais da Babilônia há documentação que evidenciao uso generalizado da hipnose, sempre restrita a nobreza e aos sacerdotes. “Aliás,naquele tempo, a medicina era monopólio de uma casta de sacerdotes médicos,

ligados por laços indissolúveis ao poder secular dos monarcas, sendo estes os maioresinteressados em submeter o povo. Com o escopo de garantir a estabilidade política,usavam, entre outras coisas, as técnicas da hipnose” para o controle das massas.

Também os egípcios utilizavam a hipnose com resultados notáveis. Existemreferências que datam de cerca de 3.000 anos contendo instruções técnicas deindução hipnótica. Também referências a um médico que fazia energização com asmãos sobre os corpos dos seus pacientes, promovendo a cura de várias enfermidades.Eram famosos os “Templos dos sonhos”, onde as pessoas eram induzidas ao sono eneste estado eram aplicadas as sugestões hipnóticas.

Como em outras civilizações, a hipnose no Egito foi reservada a classesacerdotal. Estes sacerdotes médicos não só curavam, como também, eramrepresentantes espirituais dos faraós, encarregados a manipular e controlar o povo,garantindo a estabilidade política e a paz.

Os Astecas, Toltecas, Incas e Maias também utilizavam a hipnose de formasemelhante aos egípcios, ou seja os médicos sacerdotes aplicavam para a cura econtrole das massas, associando tal poder à um Poder Supremo ou divindade.

 Na Grécia, os grandes filósofos e sábios dirigiam-se para o Egito para buscar aIniciação ( nos conhecimentos superiores ), de onde trouxeram todo o legadocientífico, filosófico e religioso. Sendo eles os portadores do conhecimento sobre as

técnicas hipnóticas. No século X, o grande filósofo e médico árabe conhecido por Avicena

dedicava-se a prática da hipnose pelo uso da imaginação. No período renascentista alguns médicos empregavam a hipnose, entre eles o

ilustre Paracelso.Também no oriente, a prática da hipnose foi muito difundida, embora mesclada

com técnicas como o Yoga e as Artes Marciais. E, assim como no ocidente, a místicae a religião estavam ligadas às artes médicas, usando assim, a hipnose para finsterapêuticos e místicos ( a própria concentração ou meditação é uma forma de

hipnose, pois esta é a concentração da atenção num só foco ). Na Segunda metade do século XVI, um padre da Companhia de Jesus,conhecido como padre Grassner utilizava a hipnose em suas curas espetaculares.Este jesuíta justificava seus métodos como sendo um exorcismo, livrando-se assim dacondenação de seus superiores clericais, que o aprovavam pois naquela época aigreja aceitava que as doenças eram simples casos de possessão demoníaca.

Há um interessante relato de um médico que queria conhecer os misteriosos processos terapêuticos do padre Grassner, e assim descreve: “ Entrando de maneira

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dramática no aposento, o padre Grassner tocou a jovem com o crucifixo, e essa,

como que fulminada, caiu ao chão em estado de desmaio. Falando-lhe em latim, a

 paciente reagiu instantaneamente. A ordem: “Agitatur bracium sinistrum”, o braço

esquerdo da jovem começou a mover-se num crescendo de velocidade. E ao

comando tronitoante “Cesset”! o braço se imobilizara, voltando a posição anterior.

 Ato contínuo, o padre lhe sugere que está louca, e a jovem com o rosto horrivelmentedesfigurado, corre furiosamente pela sala, manifestando todos os sintomas

característicos da loucura. Bastou a ordem enérgica “Pacet”! para que ela se

aquietasse como se nada houvesse ocorrido de anormal. O padre Grassner nesta

altura lhe ordena falar em latim, e a jovem pronuncia o idioma que normalmente lhe

é desconhecido. Finalmente, Grassner ordena a moça uma redução nas batidas do

coração. E o médico presente constata uma diminuição na pulsação. Ao comando

contrário, o pulso se acelera, chegando a 120 pulsações por minuto. Em seguida, a

 jovem estendida no chão, recebe a sugestão de que as suas pulsações se iriam

reduzir cada vez mais, até cessarem completamente. Seus músculos se iriam

relaxando totalmente, e ela morreria, ainda que apenas temporariamente. E omédico, espantado, não percebendo sequer vestígios de pulso ou respiração, declara

a jovem morta! O padre Grassner sorri confiantemente. Bastou uma ordem sua, para

que a jovem tornasse gradativamente a vida. E com o demônio devidamente expulso

de seu corpo, a moça, sentindo-se como nascida de novo, desperta e agradece

 sorridente ao padre o milagre de sua cura”.

Através deste relato, percebemos claramente que se trata de uma hipnose profunda e que nos nossos dias ocorre algo análogo em algumas comunidadesreligiosas, comprovando através das curas milagrosas obtidas diariamente nestes

locais a eficácia da hipnose.Corrobora com este fato, a existência aqui no Brasil, de uma igreja queencomendou à um grande hipnotizador a organização de todo o seu esquema detrabalho. Lamentavelmente, estão usando a hipnose não só para a cura, mas para aexploração econômica.

Atribui-se o início da hipnose científica com o Dr. Franz  Anton Mesmer,

que nasceu na Alemanha em 1735.Em 1779, Mesmer publica o seu tratado sobre o “Magnetismo Animal”.

 Naquela época a hipnose passou a ser conhecida como Magnetismo ou Mesmerismo.Mesmer acreditava na existência de um fluído universal que pode ser 

transmitida, comunicada, concentrada, acumulada e propagada. Desta forma ahipnose seria o resultado da transmissão ou comunicação deste fluído, sendo ohipnotizador o acumulador e transmissor desse fluído, que ministrado direta ouindiretamente aos pacientes, provocava reações convulsivas, sem as quais nãoadviria a cura.

 No início, Mesmer usava uma vara te metal com a qual tocava seus pacientes, provocando as “convulsões terapêuticas”. Depois, descobriu que apenas tocando comas mãos obtinha o mesmo transe, efetuando curas tidas como impossíveis. Com issosua clientela aumentou demasiadamente, ao ponto de se iniciarem as curas coletivas.

Mesmer teve ascensão e sucesso admiráveis, o mesmerismo virou moda naaristocracia francesa. Chegando a atender cerca de 130 pessoas juntas que aosegurarem uma ponta de um aparelho batizado de “baquet” eram magnetizadascaindo em transes convulsivos, com choros, gemidos ou gargalhadas enquanto o Dr.Mesmer caminhava altivo pela sala “parando, de vez em quando, diante de uma das

 pacientes mais excitadas, fitando-lhe firmemente os olhos, enquanto lhe seguravaambas as mãos, estabelecia contato imediato por meio de seu dedo indicador, “ como

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descreve Deleuze, em sua “História crítica ao Magnetismo Animal”, publicado em1813.

Em 1784, o Marquês Armando Chastenet de Poységur, que foi discípulo deMesmer, descobriu ao acaso um estado de transe sem crise ou convulsão, ao qualdenominou de “Sonambulismo artificial”, pois os pacientes comportavam como se

fossem sonâmbulos. Nesse estado tranqüilo, o paciente era capaz de pensar e falar deforma mais inteligente, indicando o estado de sua moléstia e os remédios que deveriatomar (faziam um auto-diagnóstico e prescrição). Mais tarde o mesmo camponês, denome Vitor, com o qual o marquês descobriu o sonambulismo magnético, era capazde não só ver o seu estado e o desenvolvimento de sua enfermidade, como também dever em outras pessoas os distúrbios e os medicamentos indicados para a cura.

