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Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho

Faculdade de Ciências Médicas da

Santa Casa de São Paulo

XXXXVVII FFÓÓRRUUMM DDEE

IINNIICCIIAAÇÇÃÃOO CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA

PPIIBBIICC//CCNNPPqq ee IINNIICCIIAAÇÇÃÃOO CCIIEENNTTÍÍFFIICCAA –– FFCCMMSSCCSSPP

22001177//22001188

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APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS CONTEMPLADOS COM BOLSA PIBIC/CNPq e INICIAÇÃO CIENTÍFICA FCMSCSP

VIGÊNCIA – 2017/2018

COMISSÃO CIENTÍFICA DA FCMSCSP

Prof. Dr. Wagner Ricardo Montor – Presidente

Prof. Dra. Luciana Malavolta Quaglio – Vice Presidente

Profa. Dra. Andrea Vieira - Membro Titular

Profa. Dra. Cristiane Kochi - Membro Titular

Profa. Dra. Giselle Burlamaqui Klautau - Membro Titular

Profa. Dra. Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro - Membro Titular

Prof. Dr. Homero José Farias e Melo - Membro Titular

Profa. Dra. Kátia de Almeida - Membro Titular

Profa. Dra. Lígia Andrade da Silva Telles Mathias - Membro Titular

Profa. Dra. Marcele Pescuma Capeletti Padula - Membro Titular

Prof. Dr. Marcelo Benedito Menezes - Membro Titular

Prof. Dr. Marcelo Jenné Mimica - Membro Titular

Profa. Dra. Maria Fernanda Silber Caffaro - Membro Titular

Prof. Dr. Pedro Paulo Chieffi - Membro Titular

Prof. Dr. Rita de Cássia Barradas Barata - Membro Titular

Profa. Dra. Rosane Lowenthal - Membro Titular

Profa. Dra. Tainá Mosca - Membro Titular

Profa. Dra. Vera Lúcia dos Santos Alves - Membro Titular

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O XXVI Fórum de Iniciação Científica da FCMSCSP é o momento de coroamento do trabalho de todo um ano, desempenhado por nossos alunos, pesquisadores, professores e orientadores.

Agradecemos à Diretoria da FCMSCSP e aos orientadores pelo apoio recebido assim

como aos consultores do CNPq que participaram desde a seleção até a avaliação final dos trabalhos.

A Comissão Científica espera que este seja o início de uma carreira de sucesso para

nossos jovens pesquisadores.

Comissão Científica da FCMSCSP

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PP RR OO GG RR AA MM AA ÇÇ ÃÃ OO

Dia: 24 de outubro de 2018. Locais: Anfiteatro Paulo Ayrosa, Anfiteatro Emílio Athiê, Auditório Prof. Dr. Orlando J. Aidar e Anfiteatro Prof. Dr. Walter Scatolini Horário: das 10:00 às 13:00 horas – Apresentação Oral dos Trabalhos Contemplados para a Comissão Externa de Avaliação do PIBIC/CNPq e IC-FCMSCSP – Vigência 2017/2018 e a Comissão Científica da Faculdade. O Comitê Externo de Avaliação do CNPq será constituído por: Prof. Dr. Eduardo Schor Professor Afiliado e Chefe do Setor de Algia Pélvica e Endometriose do Departamento de Ginecologia da USP. Profa. Dra. Aurea Tamami Minagawa Toriyama Professora do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica da Escola de Enfermagem da USP. Profa. Dra. Roseli Oselka Saccardo Sarni Professora Titular da Disciplina de Clínica Pediátrica do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina do ABC. Prof. Dr. Vani Xavier de Oliveira Junior Professor Associado no Centro de Ciências Naturais e Humanas da Universidade Federal do ABC.

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TRABALHOS

RELAÇÃO DOS TRABALHOS CONTEMPLADOS Bolsas PIBIC/CNPq e IC – FCMSCSP

Vigência - 2017/2018 Apresentação Oral

Comitê Externo: Prof. Dr. Eduardo Schor

1. Nome do trabalho: GPER: Prevalência do receptor em pacientes diagnosticadas com câncer de mama do

tipo luminal B na Santa Casa de São Paulo e correlação com a prática clínica Autor: Marina Salemi Riechelmann Co-autor: Camila Gelmeti Serrano Orientador: Maria Marta Martins

2. Nome do trabalho: AVALIAÇÃO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA EM PACIENTES COM OBESIDADE MÓRBIDA NO PRÉ E NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Autor: FELIPE ARAUJO MORAES DOS SANTOS Co-autor: GABRIEL DE CASTRO PEREIRA BITTAR Orientador: DR LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO

3. Nome do trabalho: Validação da Escala “Atitudes em Relação ao Autismo” (ATT- AUT) Autor: Barbara Ariolli Bertaglia Co-autor: Ana Carolina Villas Boas Vilela Rossi Orientador: Prof. Dra. Rosane Lowenthal

4. Nome do trabalho: Esteato hepatite não alcoólica em pacientes obesos submetidos a gastroplastia: estudo da correlação entre os dados clínicos, laboratoriais, ultrassom hepático e biopsia hepática. Autor: Yuri Yamada Co-autor: Ryo Chiba Orientador: Prof. Dr. Elias Jirjoss Ilias

5. Nome do trabalho: Investigação Microbiológica de Bactérias Multirresistentes em Óculos dos Estudantes da Faculdade Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo Autor: Leo Jurkiewicz Kunigk Co-autor: Dânae Braga Diamante Leiderman, Gabriel Bassini Simões da Silva Orientador: Alessandra Navarini

6. Nome do trabalho: Influência do Tamanho do Nódulo de Endometriose de Bexiga nos Sintomas e na Técnica Cirúrgica Autor: Luisa Fernandes Bassoi Co-Autor: Graziela Yuri Ninomiya Orientador: Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro

7. Nome do trabalho: Associação entre disfunção cognitiva pré-operatória e qualidade de vida, sintomas depressivos e síndrome de fragilidade Autor: Gustavo Mendes Brossa Orientador: Dra. Ligia Mathias

8. Nome do trabalho: Estudo clínico randomizado da eficácia da lidocaína adesivo e endovenosa no tratamento de pacientes com síndrome dolorosa complexa regional Autor: Nátalie Emy Yvamoto Orientador: Marcelo Vaz Perez

9. Nome do trabalho: Avaliação in vitro da presença de sinergismo do extrato bruto de Allium sativum L. (alho) com antibióticos frente a cepas sensíveis e multirresistentes de Escherichia coli Autor: Fabio Carramão Narimatsu Orientadora: Prof ͣ Dr ͣ Sônia Maria Rolim Rosa Lima

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10. Nome do trabalho: Comparação entre exame físico e estudo urodinâmico no diagnóstico da incontinência urinária oculta (IUO) e análise da efetividade e segurança da correção cirúrgica da IUO concomitante à correção do prolapso Autor: Luísa Carvalho Higa Co-autor: Otávio Lopes Ribeiro Fiorotto Orientador: Prof. Dr. Antônio Pedro Flores Auge

