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Guia Autoria Diagramado 12.02.14

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Primeiras Palavrasp. 3

Escrevendo o texto basep. 21

Metodologiap. 3

Objetivo geral do cursop. 4

Plano de aula p. 27

Mídiasp. 20

7 Acompanhando a Concepção e De-senvolvimento dos Materiais e a Dinâ-mica da interação entre equipesp. 27

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Palavras Finaisp. 28

Referênciasp. 29

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1 Primeiras Palavras Caro(a) autor(a), seja bem vindo(a) à equipe da 6ª edição do Curso de Prevenção dos Problemas Relacionados ao Uso de Drogas – Capacita-ção para Conselheiros e Lideranças Comunitárias, promovido em par-ceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD/MJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina. Este curso será desenvolvido na modalidade a distância (EaD) e oferta-do para 40.000 conselheiros municipais e líderes comunitários em todo o Brasil.

Ao apresentar este Guia de Autoria, enfatizamos a importância do traba-lho que você e os demais autores irão realizar. Uma vez que, entendemos ser por meio dos materiais que se consubstancia o projeto educativo de um curso na modalidade de Educação a Distância. Segundo Neder (2009, p.89), “[...] mais do que um meio para socializar conhecimentos, o material didático é o meio que possibilita a sustentação dos funda-mentos epistemológicos concebidos para o desenvolvimento do Projeto Político-Pedagógico”.

A autoria a ser realizada é, então, a de um Texto Base que estabeleça o diálogo entre os sujeitos envolvidos na formação e faça a mediação da relação entre o cursista e o conhecimento. O Texto Base precisará abranger todo o processo curricular na sua compreensão teórico práti-ca, tendo em vista as ações do cotidiano dos conselheiros e das lideran-ças comunitárias. Neder (2009) orienta ainda que o Texto Base de um curso a distância contém partes com conteúdo ineditamente construído para este e também partes caracterizadas mais como um guia didático, que oriente e roteirize a leitura de outros documentos.

Neste Guia, buscaremos lhe fornecer referenciais que colaborem com a concepção, elaboração e produção do livro-texto, que irá compor o material impresso (01 livro-texto, 01 livro de leitura complementar e 01 Guia do Estudante), que será disponibilizado ao estudante no início do curso junto com 01 DVD com as videoaulas e o videoguia.

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Este Guia contém excertos da Proposta de Cooperação para a Execução do Curso, que oferece uma visão global dos objetivos deste curso e do público alvo, a abordagem que pretende oferecer para a problemática da prevenção do uso de drogas e o histórico das edições anteriores.

2 Objetivo Geral do CursoO Curso de Prevenção dos Problemas Relacionados ao Uso de Drogas – Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias tem como objetivo principal capacitar os participantes para atuarem na prevenção do uso do crack, álcool e outras drogas e atuar na prevenção da violência associada ao uso.

2.1 Objetivos Específicos ▪ Buscar informações atualizadas acerca do consumo de álcool,

crack e de outras drogas que subsidiem ações de prevenção.

▪ Identificar recursos governamentais, não governamentais e so-ciocomunitários para criação, articulação e fortalecimento da rede de apoio local integrada e intersetorial.

▪ Atuar com foco na garantia dos direitos e da cidadania das pes-soas com problemas relacionados ao uso de substâncias psico-ativas.

▪ Conhecer e fortalecer as Redes de Atenção Psicossocial e de Assistência Social, visando à inclusão dos usuários com pro-blemas relacionados ao uso de álcool, crack e outras drogas.

▪ Fomentar ações preventivas articuladas entre as redes de cultu-ra, educação, segurança, esporte, trabalho, saúde e assistência social.

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▪ Atuar no fortalecimento dos conselhos e das associações co-munitárias, no sentido da elaboração, implementação e fiscali-zação de políticas sociais.

▪ Conhecer os procedimentos para a estruturação e o funciona-mento de Conselhos Municipais sobre drogas, visando fortale-cer os já existentes ou incentivar a criação de novos conselhos.

▪ Analisar e estimular o debate sobre a qualidade das informa-ções veiculadas nos meios de comunicação sobre a temática drogas.

▪ Zelar pelos direitos de crianças e adolescentes, denunciando si-tuações de violência e exploração, com foco no fortalecimento das famílias e das instituições de proteção.

▪ Elaborar projetos de promoção da saúde, prevenção e redução de danos relacionados ao uso de drogas.

3 MetodologiaA matriz conceitual fundamenta-se na diversidade das situações que en-volvem o uso de drogas em nosso país, pautadas em um olhar sistêmico e integral do fenômeno em questão e comprometidas com a transforma-ção da realidade social.

O primeiro aspecto importante nos fundamentos é a compreensão da multideterminação do uso de drogas, implicando a relação entre os seus três elementos centrais: a droga, o sujeito e os contextos envolvidos no uso. Para tanto, se faz necessário esmiuçá-los em seus mais diferentes detalhes, buscando uma visão abrangente do fenômeno.

Na dimensão do sujeito é importante construir a concepção do sujeito integral, compreendido em suas múltiplas determinações biopsicosso-ciais, definidas em suas mútuas implicações entre essas várias dimensões. O olhar histórico e dialético vai compreender este sujeito em sua vida no

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contexto das relações, tendo nas redes sociais significativas, o alicerce de formulação de seu projeto de ser, ou seja, nas inter-relações que estabele-cem a tessitura do tecido psicossocial próximo, o qual fornece o suporte afetivo, emocional, cognitivo, o estabelecimento de valores e racionalida-de dessa pessoa. Essas mediações, como a família, as amizades, os grupos da escola, do trabalho, as redes comunitárias, são elementos centrais na compreensão da função do uso de drogas na vida desses sujeitos.

Na dimensão do contexto é necessária a compreensão dos aspectos so-cioculturais envolvidos no uso de drogas, assim como a dimensão eco-nômica e política, que estão presentes nos diferentes cenários de uso e de comercialização de drogas.

Esses fundamentos embasam as diretrizes para a formulação e imple-mentação de programas e ações preventivas. Tais diretrizes apoiam-se em princípios que também orientam o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pois as ações a serem pensadas devem estar articuladas em redes.