 Neste mesmo ano, a Comissão Real, formada pela Sociedade Real deMedicina, dá um relatório desfavorável ao magnetismo animal, obviamente haviamvárias razões, que iam desde a inveja ao ciúme profissional. Infelizmente isto aindaocorre nos dias de hoje.

Apesar disto, o magnetismo animal prosseguia fazendo maravilhas. E em 1812,é criado em Berlim um hospital mesmérico e um departamento de magnetismo.

Em 1814, o Abade Faria, descobre a técnica de fascinação. E coloca que acausa do sonambulismo não depende do magnetizador, mas do paciente.

Em 1819, ocorre a primeira extração dentária realizada em um pacientemagnetizado, feita por Martorel em Paris.

Em 1820, o Barão de Dupotet foi o primeiro hipnotizador não médico atrabalhar nas enfermarias dos hospitais.

Em 1829, Cloquet faz uma mastectomia sob a magnetização do Dr. Chapelain.

Em 1838, John Elliotson, educado em Edinburgh e Cambridge, nomeado professor catedrático de medicina da Universidade de Londres e Presidente daSociedade Real de Medicina e Cirurgia de Londres, declarou acreditar nomagnetismo.

Em 1843, Elliotson funda o “Zoist”, um jornal dedicado à fisiologia cerebral eao mesmerismo, onde há fartos relatos de intervenções cirúrgicas sob anestesiahipnótica, sem dor e sem sangramento.

Em 1846, Elliotson funda em Londres o “Mesmeric Hospital”. E nesta mesmaépoca surgiram outros hospitais mesméricos em várias partes do mundo (comoAlemanha, França, Áustria, EUA) realizando feitos terapêuticos maravilhosos.

Em Exter, o Dr. Parker, um médico cirurgião mesmerizou cerca de 1.200 pessoas, realizando cerca de 200 operações sem dor.

Em 1842, o Dr. Ward , de Londres, amputou a perna de ma paciente sobmagnetização.

Em 1843, o Dr. James Braid publica a sua obra “Neurypnologi, or the rationaleof nervous sleep”, onde pela primeira vez é utilizado o termo “hipnose” ( quesignifica literalmente, sono alterado). Braid descobriu que a fixação do olhar oufascinação provocava o estado hipnótico, concluindo assim, haver uma causafisiológica para a hipnose e não uma causa magnética ou mágica (algum poder 

extraordinário) como afirmavam os mesmeristas. Em seguida, o Dr. Braid descobriuque era possível hipnotizar também pela sugestão verbal, sendo considerado um dos pioneiros no entendimento mais científico da fenomenologia hipnótica.

Em 1845, o Dr. Esdaile realiza uma operação de hidrocele dupla num pacientesob hipnose. Depois seguem-se quase 300 operações profundas, sem dor através dosono mesmérico. O Dr. James Esdaile, formado em Medicina em Edinburgh foi um

 pioneiro na luta pelo reconhecimento da hipnose como um importante métodocoadjuvante na cirurgia.

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Em 1866, o Dr. Ambroise-August Liebeault, médico formado em Strasbourg, publicou seu livro sobre o sono provocado. Em seguida, juntamente com o Dr.Bernheim fundou a famosa escola de Nancy, cuja reputação tornou-se mundialmentereconhecida. Para esta escola a base do hipnotismo estava na sugestão, definidacomo “o ato pelo qual, se faz aceitar pelo cérebro uma idéia qualquer”. Toda idéia

que chega a entrar no subconsciente tende a generalização e execução. Se é sugeridoa anestesia de um braço, este fica anestesiado, quando o cérebro aceita esta idéiacomo verdadeira.

Em 1875, o Dr. Charles Richet, formado em Medicina em Paris, filho deum eminente cirurgião, publicou seus estudos sobre os fenômenos sonambúlicos

 provocados pela aplicação de passes magnéticos. Em 1884 expressou sua veementeconvicção de que todos são sujeitos a ação do magnetismo. Em 1887 é nomeadocatedrático de fisiologia e em 1913 recebeu o Prêmio Nobel por ter descoberto aanafilaxia, e um ano depois tornou-se membro da Academia de Medicina e daAcademia de Ciências.

Em 1903, Pavlov apresenta os estudos sobre os reflexos condicionados noCongresso de Madri.

Em 1878, o neurologista Jean Martin Charcot fundou em Salpêtrière (Paris) afamosa “Escola do Grande Hipnotismo” pesquisando metodicamente e formulandoexperiências bem acatadas pelo mundo científico.

Em 1925, J. H. Schultz desenvolveu o Treinamento Autógeno na Universidadede Berlim. Este admirável médico e psiquiatra iniciou sua pesquisa de hipnose em1905 depois de ler Freud e Oscar Vogt. O seu excelente trabalho publicado em 1932ainda é de interesse de neurologistas, hipnoterapeutas e especialistas em Medicina

Psicossomática. Neste trabalho Schultz aborda as váriasEm 1929, o Dr. Jacobson, em Chicago, publicou o “Progressive Relaxation” ,um método de relaxamento progressivo de aproximação física (métodosomatopsíquico, ou seja, relaxando o corpo a mente também relaxa), consistindo decontração e descontração muscular para se atingir um estado de relaxamento

 profundo.Em 1935, Flanders Dunbar introduziu a Medicina Psicossomática nos Estados

Unidos.Em 1944, em Londres é publicado o livro de Read sobre o parto sem medo,

obtido por meios hipnóticos.

Em 1952, o Dr. Albert Abraham Mason consegue uma melhora de 70 por centoem um caso de ictiose congênita tratada através da hipnose, cuja melhora foi tãorápida (cerca de dois meses), eficaz e duradoura que a Sociedade Real de Medicinarecebeu seu relatório calorosamente em 1955. A partir desta época o Dr. Masonrealiza pesquisas oficiais sobre a hipnose nos hospitais West London e King’sCollege Hospital. Entre os quais publica um estudo controlado de um tratamento deasma pela hipnose e relatórios sobre os efeitos da anestesia hipnótica no bloqueio dador, que se processa, segundo ele, no córtex, em níveis baixíssimos no localdenominado de “a sede da dor”.

Em 1958, a Associação Médica Americana reconheceu o valor terapêutico dahipnose.Em 1962, o neurocirurgião Som N. Nayer juntamente com o hipnotizador Paul

Brady realizam uma cirurgia cerebral sob anestesia hipnótica.E mais recentemente, falecido em 1980, figura com destaque o Dr. Milton

Erickson, considerado o “pai da hipnose terapêutica moderna”, que nos brinda comuma abordagem diferente na indução hipnótica, de forma mais sutil, usando uma

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indução indireta com uma linguagem que atinge diretamente o subconsciente,evitando assim as resistências, que podem ocorrer com métodos mais diretos.

E na década de 90, o Dr. Brian Weiss M.D., formado com o título Phi BetaKappa pela Universidade de Colúmbia (N.York) em 1966 e graduado em Medicina

 pela Universidade de Yale, faz um importante trabalho de pesquisa sobre a Terapia

Regressiva, geralmente realizada sob hipnose, curando os mais diversos tipos dedistúrbios até então desenganados por todos os outros tratamentos (psicológicos, psiquiátricos, químicos, etc.).

