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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS LEILA BEATRIZ ALCANTARA STRIEDER HUBNER VIABILIDADE FINANCEIRA DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Santa Rosa 2016

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LEILA BEATRIZ ALCANTARA STRIEDER HUBNER

VIABILIDADE FINANCEIRA DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Santa Rosa 2016

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LEILA BEATRIZ ALCANTARA STRIEDER HUBNER

VIABILIDADE FINANCEIRA DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.

Orientador: Me. Antonio R. L. Ternes

Santa Rosa

2016

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LEILA BEATRIZ ALCANTARA STRIEDER HUBNER

VIABILIDADE FINANCEIRA DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.

Banca Examinadora

_________________________________

Orientador. Me. Antonio R. L. Ternes

_________________________________

Prof. Jacob Dalírio Mayer

_________________________________

Prof. Patricia Harter Sampaio

Santa Rosa, 07 de Dezembro de 2016.

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DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho a Deus que

me permitiu que tudo pudesse ser realizado, ao meu marido Marcio Hubner, meus filhos Daniel Hubner e Emanuel Hubner e minha mãe Noemi Alcântara, que sempre me incentivaram a ir em busca dos meus objetivos, e nos momentos de fraqueza foram minha base, meu apoio, não me deixando desistir.

Ao meu orientador Me. Antônio R. L. Ternes que, com dedicação e entusiasmo tornou possível a realização desse trabalho.

Meu sincero muito obrigada e admiração para sempre!

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AGRADECIMENTOS Quero agradecer, em primeiro lugar

а Deus, pela força е coragem durante toda esta longa caminhada.

Agradeço ao Sr. Moacir Locatelli, por disponibilizar dados e informações pertinentes, os quais propiciaram a análise que viabilizaram este trabalho, bem como o apoio oferecido.

Agradeço ао mеυ esposo Marcio A. Hubner, qυе dе forma especial е carinhosa, mе dеυ força е coragem, quero agradecer também os meus filhos Daniel A. Hubner е Emanuel A. Hubner, que iluminaram dе maneira especial оs meus pensamentos, mе levando а buscar mais conhecimentos.

Е não deixando de agradecer minha família, em especial, minha querida mãe Noemi Alcântara, aos meus irmãos, cunhadas, sobrinhos, tios e primas, meus colegas de trabalho que estiveram ao meu lado nesta etapa tão importante da minha vida.

Sou grata pela ajuda do meu orientador Me. Antonio R.L Ternes, pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho

Agradeço a todos os professores da FEMA, pela paciência, compreensão e conhecimento transmitido, qυе foram tão importantes na minha vida acadêmica.

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“Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina o justo, e ele aumentará em entendimento. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência. ”

Provérbios 9:9,10

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RESUMO

Para o país com potencial para a exploração da energia solar fotovoltaica, e que possui elevados níveis de irradiação solar, o papel dessa fonte renovável ainda é muito insignificante na matriz elétrica brasileira. O tema desse trabalho trata-se da Viabilidade Financeira da instalação de um Sistema do Fotovoltaico. Atualmente, tem crescido o investimento em projetos de energias renováveis, na busca de uma maior eficiência energética e econômica mundial, a grande preocupação com a preservação do meio ambiente está levando a comunidade científica a pesquisar e desenvolver novas tecnologias. Para realização desse estudo, teve a necessidade de um estudo bibliográfico, que estão divididos em: Contabilidade, Administração Financeira, Análise de Investimento, Sistema Solar Fotovoltaico, Sustentabilidade no Sistema Fotovoltaico, para dar embasamento ao trabalho buscaram-se obras de autores consagrados, dentre eles, citam-se: Marion, Marconi; Lakatos, Ribeiro, Sá, Viana e outros .O trabalho é composto pelo diagnóstico e análise, sendo estes baseados em um levantamento de dados, a descrição do produto no sistema fotovoltaico, os gastos envolvidos na aquisição e instalação do sistema e os benefícios líquidos anuais proporcionados pela implantação do sistema. A energia solar destaca-se por possibilitar a geração de energia de forma limpa e descentralizada, esse sistema cresce gradativamente, o que proporciona um aumento pela demanda e a redução nos custos de aquisição e de instalação do mesmo. O presente trabalho destaca a utilização da energia proveniente do Sol transformada em energia elétrica, através de painéis solares fotovoltaicos aplicados no setor de consumo de uma residência e um comércio. Foi feita análise da viabilidade econômico-financeira na energia solar fotovoltaica como alternativa de redução de custos e de diversificação, para tanto, foram pesquisados dois cenários de diferentes investimentos e o retorno esperado para cada cenário. Assim, realizou-se uma pesquisa exploratória, por meio de estudo do caso para a análise da viabilidade econômico-financeira da energia solar fotovoltaica e, para demonstrar este fato, analisou-se o payback descontado o valor presente líquido e a taxa interna de retorno. Diante disso, os resultados revelaram que a implantação de energia solar fotovoltaica como alternativa para redução de custos e de diversificação energética será viável ou não para o período analisado, considerando os dados projetados, e o valor do investimento, e seu tempo de retorno esperado.

Palavras-chave: Viabilidade econômico-financeira. Energia solar fotovoltaica.

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ABSTRACT

For the country with potential for photovoltaic solar energy exploration, which has high levels of solar irradiation, the role of this renewable source is still very insignificant in the Brazilian electrical atmosphere. The subject of this study is the Financial Viability of the installation of a Photovoltaic System. Currently, investment in renewable energy projects has grown, in search of greater energy and economic efficiency worldwide, the great concern with the preservation of the environment is leading the scientific community to research and develop of new technologies. In order to carry out this study, a bibliographic study was required, which is divided into: Accounting, Financial Administration, Investment Analysis, Photovoltaic Solar System, Sustainability in the Photovoltaic System, to support the research work, consecrated authors were used, such as: Marion, Marconi; Lakatos, Ribeiro, Sá, Viana and others. The work is composed of the diagnosis and analysis, based on a data survey, the product description in the photovoltaic system, the costs involved in the acquisition and installation of the system and the annual net benefits provided by the system deployment. Solar energy stands out because it allows the generation of energy in a clean and decentralized way, this system grows gradually, which provides an increase in demand and reduction in acquisition and installation costs. The present work highlights the use of energy from the Sun transformed into electric energy, through photovoltaic solar panels applied in the consumption sector of a residence and a trade. An analysis of the economic and financial feasibility of photovoltaic solar energy was carried out as an alternative of cost reduction and diversification. Two scenarios of different investments and the expected return for each scenario were investigated. Thus, an exploratory research was carried out by means of a case study for the analysis of the economic-financial probability of solar photovoltaic energy and, to demonstrate this fact, the payback discounted the net present value and the internal rate of return. Therefore, the results showed that the implementation of photovoltaic solar energy as an alternative for cost reduction and energy diversification will be feasible or not for the period analyzed, considering the projected data, the investment value, and the expected time of return.

Keywords: Economic-financial feasibility. Photovoltaic solar energy.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Componente de um sistema fotovoltaico autônomo ............................ 39

Ilustração 2 - Sistema conectado à rede ................................................................... 40

Ilustração 3 - Tabela de equipamentos do sistema fotovoltaico Posto São Paulo .... 49

Ilustração 4 – Tabela de equipamentos do sistema fotovoltaico Residência ............ 50

Ilustração 5 – Dados da Fatura RGE 2015-Posto São Paulo .................................... 51

Ilustração 6 – Dados da Fatura RGE 2016-Posto São Paulo .................................... 52

Ilustração 7 - Dados da Fatura RGE 2016 ................................................................ 54

Ilustração 8 - Dados da Fatura RGE 2016 ................................................................ 56

Ilustração 9 - Gráfico comparativo 2015/2016 ........................................................... 57

Ilustração 10 - Tabela dados RGE 2015 Residência Mario Diel................................ 57

Ilustração 11 – Tabela dados RGE 2016-CASA ........................................................ 58

Ilustração 12 – Tabela dados RGE 2016-Componenres do custo de consumo ........ 60

Ilustração 13 – Tabela dados RGE 2016-Comparativo/resultado ............................. 61

Ilustração 14 - Gráfico Comparativo entre 2015 real e Prospecção .......................... 62

Ilustração 15 - Tabela Gasto projetado sem instalação do equipamento-Posto São

Paulo ......................................................................................................................... 63

Ilustração 16 - Tabela IPCA ...................................................................................... 64

Ilustração 17 - Tabela Gasto/Beneficio projeto com a instalação do equipamento

anual ......................................................................................................................... 65

Ilustração 18 - Gráfico custo anual com e sem sistema ............................................ 66

Ilustração 19 - Fluxo de Caixa Operacional Posto .................................................... 67

Ilustração 20 - Tabela da Poupança dos últimos 10 anos ......................................... 68

Ilustração 21 - Resultado TMA/VPL/TIR ................................................................... 68

Ilustração 22 - Gráfico Payback descontado ............................................................. 70

Ilustração 23 - Gráfico Lucro Nominal ....................................................................... 70

Ilustração 24 - Tabela de gasto sem o sistema fotovoltaico na residência ................ 71

Ilustração 25 - Tabela de gasto com sistema fotovoltaico na residência ................... 72

Ilustração 26 - Gráfico custo Anual sem microgeração ............................................. 73

Ilustração 27 - Fluxo de Caixa Operacional Residência ............................................ 73

Ilustração 28 - Resultado TMA/VPL/TIR ................................................................... 74

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Ilustração 29 - Gráfico payback descontado ............................................................. 75

Ilustração 30 - Lucro Nominal.................................................................................... 75

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LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.

% - Porcentagem

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica

CA - Corrente Alterada

CC - Corrente Contínua

COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social,

DPS - Dispositivo de Proteção Contra Surto

FEMA - Fundação Educacional Machado de Assis

GRID-TIE - Conectado à rede

OFF- GRID - Desconectado da rede

ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.

kW - Quilowatts

kWh - Quilowatts hora.

kWp - Quilowatts pico.

M - Metro

R$ - Real

PÇ - Peça

PIS - Programa de Integração Social

TIR - Taxa Interna de Retorno

UN - Unidade

VPL - Valor presente líquido

Jan - Janeiro

Fev - Fevereiro

Mar - Março

Abr - Abril

Mai - Maio

Jun - Junho

Jul - Julho

Ago - Agosto

Set - Setembro

Out - Outubro

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Nov - Novembro

Dez - Dezembro

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 16 1.1 TEMA .................................................................................................................. 16

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 16

1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 16

1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17 1.4.1 Objetivos Geral ............................................................................................... 17 1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 17 1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 19

1.6.1 Categorização da pesquisa ........................................................................... 19

1.6.2 Dados gerados ............................................................................................... 20 1.6.3 Análise e interpretação dos dados ............................................................... 20 1.6.4 Apresentação da organização ....................................................................... 21

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 23

2.1 CONTABILIDADE ............................................................................................... 23 2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 27 2.3 ANÁLISE DE INVESTIMENTO ........................................................................... 30 2.4 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ........................................................................ 32 2.5 VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA ........................................................ 33

2.6 SISTEMAS SOLAR FOTOVOLTAICO ................................................................ 37 2.7 SUSTENTABILIDADE NO SISTEMA FOTOVOLTAICO ..................................... 41

3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 44 3.1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO NO SISTEMA FOTOVOLTAICO .......................... 44 3.1.1 Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica .................................... 47

3.2 GASTOS ENVOLVIDOS NA AQUISIÇÃO E INSTALAÇÃO DO SISTEMA EM DOIS CENÁRIOS ...................................................................................................... 48

3.3 BENEFÍCIOS LÍQUIDOS ANUAIS PROPORCIONADOS PELA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ............................................................................................................ 51 3.4 RETORNO TEMPORAL, ECONÔMICO E FINANCEIRO DO INVESTIMENTO REALIZADO .............................................................................................................. 63 4 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 77 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 78 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 80

ANEXOS ................................................................................................................... 86

ANEXO A - FATURA DE ENERGIA DA CASA 2015 ................................................ 87 ANEXO B - FATURA DE ENERGIA DA CASA 2016 ................................................ 88

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ANEXO C - FATURA DE ENERGIA POSTO COMBUSTÍVEL 2016 ......................... 99 ANEXO D – DECRETO Nº 52.964 .......................................................................... 108

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INTRODUÇÃO

Buscar novas alternativas de geração de energia é crucial, de tal modo a

garantir a continuidade dos processos produtivos existentes na sociedade. A partir

daí, a importância na adoção de uma política de sustentabilidade bem definida no

segmento de energia, um fator decisivo no processo de desenvolvimento de um

país, sendo condição necessária para o crescimento econômico no segmento

industrial, de serviços e o bem-estar da população.

Contudo, para que o investidor possa produzir energias renováveis, deve ter

certeza de que este tipo de empreendimento lhe proporcione rentabilidade, por isso,

é de grande importância a realização de um estudo aprofundado envolvendo as

variáveis do mercado para definir a tomada de decisão mais coerente e precisa.

A questão ambiental é muito importante para o avanço das fontes renováveis,

entretanto, o fator que mais contribui atualmente para este avanço é o custo de

produção, uma vez que, o custo de produção de energia elétrica por fontes

renováveis, tais como: eólica e solar está cada vez menor, podendo assim, competir

com as fontes convencionais não renováveis como o Petróleo e seus derivados.

O trabalho está estruturado da seguinte forma: no primeiro capítulo

apresenta-se a contextualização do trabalho, que mostra qual o tema e a delimitação

do mesmo, o problema a ser estudado, objetivo geral e os específicos, a justificativa,

metodologia, categorização da pesquisa, dados gerados, análise e interpretação dos

dados gerados e uma breve apresentação da organização e clientes da Fratelli,

onde foi realizado o trabalho.

No segundo capítulo encontra-se o referencial teórico, que busca dar

embasamento para o estudo aplicado por meio de obras de autores consagrados,

dentre eles, citam-se: Marion, Marconi; Lakatos, Ribeiro, Sá, Viana e outros

destacados no referencial teórico, o qual aborta os seguintes temas; Contabilidade,

Administração Financeira, Análise de Investimento, Sistema Solar Fotovoltaico,

Sustentabilidade no Sistema Fotovoltaico. Estes tópicos citados são considerados

fundamentais para a execução do trabalho.

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O terceiro capítulo é composto pelo diagnóstico e análise, sendo estes

baseados em um levantamento de dados, a descrição do produto no sistema

fotovoltaico, os gastos envolvidos na aquisição e instalação do sistema e os

benefícios líquidos anuais proporcionados pela implantação do sistema. E, por fim,

no quarto capítulo, constam as recomendações feitas e a conclusão do estudo a

partir dos resultados obtidos na pesquisa.

A tecnologia de geração justifica-se pela preocupação com a demanda

crescente de energia e a falta de investimento em outras fontes renováveis de

energia. Segundo Ribeiro (2008), o estudo da viabilidade de implantação da energia

solar é de extrema importância nos tempos atuais, devido à necessidade de

utilização de novas fontes de energia renovável, pois as fontes de energias atuais

são, em sua maioria, não renováveis contribuindo, expressivamente, para uma

futura degradação ambiental.

Portanto, será realizada uma análise de viabilidade econômica com dois

cenários diferentes, sendo um com um investimento de R$200.000,00 e outro com

valor de investimento no valor de R$ 17.975,00, neste trabalho será apresentado o

retorno do investimento.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO

Este capítulo apresenta toda a organização do trabalho de conclusão de

curso, incluindo a definição do tema e a delimitação do mesmo, a problemática que

gira em torno do tema, como também os objetivos: geral e específicos, a justificativa

da importância da escolha do tema. O capítulo traz ainda a metodologia utilizada

para a realização da pesquisa e sua classificação, seguida da coleta de dados e o

método usado para interpretação dos mesmos e a apresentação da empresa a qual

foi objeto de estudo.

1.1 TEMA

O tema do presente trabalho trata-se da Viabilidade Financeira da instalação

de um Sistema do Fotovoltaico.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Tendo em vista que o tema escolhido possui um vasto campo de pesquisa, a

delimitação deste trabalho consiste na Viabilidade Financeira da instalação de um

Sistema do Fotovoltaico, voltado ao consumidor final, pessoa física e jurídica com

base nos dados compreendidos pelo período de outubro 2015 a setembro 2016.

1.3 PROBLEMA

Após a escolha do tema e sua delimitação, segue-se para a definição do

problema a ser indagado, que consiste em resolver questões ainda não

solucionadas.

Problema é o eixo central, pois, a partir deste, serão elaborados os

questionamentos para desenvolver a pesquisa, procurando solucioná-los. O

problema é uma questão a resolver, se faz necessário o esclarecimento da

dificuldade que será apurada e interpretada para alcançar os objetivos.

Devido à novidade do tema exposto e a necessidade de estudos sobre os

assuntos relacionados com a geração distribuída fotovoltaica, principalmente, sobre

aspectos ainda pouco explorados, logo após a publicação de legislações e normas

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sobre o assunto, gerou-se a necessidade de concatená-los e, assim, expor

situações que estão subentendidas e trazer à tona detalhes que ainda devem ser

mais estudadas e pesquisadas. A empresa, diante desde trabalho poderá reunir

informações confiáveis para suas futuras decisões e melhorar suas vendas.

Para isso, propõe-se discutir o tema ao longo do presente trabalho para

responder a seguinte questão: é viável econômica e financeiramente a instalação de

equipamento fotovoltaico?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivos Geral

O objetivo geral é aquele que apresenta uma ideia de visão ampla

trabalhando seus aspectos em união, é uma etapa onde deve ser definida com

precisão.

Diante disso, tem por objetivo geral analisar a viabilidade econômica e

financeira da instalação de um sistema do fotovoltaico, visando o consumidor final,

pessoa física e jurídica

1.4.2 Objetivos Específicos

a) Descrever o produto no sistema fotovoltaico;

b) Apurar os gastos envolvidos na aquisição e instalação do sistema;

c) Determinar os benefícios líquidos anuais proporcionados pela

implantação do sistema;

d) Calcular o retorno temporal, econômico e financeiro do investimento

realizado;

1.5 JUSTIFICATIVA

Contudo, a justificativa, na qual se mostra necessário o motivo deste trabalho

elaborado e para quem visa, será exposto o estudo evidenciando a sua importância,

a fundamentação do trabalho versa sobre a exposição dos elementos a serem

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conceituados e que influenciarão na designação do tema, assim como, a sua

importância acadêmica e também para a empresa.

A justificativa é importante, pois compreende os motivos que levaram à

escolha do tema a ser abordado, sendo de grande valia, pois seu estudo deve

ajudar muitas empresas que trabalham com o sistema fotovoltaico, sempre

buscando o resultado do investimento para o consumidor final.

Todas as informações que são obtidas através deste trabalho serão

importantes, pois darão o auxílio necessário para a empresa definir suas compras e

vendas do produto em questão. Considerando que o ambiente é, imensuravelmente,

competitivo, as empresas devem praticar seu trabalho com menor custo, para obter

maior lucro, sabendo que está investindo num produto novo, no qual tem um vasto

campo de estudo e pesquisa, isso possibilita reunir informações confiáveis e que

esse estudo será uma referência.

Para os clientes, esses terão como vantagens conhecer um novo produto,

que traz vantagens em adquirir e por ter um preço mais acessível para compra,

obtendo um produto de qualidade, sabendo o seu retorno de investimento no qual

estão adquirindo um produto que não polui o meio ambiente.

Para a acadêmica, é de grande importância a elaboração do trabalho, pois

terá a oportunidade de aplicar e testar todo o conhecimento recebido durante o

período de formação, ao lado da instituição educadora buscando uma maneira mais

clara em relação à análise do conhecimento. Com a concretização desse trabalho

efetiva-se seu crescimento pessoal e profissional.

Para a Fundação Educacional Machado de Assis - FEMA é importante que

cada acadêmico busque e demonstre a capacidade e os resultados alcançados no

período de graduação, utilizando-se de suas particularidades no desenvolvimento do

trabalho. O mesmo engrandecerá a faculdade por meio da integralização das

empresas em seu histórico e região.

Sabendo que este trabalho possibilitará aos demais acadêmicos da FEMA, a

evidência de que sua missão e visão propostos estão efetivamente sendo galgados

com seriedade e alcançados com prestígio ao pesquisar os conhecimentos práticos

dos temas tratados.

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1.6 METODOLOGIA

A finalidade da metodologia é o esclarecimento do desenvolvimento da

pesquisa, pois as etapas a serem seguidas serão definidas através dela, além disso,

abrange aspectos ligados à aplicação das ferramentas e instrumentos utilizados na

coleta e análise de dados.

