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Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira Escola de Aprendizes do Evangelho — 8ª turma 27ª aula: As parábolas: Introdução - Usos e costumes sociais Textos complementares GEAEL Aula 27 — Entre muitas, a lição que fica: O que precisamos conhecer bem são as nossas próprias situações de risco, para não cometermos erros, caindo em ten- tações, e depois amargurar os arrependimentos das nossas falhas. Manual Prático do Espírita Ivan René Franzolin Os evangelhos relatam 44 parábolas apresentadas por Jesus. Lucas mostra 31, Mateus 22, Marcos 6 e João apenas 2. Uma parte importante dos ensinamentos de Jesus, foi constituída por parábolas. Embora não fosse novidade o uso desta técnica, a análise leva a crer que ele a usou com mais propriedade e em maior quantidade, comparativamente aos outros livros da bíblia. Este modo de expor tem sido entendido como uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão. Pode ser considerada também, como uma forma de deixar escondido um ensinamento para aqueles que ainda não apresentam condições de entendimento e, concomitantemente, evitar um certo desgaste a Jesus, gerado no hábito, comum daquela época e povo, de se discutir a obediência das leis mosaicas. A correta interpretação das parábolas possibilita o fenômeno da sua aplicação universal em todos os tempos, adaptada às situações análogas. Pesquisas no âmbito da comunicação constataram que o maior obstáculo à compreensão de uma mensagem é a tendência dos homens em pré julgar. Nesse sentido, a parábola possui a grande vantagem de não predispor os ouvintes a censura prévia, facilitando sua assimilação. A definição de parábola é “narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral”. De suas características, surge uma força que leva o ouvinte a refletir sua conclusão. Um bom exemplo de parábola do antigo testamento está em II Samuel 12:1-14, conhecida como “o profeta Natan repreende a Davi”. De maneira geral, a parábola difere da alegoria por ser

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Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de LimeiraEscola de Aprendizes do Evangelho — 8ª turma27ª aula: As parábolas: Introdução - Usos e costumes sociais

Textos complementaresGEAEL

Aula 27 — Entre muitas, a lição que fica:O que precisamos conhecer bem são as nossas próprias situações de risco, para não cometermos erros, caindo em ten-tações, e depois amargurar os arrependimentos das nossas falhas.

Manual Prático do Espírita

Ivan René Franzolin

Os evangelhos relatam 44 parábolas apresentadas por Jesus. Lucas mostra 31, Mateus 22, Marcos 6 e João apenas 2.

Uma parte importante dos ensinamentos de Jesus, foi constituída por parábolas. Embora não fosse novidade o uso desta técnica, a análise leva a crer que ele a usou com mais propriedade e em maior quantidade, comparativamente aos outros livros da bíblia.

Este modo de expor tem sido entendido como uma técnica pedagógica, cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena compreensão.

Pode ser considerada também, como uma forma de deixar escondido um ensinamento para aqueles que ainda não apresentam condições de entendimento e, concomitantemente, evitar um certo desgaste a Jesus, gerado no hábito, comum daquela época e povo, de se discutir a obediência das leis mosaicas.

A correta interpretação das parábolas possibilita o fenômeno da sua aplicação universal em todos os tempos, adaptada às situações análogas.

Pesquisas no âmbito da comunicação constataram que o maior obstáculo à compreensão de uma mensagem é a tendência dos homens em pré julgar. Nesse sentido, a parábola possui a grande vantagem de não predispor os ouvintes a censura prévia, facilitando sua assimilação.

A definição de parábola é “narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral”. De suas características, surge uma força que leva o ouvinte a refletir sua conclusão. Um bom exemplo de parábola do antigo testamento está em II Samuel 12:1-14, conhecida como “o profeta Natan repreende a Davi”.

De maneira geral, a parábola difere da alegoria por ser

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mais extensa e exigir maior coerência e plausibilidade entre seus elementos. Alegoria é a exposição de um pensamento sob forma figurada (metáfora) ou uma seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras, outra no sentido. Alguns autores adotam também o termo símile que quer dizer comparação de coisas semelhantes. “Vós sois a luz do mundo” é uma metáfora; “como um cordeiro mudo diante daquele que o tosquia” é um símile. “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só, mas se morrer, produzirá muito fruto” [João 12:24] é uma alegoria.