3.1. APLICAÇÕES DA HIPNOSE:_______________________________________

A Hipnose em si mesma não cura doenças, mas é um método que podeauxiliar o corpo e a mente no processo de auto-cura.

Abaixo segue-se uma lista de benefícios e distúrbios ou problemas que podem

ser auxiliados pela Hipnose.• Melhora do desempenho esportivo e escolar. Melhor concentração, memória,

aprendizagem rápida, etc.• Preparação para testes, vestibulares e concursos.• Desinibição e melhora da comunicação e expressividade.• Dificuldades nos relacionamentos afetivos, sociais e comerciais.• Medos, temores, pânico, fobias.• Mágoas, culpa e dificuldade de perdoar.• Ansiedade, angústia, depressão, nervosismo e estresse..• Dores músculo-esqueletal, tensão e rigidez muscular de origem nervosa.• Obesidade, compulsão alimentar, alcoolismo, tabagismo e drogas.• Asfixia e falta de ar, asma e bronquites crônicas.• Fortalecimento do sistema imunológico para doenças crônicas.• Enxaqueca, dores de cabeça crônicas e Hipertensão arterial.• Alergias, dermatoses, acne, psoríase.• Frigidez, dificuldade orgástica e impotência.• Alívio de dores crônicas (câncer, neuralgia, etc.).

• Anestesia dentária e cirúrgica em pacientes sensíveis a anestesia química.• Encontrar soluções para problemas de difícil resolução.• Distúrbios orgânicos do sistema nervoso ( hemiplegia, esclerose múltipla,

esclerose cérebro-espinhal, etc.), distúrbios histéricos, neuropáticos e neuroses(coréia, sonambulismo, incontinência), paresias e paralisias, distúrbiosgastrintestinais, várias dores, doenças reumáticas, neuralgias e distúrbiosmenstruais. Segundo o Dr. Bernheim.

• Gagueira, mutismo (mudo), má digestão, constipação, torcicolo crônico,transpiração nas mãos, neurastenia, obsessões, coréia, espasmos, tremores, todos

os tipos de histeria. Segundo Bramwell, um inglês do fim do século passado(1900), que fez uma análise detalhada dos resultados obtidos através da hipnosetanto na medicina quanto na cirurgia.

• Dores em geral, reumatismo crônico ou grave, influenza, asma de origem nervosa(cura ou apenas melhora dos sintomas), todos os tipos de espasmos, paralisias oucontraturas, distúrbios histéricos da sensibilidade, distúrbios nervosos do sistemadigestivo, irregularidades intestinais, insônia, desequilíbrios mentais, obsessões,

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fobias, tiques, anomalias psicossexuais, tendências mórbidas, distúrbiosfuncionais da linguagem, doenças orgânicas. Segundo o Dr. T. H. Schultz, em seuTratado sobre o Hipnotismo e a Terapia Hipnótica, de 1928.

Alguns dados que abonam a eficácia da Hipnose:• O Dr. Bernie Siegel descreve a relação entre mente e corpo e o grande potencial

curativo atingido através desta ligação.• O Dr. Brian Weiss, M.D., em sua obra sobre TVP, dá amplas explanações e

evidências sobre a cura da obesidade, vícios, dores de cabeça, tumorescancerígenos, alergias, asma, etc. através da dos métodos de hipnose e regressão.

• O Dr. Ernest Lawrence Rossi, Ph.D., ao confirmar que é possível curar as doençasdo corpo pela utilização da mente, concilia as amplas e novas evidências daPsiconeuroimunologia, Neuroendocrinologia, genética molecular e neurobiologia.Afirmando que em estado hipnótico a memória, a aprendizagem e ocomportamento codificados no sistema límbico-hipotalâmico são os maiorestransdutores de informação que formam a conexão mente-corpo.

• Pesquisas desenvolvidas na Universidade Estadual da Pensilvânia mostram queatravés da hipnose é possível aumentar a quantidade de determinados leucócitosno sistema sangüíneo.

•  Na Rússia, o Dr. Bikow demonstrou a possibilidade de alteração leucocitáriatrabalhando com cobaias. Suas experiências consistiam em aplicar injeções

 peritoniais de uma emulsão microbiana, associando a cada injeção o toque de um

tímpano. Verificando posteriormente que o simples toque do tímpano,desacompanhado da injeção microbiana, era suficiente para alterar a fórmulaleucocitária da cobaia. Isto evidencia a possibilidade de corrigir distúrbiosorgânicos através da hipnose.

 

3.2. CONTRA-INDICAÇÕES:__________________________________________

Sendo a hipnose uma técnica dissociativa, ou seja, leva à uma cisão temporária

com a realidade externa, deve-se evitar aplicá-la em psicóticos, pois poderá colocá-los em crise. No entanto, a maior contra-indicação da hipnose é o mau uso, seja este

intencional ou não.Observando as seguintes regras, a hipnose só pode ser benéfica:

• Use sempre com bom senso. Ao usar para melhorar o estado de saúde, verifique acausa exata do sintoma. É aconselhável o acompanhamento médico ou de umhipnoterapeuta. A hipnose não substitui o tratamento médico, entretanto, ela éuma ferramenta auxiliar, que junto com um médico de visão aberta e beminformado, pode produzir verdadeiras maravilhas.

• Use sempre com boas intenções e com elevada pureza de coração. O uso egoístaou para propósitos pessoais que prejudique à alguém pode acarretar conseqüências danosas.

• Use sempre sugestões positivas e construtivas, no tempo presente ou futuro. A luznaturalmente dissipa as trevas.

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• Jamais suprima um sintoma sem saber a causa real. Por exemplo, você podeanalgesar ou anestesiar um traumatismo, pois sabe a causa. Mas remover uma dor crônica sem descobrir a origem é como podar uma erva rasteira ignorando quesuas raízes estão se proliferando sob a terra.

Fig.2.1 – gráfico das ondas cerebrais. O eixo Y corresponde às freqüências cerebraisque iniciam em 30 cps (estado patológico), 28 cps até 14 cps (ondas beta, vigíliacomum), 14 cps até 7 cps (ondas alpha, relaxado), 7 cps até 4 cps (ondas theta, emrelaxamento profundo) e 4 cps até 0,1 cps (ondas delta, dormindo). Em seguidaretornando à vigília. O eixo X representa o tempo em aproximadamente 18 minutos

 por cada unidade representada.

Fig. 2.2 – Gráfico das freqüências cerebrais ao entrar em transe hipnótico. Início em15 cps (ondas beta, em vigília), segue-se 14 cps até 7 cps (ondas alpha, relaxando eentrando no transe), 7 cps até 5 cps (ondas theta, aprofundando o transe), 5 cps até8cps, 8cps até 4 cps e 4cps até 7cps ( durante o transe hipnótico as freqüênciascerebrais oscilam entre as ondas alpha e theta ); e retornando à vigília.

4.1. ONDAS  CEREBRAIS:______________________________________________

12

12

1 2 3 4 5 6 7 8 9

S1

0

10

20

30

40

Seqüência1

1 2 3 4 5 6 7 8

S10

5

10

15FREQÜE

NCIAS

CEREBR

AIS

TEMPO

ENTRANDO EM TRANSE HIPNÓTICO

Seqüência1

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Os cientistas descobriram, através de estudos dos eletroencefalogramas (EEG)que existem determinados padrões de ondas cerebrais que estão associados adiferentes estados de consciência.