A metodologia é onde se buscam as ferramentas e os procedimentos, para

que assim se possa conseguir informações indispensáveis para aprovar os objetivos

da pesquisa, avaliando os problemas para que se chegar no resultado esperado

pelo pesquisador.

Com base na contextualização apresentada pelos citados, o desenvolvimento

do estudo durante a metodologia científica abordará os seguintes tópicos:

categorização de pesquisa, dados gerados, análise e interpretação de dados e

apresentação da organização.

1.6.1 Categorização da pesquisa

Na categorização da pesquisa, as ideias e dados serão colhidos e

organizados, levando a importância de suas características, com a finalidade de

buscar as conclusões necessárias para o trabalho científico, o pesquisador

determinará qual é o método mais adequado para extrair os dados, a fim de alcançar

os objetivos propostos superando o problema exposto.

Do ponto de vista da natureza, este projeto categoriza-se como teórico-

empírico, ou seja, é uma pesquisa aplicada, objetiva a gerar conhecimentos para

aplicações e práticas dirigidas e soluções de problemas específicos.

Referindo-se à forma do tratamento de dados, o problema abordado foi

qualitativo-quantitativo, os quais são conjuntos compostos por informações, pois traz

em detalhes os dados e as informações mencionadas no decorrer desse trabalho,

pois se utiliza de dados numéricos para realizar a análise dos índices coletados nos

clientes.

Com relação aos objetivos propostos, a pesquisa se classifica como:

exploratória e descritiva, a qual tem por intuito propor conhecimento mais detalhado

e específico sobre os objetivos, também se classifica como descritiva, pois identifica

as razões dos acontecimentos.

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Sendo assim, a pesquisa desse trabalho científico também será de contexto

explicativo, tendo como finalidade explicar o porquê das coisas, que assumem em

geral a forma experimental, fundamentando-se em pesquisas bibliográfica e

documental, na sequência, apresentam-se os objetivos propostos desta pesquisa

que se destinam a fins exploratórios e explicativos a um estudo de caso.

Conclui-se que este trabalho se trata de uma pesquisa aplicada e, em

relação à coleta de dados será de forma quantitativa devido à coleta de dados

numéricos ou que sejam passíveis de quantificação e, qualitativa devido à análise

que estes dados sofrerão para o cumprimento dos objetivos do presente estudo.

1.6.2 Dados gerados

Para a realização desde trabalho, efetuou-se a coleta de dados visando à

fundamentação, além disso, utilizou-se da documentação indireta como bibliografias

de autores especialistas no assunto, artigos científicos e sites de internet,

relacionados à temática.

Para obter os dados referentes pesquisou-se nas faturas de energia dos anos

de 2015 e 2016, e conversa informal com o proprietário do posto e da residência,

como também se coletaram informações sobre o sistema e seu funcionamento com

o técnico responsável da Metalúrgica Fratelli.

Os períodos que foram analisados foi o ano de 2015 sem sistema fotovoltaico,

bem como o ano de 2016 até outubro, com o sistema fotovoltaico. Todos os dados

coletados das faturas de energia seguem nos anexos abaixo.

1.6.3 Análise e interpretação dos dados

Com os meios para coleta dos dados definidos é o momento de analisar e

interpretar os mesmos, para que possam servir de apoio na solução dos problemas

identificados.

Dessa forma, analisar tem o sentido de confrontar ou relacionar as

informações obtidas por pesquisa documental e com a pesquisa bibliográfica, na

busca por soluções para os problemas que serão encontrados no projeto, através de

técnicas que proporcionem compreensão adequada com os objetivos da pesquisa.

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O método de abordagem que se adotará para analisar e interpretar os dados,

será o método comparativo, pois este é usado tanto em comparações de grupos no

presente, no passado, entre os existentes e o passado entre sociedades iguais ou

de diferentes estágios de desenvolvimento.

Sendo assim, o método comparativo irá comparar os dados financeiros para

transformá-los em informações, para que seja possível gerar um parecer da

situação, antes e depois do referido investimento, buscando saber quais as

vantagens e desvantagens da compra.

Com essas considerações, torna-se importante destacar que na análise e

interpretação dos dados, é necessária a exploração de todos os dados documentais,

para que, com esse conhecimento, evitem-se possíveis falhas para o resultado.

O plano experimental envolverá variáveis que serão alterados de acordo com

a necessidade de verificar qual a alternativa mais viável a ser investida, dessa

forma, o método de procedimento utilizado será experimental ou empírico que,

método experimental consiste, essencialmente, em submeter os objetos de estudo à

influência de certas variáveis.

Contudo, após a coleta de dados inicia- se a interpretação e análise desses

dados. Os dados coletados foram faturas de energia dos investidores e, em

conversa informal com os mesmos e com o técnico da Fratelli, de tal forma que, o

que foi coletado poderá contribuir para o alcance dos objetivos, consequentemente,

as possibilidades de investimentos nas conclusões mais viáveis.

1.6.4 Apresentação da organização

Para a realização do trabalho de conclusão do curso a Metalúrgica Fratelli

disponibilizou-me material do sistema fotovoltaico, bem como um técnico o qual me

tirou as dúvidas do sistema. Este estudo não foi elaborado na fábrica, mas sim, em

02 clientes que adquiriram o sistema fotovoltaico na Fratelli.

A Empresa Metalúrgica Fratelli Ltda., situa-se na Avenida Borges de

Medeiros, em Santa Rosa-RS, a empresa possui três setores fabris distintos, a

produção em série de componentes para equipamentos destinados à área agrícola

para todas as plantas das maiores multinacionais instaladas no Brasil; o

fornecimento de esquadrias e materiais em aço e alumínio para a construção civil,

soluções em energias renováveis, com uma linha própria de geradores eólicos de

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pequeno porte, totalmente desenvolvidos pela equipe técnica interna, aliados à

instalação de painéis solares fotovoltaicos, tanto para residências e condomínios

como para empresas.

Neste momento, a Fratelli conta com uma área construída de 4.100 m². Neste

ano está sendo finalizada a construção de um novo complexo, sendo que com esta

ampliação passará a contar com 11.600m² de área fabril, aumentando

significativamente a capacidade produtiva de produtos seriados, personalizados e

voltados à geração de energia eólica e energia solar fotovoltaica.

O presente estudo realizou-se com dois clientes da Fratelli, sendo uma

instalação fotovoltaica em um Posto de Combustível localizado na cidade de Giruá e

denominado de Posto São Paulo, e a outra instalação em uma residência localizada

na cidade de Santo Cristo, cada uma das instalações representa portes

considerados.

Nesse estudo, pode-se analisar o valor do investimento em cada um dos

cenários e seu retorno esperado, mostrando a real situação.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A formação do referencial teórico tem como objetivo desenvolver ideias

com base em referências bibliográficas, porém, todo o trabalho ou estudo científico

precisa ser formado, a partir de uma boa fundamentação teórica, para assim, atingir

melhor compreensão sobre o tema abrangido e garantir aquilo que se encontra no

estudo. Através do referencial teórico, procura-se o conhecimento de diversos

autores sobre determinado assunto para a fundamentação e entendimento do

trabalho a ser desenvolvido.

Para ser fundamentado um trabalho é necessário ter base teórica, que

facilitará ao leitor entender o assunto tratado. Para essa confirmação, Furasté ensina

que referencial teórico, “[...] trata-se da apresentação do embasamento teórico sobre

o qual se fundamentará o trabalho. São os pressupostos que darão suporte à

abordagem do trabalho.” (FURASTÉ, 2013, p. 142). Na visão de Vianna, a

fundamentação teórica é:

[...] um processo de busca de autores ou entidades de diferentes ordens que já publicaram a respeito do tema escolhido [...]. Esta busca é imprescindível considerando que você precisa fundamentar, embasar suas argumentações em citações de autores para que elas tenham maior respaldo científico, além de explicitar a linha teórica que orienta seu trabalho de pesquisa. (VIANNA, 2001, p.87).

No referencial teórico deste estudo são abordados temas que embasam,

conceitualmente, a problemática da pesquisa em questão. A motivação decorre da

crescente visibilidade e interesse que as energias renováveis vêm despertando em

pesquisadores, empresas, consumidor final, governos e países, inclusive, no Brasil,

nos últimos anos.

2.1 CONTABILIDADE

A contabilidade estabelece em sua parte teórica, os princípios e regras de

conduta a serem seguidas pelos profissionais da área contábil, padronizando

procedimentos por eles adotados. A contabilidade tem como função controlar o

patrimônio, apurar o lucro ou o prejuízo.

A contabilidade existe desde os tempos primórdios, Sá afirma que as

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descobertas arqueológicas de indícios constatam que um tipo de cálculo estava

sendo utilizado para controle dos bens e das trocas entre a população daquele

período, para Sá, estas descobertas sugeriam uma percepção humana direcionada

a uma contabilidade rudimentar (SÁ, 2010).

Para Marion, com a evolução humana as necessidades para a sobrevivência

também se alteraram, as pessoas começaram a plantar e criar animais, porém, com

o tempo, estes começaram a ser bens de comércio que, na época, tratava-se de

trocas, então, mais uma vez as sociedades precisavam de uma ferramenta que os

ajudassem a controlar seus negócios (MARION, 2009).

Conforme Ribeiro, a contabilidade se firmou como disciplina em meados do

século XV, a partir da publicação do estudo sobre o método das partidas dobradas

criado pelo frade Luca Pacioli, na Itália, em 1494 (RIBEIRO, 2005). Este método é

utilizado até hoje e, conforme Marion, não há outro que o substitua devido ao

alcance dentro da doutrina.

O método das partidas dobradas já fez 500 anos de idade após sua oficialização. Nos últimos 50 anos observamos as maiores descobertas e invenções do mundo, entretanto, nada ainda substituiu na Contabilidade este método. Na verdade, este método é tão perfeito que nunca sofreu qualquer ameaça de substituição. (MARION, 2009, p.160).

Para Schmidt e Santos, o método das partidas dobradas do Frade Luca

Pacioli serviu de base para as principais publicações da época, o estudo

apresentado pelo Frade tinha como objeto de estudo a escrituração contábil, ou

seja, demonstrar e mensurar nos livros contábeis através de partidas simples ou

dobradas, como ocorreram as transações (SCHMIDT; SANTOS, 2008). Dessa

forma, para Ribeiro:

[...] a contabilidade se firmou como ciência com o advento do método das partidas dobradas, no final do século XV. O método das partidas dobradas fundamenta-se na relação débito/crédito, tendo sido divulgado pela primeira vez pelo frade franciscano Luca Pacioli em seu livro sobre geometria e aritmética, lançado em 1494 na cidade de Veneza, na Itália. Esse fantástico mecanismo contábil passou a ser utilizado universalmente, chegando até nossos dias como eficiente instrumento de controle que pode ser aplicado tanto aos patrimônios de pessoas físicas como os patrimônios de pessoas jurídicas, tenham elas finalidade lucrativa ou não. (RIBEIRO, 2013, p.3).

É pertinente afirmar que a contabilidade é uma ciência social, pois sua

evolução acompanha a evolução da humanidade, cultura e necessidades, Silva e

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Marion corroboram o exposto afirmando que: “O desenvolvimento da contabilidade

sempre esteve atrelado ao desenvolvimento do próprio homem e da sociedade”

(SILVA; MARION, 2013, p.02).

Do exposto Sá concorda que: “A contabilidade nasceu com a civilização e

jamais deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso, seus progressos

quase sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizaram os da própria

evolução do ser humano.” (SÁ, 2009, p.15).

A contabilidade é uma ferramenta que fornece conhecimentos, os quais

facilitam ao gestor conhecer o funcionamento da empresa em todas as áreas,

auxiliando os diretores nas decisões. Para Ribeiro, contabilidade “[...] é uma ciência

social que tem por objeto o patrimônio das entidades econômico-administrativas.

Seu objeto principal é controlar o patrimônio das entidades em decorrência de suas

variações.” (RIBEIRO, 2013, p. 2). Segundo Barbosa:

A contabilidade é considerada uma ciência, pois atende a todos os requisitos necessários para que seja qualificada como tal, ou seja, tem objeto próprio que é o patrimônio; método próprio de observação e condução de raciocínio ao desenvolvimento de pesquisas; doutrinas científicas próprias e que estabelecem correntes de pensamentos [...]. Com a dinamicidade e competitividade da economia nos tempos modernos, a contabilidade passa a ser considerada um instrumento de importância vital para a continuidade das células sociais. (BARBOSA, 2008, p.17-18).

Sá nos mostra que a contabilidade surgiu para suprir as necessidades de

controlar e registrar operações envolvendo patrimônio, visando o controle e

crescimento patrimonial, Sá e Sá afirmam que, a contabilidade é uma ciência que

tem por objeto o controle das variações ocorridas no conjunto de bens que o

indivíduo possua (SÁ; SÁ, 2009). Confirmando o citado Silva e Marion declaram que:

Duas palavras marcam a origem e evolução da contabilidade: registro e controle. Desde o período paleolítico, quando se registravam os elementos em grutas, até os dias atuais com os inúmeros e complexos processos, a Contabilidade encara o papel de registrar, analisar, interpretar e prover informações acerca do direcionamento dos negócios. (SILVA; MARION, 2013, p.02).

Ribeiro afirma que a contabilidade está voltada ao patrimônio do indivíduo ou

entidade, proporcionando uma base sólida de orientação, métodos e processos para

o mundo moderno dos negócios em que o mercado se mostra ser hoje, também

apresenta um leque de possibilidades para seus usuários, apresentando

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informações contábeis de forma organizada ,para que sejam úteis como ferramenta

de gestão e controle no meio empresarial, auxiliando na tomada de decisão dentro

das organizações públicas e privadas (RIBEIRO, 2005).Ainda em relação à

contabilidade, Barbosa corrobora

A contabilidade é considerada uma ciência, pois atende a todos os requisitos necessários para que seja qualificada como tal, ou seja, tem objeto próprio que é o patrimônio; método próprio de observação e condução de raciocínio ao desenvolvimento de pesquisas; doutrinas científicas próprias e que estabelecem correntes de pensamentos [...]. Com a dinamicidade e competitividade da economia nos tempos modernos, a contabilidade passa a ser considerada um instrumento de importância vital para a continuidade das células sociais. (BARBOSA, 2008, p.17-18).

Pode-se perceber que, “no decorrer de sua evolução, a ciência contábil tem

se mostrado eficientemente capaz de proporcionar informações a uma demanda

crescente de usuários e fazendo uso das atuais tecnologias disponíveis à

contabilidade, consegue propagar cada vez com mais agilidade, informações

necessárias para a tomada de decisão dos gestores”. (SILVA; MARION, 2013).

Hendrisksen nos mostra que o pensamento e a filosofia de contábil

continuaram evoluindo até chegar ao mundo moderno, sendo que, com a

globalização, incrementou com as informações universais das teorias a

regulamentação da contabilidade e a harmonização do sistema contábil. A partir

disso, a contabilidade passou então, a ter uniformidade entre todo o mundo e

instituiu também as normas internacionais de contabilidade. Essa nova organização

do pensamento contábil, fortalece os governos e empresas. Com todas essas

mudanças, a informática entra em sua melhor fase também, e sendo utilizada dentro

da contabilidade, passa a ter papel fundamental na formação de novos métodos de

pesquisa científica (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 2012). Dessa mesma forma,

Ribeiro fundamenta que:

Os usuários das informações contábeis são pessoas físicas e jurídicas que as utilizam para registrar e controlar a movimentação de seus patrimônios bem como aqueles que, direta ou indiretamente, tenham interesse nesse controle; na apuração de resultados; na avaliação da situação patrimonial, econômica e financeira; na análise do desempenho e do desenvolvimento da entidade, como titulares (empresas individuais), sócios, acionistas (empresas societárias), gerentes, administradores, governo (Fisco), fornecedores, clientes, bancos, etc. (RIBEIRO, 2013, p.5).

Dessa forma prática, para Marion a contabilidade é a ferramenta que carrega

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uma série de importantes e úteis informações a respeito da empresa, tanto no setor

interno, quanto no externo, desde sempre existiu auxiliando as pessoas na tomada

de decisões. Para atender as necessidades dos interessados por suas funções,

conforme os citados anteriormente, a contabilidade precisaria atuar com uma

ferramenta simples auxiliando assim, os usuários. (MARION, 2009). Afirmando o

fato, Iudícibus acredita que a contabilidade deveria transmitir um conjunto de

informações a partir de:

[...] um “arquivo básico de informação contábil”, que possa ser utilizado, de forma flexível, por vários usuários, cada um com ênfase diferente neste ou naquele tipo de informação, neste ou naquele princípio de avaliação, porém, extraídos todos os informes do arquivo básico ou “data-base” estabelecido pela Contabilidade. (IUDÍCIBUS, 2010, p.3).

A contabilidade aplicada no Brasil segue regras específicas que, conforme

Marion: “São preceitos básicos que devem orientar os registros contábeis, mutáveis

no tempo, sujeitos a discussão” promovendo uma prática contábil mais uniforme e

guiando o profissional contábil a elevar a qualidade de seu trabalho (MARION, 2012,

p.149).

Para Hendriksen e Van Breda apresentam que, “até o final do século XIX não

havia legislação que regia a contabilidade e também enfatiza que, além da atual

legislação vigente no Brasil é preciso especial atenção as conversões à

contabilidade internacional devido o crescente volume de operações realizadas com

outros país e, em virtude da expansão das multinacionais, a legislação e os órgãos

regulamentadores trabalham para que haja uma harmonia e uniformidade no

sistema contábil” (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 2012).

Sendo assim, a contabilidade é utilizada para atingir os objetivos de seus

usuários, sendo feita através das informações contábeis, obtidas na rentabilidade e

resultados lucrativos, que trazem a ideia de suas necessidades para a tomada de

decisões gerenciais e futuros investimentos.

2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos é uma área da contabilidade que estuda o

comportamento dos custos inerentes à produção dos bens e serviços. Na

explanação de Bornia, antes disso, a contabilidade financeira era a única a ser

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utilizada pelo fator de produção ser, na maioria, artesanal onde as entidades que

controlavam o patrimônio e calculavam os resultados eram, basicamente, as

empresas comerciais (BORNIA, 2010).

A contabilidade de custos criou-se a partir da necessidade exigida pela

evolução da sociedade, para tanto, Martins afirma que: “Até a Revolução Industrial

(século XVIII), quase só existia Contabilidade Financeira (ou Geral), que,

desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas

comerciais.” (MARTINS, 2010, p.19).

Para completar o citado, Ribeiro corrobora: “[...] a Contabilidade de Custos

surgiu com o advento das empresas industriais, a partir do século XVIII. Veio para

atender a uma nova necessidade: atribuir custos aos estoques de produtos

fabricados pelas empresas industriais.” (RIBEIRO, 2009, p.13).

Na opinião anterior, para Martins, “Com o significativo aumento de

competitividade que vem ocorrendo na maioria dos mercados, seja, industriais,

comerciais ou de serviços, os custos tornam-se altamente relevantes quando da

tomada de decisões [...]” (MARTINS, 2003, p.15). Para Crepaldi, as utilidades do

sistema de custos permitem à empresa:

• Ter dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão.

• Acompanhar os gastos efetivamente ocorridos e compará-los com os valores anteriormente definidos.

• Estabelecer preços de vendas compatíveis com o mercado em que atua.

• Conhecer a lucratividade de cada produto.

• Decidir sobre corte de produtos: opção de compra ou de fabricação.

• Reduzir custos.

• Determinar o Ponto de Equilíbrio.

• Avaliar o desempenho. (CREPALDI, 2010, p.2).

Seguindo a mesma ideia, Martins completa que “O conhecimento dos custos

é vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável ou não rentável, se é

possível reduzi-los (os custos).” (MARTINS, 2003, p.15). Para obter êxito, a

Contabilidade de Custos possui suas funções que são muitas e também todas têm

sua importância e particularidades e, sendo assim, Martins esclarece:

No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão [...].

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No que tange à decisão, seu papel reverte-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às consequências de curto e longo prazo, sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção, etc. (MARTINS,2003, p.15).

Para tanto, de maneira bem objetiva, Bruni e Famá definem custos da

seguinte maneira: “[...] podem ser definidos como medidas monetárias dos

sacrifícios com os quais uma organização tem que arcar, a fim de atingir seus

objetivos.” (BRUNI; FAMÁ, 2008, p.19). As funções da contabilidade de custos são

de grande valia, de modo que, influenciarão na formação do preço de venda, na

compra e nas finalidades que, segundo Berti, as finalidades de custos são:

[...] 1) auxiliar o usuário na tomada de decisão, ou seja, servir como subsídio para entender as necessidades das gerências na administração; [...]. 2) informações que servem para a determinação da rentabilidade e do desempenho das diversas atividades da entidade (comprar, industrializar e vender); 3) informações que auxiliam a gerência a planejar, a controlar e administrar o desenvolvimento das operações; 4) informações para a tomada de decisões, principalmente em se tratando de: a) informações para a tomada de decisões, principalmente em se tratando de: a) planejamento e controle das operações ; b) nível mínimo de vendas desejado; c) custo e ganho marginal por produto; d) eficiência da força de trabalho humano e dos matérias aplicados; e)maximização de lucros mediante análise do mix de produtos. (BERTI, 2008, p.25).