11. Nome do trabalho: FATORES PREDITIVOS DE LETALIDADE E COMPLICAÇÕES DAS INFECÇÕES DOS ESPAÇOS FASCIAIS PROFUNDOS DO PESCOÇO Autor: Evelyn de Almeida Ramos Co-autor: Julia Nascimento Kawamukai Orientador: Prof. Dr. Marcelo Benedito Menezes; Co-orientador: Dr Alexandre Babá Suehara

12. Nome do trabalho: Uso de citrato de sildenafil na prevenção de pré-eclâmpsia: um estudo experimental em ratas Wistar Autor: Bruno Del Guercio von Sydow Co-autor: Maria Clara Silveira de Carvalho Orientador: Rômulo Negrini

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RELAÇÃO DOS TRABALHOS CONTEMPLADOS Bolsas PIBIC/CNPq e IC – FCMSCSP

Vigência - 2017/2018 Apresentação Oral

Comitê Externo: Profa. Dra. Aurea Tamami Minagawa Toriyama

1. Nome do trabalho: Consequências Assistencias e Epidemiológicas da Implementação da Rede de Atenção Psicossocial no Município de São Paulo. Autor: Daniel Figueiredo de Almeida Alves Orientador: Prof. Dr. Oziris Simões

2. Nome do trabalho: Análise da pertinência dos exames complementares solicitados há mais de seis meses pela Atenção Básica de Saúde no contexto do Programa “Corujão da Saúde” da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo Autor: Ricardo Machado Castanheira de Souza Co-autor: Amanda Frias Orientador: Prof. Dr. Nivaldo Carneiro Junior

3. Nome do trabalho: Múltiplos Tratamentos por Tuberculose em Região Central de Grande Cidade, 2008-2016: Perfis, Causas e Características Autor: Flávio Guinsburg Hamburger Orientador: Maria Josefa Penon Rujula Gonçalves

4. Nome do trabalho: Uso de hormônios sem prescrição entre mulheres transexuais e travestis no Estado de São Paulo Autor: Luca Fasciolo Maschião Co-autor: Orientador: Maria Amélia Veras

5. Nome do trabalho: Estudo prospectivo, morfométrico, da região distal do úmero aplicado à prática clínica Autor: Fernando Viamont Guerra Co-autora: Jéssica Mendes Paes Orientadora: Celina Siqueira Barbosa Pereira

6. Nome do trabalho: Obesidade e sintomas depressivos entre grupos de vulnerabilidade no município de São Paulo - Brasil Autor: Luísa Vachiaveo Albertino Orientador: Danielle Bivanco-Lima

7. Nome do trabalho: O papel do suporte social e atividades extracurriculares na síndrome de Burnout em alunos do Internato de Medicina Autora: Maria Carolina Pedro Fontana Co-autor: Igor Prado Generoso Orientadora: Danielle Bivanco

8. Nome do trabalho: “Avaliação da prevalência de lesões ortopédicas em jogadores de capoeira Autor: Marina Cruz Barbosa Reis Orientador: Karina de Cássia Braga Ribeiro

9. Nome do trabalho: Fissuras de mamilo: orientações de enfermagem no pré-natal e puerpério Autor: Beatriz Chagas Rodrigues de Almeida Orientador: Livia Keismanas de Ávila

10. Nome do trabalho: Avaliação do conhecimento da população de mulheres transexuais e travestis sobre AIDS, IST, formas de prevenção e fatores associados Autor: Aline Borges Moreida da Rocha Orientador: Maria Amélia de Sousa Mascena Veras

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11. Nome do trabalho: Influência da Lei Maria da Penha na prevalência de violência doméstica: um estudo em pronto socorro do centro de São Paulo Autor: Marina Rovai Co-autor: Gabriela Bellini de Souza Orientador:Tânia Di Giacomo Do Lago

12. Nome do trabalho: Uso racional de antimicrobianos: aplicação de instrumento na prescrição médica. Autor: Carolina Palamin Buonafine Orientador: Dr. José Cássio de Moraes

13. Nome do trabalho: Efeitos do treinamento muscular inspiratório na força muscular respiratória, capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com hipertensão pulmonar Autor: Lucas Mellaci Bergamascki Co-autor: - Orientador: Vera Lúcia dos Santos Alves

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RELAÇÃO DOS TRABALHOS CONTEMPLADOS Bolsas PIBIC/CNPq e IC – FCMSCSP

Vigência - 2017/2018 Apresentação Oral

Comitê Externo: Profa. Dra. Roseli Oselka Saccardo Sarni

1. Nome do trabalho: Determinação de concentrações de MKRN3 em população pré púbere na cidade de

São Paulo-SP Autor: Gabriela Grosso Frioli Orientador: Professora Doutora Cristiane Kochi

2. Nome do trabalho: Avaliação do comportamento aversivo de Rattus norvegicus experimentalmente infectado por duas cepas distintas de Toxoplasma gondii (ME49 e VEG): Estudo de marcadores epigenéticos Autor: Giulio de los Santos Fortuna Co-autor: Lariane Monteiro Barbosa Orientador: Sergio Vieira dos Santos

3. Nome do trabalho: Recorrência de Glomerulonefrites e Glomerulonefrites De Novo após transplante renal: Experiência de um único centro no Brasil Autora: Giovana Teixeira Leite Orientadora: Patrícia Malafronte

4. Nome do trabalho: Potencial Evocado Auditivo Cortical na estimativa de limiares auditivos eletrofisiológicos por condução óssea e aérea em indivíduos com perda auditiva. Autor: Isabella Soares Tomazini Orientador: Alessandra Spada Durante

5. Nome do trabalho: Avaliação do limiar de dor de mulheres com e sem diagnóstico de vaginismo Autor: Letícia Midori Ikedo Co-autor: Caroline Schmiele Namur Orientador: Vera Lúcia dos Santos

6. Nome do trabalho: Ação de moduladores de lisinas (K)-deacetilases sobre o metabolismo celular em astrócitos expostos ao estresse oxidativo e excitotoxicidade: possível papel neuroprotetor na Esclerose Lateral Amiotrófica Autor: Jorge Luiz de Barros Torresi Co-autor: Mariana Dutra Brito Orientador:Tatiana Rosado Rosenstock

7. Nome do trabalho: DISFUNÇÃO COGNITIVA PÓS-OPERATÓRIA EM PACIENTES SEM COMPROMETIMENTO COGNITIVO PRÉ-OPERATÓRIO Autor: Bruno Derwood Mills Costa de Carvalho Co-autor: João Vitor Altoé de Souza Orientador: Profa Dra Ligia Andrade da Silva Telles Mathias

8. Nome do trabalho: Eficácia da respiração profunda, de um livro de autoajuda e dos efeitos aditivos das duas intervenções na redução do consumo de cigarros, motivação, ansiedade e depressão dos pacientes da lista de espera do ambulatório de tabagismo, da clínica de pneumologia da Santa Casa de São Paulo. Autor(a): Felipe Teijeiro Cabral Co-autor(a): Annelise Akemi Higa Lee Orientadora: Profa. Dra. Vera Lúcia dos Santos Alves