Em comparação com as parábolas judaicas, as de Cristo possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais. É seu poder de invadir o tempo e as gerações, despertando o mesmo interesse (senão maior), permitindo sempre que os homens possam ampliar, a cada instante, o sentido dos ensinamentos que transmite. Por tudo isso, bom proveito! Escolha uma parábola para ler e boas reflexões.

A relação das 44 parábolas para estudoParábolas Lucas Mateus Marcos João1. O semeador 8: 4- 8 13: 3- 9 4: 3- 9 2. O grão de mostarda 13:18-19 13:31-32 4:30-32 3. Os maus vinhateiros 20: 9-18 21:33-44 12: 1-11 4. A figueira que secou 21:29-31 24:32-33 13:28-29 5. Diante do juiz 12:58-59 5:25-26 6. A geração de hoje 7:31-35 11:16-19 7. O espírito impuro volta à casa 11:24-26 12:43-45 8. O fermento 13:20-21 13:33 9. A ovelha desgarrada 15: 4- 7 18:12-14 10. Banquete para os pobres 14:16-24 22: 2-14 11. O ladrão 12:39-40 24:43-44 12. O criado fiel e prudente 12:42-48 24:45-51 13. Cem moedas de prata 19:12-27 25:14-30 14. A semente que brota da terra 4:26-29 15. O porteiro 13:34-36 16. O joio entre o trigo 13:24-30 17. O tesouro escondido 13:44 18. A pérola preciosa 13:45-46 19. A rede 13:47-50 20. O servo cruel 18:23-35 21. Os operários da vinha 20: 1-16 22. Os dois filhos 21:28-32 23. As dez virgens 25: 1-13 24. O juízo final 25:31-46 25. Os dois devedores 7:41-43 26. O bom samaritano 10:30-37 27. O amigo que chega de viagem 11: 5- 8 28. O avarento insensato 12:16-21 29. O retorno do senhor 12:35-28 30. A figueira estéril 13: 6- 9 31. A porta estreita 13:24-30 32. A escolha dos lugares 14: 8-11 33. A escolha dos convidados 14:12-14 34. A edificação da torre 14:28-30 35. Rei que vai guerrear 14:31-33 36. A moeda perdida 15: 8-10 37. O filho pródigo 15:11-32 38. O administrador infiel 16: 1- 8 39. O rico avarento e Lázaro 16:19-31 40. Criados inúteis 17: 7-10 41. A viúva e o juiz iníquo 18: 1- 8 42. O fariseu e o publicano 18: 9-14 43. O bom pastor 10: 1-1644. A videira e os ramos 15: 1- 8

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Na vida humana encontramos, geralmente, três tipos de pessoas: as comuns, que representam a grande maioria; as brilhantes, uma minoria, cuja atuação

supera a da grande maioria, e finalmente as excepcionais, espécie de gênios raros em nosso mundo, porém muito co-muns em outras esferas de vida que ainda desconhecemos. O trabalho de posicionar determinados personagens nesta simples escala de três pontos é muito arriscado, pois entre eles há muitas variantes. Sabemos que o personagem aqui tratado não foi uma pessoa comum. Era de uma humildade impressionante e, por isso mesmo, já teríamos motivos para destacá-lo de muitos outros que trabalharam na mesma li-nha de conhecimento. Pelo caráter da sua missão, pois tudo indica que era um missionário de alta responsabilidade, po-demos avaliar o quanto se esforçou para não deixar que a sua personalidade ofuscasse uma obra, cuja marca principal levaria o nome de “A Verdade”. Isso foi feito de maneira ad-mirável. Em momento algum, Allan Kardec se auto-nomeia missionário; e ele aceita sua tarefa com muita simplicidade e até com reservas. Aceita, embora muitas vezes nem concorde com o seu aspecto missionário, mas não deixa de cumprir seus propósitos íntimos de terminar o que começou.