Assim, a prevenção deve caminhar na direção da promoção de saúde, que significa buscar intervir nos determinantes do processo saúde/do-ença e não ter o foco somente nos problemas relacionados ao uso de drogas. Também deve ter como referência a redução de danos, que se sustenta no respeito à diversidade dos contextos e atores implicados, pondo em relevo a questão da cidadania que envolve os sujeitos nas di-ferentes situações do uso de drogas. Com isso, busca-se formular inter-venções com diferentes gradientes, desde aquelas que reduzem os danos, sem necessariamente visar à abstinência “a priori”, até situações onde a interrupção do uso da droga se faz necessária de acordo com a condição clínica e psicossocial de cada sujeito e/ou população a ser atingida.

Dada a complexidade do fenômeno em estudo ele exige a ação de dife-rentes setores: saúde, saúde mental, educação, assistência social, segu-rança pública. Sendo assim, as ações preventivas devem pautar-se pela intersetorialidade e interdisciplinaridade, visando à articulação de redes de atenção, cuidado e proteção, já que intervenções coletivas, desenvolvi-

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das nos territórios e comunidades reais, são mais efetivas no acolhimen-to e cuidado de situações complexas, como é o caso do uso de drogas.

Deve-se conhecer, portanto, as diversas políticas públicas que se rela-cionam a temática das drogas, desde as específicas do setor, assim como dos setores correlatos, vistos acima, que serão as norteadoras para as ações preventivas.

Essas ações, sustentadas nos princípios acima explicitados, devem ter como objetivo minimizar fatores de risco e fortalecer fatores de prote-ção relacionados aos contextos do uso de drogas, diminuindo vulnera-bilidades, favorecendo a resiliência e possibilitando a reconstrução de laços sociais.

O Curso de Prevenção dos Problemas Relacionados ao Uso de Drogas – Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias propõe uma formação crítica, que respeite a multiplicidade de concepções teóricas e metodológicas no campo das substâncias psicoativas, mas que consoli-de o compromisso com práticas comprometidas com a transformação da realidade social, calcadas na defesa dos Direitos Humanos e da cida-dania dos usuários de crack, álcool e outras drogas, formando cidadãos capazes de colaborar para o desenvolvimento da sociedade na qual está inserido.

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3.1 Matriz Conceitual

Prevenção ao uso de drogas

Sujeitos

Redução de danosEducação em saúdePromoção de saúde

Multideterminação do uso de álcool e outras drogas

Redes de atenção, cuidado e proteção

Drogas

Tipos de drogasSujeito integral

BiopsicossocialSocioculturalEconômicoPolítico

Família

Conselhos

Controlar fatores de risco

Intersetorialidade Interdisciplinaridade

Fortalecer resiliência Reconstruir laços

EscolarComunitárioFamiliar

Fortalecer fatores de proteção Reduzir vunerabilidades

Redes pessoais significativas

Redes comunitárias

Função da droga na vida do sujeito

Padrão de uso de álcool e outras drogas

Epidemiologia do uso de álcool e outras drogas

Fundamentos

Diretrizes para a ação

Políticas públicas

Contextosustentam

como

como

baseada em baseada em baseada em

articulada como

articular ações em

controle social sustentadas em

e

objetivando

produzir ações e programas em diferentes contextos

dependedepende

contitui-se nas

compreendido como

e

e

implica implica implica

implica

tipo

formam

tipo tipo

implicamimplica

implicam

incluindo

relação organizados em diferentes

Lideranças comunitárias

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3.2 Currículo

Introdução

Módulo I: Sujeitos, Contextos E Drogas

Unidade 1.1 A História e os Contextos Socioculturais do Uso de Drogas

Unidade 1.2 O sujeito, as redes sociais significativas e os con-textos psicossociais no uso de drogas.

Unidade 1.3 Classificação das substâncias psicoativas e seus efeitos

Unidade 1.4 Padrões de uso de drogas

Unidade 1.5 Epidemiologia do uso de drogas

Unidade 1.6 Bioética e o uso de Drogas

Questões para reflexão do módulo 1 em direção à construção do projeto de intervenção: Conhecendo o seu território, caracterizando as pessoas que ali vivem, seus contextos e redes psicossociais, a situação de uso de drogas, fatores de risco e proteção no território.

Tarefa 1: leitura da unidade 1 do Módulo IV (projeto de intervenção) e construção da primeira parte do projeto

a. Delimitação do problema a ser abordado a partir do estudo da realidade local.

b. Descrição do tema, justificativa, população alvo, objetivos, me-tas e questões éticas envolvidas.

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Módulo II: Políticas públicas e legislação sobre drogas

Unidade 2.1 Os instrumentos legais e políticos sobre drogas no Brasil: garantindo direitos dos usuários de drogas.

Unidade 2.2 Intersetorialidade nas políticas públicas

Unidade 2.3 Políticas sociais e de saúde: SUS, Saúde Mental e SUAS.

Unidade 2.4 Legislações e políticas para crianças e adolescen-tes.

Unidade 2.5 Conselhos e Movimentos Sociais – espaços de participação e controle social.

Questões para reflexão do módulo 2 em direção à construção do projeto de intervenção:

▪ Quais as políticas públicas e projetos existentes do governo municipal, estadual, nacional relacionada com a população alvo definida e a temática escolhida para o projeto preventivo?

▪ O que existe de amparo legal para a sua ação como conselhei-ro, líder comunitário, profissional da saúde/assistência social/educação/justiça na possibilidade de realização do seu projeto?

Tarefa 2: Marco legal e político do projeto em construção

Definição do marco legal e político (comunitário/municipal/estadual) sobre o qual devem se desenvolver os projetos preventivos.

Módulo III: Redes para promoção, prevenção, redução de danos e tratamento

Unidade 3.1 Promoção da saúde e prevenção ao uso de drogas.

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Unidade 3.2 O cuidado ao usuário na perspectiva da atenção integral

Unidade 3.3 O trabalho comunitário e a construção de redes de cuidado e proteção

Questões para reflexão do módulo 3 em direção à construção do projeto de intervenção:

▪ Quais são os determinantes da problemática delimitada para o projeto? Como atuar sobre eles?

▪ Qual o nível de prevenção do projeto – Primária, secundária, terciária? Universal, indicada, seletiva?

▪ Qual o modelo preventivo a ser utilizado?

▪ Quais as instituições já existentes no território escolhido e como articulá-las em rede, para dar sustentabilidade ao projeto?

Módulo III: Projeto de Intervenção

Unidade 4.1 Elaboração de um projeto de Intervenção

Unidade 4.2 Implementando o Projeto de Intervenção

Tarefa 3: Perspectiva teórico-metodológica e sustentabilidade do projeto

Definição do marco teórico e metodológico a ser utilizado, a partir da demarcação da abordagem preventiva do projeto em construção.

