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Gravura - UNIASSELVI

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Page 1: Gravura - UNIASSELVI

das

AGabarito

utoatividades

GRAVURA

Page 2: Gravura - UNIASSELVI

Centro Universitário Leonardo da Vinci

Rodovia , nº .BR 470 Km 71, 1 040

Bairro Benedito - CEP 89130-000

I daialn - Santa Catarina - 47 3281-9000

Elaboração:

Revisão, Diagramação e Produção:Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

2018

Prof.ª Sandra Maria Correia Favero

Page 3: Gravura - UNIASSELVI

3UNIASSELVINEAD

GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DEGRAVURA

UNIDADE 1

TÓPICO 1

Questão única – Elabore um pequeno texto dando destaque aos princípios que caracterizam a gravura e a sua relação com as contribuições para o conhecimento através da escrita.

R.: Gravar = graver – francês (fazer risca nos cabelos, fazer entalhes em superfície dura). A palavra gravar, conforme o Dicionário Houaiss, quer dizer: 1. traçar (figuras, caracteres) em metal, madeira, pedra etc., com instrumento cortante ou reagente químico, criando matriz para cópias 2. fig. conservar na mente, memorizar 3. transferir (dados) para um meio de armazenamento, para recuperá-los; salvar 4. registrar (sons, imagens) em disco, vídeo etc. 5. tornar(se) perpétuo; conservar(se). Gravura = graphein – grego (escrever e desenhar) = cavare – latim (abrir, cavar, aprofundar)Encontramos no mesmo dicionário a seguinte definição da palavra gravura: 1. impressão feita a partir de matriz de madeira, metal ou pedra 2. estampa assim obtida.A necessidade de cunho sociocultural do surgimento da gravura: se a escrita e o escriba surgem com a necessidade de resolver impasses comerciais no desenvolvimento primário dos procedimentos agrícolas etc., para troca ou venda de grãos, receitas, vocabulários, normas e leis, cânticos religiosos, magia e textos registrando descobrimentos científicos (matemática, astronomia e medicina), a gravura também tem esta aproximação sociocultural no decorrer de sua história, como meio utilizado para reproduzir, através de imagens, mensagens que não chegavam ao homem comum, pois este não sabia ler. A leitura restringia-se a poucos: escribas religiosos, clero, castas superiores, da aristocracia.

FONTE: HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua portuguesa – com a nova ortografia da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 987.

Centro Universitário Leonardo da Vinci

Rodovia , nº .BR 470 Km 71, 1 040

Bairro Benedito - CEP 89130-000

I daialn - Santa Catarina - 47 3281-9000

Elaboração:

Revisão, Diagramação e Produção:Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

2018

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4 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

TÓPICO 2

Questão única – Vimos que algumas características da xilogravura, da gravura em metal, da litografia e da serigrafia foram sendo introduzidas na comunicação humana. Com poucas palavras, destaque o que diferencia cada uma delas.

R.: - Xilogravura:- o que caracteriza uma xilogravura é o corte de uma imagem sobre uma prancha de madeira;- o corte retira matéria da superfície provocando um baixo relevo;- a imagem que se forma sobre a superfície de madeira se chama matriz que, recebendo tinta ou não, possibilita a impressão de inúmeras cópias “idênticas”;- os cortes feitos sobre a superfície da madeira alteram a imagem;- cada linha formada pela extração de matéria torna-se uma linha branca sobre o papel;- na matriz que recebe a tinta para a impressão, as linhas que formaram sulcos (pequenas valetas sobre a madeira) não são atingidas, ficando em branco. - Gravura em metal: do grego khalkos = cobre e graphein = desenhar, escrever etc.;- o suporte são matrizes metálicas, geralmente de cobre, latão, alumínio ou zinco;- trabalhadas com intervenção direta de ferramentas variadas ou com processos indiretos que, além dos instrumentos, recebem a ação de agentes intermediários, tais como: mordentes mais o tempo de atuação destes, ceras, vernizes;- na gravura em metal tudo o que é marcado direta ou indiretamente é que aparecerá como resultado impresso;- é o inverso da xilogravura na qual temos o branco, o vazio retirado;- após a gravação da imagem formando a matriz, esta recebe a tinta que deverá preencher os sulcos e marcas provocadas pelas interferências na superfície; em seguida, inicia o processo de retirada do excesso de tinta, para tornar a aparecer a imagem. É um momento bastante delicado, que requer atenção para não exceder na limpeza e acabar retirando tinta demais, ou deixando muita tinta. Os sulcos, rasgos ou corrosões retêm parte da tinta que é transferida para o papel levando a imagem gravada;- é o processo de impressão que acontece através da pressão oferecida pela prensa calcográfica utilizada;- a imagem gravada nessa matriz pode também ser transferida sem tinta para o papel.- Litografia: do grego lithos = pedra e graphein = escrita, tem como característica a sua superfície planográfica baseada no princípio da repulsão