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9. Nome do trabalho: Avaliação retrospectiva do quadro clínico, tratamento e desfecho de mulheres com síndrome coronariana aguda – Estudo comparativo com homens Autor: Isabela Maravalle Ramos Co-autor: Beatriz Nobre Monteiro Paiatto Orientador: Roberto Alexandre Franken

10. Nome do trabalho: “Otimização da indicação de tomografia computadorizada de crânio em motociclistas vítimas de trauma leve” Autor: CRISTIANO BELOW Co-autor: ISABELA CAMPOS BRIANTI Orientador: JOSÉ GUSTAVO PARREIRA

11. Nome do trabalho: Efeito do treinamento muscular respiratório na capacidade funcional, força muscular respiratória e qualidade de vida em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica Autor: Daniela Costa Malheiros Orientador: Vera Lúcia dos Santos Alves

12. Nome do trabalho: Efeitos do treinamento muscular respiratório na força muscular, capacidade funcional e qualidade de pacientes em hemodiálise Autor: Nathalia Ferreira Mendes de Oliveira Orientador: Vera Lúcia dos Santos

13. Nome do trabalho: Avaliação do conhecimento de médicos residentes sobre aspectos éticos no atendimento de adolescentes Autor: Stephanie Metran Cassab Orientador: Maria José Carvalho Sant’Anna

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RELAÇÃO DOS TRABALHOS CONTEMPLADOS Bolsas PIBIC/CNPq e IC – FCMSCSP

Vigência - 2017/2018 Apresentação Oral

Comitê Externo: Prof. Dr. Vani Xavier de Oliveira Junior

1. Nome do trabalho: Patologia cirúrgica dos tumores cardíacos : Avaliação da experiência do Laboratório de Anatomia Patológica da Beneficência Portuguesa de São Paulo Autor: Camila Jia Huei Tai Orientador: Dra. Geanete Pozzan

2. Nome do trabalho: “Comparação dos achados histopatológicos do adenocarcinoma de próstata em exame de biópsia e de prostatectomia radical, de acordo com a escala de fator prognóstico de Gleason” Autor: Vítor Scucuglia Bugalho Orientador: Dino Martini Filho

3. Nome do trabalho: Avaliação do comportamento aversivo de Rattusnorvegicus experimentalmente infectado por duas cepas distintas de Toxoplasma gondii (ME49 e VEG): Estudo imunohistoquímico de marcadores de Arginina-Vasopressina Autor: Lariane Monteiro Barbosa Co-autor: Giulio de Los Santos Fortuna Orientador: Pedro Paulo Chieffi

4. Nome do trabalho: O microambiente tumoral na graduação histológica de linfomas foliculares. Autor: Pedro Dragone Pires Orientador: Roberto Antônio Pinto Paes

5. Nome do trabalho: “Diagnóstico anatomopatológico de explantes cardíacos e avaliação da concordância com o diagnóstico clínico. Experiência do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo”. Autor: Giovanna Moreira Arcas Co-autor: José Henrique Andrade Vila; José Pedro da Silva Orientador: Geanete Pozzan

6. Nome do trabalho: Correlação entre distância anogenital e expressão de receptor androgênico em meninos pré-púberes: um estudo piloto. Autor: Guilherme Gotti Naves Co-autor: Marina Buchpiguel Orientador: Carlos Alberto Longui

7. Nome do trabalho: Investigação das ações do extrato aquoso obtido da polpa do fruto da Euterpe oleracea Mart (açaí) na síntese de óxido nítrico em células endoteliais vasculares de rato e humana Autor: Juliana Pereira Tavares de Melo Orientador: Profª Drª Maria Thereza Gamberini

8. Nome do trabalho: Uso da citologia como método de armazenamento de amostras em autópsia para estudos moleculares Autor: Eduardo Achar Filho Co-autor: Lucas Souza Hoelz de Matos Orientador: Prof Dr Mauro Ajaj Saieg

9. Nome do trabalho: Avaliação do Efeito de Peptídeos Antioxidantes em Ratos Submetidos ao Modelo Experimental de Epilepsia Induzido por Pilocarpina Autor: Angela Hyun Ji Kim Co-autor: David Ramos da Silva Orientador: Profa. Dra. Luciana Malavolta Quaglio

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10. Nome do trabalho: O papel neuroprotetor de peptídeos antioxidantes em diferentes modelos celulares de Esclerose Lateral Amiotrófica Autor: Guilherme Garuti dos Santos Co-autor: Jorge Luiz de Barros Torresi Orientador: Tatiana Rosado Rosenstock

11. Nome do trabalho: Quantificação do índice proliferativo Ki67 em tumores neuroendócrinos pancreáticos através da análise de imagem digital Autor: Hanny Rui Qi Chen Co-autor: Letícia Midori Ikedo Orientador: Fabíola Del Carlo Bernardi

12. Nome do trabalho: Uso da Microscopia Confocal in vivo na avaliação do tratamento de estrias com laser fracionado não ablativo Nd: YAP 1340 Nm Autor: Bárbara Cristina Sousa Orientador: Elisete Isabel Crocco

13. Nome do trabalho: Caracterização epidemiológica e perfil imunoistoquímico do cancêr de mama masculino: um estudo retrospectivo Autor: Isabela Maragon Pasotti Co-autor: Maria Regina de Paula Leite Kraft Orientador: Profa. Dra. Maria Antonieta Longo Galvão da Silva

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RESUMO DOS TRABALHOS Comitê Externo: Prof. Dr. Eduardo Schor

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Nome do trabalho: GPER: Prevalência do receptor em pacientes diagnosticadas com câncer de mama do tipo luminal B na Santa Casa de São Paulo e correlação com a prática clínica Autor: Marina Salemi Riechelmann Co-autor: Camila Gelmeti Serrano Orientador: Maria Marta Martins

RESUMO Introdução: A neoplasia maligna da mama é o câncer mais comum entre as mulheres do Brasil e do mundo, após o de pele não melanoma. Atualmente, apresenta-se em quatro subtipos moleculares, os quais são definidos pela expressão de receptores hormonais, como o de estrógeno e o de progesterona. Descrito mais recentemente, surge um novo receptor de membrana celular, que atua via proteína G: o GPER (G-protein estrogen receptor). A ativação de GPER resulta em mobilização de cálcio e está associada à regulação de proliferação celular, incluindo das glândulas mamárias, e a outros efeitos sistêmicos. Diante revisão de literatura, pudemos pressupor que tal receptor seria maléfico à progressão da neoplasia maligna de mama, uma vez que apresenta também papel proliferativo na angiogênese e é relacionado à resistência ao tamoxifeno. Objetivo: Atestando a presença do receptor GPER em lâminas contendo biópsias de câncer de mama luminal B, tivemos como objetivo pesquisar a correlação entre tal presença e o desfecho clínico da doença (favorável ou desfavorável - ausência ou presença de recidivas/metástases, respectivamente) das pacientes, nos cinco anos seguintes ao diagnóstico. Método: Para verificar a presença do receptor de estrógeno GPER em amostras de biópsia mamária, foi realizado no ICB-USP estudo imunoistoquímico de trinta e um casos de pacientes diagnosticadas com câncer de mama do tipo luminal B no ambulatório de mastologia da Santa Casa de São Paulo, entre os anos de 2000 e 2013. Resultado: A partir do n total de 31 amostras, observou-se que em 22 casos houve desfecho clínico favorável (seguimento de 5 anos livre de doença). Destes, 14 apresentaram-se positivamente marcadas pelo reagente do receptor GPER e 8 não reagiram com a substância. Nos 9 casos restantes, cujo desfecho clínico foi desfavorável (5 metástases e 4 recidivas únicas ou múltiplas durante o seguimento), foi observado que 8 lâminas foram marcadas positivamente e somente 1 não foi marcada. Com a análise do estudo estatístico, observamos que o tamanho reduzido da amostra resultou em um teste de chi-quadrado abaixo do p 95%, o que impossibilita o descarte da hipótese nula. Conclusão: Por ser menor do que o esperado, a amostra não permitiu a verificação da hipótese inicialmente proposta, mas o estudo tampouco permite refutá-la definitivamente. É necessário ampliar o número de pacientes para conclusões estatisticamente significativas.