Não vamos colocá-lo na escala dos homens comuns, mas também não vamos atribuir ao mestre lyonês qualidades que talvez não o deixariam satisfeito. Mas podemos situá-lo

numa condição que avalia muito bem a sua rápida passagem pela Terra: foi um autêntico discípulo de Jesus durante sua iniciação e posteriormente, um verdadeiro apóstolo na exe-cução de suas tarefas. Isto está exposto de maneira muita explícita em sua obra literária e nos seus atos como pessoa e cidadão. No mais, sempre que avaliarmos Allan Kardec e sua obra em nossas inquirições íntimas, pensaremos sempre nas transformações benéficas que os seus conhecimentos vêm ge-rando para a humanidade. Isto basta para compreendermos que as pessoas que não são comuns sempre fazem, sem vaci-lar, aquilo que acreditam ser a sua obrigação. Já as pessoas excepcionais fazem muito além das suas obrigações. E nós, as pessoas comuns, no máximo, ficamos apenas admirando, quando deveríamos imitá-las. Que o tempo julgue, como já tem sido feito, o tamanho e a importância da obra de Allan Kardec. Mas não podemos deixar de considerar, mesmo por questão de ponto de vista, que a história das religiões e dos dogmas mudou totalmente seus rumos, após o advento de O Livro dos Espíritos e seus complementos. A data de 18 de abril de 1857, embora seja ainda desconhecida pelo orgulho e vaidade humanos, foi tão significativa quanto aquela em que Moisés codificou a consagrada tábua de normas éticas da humanidade e também aquela na qual Jesus pronuncia ao mundo o discurso que sintetiza todas as leis que regem o universo: O Sermão da Montanha. Assim como Moisés e Je-

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sus romperam as amarras do exclusivismo judaico, para tor-nar o conhecimento espiritual um patrimônio universal, os espíritos superiores, através de Allan Kardec e de seus cola-boradores, também fizeram o mesmo: revelaram coisas que jamais haviam sido faladas abertamente e deram ao mundo a chance de repensar o seu destino num momento bastan-te crítico e perigoso. Essa plêiade de inteligências abalou as estruturas do relacionamento entre o homem e Deus, demo-lindo de forma enérgica os falsos alicerces das verdades espi-rituais e, dos escombros, passou a reerguer um novo edifício da crença: o da fé raciocinada. Para tanto, foi anunciado, primeiramente, um grande enigma, o da Verdade. Depois, foi escolhido alguém capaz de decifrar esse enigma; e por últi-mo, a própria verdade se torna evidente, e até mesmo palpá-vel. O que estava sendo anunciado era aquilo que poderia ser o fim da idéia da morte, o golpe derradeiro no monopólio do comércio da fé e o estabelecimento definitivo de uma solução para todos os problemas humanos: “Fora da caridade não há salvação”, ou seja, ninguém pode ser feliz sozinho.

Kardec buscava a verdade através de respostas claras para as suas dúvidas, sem a necessidade de dar-lhe algum nome ou personalidade humana ou institucional. Sabia que a verdade não tem nome, não é de ninguém, especificamente, mas é de todos que a buscam por direito e merecimento. Mas sempre que teve alguma dúvida sobre ela, foi beber direto na fonte, um manancial sempre inesgotável, a água que saciaria seus anseios mais íntimos; a mesma que havia esclarecido Tomé e inspirou Kardec na realização da sua missão de Co-dificador de uma nova Revelação:

Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará. (João, 8:31,32)

Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. (João, 14:6)

Se me amais, guardareis meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eter-namente convosco. É o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque ele permanecerá convosco e estará em

vós. Disse-vos estas coisas, enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João, 14: 15, 16, 17, 25, 26)

Analisando o espiritismo em relação às demais crenças e filosofias, diversos autores reconhecem que essas promessas do Novo Testamento foram integralmente cumpridas pela codificação espírita a partir de 1857, estabelecendo-se no-vos paradigmas para uma compreensão cada vez mais ampla do homem, do Universo e da divindade: o acesso irrestrito às verdades essenciais ao nosso estágio evolutivo; a amplia-ção de conhecimentos espirituais com revelações inéditas e compatíveis com o nosso estágio intelectual e moral; a popu-larização e generalização do intercâmbio entre os mundos através da mediunidade; a evidência de que o progresso in-dividual só se realiza pelo equilíbrio entre a inteligência e o sentimento; a confirmação do Cristo, ao mesmo tempo, como modelo de perfeição absoluta e modelo acessível de perfeição relativa para todos os seres humanos em constante evolução; a revelação de que Deus e seus atributos só podem ser conhe-cidos através da vivência e não da contemplação e isolamento social ou ainda da especulação intelectual; e, finalmente, a prova científica, pelo método experimental, de que as afir-mações do espiritismo são conhecimentos reais, libertando o homem da escravidão religiosa e da improdutiva especulação filosófica.