Articulação interinstitucional e intersetorial para sustentabilidade do projeto em construção.

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3.3 Ementas

Introdução

Definição do marco conceitual do curso. O que são drogas e os pro-blemas relacionados ao seu uso. Contexto contemporâneo, demandas atuais e seus impactos no consumo de drogas e na prevenção.

Módulo I

Unidade 1.1 A História e os Contextos Socioculturais do Uso de Drogas

Discute o uso de drogas numa perspectiva histórica e cultural, abordan-do temas como: o uso de drogas como fenômeno cultural; a história do uso de drogas no mundo ocidental; diversidade de usos e usuários; o imaginário social relacionado às drogas e seus usuários, a repressão ao uso de drogas como controle social. A dimensão cultural necessária na constituição de políticas públicas.

Sugestão de Exercício 1.1 - Conhecendo o seu território e o que as pes-soas que ali vivem:

Qual o território geográfico que compõe a sua comunidade? Quantos habitantes têm na sua comunidade? Como são as condições de sobrevi-vência das pessoas? (Trabalho, renda, acesso a políticas públicas, etc.). Quais as atividades de lazer, culturais e artísticas mais presentes nesse contexto.

Unidade 1.2 O sujeito, as redes pessoais significativas e os contextos psicossociais no uso de drogas

O sujeito e as redes pessoais significativas: família e grupos de perten-cimento. A mediação dos contextos psicossociais para o sujeito em seu uso de drogas; Desdobramentos para intervenções: redes sociais de apoio e suporte no cuidado dos usuários; reinserção social.

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Sugestão de Exercício 1.2: Como se caracterizam os grupos sociais (fa-mílias, grupos de igrejas, outras organizações) do seu território? Quais as redes sociais existentes e como podem servir de apoio para a atuação em prevenção ao uso de drogas? (Igreja, saúde, segurança, assistência social, associações de bairro, liderança comunitária; vizinha que ajuda usuários, etc...).

Unidade 1.3 Classificação das Substâncias Psicoativas e seus efeitos

Abordagens classificatórias e sua crítica (legalidade, ilegalidade, peri-culosidade). Definições básicas na abordagem das SPAs: Drogas, tóxi-cos, narcóticos, psicotrópicos ou substâncias psicoativas? As principais substâncias psicoativas consumidas e suas classificações; Múltiplos efei-tos das SPA; Possíveis complicações médico-clínica-psiquiátrica asso-ciadas ao uso problemático.

Sugestão de Exercício 1.3: Busque levantar as principais substâncias psicoativas consumidas na sua comunidade? (sugerir como podem fa-zer este levantamento – posto de saúde, escolas) Caracterize os contex-tos de uso e grupos de consumidores...

Unidade 1.4 Padrões de uso de drogas

Evolução dos conceitos sobre padrão de uso de drogas. Padrões de uso: social, experimental, recreacional, abusivo ou nocivo, dependente. Pa-drões de pesquisa sobre uso de drogas: uso na vida, uso no ano, uso no mês. Influência da cultura no padrão do uso de drogas.

Sugestão de Exercício 1.4: Quais os principais padrões de uso de dro-gas na sua comunidade? Qual o problema relacionado ao uso de drogas que se quer prevenir?

Unidade 1.5 Epidemiologia do uso de drogas

O uso da epidemiologia para a compreensão sobre o fenômeno do abuso de SPA nas sociedades modernas; Síntese dos principais estudos epidemiológicos produzidos no Brasil e em outros países sobre álco-ol e outras drogas, com a devida contextualização histórica e cultural;

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Tendências e desafios relativos ao consumo de drogas no Brasil. Novas formas de coletar dados epidemiológicos.

Sugestão de Exercício 1.5: Existem pesquisas já realizadas sobre padrão de uso de drogas na cidade/bairro/comunidade que você atua? Orientar sobre como podem buscar estas informações... Quais dados de pesquisa mais perto do território que você atua que você tem disponível?SUGESTÕES: Articular com o texto sobre os contextos socioculturais de uso de drogas.

Unidade 1.6 Bioética e uso de drogas

O que é bioética? Bioética e saúde. Bioética e drogas (internamento compulsório, tratamentos, lei, família, capitalismo, exclusão/inclusão...). Questões bioéticas relacionadas com os diagnósticos e intervenções no campo das substâncias psicoativas e seus usos, a partir da equação usu-ário, substância e meio sociocultural; restrições de consumo impostas por Lei, relação com a família e com os diversos modelos de atenção médico-social. A questão da autonomia e vulnerabilidade relacionada ao uso de drogas. A comunicação de massa enquanto elemento impor-tante na formação da opinião pública e suas repercussões políticas e so-ciais.

Sugestão de Exercício 1.6 – Definição da dimensão ética que perpassa o projeto!

Módulo II

Unidade 2.1 Os instrumentos legais e políticos sobre drogas no Brasil: garantindo direitos dos usuários de drogas.

Marcos internacionais de políticas sobre drogas e novos rumos políticos na área. Política Nacional Drogas e os instrumentos normativos sobre drogas no Brasil. Política de Atenção Integral aos Usuários de Drogas do Ministério da Saúde. Importância destes dispositivos políticos e legais para a garantia de direitos de cidadania dos usuários de drogas. Perspec-tivas políticas sobre drogas no Brasil contemporâneo.

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Sugestão de Exercício 2.1

Aberto a sugestões.

Unidade 2.2 Intersetorialidade nas políticas públicas.

Situa as diversas políticas e como a política de drogas se insere nas de-mais políticas (educação, idosos, índios, mulheres). Mostra as incoerên-cias das políticas brasileiras na sua implementação. Situa a contradição entre a elaboração da política e sua implementação. O desafio da inter-setorialidade nas políticas públicas.

Sugestão de Exercício 2.2

Aberto a sugestões.

Unidade 2.3 Políticas sociais e de saúde: SUS, Saúde Mental e SUAS.

Políticas públicas de Saúde – SUS; Políticas de Saúde Mental; Política de Assistência Social – SUAS. Aborda: (1) a mudança de paradigma no cuidado em saúde promovido pelas Reformas Sanitária e Psiquiátrica; (2) apresenta a rede de atenção psicossocial e seus componentes; (3) apresenta Política de Assistência Social (PNAS) e a rede de serviços só-cio-assistenciais; (4) discute a intersetorialidade como uma forma de gestão do cuidado e proteção.