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Nome do trabalho: AVALIAÇÃO DA CONTINÊNCIA URINÁRIA EM PACIENTES COM OBESIDADE MÓRBIDA NO PRÉ E NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA Autor: FELIPE ARAUJO MORAES DOS SANTOS Co-autor: GABRIEL DE CASTRO PEREIRA BITTAR Orientador: DR LUIS GUSTAVO MORATO DE TOLEDO

RESUMO Introdução: A Incontinência Urinária (IU) apresenta uma alta prevalência, afetando aproximadamente 30 milhões de adultos nos EUA, e é um problema de saúde pública, na medida em que afeta a qualidade de vida, a diminuição da produtividade, o isolamento social e até depressão. Estudos demonstram que as pacientes obesas tem maior chance de desenvolver IU, devido ao aumento crônico da pressão intra-abdominal e intra-vesical, o que promove modificações no assoalho pélvico e na fisiologia da micção que facilitam a perda de urina. A obesidade também tem sido identificada como o maior fator de risco atribuível à IU e um fator de risco independente para o desenvolvimento da incontinência. Desse modo, a perda de peso pela cirurgia bariátrica tem sido associada à diminuição da IU. No entanto, a relação entre IMC e a Circunferência Abdominal (CA) e os tipos de IU não estão bem esclarecidos, tampouco a caracterização dos grupos de melhores prognósticos em relação ao comportamento da continência urinária após a cirurgia bariátrica. Objetivo: Avaliar a ocorrência de incontinência urinária no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica e identificar e caracterizar grupos de melhores prognósticos. Método: Trata-se de estudo de coorte prospectivo. A amostra será consecutiva incluindo todos os pacientes com obesidade mórbida submetidos à cirurgia bariátrica no Hospital Central da Irmandade da Santa de Misericórdia de São Paulo no período entre maio de 2017 a maio de 2018. Serão incluídos pacientes que compreenderem todas as informações e orientações do estudo e concordarem a se submeter a todas as etapas do protocolo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e pacientes que concordarem a ser acompanhados durante o pós-operatório; serão excluídos pacientes que não completarem o questionário do protocolo. Os pacientes serão avaliados por até 2 alunos igualmente orientados e treinados pelo Departamento de Urologia do hospital a aplicar o protocolo do estudo. O seguimento será por um dos alunos responsáveis pela entrevista e novamente efetuado o protocolo no dia de retorno do paciente para acompanhamento pós-operatório. Resultado: No período pré-operatório, 42 pacientes foram incluídas e avaliadas no estudo, porém 02 (duas) não aderiram ao seguimento do protocolo no pós-operatório, sendo excluídas do estudo. O estudo até o presente momento conta com 40 pacientes, mulheres, dos quais 31 (77,5%) completaram o protocolo de 3 meses de pós-operatório, 25 (62,5%) completaram o protocolo de 6 meses de pós-operatório e 08 (20%) completaram o protocolo de 1 ano de pós-operatório. A média de idade das pacientes é de 45,9 anos e a média de IMC é de 45,1. A média de Circunferência Abdominal é de 126,32 cm e a média de peso é de 119,51 Kg. Das 40 pacientes, 22 (55%) apresentaram Incontinência Urinária durante o Teste de Esforço. Na avaliação pós-operatória de 3 meses, a média de peso das pacientes foi de 99,05 kg, representando uma redução média de 20,46 Kg; a média de IMC foi de 38,61, representando uma diminuição média de 6,49 unidades; e a média de Circunferência Abdominal foi de 109,83cm, representando uma diminuição média de 16,49 cm. Das 31 pacientes que já completaram o protocolo de 3 meses após a cirurgia, 22 (70,96%) apresentaram alguma redução no score do questionário ICIQ-OAB; 25 (80,64%) apresentaram diminuição no score do questionário ICIQ-SF. Entre as 19 pacientes que completaram o protocolo de 3 meses e mantiveram relação sexual no mês que antecedeu a cirurgia, 12 (63,15%) apresentaram algum aumento no score do questionário FSFI - Sexualidade Feminina. Do total de 31 pacientes, 18 (58,06%) apresentavam Incontinência Urinária. Destes, 09 (50%) apresentaram melhora no Teste de Esforço; dentre os 18 com sintomas de IU, 11 (61,11%) responderam "Curada" ou "Muito Melhor" no Questionário de Satisfação nesta etapa do protocolo. Na avaliação pós-operatória de 6 meses, a média de peso das pacientes foi de 88,49 kg, representando uma redução média de peso em relação ao pré-operatório de 31,02 Kg; a média de IMC foi de 34,56, representando uma diminuição média de 10,54 unidades em relação ao pré-operatório; a média de Circunferência Abdominal foi de 98,52 cm, representando uma diminuição média de 27,80 cm do pré-operatório. Das 25 pacientes que já completaram o protocolo de 6 meses após a cirurgia, 23 (92%) apresentaram alguma redução no score do questionário ICIQ-OAB; 24 (96%) apresentaram alguma redução no score do questionário ICIQ-SF; Entre as 16 pacientes que completaram o protocolo de 6 meses e mantiveram relação sexual no mês que antecedeu a cirurgia, 15 (93%) apresentaram algum aumento no score do questionário FSFI; do total de 25 pacientes, 16 (64%), apresentavam Incontinência Urinária. Destes, 10 (62,5%) apresentaram melhora no Teste de Esforço; dentre os 16 pacientes com sintomas de IU, 10 (62,5%) responderam "Curada" ou "Muito Melhor" no Questionário de Satisfação nesta etapa do protocolo. Na avaliação pós-operatória de 12 meses, a média de peso das pacientes foi de 85,125 kg, representando uma redução média de peso em relação ao pré-operatório de 34,385 Kg; a média de IMC foi de 33,125, representando uma diminuição média de 11,975 unidades em relação ao pré-operatório; e a média de Circunferência Abdominal foi de 103,75 cm, representando uma diminuição média de 22,57 cm. Das 08 pacientes que já completaram o protocolo de 12 meses após a cirurgia, 8 (100%) apresentaram redução no score do questionário ICIQ-OAB; 8 (100%) demonstraram diminuição no score do questionário ICIQ-SF; Das 06 pacientes que completaram o protocolo de 12 meses e mantiveram relação sexual no mês que antecedeu a cirurgia, 3 (37,5) % apresentaram aumento do score do questionário FSFI. Do total de 08 pacientes, 6 (75%) apresentavam Incontinência Urinária. Destes, 6 (100%) apresentaram melhora no Teste de Esforço. Entre os 6 que apresentaram sintomas de IU, 4 (66,67%) responderam "Curada" ou "Muito Melhor" no Questionário de Satisfação nesta etapa do protocolo. Conclusão: A perda de peso através da cirurgia bariátrica parece melhorar a incontinência urinária de esforço e urgência e suas repercussões na qualidade de vida na grande maioria das pacientes, bem como a saúde sexual das pacientes. O aumento da idade e circunferência abdominal parecem elevar a possibilidade de IU nas mulheres obesas, e a idade mais avançada e a menopausa parecem estar relacionadas com a persistência de IU após a perda de peso. A continuação deste estudo, com a conclusão do seguimento pós-operatório das pacientes e da análise estatística completa dos dados, pode fornecer dados estatisticamente significativos para predizer os grupos de melhores prognósticos em relação a pacientes com IU submetidos a cirurgia bariátrica.

