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1 Bolsa de Integração à Investigação Gestão de Energia e Incorporação de Soluções Eficientes em Residências de Estudantes Bolseiro: Rui Rafael Braga Rodrigues Ribeiro Professor Coordenador: Prof. Doutor João António Esteves Ramos

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Bolsa de Integração àInvestigação

Gestão de Energia e Incorporação de Soluções Eficientes em Residências

de Estudantes

Bolseiro: Rui Rafael Braga Rodrigues Ribeiro

Professor Coordenador: Prof. Doutor João António Esteves Ramos

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1. Enquadramento Teórico

1.1. Eficiência Energética em Portugal

2. Caso de Estudo

2.1. Características Gerais

2.2. Levantamento da Envolvente

2.3. Levantamento dos Sistemas Energéticos

2.4. Levantamento da Qualidade do Ar Interior

3. Soluções Eficientes

3.1. Envolvente

3.2. Sistemas Energéticos

3.3. Qualidade do Ar Interior

4. Conclusões

Índice

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A Gestão Racional de Energia, na qual se integra a

Eficiência Energética em edifícios, consiste num

conjunto de acções e medidas que visam a melhor

utilização de energia, contribuindo para a redução de

consumos, não comprometendo a produtividade das

actividades e/ou o conforto dos ocupantes.

1. Enquadramento TeóricoEficiência Energética em Portugal

Gestão de Energia e Incorporação de Soluções Eficientes em Residências de Estudantes

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1. Enquadramento TeóricoEficiência Energética em Portugal

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� Realidade Energética Portuguesa

� Em Portugal, somente 18% da energia consumida é de origem renovável

� O sector dos transporte foi o que registou maior aumento do consumo bruto desde 1990

� O sector dos Serviços foi o que registou o segundo maior aumento

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2. Caso de EstudoCaracterísticas Gerais

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Ano de Construção: 1997;

Tipologia: Hotel de três ou menos estrelas;

Área: 1429 m2, distribuída por quatro pisos;

Zona Climática: Leiria, I2, V1;

Altitude de implantação: 57,14 m;

Horário de Funcionamento: Continuo;

Orientação da Fachada Principal: Sudoeste.

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Opaca Vertical

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Opaca Vertical

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� Quase totalidade das envolventes opacas verticais com Orientação Sudoeste e Nordeste

� Envolventes opacas verticais com maior resistência térmica a Nordeste.

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Vãos Envidraçados

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Vãos Envidraçados

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� Quase totalidade dos vãos envidraçados com orientação Sudoeste e Nordeste

� Existência de vão envidraçados com orientação Sul e ausência dos mesmos a Norte

� Maior percentagem de vãos envidraçados no quadrante Sul

� Envidraçados com menor resistência térmica para o quadrante Sul

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Opaca Horizontal

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Opaca Horizontal

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2. Caso de EstudoLevantamento da Envolvente – Opaca Horizontal

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2. Caso de EstudoLevantamento Sistemas Energéticos – Características Gerais

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� Energia Eléctrica� Facturação relativa a um conjunto de edifícios

� Potência instalada de 250 KVA

� Tarifa de Média Tensão/Média Utilização

� Gás natural e Águas Quentes Sanitárias� Facturação individualizada

� Queima de gás natural em duas Caldeiras para aquecimento de água destinadas ao uso sanitário e à climatização do edifício

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2. Caso de EstudoLevantamento Sistemas Energéticos – Iluminação

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� Iluminação� Potência instalada de 7,3KW

� 92% da potência instalada érelativa a lâmpadas eficientes

� Sistemas de controlo manual e automático

� Luminárias conservadas e limpas

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2. Caso de EstudoLevantamento Sistemas Energéticos – Consumos Anuais

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� Consumo de gás natural� Consumo reduzido nos meses de Julho e Agosto, devido à falta de ocupação

� Consumos máximos entre Novembro e Fevereiro, devido à climatização

� Variações dos consumos de Abril, Novembro e Dezembro justificados pelaexistência de anomalias térmicas de índole climatológico