Essas características que fazem do espiritismo e da co-dificação de Allan Kardec o mais avançado meio de iniciação espiritual disponível ao homem contemporâneo. Nele encon-tramos não só respostas para as nossas dúvidas e consolo para nossas dores, mas também as soluções para o grande enigma existencial que todos nós carregamos no âmago do espírito, que é a busca do verdadeiro sentido de nossas vidas.

Nova História do EspiritismoDalmo Duque dos Santos

Editora do ConhECimEnto

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As virtudes (IX)Ney Pietro Peres — Manual Prático do Espírita

GEAEL

VIGILÂNCIA, ABNEGAÇÃO

Vigilância

Todo pensamento impuro pode se originar de duas fontes: a propria imperfeição da alma ou uma funesta influência que sobre ela se exerça. Neste último caso, há sempre indicio de uma fraqueza, que nos torna aptos a receber essa influência, demonstrando que somos almas imperfeitas. Dessa forma, aquele que falir não poderá alegar como desculpa a influência de um espírito estranho, desde que esse espírito não o teria induzido ao mal se o tivesse encontrado inacessivel a sedução.Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XXVIII. “Coletânea de preces espí- ritas”. Para resistir a uma tentação, 20. Prefácio.

A condição interior de atenção para com as próprias emoções, desejos, impulsos, pensamentos, gestos, olhares, ati-tudes e respostas verbalizadas consiste na preocupação em pautar nossas reações dentro de padrões condizentes com o conhecimento evangélico.

A observação de nos mesmos deverá ser aplicada de modo permanente, e não apenas quando já ocorreu a trans-gressão. Entendemos claramente que a vigilância define um trabalho preventivo e não corretivo.

A vigilância tem, assim, sua atuação como meio de com-bate aos defeitos, de algum modo já conhecidos ou identi-ficados, para que, com a devida antecedência e precaução, evitemos as ocorrencias dos mesmos.

O trabalho preventivo, a exemplo do que se desenvolve na especializada àrea da segurança do trabalho, procura relacionar numa atividade os riscos de acidentes e seus graus. As causas de acidentes são, muito bem estudadas e todas as campanhas de prevenção visam a conscientização do homem que executa um trabalho produtivo, para que o desempenhe dentro de certas normal de segurança, específicas a cada tipo de atividade.

Há dispositivos de proteção nas máquinas, há cores e sinalização, há meios de prevenção contra incêndios e há também os equipamentos de proteção individual para uso do trabalhador. Estes são alguns dos meios para evitar acidentes.

Muito análogos ao que queremos aqui relacionar com a nossa vigilância interior são, em seguranca do trabalho, os chamados “atos inseguros”. Sabe o operário que, ao executar um “ato inseguro”, poderá lhe ocorrer um acidente, como por exemplo: trabalhar na construção de edifício sobre andaimes sem guarda-corpo; subir em postes sem o cinto de segurança; operar máquinas de desbaste sem óculos de proteção; remover peças com as mãos sem luvas em prensas de moldagem etc.

Então, o que poderá também acontecer àquele que, co-nhecendo as suas fraquezas ou inseguranças, se arrisca a de terminadas situações de perigo?

Estará se expondo a sofrer um deslize moral, a lhe ocor-rer um acidente de graves consequências.

O que precisamos conhecer bem são as nossas próprias situações de risco, para não cometermos erros, caindo em ten-tações, e depois amargurar os arrependimentos das nossas falhas.

As tentações são os nossos riscos; estamos a elas sujeitos, e a nossa própria insegurança é resultado das imperfeições que ainda temos. Contamos sempre com os meios de proteção e de segurança individuais nos espiritos protetores, que, até certo ponto, afastam-nos das influências perigosas. Cabe-nos, no entanto, agir com firmeza, resistindo as tentações conhe-cidas. Podemos muito bem evitar os “atos inseguros”, esca-pando das situações de perigo, ou nos munindo dos meios de proteção para enfrentá-las.

Como formas de proteção, além do auxílio espiritual, conta-mos com a prece, a vontade, o esclarecimento, o esforço próprio.