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Nome do trabalho: Validação da Escala “Atitudes em Relação ao Autismo” (ATT- AUT) Autor: Barbara Ariolli Bertaglia Co-autor: Ana Carolina Villas Boas Vilela Rossi Orientador: Prof. Dra. Rosane Lowenthal

RESUMO Introdução: Indivíduos com Transtorno do espectro autista no decorrer da vida enfrentam obstáculos para a sua integração social, vocacional e educacional. O estigma permanece ao longo do tempo por meio de atitudes negativas. Objetivo: Esta pesquisa tem como objetivo a validação da Escala “Atitudes em relação ao Autismo” (ATT-AUT) para língua portuguesa. Método: Após a tradução, retrotradução a escala ATT-AUT foi aplicada em 2.745 profissionais de saúde de todo o território brasileiro que participaram do “Curso de Capacitação a distância em Transtornos do Espectro Autista para profissionais da atenção básica”. O ATT-AUT é uma escala composta de 80 itens com a escala Likert, que varia de 1 (concordo totalmente) para 5 (discordo totalmente). A escala possui cinco constructos que se referem às atitudes para pessoas com TEA (conhecimento de causas, desconforto, conhecimento de capacidades e direitos, sensibilidade e interação). Foi realizada a análise fatorial exploratória para verificar a confiabilidade e validade de construtos. Resultados: O ATT- AUT produziu uma estrutura de cinco fatores: conhecimento de capacidade e direitos, conhecimento das causas do Transtorno do espectro autista, sensibilidade, desconforto e interação. O ATT-AUT apresentou boa consistência interna com coeficientes alfa de Cronbach variando de 0,38 a 0,79 para os cinco fatores e de 0,91 para o questionário geral. Conclusão O ATT- AUT pode ser usado para medir atitudes na população brasileira e permite comparações ao longo do tempo dentro da mesma população como uma função de várias estratégias de intervenção para a estigmatização de TEA. . Palavras-chave: atitudes, instrumento, Transtorno do espectro autista, validação

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Nome do trabalho: Esteato hepatite não alcoólica em pacientes obesos submetidos a gastroplastia: estudo da correlação entre os dados clínicos, laboratoriais, ultrassom hepático e biopsia hepática. Autor: Yuri Yamada Co-autor: Ryo Chiba Orientador: Prof. Dr. Elias Jirjoss Ilias RESUMO Introdução: A obesidade é uma doença que anualmente vem apresentando um aumento nos índices de incidência populacional e é definida como uma condição médica na qual se verifica um excesso de tecido adiposo, sendo um dos critérios para diagnosticá-la, o índice de massa corporal (IMC) maior que 30kg/m². A Organização Mundial de Saúde classificou a obesidade como doença em 1984 e a aponta como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões caso nenhuma providência seja tomada. Recentemente no Brasil, o Ministério da Saúde divulgou uma pesquisa revelando que quase metade da população brasileira está acima do peso: em 2006, 42,7% apresentavam sobrepeso, e, em 2011, esse número passou para 48,5%. Segundo o Ministério da Saúde, Porto Alegre é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (55,4%), enquanto São Paulo possui 47,9%. Apesar da relação entre a obesidade e a esteatose ou doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA ou NAFLD) estar bem definida e documentada, ela não apresenta um padrão específico. Há obesos com biópsia hepática normal independente do grau de obesidade. Além disso, são demonstrados casos em que pacientes apresentam esteatose hepática sem evoluir para a síndrome da esteato hepatite não alcoólica (NASH ou EHNA). Qual a correlação e o fator que estaria associado a tal evolução? Objetivo: O trabalho tem como objetivo analisar uma hipótese de padrão entre obesidade e esteato hepatite não alcoólica. Método: População de estudo: Serão analisados os pacientes que foram submetidos à gastroplastia com derivação em Y de Roux, realizados pela mesma equipe no centro cirúrgico do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo, e fizeram biópsia hepática durante durante o procedimento cirúrgico. Amostra: Pacientes com obesidade grau III submetidos à cirurgia de gastroplastia e biópsia hepática intraoperatória, de Julho de 2013 até Dezembro de 2015, na Santa Casa de São Paulo. A ultrassonografia (USG) foi realizada no paciente pré-cirurgia. A gradação foi realizada considerando a presença de esteatose sendo considerada: sem esteatose; esteatose leve quando encontrado menos de 33%, moderada entre 33 e 66% e grave quando maior que 66% de acúmulo de gordura nos hepatócitos. A concordância entre o método ultrassonográficos com o padrão-ouro biopsia hepática foi medida pelo teste de concordância de Kappa (IC95%), seguindo a orientação de literatura especializada sendo Kappa menor que 0.10 concordância ausente, de 0.11 a 0.40 fraca, de 0.41 a 0.60 discreta, de 0.61 a 0.80 moderada, de 0.81 a 0.99 substancial e 1.00 perfeita. Resultado: Foram avaliados 98 pacientes do gênero feminino e 14 do masculino com média de idade de 42 e 43.5 anos (p=0.451) e IMC anterior à cirurgia de 46.0 e 45.1 (p=0.781), respectivamente para os gêneros feminino e masculino, sendo esta diferença não significante. Os pacientes que não apresentaram esteatose hepática pelo método ultrassonográfico foram 32.2%, comparados a 25% pelo padrão-ouro. Dos que apresentaram esteatose pelo método ultrassonográfico, 22.3% foi considerada leve, 4.5% moderada e 41.1% grave. O padrão-ouro mostrou que 29.5% se tratavam de esteatose leve, 29.5% de moderada e 16.1% de grave. O coeficiente Kappa mostrou uma concordância fraca entre os dois métodos sedo que a concordância encontrada foi de 41.9%. Conclusão: Confrontando os diagnósticos de gradação de esteatose hepática entre o exame ultrassonográfico e o histopatológico, observou-se que a USG detectou mais casos de esteatose grave do que realmente existem e menos casos de leve e moderada. Nos casos dos pacientes que não apresentam esteatose, a USG acabou considerando como normais 7.2% dos pacientes que se encontram com certo grau de esteatose, reforçando a necessidade da realização da biopsia hepática para diagnóstico da doença.