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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

da água pela gordura e da gordura pela água, envolvendo a gravação de uma imagem através de material gorduroso. A superfície da matriz é, então, uma pedra calcária que não recebe interferências de sulcos ou marcas que são extraídas da superfície, como na xilogravura ou na gravura em metal, mas absorve em sua superfície material gorduroso com o qual o gravador produz a imagem.- Serigrafia: caracteriza-se pela permeabilidade, serigrafia ou silk-screen: é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada;- a tela, normalmente de seda, náilon ou poliéster, é esticada em um bastidor de madeira, alumínio ou aço;- a "gravação" da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto (matriz+fotolito) colocado por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta à luz.

TÓPICO 3

Questão única – Entre os artistas citados neste tópico, selecione quatro para apontar contribuições à gravura como meio de expressão artística.

R.: - Dürer: indiscutivelmente excepcional em sua trajetória como gravador, levou a xilogravura e a gravura em metal a um nível de excelência, dominando como ninguém o buril, nas temáticas religiosas, figuras femininas e masculinas.- Rembrandt: tratou a sua gravura com muita pessoalidade e desenvoltura, adotando procedimentos com maior liberdade do que até então encontrada nos artistas. Gravava para si mesmo, permitia-se estudos de paisagens, retratos, cenas envolvidas em misteriosos claros e escuros com marcas de traços espontâneos em água-forte. - Goya: no século XVIII destaca-se como um dos maiores gravadores, “desenvolveu um estilo absolutamente próprio, que ao mesmo tempo refletia a alma apaixonada e a cultura de seu país”. Característica das gravuras: a dramaticidade e o exagero, valendo-se dos valores tonais para expressar criticamente a situação política/religiosa vivida no período em que a Espanha estava mergulhada na Inquisição. - Piranesi: se entregou ao fascínio pela gravura em metal, adotando a água-forte como meio para realizar gravuras excepcionais.

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6 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

- Delacroix: elaborou cerca de quatro mil litografias e, segundo Catafal e Oliva, “criou uma estética do grotesco desprovida de crueldade, de cores brilhantes, que perdurou muito tempo”.- Edvard Munch: foi o precursor. Produziu a maior parte de suas obras nas técnicas de gravura: xilogravura, gravura em metal e litografia. Usava fortemente a cor, trazendo intensamente as emoções humanas.

TÓPICO 4

Questão única – Discorra sobre a implantação da gravura artística no Brasil.