Bornia assegura que por conta da alta complexidade dos processos

produtivos a contabilidade de custos fornecia à contabilidade gerencial uma gama de

informações relevantes, não apenas para apuração do resultado, mas também no

controle e tomada de decisões (BORNIA, 2009).

A contabilidade de custos foi criada para auxiliar na mensuração dos

estoques, alocando os custos para avaliação do patrimônio e, consequentemente,

apurar o resultado do período realizado pela empresa. Assim, Martins expõe que,

por algumas décadas desde seu surgimento: “[...] as regras e os princípios

geralmente aceitos na Contabilidade de Custos foram criados e mantidos com a

finalidade básica de avaliação de estoques e não para fornecimento de dados à

administração.” (MARTINS, 2010, p.21).

Precisamos saber identificar e diferenciar as características de custos e de

despesas, na área de contabilidade de custos Martins conceitua custos da seguinte

maneira: “Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e

serviços”, e despesa como sendo: “Bem ou serviço consumido direta ou

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indiretamente para a obtenção de receitas” (MARTINS, 2010, p.25).

Em virtude da concorrência de mercado Bornia completa que a evolução

tecnológica, os procedimentos utilizados na contabilidade de custos devem ser

sempre revisados a fim de que seja atualizado, proporcionando aos seus usuários

informações cada vez mais precisas e de qualidade (BORNIA, 2009).

A principal função da contabilidade de custos é passar informações relevantes

para os seus gestores tomarem as decisões mais apropriadas, procurando produzir

mais com um custo menor de produção, sempre buscando primar pela qualidade

dos produtos e atingir as metas de lucratividade da empresa. Devido à grande

importância dos custos para o gerenciamento das empresas, Wernke corrobora:

para gerenciar custos e preços é imprescindível compreender corretamente os conceitos relacionados. A interpretação inadequada das várias definições encontradas na literatura contábil ou administrativa pode levar o administrador a equivocar-se quanto aos fatores que sejam classificáveis como gastos, investimentos, despesas, perdas, desperdícios e custos. (WERNKE, 2005, p.3).

Para atingir eficiência na gestão de custos e evitar más interpretações é

preciso saber distinguir e conhecer alguns termos técnicos usados dentro da

contabilidade de custos.

Após o relato a respeito do surgimento da contabilidade de custos e sua

importância, entende-se que é de extrema consideração classificar esses custos em

relação a sua variabilidade e locação, e assim extrair as informações de interesse da

empresa através de um método de custeio, o qual a empresa achar que melhor vai

ajustar-se na área.

2.3 ANÁLISE DE INVESTIMENTO

A análise de investimentos envolve decisões de aplicação de recursos com

prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno adequado

aos proprietários desse capital. Toda vez que é cogitada a realização de um

investimento, é comum realizar análises, para que se opte pela proposta mais

vantajosa, tanto em questões financeiras.

[...]definir, tão precisamente quanto possível, alternativas de investimentos e prever suas consequências, reduzidas a termos monetários, elegendo-se

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um instante de referência temporal e considerando o valor do dinheiro no tempo. (MOTTA, 2009, p.23).

Um investimento pode ser designado como uma proposta de aplicação de

recursos escassos que possuem aplicações alternativas a um negócio, como

também um sacrifício feito no momento para obtenção de um benefício futuro

(QUEIROZ, 2001). Para Roberto Braga:

Quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões. Deste modo, propostas de investimento com o menor prazo de retorno apresentam maior liquidez e, consequentemente, menor risco. (BRAGA, 2013, p. 208).

De acordo com Queiroz, a análise de investimento é fundamental na alocação

eficaz de recursos escassos no ambiente organizacional (QUEIROZ, 2001).

Segundo Securato, as decisões financeiras em condições de risco mostram se a

gestão financeira da empresa foi um sucesso ou um insucesso (SECURATO, 2007).

O empreendimento precisa ser, antes de tudo, muito bem analisado e

avaliado, pois ele pode apresentar algumas variáveis como riscos ou um tempo de

retorno de investimento mais demorado. De acordo com Braga, no momento em que

a organização estiver disposta a realizar investimentos com um risco e tempo de

retorno maior, a fonte de financiamento mais adequada para uma organização, é o

financiamento com capital próprio (BRAGA, 2013).

Para Soares, a avaliação de um investimento estabelece parâmetros de

viabilidade, com o objetivo de proporcionar o retorno adequado e esperado aos

proprietários desse capital, de investimento e permitindo assim avaliar alternativas

(SOARES, 2006).

Braga ressalta que, no momento em que o empreendedor não estiver com o

recurso financeiro disponível, o empreendedor tem a opção de buscar estes

recursos junto a terceiros. O capital de terceiros “[...] pode ser gerado,

espontaneamente, no curso normal das atividades operacionais e também ser obtido

mediante a contratação de empréstimo e financiamentos” (BRAGA, 2013 p. 329).

Assim, para obter sucesso na sua opção é necessário mensurar os resultados dos

reflexos financeiros. Gitmann afirma que:

O primeiro passo do planejamento financeiro pessoal é definir suas metas. Enquanto uma empresa objetiva maximizar a riqueza dos acionistas, ou

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seja, o preço da ação, as pessoas normalmente têm diversos importantes. (GITMAN,2010 p.107).

Para Frezzati analisar as alternativas de ação remete sempre questionar

sobre o que obter em relação às opções oferecidas e pela decisão a ser tomada, os

reflexos financeiros em longo prazo são indispensáveis para uma comparabilidade

do real valor monetário, a utilização de taxas de descontos e riscos de atratividade

dos sócios sobre o capital (FREZZATI et al., 2012, p.23).

A análise econômica/financeira criteriosa e rígida de um projeto de

investimento é base para sua realização, prevenindo empirismos causadores de

insucessos e prejuízos. Conforme orientam Brigham e Ehrhardt, pontos como custo

de capital, custos operacionais, preços, rentabilidade, volumes operados,

oportunidades, taxas de risco, taxas de atratividade são alguns itens fundamentais

para uma eficiente avaliação, diminuindo assim, as incertezas e maximizando a

criação de valor para os investidores, sociedade e para a concretização do projeto.

Brigham e Ehrhardt (2012)

Os planos financeiros a longo prazo são ações projetadas para um futuro

distante, acompanhado da previsão de seus reflexos financeiros.

2.4 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A administração financeira cuida da viabilidade financeira da empresa,

portanto, da sua existência. De acordo com Clóvis; Gideon, “O processo de análise

começa com a separação dos dados, combinando-os adequadamente, a fim de

viabilizar sua interpretação de acordo com o objetivo previamente estabelecido”

(PADOVEZE; BENEDICTO, p.89, 2010).

A administração financeira corresponde aos esforços despendidos

objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos

retornos dos proprietários das ações ordinárias da empresa. Por isso, A. A. Groppeli

e Ehasan Nibakahr afirmam que:

Muitas vezes os planos financeiros mais bem-sucedidos não recebem a devida atenção, principalmente, porque os administradores não conseguem divulgá-los ou os promovem excessivamente. (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2006, p. 05).

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As informações financeiras são indispensáveis para o crescimento

sustentável da empresa, devido à falta de controle e planejamento financeiro, muitas

empresas vão à falência. Para Sanvicente “[...] por causa de diversos fatores fora de

controle da administração da empresa, os retornos prometidos por um projeto de

investimentos estão sujeitos a incertezas” (SANVICENTE, 2013, p.59).

Para administrarmos algo, basicamente administramos processos através de

um conjunto de informações que, muitas vezes, são praticamente instantâneas,

entretanto, nem sempre isso é possível, o que nos obriga a trabalhar com

informações ocorridas em algum momento do passado. Conforme Roberto Braga

afirma que “os princípios de administração financeira pressupõem que a

maximização da rentabilidade deva ser alcançada das atividades operacionais e não

com aplicações financeiras de alto risco.” (BRAGA, 2013, p.123).

Dentro de uma corporação tem um impacto financeiro, o orçamento, sendo

então necessário uma avaliação profunda no que diz respeito a novos investimentos

e seus prováveis retornos e custos reais.

Para Sanvicente, “[...]os planos de curto prazo ou anuais são formalizados

através de orçamentos que indicam quantitativamente (em unidades físicas,

medidas de tempo e valores monetários, etc.) e transformam os objetivos mais

amplos do plano de longo prazo em objetivos mais imediatos e específicos aos

diversos setores da empresa” (SANVICENTE, 2013, p.209).

A questão da gestão financeira nas empresas é de extrema importância, pois

muitas questões envolvem esse assunto, inclusive, outros assuntos que possuem

gerências separadas e enfoques bem diferentes têm um relacionamento muito forte

com gestão financeira.

Praticamente tudo que se pensa dentro de uma corporação tem um impacto

financeiro no orçamento, sendo então necessário, uma avaliação profunda a

respeito de novos investimentos e seus prováveis retornos e custos reais.

2.5 VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA

Para desenvolver um projeto é necessário estudo sobre a viabilidade

econômico-financeira no qual envolve tempo, técnicas, análise, entre outras que

auxiliam a tornar as decisões mais seguras sobre investimentos. Fonseca afirma que

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“Um projeto de viabilidade econômico-financeira pode ser definido como um

conjunto de informações que, quando reunidas possibilitam a tomada de decisão de

se alocar ou não recursos em determinado negócio” (FONSECA, 2012, p.03).

A ideia inicial de realizar um novo projeto na organização é preciso estar

atento a uma série de detalhes, pois para este investimento trazer retorno à mesma,

deve ser estudado e calculado quanto à sua viabilidade econômico-financeira.

Segundo Gitmann:

Os investimentos de longo prazo representam desembolsos substanciais de fundos que comprometem a empresa com determinada linha de ação. Desse modo, a empresa deve contar com procedimentos para analisar e selecionar de maneira adequada os investimentos de longo prazo. Deve ser capaz de medir os fluxos de caixa e aplicar técnicas apropriadas para a tomada de decisão.Com a passagem do tempo, os ativos imobilizados podem ficar obsoletos ou exigir reforma; também nesses casos pode ser necessário tomar decisões financeiras. (GITMANN, 2010, p.326).

Ao fazer a análise da viabilidade é necessário o domínio de vários indicadores

para obter resultados otimizados. Segundo Motta e Calôba selecionar investimentos

não é uma tarefa fácil por que “[...] neste ponto, o estudo econômico passa a ser

detalhado envolvendo diversas estimativas, previsões científicas de mercado,

cronogramas de desembolso, culminando em fluxos de caixa, possíveis fontes de

financiamento[...]” (MOTTA; COLÔBA, 2009, P. 22).

As características do projeto apresentam diferentes tipos de indicadores de

viabilidade econômico-financeira que podem ser utilizados. Neste estudo, que

objetiva analisar a viabilidade econômico-financeira da energia solar fotovoltaica

serão analisados: o payback descontado o valor presente líquido, a taxa interna de

retorno e o valor anual uniforme equivalente.

Normalmente, essa taxa de desconto usada é a taxa mínima de atratividade,

a qual é determinada pelo próprio investidor como parâmetro para remuneração de

seu capital. Gitman afirma:

O período de Payback indica às empresas que aceitam projetos de alto risco quão rapidamente podem recuperar seu investimento. Além disso, informa àquelas com recursos limitados com que rapidez os fundos de investimentos em dado projeto estarão disponíveis para projetos futuros. (GITMAN, 2010, p. 366).

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Antes de iniciar um investimento deve-se analisar “o número de anos

necessários para recuperar o investimento inicial, o qual é chamado de período de

recuperação do investimento (Payback). Se o período de Payback encontrado

representa um período de tempo aceitável para a empresa, o projeto será

selecionado” (GROPPELLI, NICKBAKHT,2006, p.134). Sanvicente complementa e

confirma que o Payback é:

O método mais simples de avaliação, o período de “Payback é definido como sendo aquele número de anos ou meses, dependendo da escala utilizada, necessário para que o desembolso correspondente ao investimento inicial seja recuperado, ou ainda igualado e superado pelas entradas líquidas acumuladas [...]o período de “Payback” é o espaço de tempo entre o início do projeto e o momento em que o fluxo de caixa acumulado torne-se positivo. (SANVICENTE, 2013, p.44).

O payback descontado é um método de análise, capaz de evidenciar o tempo

necessário para recuperar o investimento inicial. Este método, considera o valor do

dinheiro no tempo, pois, utiliza uma taxa de desconto para verificar o número exato

de períodos em que o projeto recupera o valor inicial investido. Padoveze, Benedicto

afirma que os modelos para decisão de investimento partem da ideia de verificar a

viabilidade econômica de um investimento, antes de sua implementação.

Os modelos de decisão de mensuração do valor da empresa centram-se em determinar o valor de uma empresa em andamento. Como uma empresa em andamento é fruto de um conjunto de investimentos em operações, já decididos no passado, os critérios de avaliação devem ser os mesmos. Em outras palavras, os mesmos critérios adotados para a decisão de investir devem ser utilizados para a mensuração do valor desses mesmos investimentos em operações. (PADOVEZE, BENEDICTO, 2010, p. 280).

Gitman afirma que o Valor Presente Líquido (VPL) é o valor do dinheiro no

tempo, é a técnica sofisticada do orçamento de capital. As técnicas utilizadas para

esses tipos de cálculo sempre descontam os fluxos de caixa da empresa a uma taxa

específica. Essa taxa é chamada de taxa de desconto, retorno requerido, custo de

capital ou custo de oportunidade, o retorno mínimo necessário para que o projeto se

mantenha inalterado de acordo com o valor de mercado da empresa

(GITMAN,2010).

Para Padoveze, Benedicto o fundamento do VPL é o custo que o dinheiro terá

com o passar dos anos. Se a pessoa emprestar esse dinheiro, o mesmo será

remunerado com juros, o empresário deve analisar o que será mais viável para ele

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emprestar esse dinheiro e obter juros ou comprar um bem (máquinas,

equipamentos) para o trabalho e o desenvolvimento da mesma. Portanto, o valor de

um bem ou direito que não acompanhe o juro mínimo existente no mercado perde o

valor econômico (PADOVEZE, BENEDICTO, 2010).

Com o maior risco deve ser descontado a maior taxa, devendo ser observada

a inflação e a taxa, quanto maior a taxa de juro utilizado, maior a necessidade de

fluxos de caixas futuros. Como Groppeli e Nikbakht apresentar aquele projeto com

maior extensão terá maior risco, pois quanto maior for a extensão maior é a

incerteza de o mesmo ser concluído.

As taxas de desconto usadas no VPL são também influenciadas pela duração dos projetos. Entre dois projetos, aquele com vida mais longa geralmente é associada a um maior risco. Quanto mais extensa a existência de um investimento no futuro, maior a incerteza na conclusão e operação do projeto. Portanto, mantendo-se todas as outras variáveis iguais, os projetos de longa duração devem ser, geralmente, descontados a taxas maiores que a dos projetos de curta duração. (GROPPELI, NIKEBAKHT, 2006, p.136).

Gitmann nos apresenta que, quando usamos o VPL, tanto as entradas quanto

as saídas de caixa são medidas em valores monetários atuais. Apenas com

investimentos com padrões convencionais de fluxo de caixa, o investimento inicial é

declarado dinheiro no valor atual. Se assim não fosse seria necessário subtrair o

valor presentes das saídas do valor presente das entradas. Se forem analisados

dois projetos A e B, aquele que tiver maior extensão é o que terá maior risco, o

mesmo precisa muito nas incertezas do futuro (GITMANN, 2010).

Outro conceito indispensável em análises financeiras, é o da Taxa Mínima de

Atratividade (TMA). A TMA é importante, já que, para avaliar se uma alternativa de

investimento é, ou não, economicamente viável, anterior à comparação com outras

alternativas de investimentos, é necessário considerar, uma taxa mínima de retorno,

que o investimento deve atingir, para que seja viável realizá-lo. Zot afirma que a taxa

mínima de atratividade:

Também pode ser interpretada como o custo de oportunidade de capital. Se, a um determinado projeto de investimento, existe um projeto alternativo que remunera o investidor a uma certa taxa, ele vai exigir, no mínimo, esta mensagem taxa de retorno para o investimento que irá empreender, pois, caso contrário, estará deixando de receber o retorno daquele projeto alternativo não escolhido. (ZOT, 2008, p. 16).

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A TMA é a porcentagem mínima de retorno que um empresário/investidor

espera, ao realizar determinado investimento, obter em certo período de tempo.

Para Galesne, Fensterseifer e Lamb, uma das principais diferenças entre o custo de

oportunidade e a TMA, é que o custo de oportunidade apresenta um valor diferente

da TMA, devido a mesma ser selecionada através de uma escolha estratégica e

política (GALESNE; FENSTERSEIFER; LAMB, 1999).

Na Taxa Interna de Retorno (TIR) de um investimento Souza nos apresenta

que é a taxa exigida de retorno que, quando utilizada VPL que corresponde “à

diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao

projeto e o investimento inicial necessário (SOUZA, 2003, p.74). Gitman afirma que

se trata de uma variação de crédito do VPL, a qual aponta a taxa de igualar os fluxos

ao investimento inicial.

A taxa Interna de Retorno (TIR) uma técnica sofisticada de orçamento de capital; é a taxa de desconto que iguala o VPL de uma oportunidade de investimento a zero (isso porque o valor presente das entradas de caixa iguala-se ao investimento inicial). É a taxa de retorno anual composta que a empresa obterá, se aplicar recursos em um projeto e receber as entradas de caixa previstas. (GITAMAN, 2010, p.371).

Muito utilizada a Taxa Interna de Retorno pelo orçamento de capital, a taxa de

desconto é igualada ao valor presente do fluxo de caixa futuro da empresa ao

investimento inicial. A TIR é uma taxa de desconto que torna o VPL igual a zero,

Desta forma, é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado, realizando

determinado investimento.

2.6 SISTEMAS SOLAR FOTOVOLTAICO

Sistema de energia solar fotovoltaico, também chamado de sistema de

energia solar ou, ainda, sistema fotovoltaico, é um sistema capaz de gerar energia

elétrica através da radiação solar, não polui o meio ambiente e nos traz grandes

benefícios.

Os principais parâmetros que afetam o rendimento para Rüther, de um

sistema fotovoltaico são a localização geográfica, a inclinação e a orientação do

painel, sendo que os efeitos destes dependem da razão entre a radiação direta e

difusa do local, bem como da fração de albedo, que é característica do ambiente que

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circunda a instalação. Normalmente, o valor da inclinação ótima, com relação à

horizontal, para que se tenha a máxima incidência solar em regime anual, é dado

pela latitude local, com orientação da superfície voltada para o equador (RÜTHER,

2004).

Souza nos apresenta que, em 1839, Edmond Becquerel constatou uma

diferença de potencial no extremo de uma estrutura semicondutora exposta à luz. O

estudo da viabilidade de implantação de um sistema de energia solar é de extrema

importância nos tempos atuais, devido à necessidade de utilização de novas fontes

de energia renováveis, pois as fontes de energias atuais são, em sua maioria não

renováveis, contribuindo, expressivamente, para uma futura degradação ambiental

(SOUZA, 2014, p.11).

Segundo Sauer, somente em 1876 foi obtido o primeiro dispositivo a base de

selênio, porém, o primeiro dispositivo viável foi desenvolvido no ano de 1953, nos

Laboratórios Bell, nos Estados Unidos, em um substrato de silício (SAUER et al.,

2006).

A energia solar é considerada uma forma de energia promissora, que ainda

está sendo estudada, porém, seus custos ainda são muito altos, onde o custo maior

basicamente é dos painéis fotovoltaicos, do inversor e o banco de baterias, quando

incluso. Os autores mencionam “com a redução anual do custo dos sistemas solares

e a valoração dos custos ambientais e sociais da geração centralizada, o sistema

solar tende a se tornar economicamente competitivo em curto prazo” (ROSA, 2007).

Para os sistemas isolados (Off-Grid), Rosa afirma que o sistema fotovoltaico é

constituído, essencialmente, por um conjunto de painéis (ou módulos) fotovoltaicos,

por um regulador de tensão, um sistema de armazenamento (ou acumuladores) e

por um inversor que converte corrente contínua em alternada. Especifica ainda que

o painel fotovoltaico realiza uma função de gerador, propriamente dito. Descreve em

seguida, que o painel é composto ainda por células fotovoltaicas construídas a partir

de semicondutores, que após receberem a luz solar em sua superfície, produzem

tensão elétrica em seus terminais (ROSA, 2007).