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Nome do trabalho: Investigação Microbiológica de Bactérias Multirresistentes em Óculos dos Estudantes da Faculdade Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo Autor: Leo Jurkiewicz Kunigk Co-autor: Dânae Braga Diamante Leiderman, Gabriel Bassini Simões da Silva Orientador: Alessandra Navarini

RESUMO Introdução: Os óculos, assim como as lentes de contato, são depósitos de microrganismos, porém possuem pouco estudo. Não se tem conhecimento sobre o desenvolvimento dos microrganismos presentes nos óculos, dificultando o estudo de novas técnicas e materiais de óculos (armações e lente) que não propiciem o crescimento e criação de biofilme. Objetivo: Prevalência de bactérias em óculos dos estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, avaliar bactérias multirresistentes. Método: Para realizar a coleta, foram utilizados meio de transporte Stuart (swab com ponta de algodão e haste de plástico com meio semi-sólido) e a semeadura e identificação ocorreu no Laboratório de Microbiologia da FCMSCSP. No laboratório foram feitas as separações dos meios de cultura, semeaduras e incubações à 36°C de 18 a 24 horas. Após a incubação foi realizada uma triagem de todas as placas que forem identificadas e as culturas positivas foram isoladas em ágar sangue e identificadas conforme padronização laboratorial, então foram feitos testes adicionais específicos para identificar resistência dos microrganismos. Resultado: Das amostras colhidas, 33% tiveram o resultado da cultura negativo após 48 horas de incubação. Dentre os resultados positivos, a bactéria mais comumente encontrada foi o Staphylococcus epidermidis, presente em 50% das amostras; os outros microrganismos encontrados nos óculos dos alunos foram: Micrococcus sp. (23%), Bacillus subtillis (17%), Staphylococcus aureus (8%), Streptococcus do grupo Viridans (2%), Enterococcus sp. e o fungo Rhodoturula, ambos presentes em 1% das culturas. Quanto a resistência a antibióticos, cerca de 57% dos S. aureus eram resistentes a meticilina (MRSA), 23% dos S. epidermidis eram resitentes a este mesmo antibiótico e os Enterococcus sp. encontrados eram sensíveis à vancomicina. O ano com maior presença de microrganismos nos óculos foi o terceiro, seguido pelo primeiro e pelo segundo. Conclusão: Os óculos, portanto, apresentaram grande contaminação e podem servir como forma de transporte de microrganismos. Assim é sempre recomendável a lavagem das mãos antes e depois do contato com qualquer paciente, evitar tocar em objetos pessoais durante o contato com pacientes ou realização de procedimentos e limpar os óculos com agua e sabão ou álcool em gel de forma frequente para evitar o crescimento microbiológico.

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Nome do trabalho: Influência do Tamanho do Nódulo de Endometriose de Bexiga nos Sintomas e na Técnica Cirúrgica Autor: Luisa Fernandes Bassoi Co-Autor: Graziela Yuri Ninomiya Orientador: Helizabet Salomão Abdalla Ayroza Ribeiro

RESUMO Introdução: A endometriose é uma doença enigmática e quando profunda infiltrativa apresenta lesões multifocais comumente encontradas na cavidade pélvica, principalmente nos ligamentos uterossacro (LUS) 69,2%, vagina (14,5%), bexiga (6,4%) e intestino (9,9%) (Chapron 2003). A endometriose de bexiga é rara. Sua prevalência está estimada em aproximadamente 1% das mulheres que têm endometriose, esta prevalência aumenta para 19-53% em pacientes com endometriose profunda (Gabriel B et al, 2011; Chapron, 2003). Os sintomas observados são dores abdominais inespecíficas e sintomas urinários (Johnson NP2013). Na maioria dos casos, a endometriose de bexiga se apresenta clinicamente com: disúria, hematúria com alteração na frequência, dor e urgência miccional (Knabben l et all, 2015; Abrão MS et al, 2009). Esses sintomas podem piorar durante a menstruação ou podem se apresentar de uma forma não-cíclica (Knabben l et all, 2015). Quanto ao tipo de exame de imagem de escolha, os centros especialistas em endometriose se diversificam, podendo ser o ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética de pelve. (Abrão MS, 2007). Pacientes com endometriose profunda de bexiga e com qualidade de vida prejudicada, por alterações em suas funções vesicais, o tratamento cirúrgico deve ser o de escolha. Os cirurgiões responsáveis devem ser capazes para ressecar a doença e voltar às funções urinárias da paciente prévia. (Ota Yoshiaki, 2018; Maggiore LR, 2017). Portanto esse estudo sugeriu avaliar a relação que pode existir entre os sintomas, o grau de acometimento da doença e a técnica cirúrgica escolhida. Objetivo: Descrever os dados demográficos da paciente com endometriose vesical e a distribuição anatômica da doença. Avaliar a correlação entre a sintomatologia e o tamanho da lesão. Determinar a correlação entre o tamanho da lesão vesical, e a técnica cirúrgica empregada. Método: Estudo observacional, transversal, retrospectivo com revisão de prontuários, exames radiológicos e vídeos das cirurgias, de pacientes operadas por endometriose de bexiga, no período de janeiro 2010 a março de 2017. O estudo foi realizado com dados de pacientes acompanhadas e operadas no Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da ISCMSP, e pacientes de clínica privada dos autores, todas operadas pelos mesmos cirurgiões. Resultado: Da amostra total de pacientes estudadas, 40 pacientes foram incluídas nos critérios de seleção estabelecidos pelo projeto, sendo 68,4% das pacientes nuligestas, traçando inicialmente um perfil epidemiológico contraditório ao apontado pela literatura. Quanto a sintomatologia, 44,7% das pacientes relataram dismenorreia ou dispareunia, seguindo o quadro clínico esperado e refutando hematúria como sintoma preditivo, já que foi apontado por apenas 2,60% das pacientes. Um achado importante e estatisticamente significativo foi que a disúria foi encontrada em 21,10% das pacientes que apresentavam um nódulo de bexiga, a partir de 2,7cm. As lesões vesicais das pacientes foram analisadas estabelecendo-se uma média de 78,90% das lesões acometendo somente a camada serosa, 18,40% a muscular e somente 2,60% a mucosa da bexiga. Observamos um acometimento maior do ligamento redondo esquerdo 15,80% em relação ao ligamento redondo direito 13,20% ligamentos uterossacros direito e esquerdo apresentaram acometimento de 65,80% e 68,4%,respectivamente. Houve acometimento retocervical em 84,20% das pacientes também indicando um perfil lesional. O ureter esquerdo foi acometido em 45,71% Outro achado importante do nosso trabalho se refere à técnica cirúrgica e tamanho do nódulo vesical, à medida que para nódulos acima de 2,7% a técnica cirúrgica utilizada é a cistectomia parcial laparoscópica. Conclusão:A maioria das pacientes do nosso estudo eram nuligestas 68,4%. As pacientes que apresentaram nódulos endometrióticos de bexiga maior que 2,7cm, tinham sintomatologia relevante com disúria em 27,10%. A cirurgia realizada pela via laparoscópica foi a cistectomia parcial com a excisão completa da lesão.