Descobriram que no estado de vigília o cérebro pulsa na freqüência de 14 Hz eno sono profundo à 3Hz.

O Dr. Hans Berger, um psiquiatra alemão foi um dos precursores na pesquisadas ondas cerebrais. Deve-se a ele o primeiro registro das ondas Alpha, em 1924. Dezanos depois, Adrian e Mattthews confirmaram as pesquisas de Berger.

Descobriram basicamente 4 padrões:ONDAS BETA (β): de 14Hz à 28 Hz ou CPS (ciclos por segundo). Geralmenteestamos com este padrão de onda no estado de vigília e alerta, sendo um estadodesgastante que consome muita energia e produz muito pouco intelectualmente, ouseja a capacidade mental fica muito reduzida neste estado. Por outro lado , foidescoberto que nas primeiras fases do sono, certas freqüências das ondas betas

 podem ser associadas com o processamento de informação visual e com a integraçãode informação de várias fontes. Quando o cérebro entra num padrão mais acelerado(acima de 28 Hz, chamam de ONDAS GAMA (γ ), é um estado patológico de

 perturbação e confusão mental. Alguns dizem que o estado Beta é criado pelo medo,fraquezas, dependências, tensão, nervosismo. Eu diria que o estado Beta propicia atensão, o medo, a incerteza, enquanto o estado Alpha propicia a paz, a tranqüilidade eautoconfiança. Segundo alguns pesquisadores o estado Beta é desgastante, por isso,célebres cientistas como Thomas Edson e Newton dormiam poucas horas, poisestavam em Alpha freqüentemente.

ONDAS ALPHA (α): de 7 a 14 Hz. Este ritmo cerebral ocorre quando relaxamos. Éum estado de maior lucidez e percepção onde os processos mentais tornam-se maisversáteis. É neste estado que ocorre a Super-aprendizagem, a Super-memória ouHipermnésia e a Heurística. É neste estado em que os cientistas conseguiram ter asgrandes idéias e descobertas. Grandes gênios como Newton e Einstein eram muitodesligados do nosso mundo cotidiano e muito ligados numa realidade cósmica.Como este é um estado em que o corpo capta mais energia vital e cósmica, cada horaneste estado eqüivalem a quatro horas de sono comum.Curiosamente ou coincidentemente (?) os geofísicos afirmam que o planeta Terravibra nesta freqüência. Portanto, quando entramos em Alpha, entramos em sintoniacom todo o planeta Terra, a Mãe Terra. Vibramos juntos numa mesma freqüência,

 provocando fenômenos de ressonância interna e externa. Internamente possibilitamosaos nossos órgãos internos a cura e restauração. Externamente reforçamos a vibraçãonatural de paz e harmonia para todos os nossos semelhantes.Afirma-se também que quando estávamos dentro do útero materno, a freqüência dofeto e do útero era o padrão Alpha, portanto não é de se admirar que muitos sintamuma sensação agradável e maravilhosa ao entrar em Alpha. Outros ainda, regridemespontaneamente à fase intra-uterina. Nas palavras do Pe. Jean François Joubard:“Alpha é Paz... Alpha é Saúde... em Alpha entramos em comunhão com Deus... e

ouvimos o cérebro pulsar numa espécie de OOOOMMMM... que é o mesmo som doUniverso...”ONDAS THETA (θ): de 4 Hz à 7 Hz. Podem ser associadas com a emotividade, aImaginação Criadora (para criação artística, encontrar soluções, descobertas,invenções, etc.), a sonolência, assimilação de novas informações (super-aprendizagem e “computação à nível profundo”). Neste estado ocorre uma ligaçãocom uma Inteligência Cósmica, que alguns chamam de Inconsciente ou

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Superconsciente, onde é possível operar curas maravilhosas, verdadeiros “milagres”.Durante a hipnose as ondas cerebrais oscilam entre Alpha e Theta.ONDAS DELTA (δ): de 0,1 Hz à 4 Hz. Ocorrem no sono profundo, portanto, nestenível ocorre a perda da consciência. É um estado de repouso e restauração orgânica.

4.2. O BIOFEEDBACK:________________________________________________

O Dr. Neal Miller e seus colaboradores, em fins da década de 60, conseguiramatravés de experimentos com cobaias, comprovar a possibilidade de controle defunções involuntárias. Com a técnica de Condicionamento Operante treinaram osratos a aumentarem ou diminuir a pulsação cardíaca, a motilidade intestinal e a

 produção de urina. Os ratos recebiam um estímulo elétrico direto nas áreas de prazer do cérebro sempre que faziam a atividade desejada, constatando-se assim evidênciasestatísticas confiáveis.Se os ratos conseguem, através de um treinamento, nós humanos também podemoscontrolar as mais diversas funções, como o controle da pressão sangüínea e das ondascerebrais.

O Biofeedback é o nome dado a um conjunto de técnicas do autocontrolecondicionado da atividade fisiológica.A técnica do biofeedback consiste em uma retroalimentação da informação do estado

fisiológico, geralmente dos batimentos cardíacos (ECG), freqüência cerebral (EEG) etônus muscular (EMG). Esta monitoração permite descobrir a maneira de se exercer um controle consciente.

Os pesquisadores Elmer e Alyce Green, do Psychophysical ResearchLaboratory (Kansas), estudaram as relações mente/corpo, afirmando que é possívelmodificar reações negativas de tensão (stress) mediante o controle mental.

O biofeedback tem sido útil no controle da hipertensão, fobias, ansiedade,asma, gagueira, cefaléia tensional, “torcicolo espasmódico”, aprendizado, insônia,estresse, neurose obsessivo-compulsiva e reabilitação dos músculos da face apóscirurgia ou paralisia.

Através do biofeedback de controle das ondas cerebrais podemos entrar emestados Alpha ou Theta e assim atingir sempre que quisermos os estados de paz,tranqüilidade, saúde e êxtase.

5.1. O RELAXAMENTO PSICOSSOMÁTICO:_____________________________

O Relaxamento Psicossomático é um estado de paz e tranqüilidade física emental. É o relaxamento no sentido de soltar-se e libertar-se das tensões mentais

( psíquicas ) e físicas ( somáticas ), por isso o nome de relaxamento psicossomático.Entrar em estado de relaxamento psicossomático é um processo natural eentramos nesse estado naturalmente durante o dia a dia, geralmente quando vamosdormir ou quando vamos descansar e relaxar em uma rede ou sofá.

Muitas vezes este estado é produzido por cerimoniais, cânticos ou ritos. E vemsendo utilizado ao longo dos tempos, principalmente pelos religiosos e líderes.

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Alguns dizem entrar em Alpha ou alfagenia, porque nesse estado o nossocérebro pulsa numa freqüência entre 8 e 13 ciclos por segundo.

Os pesquisadores desenvolveram várias técnicas para se entrar neste estadovoluntariamente. Alguns basearam-se nas práticas já existentes como o antigo Yoga,um sistema de evolução humana e manutenção de um corpo saudável, que se utiliza

de posturas corporais e atitudes mentais ( concentração e meditação ) executadoslentamente.O Treinamento Autógeno do Dr. Schultz, o Relaxamento Progressivo de

Jacobson e a Sofrologia de Caycedo são os grandes expoentes do relaxamento psicossomático.