Ninguém melhor do que nós mesmos para precavermo-nos das situações que representam riscos às nossas próprias inseguranças morais. Relacionemos algumas delas, talvez as mais comuns:

a) Diante dos convites de companhias que nos estimulam ao fumo, ao jogo, ao álcool, ao tóxico;b) Nas discussões de assuntos polêmicos, que nos levam a intrigas, agressões, contendas;c) Nas elaborações de pensamentos eróticos, que nos predis-põem aos condicionamentos do sexo;d) Na direção dos olhares maliciosos, que nos conduzem a cobiça;e) Nas economias exageradas dos gastos, que se resumem em avareza;f) Nas absorções de ressentimentos ou amarguras, que se cristalizam em intolerâncias, incompreensões;g) Nos comentários desavisados, que nos conduzem a male-dicência;h) Nos afloramentos das emoções fortes, que nos fazem manifestar orgulho, presunção;i) Nos ímpetos de defesa das nossas idéias, que refletem o personalismo;j) Nas inquietações por algo desejado, que definem a impa-ciência;l) Nos esquecimentos de obrigações assumidas, que caracte-rizam a negligência;m) Nos descansos prolongados, que indicam ociosidade.

Reconhece-se que um pensamento é mau quando ele se distancia da caridade — base de toda moral verdadeira; quando tem por princípio o orgulho, a vaidade e o egoísmo; quando sua concretização pode prejudicar alguém; quando, enfim, nos induza a coisas diferentes das que quereríamos que os outros nos fizessem. (Id., ibid.)

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Santuário Espiritualista RamatísLimeira, SP, 13 de junho de 2010.

Amor e paz!Todos nós estamos em caminhos redentores e recebe-

mos do Altíssimo preciosas oportunidades de reajustamento perante a lei. O serviço que nos chega atualmente são essas terefas capazes de nos harmonizar diante dos equivocos co-metidos no passado.

As orientações na jornada do bem alcançam a todos os ouvidos, por diversos meios. Caberá a cada um, pela livre vontade, aproveitar ou não, as lições e aprendizados.

O nosso trabalho nessa seara de bênçãos não é um prê-mio ou uma deferência especial para almas escolhidas, mas sim, ferramentas reabilitadoras de almas falidas que, tocadas por um propósito superior, pediram meios de se harmoniza-rem diante da vida e de seus semelhantes. Portanto, não vos deixeis envolver por vaidades ilusórias julgando-vos superio-res ou melhores que os outros, pois muitas vezes até podereis estar bem abaixo daqueles aos quais pensais prestar auxílio.

O conhecimento do passado a que muitos buscam im-prudentemente, vos é vedado para o vosso preoprio bem. Permear o terreno das encarnações pretéritas requer preparo e amadurecimento espiritual, sem os quais podereis causar graves desequilíbrios ao psiquismo, além de comprometer o planejamento de toda uma encarnação.

Não importa para vós agora o caminho trilhado, pois nada do que se foi pode ser mudado. O que podemor realizar hoje é se empenhar em errar menos e quando possível, fazer o bem que gostaríamos de receber. É nesse exercício de perdão e de caridade que vamos ressancindo erros e também curando as feridas da nossa própria alma.

Assim nasce a necessidade constante de auto analisar-se com austeridade, empenhando-vos nesse ajustamento interior com coragem e disciplina, para um melhor aproveitamento do tempo e das oportunidades de transformação que chegam até vos.

Muito tende recebido em amor e auxílio por parte de al-mas missionárias que vos tutelam a trajetória. A cada dia de serviço espiritual sois limpos das energias negativas acumu-ladas por negligências no vosso dia-a-dia. Nos vossos compa-recimentos nesta casa recebeis grande quantidade de fluidos regeneradores, além do amparo e da proteção de vossos guias e orientadores.

Frequentemente estais a receber coerentes advertências quanto a um viver mais harmonizado aos preceitos evangéli-cos. Portanto, cabe a cada um de vós, refletir profundamente como estais a conduzir a própria existência e onde está si-

tuado o vosso dever. A solicitude do Alto não se cansa em vos atender e não vê distinção para acolher a todos, dei-xando-vos impreg-nados de energias salutares e dulcifi-cantes, predispondo vossas almas para os propósitos de uma espiritualidade superior.

Deixamos aqui o nosso recado, não com o intúito de julgamento ou críticas aos vossos corações, mas somente como um alerta amoroso aos vossos espíritos.

Dia chegará em que estareis diante dos vossos orientado-res para análise e avaliação da trajetória na carne. Esperamos que pudessem estar a sentir nessa hora a paz do dever bem cumprido e assim ter a oportunidade de dar prosseguimento ao vosso aprendizado espiritual em estâncias mais venturo-sas. Para isso é necessário não desperdiçar os minutos do pre-cioso tempo de uma encarnação que vos foi concedido pela excelsa misericórdia.