Esta aplicação, com início nos programas espaciais, teve um grande avanço

na tecnologia, melhorando a eficiência das células e seu peso. Os Sistemas Isolados

são utilizados em locais remotos ou onde o custo de conectar-se à rede elétrica é

elevado como mostra a ilustração1 abaixo.

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Ilustração 1 - Componente de um sistema fotovoltaico autônomo Fonte Souza (2014 a, p. 16).

Neste processo existem 05 (cinco) componentes como apresentado na

ilustração 1 que são muito importantes: painel fotovoltaico, controlador de

carga/descarga das baterias, banco de baterias, Inversor autônomo, para cargas em

CA Cargas CC ou CA.

A energia produzida é também armazenada em baterias que, por sua vez,

garantem o funcionamento do sistema em períodos, com pouco ou mesmo ausentes

de luz solar, como dias nublados ou à noite. Ou seja, durante o dia, em momentos

em que a produção de energia supera o consumo, este excesso é enviado ao banco

de baterias para que, à noite, quando o consumo é maior que a produção, essa

energia possa ser utilizada para abastecer a rede ligada ao sistema.

Já, os Sistemas Conectados à rede Grid-Tie, substituem ou complementam a

energia elétrica convencional disponível na rede elétrica. As energias renováveis

podem ser definidas como aquelas das quais as fontes não se esgotam, ou seja,

que se renovam constantemente (JARDIM, 2007). Também são entendidas,

segundo Jardim, “[...] como “energias alternativas” ao modelo energético tradicional,

tanto pela sua disponibilidade (presente e futura) garantida (diferente dos

combustíveis fósseis que precisam de milhares de anos para a sua formação) como

pelo seu menor impacto ambiental” (JARDIM, 2007, p. 2).

Todavia, ressaltaram que esse avanço ainda não foi suficiente para

impulsionar os investimentos em células desse tipo, buscando-se estimular a

permanência de alguns grupos de pesquisa nessa área. As décadas de oitenta e

noventa, conforme Vallêra e Brito, também foi considerado um período de maior

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investimento em energia solar, oriundo de programas de financiamento e motivados,

principalmente, pela consciência crescente da ameaça das alterações climáticas

resultantes da queima de combustíveis fósseis (VALLÊRA; BRITO, 2006).

Benedito nos mostra que a análise destes índices de mérito permite a

comparação do desempenho de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

operando com diferentes configurações e tecnologias e, em diferentes localidades.

Deste modo, é possível avaliar se um sistema fotovoltaico opera de forma otimizada,

ou se pode ser reconfigurado de modo a maximizar sua eficiência (BENEDITO,

2009).

Conforme Oliveira, os sistemas integrados à rede de distribuição possuem

vantagens interessantes, é possível que alguns custos sejam diminuídos, em

sistemas urbanos acoplados a prédios ou casas, que não necessitam de baterias e

utilizam-se da infraestrutura da própria edificação. Além disso, um projeto

arquitetônico de cobertura ou fachada que já contemple um sistema de geração

fotovoltaica tende a substituir materiais tradicionais de revestimento pelos próprios

painéis solares. Assim, parte do investimento já estaria coberto pelos custos

tradicionais de uma edificação. (OLIVEIRA, 2002). Podemos analisar a ilustração 2 a

seguir.

Ilustração 2 - Sistema conectado à rede Fonte Souza (2014 a, p. 17).

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Como a ilustração 2 no sistema Grid-tie, apresenta 06 módulos do sistema

que são: Módulo fotovoltaico, inversor Grid-tie transforma a corrente contínua do

painel em corrente alternada de 127 V/220 V e 60Hz, compatível com a eletricidade

da rede, 3 interruptores de segurança, quadro de Luz - distribui energia para casa, a

eletricidade alimenta os utensílios e eletrodomésticos, o excedente volta para a rede

elétrica através do medidor fazendo-o rodar ao contrário, reduzindo a tarifa de

energia elétrica.

O sistema que será tratado é o residencial, do tipo Grid-tie (conectado à

rede). Como já foi visto, esse sistema conta com painéis fotovoltaicos, além dos

inversores, mas também é necessário uma estrutura para dar suporte aos painéis

fotovoltaicos, além do material elétrico.

2.7 SUSTENTABILIDADE NO SISTEMA FOTOVOLTAICO

A sustentabilidade é um tema atualmente muito discutido em vários

segmentos, isso ocorre devido à conscientização por meio de pesquisas científicas

de que o impacto ambiental promovido pela humanidade para o desenvolvimento

das nações pode se tornar o limite desse mesmo desenvolvimento, além de causar

danos tanto reversíveis e custosos a longo prazo, como irreversíveis à humanidade

e ao mundo. Segundo Kinlaw (1998, p.22):

O termo "desempenho sustentável" descreve como as organizações devem conduzir seus negócios para continuar conduzindo os mesmos negócios futuro adentro. Se o objetivo primeiro das organizações é permanecer vivas, então, o desempenho sustentável descreve o que é necessário para permanecer vivas na nova era ambiental. Se desempenho de qualidade tornou-se o lema desta década, desempenho sustentável (ou algo similar) irá se tornar o lema da próxima década. (KINLAW, 1998, p.22).

Inúmeros são os impactos ambientais provocados por ações antropogênicas,

entretanto, está enfocada apenas as relações entre o aspecto de obtenção de

energia e os impactos ambientais gerados. Atualmente, o desenvolvimento

sustentável é visto como uma necessidade mundial, uma ferramenta para que as

gerações futuras tenham condições de sobreviver. Para Tachizawa:

A responsabilidade social e ambiental pode ser resumida no conceito de efetividade, como alcance de objetivos do desenvolvimento econômico-

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social. Portanto, uma organização é efetiva quando mantém uma postura socialmente responsável. (TACHIZAWA, 2008, p.55).

De acordo com Donaire, os administradores começaram a ver que suas

organizações não se baseavam somente nas responsabilidades referentes à

resolução de problemas econômicos fundamentais (o que produzir, como produzir e

para quem produzir), mas, têm presenciado o surgimento de novos papéis que

devem ser desempenhados, como resultado das alterações no ambiente em que

operam (DONAIRE, 1999, p.15).

A sustentabilidade abrange várias dimensões: política, social, técnico-

econômica e ambiental, sendo que o setor energético está conectado a todas estas

dimensões, pois nelas geram-se impactos benéficos ou maléficos. Leff afirma “A

gestão ambiental participativa está propondo, além da oportunidade de reverter os

custos ecológicos e sociais da crise econômica (LEFF, p. 63, 2008).

O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento global que atende às

necessidades do homem sem esgotar os recursos naturais, incorporando aspectos

sociais, econômicos e ecológicos. Se não forem considerados todos esses aspectos

pode ser suportável, equitativo e viável, mas não sustentável. Para Barbieri, os

negócios ou empresas sustentáveis são as que, satisfazem as necessidades atuais

usando recursos de modo sustentável (BARBIERI, p.115,2008).

Os impactos ambientais gerados pela obtenção de energia interferem

enormemente no desenvolvimento sustentável, e o entendimento deles se faz

primordial para a análise de implementação de projetos e planejamentos

energéticos. Tachizawa reforça que:

A preocupação ambiental e suas políticas e ações decorrentes foi implantada de forma gradual ao longo do tempo. Historicamente, começou como questão meramente de segurança industrial para evoluir para uma política premente que impulsiona ações empresariais, com planejamento antecipado dos impactos ambientais. (TACHIZAWA, 2008, p.178)

Várias são as fontes para obtenção de energia elétrica, entre elas, as

hidrelétricas, carvão, petróleo, fissão, biomassa, solar, eólica, geotérmica, fusão,

hidrogênio, ondas, térmica das marés, marés, óleos vegetais, álcool, gás natural.

Serão apresentados a seguir, os impactos ambientais provenientes de termelétricas,

hidrelétricas, energia eólica, e energia solar. “[..] a energia solar que incide

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diretamente sobre o Planeta, os demais recursos renováveis podem se exaurir

dependendo como eles são usados” (BARBIERI, 2008, p.115).

A energia solar, por exemplo, é muito pouco difundida no Brasil, mesmo a

matriz elétrica brasileira tendo grande participação de fontes renováveis. Aqui, ainda

há pouco incentivo, mas de maneira tímida esse quadro está sendo revertido.

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3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE

Nesta etapa são apresentados os resultados obtidos através de um

aprofundamento da pesquisa e seus objetivos. Foram realizadas pesquisas em dois

clientes que investiram no sistema fotovoltaico.

Foi feita uma análise detalhada sem o sistema e o primeiro ano com o

sistema, e uma projeção dos próximos vinte e cinco anos seguintes, sendo que este

é período de vida útil do equipamento.

No item 3.1 descreve o produto no sistema fotovoltaico e seus benefícios,

como descrito abaixo, os equipamentos necessários para montagem e autorização

junto à rede da RGE.

O item 3.2 explica o que foi gasto na instalação do sistema fotovoltaico, e

seus componentes necessários para a instalação e o investimento de cada um dos

cenários

Já no item 3.4 destacam-se os benefícios líquidos anuais, neste, apresenta

um comparativo antes do sistema e com o sistema, no mesmo item foi feito uma

comparação caso os investidores tivessem adquirido o sistema em 2015, com os

dados do Kw pago em 2016.

Para concluir, no item 3.5 destaca o retorno do projeto, se o projeto é viável,

neste tópico apresenta a TMA, VPL, TIR e payback descontado, no qual apresenta-

se o investimento que teve seu retorno esperado.

3.1 DESCRIÇÃO DO PRODUTO NO SISTEMA FOTOVOLTAICO

A energia solar fotovoltaica é uma alternativa viável e renovável para locais

onde a energia elétrica é escassa e também para residências e fábricas que

almejam o uso dessa fonte, uma vez que, o Sol atinge todo o Brasil durante o ano

inteiro. O sistema fotovoltaico baseia-se na transformação direta da radiação solar

em eletricidade.

Os sistemas de energia solar fotovoltaica são capazes de gerar energia

elétrica através das chamadas células fotovoltaicas que são montadas em 22

painéis solares fotovoltaicos e são capazes de transformar a radiação solar

diretamente em energia elétrica, através do chamado “efeito fotovoltaico”. Os

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sistemas de energia solar fotovoltaica possuem alguns componentes básicos,

painéis solares, cabos, estrutura de suporte, inversores e proteções.

Painéis solares: São considerados o coração do sistema fotovoltaico, e são

responsáveis pela conversão da energia solar em eletricidade. Os painéis funcionam

de forma simples: um painel solar é formado por um conjunto de células

fotovoltaicas que possuem elétrons (partículas de carga negativa que giram ao redor

dos núcleos dos átomos) e esses, por sua vez, ao serem atingidos pela radiação

solar, movimentam-se gerando uma corrente elétrica.

Assim, os painéis demandam uma manutenção mínima, dependendo,

principalmente, de uma boa limpeza para assegurar seu funcionamento em todo o

seu potencial. Geralmente, as chuvas são suficientes para eliminar folhas, poeiras e

outros detritos, mas é bom manter uma rotina de verificação. É importante lembrar a

respeito da utilização de luvas de borracha e da verificação de fios soltos ou

oxidados para evitar acidentes. No mais, um pano úmido e detergente neutro dão

conta da limpeza desse componente.

Os painéis solares, que têm em média 25 anos de vida útil, podem ser de

três modelos diferentes: os monocristalinos, os policristalinos, e os de filme fino.

Cada um deles possui um preço, uma composição e uma eficiência diferente.

Estruturas de Suporte: As estruturas de suporte são aqueles materiais

projetados para, literalmente, suportar e servir de apoio aos painéis solares. A

escolha do tipo de estrutura de suporte deve levar em conta o tipo de painel solar a

ser instalado, a inclinação necessária a ele, o local de instalação e o material do qual

é formado.

Sendo assim, da mesma forma que nos painéis, estas estruturas possuem

diferentes modelos, que são aplicáveis a diferentes locais e situações e que

possuem preços, tamanhos e eficiências diferentes entre si. Alguns destes modelos

são os de estrutura metálica com inclinação fixa; os de estrutura fixa com ângulo de

inclinação ajustável, e os trackers (seguidores, em tradução livre do inglês).

Cabos: A fiação é o que interliga os demais componentes do sistema e

promove o fluxo de energia entre eles, os tipos de cabos a serem utilizados vão

depender do tipo de painel escolhido para o sistema, e da distância entre os

componentes (sendo que há uma distância máxima permitida entre dois pontos a

serem conectados).

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Inversores Grid-Tie: Considerados o “cérebro” do sistema fotovoltaico, os

inversores podem carregar, mas sua principal função é a de transformar a corrente

contínua (CC) em corrente alternada (CA), ajustando a tensão da corrente conforme

a necessidade. Inversores Grid-Tie são inversores de corrente utilizados em

sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Além da função básica de um inversor ou

conversor CC/CA, os inversores para conexão à rede também fazem a

sincronização com a rede pública de eletricidade, ou seja, garantem que a energia

solar produzida seja fornecida exatamente como aquela que recebemos da rede

elétrica.

A função do inversor Grid-tie é transformar a energia solar produzida pelos

painéis fotovoltaicos – Corrente Contínua (CC) – em energia elétrica na forma

convencional que utilizamos, ou seja, Corrente Alternada (CA) 110/220V. Como o

sistema fotovoltaico funciona em paralelo com a rede pública, ele também garante

que não haja conflitos entre as duas fontes de energia, através de uma precisa

sincronização e proteções elétricas necessárias.

Quadro de proteções: Quadro de proteções ou a String Box é um quadro

elétrico de proteção em corrente contínua, composto por um conjunto de dispositivos

aptos a intervir contra distúrbios elétricos que, ocasionalmente, podem ocorrer entre

as séries de Módulos Fotovoltaicos e o Inversor. Os dispositivos de proteção que

compõem uma String Box, são: Bases Porta Fusível; Fusíveis; DPS (Dispositivos de

Proteção Contra Surto); Chave seccionadora em corrente contínua.

A função principal da string box é de atuar como elemento sacrifical, para

proteger todos os equipamentos mais sensíveis e custosos do sistema fotovoltaico

(módulos e inversores), além de conter o problema externamente ao local de

instalação, zerando o risco de incêndio/queima do local ou do sistema elétrico do

Cliente.

Os sistemas fotovoltaicos podem ser implantados em qualquer localidade que

tenha radiação solar suficiente, não utilizam combustíveis, não possuem partes

móveis e, por serem dispositivos de estado sólido, requerem menor manutenção.

Durante o seu funcionamento não produzem ruído acústico ou eletromagnético, e

tampouco emitem gases tóxicos ou outro tipo de poluição ambiental. A confiabilidade

dos sistemas fotovoltaicos é tão alta, que são utilizados em locais inóspitos como:

espaços desertos, selvas, regiões remotas.

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3.1.1 Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

Juntamente com a rede elétrica, um sistema fotovoltaico conectado à rede é

um gerador de eletricidade que tem como combustível a energia solar. O painel

fotovoltaico gera eletricidade em corrente contínua, e o inversor de frequência

converte em corrente alternada e 'injeta' na rede elétrica. Antes de 'injetar' a energia,

o inversor 'lê' os valores de voltagem e frequência da rede, para que não haja

nenhuma 'modificação' na energia.

Toda energia gerada é aproveitada pelo consumidor, seja em residências,

indústrias, comércios, etc., extraindo da rede elétrica somente quando os aparelhos

eletrônicos começam a consumir mais do que o sistema fotovoltaico está gerando

naquele momento.

A conversão de energia solar em elétrica se dá por meio de células fotovoltaicas, constituídas por semicondutores. Esses arranjos de semicondutores são sensíveis à luz, criando um potencial elétrico quando excitados. “Uma célula fornece pouca energia quando exposta a uma radiação solar de 1 kW/m 2 (cerca de 0,6 Volts e uma densidade de corrente de curto-circuito da ordem de 150 mA/cm 2) ” (KRENZINGER et al, 2002).

Quando o sistema fotovoltaico está gerando mais potência do que necessita,

toda a energia excedente 'automaticamente' sai pela rede. Nesse momento, o

medidor de energia 'gira ao contrário' e o cliente tem um crédito energético aplicado

a sua conta para ser consumido em até 60 meses.

Existe hoje, no Brasil, a regulamentação por parte da ANEEL que permite o

pleno funcionamento do sistema fotovoltaico conectado à rede, assim como o

sistema de compensação energético, habilitando o consumidor de energia elétrica

das distribuidoras a produzirem sua própria energia e pagar apenas uma taxa

mínima em sua conta de luz referente à acessibilidade a rede de distribuição

elétrica.

Embora o mercado brasileiro de sistemas fotovoltaicos para a produção de

energia elétrica ainda seja muito pequeno quando comparado ao de outros países,

algumas empresas apostam num expressivo potencial de crescimento, haja vista a

forte incidência solar e as necessidades energéticas.

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Para se conseguir a tensão e corrente suficientes para alimentar um

determinado sistema, se faz necessário o agrupamento dessas células em arranjos.

Conforme Ruther, a quantidade de células fotovoltaicas conectadas em série

determina a tensão do sistema, já a corrente é definida pela conexão em paralelo

dessas células (RUTHER, 2004).

O desempenho dos módulos fotovoltaicos é influenciado, principalmente, pela

intensidade luminosa na localização dos módulos e temperatura das células.

(CABRAL et. al. 2004). Os módulos fotovoltaicos estão disponíveis em diversos

níveis de tensão. A principal característica fornecida é a potência nominal da célula

fotovoltaica que é medida em Watt-pico (Wp).

3.2 GASTOS ENVOLVIDOS NA AQUISIÇÃO E INSTALAÇÃO DO SISTEMA EM

DOIS CENÁRIOS

Foram criados dois cenários, os quais, possuem o sistema fotovoltaico

conectado à rede da RGE e analisados na sequência, onde o cenário um, trata de

um investimento de R$200.000,00 em um posto de combustível, e no cenário dois,

um investimento de R$17.975,00 em uma residência, ambos possui o seu sistema

de energia fotovoltaico, homologado pela concessionária e com dados disponíveis

para a análise dos últimos 10 meses para o posto, e 12 meses para a casa.

Com a avaliação dos investimentos estabelecem-se parâmetros de

viabilidade, com o objetivo de proporcionar o retorno adequado aos proprietários

desse capital, permitindo avaliar alternativas (SOARES, 2006).

O resultado dos sistemas fotovoltaicos instalados e homologado junto a

concessionaria local, são medidos e creditados pelas mesmas, considerando a troca

de kWh conforme determina a resolução da ANEEL 482/2012, ou seja, a troca de

energia entre o gerador e a rede elétrica e feita pela simples conversão de créditos

de energia medidos na entrada ou saída pelo relógio em kWh.

Com base nos dados coletados do sistema fotovoltaico, a proposta para o

cenário um, o Posto São Paulo, em estudo, é composto dos equipamentos descritos

no quadro a seguir na Ilustração 3, com os respectivos investimentos necessários,

custos de serviços para a instalação do sistema e para o projeto de homologação.

Investimento do projeto empresa Posto São Paulo:

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Ilustração 3 - Tabela de equipamentos do sistema fotovoltaico Posto São Paulo Fonte: Metalúrgica Fratelli.

Os painéis solares descritos na ilustração 3, foram instalados na parte

superior, sobre o telhado da edificação, os quais estarão calçados por suportes de

sustentação fixados na própria edificação.

Os inversores e painéis elétricos, bem como a conexão com a rede elétrica

existente, estarão localizados em uma sala específica da própria edificação, no

andar térreo, para facilitar a manutenção e gerenciamento do processo de produção

de energia elétrica.

O projeto elétrico, comissionamento e star-up serão feitos por uma empresa

especializada da própria cidade, que já possui know-how na área de energias

renováveis. O projeto elétrico foi feito e encaminhado à concessionária de energia

local onde houve avaliação e aprovação, em vista que, este procedimento é uma

exigência da própria concessionária, com o objetivo de garantir a segurança e bom

funcionamento do sistema.

Verifica-se que o investimento em equipamentos para instalação do sistema e

geração de energia através de painéis fotovoltaicos, conforme pode ser visualizado

no quadro, é de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais). Pagos à vista para empresa

Metalúrgica Fratelli.