Sugestão de Exercício 2.3

Aberto a sugestões.

Unidade 2.4 Legislações e políticas para crianças e adolescentes.

Avanços legais instaurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) e que devem consubstanciar as propostas de intervenção com esta população na perspectiva da proteção integral; Uso de drogas entre crianças e adolescentes considerando os diversos contextos de uso (familiar, no comunitário, na escola e na rua);

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Construção de estratégias de prevenção e cuidado a este público, pauta-das na defesa e garantia dos direitos fundamentais da população infan-to-juvenil.

Sugestão de Exercício 2.4

Aberto a sugestões.

Unidade 2.5 Conselhos e Movimentos Sociais – espaços de participação e controle social.

Histórico da construção dos conselhos como base das políticas públicas no Brasil. Participação cidadã, controle social e conselhos. Exemplos de conselhos existentes no Brasil e suas atuações. Os movimentos sociais: identidade, cidadania e democratização. A organização comunitária e a participação social. Ações dos conselhos e movimentos sociais no cam-po da prevenção ao uso abusivo de drogas. Como organizar um Conse-lho Municipal sobre drogas.

Sugestão de Exercício 2.5

Aberto a sugestões.

Módulo III

Unidade 3.1 Promoção da saúde e Prevenção ao uso de drogas.

3.1.1 A promoção de saúde como eixo norteador na atenção ao uso de drogas. Determinantes em saúde e no uso de drogas. Conceitos de risco e vulnerabilidade social. A dimensão da qualidade de vida. A Política Nacional de Promoção de Saúde. Estratégias de intervenção em promo-ção da Saúde. Educação em saúde.

3.1.2 O conceito de prevenção. Níveis de prevenção: primária, secundá-ria e terciária e universal, indicada e seletiva. A prevenção como inter-venção em fatores de risco e proteção ao uso de drogas. O trabalho de prevenção em rede sociais e intersetoriais. Ineficácia de certos modelos preventivos e seus efeitos iatrogênicos. Modelos de prevenção basea-dos em evidências. Indicadores para boas práticas preventivas ao uso de drogas.

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Sugestão de Exercício 3.1.1

Quais são as determinantes da problemática delimitada para o projeto? Como atuar sobre elas?

Sugestão de Exercício 3.1.2

Qual o nível de prevenção que o projeto almeja alcançar - universal, indicada, seletiva?

Qual a abordagem preventiva que o projeto vai adotar?

Unidade 3.2 O cuidado ao usuário na perspectiva da atenção integral

3.2.1 A saúde e o cuidado na perspectiva da atenção psicossocial; apre-sentando o tripé - acolhimento, vínculo e responsabilização – como condição para o cuidado; A clínica ampliada e a construção de planos terapêuticos singulares e intersetoriais. Apresenta a rede de cuidados aos usuários de drogas: Ações em AD na Atenção Básica, Consultório na Rua, CAPS-AD, Comunidades Terapêuticas. Discute, de forma téc-nica e crítica, a problemática da internação. O que é o sucesso do trata-mento?

Sugestão de Exercício 3. 2.1

O que existe de rede de cuidado no território escolhido? Como se arti-cula essa rede? Como esta rede pode ser apoio para o projeto em cons-trução?

3.2.2 Redução de Danos - Apresenta o histórico e o conceito de redu-ção de danos como uma estratégia potente de cuidado em múltiplos contextos. A RD como prevenção terciária. Apresenta atividades e boas práticas desenvolvidas em redução de danos.

SUGESTÕES: (1) O texto da 5ª edição sobre RD está muito extenso. Propõe-se resumir. (2) Atentar para a questão conceitual: propõe-se adotar a terminologia “redução dos riscos e danos”,  incluindo ações de prevenção primária e secundária na ótica da RD, além da preven-ção terciária. (3) Abordar algumas características da RD que justificam

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sua utilização: tolerância, implicação com o tratamento, diversidade, pragmatismo, liberdade e cidadania, etc... (4) Seguindo a sugestão dos alunos do curso é importante que o texto tenha exemplos, estudos de caso...Sugestão de Exercício 3.2.2 - Como a postura inclusiva, que aceite a diversidade dos contextos de uso e experiências subjetivas envolvidas no uso de drogas, como propõe a redução de danos, pode auxiliar na formulação do projeto preventivo em elaboração?

Unidade 3.3 O trabalho comunitário e a construção de re-des de cuidado e proteção

O trabalho comunitário com usuários de drogas na perspectiva da cons-trução de redes de apoio, cuidado e proteção. Aborda as seguintes temá-ticas: (1) Definição e importância do trabalho comunitário e da partici-pação social; (2) Construção de redes de prevenção, cuidado e proteção ao usuário na comunidade; (3) Desafios e possibilidades do trabalho preventivo na comunidade. (5) Apresenta atividades e boas práticas de-senvolvidas no trabalho preventivo na comunidade.

Sugestão de Exercício 3.3

Quais as instituições já existentes no território escolhido e como articu-lá-las em rede?

Como essa rede para dar sustentabilidade ao projeto em construção?

Módulo IV

O Módulo 4, intitulado “Projetos de Intervenção”, apresenta e orienta a elaboração de projetos que incentivem os estudantes a sistematizarem e implementarem ações de prevenção nos seus contextos de atuação. É um módulo teórico-prático e deverá ser desenvolvido durante todo o Curso, de forma transversal aos outros módulos. Ao realizarem esta atividade os estudantes apropriam-se dos conteúdos de todo o Curso e (re)pensam a realidade na qual estão inseridos.

Este módulo tem como objetivo buscar e analisar informações da rea-lidade local e construir objetivos e metodologias que subsidiem ações interventivas em prevenção.

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Unidade 4.1 Como construir um projeto de intervenção?

O que é um “Projeto de Intervenção”? Primeiros passos para a cons-trução de um projeto de intervenção: (A) Como definir o tema e o problema de intervenção; (B) Referencial teórico; (C) Justificativa; (D) População alvo: A quem se dirige a intervenção? (E) Metas e Objetivos. Metodologia de Intervenção em Projetos Preventivos. Acompanhamen-to e avaliação do programa preventivo.