Que possais estar conscientes dos vossos deveres peran-te o Cristo que abraçastes, retornando vitoriosos dos campos das batalhas terrestres.

Envoltos na Divina Luz vos deixamos.

Orientadores da casa de Ramatís

Mensagem destinada a um grupo de trabalhadores específicos, mas que certamente é indicado a todos que trilham a seara do serviço por amor a Jesus.

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PER GUN TA: — Atra vés da lite ra tu ra mediú ni ca, sabe mos que cer tos espí ri tos desen car na dos têm faci li da de de se trans­por tar de um local para outro, uti li zan do­se de uma facul da de que lhes per mi te uma espé cie de vôo, à qual se dá o nome de “voli ta ção”, ao passo que outros, não pos suin do essa facul­da de, só podem se loco mo ver como pedes tres. Por que moti vo estes não podem gozar da facul da de daque les?

ATA NA GIL DO: — De fato é assim, visto que a força men-tal acu mu la da inte li gen te men te é que pro mo ve o êxito na voli-tação. Como pode rá se trans por tar a lon gas dis tân cias, por meio da força de von ta de, cria do ra do poder men tal, aque le que na maté ria ainda não pos suía força de von ta de sufi cien te nem para aban do nar peque nos vícios?

PER GUN TA: — Então, só os espí ri tos supe rio res é que con­se guem voli tar?

ATA NA GIL DO: — Como disse, a voli ta ção é con quis ta dos que desen vol vem o seu poder men tal; assim, é óbvio que, quem o pos suir, mesmo quan do des via do do Bem, pode voli tar depois de desen car na do. No entan to, uma coisa é poder voli tar e outra coisa ter per mis são para voli tar, pois aque les que se avil tam no mundo, embo ra pos suam força men tal desen vol vi da e inte li gên cia bas tan te, terão que se situar em zonas den sas e de bai xas con di ções vibra tó rias. Em con se qüên cia, mesmo que sejam capa zes de voli tar, a Lei os con ser va rá pre sos ao solo ou, então, mal pode rão ensaiar alguns arre me dos de vôo a dis tân cia, por que as suas con di ções vibra tó rias não per mi ti rão que pas sem daí. Não podeis com pa rar os vôos cur tos das aves domés ti cas, pre sas ao solo, com o vôo incom pa rá vel dos pás sa ros que cor-tam o espa ço.

PER GUN TA: — Podeis nos dar uma idéia mais clara de como se pro ces sa o fenô me no da voli ta ção?

ATA NA GIL DO: — A voli ta ção se baseia prin ci pal men te na ação dinâ mi ca da von ta de atuan do sobre a ener gia men tal, que então serve de sus ten ta ção para que o peris pí ri to possa se con-du zir atra vés do Espa ço. Ser vin do-me de minha von ta de coesa e dis ci pli na da, que me per mi te gover nar a mente para con ser var-me em vôo segu ro, posso alcan çar os obje ti vos e pon tos dese ja-dos, como se fora pos suí do da leve za do pás sa ro a voar sob um céu de armi nho iri sa do. É certo que o faço na con for mi da de do meu tipo espi ri tual e, por isso, não posso me afas tar do cír cu lo tra ça do pelas minhas con di ções vibra tó rias side rais.

PER GUN TA: — Não pode mos dei xar de nos emo cio nar ante a cons ta ta ção dessa pos si bi li da de de o espí ri to voar liber­to das peias do solo físi co.

ATA NA GIL DO: — Sei que isso vos entu sias ma; noto-vos a sen sa ção eufó ri ca e a res pi ra ção exci ta da, ante este qua dro atra-ti vo que vos apre sen to. Como ser-vos-á deli cio so voli tar no Espa-ço, após a vossa desen car na ção, livres das preo cu pa ções com dupli ca tas, den tis tas, arma zéns, alu guel de casa ou impos tos. Que júbi lo ouvir a músi ca das esfe ras, sen tir o per fu me embria-