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2. Caso de EstudoLevantamento Sistemas Energéticos – AQS e Climatização

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Climatização

AQSSistema centralizado de Aquecimento de Águas

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2. Caso de EstudoLevantamento da Qualidade do Ar Interior

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� Não Conformidade no parâmetro CO2

� Taxa de renovação do ar inferior às necessidades do edifício

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2. Soluções EficientesEnvolvente

Por comparação com os valores máximos e de referência apresentados pelo RCCTE:

� Envolvente Opaca Vertical� Não se registaram necessidades de melhoria

� Envolvente Opaca Horizontal� Necessária a reabilitação térmica das coberturas interiores tipo 1, 2 e 4

- Mantas ou placas termo-isolantes aplicadas na parte superior da cobertura

- Camada termo-isolante na parte inferior da cobertura, suportada por tecto falso.

� Aconselhável a reabilitação térmica dos pavimentos térreos e dos pavimentos em espaços não úteis

- Camada termo-isolante colocada entre a laje e o piso flutuante

� Vãos Envidraçados� Aconselhável a reabilitação térmica dos vãos envidraçados 1, 3 e 5

- Protecção solar exterior que permita reter o calor no período nocturno

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2. Soluções EficientesSistemas Energéticos

� Contratação e Facturação eléctrica� A manter-se a facturação conjunta com outros edifícios, deverá optar-se por uma tarifa de Longa Utilização, substituindo a de Média Utilização.

� É aconselhável um controlo da distribuição e consumo eléctricos de forma sectorial.

� Iluminação� Substituição de arrancadores e balastros ferromagnéticos pelos seus equivalente electrónicos.

� Climatização e Águas Quentes Sanitárias� Melhoria do isolamento das tubagens em espaços não úteis

� Sectorização da distribuição de água quente

� Substituição das torneiras misturadoras por torneiras termostáticas com válvula temporizadora

� Instalação de Sistemas solares para aquecimento de AQS e para climatização

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2. Situações EficientesQualidade do Ar Interior

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Por comparação com os valores máximos regulamentados pela Nota Técnica NT-SCE-02 de Setembro de 2009, definida pela APA e pela ADENE:

�Medidas de melhoria da Qualidade do Ar Interior� É necessária a implementação de sistemas de ventilação forçada

- Uso de caixilharia com abertura para ventilação natural nos quartos

- Instalação de sistemas de ventilação forçada nos balneários sanitários

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� Aconselhável um estudo aprofundado às características dos vãos envidraçados e dos equipamentos de protecção solar exteriores, a fim de maximizar os ganhos solares e minimizar as perdas;

� A instalação de um sistema centralizado de produção de água quente, fundamentado em caldeiras a gás natural e em colectores solares térmicos permite antever uma redução do consumo de gás natural e consequente redução da despesa energética geral;

� Aconselhável a passagem para um sistema de facturação própria, ao invés da inclusão numa facturação multi-edifício;

� Aconselhável o recurso a registos sectoriais do consumo eléctrico do edifício;

� A tarifa contratada não é a mais favorável, devendo-se optar por uma tarifa de Longa Utilização em vez de uma tarifa de Média Utilização;

4. Conclusões

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� O edifício já se encontra equipado com lâmpadas, na sua maioria, de elevada eficiência, aconselhando-se, contudo, a substituição dos arrancadores e dos balastros ferromagnéticos pelos seus equivalente electrónicos;

� O edifício apresenta limitações na renovação do ar interno, comprovadas pelas inconformidades do parâmetro CO2, motivo pelo que deverápromover a ventilação natural ou forçada do edifício

� Existe uma preocupação notória para com a eficiência energética do edifício, comprovada pela instalação de colectores solares térmicos, pelo tipo de iluminação existente e pela substituição de torneiras misturadoras por torneiras termostáticas com válvula temporizadora.

4. Conclusões

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