Unidade 4.2 Implementando seu projeto de intervenção

(1) Legitimando o projeto junto à comunidade a que se destina; (2) Como colocar em ação aquilo que foi projetado; (3) Buscando o fee-dback para as ações realizadas; (4) Avaliando o processo realizado: da construção à realização.OBSERVAÇÕES:

Cada unidade deve articular seu conteúdo teórico com alguns desdo-bramentos práticos para subsidiar intervenções na realidade local dos cursistas e a elaboração do projeto de intervenção. Neste sentido é im-portante que os autores fiquem atentos a:

1. As questões norteadoras dos módulos e o produto final espera-do na perspectiva da construção dos projetos de intervenção;

2. No resumo, os autores devem colocar as principais afirmações sobre o conteúdo de sua unidade, de modo a auxiliar na cons-trução do projeto de intervenção.

3. No decorrer do capítulo podem realizar “destaques”, que cha-mem a atenção do cursista para a importância daquele item na formulação de projetos de intervenção.

4. O conceito que irá delimitar os projetos e as articulações entre os cursistas para elaboração de projetos é o de TERRITÓRIO.

5. Ao final da unidade não haverá exercícios de verificação do conteúdo, mas sim exercícios práticos, que relacionem o tema da unidade com as etapas da elaboração de um projeto pre-

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ventivo, conforme ilustramos abaixo. (estes exercícios práticos podem ser discutidos nos fóruns de discussão)

6. Todos os autores se forem reescrever as ementas, devem enca-minhar para as consultoras técnico-científicas.

3.4 Livro-TextoMódulos Unidades

Capítulo Introdutório O Uso de Drogas e sua Multideterminação

Módulo 1 - Drogas, Sujeitos EeContextos

1.1 O contexto sociocultural do uso de drogas

1.2 O sujeito, as redes sociais significativas e os contextos psicossociais

1.3 Classificação das drogas e seus efeitos

1.4 Padrões de uso de drogas.

1.5 Epidemiologias do uso de drogas

1.6 A Bioética e o uso de drogas

Módulo 2 - Políticas Públicas e Legislação

2.1 A política nacional sobre drogas e a lei

2.2 Intersetorialidade nas políticas públicas

2.3 Políticas sociais e de saúde: SUS, Saúde Mental e SUAS

2.4 Legislações e políticas para crianças e adolescentes

2.5 Conselhos – espaços de participação e controle social

Módulo 3 - Redes Para Promoção, Prevenção, Redução de Danos e

Tratamento

3.1 - Promoção da saúde e prevenção ao uso de drogas.

3.2 - O cuidado ao usuário na perspectiva da atenção integral

3.3 O trabalho comunitário e a construção de redes de cuidado e proteção

Módulo 4 – Projetos de Intervenção

4.1 - Como construir um projeto de intervenção?

4.2 - Implementando seu projeto de intervenção

Temas Complemen-tares

Aguardando aprovação da SENAD

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Nesta edição, cada Módulo se estrutura ao redor do Projeto de Inter-venção, sendo ele a espinha dorsal da proposta metodológica do cur-so. Consideramos que os indicativos do seu planejamento devem ser trabalhados já no Módulo Introdutório, sendo desenvolvido durante todo o período de formação, articulando e orientando todas as ações de aprendizagem nos diversos Módulos de estudo. Sua realização é de caráter obrigatório e constitui carga horária correspondente a 40 horas de formação.

Freire (1997) nos ensina que, ao nos admirarmos com algo começamos um processo de desprendimento (de emersão) da realidade, transcen-dendo-a e objetivando-a. A admiração, então, desmistifica, problema-tiza e critica a realidade admirada, eliminando posturas fatalistas que confeririam à realidade uma aura de inexorabilidade.

A percepção do que é possível mudar, ou dos inéditos viáveis, pode fazer surgir o desejo de mudar a própria realidade, o que significa que a inten-cionalidade repousa na capacidade de criticamente perceber a realidade (consciência crítica). Na medida em que os inéditos viáveis começam a ser percebidos, os processos de intervenção serão mais sistematicamen-te elaborados.

Importante destacar que o “Projeto de Intervenção” constitui-se tam-bém num aglutinador que deve envolver, preferencialmente, os diversos profissionais que integram a rede de prevenção, inserindo a discussão teórica sobre a prevenção na proposta de ação das instituições partici-pantes da formação.

4 MídiasUtilizaremos as mais diversas mídias existentes para alcance dos estu-dantes, entre elas estarão as descritas abaixo.

4.1 Programas de TV

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Produção de 03 programas de TV gravados e veiculados em emissoras a serem definidas. Estes programas deverão trazer a discussão dos temas com especialistas da área.

4.2 VideoaulaExperiências práticas ilustrando as temáticas abordadas no livro-texto.

4.3 Ambiente VirtualA organização do AVEA tem como consequência o abandono da pers-pectiva de “ensino na rede” em favor de processos de “aprendizagem em rede”. Inserem-se no ambiente os seguintes recursos educacionais:

a. fóruns de discussão e avaliação;

b. bancos informacionais (de Práticas e sobre Conselhos);

c. lições virtuais;

d. enquetes;

e. biblioteca virtual e biblioteca participativa.

O material disponibilizado, tanto para o livro-texto quanto para o am-biente virtual, será disponibilizado na língua brasileira de sinais (libras). Este curso também terá como inovação em relação à edição anterior, a adequação do ambiente virtual para cursistas com baixa visão.

5 Escrevendo o seu Texto Base Como já salientamos nas considerações iniciais deste Guia, os mate-riais didáticos de um curso EaD precisam manter entre si organicidade

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e sinergia, o que demanda a definição da fundamentação epistemológi-ca e pedagógica. Além disso, é necessário garantir a existência de uma identidade visual e estrutural para os materiais, de modo que o cursista sinta-se seguro ao longo da formação, ao lidar com elementos já co-nhecidos. A identificação de padrões associados às funcionalidades dos recursos didáticos contribui para a aprendizagem, à medida que facilita a consolidação dos conteúdos e a interdependência entre as ações de aprendizagem dos diversos Módulos.

Em síntese, é fundamental respeitar o modelo pedagógico para os mate-riais, com o intuito de organizá-los a partir de um conjunto de elemen-tos comuns, constituintes de uma identidade pedagógica.

5.1 Para quem você está escrevendoA EaD proporciona também a criação de turmas heterogêneas. No nosso curso você irá escrever para conselheiros atuantes nos diversos Conselhos Estaduais e Municipais (Segurança, Sobre Drogas, Direitos Humanos, Tutelares, Direitos da Criança e do Adolescente, Educação, Saúde, Assistência Social, Conselhos, Escolares, Juventude, Idoso, Tra-balho, Populações Afrodescendentes, dentre outros) e as lideranças comunitárias atuantes em ações de prevenção ao uso de crack, álcool e outras drogas. Portanto, trata-se de sujeitos com formação do nível Fundamental à pós-graduação, oriundos de contextos sociais e regio-nais distintos, além da heterogeneidade de gênero, raça e geracional.