Conforme apresentado no referencial teórico “Para Frezzati analisar as

alternativas de ação remete sempre questionar sobre o que obter em relação às

opções oferecidas e pela decisão a ser tomada, os reflexos financeiros em longo

Descrição U.M. Qtd Preço R$ Valor R$

Modulo Risen SYP250P 60x6 Cad 140 800 112.000,00

Inverter Solar Fronius 3TF 17500TL Cad 2 22.050,00 44.100,00

Conjunto - Q. Campo N1VV-K 2x(1x6) M 300 9,1 2.730,00

Conjunto - Q. Campo N1VV-K 2x(1x6) M 300 9,1 2.730,00

Q. Campo - Q. Junção N1VV-K 3G4 M 50 4,5 225

Q. Junção - Q. Inversor N1VV-K 3G4 M 50 4,5 225

Q. Inversor - Q. Paralelo FG7OH2R 10/1 kV 3G6 M 20 4,55 91

Q. Paralelo - Q. Medição FG7OH2R 20/1 kV 5G6 M 100 4,5 450

STRING BOX DC FV 1000V 4 CORDAS Fratelli Pç 2 1.973,35 3.946,70

PERFIL ALUMÍNIO Fratelli 2,15M Pç 140 34 4.760,00

EMENDA PERFIL 140 12,5 1.750,00

TERMINAL FINAL Fratelli Pç 56 5,5 308

TERMINAL INTERMEDIÁRIO Fratelli 260 5,4 1.404,00

CONJ. ESTRUTURA TRIANGULO PARA TELHADO C/AJUSTE

GRAU FratelliPÇ 90 38 3.420,00

CONJ. ESTRUTURA BASE TRIANGULO Fratelli PÇ 16 150 2.400,00

PARAFUSO CABEÇA MARTELO 28/15 UM 120 0,94 112,8

PARAFUSO HEXAGONAL M8X30 -0042-68325-0000 300 0,75 225

PORCA M10 e M8 INOX A2 250 0,49 122,5

Projeto 1 9.000,00 9.000,00

Custo de Instalação 1 10.000,00 10.000,00

Total 200.000,00

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50

prazo são indispensáveis para uma comparabilidade do real valor monetário, a

utilização de taxas de descontos e riscos de atratividade dos sócios sobre o capital

(FREZZATI et al., 2012, p.23).

O crescimento do consumo residencial está diretamente ligado ao maior

acesso da população ao uso de eletrodomésticos, como ar-condicionado, o aumento

do consumo residencial é consequência das políticas de transferência de renda

adotada pelo Governo Federal (OLIVEIRA, 2002). No cenário dois, sendo a

residência, apresenta-nos o seguinte valor na instalação do sistema fotovoltaico, na

ilustração 4 a seguir.

Ilustração 4 – Tabela de equipamentos do sistema fotovoltaico Residência Fonte: Metalúrgica Fratelli.

Para a ilustração 4, deve-se buscar uma análise precisa e coerente com a

realidade, com esse cenário, o investidor investiu um valor de R$ 17.0975,00, para

instalação do sistema fotovoltaico como é apresentado. A viabilidade da instalação,

que poderá definir se o investidor irá ou não concretizar o investimento, deve ser

feita levando-se em consideração os custos e impostos da instalação e

funcionamento do sistema.

Na análise econômica deve-se levar em consideração o custo do investimento

para que possa ser calculado um retorno financeiro mais perto da realidade. Os

custos de implantação estão relacionados à compra de materiais e a mão de obra

especializada da instalação e configuração do sistema.

Descrição U.M. Qtd Preço R$ Valor R$

Modulo PANDA 60 - YL270C-30b cad 9 760 6.840,00

Inverter FRONIUS GALVO 2.5-1 cad 1 4.800,00 4.800,00

Conjunto - Q. Inversor N1VV-K

2x(1x4)M 30 4,5 135

Conjunto - Q. Inversor N1VV-K

2x(1x4)M 30 4,5 135

Q. Inversor - Q. Medição

FG7OH2R 0.6/1 kV 3G6M 5 4,5 22,5

STRING BOX DC FV 1000V 1

CORDAS FratelliPç 1 1.200,00 1.200,00

PERFIL ALUMINIO Fratelli 2,15M Pç 9 34 306

EMENDA PERFIL Pç 4 12,5 50

TERMINAL FINAL Fratelli Pç 16 5 80

TERMINAL INTERMEDIARIO

FratelliPç 4 5,4 21,6

Suporte para telha de barro Pç 16 32 512

Projeto 1 2.000,00 2.000,00

Custo de Instalação 1 1.872,90 1.872,90

Total 17.975,00

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51

Para a análise do investimento foi realizado um estudo, na qual iremos

apresentar no item 3.3 onde iniciaremos com o ano de 2015, e ainda não está

instalado o sistema Fotovoltaico, vai nos mostrar o consumo e o valor pago da fatura

de energia sem o sistema e com o sistema sendo dados reais.

3.3 BENEFÍCIOS LÍQUIDOS ANUAIS PROPORCIONADOS PELA IMPLANTAÇÃO

DO SISTEMA

O grande benefício do sistema solar fotovoltaico não polui durante seu uso,

sendo que a poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para

a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de

controle existentes atualmente.

As centrais necessitam de manutenção mínima, os painéis solares são a cada

dia mais potentes, ao mesmo tempo em que seu custo vem decaindo, isso torna

cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável. Em países

tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em, praticamente, todo

o território e, em locais longe dos centros de produção energética sua utilização

ajuda a diminuir a procura energética, nestes e, consequentemente, a perda de

energia que ocorreria na transmissão.

Para pesquisa do cenário um, foi elaborado uma tabela com os dados reais

do ano de 2015 com a fatura de energia, sem o sistema conforme nos apresenta na

ilustração 5 conforme apresentado.

Ilustração 5 – Dados da Fatura RGE 2015-Posto São Paulo Fonte: Metalúrgica Fratelli.

1 2 3 4 = (2x3) 5 6

7 =

(4+5+8+9+10

)

8 9 1011 =

((8+9+10)x7)

12 =

(4+5+6+8+9+

10)

13 = 12 / 2

ICMS 25% Pis 1.11% Cofins 5.12%TOTAL TRIB

%

Jan 5917 0,46 2.707,61 325,43 303,29 4.410,40 1.102,60 48,95 225,81 31,2% 4.713,69 0,80

Fev 5669 0,46 2.594,12 311,79 290,58 4.225,54 1.056,39 46,90 216,35 31,2% 4.516,12 0,80

Mar 5736 0,46 2.624,78 315,47 294,01 4.275,48 1.068,87 47,46 218,90 31,2% 4.569,49 0,80

Abr 5030 0,46 2.301,72 276,64 257,82 3.749,25 937,31 41,61 191,96 31,2% 4.007,07 0,80

Mai 4752 0,46 2.174,51 261,35 243,57 3.542,03 885,51 39,31 181,35 31,2% 3.785,61 0,80

Jun 3581 0,46 1.638,66 196,95 183,55 2.669,20 667,30 29,63 136,66 31,2% 2.852,75 0,80

Jul 3977 0,46 1.819,87 218,73 203,85 2.964,37 741,09 32,90 151,77 31,2% 3.168,22 0,80

Ago 3852 0,45 1.721,07 206,86 192,78 2.803,44 700,86 31,12 143,53 31,2% 2.996,22 0,78

Set 3884 0,45 1.735,37 208,57 194,39 2.826,73 706,68 31,38 144,73 31,2% 3.021,12 0,78

Out 4044 0,45 1.806,86 217,17 202,39 2.943,18 735,79 32,67 150,69 31,2% 3.145,57 0,78

Nov 4542 0,45 2.029,37 243,91 227,32 3.305,61 826,40 36,69 169,25 31,2% 3.532,93 0,78

Dez 4230 0,45 1.889,96 190,35 208,03 3.002,31 750,58 30,62 140,80 30,7% 3.210,34 0,76

Soma Média Soma Porcentagem Porcentagem Soma Soma Soma Soma Média Soma Média

55214 0,45 25.043,90 12,02% 11,2% 40.717,54 10.179,39 449,24 2.071,80 31,2% 43.519,13 0,79

Dados RGE 2015 Posto São PauloConsumo geral

Valor médio

pago pelo

kW/h direto

(R$)

Valor Conta

R$

Resultado do

ano

Periodo (Mês

de

pagamento)

ConsumoCusto médio

kW/h (R$)

Energia

Ativa (R$)

Bandeira

tarifaria

(R$)

CIP -

Iluminação

Publica (R$)

Base de

calculo

Tributação

(R$)

Custo Tributação (R$)

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52

Segundo exposto na ilustração 5, apresenta o consumo de energia mensal no

ano 2015, em KW/h sendo da energia ativa, com a bandeira vermelha (condição

mais custosa de energia sofre um adicional) e iluminação pública, num total pago no

ano de 2015 de R$ 43.519,53 (quarenta e três mil quinhentos e dezenove mil reais e

treze centavos). Na tabela, apresenta-se uma tributação em média dos impostos de

31,2% mensal sendo, 25% de ICMS, 1,11% de PIS, e COFINS 5,12%.

Para definir a potência do sistema do posto São Paulo e para os demais

clientes, a empresa utiliza um software profissional de dimensionamento, mas

também, pode ser utilizado calculadores específicos desenvolvidos, para

dimensionamento de sistemas fotovoltaicos e disponibilizadas gratuitamente na

internet. Outra forma rápida de análise, é calcular a média de consumo dos últimos

12 meses, dividi-lo por 30 dias e dividi-lo novamente pela quantidade de horas de

insolação média local, considerou - se 4,5 horas.

Na análise do ano 2016 do Posto São Paulo, já com o sistema instalado de

35kWp, composto por 140 painéis fotovoltaicos de 250Wp/cada, e, é possível que o

sistema forneça mês a mês, em média, a energia apresentada, na ilustração 6

abaixo mostra os dados reais, do sistema fotovoltaico.

Ilustração 6 – Dados da Fatura RGE 2016-Posto São Paulo Fonte: Fatura de luz RGE

(**) Para concluir o estudo, os dados dos meses de Novembro e Dezembro

foram copiados do mês de Outubro.

➢ 49436 - 17480 = 31956

Consumo de energia – Consumo Contemporâneo= Consumo mensal (Custo em kW/h)

1 2 3 4 = (2-3) 5 6 = (3-5-21) 7 = (2+6) 8 9

Jan 3035 834 2201 2588 1754 4789 0,77 1.356,04

Fev 3248 893 2355 2861 1968 5216 0,73 1.451,21

Mar 2702 2640 62 4564 1924 4626 0,69 1.192,86

Abr 3342 1110 2232 2507 1397 4739 0,68 1.493,21

Mai 2516 1297 1219 2727 1430 3946 0,69 1.124,15

Jun 2089 1973 116 3553 1580 3669 0,67 907,20

Jul 2583 2458 125 3697 1239 3822 0,64 1.073,21

Ago 2489 2489 0 4210 1386 3875 0,67 1.034,15

Set 2125 2125 0 5015 1622 3747 0,68 882,92

Out 2609 2609 0 4337 1060 3669 0,66 1.084,01

Nov (**) 2609 2609 0 4337 1060 3669 0,66 1.084,01

Dez (**) 2609 2609 0 4337 1060 3669 0,66 1.084,01

Soma Soma Soma Soma Soma Soma Média Soma

31956 23646 8310 44733 17480 49436 0,68 13.766,99

Dados RGE 2016 - Posto São Paulo

Resultado do

ano

Energia

Comprada

RGE

(*) Custo

médio kW/h

(R$)

(Dados da

Conta)

Consumo

contemporan

eo (Dados

Conta e

Inversor)

Periodo =

(Mês de

pagamento)

Componentes do consumo KWh Mês 2016

Consumo

mensal

(Dados Conta)

Consumo Total

de energia

Energia

Compensada

(Dados Conta)

Produção

Total KW/h

mês (Dados

do inversor)

Energia Ativa

(R$) (Dados

Conta)

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53

Através deste cálculo temos o consumo mensal em kWh, na ilustração 6

conforme anexo C, apresenta os dados do consumo em kWh que houve, no ano até

o mês de outubro 2016 com dados reais. Nos meses de novembro e dezembro é

uma prospecção, sem os impostos, pois ainda não temos os valores das faturas.

• O consumo mensal - é de consumo em kwh, esta informação está na

fatura. Soma total do ano de (31956 kwh)

• A energia compensada - o Sistema de Compensação é definido na REN

482/2012 como um arranjo onde o excedente de energia gerado pelas

unidades consumidoras é injetado na rede da distribuidora, gerando

assim, créditos em energia (kWh) na próxima fatura. Este crédito pode ser

compensado no prazo de até 36 meses, caso a unidade geradora injete

mais energia na rede do que consumir, será cobrado, no mínimo, o valor

referente ao custo de disponibilidade para o consumidor. Soma total do

período de (23646 kWh)

• A energia comprada - é a energia que deve ser comprada da RGE, pois

ainda não consegue produzir para suprir as necessidades de consumo,

nos meses iniciais ainda houve essa compra, nos meses finais da tabela

não foi mais necessário. Soma total (8310 kWh)

• Produção total do inversor - é a energia total produzida pelo sistema

fotovoltaico, o inversor possui um software capaz de registrar os dados e

eventos que acontecem durante o processo de conversão da energia dos

painéis até o uso na rede, e pode ser monitorado em tempo real no

próprio equipamento, ou através de aplicativo web chamado Solar Web

disponibilizado pelo fabricante do equipamento. Soma total de

(44733kw/h)

• Consumo contemporânea - é a energia consumida in loco, na qual é

descontada do total produzido no mês, mas não registrado pelo medidor

da concessionária, “(a produção total de energia do mês) – (o registrado

na fatura)” na qual vai nos dar o resultado da energia contemporânea,

conforme nos mostra a tabela acima. Soma total de (17480kWh)

• Consumo Total de Energia - a energia que foi gasta em todo o ano de

2016 (Total 49436 kWh)

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54

• O custo em KWh - esse custo vem na fatura de energia, sem os impostos

adicionais. (R$0,68 média)

• Energia Ativa - é o valor do consumo mensal no qual apresenta a futura x

o custo em kWh. Soma Total (R$ 13.766,99).

Em continuação a ilustração 6 acima, apresenta-se na ilustração 7 abaixo, o

gasto em tributação e valores monetários pagos à RGE.

Ilustração 7 - Dados da Fatura RGE 2016 Fonte: Faturas de Energia RGE

(**) Para concluir o estudo, os dados dos meses de Novembro e Dezembro

foram copiados do mês de Outubro.

No Brasil, os tributos estão embutidos no preço dos bens e serviços, e são

cobrados de forma compulsória para assegurar os recursos para que o Poder

Público desenvolva suas atividades. Como visto, a ANEEL determina o preço das

tarifas e, com esses valores, as distribuidoras adicionam os tributos, recolhendo-os e

repassando aos cofres públicos (BEHENCK, 2011).

Como se observa na ilustração 7 e no anexo C, nos traz os valores pagos e

seus tributos no ano 2016, abaixo é detalhada cada uma das colunas.

➢ Base de cálculo; diante dessa base é calculado o valor dos impostos, esta

base na conta de energia. (Total R$ 21.888,04)

➢ ICMS; Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços. (Total

R$6.564,18)

➢ PIS; Programa de Integração Social. (Total R$203,75)

1 10 11 12 13 14 15 1617 =

(9+11+12+13+14+

15+16)

18 19 = (3X8) 20 = (17-18-19) 21

ICMS (R$) Pis (R$) Cofins (R$)

Jan 2.321,80 685,27 25,59 118,33 101,05 149,26 - 2.435,54 36,85 372,63 2.026,06 0

Fev 2.359,09 716,73 26,75 123,75 70,65 154,87 - 2.543,96 39,45 398,99 2.105,51 0

Mar 1.853,71 556,11 12,79 59,14 1,54 126,40 17,10 1.965,94 69,21 1.179,55 717,18 0

Abr 2.266,56 679,97 17,00 76,38 - 149,32 - 2.415,88 31,01 495,95 1.888,92 0

Mai 1.730,00 519,00 15,40 71,45 - 112,42 - 1.842,42 44,76 579,50 1.218,16 0

Jun 1.391,64 417,49 11,97 54,97 - 90,72 - 1.482,35 258,79 856,83 366,74 0

Jul 1.646,27 493,89 14,15 65,02 - 107,32 - 1.753,59 320,17 1.021,27 412,15 0

Ago 1.679,47 503,85 17,97 81,96 - 107,50 45,00 1.790,43 348,39 1.034,15 407,89 335

Set 1.439,06 431,72 14,82 68,07 - 92,44 45,00 1.534,97 293,94 882,92 358,11 1268

Out 1.733,48 520,05 15,77 72,12 - 112,55 41,54 1.846,04 345,53 1.084,00 416,51 668

Nov (**) 1.733,48 520,05 15,77 72,12 60,00 112,55 41,54 1.846,04 345,53 1.084,00 416,51

Dez (**) 1.733,48 520,05 15,77 72,12 60,00 112,55 41,54 1.846,04 345,53 1.084,00 416,51

Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma

21.888,04 6.564,18 203,75 935,43 293,24 1.427,90 231,72 23.303,21 2.479,16 10.073,80 10.750,25 2271

Dados RGE 2016 - Posto São PauloComponentes do Custo de consumo R$/kWh Mês 2016

Energia

compensada (R$) -

RGE devolve

VALOR DA

CONTA R$ (Dados

Conta)

Saldo Energia

Excedente em

kW/h mês

(Dados Conta)

Periodo = (Mês

de pagamento)

Credito

Financ. Tributos

sobre energia

compensanda

(R$)

Custo Tributação (Dados Conta) Custo Disponib.

rede em kW/h

(R$) (Dados

Conta)

Resultado do

ano

Adicional

Bandeira (R$)

(Dados Conta)

CIP - Iluminação

Publica (R$)

(Dados Conta)

TOTAL (R$)

Base de calculo

(R$)

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55

➢ COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. (Total

R$935,43)

➢ ADICIONAL DA BANDEIRA; Sistema de Bandeiras Tarifárias (Total R$

293,24)

➢ ILUMINAÇÃO PÚBLICA; Iluminação paga mensamente (Total R$

1.427,90)

➢ CUSTO DISPONIBILIDADE ENERGIA ENJETADA - Quando não

consome energia da rede da RGE. (Total R$ 231,72)

➢ TOTAL DO CUSTO DA CONTA; sem os créditos (Total R$ 23.303,21)

➢ CRÉDITO FINANCEIRO TRIBUTOS - Devolução quando é cobrado os

impostos (Total R$ 2.479,16)

➢ ENERGIA COMPENSADA; Energia que a RGE devolve em valores.

(Total R$10.073,80)

➢ VALOR DA CONTA; Valor que o cliente pagou para RGE (Total R$

10.750,25)

➢ SALDO DE ENERGIA EXCEDENTE; Sobra de energia para o próximo

mês. (Total 2271 kWh)

Como nos mostra o quadro acima, o valor do cálculo da fatura a ser paga, é o

item na tabela 20 = (17-18-19)

Neste quadro, mostra-nos os valores pagos com os devidos impostos e como

está decaindo os mesmos, de Janeiro a Maio, a tarifa sofria incidência de ICMS

normal sobre a geração, a partir de Junho, a tarifa de ICMS foi isentada a exemplo

de PIS e COFINS, e foi possível notar a significativa redução no resultado final com

o sistema.

Os incentivos à geração distribuída aumentam à medida que as melhorias e

potenciais benefícios de seu uso, entre os benefícios, destacam se: o baixo impacto

ambiental, a redução do carregamento das redes, a redução de perdas em

transmissão. Como o interesse de implantação do sistema é do consumidor, cabe a

ele calcular e analisar a relação custo/benefício para a instalação.

Demonstra-se na ilustração 8 uma comparação do ano de 2015, se o sistema

já estivesse instalado e seus valores monetários, com o consumo em kWh de 2015.

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Ilustração 8 - Dados da Fatura RGE 2016 Fonte: Faturas de Energia RGE 2015 e 2016

(**) Para concluir o estudo, os dados dos meses de Novembro e Dezembro

foram copiados do mês de Outubro.

Nesta tabela da ilustração 8, apresenta-nos o consumo em kWh em 2015, o

valor pago na fatura, a o valor pago se o sistema estivesse instalado, isso nos

apresenta uma grande diferença, que nos mostra uma economia. Essa economia

seria de R$31.343,57 (trinta e um mil quinhentos e cinquenta e nove reais e oitenta

sete centavos).