ga dor das flo res para di sía cas e apre ciar a poli cro mia de pai sa-gens encan ta do ras. São reve la ções que vos arre ba tam a esta dos celes tiais, de repou so e con tem pla ti vi da de; sonhos que real men-te vivem no sub je ti vis mo de vossa memó ria eté ri ca e repon tam emo ti va men te, embo ra ainda per ma ne çais reclu sos na carne ter-re na. O espí ri to encar na do é um via jan te que dei xou a sua pátria celes tial e, mesmo quan do igno ra essa cir cuns tân cia, cos tu ma rever fugaz men te alguns frag men tos do pano ra ma subli me que o aguar da no futu ro, assim como con ser va no ínti mo a recor da ção do seu ver da dei ro lar celes tial. E essas recor da ções se avi vam quan do alguém vos asso cia men tal men te às pai sa gens cerú leas dos pla nos supe rio res, como agora acon te ce con vos co.

O que impor ta, porém, não é conhe cer des a natu re za dos cená rios edê ni cos, com suas subli mi da des, mas tudo fazer des para habi tá-los, o que só se con se gue atra vés de uma vida digna e liber ta das pai xões tumul tuo sas, que into xi cam o peris pí ri to e o impe dem de des fe rir seu alto vôo arden te men te sonha do. Que vale sonhar com os cipres tes do Líba no, os lagos da Itá lia ou a majes ta de dos Andes, se nada faze mos para conhe cê-los pes soal men te?

PER GUN TA: — O desen vol vi men to da von ta de, para o êxito da voli ta ção no Espa ço, deve come çar quan do ainda esta mos encar na dos?

ATA NA GIL DO: — As seqüên cias natu rais e mile ná rias da vida huma na, no plano físi co, sem pre ter mi nam desa tan-do na alma as ener gias men tais ador me ci das pela ocio si da de espi ri tual. A exis tên cia pla ne tá ria é uma per fei ta e inces san te “ini cia ção”, em que o dis cí pu lo é sub me ti do a uma mul ti pli ci-da de de pro vas e prá ti cas que o expe ri men tam e melho ram a sua gra dua ção. Entre tan to, se a alma for pre gui ço sa, care ce rá de milhões de anos para che gar a um esta do de per fei ção que lhe per mi ta gozar da união com Deus. Exis tem seres (por exem plo, os iogues) que, pela auto-rea li za ção, abre viam de alguns sécu los cer tas expe ri men ta ções que lhes exi gi riam longo tempo sob a letar gia pas si va da Lei do Carma. Eles dina mi zam a sua von-ta de, puri fi cam o cora ção e extin guem a atri bu la ção pela vida ilu só ria da maté ria, até con se gui rem ingres sar na “cor ren te cós-mi ca”, que então os apro vei ta como novos con du to res de almas e pre pos tos cria do res no seio da vida side ral.

É óbvio, pois, que, se a von ta de for desen vol vi da por meio de algum salu tar trei na men to dis ci pli na do, que des per te as for-ças inter nas e vos per mi ta melhor domí nio sobre o meio ilu só-rio, a voli ta ção, no Além, ser-vos-á uma con quis ta indes cri tí vel pelos vocá bu los huma nos. No entan to, assim como o balão não ascen sio na se esti ver preso pelas amar ras ao solo, tam bém não pode reis lograr êxito, de iní cio, na voli ta ção, se par tir des do mundo ter re no alge ma dos às for ças tirâ ni cas das pai xões e das sen sa ções infe rio res.

A Sobrevivência do EspíritoRamatís / Hercílio Maes

Editora do ConhECimEnto

Page 8: Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira · “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só, mas se morrer, produzirá

É preciso que se dê mais importância à leitura do Evangelho. E, no entanto, abandona-se esta divina obra;faz-se dela uma palavra vazia, uma mensagem cifrada. Relega-se este admirável código moral ao esquecimento.

4. Não percebeis a tempestade que se forma para arrebatar o velho mundo e reduzir ao nada to-das as perversidades terrenas? Ah! Bendizei o Se-nhor, vós que depositastes vossa fé na Sua soberana justiça, e que, sendo os novos apóstolos da crença revelada pelas vozes proféticas superiores, ides pre-gar o conceito da reencarnação e da elevação dos espíritos, à medida que tenham cumprido bem ou mal suas missões, e tenham suportado suas provas terrenas.