Cada Unidade será composta por (no mínimo 7 páginas e no máximo 10):

▪ Título (contendo no máximo duas linhas)

▪ Mini currículo do autor, compondo a formação, titulação e atuação vigente. Exemplo: Médico; doutorado em Saúde Pú-blica; professor da Universidade de São Paulo; Coordenador geral da área de Epidemiologia. (3 a 4 linhas)

▪ Breve apresentação da unidade, destacando os objetivos;

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▪ Introdução

▪ Corpo do texto (Times New Roman, 12, espaço 1,5)

▪ Resumo (enfatizar conceitos chave trabalhados na unidade)

▪ Exercícios (direcionados para o projeto de intervenção)

▪ Referências.

Os recursos textuais são importantes na elaboração do Texto-Base para EaD, considerando que facilita aprendizagem e otimiza a visualização dos aspectos primordiais do conteúdo. Em nosso Curso temos os se-guintes recursos:

▪ Saiba Mais: Informações ou relatos de experiência considera-dos interessantes para o desenvolvimento dos estudos;

▪ Para Refletir: É usado para problematizar partes do texto em que são propostas questões sobre o tema tratado na perspectiva do projeto de intervenção;

▪ Lembre-se: Conteúdos que o autor deseja ressaltar, essenciais a compreensão dos conceitos;

▪ Quadro Destaque: Esse recurso destaca uma informação rele-vante do texto principal. Têm um caráter referencial e comple-mentar, pois pode ser lido no momento em que o aluno desejar.

▪ Link (Nota Lateral): é um recurso para expandir as informa-ções contidas no texto. Pode conter indicações de endereços eletrônicos, livros, comentários e exemplos.

▪ Glossário: definição de conceitos novos ou pouco conhecidos. Em forma de link permite a expansão das definições/conceitos da disciplina.

Considerando a importância da dimensão interacional e, partindo do pressuposto de que quanto maior for o nível de interação nos processos de ensino-aprendizagem a distância, melhor será a compreensão de no-vos conhecimentos e a ressignificação dos conhecimentos já adquiridos, Crescitelli e Campos (s.d.) chamam a atenção para o fato de que o esta-belecimento de uma relação pessoal entre professor e cursista promove um estudo mais prazeroso e estimulante. Uma conversação amigável

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deve ser, então, a via para que tal relação pessoal possa se concretizar, uma vez que textos conversacionais serão mais facilmente compreendi-dos.

Em busca de um bom nível de interação cursista-conteúdo e professor-cursista, é importante que o material didático privilegie:

▪ Conteúdo apresentado de forma coloquial e com densidade de informação adequada à complexidade do tema, ao tempo e aos objetivos da unidade;

▪ Dicas e sugestões justificadas que auxiliem o cursista a se orientar sobre o que deve ser feito ou evitado, qual trecho ou ponto focar mais atenção, como se organizar para realizar as atividades e os estudos independentes;

▪ Convites para que ele questione, pense de modo diferente, compare diferentes argumentos e forme opinião; e,

▪ Estímulo à busca por aprofundamentos, leituras complemen-tares, conhecimento de boas práticas relacionadas.

Sobre os estilos de redação do material didático para EaD, Franco (et al., 2003) ressalta a relevância de seis elementos: coesão, integração, controle da carga de conceito, concisão e relevância, estilo da escrita e linguagem de fácil compreensão.

Nessa visão, a coesão pode ser garantida pela observação dos seguintes pontos:

aulas ou seções auto-contidas; parágrafos que apresentem apenas uma ou duas ideias relacionadas; uso de subtítulos para apresentar uma ideia nova; inclusão de elementos de transição entre seções ou parágrafos; recapitulação das ideias principais no fim de cada seção (FRANCO et al., 2003, p. 39).

Para garantir a integração é preciso:

Incluir cada um dos pontos principais exigidos pelo tópico; deixar de fora qualquer ponto que sugira um tópico diferen-

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te; refinar cada ponto principal em subpontos, certificar-se de que todos os pontos principais sejam aproximadamente do mesmo grau de importância; certificar-se de que todos os pontos e subpontos sejam aproximadamente da mes-ma importância relativa; certificar-se que todos os pontos e subpontos estejam na ordem certa; assegurar-se de não se fugir ao ponto central da questão durante o processo de definição das linhas gerais da unidade; imaginar antecipada-mente as dúvidas que os alunos poderão ter e respondê-las (FRANCO et al. 2003, p. 39).

O controle da carga de conceitos deve ser gerenciado por meio da den-sidade da informação, ou seja, da adequação da quantidade de infor-mação à sua complexidade e ao tempo, lembrando sempre o cuidado com a introdução de novos conceitos. Nesse caso é preciso ter clareza e explicitar aquilo que é essencial daquilo que é complementar e acessório e também de justificar essas essencialidades.

A relevância nos diz sobre o cuidado na escolha do que deve ser dito, estando logicamente ligada ao controle da carga de conceitos e à con-cisão, garantida por uma escrita objetiva, estimulante e que dose pensar e fazer.

Sobre o estilo da escrita, Franco (et al. 2003, p.40) também ressalta a importância de

[...] um estilo conversacional, em que o professor fala com os alunos por meio da escrita, sendo amigável e incentivador, envolvendo-os em um diálogo. Para isso é recomendado um estilo pessoal, dirigindo-se aos alunos como “você” e refe-rindo-se a si mesmo como “eu”, fazendo a ressalva de que se deve também manter a adequação do estilo do texto ao assunto que está sendo tratado.

As orientações (Franco et al. 2003, p.40) para a utilização de uma lin-guagem de fácil compreensão são:

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▪ Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal, ou, talvez, duas ideias relacionadas;

▪ Escrever frases curtas, contendo não mais do que vinte pala-vras cada uma;

▪ Usar basicamente orações principais, uma vez que elas são mais fáceis de serem seguidas do que orações subordinadas;

▪ Evitar orações subordinadas em excesso numa mesma frase;

▪ Evitar negações em excesso numa mesma frase;

▪ Evitar o uso da voz passiva, usando verbos ativos e diretos;

▪ Evitar usar em demasia palavras impessoais tais como “este”, “isso” ou “o qual”;

▪ Usar palavras familiares ao leitor, sempre que possível;

▪ Usar palavras que representem conceitos concretos sempre que possível;

▪ Transformar os termos abstratos em verbos;

▪ Explicar todos os termos técnicos;

▪ Certificar-se que todas as suas palavras estão sendo correta-mente utilizadas;

▪ Usar expressões idiomáticas com parcimônia; e,

▪ Fazer a adequação da escrita à habilidade de leitura dos alunos.