Em diversas partes do globo, médicos, psicólogos, psiquiatras e terapeutasutilizam as técnicas acima como recursos para auferir a cura dos mais variadosdistúrbios, entre eles o câncer.

Também os religiosos aplicam a alfagenia nas curas, obtendo numerosos“milagres”. Óbvio está que, de uma forma velada e implícita.

Enquanto os religiosos atribuem às curas a ação de um poder divino, oscientistas atribuem à alfagenia. Ambos estão corretos, entretanto ambos secontestam... Na verdade, muitas vezes a cura ocorre simultaneamente com estadoAlpha: no momento da cura o doente está em Alpha. E podemos afirmar que o Poder de Deus manifesta-se através do estado Alpha, induzido pela Fé e pelos cantos,

dança, louvor e oração.Por outro lado, o relaxamento psicossomático combate naturalmente os efeitos

do estresse, estimulando a produção de endorfinas e outros peptídeos endógenos,equilibrando o sistema nervoso e consequentemente o organismo (corpo-mente).

Possuímos basicamente dois reflexos: 1) o de tensão ou alarme em que predomina o sistema nervoso Simpático. 2) o de relaxamento, repouso e restauraçãoem que predomina o sistema nervoso Parassimpático.

 No relaxamento psicossomático ocorre a predominância do Parassimpático.Para se obter este estado existem várias técnicas, que consistem em um

relaxamento físico dos músculos, da respiração e dos batimentos cardíacos; e umrelaxamento mental com o silenciamento da mente, dos pensamentos e das emoções, banindo da mente todas as preocupações do dia a dia. Entre as técnicas básicas podemos citar as seguintes: a) respirar lenta e profundamente e ir relaxando todos osmúsculos do corpo. b) tensionar e distensionar cada grupo muscular. c) imaginar luzes e cores que vão se espalhando pelo corpo, relaxando e curando. d) pronunciar sugestões como “sinto-me em paz... e estou entrando em um estado de profundorelaxamento...”.

Ao entrar em Alpha é possível obter-se os mesmos benefícios de um transehipnótico, pois o relaxamento é um estado de hipnose autógena.

6.1. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE TRANSE HIPNÓTICO:______________

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“A Ciência sem a Religião é paralítica, a Religião sem aCiência é cega.” – Albert Einstein -

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Os tipos de transe hipnóticos podem ser classificados basicamente em duascategorias de acordo com a forma de indução, qualidade e a função neurológica

 predominante. Assim temos dois tipos:- Trofotrópicos ou positivos que são induzidos pela estimulação de emoções

 positivas e de harmonização, sua característica básica é o relaxamento, sensações

de paz e tranqüilidade, beneficia o sistema nervoso, estimula a atividade doParassimpático.- Ergotrópicos ou negativos que são induzidos pelo estímulo de emoções negativas

e perturbadoras ( o medo, a tristeza, etc.). caracteriza-se pela tensão, rigidez e pode ser perturbador e prejudicial ao sistema nervoso. Estimula o reflexo detensão ou simpático.

7.1. TÉCNICAS DE INDUÇÃO:_________________________________________

O transe hipnótico pode ser induzido ativa ou passivamente. No primeirocaso há a concorrência de um operador e de um paciente, onde o operador é umfacilitador para o transe do paciente. No segundo caso, o próprio paciente induz umauto transe, é a hipnose autógena.

A indução ativa cabe à uma pessoa habilitada, no caso um Hipnólogo. Este tipode hipnose é segura e mais eficaz, desde que seja aplicada por um bom profissional.

Mas há uma técnica que o leigo pode aplicar com segurança e praticidade, vejao exercício de hipnose durante o sono.

A indução passiva é o relaxamento psicossomático ou hipnose autógena. E

 pode ser utilizada sempre que necessário.

8.1. O STRESS:______________________________________________________

Falamos muito em stress nos dias atuais, mas nem sabemos bem do que setrata. O que poucos sabem é que o stress não é um vilão, mas um conjunto deesforços naturais do nosso corpo em adaptar-se aos fatores externos e internos.

O stress existe naturalmente e é necessário, como a temperatura corporal. Afebre é uma tentativa do corpo em debelar uma infecção, mas pode levar à perda de

várias enzimas vitais. Da mesma forma, o stress em níveis normais confere-nos otonus muscular, cardiorespiratório, cardiovascular e cerebral útil na vida cotidiana,este é o “stress positivo” ou “eutress”.

Infelizmente, a maioria das pessoas reage aos estressores de forma exagerada,assim, a influência do stress depende do estado psíquico e somático de cada pessoa.

O objetivo deste curso é ensinar as pessoas a reagirem de forma mais branda enatural, evitando assim a predisposição ao câncer, enfarte do miocárdio e todas asdoenças psicossomáticas.

O termo stress vem do inglês “distress” que significa aflição, mal-estar, perigo.

O pioneiro na pesquisa do stress foi o fisiologista Hans Selye, que em 1926 nosegundo ano de Medicina na Universidade de Praga (Alemanha) deparou-se comsintomas que estavam ligados a certos fatores como o trabalho muscular excessivo,tensão nervosa, frio ou calor intensos, ferimentos, traumas, etc. Este conjunto desintomas caracterizados pela perda de apetite, mal-estar, dores por todo o corpo,úlceras gastrointestinais, aumento da córtex supra-renal e supressão do sistemaimunológico, recebeu o nome de Síndrome de Adaptação Geral (GAS).

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Selye classificou a GAS em três estágios: (1) a reação de alarme; (2) a resistência edefesa e (3) o de exaustão ou esgotamento.

Os estudos modernos dividem em duas fases os “Sistemas AdaptativosComplexos”: (1) Resposta Adaptativa Inicial e (2) Resposta Prolongada ao Stress.1) Resposta Adaptativa Inicial: ocorre em poucos segundos quando a mente percebe

um perigo ( real ou cognitiva e imaginariamente real ), ativando o sistemanervoso Simpático que dá ordens ao corpo para liberar as moléculas mensageirasde catecolaminas: epinefrina e norepinefrina ( adrenalina e noradrenalina). Certascélulas dentro do hipotálamo transduzem a informação neuronalmente codificadasàs moléculas de emergência (CRH ou Hormônio Liberador de Corticotropina) queliberam a corticotropina e sinalizam a hipófise para liberar a Adrenocorticotropina(ACTH) que em poucos segundos provocam respostas adaptativas no coração,

 pulmão, fígado, cérebro e músculos. E em poucos minutos estimula as células dacórtex supra-renal para liberarem cortisol na corrente sangüínea.Estas respostas adaptativas iniciais podem durar minutos e até horas, aumentando

o tônus cardiovascular e cardiopulmonar ( acelerando os batimentos cardíacos e arespiração), liberando e utilizando mais glicose, aumentando os fatorescoagulantes do sangue ( o que expõe à um maior risco de enfarte do miocárdio );ao mesmo tempo , inibindo a digestão, o crescimento, a sexualidade e o sistemaimunológico.