R.: Ponto de referência: para Orlando Dasilva, foram três nomes que implantaram a gravura no Brasil: Carlos Oswald, Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo. Segundo ele: “Dar raízes à gravura brasileira foi um trabalho difícil, que exigiu oferecer tudo e nada querer em troca. Não havia tradição, não havia materiais, nem conhecimentos técnicos mais profundos. Não existia mercado”. Ou ainda, [...] ser encontrado nas seguintes “condições”: relativo isolamento – por paradoxal que pareça – em que viveu nossa primeira geração de gravadores modernos; falta de uma tradição gráfica artística; necessidade de autodidatismo; formação de uma atitude psicológica especial em relação à gravura e dedicação total a ela dos artistas que a elegeram como seu meio de expressão artística. E, por último – sem nenhuma modéstia –, devido também ao fato de que os primeiros gravadores modernos do Brasil encararam a tarefa a sério, com humildade, fé sincera na gravura, vontade constante de superar-se a si mesmos.Carlos Oswald difundiu a técnica ensinando, escrevendo, atraindo artistas para experimentarem a gravura.Oswaldo Goeldi primava pela expressão, segundo Dasilva, “[...] a sua matriz é cavada como se não houvesse necessidade de instrumento cortante e a madeira fosse arrancada à unha”. E “O que se impõe de imediato na obra de Oswaldo Goeldi é sua própria personalidade, retidão de caráter, é o homem que nunca mentiu”, e que por isso soube transmitir à gravura todo o seu eu intacto. “A sua numerosa produção gráfica é uma aula, viva, permanente para todos os que se aventurarem pelos caminhos da gravura. Ela nos mostra sacrifício e persistência”.Lívio Abramo explorava cada vez mais as possibilidades técnicas, num corte perfeito. A sua produção primorosa, inicialmente voltada para questões sociais e políticas, num momento mundial muito difícil, passou para cenas do cotidiano. Foi professor de Maria Bonomi e Samico, dois grandes nomes do cenário da gravura brasileira. Num determinado momento de sua vida, quando a política brasileira se encontrava tomada pela ditadura, Abramo foi

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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

exilado para o Paraguai, onde viveu até o final de sua vida.Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo foram duas personalidades distintas que fortaleceram uma tradição que se formava com eles mesmos e seus alunos.

UNIDADE 2

TÓPICO 1

Questão única – A monotipia não se caracteriza pela multiplicação da imagem. Discorra, então, acerca do que a aproxima das técnicas de gravura.

R.: O ‘espelhamento’ da imagem, como num processo de gravura, ou seja, temos um positivo e um negativo da imagem.

TÓPICO 2

Questão única – Descreva o processo de elaboração de uma xilogravura a partir do que foi apresentado.

R.: Inicia-se com a escolha da madeira, que deverá ser de acordo com o tipo de imagem escolhida para a gravação, com mais ou com menos detalhes, com intenção ou não de aproveitar a textura das fibras da madeira. Se a opção for o uso do linóleo, devemos lembrar que ele não apresenta textura na sua base. Em seguida, a madeira escolhida deverá ser preparada, ou seja, lixada com lixas para madeira, até formar uma superfície lisa, sem farpas. O passo seguinte é cobrir a superfície com tinta nanquim que, depois de seca, receberá o desenho, que pode ser feito com lápis gorduroso branco, ou papel carbono para costura. Alguns artistas dispensam o nanquim e desenham diretamente na madeira com caneta hidrocor preta. Com a imagem desenhada, inicia-se a gravação. O artista retira matéria da matriz para obter áreas em branco, e o que fica na superfície é o relevo que receberá a tinta que será impressa no papel. A chapa é rebaixada e o desenho fica em relevo, pronto para ser impresso. Gravado o desenho, passa-se ao momento da entintagem, que é feita com um rolo e tinta tipográfica ou tinta off set. O rolo com a tinta alcançará somente as áreas do relevo, excluindo as áreas rebaixadas. A superfície entintada deve

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8 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

ficar uniforme com a quantidade de tinta suficiente para uma boa impressão.A etapa seguinte é a impressão no papel, que pode ser feita de duas maneiras: manualmente, com colher de pau, bambu ou o Baren (instrumento utilizado pelos japoneses para a impressão de suas xilogravuras); ou com o auxílio de uma prensa. Com a pressão tanto de um modo como de outro, a imagem é transferida para a superfície do papel.Para cada cópia tirada, a matriz deve receber nova camada de tinta. O número de cópias é definido pelo artista.

TÓPICO 3

Questão única – Discorra acerca do processo de gravação de uma gravura em metal direta, diferenciando-o do processo de gravação de uma gravura em metal indireta.

R.: Meios diretos = quando o artista trabalha com as ferramentas adequadas, fazendo incisões diretamente sobre a chapa de metal.Meios indiretos = quando o artista utiliza agentes intermediários além das ferramentas para produzir a sua gravura. Sobre a placa de metal é passado um verniz que é aberto com ferramentas de acordo com o desenho. A ação do produto corrosivo é que promoverá as incisões na chapa.

TÓPICO 4

Questão única – Discorra sobre o processo da serigrafia.