Em síntese, alguns dos principais conceitos aqui anunciados, referem-se à forma de interação e à interatividade permitida pelo material di-dático que se utiliza de recursos digitais. Toda a linguagem utilizada para veicular os conteúdos do Curso, visual e escrita e/ou oral, devem privilegiar a eficácia da interação e a interatividade do cursista com os materiais. Na definição de Piaget (1974), a interação refere-se à relação entre indivíduos, sendo entendida como um processo complexo de tro-cas e significações. Já a

interatividade, de acordo com Lemos (2002), refere-se à relação entre o indivíduo e a máquina, no caso da interatividade digital, relacionando-se a relação tecno-social que se efetiva por meio de interfaces. Por isso,

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planejar estas relações requer uma aprofundada reflexão a respeito da ação futura dos cursistas no decorrer de seu percurso pedagógico.

6 Plano de AulaOs planos de aula serão construídos pelos autores para cada unidade conforme a orientação da ementa do módulo contendo:

▪ Objetivo

▪ Conteúdo

▪ Exercício (direcionados para o projeto de intervenção)

▪ Bibliografia

7 Acompanhando a Concepção e Desenvolvimento dos Materiais e a Dinâmica da interação entre equipes No contexto da Educação a Distância, compreende-se que o planeja-mento pedagógico não se inicia no momento da prática docente ou do uso dos recursos digitais, mas na sua elaboração. Por isso a importância de uma equipe multidisciplinar, que tem como proposta de valor a refle-xão sobre as experiências a serem construídas e as práticas pedagógicas mais condizentes com a realidade dos cursistas, priorizando dinâmicas e processos de trabalho capazes de “[...] apoiar interações, interativida-des, investigações e construções do conhecimento [...]” (TORREZZAN; BEHAR, 2009, p. 53) dos sujeitos envolvidos.

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Para que conteúdo e forma se relacionem, você, autor, irá contar com a parceria da Equipe de Criação e Desenvolvimento do NUTE da Uni-versidade Federal de Santa Catarina. Esta equipe é integrada por: Super-visores de equipe, Designers Educacionais, Designers Gráficos, Ilustra-dores, Roteiristas, Editores e Produtores de vídeo, Técnicos de Sistema de Informação e Consultoras Técnico-Científicas.

A partir desse momento, a equipe será mais frequentemente represen-tada pelos Designers Educacionais. É importante que seja estabelecido um diálogo com estes profissionais durante todo o processo de escrita e produção do material.

8 Palavras FinaisA autoria de materiais para EaD é um trabalho de grande responsabilidade pela abrangência que os processos de aprendizagem alcançam. Ao criá-los, estamos entrando em diálogo direto com milhares de pessoas. É intenso, instigador e gratificante poder expressar-se por meio de tantas modalidades e para tão ampla audiência.

É também uma grande responsabilidade, pois é o tempo de milhares de pessoas que está sendo tomado. E tempo é vida! Se gastamos o tempo das pessoas, gastamos suas vidas. É preciso valer a pena. É uma respon-sabilidade e tanto e ao mesmo tempo uma grande oportunidade para nos aproximar do sonho de levar os sujeitos a multiplicar ações de in-tervenção comunitária e protagonizar a construção de redes sociais que desejamos com a cultura dos direitos humanos, da solidariedade, da ci-dadania e da prevenção ao uso de drogas.

Os materiais desenvolvidos neste curso poderão futuramente servir de base para a organização de grupos de estudo, pelos conselhos, progra-mas sociais, comunidades, universidades, entre outros. São materiais de domínio público que representam um legado de reflexão e de saberes sistematizados que estarão à disposição de todos.

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As pessoas do mundo, e as conexões entre nós, fornecem a matéria-prima para o excedente cognitivo. A tecnologia conti-nuará a melhorar, assim como a população continuará a cres-cer, mas a mudança em direção a uma maior participação já aconteceu. O mais importante agora é a nossa imaginação. As oportunidades diante de nós, individual ou coletivamente, são gigantescas; o que fazemos com elas será determinado em grande parte pela forma como somos capazes de imagi-nar e recompensar a criatividade pública, a participação e o compartilhamento (SHIRKY, 2011, p. 186-187).

Não estamos sozinhos, somos um grande grupo formado por vocês, au-tores, pelos membros dos Comitês, pelos Designers Educacionais, pelos Designers Gráficos e pelos participantes das equipes de Tecnologia da Informação e de Vídeo. Assim, cremos, reunimos competências, ideais e concepções que tornam este Sonho Viável. 

9 Referências BibliográficasBEHAR, P. A. (orgs.). Modelos pedagógicos em educação a distância. Porto Alegre: Artmed, 2009.

CRESCITELLI, M. F. de C; e CAMPOS, K. S. da R. A escrita do material didático virtual. Disponível em: http://www.pucsp.br/pos/lgport/down-loads/publicacao_docentes/escrita_mercedes_ karlene.pdf. Acesso em: 19 mar. 2013.

FRANCO, M. A. (Org.). Orientações para o desenvolvimento de cur-sos mediados por computador. Campinas: Centro de Computação da UNICAMP, 2003. Disponível em: http://www.ggte.unicamp.br/ggte/site_ggte/arquivos/publicacoes/desenvolvimento.pdf. Acesso em: 19 mar. 2013.

FREIRE, P. Papel da Educação na Humanização. In: Revista da FAEEBA – Faculdade de Educação do Estado da Bahia - UNEB, Ano 6, Número

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7. Salvador: Jan/Jun de 1997, p. 9-17. Disponível em: http://www.uneb.br/revistadafaeeba/files/2011/05/numero7.pdf. Acesso em 04 mar. 2013.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Coleção Leitura, Ed. Paz e Terra S/A, São Paulo, SP, 1999.

LEMOS, A. Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contempo-rânea. Porto Alegre: Sulina, 2002.