2) Resposta Prolongada ao Stress: quando o stress perdura por horas, dias, meses ouanos, ele se torna patogênico: as moléculas mensageiras hormonais do stress sãoliberadas em maiores doses por mais tempo, desta forma, a reação de alarme nãocessa e acaba lesando os vários órgãos e sistemas. E como se não bastasse, ocorre

um processo autoprotetor corporal chamado de “baixa-regulação” em que osreceptores de moléculas mensageiras regulam abaixo do normal gerando um processo de abstinência em que o corpo sente-se cansado, sem energia, indisposto,de mau humor. Infelizmente, as pessoas ao invés de atenderem o corpo edescansar, relaxar, fazem justamente o contrário, agem compulsivamente,trabalham em demasia para ter de volta sua alta de adrenalina e tomamsubstâncias ativantes, acabando por desgastar-se ainda mais, levando o corpo àexaustão e aos sintomas psicossomáticos ou doenças de adaptação.Uma das mais alarmantes descobertas da neurociência clínica é que o stresscrônico pode levar à morte dos neurônios no hipocampo do cérebro, havendo

 perdas de massa encefálica, provocando danos irreversíveis.

8.2. CAUSAS DO STRESS:_____________________________________________

Como vimos anteriormente o stress é uma reposta adaptativa à uma situaçãoexterna. O problema do stress é a intensidade e a duração do mesmo.

Os fatores que estressam são chamados de agente estressor. Este pode ser físico psíquico. Os estressores físicos são a exposição ao frio ou calor em demasia, otrabalho muscular exaustivo e ferimentos ou traumatismos. Os estressores psíquicos

são o nervosismo, a raiva excessiva, a depressão, a culpa, a ansiedade, oressentimento, o ódio, o rancor, as preocupações, os traumas, as fobias, oscomplexos, o sentimento de perda, a responsabilidade excessiva, a pressa, etc.Resumindo, os estressores são todos os excessos, situações de desafio, mudança,

 perdas, responsabilidade e cobranças internas e externas.Baseados na escala de T. H. Holmes da Universidade de Washington, é

 possível ter uma noção do que nos estressa, basta somar os pontos. Vale mencionar que 49% dos cancerosos entrevistados somaram mais de 300 pontos nos últimos 12

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meses, enquanto que apenas 9% deles tinham acumulado menos de 200 pontos, o queindica que 91% dos cancerosos haviam acumulado entre 200 à 300 pontos de stress.

Abaixo a escala de Holmes, lembrando que estes valores podem variar segundoa opinião pessoal em relação ao evento.- a morte do marido ou da esposa.....................................................................100- o divórcio.........................................................................................................73

- a separação ou a ruptura entre parceiros..........................................................65- a morte de um membro da família....................................................................63- estadia na prisão................................................................................................63- acidente ou doença............................................................................................53- casamento..........................................................................................................50-  perda de um emprego........................................................................................47- reconciliação entre cônjuges...........................................................................45- doença de um membro da família.....................................................................44- gravidez..............................................................................................................40- impotência ou frigidez.......................................................................................39

- nascimentos, a família aumenta.........................................................................39- um novo contrato de trabalho.............................................................................39- alterações de ordem financeira............................................................................38- a morte de um amigo de verdade........................................................................37- alteração de local de trabalho..............................................................................36- conflitos familiares mais freqüentes....................................................................35- dívida grande........................................................................................................31- uma hipoteca vencida que não se pode pagar.......................................................30- alterações de responsabilidades...........................................................................29- o filho ou a filha deixam a família.......................................................................29

- dificuldades de ordem penal.................................................................................29- exigência de ganhos suplementares.....................................................................29- a esposa que começa ou cessa de trabalhar..........................................................26- o início ou o fim de um treinamento.....................................................................26- alterações nos hábitos pessoais ou familiares......................................................25- alterações vitais....................................................................................................24- dificuldades profissionais.....................................................................................23- mudança de residência.........................................................................................20- mudança de escola................................................................................................20- mudanças nos hábitos religiosos...........................................................................19

- mudanças nos hábitos sociais................................................................................19- dívida menor..........................................................................................................17- alterações nos hábitos de sono...............................................................................16- alterações nos hábitos alimentares.........................................................................15- férias.....................................................................................................................13- festas natalinas......................................................................................................12-  pequenas contravenções........................................................................................11

Outras situações de stress: cuidar de um filho doente, participar de umacompetição, as provas da escola, a apresentação de uma monografia, o cliente que

não paga, as brigas de casais, a desobediência dos filhos, o engarrafamento, otrânsito, a concorrência profissional ou comercial, o ciúme, a pressa, etc.

8.3. EFEITOS DO STRESS:____________________________________________

Selye (1976) em “Doenças de Adaptação” relaciona as seguintes doenças deadaptação acarretadas pelo stress:

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- câncer - doenças alérgicas (rinite alérgica, urticária, etc.)- infecções- doenças cardíacas e vasculares- eclampsia

- doenças metabólicas (diabetes, obesidade,etc.)- hipertensão arterial- doenças renais- doenças digestivas ( gastrite, úlceras gastrointestinais, anorexia, etc.)- distúrbios sexuais (impotência, frigidez, anorgasmia, ejaculação precoce, etc.)- artrite reumática e reumatóide- doenças nervosas e mentais (depressão, pânico, TPM,etc.)- doenças de resistência em geral

Sapolsky (1992) relata que metade dos pacientes com depressão maior apresentam sinais de hipercortisolismo (excesso de secreção de glicocorticóides

durante certos períodos do dia. O hipercortisolismo é associado à depressão emidosos.

Segundo Thaylor (1992), na velhice o mal de Parkinson e Alzheimer podemadvir da excitotoxidade neural do stress.

8.4. O CÂNCER E O STRESS:___________________________________________

O Dr. Carl Simonton, especialista de Cancerologia do Centro de

Aconselhamento e Pesquisas do Câncer de Forth Worth (Texas), após vários anos de pesquisa, afirma que a célula cancerosa é uma unidade esgotada, fatigada edesorganizada; que o aparecimento do câncer é uma seqüela direta de uma ou váriassituações estressantes; e que o câncer não se manifesta sem problemas psíquicos esem situações estressantes, pois, ele pode estar presente, mas não aparece sob a formade sintomas clinicamente diagnosticáveis.

A causa pode estar na predisposição genética (oncogenes) que pode ser acionada por substâncias carcinogênicas ( certos alimentos, aditivos, conservantes egorduras ) e situações estressantes. Muitos pesquisadores acreditam que o câncer seinicia quando os genes normais reguladores do crescimento ficam danificados e

transformam-se em oncógenos. Kiecolt-Glaser et al. (1985) descobriram que o stressemocional pode prejudicar os mecanismos de reparação do DNA ao mensurar arecuperação da sedimentação nucleóide após a irradiação de 100 rads (RX) emcélulas sangüíneas periferais. Outras pesquisas demonstram a conexão mente-gene.Glaser relata que também podem ter sua origem com estressores psicossomáticosmodulando a transcrição genética de expressão desregulada, como no caso da baixaregulação de c-myc RNAm, danificando-se assim os genes supressores de tumor, quenormalmente agem para inibir o desenvolvimento do tumor.

As investigações modernas em cancerologia apontam que o sistema

imunológico inibido pelo excesso de stress ( o cortisol inibe o sistemaimunológico) acaba falhando na eliminação de células cancerígenas.Durante a nossa existência, o corpo produz milhões de células, é admissível

que nesta produção algumas saiam com defeito; assim, o corpo produz célulascancerosas vez e outra mas sem o crescimento de tumores cancerígenos clinicamentereconhecíveis. Estudos em radioscopia e autópsias  post mortem evidenciam a

 presença de tumores estacionados, e ainda, células prostáticas cancerosas em homenscom mais de 50 anos, mas sem que haja um real câncer clínico.