R.: A serigrafia baseia-se no princípio do estêncil, onde o espaço da estampa é vazado para receber a tinta. Um bastidor de madeira ou alumínio recebe uma tela de nylon ou poliéster firmemente esticada e sobre ela uma película fotossensível (a emulsão). O processo de gravação na tela é feito com a incidência de luz na imagem desenhada em preto sobre uma superfície transparente e no bastidor emulsionado; em seguida a tela é lavada em água corrente; no lugar do desenho, a emulsão se solta da tela e nas áreas onde não havia desenho a emulsão enrijece e impede a passagem da tinta. A estrutura da tela deve ser tal que permita, por pressão de um rodo, ser atravessada em sua trama pela tinta. Importante é saber que, para cada cor a ser impressa, uma matriz deve ser gravada. A imagem só se completará ao final de todas as impressões. A superfície da impressão entra em contato direto com a tinta provocando borrões controlados, o que impede os meios-tons, que são conseguidos somente quando a tinta é transparente. A serigrafia

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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

não precisa de prensa, a matriz é presa em garras ou dobradiças sobre uma mesa de modo que possa ser levantada e abaixada sobre o suporte da impressão (papel encorpado, tecido, plástico, vinil etc.) para receber a tinta através da trama exposta. Diferente das outras gravuras que exigem um pensamento espelhado (invertido) para a elaboração do projeto/imagem, a serigrafia disponibiliza a visualização direta, como a imagem ficará impressa, resultando em menos mistérios e surpresas.

UNIDADE 3

TÓPICO 1

Questão única – Comente a citação de Resende que lemos no início deste tópico:

[...] uma das maiores conquistas da arte no século XX é a possibilidade que ela oferece aos artistas de experimentar e romper as fronteiras da própria arte e da arte com as novas mídias eletrônicas para se expressarem. A gravura sairá dos seus canais próprios, “enquanto reunião de técnicas de gravar imagens sobre superfícies planas”, para ser pensada ‘como modos de reprodução de imagens’, e tomará sua importância na história da arte contemporânea como um dos meios prediletos de os artistas se expressarem e se expandirem para outras linguagens. O universo do artista nunca mais será o mesmo. Ele estará sempre de acordo com o seu tempo.

R.: A arte mudou, e nos adaptamos à ela. Procuramos refletir e lidar com novos valores que se fazem presentes, por mais difícil que seja entendermos. Mas o artista é um ser curioso e percebe o quanto benéfica pode ser a circulação entre meios, o quanto favorável é poder transitar entre eles e se valer daquilo que interessa, para aquele momento, aquele trabalho. A forma híbrida toma cada vez mais espaço e dilui os limites entre cada meio. Assim estamos nos formando hoje, seres entre/meios, abertos para aceitar propostas inovadoras e transformações como valores possíveis a agregar no trabalho. É também destinar em seu trabalho espaço para a pesquisa, arriscando-se por caminhos inseguros que muitas vezes

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10 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

tropeçam no acaso, mas que podem extrair deste acaso diálogos com bifurcações que poderão se direcionar para outros meios possíveis.

TÓPICO 2

Questão única – Faça apontamentos sobre as formas de proceder dos artistas a partir das transformações ocorridas na contemporaneidade.

R.: As formas de se trabalhar com a linguagem da Gravura invadindo outras áreas: Fotografia, Desenho, Pintura, Cerâmica, Intervenções artísticas, Performances, Instalações, Site Specific são realizadas incluindo formas de reprodução inserindo conceitos de Gravura, somando forças.- O processo assume uma importância essencial.- No processo criativo os artistas passam a considerar influências, promovem o diálogo entre linguagens e oferecem ao público a complementação de sua obra.- A fidelidade à linguagem hoje é rara, como também é raro encontrarmos bons artistas pintores ou escultores que fazem da Gravura apenas um meio de reprodução para divulgar sua produção.- A necessidade de alcançar outras formas de expressão pela necessidade poética multimídia.

TÓPICO 3

Questão única – Selecione e fale sobre três modos de inserir conceitos de gravura no cotidiano.