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Nome do trabalho: Associação entre disfunção cognitiva pré-operatória e qualidade de vida, sintomas depressivos e síndrome de fragilidade Autor: Gustavo Mendes Brossa Orientador: Dra. Ligia Mathias

RESUMO

Introdução: Com o envelhecimento da população, o número de pacientes idosos que requerem anestesia e cirurgia está crescendo. Embora os mecanismos que levam às alterações do sistema nervoso central não estejam completamente esclarecidos, estas alterações são comprovadas na clínica por redução das atividades diárias dos pacientes idosos, aumento do risco de delirium e de disfunções cognitivas pós-operatórias (DCPO). A DCPO compreende uma discreta deterioração da função cognitiva, caracterizada por declínio de seu desempenho neurológico de base, com comprometimento da memória e das funções executivas, que pode durar poucas horas a meses. Há evidências de que manifestações de comprometimento cognitivo no pós-operatório sejam a evolução de alterações do envelhecimento, mas elas são mais frequentes em pacientes com depressão e comprometimento cognitivo no pré-operatório. Diferentes autores têm estudado em pacientes idosos cirúrgicos, a relação entre DCPO e alterações cognitivas pré-operatórias, qualidade de vida, síndrome da fragilidade e sintomas depressivos, na tentativa de verificar se os mesmos são fatores de risco para DCPO em pacientes cirúrgicos. No entanto, esses mesmos estudos não analisaram conjuntamente a associação entre disfunção cognitiva (DC) pré-operatória e qualidade de vida, síndrome da fragilidade e sintomas depressivos no pré-operatório de pacientes idosos.

Objetivo: Determinar a associação entre DC pré-operatória e qualidade de vida, fragilidade e sintomas depressivos em pacientes idosos; e avaliar as características clínicas dos pacientes com disfunção cognitiva no pré-operatório e com alterações da qualidade de vida, fragilidade e sintomas depressivos.

Método: Após aprovação pelo CEP, foi desenvolvido ensaio clínico prospectivo observacional, em pacientes idosos atendidos no ambulatório de Avaliação Pré-anestésica do Conde de Lara da ISCMSP, a serem submetidos procedimentos cirúrgicos eletivos de pequeno e médio porte. As variáveis analisadas foram o procedimento cirúrgico a ser realizado, idade, gênero, peso, altura, IMC, doenças associadas, medicação(ões) em uso, classificação do estado físico (ASA), escores do MEEM, do SF-12 (escala de qualidade de vida), do fenótipo de fragilidade e da GDS-15 (escala de depressão geriátrica). Os resultados foram comparados por meio do teste 2 e regressão linear. Para todas as análises estatísticas foi considerada diferença estatística significativa quando p<0,05.

Resultado: O teste de 2 utilizado para verificar diferenças entre as prevalências de escores do SF-12 físico e mental adequados / inadequados (p = 0,8506 e 0,1664); fenótipo de fragilidade (p = 0,2763) e sintomas depressivos (p = 0,8715) não mostrou diferença estatística significativa entre os dois grupos, a saber, com e sem disfunção cognitiva pré-operatória em relação a estas variáveis. A regressão linear, feita para avaliar a relação entre as variáveis escores do SF-12 físico e mental, fenótipo de fragilidade e sintomas depressivos com a disfunção cognitiva pré-operatória, verificou relação significativamente estatística para as variáveis sintomas depressivos (GDS 15) (p = 0,030 – R2 = 0,03902) e escore mental do SF-12 (p = 0,012 – R2 = 0,08903).

Conclusões: Observamos que pacientes com DC apresentam índice de depressão maior quando comparados à população semelhante sem disfunção cognitiva, além de um pior desempenho na avaliação do componente mental de qualidade de vida, apontando para a Disfunção Cognitiva como um potencial fator de risco à presença de sintomas depressivos em populações idosas, bem como um pior estado de qualidade de vida em termos mentais. Por se tratar de pacientes idosos, que em sua maioria fazem uso prolongado de fármacos, possuem uma ou mais comorbidade importante e são, em sua maioria, fragilizados, sugere-se realizar MEEM para rastreio de depressão e de qualidade de vida. O estado mental da população idosa em ambiente ambulatorial/hospitalar é um fator importante no manejo e acompanhamento desta, visto que declínios na função cognitiva se mostraram correlacionados à piora de qualidade de vida e à maior prevalência de sintomas depressivos, os quais agravam a fragilidade, a limitação e as comorbidades desses indivíduos.

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Nome do trabalho: Estudo clínico randomizado da eficácia da lidocaína adesivo e endovenosa no tratamento de pacientes com síndrome dolorosa complexa regional Autor: Nátalie Emy Yvamoto Orientador: Marcelo Vaz Perez

RESUMO Introdução: No momento não existe consenso sobre o melhor método para tratar a Síndrome Dolorosa Complexa Regional (SCDR). Com o objetivo de se avaliar as evidências sobre a miríade de intervenções existentes para tratar a SCDR, O’Connell et al. (2013) utilizaram a metodologia “GradingofRecomendationsAssessment, Development, andEvaluation” (GRADE), (Balshem et al., 2011) para avaliar a qualidade dos estudos pesquisados. Realizaram revisão sistemática organizada e publicada na Cochrane incluindo seis revisões Cochrane e 13 revisões sistemáticas não-Cochrane e concluíram que existe carência de evidências de alta qualidade que determinem a efetividade da maioria das terapias para SCDR.

Objetivo: Avaliar a eficácia terapêutica da lidocaína transdérmica e endovenosa no alívio da dorde nos pacientes portadores de síndrome complexa regional.

Método: O estudo clínico prospectivo e randomizado. Os pacientes foram recrutados no ambulatório de tratamento da dor do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e randomizados nos grupos de intervenção. O primeiro grupo recebeu lidocaina adesivo transdermico GA, e outro grupo lidocaina endovenosa G E. (vide alteração na carta em anexo). 42 pctes foram recutados, sendo que 30 preencheram os criterios estabelecido, após assinarem o termo de consentimento livre eles foram randomizados nos dois grupos. Foram colhidos dados sócio-demográficos e dados clínicos para avaliar as variáveis de estudo. O procedimento da pesquisa conta com avaliação das alterações sensitivas dolorosa pelo exame físico determinado, questionário de dor Mc Gill resumido, questionário de dor neuropática DN4, avaliação psicológica pela escala de ansiedade e depressão (HAD), no momento 0 antes do tratamento e, no momento 1 a 4, são aplicados os questionários uma semana, um mês, dois e três meses após o início do tratamento. Ao término da realização dos questionários, foi feita a análise estatística. Resultado: Foram recrutados 42 pacientes, porém, após aplicação dos questionários, 8 foram excluídos e 3 não concordaram em participar, sendo possível analisar um total de 30 pacientes. No entanto, 2 pacientes do grupo lidocaína endovenosa desistiram na primeira semana de estudo. Grupo A tinha uma média de 47.6 anos e Grupo E 41.7 anos, com predominância de participantes mulheres em ambos grupos. Grupo A não se observou diferenças significativa das variáveis no desfecho em todo os momentos em repouso ou em movimento, e houve melhora da dor após uma semana de tratamento tanto em movimento quanto em repouso nos pacientes que receberão o adesivo de lidocaína com p<0,005. Grupo E não foi observado diferença estatística da dor em todos os tempos tanto em repouso quanto em movimento e houve diferença estatística tanto em repouso quanto em movimento entre o momento 1 e 2. Depois da melhora inicial tanto no grupo lidocaína endovenosa quanto adesivo (patch), após a introdução da medicação, o níveis de dor permaneceu estável independentemente da intervenção ou do tempo voltando ao nível inicial após 3 meses.