NEDER, M. L. C. O texto como elemento de mediação entre os sujeitos da ação educativa. In POSSARI, L. H. V. e NEDER, M. L. C. Org. Mate-rial Didático para a EaD: Processo de Produção. Cuiabá. EdUFMT, 2009. Disponível em: http://www.uab.ufmt.br/uab/images/livros_download/material_didatico_para_ead_processo_de_producao.pdf. Acesso em: 15 fev. 2013.

PIAGET, J. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bas-tos, 1974.

SHIRKY, C. A Cultura da Participação: criatividade e generosidade no mundo conectado. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

TORREZZAN, C. A. W.; BEHAR, P. A. Parâmetros para a construção de materiais educacionais digitais do ponto de vista do design peda-gógico. Disponível em < http://seer.ufrgs.br/renote/article/viewFi-le/13569/8551> Acesso em 13 jan. 2014.

ANEXO 1

Recursos do material impressoLink (Nota Lateral): é um recurso para expandir as informações contidas no texto. Pode conter indicações de endereços eletrônicos, livros, comentários e exemplos. Para indicar no texto, sublinhe a palavra

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ou termo a ser destacado e coloque o conteúdo entre TAGS (< >), conforme o exemplo a seguir:

A Teoria da Interação e Comunicação <ABRIR LINK> O principal teó-rico da Teoria de Interação e Comunicação é Börje Holmberg, que acre-dita que um curso a distância deve utilizar um estilo de conversação com o aluno <FECHAR LINK> ou <//> busca criar um senso de per-tencimento e cooperação que interfira positivamente na motivação do aluno (LANDIM, 1997; PETERS, 1999; HOLMBERG, 1995).

Quadro-destaque: esse recurso destaca uma informação relevante do texto principal. Tem um caráter referencial e complementar, pois pode ser lido no momento em que o aluno desejar. Para indicar o texto a ser colocado como quadro destaque, coloque o conteúdo entre TAGS (< >), conforme o exemplo a seguir:

<ABRIR QUADRO-DESTAQUE>“ Art.2 § 2º Fica assegurada a tutela dos direitos relativos a programa de computador pelo prazo de cinquen-ta anos, contados a partir de 1º. de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência desta, da sua criação. ”<FECHAR QUA-DRO-DESTAQUE> ou <//>

Quadro-lateral: esse recurso possibilita a inserção de fatos, informa-ções adicionais e exemplos que ilustram o conteúdo. Em diagramação, são conhecidos por box ou caixas de texto cercadas. Para indicar o texto a ser colocado como quadro lateral, coloque o conteúdo entre TAGS (< >), conforme o exemplo a seguir:

<ABRIR QUADRO-LATERAL> “Art.2 § 2º Fica assegurada a tutela dos direitos relativos a programa de computador pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1º. de janeiro.” <FECHAR QUADRO-LATE-RAL> ou <//>

Glossário: definição de conceitos novos ou pouco conheci-dos. Em forma de link permite a expansão das definições/concei-tos da disciplina. Para indicar o que deve figurar como glossário, coloque o conteúdo entre TAGS (< >): <INSERIR GLOSSÁRIO> XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX <FECHAR GLOSSÁRIO> ou <//>

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Figuras, tabelas ou gráficos: indicar a inserção entre TAGS <.....>, pró-ximo ao texto a que se referem.

- OUTROS

<inserir ícone internet e texto na lateral> Acesse o Portal de Se-gurança com Cidadania no endereço eletrônico: <www.seguran-cacidada.org.br>e conheça as ações do SUSP.<//>

<inserir bullets> a. padronização dos ..... <//> ou <inserir bullets> • Gestão.... <//> <

inserir ícone exercício> Atenção! Os exercícios de fixação também estão disponibilizados no AVEA. Em caso de dúvidas, entre em contato com seu TUTOR. <//>

<inserir ícone lei [ou internet, teleconferência, fórum, videoaula> + tex-to ...<//>

Hierarquia dos títulos, seções e subseções

Título

ex:

<1> Epidemiologia do uso de drogas <1/>

Seção

ex:

<2> Conceitos  <2/>

Subseção secundária

ex:

<3> População específica <3/>

Subseção terciária

ex:

<4> Indicadores epidemiológicos <4/>

Se houver quaternária e quinária, especificar usando 5 e 6 respectiva-mente.

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DEs copiam e enviam ao DG as figuras para tratamento/redesenho(2 dias úteis por figura, em média.)

DEs analisam o texto, inserem comentários e enviam para Comissão Técnico-científica(3 dias úteis por texto)

CT&C analisa texto e comentários dos DEs, emite parecer e envia para Supervisão de Desenvolvimento (3 dias úteis por texto)

Supervisão de Desenvolvimento de Materiais recepciona arquivo e envia para DEs (1 dia útil)

Autor entrega o material

Gráfica imprime e distribui os livros(30 dias úteis)

Supervisão de Desenvolvimento de Materiais recepciona arquivo e envia para DEs (1 dia útil)

DEs registram e encaminham parecer ao AUTOR(1 dia útil)

Autor faz ajustes no texto e envia para DEs(5 dias úteis)

DEs recepcionam a segunda versão do texto, conferem pontos ajustados/modificados e encamin-ham para CT&C(1 dia útil)

DGs fazem ajustes indicados pelos DEs(1 dia útil por texto)

DGs reúnem todos os textos e fecham a diagramação do livro(3 dias úteis)

DEs revisam a diagramação do livro completo (PDF)(3 dias úteis )

DGs ajustam a diagramação do livro (PDF) e fecham arquivo(3 dias úteis )

SENAD CT&C conferem livro (PDF) e emitem parecer(5 dias úteis)

DEs e DGs fazem ajustes indicados pela SENAD e CT&C e fecham arquivo(3 dias úteis) SENAD aprova

PDF final(3 dias úteis)

DGs fazem a diagramação do texto(2 dias úteis por texto)

CT&C avalia a segunda versão e autoriza o início do desenho educacional(3 dias úteis por texto)

DEs fazem o desenho educacion-al do texto e enviam para revisão textual(4 dias úteis por texto)

DEs conferem arquivo enviado por revisores e repassam para DG(2 dias úteis por texto)

Revisão textual(3 dias úteis por texto)

Gráfica imprime prova e envia ‘boneco’(3 dias úteis)

Revisão do ‘boneco’ (Copydesk)(2 dias úteis)

DGs: ajustes, fechamento do arquivo e conferência com auxílio dos DEs(2 dias úteis)

DGs fecham versão gráfica(2 dias úteis)