R.: Apropriação de imagens, como também de objetos encontrados no nosso dia a dia, os recursos extraídos do sistema produtivo industrializado passam a incorporar ações e obras contemporâneas. A gravura não se abstém deste envolvimento e insere tais recursos em seu meio, propiciando relações com procedimentos e conceitos que estão voltados para a impressão e multiplicação da imagem inserida no contexto.Modos:- Arte Postal:- rede se formava entre artistas, pintores, desenhistas, ilustradores, arquitetos, poetas, escritores, qualquer pessoa que se interessasse;- comunicação promovida;- acontecem exposições e trocas, coleções;- meio de crítica, protesto, denúncia e de informação, sem intenção de venda, mas como difusora de ideias;

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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

- arte conceitual;- internet como forma de postagem e via correio. - Fanzine:- experimentos e trabalhos artísticos principalmente entre jovens;- relações entre arte e público;- elaboração é relativamente rápida;- artistas juntos, dependendo muito da proposta;- imagem e texto dialogam, interdisciplinaridade entre artes gráficas e literatura, música, teatro;- tiragem varia muito;- produção e comunicação fácil com os jovens;- identificação com assuntos e motivos “banais”;- meio barato e acessível.- Fotocópia:- impregnação eletrostática de pigmentos, possibilita a transferência com facilidade;- meio rápido e facilmente acessível;- muitas vezes colocado em dúvida quanto à questão do reconhecimento enquanto gravura;- mas é, sim, uma gravação, uma vez que o tonner (tinta) da impressão impregna o papel e se funde a ele, possibilitando uma infinidade de cópias; - múltiplo sem discussão muito usado também nos fanzines, nos lambe-lambe...- Sticker-Art: - palavra de origem inglesa: “[...] é uma forma de transmitir uma mensagem, sentido, manifestação etc. ou pelo simples prazer de enfeitar a rua do seu gosto ou ponto de vista (seja ela no alto de um poste, no final de uma placa ou até mesmo no pé do muro)”.- Lambe-Lambe e Estêncil:- são moldes vazados;- superfície de uma rua asfaltada, um muro, uma parede;- grafiteiros, é fácilmente aplicado e reproduzido;- lambe-lambe, estêncil ou sticker são trabalhos de arte com tamanhos variados colados em áreas urbanas geralmente sobre outras imagens, muitas delas de publicidade;- interessam aos artistas justamente pela interferência, muitas vezes provocam diálogos críticos com essas imagens publicitárias; - veículo artístico muito utilizado entre os jovens artistas inseridos em projetos de arte urbana.- Livro de artista:- explorar linguagens visuais;- valorizar relações com meios específicos ou “hibridizar”;

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12 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

- livro-objeto;- espaço para o imaginário de infinitas formas e tem como grande vantagem uma aproximação direta com o público, não há como resistir, tocar, folhear.

TÓPICO 4

Questão única – Aponte o que caracteriza, hoje, um gravador essencial e um gravador multimídia.

R.: O gravador essencial: o crítico de arte Olívio Tavares de Araújo aponta o termo “gravadores essenciais” do qual me apropriei para dar título a este tópico: [...] aliás, o exemplo brasileiro, até mais que o internacional, me leva a acreditar, sim, numa especificidade da gravura contemporânea. Mas ela não é nem apenas técnica, nem relacionada à multiplicidade. É, antes de tudo, procura de especificidade de linguagem de coisas e formas que não podem ser obtidas nem ditas através de nenhum outro suporte – o que conduz inclusive a uma postura ética. Para essa configuração, lembro-me de ter criado, em fins da década de 60, o rótulo “gravadores essenciais”. São os que não buscaram a gravura como simples reprodução de uma imagem, ou como ampliação de eventuais ganhos no mercado, mas, sim, como geração de um universo autônomo, e como seu meio de expressão por excelência.Mostra a relação que artistas têm com o meio específico em que trabalham. Podemos citar alguns que fizeram a história da gravura, como também podemos citar “pintores essenciais” ou “escultores essenciais” com muita importância dentro da arte universal. - O gravador multimídia: o meio da gravura passa a ser adotado pelos artistas contemporâneos pela proximidade que promove entre as linguagens, pelas experiências possíveis através de processos fotomecânicos vindos da mídia impressa e também da indústria. Um exemplo muito aceito hoje é Duchamp, que sabia muito bem se valer desses meios. A oferta disponível na contemporaneidade provoca estímulos a muitos outros artistas que se dispõem a conhecer e acessar outras formas, outros meios, outras mídias, e passam a se valer de possibilidades presentes nas novas tecnologias ou mesmo na transformação de meios tradicionais.