O cálculo considerou os valores pagos na fatura nos anos de 2015 e 2016,

divididos pela consumo total de kWh nos meses respectivos, resultando assim, em

um valor médio direto, do custo do kWh para cada situação, onde em 2015 o valor

pago na fatura foi dividido pela quantidade de kWh consumidos e resultou no valor

médio de R$0,79 por kWh , a mesma metodologia foi utilizada para calcular o mês a

mês do ano de 2016 resultando em um valor médio de R$0,40 por kWh consumidos

nos primeiros meses, e R$0,11 por kWh no restante do ano. A diferença se deve

pela isenção de ICMS sobre a microgeração em vigor, a partir de junho de 2016.

Essa técnica é utilizada por proprietários de sistemas e técnicos da empresa,

para comparar de forma rápida, o resultado financeiro mensal obtido com ou sem o

sistema.

A seguir, apresenta-se um gráfico conforme, ilustração 9 que mostra os

valores pagos em 2015 sem o sistema e se estivesse o sistema.

1 22 23 24 25 = 20/7 26 27

Jan 5.917 0,797 4.713,69 0,423 2.503,54 2.210,15

Fev 5.669 0,797 4.516,12 0,404 2.288,51 2.227,61

Mar 5.736 0,797 4.569,49 0,155 889,29 3.680,21

Abr 5.030 0,797 4.007,07 0,399 2.004,74 2.002,33

Mai 4.752 0,797 3.785,61 0,309 1.466,98 2.318,63

Jun 3.581 0,797 2.852,75 0,100 357,93 2.494,82

Jul 3.977 0,797 3.168,22 0,108 428,83 2.739,39

Ago 3.852 0,778 2.996,22 0,105 405,43 2.590,80

Set 3.884 0,778 3.021,12 0,096 371,23 2.649,88

Out 4.044 0,778 3.145,57 0,114 459,08 2.686,48

Nov (**) 4.542 0,778 3.532,93 0,114 517,79 3.015,14

Dez (**) 4.230 0,759 3.210,34 0,114 482,22 2.728,12

Soma Média Soma Média Soma Soma

55214 0,79 43.519,13 0,203R$ 12.175,55 31.343,57

Periodo (R$) =

(Mês de

pagamento)

Resultado do

ano

Dados RGE 2015 / 2016

Comparativo / Resultado R$ 2015 (Com ou Sem sistema)

Consumo

kW/h 2015

Valor médio

pago pelo

kW/h 2015

direto (R$)

PAGO 2015

S/SISTEMA

(R$)

Valor médio

pago pelo

kW/h 2016

direto (R$)

PAGARIA

2015

C/SISTEMA

(R$)

ECONOMIA

DO SISTEMA

(R$)

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57

Ilustração 9 - Gráfico comparativo 2015/2016 Fonte: Faturas de Energia RGE 2015 e 2016

No gráfico da ilustração 9, nos mostra uma grande diferença sem o sistema e

com o sistema instalado. Em azul, apresenta o valor pago para RGE sem o sistema

e em vermelho, o valor que seria pago caso o sistema estivesse instalado, e em

verde o cálculo de um menos o outro, demostrando como é grande a diferença. Para

Fonseca, a tomada de decisão quanto a um projeto de investimento passa,

necessariamente, por duas grandes análises: uma análise econômica e uma análise

financeira.” (FONSECA, 2012, p.04).

São demostrados na ilustração 10, o cenário dois, onde iremos apresentar os

dados da RGE em 2015 da residência.

Ilustração 10 - Tabela dados RGE 2015 Residência Mario Diel Fonte: Metalúrgica Fratelli

1 2 3 4 = (2x3) 5 67 =

(4+5+8+9+10)8 9 10

11 =

((8+9+10)x7)

12 =

(4+5+6+8+9+1

0)13 = 12 / 2

ICMS 25% Pis 1,44% Cofins 6,65%TOTAL TRIB

%

Jan 370 0,46 170,90 20,35 17,73 278,10 69,53 3,09 14,24 31,2% 295,83R$ 0,800R$

Fev 439 0,46 202,77 24,15 21,04 329,96 82,49 3,66 16,89 31,2% 351,00R$ 0,800R$

Mar 464 0,46 214,32 25,52 22,24 348,76 87,19 3,87 17,86 31,2% 370,99R$ 0,800R$

Abr 388 0,46 179,22 21,34 18,60 291,63 72,91 3,24 14,93 31,2% 310,23R$ 0,800R$

Mai 242 0,46 111,78 13,31 11,60 181,89 45,47 2,02 9,31 31,2% 193,49R$ 0,800R$

Jun 352 0,46 162,59 19,36 16,87 271,93 67,98 3,92 18,08 33,1% 288,80R$ 0,820R$

Jul 380 0,46 173,89 20,71 18,04 282,96 70,74 3,14 14,49 31,2% 301,00R$ 0,792R$

Ago 360 0,45 160,85 19,15 16,69 261,74 65,44 2,91 13,40 31,2% 278,43R$ 0,773R$

Set 340 0,45 151,91 18,09 15,76 247,20 61,80 2,74 12,66 31,2% 262,96R$ 0,773R$

Out 322 0,45 143,94 17,14 14,93 234,22 58,56 2,60 11,99 31,2% 249,16R$ 0,773R$

Nov 401 0,45 179,17 21,33 18,59 291,55 72,89 3,24 14,93 31,2% 310,14R$ 0,773R$

Dez 528 0,45 235,91 28,09 24,48 383,89 95,97 4,26 19,65 31,2% 408,37R$ 0,773R$

Soma Média Soma Porcentagem Porcentagem Soma Soma Soma Soma Média Soma Média

4586 0,46 2.087,23 12% 10,4% 3.403,85 850,96 38,68 178,43 31,4% 3.620,42 0,79

Va lor médio

pago pelo

kW/h direto

(R$)

Dados RGE 2015 Casa Mario DielConsumo geral

Valor Conta

(R$)

Resultado

do ano

Periodo

(Mês de

pagamento)

ConsumoCusto médio

kW/h (R$)

Energia

Ativa (R$)

Bandeira

tari faria (R$)

CIP -

I luminação

Publ ica (R$)

Base de

ca lculo

Tributação

Custo Tributação (R$)

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58

Na ilustração 10, apresenta-se o consumo de energia mensal no ano 2015,

pelo custo de kWh sendo da energia ativa, somada a bandeira vermelha (condição

mais custosa de energia sofre um adicional) e somada a iluminação pública, num

total pago no ano de 2015 de R$ 3.620,42 (Três mil seiscentos e vinte reais e

quarenta e dois centavos).

Como podemos analisar, a tributação em média, dos impostos de 31,2%

mensal sendo, 25% de ICMS, 1,11% de PIS, e COFINS 5,12, a tabela nos apresenta

um gasto anual de 4.646 kWh.

Na pesquisa, do ano 2015/2016 com o sistema fotovoltaico instalado da

residência, conforme ilustração 11 mostra os dados reais, sendo que temos um

diferencial, pois o sistema foi instalado em outubro de 2015. O sistema é composto

por 9 painéis fotovoltaicos de 270Wp, considerando temperatura, inclinação e

radiação do local de onde os mesmos foram instalados. O sistema fornece mês a

mês, a energia apresentada no quadro abaixo.

Ilustração 11 – Tabela dados RGE 2016-CASA Fonte: Faturas de Energia RGE 2015/2016

(*) Custo médio do KW/h considera a base de cálculo dos impostos e o

consumo total descritos na conta.

(**) Os dados dos meses de Novembro e Dezembro, são dados do final do

ano de 2015, em que o sistema já estava instalado.

➢ 4702 - 1287 = 3415 Kw

Consumo de energia – Consumo Contemporâneo= Consumo mensal *(Custo em kW/h)

1 2 3 4 = (2-3) 5 6 = (3-5-21) 7 = (2+6) 8 9

Jan 332 153 179 365 212 544 0,77 148,34

Fev 293 150 143 264 114 407 0,75 118,30

Mar 250 158 92 255 97 347 0,70 111,71

Abr 267 108 159 185 77 344 0,68 119,29

Mai 308 92 216 141 49 357 0,69 137,62

Jun 307 120 187 180 60 367 0,69 137,17

Jul 318 117 201 182 65 383 0,64 132,12

Ago 296 160 136 230 70 366 0,65 122,98

Set 247 181 66 268 87 334 0,65 102,61

Out 233 196 37 285 89 322 0,68 96,80

Nov (**) 235 149 86 315 166 401 0,71 104,99

Dez (**) 329 136 193 335 199 528 0,75 147,00

Soma Soma Soma Soma Soma Soma Média Soma

3415 1720 1695 3007 1287 4702 0,69 1.478,93

Componentes do consumo KWh Mês 2015/2016

Consumo

mensal (Dados

Conta)

Consumo Total

de energia

Energia

Compensada

(Dados Conta)

Produção Total

KW/h mês

(Dados do

inversor)

Energia Ativa

(R$) (Dados

Conta)

Resultado do

ano

Energia

Comprada RGE

(*) Custo

médio kW/h

(R$) (Dados da

Conta)

Consumo

contemporane

o (Dados Conta

e Inversor)

Periodo = (Mês

de pagamento)

Dados RGE 2016 Casa

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59

Na ilustração 11,conforme anexo B, nos apresenta os dados do consumo em

kwh, que houve no ano 2015, a partir de outubro a dezembro 2015 e de janeiro a

outubro de 2016 com dados reais, sem os impostos.

• O consumo mensal é de consumo em kwh, esta informação está na

fatura. Soma a soma total do ano de (3.415 kwh)

• A energia compensada, o Sistema de Compensação é definido na REN

482/2012 como um arranjo onde o excedente de energia gerado pelas

unidades consumidoras, é injetado na rede da distribuidora, gerando

assim, créditos em energia (kWh) na próxima fatura. Este crédito pode ser

compensado no prazo de até 36 meses, caso a unidade geradora injete

mais energia na rede do que o consumo, será cobrado, no mínimo, o

valor referente ao custo de disponibilidade para o consumidor. Soma Total

do período de (1720 kWh)

• A energia comprada é a energia que deve ser comprada da RGE, pois

ainda não consegue produzir para suprir as necessidades de consumo,

nos meses iniciais ainda houve essa compra, nos meses finais da tabela

não foi mais necessário. Soma Total (1695 kWh)

• Produção total do inversor é a energia total produzida pelo sistema

fotovoltaico, o inversor possui um software capaz de registrar os dados e

eventos que acontecem durante o processo de conversão da energia dos

painéis, até o uso na rede, e pode ser monitorado em tempo real no

próprio equipamento ou através de aplicativo web chamado Solar Web

disponibilizado pelo fabricante do equipamento. Soma total (3007 kWh)

• Consumo contemporâneo é a energia consumida in loco, na qual é

descontada do total produzido no mês, mas não registrado pelo medidor

da concessionária, “(a produção total de energia do mês) – (registradas

na fatura) na qual vai nos dar o resultado da energia contemporânea,

conforme nos mostra a tabela acima. Soma total (1287kWh)

• Consumo de Energia é a energia que a residência consumiu no período

apresentado (4702kWh)

• O custo em kWh esse custo vem na fatura de energia, sem os impostos

adicionais. (R$0,69 média)

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60

• Energia Ativa é o valor do consumo mensal, no qual apresenta a futura x

o custo em kWh. Soma Total (R$ 1489,79).

Em continuação a ilustração 11 acima, apresenta-se a ilustração 12, com os

gastos em tributação e valores monetários pagos à RGE.

Ilustração 12 – Tabela dados RGE 2016-Componenres do custo de consumo Fonte: Faturas de Energia RGE 2016

(**) Os dados dos meses de Novembro e Dezembro, são dados do final do

ano de 2015, em que o sistema já estava instalado.

No referencial apresenta que “a energia solar é considerada uma forma de

energia promissora, que ainda está sendo estudada, porém, seus custos ainda são

muito altos, onde o custo maior, basicamente, é dos painéis fotovoltaicos, do

inversor e o banco de baterias, quando incluso, com a redução anual do custo dos

sistemas solares e a valoração dos custos ambientais e sociais da geração

centralizada, o sistema solar tende a se tornar economicamente competitivo em

curto prazo” (ROSA, 2007). Complementando apresentada na ilustração 12, e no

anexo B,segue os gastos com os devidos impostos e o valor pago da fatura.

➢ Base de cálculo; diante dessa base é calculado o valor dos impostos, esta

base na conta de energia. (Total R$ 2.378,77)

➢ ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços. (Total

R$705,46)

➢ PIS - Programa de Integração Social. (Total R$21,52)

➢ COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.

(Total R$93,90)

1 10 11 12 13 14 15 1617 =

(9+11+12+13+1

4+15+16)

18 1920 = (17-18-

19)21

ICMS (R$) Pis (R$) Cofins (R$)

Jan 254,46 76,47 2,63 12,08 8,05 15,87 - 263,44 10,12 68,36 184,96 0,00

Fev 219,33 65,80 1,90 8,85 7,20 8,90 - 203,75 4,50 67,03 132,22 0,00

Mar 174,53 52,39 1,19 5,49 1,38 9,52 - 181,68 4,27 70,59 106,82 0,00

Abr 181,07 54,32 1,36 6,10 - 8,97 - 190,04 3,02 48,26 138,76 0,00

Mai 211,79 63,54 1,89 8,74 - 13,42 - 225,21 3,18 41,10 180,93 0,00

Jun 211,10 63,33 1,88 8,71 - 13,38 - 224,48 8,75 53,61 162,12 0,00

Jul 202,68 60,80 1,75 8,01 - 12,48 - 215,16 15,23 48,61 151,32 0,00

Ago 192,01 57,61 2,05 9,37 - 8,34 - 200,35 22,40 66,46 111,49 0,00

Set 159,74 47,92 1,65 7,56 - 8,34 - 168,08 25,03 75,19 67,86 0,00

Out 157,40 47,22 1,44 6,55 - 8,34 5,39 165,74 25,96 81,43 58,35 0,00

Nov (**) 166,79 41,70 1,70 7,82 3,87 10,61 - 170,69 18,52 66,57 85,60 0,00

Dez (**) 247,87 74,36 2,08 9,62 8,69 15,87 - 257,62 19,36 60,77 177,49 0,00

Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma Soma

2.378,77 705,46 21,52 98,90 29,19 134,04 5,39 2.466,24 160,34 747,97 1.557,92 -

VALOR DA

CONTA (R$)

(Dados Conta)

Saldo Energia

Excedente em

kW/h mês

(Dados Conta)

Adicional

Bandeira (R$)

(Dados Conta)

CIP -

Iluminação

Publica (R$)

(Dados Conta)

TOTAL (R$)Base de

calculo esta na

conta (R$)

Credito

Financ. (R$)

(Tributos sobre

energia

compensanda)

Custo Tributação (Dados Conta) Custo

Disponib. rede

em kW/h (R$)

(Dados Conta)

Periodo = (Mês

de pagamento)

Resultado do

ano

Componentes do Custo de consumo R$/kWh Mês 2016

Dados RGE 2016 Casa

Energia

compensada

(R$) - RGE

devolve

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61

➢ ADICIONAL DA BANDEIRA; Sistema de Bandeiras Tarifárias (Total R$

29,19)

➢ ILUMINAÇÃO PÚBLICA; Iluminação paga mensamente. (Total R$ 134,04)

➢ CUSTO DISPONIBILIDADE ENERGIA ENJETADA - quando não

consome energia da rede da RGE. (Total R$5,39)

➢ TOTAL DO CUSTO DA CONTA sem os créditos (Total R$ 2.466,24)

➢ CRÉDITO FINANCEIRO TRIBUTOS Devolução quando é cobrado os

impostos. (Total R$ 160,34)

➢ ENERGIA COMPENSADA energia que a RGE devolve em valores. (Total

R$747,97)

➢ VALOR DA CONTA valor que o cliente pagou para RGE (Total R$

1.557,92)

➢ SALDO DE ENERGIA EXCEDENTE sobra de energia para o próximo

mês. (Total 0,00 kWh)

De acordo com exposto na ilustração 13, abaixo apresenta-se um

comparativo entre os anos de 2015 sem o sistema e o 2016 com o sistema, sendo

somente os valores pago em kWh do ano de 2016.

Ilustração 13 – Tabela dados RGE 2016-Comparativo/resultado Fonte: Faturas de Energia RGE 2016

(**) Os dados dos meses de Novembro e Dezembro, são dados do final do

ano de 2015, em que o sistema já estava instalado.

Benedito nos mostra que a análise destes índices de mérito permite a

comparação do desempenho de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

1 22 23 24 25 = 20/7 26 27

Jan 370 0,80 295,83 0,34 125,80 170,03

Fev 439 0,80 351,00 0,32 142,46 208,55

Mar 464 0,80 370,99 0,31 142,72 228,27

Abr 388 0,80 310,23 0,40 156,36 153,87

Mai 242 0,80 193,49 0,51 122,73 70,76

Jun 352 0,82 288,80 0,44 155,38 133,41

Jul 380 0,79 301,00 0,40 150,17 150,83

Ago 360 0,77 278,43 0,30 109,56 168,87

Set 340 0,77 262,96 0,20 69,06 193,90

Out 322 0,77 249,16 0,18 58,35 190,81

Nov (**) 401 0,77 310,14 0,21 85,60 224,54

Dez (**) 528 0,77 408,37 0,34 177,49 230,88

Soma Media Soma Média Soma Soma

4.586 0,79 3.620,42 0,33 1.495,69 2.124,73

Periodo = (Mês

de pagamento)

Resultado do

ano

Dados RGE 2015 / 2016 - Casa

Comparativo / Resultado (R$) - Com ou Sem sistema

Consumo

kW/h 2015

CUSTO kW/h

2015 (R$)

PAGO 2015

S/SISTEMA

(R$)

Valor médio

pago pelo

kW/h 2016

direto (R$)

PAGARIA

2015

C/SISTEMA

(R$)

ECONOMIA

DO SISTEMA

(R$)

Page 63: FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS … · apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, ... Para o país com potencial para a exploração da energia solar ... Sistema

62

operando com diferentes configurações e tecnologias e, em diferentes localidades.

Deste modo, é possível avaliar se um sistema fotovoltaico opera de forma otimizada,

ou se pode ser reconfigurado, de modo a maximizar sua eficiência (BENEDITO,

2009). Como apresenta na ilustração 13, caso o sistema estivesse instalado no ano

de 2015 havia uma grande economia de R$ 2.124,73 (Dois mil cento e vinte e quatro

reais e setenta três centavos) que seria pago a menos, na fatura anual do ano de

2015, caso o sistema tivesse instalado.

No gráfico da ilustração 14 será mostrado a diferença entre ambos.

Ilustração 14 - Gráfico Comparativo entre 2015 real e Prospecção Fonte: Faturas de Energia RGE 2016

O empreendimento precisa ser, antes de tudo, muito bem analisado e

avaliado, pois ele pode apresentar algumas variáveis como: riscos ou um tempo de

retorno de investimento mais demorado. De acordo com Braga, no momento em que

a organização estiver disposta a realizar investimentos com um risco e tempo de

retorno maior, a fonte de financiamento mais adequada para uma organização, é o

financiamento com capital próprio (BRAGA, 2013).

Na ilustração 14 o gráfico apresenta em azul, o valor pago sem o sistema, no

vermelho o valor pago com o sistema que nos mostra uma grande diferença entre

ambos, no verde a economia gerada.

É fundamental que antes de fazer qualquer investimento, se faça a análise

das opções disponíveis, independente se o mesmo for para aquisição de

máquinas/equipamentos, levando em consideração aspectos importantes como a

taxa de retorno esperada e a escolha do prazo do investimento.

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63

3.4 RETORNO TEMPORAL, ECONÔMICO E FINANCEIRO DO INVESTIMENTO

REALIZADO

Para realizar estudos de viabilidades para sistemas fotovoltaicos de modo

geral, deve-se sempre recorrer a uma análise econômica que representa os ganhos

financeiros do projeto, ter conhecimento da remuneração prevista em lei, aplicável à

dimensão da planta fotovoltaica em estudo.

Os principais indicadores econômicos para análise de projetos, como esses, o

Payback, descontado, VPL (Valor Presente Líquido) e o TIR (Taxa Interna de

Retorno). Conforme o estudo no cenário um, apresenta no quadro abaixo o valor

projetado para ser pago sem o equipamento nos próximos 25 anos.

Ao observar a ilustração 15 é apresentado, primeiramente, sem o

equipamento fotovoltaico, no Posto de Combustível.

Ilustração 15 - Tabela Gasto projetado sem instalação do equipamento-Posto São Paulo Fonte: Dados de 2016 da fatura RGE (prospecção)

Desta maneira a ilustração 15, nos apresenta os próximos 25 anos fazendo

uma prospecção sem a instalação do sistema Fotovoltaico. A taxa de consumo de

1% foi a estimativa de crescimento do consumo em relação ao consumo total em

kW/h, sendo base, o ano de 2016.