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A principal teoria sobre a oncogênese é de que quando o sistema imunológicoestá hipoativo ou deprimido pode ocorrer a formação de tumores cancerosos (Stein etal, 1985).

Significativamente, o stress de mudança de vida ( como por exemplo, amudança de emprego, perda de um ente querido, separação, etc.) pode ativar o eixo

cortical-hipotalâmico-hipofisiário-supra-renal para produzir os corticosteróides queinibem o sistema de vigilância imunológica. Outros fatores que deprimem o sistemaimunológico são a ansiedade, a depressão e a baixa auto-estima.

Contudo, o que determinará se o stress terá ou não um efeito depressivo nosistema imunológico é a habilidade do sujeito em lidar com desafios e adversidades.

 Neste sentido as recentes pesquisas em psicobiologia constataram que os sintomas deansiedade e depressão em resposta à mudança estressante de vida, indicavam poucahabilidade em lidar com desafios, resultando assim na diminuição das células NK (natural killer = exterminadoras naturais), que junto com os linfócitos-B e –T,células K (killer) e macrófagos constituem a base do sistema de vigilância

imunológica (Locke et al, 1984).Hall (1982-1983) e Frankel (1985) fizeram experimentos bem controlados que

evidenciam a atuação da hipnose no controle da imunocompetência. Desta forma, ahipnoterapia pode vir à ser um importante aliado na cura ou prevenção do câncer.

Temoshok (1991, p.20) em sua pesquisa sobre melanoma maligno afirma que:“quanto mais se expressasse emoção, mais baixa a taxa mitótica do tumor, maior ainfiltração linfocítica e menos densidade tumoral”.

V. Riley da Universidade de Washington em suas pesquisas descreve umexperimento com dois grupos de camundongos geneticamente predispostos ao

câncer. Um grupo é submetido ao stress e outro é protegido do stress. No grupoexposto ao stress, 92% deles desenvolvem o câncer, enquanto que no outro grupoapenas 7% desenvolveu câncer.

Samudshan em estudos do desenvolvimento de células cancerosas em animaisde laboratório observa que estas células desenvolvem muito mais rapidamente e,animais estressados.Com efeito, o que as pesquisas nos apontam é que devemos reenquadrar nossa formade pensar, sentir e agir, pois guardar os sentimentos de raiva, mágoa, medo, culpa eauto-culpa apenas resultam em severos danos à saúde e bem estar geral.

Devemos então, procurar encarar a existência com mais otimismo, alegria e fé.

Sem muitas cobranças, sem tanto perfeccionismo, sem tanta pressa, sem medos outemores, sem artificialismos, sem censuras ou recalques, sem ansiedade e sem

 pessimismo. Buscando sempre a compreensão, a complacência, o perdão, a fé, aesperança, a espontaneidade e a expressividade natural de nossas emoções esentimentos, sobretudo o Amor. É esta a receita daqueles que curaram as suas vidasdo nefasto câncer, é esta a receita para cada um de nós. 

8.5. CONVERTENDO O STRESS NEGATIVO EM EXPERIÊNCIA POSITIVA:_

O impacto de um estressor psicossomático depende de como interpretamos asituação estressante. É a nossa habilidade de lidar com os desafios que determinarãose os efeitos do estresse irão ou não perturbar os nossos sistemas nervoso, endócrinoe imunológico.

Bandura (1985) constatou a presença de níveis elevados de catecolamina em pacientes que sofriam de fobia e que os níveis abaixavam quando estes sentiam-secapazes de lutar contra a fobia.

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HIPNOSE AUTÓGENA

Desta forma, podemos reduzir os efeitos do stress através de umaresignificação dos fatos, convertendo uma ameaça negativa em um desafio positivo,um stress negativo em um stress positivo, que é como um revitalizador.

Muitas pessoas ao perderem um ente querido entram em desespero, ficamansiosas e caem em profunda depressão. Outras ao perderem seus bens ficam

coléricas ou depressivas. Outras ao encontrarem uma dificuldade, ficam frustradas,fogem ou se retraem. E assim, seguem-se uma série de atitudes funestas.Podemos transformar todas as situações com novas formas de ver a vida, novos

comportamentos e novos sentimentos.A serenidade, o desapego ( às coisas materiais, às pessoas, etc.), a esperança, o

 perdão e a coragem são valores importantes na transformação do stress.Infelizmente, a maioria das pessoas não conseguem ser serenas diante das

atrocidades da vida, tampouco conseguem desapegar-se de seus bens ou perdoar quem os roubou. Por que isso é tão difícil? O que falta?

Cabe à cada um compreender a necessidade de mudar e buscar uma melhora

 pessoal, interior. O que pode ser facilitada pelo concurso de alguém especializado(que pode ser um psicoterapeuta ou alguém que tenha uma boa aprendizagem de vidafundamentada em verdades insofismáveis) ou no aprendizado de novas concepçõesde vida. Ora, quem tem realmente fé em Deus é apegado Nele e pouco importam ascoisas materiais. Quem confia Nele de verdade, não se desespera, nem anda ansioso...

Todavia, não é muito fácil adquirir uma fé tão profunda. Resta-nos, então,fazer o que é mais tangível no momento: relaxar, produzir o Reflexo de Relaxamentoe encontrar neste estado uma nova compreensão dos fatos e da vida.

 No dia a dia, ao depararmos com uma situação estressante, deveremos sempre

procurar uma significação positiva para tudo o que acontece. Por exemplo, sealguém nos irrita à ponto de perdermos a paciência, devemos ver nesta pessoa alguémque está nos auxiliando no exercício da paciência. A vida é um laboratóriopsicológico e estamos aqui justamente para aperfeiçoar nossas virtudes (Amor,

Paciência, Serenidade, Complacência, Perdão, Esperança, Fé, Caridade,

Humildade, Gratidão, Desapego, etc.) através dos relacionamentos e dassituações que a vida nos traz.

9.1. PSICONEUROIMUNOLOGIA E A PSICOBIOLOGIA DA CURA:

“mens sana in corpore sano” As recentes descobertas da neurociência, neurobiologia, neuroendocrinologia,

genética molecular, psicoendocrinologia e psiconeuroimunologia ajudam-nos àcompreender o intrincado mundo da mente e as conexões desta com o corpo.

Rompendo com a idéia da dicotomia mente e corpo do dualismo cartesiano, aPsicobiologia tem descoberto que o ser humano é uma unidade psicossomática. Jánão existe o binômio corpo e mente, mas o monômio homem, como uma estrutura

única indissociável em que as informações transduzidas de um para outro seinteragem. Segundo Pert et al. (1985), os neuropeptídeos e seus receptores unemcérebro, glândulas e sistema imunológico em uma rede de comunicação entre cérebroe corpo.

Entendendo melhor: o estado corporal influencia os processos mentais,

assim como, o estado mental influencia os processos corporais.

Estas afirmações estão solidamente fundamentadas nas seguintes pesquisas:

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- Selye (1936, 1982): a GAS decorre de um processo informacional das moléculasmensageiras do eixo hipotalâmico-hipofisiário-supra-renal.

- Papez (1937): demonstrou que as experiências mentais são transduzidas emrespostas fisiológicas.