TÓPICO 5

Questão única – Depois de entrar em contato com tantas possibilidades de ações práticas, você pode selecionar cinco exemplos e falar sobre eles.

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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

Monotipia com uma impressão:- superfície que pode ser vidro, plástico, fórmica, raio-x ou bandejinha de isopor para frios;- entintar com um rolo de espuma usando tinta de impressão off-set (se tiver disponível) ou então guache ou tinta para tecido da cor que tiver disponível; com instrumentos como caneta ou lápis, os alunos podem desenhar sobre o papel já colocado sobre a tinta;- o papel, que pode ser branco, colorido ou papel jornal já impresso, de revista etc., ao terminar o desenho, a imagem aparecerá invertida com um fundo sem muita definição, mas com as linhas bem definidas;- experimentar impressões sobre tecidos variados quando a tinta for para tecido.

Frottage:- exercício de pesquisa com texturas diversas;- giz de cera ou grafite e papéis com pouca gramatura para conseguir extrair o máximo da textura das coisas;- montar um painel e fazer relações; - suporte, como a bandeja de isopor com tinta, colocar o que quiser tirar a textura, como folhas de plantas, por exemplo, e colocar as folhas sobre a tinta e em seguida o papel. Sobre o papel esfregar com uma colher de pau, e você terá a imagem impressa. Retirando as folhas da superfície, você pode colocar outro papel e aí terá o positivo das folhas sobre o papel;- fundo de tinta ficará mais fraco.

Matriz de argila:- lembrando a escrita cuneiforme e do cálamo;- placa de argila que os próprios alunos formam e um palito de churrasco como cálamo, é possível proporcionar aos alunos a elaboração de uma matriz;- imagem poderá dividir espaço com a escrita.

Estêncil:- funciona como um molde vazado para reproduzir a imagem desejada;- multiplicação; - princípio de funcionamento: do negativo de uma fotografia;- as partes que receberão a tinta apresentam-se abertas ou claras;- papelão, ou então plástico duro, chapa de raio-x usada ou acetato, o desenho é feito com uma caneta hidrocor ou similar e em seguida as áreas que receberão a cor são recortadas formando espaços vazados; - entintar os espaços abertos sobre papel criando cartazes, por exemplo, plástico, parede, madeira, sempre de acordo com uma ideia e com a tinta disponível;- forma painéis com vários moldes vazados.

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14 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

Jogos:- conceito de múltiplo;- pensar com os alunos em produzir jogos; - conteúdos que estejam no planejamento da disciplina;- interdisciplinaridade;- exemplo de dominó feito a partir de pequenas matrizes de gravura em metal;- confeccionar com carimbos, estêncil, uma espécie de linóleo feito com borracha de câmara de pneu recortada com tesoura etc.

Lambe-Lambe:- montagem de painéis que podem ser formados com uma composição de processos mistos ou não;- formados pelo resultado de vários experimentos;- cola a ser utilizada pode ser feita com trigo ou maisena ou ainda araruta e água.

Adesivo:- oportunidade de produzir suas próprias marcas, por exemplo;- problema maior talvez esteja no valor do material, que não é barato.

Postal:- forma de arte que oferece muitos caminhos e pode propor muitos conteúdos relacionados não só à arte, mas também a situações do cotidiano, de outras disciplinas etc., situações da própria vida dos alunos com arte e com a gravura.

Caixa de leite:- fácil de juntar, a caixa de leite serve tanto como matriz para gravações quanto para receber a impressão;- lado forrado com alumínio, como se fosse uma chapa de metal, riscando com uma tampinha de caneta ou outro instrumento qualquer, sem precisar fazer cortes, só marcando. Depois de ter feito a imagem, entinta-se com um rolo, que pode ser de espuma, mas com tinta não muito aguada, de forma que não penetre nas marcas. O resultado é próximo à xilogravura, ao entintar como gravura em metal, colocando tinta nas linhas obtém-se uma gravura em metal. Para um resultado mais aproximado, pressione com um rolo de macarrão.