1 2 5 = 3 X 4

ANO ANO

(*) %

Crescimento

(Consumo)

CONSUMO EM

KW/h

(**) %

Crescimento

(Custo

KW/h)

VALOR MÉDIO

DO kWh (R$)

(INCLUINDO

TRIBUTOS SEM

MICROGERAÇ

ÃO) Dados

Contas

VALOR A SER

DESEMBOLSADO

PARA QUITAR A

CONTA DE

ENERGIA

INCLUINDO (R$)

TRIBUTOS SEM

MICROGERAÇÃO

Real 2016 0% 49436 6,5% 0,683 33.748,06

2 2017 1,0% 49436 6,5% 0,727 35.941,68

3 2018 1,0% 49930 6,5% 0,774 38.660,67

4 2019 1,0% 50430 6,5% 0,825 41.585,35

5 2020 1,0% 50934 6,5% 0,878 44.731,28

6 2021 1,0% 51443 6,5% 0,935 48.115,20

7 2022 1,0% 51958 6,5% 0,996 51.755,11

8 2023 1,0% 52477 6,5% 1,061 55.670,39

9 2024 1,0% 53002 6,5% 1,130 59.881,85

10 2025 1,0% 53532 6,5% 1,203 64.411,92

11 2026 1,0% 54067 6,5% 1,281 69.284,68

12 2027 1,0% 54608 6,5% 1,365 74.526,06

13 2028 1,0% 55154 6,5% 1,453 80.163,96

14 2029 1,0% 55706 6,5% 1,548 86.228,36

15 2030 1,0% 56263 6,5% 1,649 92.751,54

16 2031 1,0% 56825 6,5% 1,756 99.768,19

17 2032 1,0% 57394 6,5% 1,870 107.315,66

18 2033 1,0% 57968 6,5% 1,991 115.434,09

19 2034 1,0% 58547 6,5% 2,121 124.166,68

20 2035 1,0% 59133 6,5% 2,259 133.559,88

21 2036 1,0% 59724 6,5% 2,405 143.663,69

22 2037 1,0% 60321 6,5% 2,562 154.531,85

23 2038 1,0% 60925 6,5% 2,728 166.222,18

24 2039 1,0% 61534 6,5% 2,906 178.796,89

25 2040 1,0% 62149 6,5% 3,095 192.322,88

3 4

GASTO PROJETADO SEM A INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO ANUAL - Posto

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64

Para a revista Exame, a demanda mundial de energia aumentará em 37% até

2040, de acordo com o nosso cenário, embora o crescimento demográfico e

econômico vá consumir menos energia do que antes”, alerta a AIE, com sede em

Paris, no estudo prospectivo. Assim, “o crescimento da demanda mundial [de

energia] será reduzido, passando de uma taxa superior a 2% ao ano, nas duas

últimas décadas, para cerca de 1% anual, indica a AIE. (Revista exame novembro

2014).

A taxa de inflação que foi estipulada pelo IPCA (Índice de preço ao

consumidor) sendo a média de inflação dos últimos 10 anos que nos apresenta uma

inflação de 6,5%, essa inflação foi calculada sobre o preço pago em relação ao

consumo mensal kWh. Segue abaixo a ilustração16 do IPCA dos últimos 10 anos.

IPCA - Todos valores

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado anual

2015 1,24 1,22 1,32 0,71 0,74 0,79 0,62 0,22 0,54 0,82 1,01 0,96 10,67 2014 0,55 0,69 0,92 0,67 0,46 0,40 0,01 0,25 0,57 0,42 0,51 0,78 6,40 2013 0,86 0,60 0,47 0,55 0,37 0,26 0,03 0,24 0,35 0,57 0,54 0,92 5,91 2012 0,56 0,45 0,21 0,64 0,36 0,08 0,43 0,41 0,57 0,59 0,60 0,79 5,84 2011 0,83 0,80 0,79 0,77 0,47 0,15 0,16 0,37 0,53 0,43 0,52 0,50 6,50 2010 0,75 0,78 0,52 0,57 0,43 0,00 0,01 0,04 0,45 0,75 0,83 0,63 5,91 2009 0,48 0,55 0,20 0,48 0,47 0,36 0,24 0,15 0,24 0,28 0,41 0,37 4,31 2008 0,54 0,49 0,48 0,55 0,79 0,74 0,53 0,28 0,26 0,45 0,36 0,28 5,90 2007 0,44 0,44 0,37 0,25 0,28 0,28 0,24 0,47 0,18 0,30 0,38 0,74 4,46 2006 0,59 0,41 0,43 0,21 0,10 -0,21 0,19 0,05 0,21 0,33 0,31 0,48 3,14 2005 0,58 0,59 0,61 0,87 0,49 -0,02 0,25 0,17 0,35 0,75 0,55 0,36 5,69

Ilustração 16 - Tabela IPCA Fonte: IPCA -ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC efetua a

produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor, tendo como

unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços,

concessionária de serviços públicos e domicílios, conforme ilustração 16 nos mostra

a inflação dos últimos dez anos, sendo o inicial em 2005 a 2015, foi feito uma média

entre os anos dessa inflação na qual foi usada para prospecção dos próximos 25

anos.

Através da ilustração 17 em continuidade a ilustração 15, apresenta-nos uma

projeção dos últimos 25 anos com a instalação do sistema fotovoltaico.

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65

Ilustração 17 - Tabela Gasto/Beneficio projeto com a instalação do equipamento anual Fonte: Dados da fatura de 2016 RGE

Com base na ilustração 17, analisou-se uma redução no valor pago da

energia com o sistema fotovoltaico em comparação ao mesmo período sem o

sistema. A energia produzida foi estimada pelo Software Solergo (Software de

Dimensionamento Fotovoltaico Profissional), com base nos dados do projeto

definido com o cliente.

O consumo a ser compensado pela RGE, com base no índice de crescimento

de consumo, no qual foi explicado acima sobre o consumo real de 2016. O valor

médio do kWh não possui impostos e a bandeira tarifária, os gastos com

manutenção é um cálculo médio dos gastos com a limpeza e gastos com alguma

reposição de componentes do quadro de proteções, já o valor médio a ser

desembolsado para quitar a conta de energia, é a soma dos gastos citados, sendo

valor pago para a RGE. A ilustração 19 abaixo, nos mostra o custo anual sem o

sistema.

6 = 1 7 = 2 8 9 10 11 = 3 12 = (11 - 10 - 09) 13 14 15 16 = (12*13) + 14+15

ANO ANO

Energia

produzida

[kWh] (Software

Solergo)

Consumo

contemp.

energia

prod.

[kWh]

KW A

SEREM

COMPENS

ADOS PELA

A RGE

(Receita)

CONSUMO

EM KW/h

KW A SEREM

COMPRADOS

DA RGE

(Debito)

VALOR

MÉDIO DO

kWh (R$)

SEM

TRIBUTAÇÃ

O Dados

Contas

VALOR DOS

TRIBUTOS NA

CONTA DE

ENERGIA (R$)

(Média

25,2%)

GASTOS COM

MANUTENÇÃO

(R$)

(Acrescidos

da Imflação

média)

VALOR A SER

DESEMBOLSADO

PARA QUITAR A

CONTA DE ENERGIA

(R$) INCLUINDO

TRIBUTOS E

MANUTENÇÃO COM

MICROGERAÇÃO

1 2016 44733 17480 23646 49.436 8.310 0,43 7.177,06 600,00 11.350,36

2 2017 50050 19970 30080 49.436 614- 0,46 3.471,34 639,00 3.829,16

3 2018 49643 19857 29786 49.930 287 0,49 3.660,82 680,54 4.481,46

4 2019 49236 19694 29542 50.430 1.193 0,52 3.866,82 724,77 5.211,49

5 2020 48829 19532 29298 50.934 2.105 0,55 4.084,13 771,88 6.020,26

6 2021 48423 19369 29054 51.443 3.021 0,59 4.313,37 822,05 6.915,03

7 2022 48016 19206 28809 51.958 3.942 0,63 4.555,12 875,49 7.904,08

8 2023 47609 19043 28565 52.477 4.869 0,67 4.810,08 932,39 8.995,88

9 2024 47202 18881 28321 53.002 5.800 0,71 5.078,96 993,00 10.199,79

10 2025 46795 18718 28077 53.532 6.737 0,76 5.362,45 1.057,54 11.526,31

11 2026 46388 18555 27833 54.067 7.680 0,81 5.661,35 1.126,28 12.986,39

12 2027 45981 18392 27589 54.608 8.627 0,86 5.976,46 1.199,49 14.592,11

13 2028 45574 18230 27344 55.154 9.580 0,92 6.308,60 1.277,46 16.356,82

14 2029 45167 18067 27100 55.706 10.539 0,98 6.658,67 1.360,49 18.294,52

15 2030 44760 17904 26856 56.263 11.503 1,04 7.027,60 1.448,92 20.420,75

16 2031 44353 17741 26612 56.825 12.472 1,11 7.416,33 1.543,10 22.752,35

17 2032 43946 17579 26368 57.394 13.447 1,18 7.825,95 1.643,41 25.307,20

18 2033 43540 17416 26124 57.968 14.428 1,25 8.257,49 1.750,23 28.105,19

19 2034 43133 17253 25880 58.547 15.415 1,34 8.712,00 1.863,99 31.167,99

20 2035 42726 17090 25635 59.133 16.407 1,42 9.190,79 1.985,15 34.517,98

21 2036 42319 16927 25391 59.724 17.405 1,52 9.694,93 2.114,19 38.181,17

22 2037 41912 16765 25147 60.321 18.410 1,61 10.225,82 2.251,61 42.184,01

23 2038 41505 16602 24903 60.925 19.420 1,72 10.784,72 2.397,96 46.556,45

24 2039 41098 16439 24659 61.534 20.436 1,83 11.373,15 2.553,83 51.329,66

25 2040 40690 16276 24414 62.149 21.459 1,95 11.992,19 2.719,83 56.540,37

GASTO/BENEFICIO PROJETADO COM A INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO ANUAL - Posto

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66

Ilustração 18 - Gráfico custo anual com e sem sistema Fonte: Dados da fatura de 2016 RGE

Ao efetuar a análise referente a ilustração 18, o gráfico apresenta em

vermelho o valor que seria pago com o sistema fotovoltaico e, em azul, o valor sem

o sistema, na qual nos mostra uma expressiva diferença.

Com a elaboração de um projeto de viabilidade econômico-financeira, têm-se

condições de tomar uma decisão segura através da junção de informações

confiáveis. Para Fonseca: “Um projeto de viabilidade econômico-financeira pode ser

definido como um conjunto de informações que, quando reunidas, possibilitam a

tomada de decisão de se alocar ou não recursos em determinado negócio.”

(FONSECA, 2012, p.03).

As características do projeto apresentam diferentes tipos de indicadores de

viabilidade econômico-financeira que foram utilizados. Neste estudo, que objetiva

analisar a viabilidade econômico-financeira da energia solar fotovoltaica serão

analisados o payback descontado o valor presente líquido, a taxa interna de retorno

e o valor anual uniforme equivalente. A ilustração 19 em continuação a ilustração 17,

mostra-nos os valores projetados com o sistema, nos próximos 25 anos.

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67

Ilustração 19 - Fluxo de Caixa Operacional Posto Fonte: Elaborado pelo autor

Apurado o fluxo de caixa na ilustração 19 com base no retorno da instalação

do sistema, visto que, o fluxo de caixa se calcula no valor recebido de volta o que

não será cobrado, pois o sistema gera a energia consumida. Para Zdaniwiz, o fluxo

de caixa tem como objetivo básico, a projeção das entradas e das saídas de

recursos financeiros para determinado período, visando detectar a necessidade de

captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis

das empresas. (ZDANOWICZ, 1991, p. 24).

Conforme foi abordado no referencial, Zot nos apresenta que a TMA:

Também pode ser interpretada como o custo de oportunidade de capital. Se, a um determinado projeto de investimento, existe um projeto alternativo que remunera o investidor a uma certa taxa, ele vai exigir, no mínimo, esta mensagem taxa de retorno para o investimento que irá empreender, pois, caso contrário, estará deixando de receber o retorno daquele projeto alternativo não escolhido. (ZOT, 2008, p. 16).

17 = 1 18 = 2 19 = 5-16 20 21 22

ANO ANO

Lucro

Nominal (R$)

(VF)

TMA%Valor

Presente (R$)

(VP)

Saldo do

Investimento

(R$)

0 2015 - 200.000,00

1 2016 22.397,70 9% 20548,34 -179451,66

2 2017 32.112,52 9% 27028,47 -152423,19

3 2018 34.179,21 9% 26392,62 -126030,57

4 2019 36.373,85 9% 25768,15 -100262,41

5 2020 38.711,02 9% 25159,50 -75102,91

6 2021 41.200,17 9% 24566,32 -50536,59

7 2022 43.851,03 9% 23988,02 -26548,57

8 2023 46.674,51 9% 23424,36 -3124,21

9 2024 49.682,07 9% 22875,00 19750,79

10 2025 52.885,61 9% 22339,45 42090,25

11 2026 56.298,29 9% 21817,44 63907,68

12 2027 59.933,95 9% 21308,60 85216,28

13 2028 63.807,14 9% 20812,53 106028,81

14 2029 67.933,84 9% 20328,96 126357,77

15 2030 72.330,79 9% 19857,55 146215,33

16 2031 77.015,84 9% 19397,96 165613,29

17 2032 82.008,45 9% 18949,95 184563,24

18 2033 87.328,90 9% 18513,18 203076,42

19 2034 92.998,68 9% 18087,28 221163,71

20 2035 99.041,90 9% 17672,13 238835,84

21 2036 105.482,52 9% 17267,28 256103,12

22 2037 112.347,84 9% 16872,59 272975,72

23 2038 119.665,73 9% 16487,71 289463,43

24 2039 127.467,23 9% 16112,49 305575,91

25 2040 135.782,50 9% 15746,40 321322,32

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL - Posto

PAYBACK DESCONTADO

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68

Para TMA deste estudo conforme ilustração 20, foi conversando com os

investidores que me passaram que se baseariam a TMA pela poupança, sendo

assim, foi feito uma análise dos últimos 10 anos da taxa de poupança.

Ilustração 20 - Tabela da Poupança dos últimos 10 anos Fonte: http://www.portalbrasil.net/

Ao definir TMA como ilustração 20 acima foi feita uma média dos últimos 10

anos, da taxa da poupança de 2005 a 2015 sendo essa média de 9% assim ficou

definida a taxa da TMA. Sendo assim a ilustração 21, será apresentado o resultado

da TMA, do VPL e da TIR do Posto São Paulo.

POSTO

TMA 9%

VPL R$ 521.322,32

TIR 20,38%

PAYBACK DESCONTADO 8 Anos 2 Meses

Ilustração 21 - Resultado TMA/VPL/TIR Fonte: Elaborado pelo autor

Na ilustração 21 nos mostra uma análise do resultado do investimento. A TMA

é a porcentagem mínima de retorno que um empresário/investidor espera ao realizar

determinado investimento, obter em certo período de tempo. Conforme explicado

acima, a TMA usada no estudo de viabilidade econômica do sistema fotovoltaico é

anual da poupança (9%), que vem a ser uma análise dos últimos 10 anos.

AN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2015 0,6058 0,5882 0,5169 0,6302 0,6079 0,6159 0,6822 0,7317 0,6876 0,693 0,6799 0,6303

ACUMULADO 0,6058 1,1975 1,7206 2,3617 2,9839 3,6182 4,3251 5,0884 5,8111 6,5443 7,2687 7,94

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2014 0,5496 0,6132 0,554 0,5267 0,5461 0,5607 0,5467 0,6059 0,5605 0,5877 0,6043 0,5485

ACUMULADO 0,5496 1,1661 1,7266 2,2624 2,8208 3,3973 3,9626 4,5925 5,1788 5,7969 6,4362 7,020

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2013 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,521 0,5 0,5079 0,5925 0,5208

ACUMULADO 0,5 1,0025 1,5075 2,0151 2,5251 3,0377 3,5529 4,0925 4,6128 5,1442 5,7672 6,318

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2012 0,5942 0,5868 0,5 0,6073 0,5228 0,547 0,5 0,5145 0,5124 0,5 0,5 0,5

ACUMULADO 0,5942 1,1845 1,6904 2,3079 2,8428 3,4054 3,9224 4,457 4,9923 5,5172 6,0448 6,575

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2011 0,6413 0,5719 0,5527 0,6218 0,5371 0,6578 0,612 0,6235 0,7086 0,6008 0,5623 0,5648

ACUMULADO 0,6413 1,2168 1,7762 2,4091 2,9591 3,6364 4,2707 4,9208 5,6642 6,2991 6,8968 7,501

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2010 0,5536 0,5 0,5 0,5796 0,5 0,5513 0,5592 0,6157 0,5914 0,5706 0,5474 0,5338

ACUMULADO 0,5536 1,0563 1,5616 2,1503 2,661 3,227 3,8043 4,4434 5,0611 5,6606 6,239 6,806

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2009 0,716 0,6849 0,5453 0,6445 0,5456 0,5451 0,5659 0,6056 0,5198 0,5 0,5 0,5

ACUMULADO 0,716 1,4058 1,9587 2,6158 3,1757 3,7381 4,3252 4,957 5,5025 6,03 6,5602 7,093

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008 0,5643 0,6015 0,5244 0,5411 0,596 0,574 0,6152 0,6924 0,6582 0,698 0,7519 0,6626

ACUMULADO 0,5643 1,1692 1,6997 2,25 2,8594 3,4498 4,0862 4,8069 5,4967 6,2331 7,0319 7,741

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2007 0,653 0,72 0,5725 0,6885 0,6278 0,6697 0,5959 0,6476 0,6473 0,5354 0,6148 0,5593

ACUMULADO 0,653 1,3777 1,958 2,66 3,3045 3,9963 4,6161 5,2935 5,9751 6,5425 7,1975 7,797

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006 0,728 0,7338 0,5729 0,7083 0,5859 0,6897 0,6947 0,676 0,7448 0,6529 0,6884 0,6288

ACUMULADO 0,728 1,4671 2,0484 2,7712 3,3733 4,0863 4,8094 5,5179 6,3038 6,9978 7,7344 8,412

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2005 0,7412 0,6889 0,5967 0,7648 0,7013 0,754 0,8008 0,7588 0,8483 0,765 0,711 0,6939

ACUMULADO 0,7412 1,4352 2,0404 2,8208 3,5419 4,3226 5,158 5,9559 6,8548 7,6722 8,4377 9,190

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69

Conforme Gitman afirma que o Valor Presente Líquido (VPL) é o valor do

dinheiro no tempo, é a técnica sofisticada do orçamento de capital. As técnicas

utilizadas para esses tipos de cálculo sempre descontam os fluxos de caixa da

empresa a uma taxa específica. Essa taxa é chamada de taxa de desconto, retorno

requerido, custo de capital ou custo de oportunidade, o retorno mínimo necessário

para que o projeto se mantenha inalterado, de acordo com o valor de mercado da

empresa (GITMAN,2010).

Para que se possa encontrar o valor presente líquido, deve-se efetuar o

cálculo da discrepância entre o valor presente de entrada e saída de caixa. Portanto,

faz-se necessário utilizar uma taxa de desconto para trazer os fluxos de caixa para o

valor presente. Segundo Wenzel, “o valor presente líquido exige a definição prévia

da taxa de desconto a ser utilizada nos vários fluxos de caixa.” (WENZEL, 2013, p.

37). O valor do VPL neste projeto é R$ 521.322,32

A Taxa Interna de Retorno (TIR), é uma das ferramentas de orçar, mais

utilizadas, mesmo possuindo uma forma de cálculo sofisticada. Para Abreu Filho, “a

TIR é a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas e saídas de um

projeto de investimento. Deve, obrigatoriamente, ser maior do que a TMA do

projeto.” (ABREU FILHO [et al], 2012, p. 78). A TIR deste projeto 20,38%, que nos

mostra que o sistema é viável, visto que, a prospecção seria de uma TMA de 9%.

O payback de determinado projeto, é o tempo necessário para haver retorno

do dinheiro investido no mesmo. Ele auxilia às empresas a avaliar o risco do

investimento (GITMAN, 2010). Após determinar-se o valor do investimento, que

neste caso é de R$ 200.000,00, utiliza-se o lucro do fluxo líquido de caixa para

avaliar em quanto tempo o investimento retornará para seu investidor. Desta

maneira, pode-se avaliar através da tabela, que em oito anos e dois meses o

investimento será recuperado.

A seguir na ilustração 22, mostra-nos o payback nos próximos 25 anos do

projeto.