- Scharrers (1940) e Harris (1948) descobriram que células de secreção dentro do

hipotálamo podiam funcionar como transdutores de informação molecular,convertendo os impulsos neurais que codificavam a “mente” nas moléculasmensageiras hormonais do sistema endócrino, que por sua vez regulam o “corpo”.A conversão dos sinais neuronais em moléculas mensageiras foi chamada de“transdução neuroendócrina”.

- Olds & Milner (1954) e Delgado, Roberts e Miller (1954) descobriram os centrosde prazer (recompensa) e de dor (punição) que constituem um valioso elo decompreeensão da comunicação entre a mente e o corpo, e o comportamento.

- Weiner (1972, 1977) explorou vários modelos de transdução informacional paraentender os problemas psicossomáticos.

- Achterberg & Lawlis (1980,1984) estudos sobre a comunicação e cura mente-corpo mediados pela imagem física”.

- Milton Erickson (1902~1980) demonstrou que amnésias ocasionadas por choques psicológicos ou eventos traumáticos são dissociações psiconeurofisiológicas que podem se curadas por Hipnoterapia.

- Mc Gaugh (1983): pesquisas de neurobiologia de memória e aprendizagem.- Izquierdo (1984): a memória depende da relação entre os estados neuro-hormonais

e hormonais.- O psicólogo Robert Ader, da Universidade de Rochester (N.Y.) descobriu que o

sistema imunológico é condicionável, estabelecendo a sua relação com a psique.Concluindo, o sistema límbico-hipotalâmico é a estrutura cerebral básica queestabelece a comunicação entre a “mente” e o “corpo”. E todos os problemas

 psicofisiológicos baseiam-se na transdução de informação, onde os processosrelacionados à memória, aprendizagem e comportamento produzem os diversosestados mentais e corporais, muitas vezes rotulados como “distúrbios” ou“doenças”.

A transdução neuroendócrina codifica nossas experiências, emoções, pensamentos, memória, aprendizagem e comportamento nas moléculas mensageiras.

Assim, cada estado emocional, cada pensamento faz com que o cérebro produza umquadro neuropeptídeo relacionado. Este irá influir sobre todo o organismo, de umaforma benéfica ou prejudicial.

A psiconeuroimunologia, uma área recente da medicina, estuda a relaçãoexistente entre pensamentos, emoções, comportamento e o sistema imunológico.

De uma forma geral e evidente, as emoções e pensamentos positivos exercemuma influência benéfica sobre os sistemas nervoso, imunológico, circulatório,digestivo, gênito-urinário e cárdio-respiratório. Enquanto que, as emoções e

 pensamentos negativos acabam prejudicando a imunocompetência, além de provocar distúrbios psicomotrizes, neurovegetativos, etc.

10.1. OS PODERES DO SUBCONSCIENTE:

Em 1900, Sigmund Freud, neurologista e pai da Psicanálise, tentou construir um modelo do aparelho psíquico (The interpretation of Dreams, Freud, 1900).

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Freud demonstrou que temos processos mentais e pensamentos inconscientes.Com efeito, temos o Consciente e o Subconsciente ou Inconsciente.Podemos comparar o Consciente com a ponta de um “iceberg” e o

Subconsciente com o restante do “iceberg” submerso. O Consciente é a parte visível,o que nós conhecemos, é a menor porção do aparelho psíquico. O Subconsciente é a

 parte invisível, mas sempre presente e na realidade a maior porção. Mas, tanto a ponta do “iceberg” como o restante deste são uma coisa só, um enorme bloco de gelo,assim, Consciente e Subconsciente são uma coisa só, a Mente. E poderíamosacrescentar ainda, acerca da potencialidade desta, que todo o oceano é também umacoisa só, Água.

Göethe, autor de “Fausto”, dizia: “Luz, mais Luz...”. Eu diria: “Água, maisÁgua... Essa substância coessencial omnipresente, imanente, inefável...

O Subconsciente “grava” tudo o que vemos, sentimos e pensamos. Todas asnossa memórias e lembranças estão armazenadas no subconsciente. Algumasmemórias são conscientes, outras pré-conscientes e outras inconscientes, mas estão

todas lá e podem tornar-se conscientes, por métodos psicanalíticos ou hipnóticos.O poder do Subconsciente é praticamente ilimitado, haja visto os casos

clássicos de hidrocefalia em que tais pessoas são capazes de dar o resultado de raízesou multiplicações de 6 ou mais dígitos em questão de segundos.

O Subconsciente é quem controla as nossas funções vitais através do sistemanervoso neurovegetativo, assim todas as funções antigamente tidas como autônomas,são dirigidas pelo subconsciente.

O Subconsciente tem soluções criativas para todos os problemas. Os sonhossão manifestações do Subconsciente. Através dos sonhos foram solucionadas

importantes questões científicas, como a fórmula do benzeno. Thomas Edson que produziu centenas de invenções fazia uso do estado alfa, uma forma de acesso aosubconsciente.

O segredo do “Poder do Pensamento” reside em conseguirmos inserir assugestões, comandos ou formulações no Subconsciente. Todo pensamento queconsegue passar para o Subconsciente é executado automaticamente. Felizmente nemtodo pensamento entra no Subconsciente, pois do contrário seria um desastre. Temosum mecanismo protetor natural que impede a entrada dos pensamentos.

Ao longo do tempo foram descobertos os meios capazes de burlar essemecanismo e assim é possível inserir no Subconsciente os pensamentos que trarão os

mais diversos benefícios.Dentre esses meios destacam-se os seguintes:

- a repetitividade : é o meio mais simples e consiste na repetição contínua ouintermitente de um determinado pensamento. Parte do princípio de que em algummomento o pensamento “entra”. Um outro aspecto é o de que o pensamento é umaenergia sutil que acaba condensando-se pelo acúmulo. O célebre Einstein colocousabiamente que: E = m . c 2 ( Energia é igual a massa vezes a velocidade da luz aoquadrado). Então, o pensamento é matéria em estado radiante e matéria é

 pensamento “congelado”.

- a sugestibilidade : implica diretamente na capacidade de receptividade de umasugestão ou idéia que induz à uma ação. Descobriu-se que esta magníficacapacidade de receber e executar uma sugestão pode ser aumentada pelaconcentração da atenção, que pode ser obtida entrando em alfa ou na hipnose.

- a linguagem adequada : consiste em usar construções fraseais dentro dos padrõesde aceitação do subconsciente, é a linguagem do cérebro. A Programação Neuro-

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Linguística ou PNL e a Hipnose Ericksoniana ( do Dr. Milton Erickson )utilizam-se deste recurso maravilhoso.

10.2. A LINGUAGEM DO CÉREBRO:

 Nosso cérebro, com seus trinta milhões de neurônios comunica-se com alinguagem verbal e também com a linguagem não-verbal. A liguagem verbal é alinguagem falada ou escrita, geralmente o idioma pátrio. Porém, enquanto o nossoconsciente entende e aceita ou refuta baseado na razão, o subconsciente entende deforma diferente e apenas executa.

Uma característica básica do subconsciente é omitir o “não”.

11.1. COMO RESOLVER PROBLEMAS:

O primeiro passo na resolução de um problema é compreendê-lo em suaextensão exata. Muitas pessoas acabam tomando para si problemas inexistentes,

 problemas que não lhe pertencem, preocupam-se à toa. Outras fazem “umatempestade em um copo de água”, criam os problemas ou atribuem à um pequeno

 problema a dimensão de um grande problema. Entender isto já resolve muitos“problemas”, que na verdade são apenas simples desafios.

 

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