Bandejinha de isopor:- matriz para gravura. Com uma ponta de caneta ou lápis a criança pode riscar a bandejinha formando uma imagem;- rolo de espuma, tinta à base d’água sobre a matriz, em seguida papel umedecido e pressionando com a mão ou com um rolo de macarrão é possível

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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES

GRAVURA

conseguir a impressão da imagem que foi gravada;- acrescentando materiais passando a formar relevos. Depois de colar todas as partes de forma bem inventiva, é possível passar cola branca, por duas vezes e deixar secar muito bem para ter uma superfície que poderá receber ou não tinta para a impressão sobre papel ou tecido.

Carimbos:- impressão via carimbo possibilita o uso de variados materiais alternativos que podem perfeitamente explorar a lógica da xilogravura e aproveitada para integrar-se a projetos interdisciplinares;- ideia deve estar diretamente relacionada com a possibilidade de multiplicação. De acordo com a faixa etária é possível adequar o material: batata, cenoura, cebola, esponja, E.V.A., borracha de câmara de pneu, bandejinha de isopor, chapa de isopor, borracha de apagar etc.;- para imprimir é possível usar a tinta normal de carimbo, ou adaptar tinta guache, de impressão off set etc.;- sugestão: buscar por objetos com um lado plano que possa receber tinta: pedacinhos de madeira, tampinhas de garrafa, folhas de plantas, pedaços de brinquedos desmanchados.

Livros de artista:- partindo de livros que eles gostam, acrescente sugestões inserindo modelos, você encontra na internet muitos deles. É um meio no qual podemos trabalhar com materiais recicláveis, interferências de procedimentos variados encontrados na gravura e somando a outras linguagens, como o desenho, pintura e escultura; - o livro de artista é um espaço que recebe proposições de toda a ordem, permitindo trabalhar com um livro objeto também, com páginas ou sem páginas etc.

Garrafa PET:- o plástico da garrafa PET pode ser usado em substituição à chapa de metal. Quando bem gravado, o resultado da impressão corresponde a uma ponta-seca;- há o inconveniente do formato e da facilidade em provocar cortes na hora do manuseio.

Filtro de papel usado:- o filtro usado para coar o papel pode ser um suporte muito interessante para a impressão de imagens, além de oferecer um formato diferenciado.- só retirar o pó contido, lavar em água corrente e deixar secar.

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16 GABARITO DAS AUTOATIVIDADES UNIASSELVINEAD

GRAVURA

Fanzine ou zine:- proposta que atrairá com certeza os alunos pré-adolescentes e adolescentes, como espaço para manifestações, ideias, críticas, textos, poesia, desenhos. Um jornalzinho para uma produção em conjunto é uma possível proposta para as turmas. Enfim, é comunicação com o múltiplo, espécie de arte relacional acionando trocas e contribuições, unindo arte e situações do cotidiano dos envolvidos;- os fanzines podem ser produzidos com carimbos, com recortes de imagens, desenhos etc. e depois fotocopiados.

Transferência de imagem ou transfer:- qualquer imagem pode ser utilizada, depois que dela você tiver uma fotocópia recém-tirada. O procedimento é fácil, no entanto, implica ter o solvente Thinner, que não é aconselhado para uso por crianças, principalmente, assim todo cuidado com o manuseio é imprescindível;- para fazer a transferência desta cópia para uma outra superfície, que pode ser papel, tecido, madeira etc., é preciso colocar a imagem virada para o suporte escolhido e, em seguida, com uma estopa ou retalho de malha de algodão com o Thinner, umedecer o verso da cópia;- com a pressão da mão, a imagem vai sendo transferida para o suporte. É possível usar o ferro elétrico aquecido levemente, ou se você tem uma prensa, passar com um forro de vários papéis.A fotografia, encontrada em revistas e jornais, pode ser motivo para experiências bem interessantes, despertando o interesse dos alunos.