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70

Ilustração 22 - Gráfico Payback descontado Fonte: Elaborado pelo autor

Neste gráfico na ilustração 22, fica bem visível que nos primeiros 07 anos o

investimento ainda não teve seu retorno, mas, a partir do 8º ano o investimento

começa a dar o retorno esperado pelo investidor.

Já, no gráfico abaixo apresenta-se o resto de lucro que o investidor terá nos

próximos 25 anos.

Ilustração 23 - Gráfico Lucro Nominal Fonte: Elaborado pelo autor

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71

Como pode-se ver na ilustração 23 o gráfico, mostra-nos o crescimento de

cada ano do investimento, apresentando um lucro nominal.

No cenário dois apresenta-se a ilustração 24 sem o sistema fotovoltaico nos

últimos 25 anos, essa é uma projeção da instalação na casa.

Ilustração 24 - Tabela de gasto sem o sistema fotovoltaico na residência Fonte: Dados da RGE 2016(projeção)

Segundo a ilustração 24, nos mostra o crescimento diante do ano base que é

de 2016, conforme na tabela do posto, o crescimento é de 1% sobre os km/h, e

6,5% sobre o preço pago em kWp, sendo a mesma explicação do posto. Para dar

segmento na ilustração 24, segue a ilustração 25 que nos apresenta o gasto e

benefícios projetados com a instalação do equipamento anual.

1 2 5 = 3 X 4

ANO ANO

(*) %

Crescimento

(Consumo)

CONSUMO

EM KW/h

(**) %

Crescimento

(Custo

KW/h)

VALOR MÉDIO

DO kWh (R$)

(INCLUINDO

TRIBUTOS SEM

MICROGERAÇ

ÃO) Dados

Contas

VALOR A SER

DESEMBOLSADO

PARA QUITAR A

CONTA DE ENERGIA

INCLUINDO (R$)

TRIBUTOS SEM

MICROGERAÇÃO

1 2016 0% 4702 6,5% 0,688 3.232,94

2 2017 1,0% 4702 6,5% 0,732 3.443,08

3 2018 1,0% 4749 6,5% 0,780 3.703,55

4 2019 1,0% 4796 6,5% 0,831 3.983,72

5 2020 1,0% 4844 6,5% 0,885 4.285,09

6 2021 1,0% 4892 6,5% 0,942 4.609,26

7 2022 1,0% 4941 6,5% 1,003 4.957,95

8 2023 1,0% 4991 6,5% 1,069 5.333,02

9 2024 1,0% 5041 6,5% 1,138 5.736,46

10 2025 1,0% 5091 6,5% 1,212 6.170,43

11 2026 1,0% 5142 6,5% 1,291 6.637,22

12 2027 1,0% 5193 6,5% 1,375 7.139,32

13 2028 1,0% 5245 6,5% 1,464 7.679,41

14 2029 1,0% 5298 6,5% 1,559 8.260,36

15 2030 1,0% 5351 6,5% 1,661 8.885,26

16 2031 1,0% 5404 6,5% 1,768 9.557,43

17 2032 1,0% 5458 6,5% 1,883 10.280,45

18 2033 1,0% 5513 6,5% 2,006 11.058,16

19 2034 1,0% 5568 6,5% 2,136 11.894,71

20 2035 1,0% 5624 6,5% 2,275 12.794,55

21 2036 1,0% 5680 6,5% 2,423 13.762,45

22 2037 1,0% 5737 6,5% 2,580 14.803,58

23 2038 1,0% 5794 6,5% 2,748 15.923,48

24 2039 1,0% 5852 6,5% 2,927 17.128,09

25 2040 1,0% 5911 6,5% 3,117 18.423,83

3 4

GASTO PROJETADO SEM A INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO ANUAL

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72

Ilustração 25 - Tabela de gasto com sistema fotovoltaico na residência Fonte: Dados da RGE 2016(projeção)

Para chegar aos valores da ilustração 25, adotou-se a mesma metodologia

utilizada do cenário um, na tabela acima nos mostra para os próximos 25 anos com

o sistema fotovoltaico.

O empreendimento precisa ser, antes de tudo, muito bem analisado e

avaliado, pois ele pode apresentar algumas variáveis como riscos ou um tempo de

retorno de investimento mais demorado. De acordo com Braga, no momento em que

a organização estiver disposta a realizar investimentos com risco e tempo de retorno

maior, a fonte de financiamento mais adequada para uma organização, é o

financiamento com capital próprio (BRAGA, 2013).

O resultado do gráfico da ilustração 26 a seguir, mostra-nos o comparativo

entre os cenários sem o sistema e com o sistema.

6 = 1 7 = 2 8 9 10 11 = 3 12 = (11 - 10 - 09) 13 14 15 16 = (12*13) + 14+15

ANO ANO

Energia

produzida

[kWh] (Software

Solergo)

Consumo

contemp.

energia

prod.

[kWh]

KW A

SEREM

COMPENSA

DOS PELA A

RGE

(Receita)

CONSUMO

EM KW/h

KW A SEREM

COMPRADOS

DA RGE

(Debito)

VALOR

MÉDIO DO

kWh (R$)

SEM

TRIBUTAÇÃ

O Dados

Contas

VALOR DOS

TRIBUTOS

NA CONTA

DE ENERGIA

(R$) (Média

34%)

GASTOS COM

MANUTENÇÃ

O (R$)

(Acrescidos

da Imflação

média)

VALOR A SER

DESEMBOLSADO

PARA QUITAR A

CONTA DE ENERGIA

(R$) INCLUINDO

TRIBUTOS E

MANUTENÇÃO COM

MICROGERAÇÃO

1 2016 3007 1287 1720 4.702 1.695 0,43 834,17 100,00 1.657,93

2 2017 3037 1299 1737 4.702 1.665 0,45 268,60 106,50 1.132,24

3 2018 3067 1312 1755 4.749 1.682 0,48 288,92 113,42 1.216,76

4 2019 3098 1326 1772 4.796 1.698 0,52 310,78 120,79 1.307,60

5 2020 3129 1339 1790 4.844 1.715 0,55 334,29 128,65 1.405,23

6 2021 3160 1352 1808 4.892 1.733 0,59 359,58 137,01 1.510,17

7 2022 3192 1366 1826 4.941 1.750 0,62 386,78 145,91 1.622,95

8 2023 3223 1379 1844 4.991 1.767 0,66 416,04 155,40 1.744,17

9 2024 3256 1393 1863 5.041 1.785 0,71 447,51 165,50 1.874,46

10 2025 3288 1407 1881 5.091 1.803 0,75 481,36 176,26 2.014,50

11 2026 3321 1421 1900 5.142 1.821 0,80 517,78 187,71 2.165,02

12 2027 3354 1435 1919 5.193 1.839 0,85 556,95 199,92 2.326,81

13 2028 3388 1450 1938 5.245 1.858 0,91 599,08 212,91 2.500,70

14 2029 3422 1464 1958 5.298 1.876 0,97 644,40 226,75 2.687,61

15 2030 3456 1479 1977 5.351 1.895 1,03 693,15 241,49 2.888,52

16 2031 3491 1494 1997 5.404 1.914 1,10 745,59 257,18 3.104,46

17 2032 3525 1509 2017 5.458 1.933 1,17 801,99 273,90 3.336,58

18 2033 3561 1524 2037 5.513 1.952 1,25 862,66 291,70 3.586,07

19 2034 3596 1539 2057 5.568 1.972 1,33 927,93 310,67 3.854,25

20 2035 3632 1554 2078 5.624 1.992 1,41 998,12 330,86 4.142,52

21 2036 3669 1570 2099 5.680 2.011 1,50 1.073,63 352,36 4.452,37

22 2037 3705 1586 2120 5.737 2.032 1,60 1.154,85 375,27 4.785,44

23 2038 3742 1601 2141 5.794 2.052 1,71 1.242,22 399,66 5.143,47

24 2039 3780 1617 2162 5.852 2.072 1,82 1.336,19 425,64 5.528,31

25 2040 3818 1634 2184 5.911 2.093 1,94 1.437,27 453,31 5.942,00

GASTO/BENEFICIO PROJETADO COM A INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO ANUAL

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73

Ilustração 26 - Gráfico custo Anual sem microgeração Fonte: Dados da RGE 2016 (projeção)

Neste gráfico da ilustração 26, mostra-nos em vermelho o valor pago com o

sistema, incluindo os tributos e manutenção com o sistema instalado, já no azul, o

valor pago sem o sistema com os tributos normais.

De acordo com a ilustração 27 abaixo, apresenta o valor do fluxo de caixa

operacional dos próximos 25 anos.

Ilustração 27 - Fluxo de Caixa Operacional Residência

Fonte: Dados da RGE 2016 (projeção)

17 = 1 18 = 2 19 = 5-16 20 21 22

ANO ANOLucro Nominal

(R$) (VF)TMA%

Valor Presente (R$)

(VP)

Saldo do

Investimento (R$)

0 2015 - 17.975,00

1 2016 1.575,01 9% 1444,96 -16530,04

2 2017 2.310,84 9% 1944,99 -14585,05

3 2018 2.486,79 9% 1920,26 -12664,79

4 2019 2.676,13 9% 1895,84 -10768,95

5 2020 2.879,86 9% 1871,71 -8897,24

6 2021 3.099,09 9% 1847,89 -7049,35

7 2022 3.335,00 9% 1824,36 -5224,99

8 2023 3.588,85 9% 1801,12 -3423,87

9 2024 3.862,00 9% 1778,17 -1645,70

10 2025 4.155,92 9% 1755,51 109,81

11 2026 4.472,19 9% 1733,12 1842,93

12 2027 4.812,51 9% 1711,02 3553,95

13 2028 5.178,71 9% 1689,18 5243,13

14 2029 5.572,75 9% 1667,62 6910,76

15 2030 5.996,74 9% 1646,33 8557,09

16 2031 6.452,96 9% 1625,31 10182,40

17 2032 6.943,87 9% 1604,54 11786,94

18 2033 7.472,09 9% 1584,04 13370,97

19 2034 8.040,46 9% 1563,79 14934,76

20 2035 8.652,03 9% 1543,79 16478,55

21 2036 9.310,08 9% 1524,04 18002,59

22 2037 10.018,14 9% 1504,54 19507,13

23 2038 10.780,01 9% 1485,28 20992,42

24 2039 11.599,77 9% 1466,27 22458,69

25 2040 12.481,83 9% 1447,49 23906,18

FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL

PAYBACK DESCONTADO

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74

Na ilustração 27 nos mostra o fluxo de caixa anual, bem como a taxa de TMA,

nesta tabela apresenta-se o cálculo do payback descontado. Na ilustração 28, nos

apresenta um parecer de todos os cálculos elaborados.

CASA

TMA 9%

VPL R$ 41.881,18

TIR 18,11%

PAYBACK DESCONTADO 9 anos 11 Mês

Ilustração 28 - Resultado TMA/VPL/TIR Fonte: Produção do pesquisador.

Na ilustração 28 acima nos mostra a TMA de 9%, para Galesne, Fensterseifer

e Lamb, uma das principais diferenças entre o custo de oportunidade e a TMA, é

que o custo de oportunidade apresenta um valor diferente da TMA, devido à mesma

ser selecionada através de uma escolha estratégica e política (GALESNE;

FENSTERSEIFER; LAMB, 1999).

No caso do VPL as taxas de desconto usadas são também influenciadas pela

duração dos projetos. Entre dois projetos, aquele com vida mais longa geralmente é

associada a um maior risco. Quanto mais extensa a existência de um investimento

no futuro, maior a incerteza na conclusão e operação do projeto. Portanto,

mantendo-se todas as outras variáveis iguais, os projetos de longa duração devem

ser, geralmente, descontados a taxas maiores que a dos projetos de curta duração.

(GROPPELI, NIKEBAKHT, 2006, p.136). O VPL do projeto da residência R$

41.881,18 (Quarenta e um mil e oitocentos e oitenta e um reais e dezoito centavos)

A taxa Interna de Retorno (TIR) uma técnica sofisticada de orçamento de

capital, é a taxa de desconto que iguala o VPL de uma oportunidade de investimento

a zero (isso porque o valor presente das entradas de caixa iguala-se ao investimento

inicial). É a taxa de retorno anual composta que a empresa obterá, se aplicar

recursos em um projeto e receber as entradas de caixa previstas. (GITAMAN, 2010,

p.371). A TIR do projeto é de 18,11%. Sendo o valor investido viável.

O payback é o período de tempo necessário para que se obtenha retorno de

todo o investimento feito neste cenário da residência é o período de 9 anos e 11

meses.

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75

Na ilustração 29 o gráfico nos mostra a real situação do Payback descontado

e apresenta-nos ano a ano o retorno do investimento

Ilustração 29 - Gráfico payback descontado Fonte: Produção do pesquisador.

Através de criteriosa análise de viabilidade econômica, a ilustração 29 traz a

rentabilidade, estas análises permitem concluir que, já é possível obter considerável

payback, além de se rentabilizar ao longo da vida útil do equipamento.

Como pode-se verificar a ilustração 30, o gráfico abaixo traz um lucro nominal

entre os anos que o investimento apresenta.

Ilustração 30 - Lucro Nominal Fonte: Produção do pesquisador

1.5

75

,01

2.3

10

,84

2.4

86

,79

2.6

76

,13

2.8

79

,86

3.0

99

,09

3.3

35

,00

3.5

88

,85

3.8

62

,00

4.1

55

,92

4.4

72

,19

4.8

12

,51

5.1

78

,71

5.5

72

,75

5.9

96

,74

6.4

52

,96

6.9

43

,87

7.4

72

,09

8.0

40

,46

8.6

52

,03

9.3

10

,08

10

.01

8,1

4

10

.78

0,0

1

11

.59

9,7

7

12

.48

1,8

3

-

2.000,00

4.000,00

6.000,00

8.000,00

10.000,00

12.000,00

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Gráfico LUCRO NOMINAL

Lucro Nominal (R$) (VF)

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Após determinar-se o valor do investimento, que se utiliza o lucro do fluxo

líquido nos mostra um crescimento anual assim nos apresenta a ilustração 30.

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4 RECOMENDAÇÕES

Com a pesquisa desenvolvida sobre a viabilidade financeira existe um cenário

de incertezas, porque a maior parte dos materiais e equipamentos são importados, e

a variação do dólar tem sido alta, no entanto, há previsão de aumento da fabricação

nacional para os próximos anos, o que reduzirá os custos. Outro ponto positivo é

que o projeto elétrico e a regularização junto à concessionária têm a tendência de

ficarem mais baratos com o aumento da demanda.

A energia solar, não polui durante seu uso, porém existe a poluição

decorrente da fabricação dos painéis e dos equipamentos necessários para a

construção dos painéis solares, que pode ser minimizada com controles já

disponíveis de processo e fabricação.

Recomenda-se a investir num sistema fotovoltaico mesmo que seu retorno

demore, como visto no payback, descontado, mas o diante do estudo, o

investimento ainda é alto, e existem poucos incentivos significativos que minimizam

o impacto inicial do investidor, porém se considerarmos, que o valor mensal pago

para a concessionária fornecer a energia consumida, por menor que seja, tornasse

um montante significativo ao final de um período, e representa um gasto fixo e

contínuo que nunca trará retorno algum ao proprietário, diferente de um gerador

fotovoltaico.

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CONCLUSÃO

O estudo objetivou analisar a viabilidade econômico-financeira da energia

solar fotovoltaica, como alternativa de renda a longo prazo, através da redução de

custos com a energia elétrica em dois clientes, uma empresa e uma residência.

Para tal, realizou-se pesquisa exploratória, por meio de um estudo de caso,

análise da viabilidade econômico-financeira da energia solar fotovoltaica, análise do

payback descontado, o valor presente líquido, a taxa interna de retorno e o valor

anual uniforme equivalente.

Os resultados revelaram que o projeto da implantação de energia solar

fotovoltaica como alternativa para redução de custos, e de diversificação energética

é viável para o período analisado, considerando os dados projetados.

Portanto, mesmo que a geração fotovoltaica conectada à rede elétrica esteja

ainda em amadurecimento no Brasil, os estudos, análises e conceitos ilustrados ao

longo dos capítulos desse trabalho, afirma a viabilidade de crescimento para o

sistema fotovoltaico.

O item 3.1 apresentou o detalhadamente do sistema, seu funcionamento,

como é feita a instalação e os componentes necessários para o seu bom

funcionamento. Os sistemas fotovoltaicos podem ser implantados em qualquer

localidade que tenha radiação solar suficiente, não utilizam combustíveis, não

possuem partes móveis e, por ser dispositivo de estado sólido, requer menor

manutenção. Durante o seu funcionamento não produzem ruído acústico ou

eletromagnético e, tampouco, emite gases tóxicos ou outro tipo de poluição

ambiental.

O segundo objetivo específico mostrou os gastos envolvidos na aquisição do

sistema fotovoltaico, que vem a ser o tópico 3.2. O custo de um sistema de energia

solar fotovoltaico depende, principalmente, do tamanho e da complexidade da

instalação. Neste tópico foram mostrados os tipos de cenários, com diferentes

investimentos. Na análise econômica deve-se levar em consideração, o custo do

investimento para que possa ser calculado um retorno financeiro mais próximo da

realidade. Os custos de implantação estão relacionados à compra de materiais, à

mão de obra especializada da instalação e startup do sistema.

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Dessa forma, vamos para o tópico 3.3, que são os benefícios líquidos anuais

proporcionados pela implantação do sistema, este tópico nos mostra as vantagens

do investimento, o qual foi elaborado uma planilha comparando os anos de 2015 e

2016, com e sem o sistema e, através disso, realizou-se análise entre os dois anos.

No tópico 3.4, traz o retorno temporal econômico e financeiro do investimento

realizado, onde foi feito, um estudo detalhado dos dois investimentos para os

próximos 25 anos, considerando com e sem o sistema, calculado o VPL, TIR e o

PAYBACK, onde mostrou o tempo de retorno do investimento que o sistema trará

para cada um dos cenários estudados.

Este trabalho foi de grande importância para a acadêmica, pois fez relação à

aprendizagem de forma sistêmica, relacionando o referencial teórico ao aprendizado

do curso, aplicado a realidade empresarial, culminando ao estudo de caso aqui

apresentado, com correlações do ambiente econômico e financeiro real nas

organizações, tornando-se o real coroamento de uma caminhada acadêmica.

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ANEXOS

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ANEXO A - FATURA DE ENERGIA DA CASA 2015

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ANEXO B - FATURA DE ENERGIA DA CASA 2016

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ANEXO C - FATURA DE ENERGIA POSTO COMBUSTÍVEL 2016

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ANEXO D – DECRETO Nº 52.964

DE 30 DE MARÇO DE 2016.

(DOE 31/03/16)

Modifica o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação

de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e

Intermunicipal e de Comunicação (RICMS).

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da

atribuição que lhe confere o art. 82, V, da Constituição do Estado,

D E C R E T A:

Art. 1º - Com fundamento no disposto nos Convênios ICMS 16 e 157/15,

ratificados nos termos da Lei Complementar Federal nº 24, de 07/01/75, conforme

Atos Declaratórios CONFAZ nos 10 e 28/15, publicados no Diário Oficial da União

de 14/05/15 e 30/12/15, respectivamente, ficam introduzidas as seguintes alterações

no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97:

ALTERAÇÃO Nº 4682 - No art. 9º do Livro I fica acrescentado o inciso

CXCVIII com a seguinte redação:

"CXCVIII - saída interna de energia elétrica realizada por empresa

distribuidora com destino à unidade consumidora, na quantidade correspondente à

soma da energia elétrica injetada na rede de distribuição pela mesma unidade

consumidora com os créditos de energia ativa originados na própria unidade

consumidora ou em outra unidade consumidora do mesmo titular, no mesmo mês ou

em meses anteriores, nos termos do Sistema de Compensação de Energia Elétrica

estabelecido pela Resolução Normativa ANEEL nº 482, de 17/04/12.

NOTA 01 - Ver benefício do não estorno do crédito fiscal, art. 35, IV, "a".

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NOTA 02 - O benefício previsto neste inciso:

a) aplica-se somente à compensação de energia elétrica produzida por

microgeração e minigeração, conforme definidas na referida resolução, cuja potência

instalada seja, respectivamente, menor ou igual a 100 kW e superior a 100 kW e

menor ou igual a 1 MW;

b) não se aplica ao custo de disponibilidade, à energia reativa, à demanda de

potência, aos encargos de conexão ou uso do sistema de distribuição e a quaisquer

outros valores cobrados pela distribuidora.

NOTA 03 - Deverão ser observadas, ainda, as instruções baixadas pela

Receita Estadual."