Não vacileis! As línguas de fogo1 estão sobre vossas cabeças. Ó, verdadeiros adeptos do espiritis-mo, sois os eleitos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar hábitos, trabalhos e ocupações fúteis em favor da di-vulgação dessa palavra. Ide e pregai: os espíritos do Alto estão convosco. Certamente falareis a pessoas que não quererão ouvir a voz de Deus, porque essa voz as convoca à abnegação constante. Pregareis o desprendimento aos avarentos, a abstinência aos de-vassos, a mansidão aos tiranos do lar e aos déspotas. Palavras perdidas, eu sei, mas o que importa! É pre-ciso regar com vosso suor o terreno que deveis seme-ar, pois ele só frutificará sob os esforços da enxada e do arado evangélicos. Ide e pregai!

Sim, todos vós, homens de boa-fé, que reconhe-ceis vossa pequenez ao observar os mundos que se espalham pelo Infinito, parti em cruzada contra a injustiça e a maldade. Ide e acabai com o culto do bezerro de ouro, que se alastra cada vez mais. Ide, Deus vos conduz! Homens simples e incultos, vossas línguas se soltarão, e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, e as populações atentas receberão felizes vossas palavras de consolo, frater-nidade, esperança e paz.

Que importam as armadilhas que forem colo-cadas no vosso caminho? Apenas os lobos caem em armadilha de lobos. O pastor sabe proteger suas ovelhas dessas cruéis ciladas.

Ide, homens grandiosos aos olhos de Deus, pois, mais felizes do que São Tomé, acreditais, sem pre-cisar ver, e aceitais os fenômenos da mediunidade, ainda que jamais tenhais conseguido manifestá-los. Ide, o Espírito de Deus vos conduz! Marchai adian-

1 Línguas de fogo: Alusão à manifestação mediúnica ocorrida no dia de Pentecostes, em que os apóstolos falavam idiomas desconhe-cidos. Alguns videntes presenciaram esse fenômeno, que é explicado perfeitamente pela doutrina espírita. (Veja Atos, 2:2-13 e 3:17, no Novo Testamento).

te, legião imponente pela vossa fé! Os grandes batalhões de in-crédulos se dissiparão diante de vós, como as névoas da manhã se desvanecem com os primeiros raios do sol nascente.

“A fé é a virtude que remove montanhas”, disse-vos Jesus. Porém, mais pesada do que a maior das montanhas, é a impureza que habita o coração dos homens, com todos os seus vícios. Parti, pois, com coragem para remover essa montanha de maldades, das quais as gerações futuras só ouvirão falar como sendo uma lenda, da mesma maneira que vós só co-nheceis muito vagamente o período que antecedeu à civilização pagã.

Sim, em todos os pontos do globo vão explodir revoluções morais e filosóficas. Aproxima-se a hora em que a luz divina brilhará sobre os dois mundos.

Ide, pois, e levai a divina palavra: aos grandes, que a menosprezarão; aos eruditos, que dela exigi-rão provas; aos simples e pequeninos, que a aceita-rão, porque é principalmente entre os sacrificados pelo trabalho, esta expiação terrena, que encontra-reis o fervor e a fé. Ide! Estes sim receberão com cânticos de ação de graças, e entoando louvores a Deus, a abençoada consolação que lhes oferecerdes, e se curvarão, rendendo-lhe graças pela provação de suas misérias terrenas.

Que a vossa legião se arme de coragem! Mãos à obra! O arado está pronto e a terra espera. É pre-ciso trabalhar.

Ide, e agradecei a Deus pela gloriosa tarefa que vos confiou. Mas não vos esqueçais de que entre os chamados para o espiritismo, muitos se desviaram do percurso. Prestai atenção, portanto, e segui o caminho da verdade.

Perguntareis: “Se muitos dos chamados para o espiritismo se desviarão do caminho, por que si-nal se poderá reconhecer os que estão no caminho certo?”.

Respondemos: Vós os reconhecereis pelos prin-cípios de verdadeira caridade que professarem e praticarem. Vós os reconhecereis pela quantidade de aflitos a quem levarem consolo; pelo amor que dedicarem ao próximo, por sua abnegação, por seu desprendimento pessoal; e, finalmente, pelo triun-fo de seus princípios, pois Deus deseja que Sua Lei triunfe. Os que a seguem são, pois, os Seus eleitos, e a estes Deus dará a vitória, mas arrasará os que deturpam o espírito dessa Lei e a utilizam como um meio para satisfazer sua vaidade e sua ambição. (erasto, anjo da guarda do médium, Paris, 1863).