Conclusão: O uso da lidocaína transdérmica ou adesivo não apresentou diferenças significativa das variáveis no desfecho do tratamento em relação a lidocaína endovenosa, o que permite afirmar que é um método válido a ser utilizado no tratamento da dor dos pacientes portadores de síndrome complexa dolorosa regional. A SDCR traz perspectivas de que novos trabalhos sejam realizados para que seu processo fisiopatológico seja entendido e tratamentos mais efetivos e seguros sejam instituídos.

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Nome do trabalho: Avaliação in vitro da presença de sinergismo do extrato bruto de Allium sativum L. (alho) com antibióticos frente a cepas sensíveis e multirresistentes de Escherichia coli Autor: Fabio Carramão Narimatsu Orientadora: Prof ͣ Dr ͣ Sônia Maria Rolim Rosa Lima

RESUMO Introdução: Com o desenvolvimento de resistência a antibióticos por parte das bactérias, o tratamento das infecções se torna cada vez mais complexo. Em busca de aumentar o leque de opções terapêuticas para o tratamento de infecções por bactérias resistentes e multirresistentes, tem-se estudado o efeito medicinal de plantas que foram utilizadas para o tratamento de infecções ao longo da história. O Allium sativum (alho) é uma planta cujo efeito terapêutico frente a infecções bacterianas foi registrado por diversas civilizações desde a antiguidade. Estudos recentes indicam que as substâncias do Allium sativum apresentam efeito antimicrobiano, contudo, poucos avaliam sua interação medicamentosa com antibióticos. A Escherichia coli é uma bactéria Gram negativa amplamente distribuída no meio ambiente. Cepas dessa bactéria são as principais causadoras de infecções de trato urinário (ITU), que são infecções com taxa de morbidade significativa e alto custo médico. Além disso, a E. coli também é responsável por infecções de sítio cirúrgico, diarreia, infecções abdominais e pancreáticas. Nosso estudo avaliou a interação medicamentosa do Allium sativum com alguns antibióticos utilizados na terapia para infecções por Escherichia coli (Cefalotina, Gentaminicina, Ceftriaxona, Ciprofloxacina, Imipenem, Meropenem e Levofloxacina), avaliando os impactos da associação de extrato bruto de Allium sativum com os antibióticos na inibição do crescimento de culturas de Escherichia coli sensíveis e resistentes. Objetivo: Avaliação da presença de sinergismo do extrato bruto de Allium sativum com antibióticos frente a cepas sensíveis e multirresistentes de Escherichia coli. Método: Avaliamos o perfil de susceptibilidade das cepas de Escherichia coli pelo método de Kirby-Bauer em culturas feitas duplicata em ágar Mueller-Hinton incubadas por 24 e 48h. Em nossos estudos, observamos o comportamento das cepas de Escherichia coli in vitro frente às seguintes substâncias: discos de antibióticos isolados; 10µL do Extrato bruto de Allium sativum (EBA) - líquido obtido por compressão mecânica (maceração) dos bulbos de alho utilizando pistilos e facas respectivamente feitos de cerâmica e de plástico; e a combinação do disco de antibiótico com o EBA. Os seguintes discos de antibiótico foram utilizados: Cefalotina (30 mcg), Gentaminicina (10 mcg), Ceftriaxona (30 mcg), Ciprofloxacina (5 mcg), Imipenem (10 mcg), Meropenem (10 mcg) e Levofloxacina (5 mcg). Após a realização de cada cultura, mediu-se o halo de inibição formado por cada substância com uma régua milimetrada para avaliar o quão eficiente foi a inibição feita pela substância no disco (disco de antibiótico isolado ou 10µL de extrato bruto de alho isolado ou a combinação desses dois) frente a cepa testada. Estatística: Determinamos utilizar 97 cepas de Escherichia coli para obter nível de significância de 5% e um poder de teste de 80% após uma simulação no programa PRIMER 3,01 com um estudo piloto utilizando 20 cepas. As 97 cepas foram divididas em grupos de cepas sensíveis e resistentes para cada antibiótico e cada um desses grupos foi individualmente submetido a análise estatística. Comparamos em cada grupo o desempenho do disco de antibiótico isolado, dos 10µL de extrato bruto de alho isolados e da combinação desses dois utilizando o teste de Wilcoxon. Resultado: Ao compararmos os desempenhos das substâncias discos de antibióticos isolados versus EBA isolado a versus combinação do EBA com o disco de antibióticos frente aos grupos de cepas de E. coli sensíveis à Cefalotina, à Ceftriaxona, à Ciprofloxacina, à Gentamicina, ao Imipenem, à Levofloxacina e ao Meropenem, constatamos que a combinação do EBA com o disco do antibiótico apresentou desempenho superior ao disco do antibiótico isolado e ao disco de EBA isolado (p<0,05) para todos os grupos. Quando realizamos a mesma comparação para os grupos de E. coli resistentes ao antibiótico testado, constatamos que as combinações de Gentamicina com EBA e de Cefalotina com EBA apresentaram sinergismo de forma a atingir um desempenho superior ao das demais substâncias testadas (p<0,05) e obtiveram um desempenho dentro do intervalo de eficiência do antibiótico testado determinado pelo CLSI, indicando quebra da resistência bacteriana à Cefalotina e à Ciprofloxacina quando em combinação com o EBA. Conclusão: Concluímos que em todos os antibióticos testados (Cefalotina, Gentaminicina, Ceftriaxona, Ciprofloxacina, Imipenem, Meropenem e Levofloxacina) apresentaram sinergismo in vitro com o extrato bruto de Allium sativum frente às cepas sensíveis ao antibiótico. Ademais, constatamos que a interação do extrato bruto de Allium sativum com a Cefalotina e com a Gentamicina, quebrou a resistência bacteriana a esses antibióticos in vitro.

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Nome do trabalho: Comparação entre exame físico e estudo urodinâmico no diagnóstico da incontinência urinária oculta (IUO) e análise da efetividade e segurança da correção cirúrgica da IUO concomitante à correção do prolapso Autor: Luísa Carvalho Higa Co-autor: Otávio Lopes Ribeiro Fiorotto Orientador: Prof. Dr. Antônio Pedro Flores Auge

RESUMO Introdução: A incontinência urinária oculta (IUO) é definida como a perda urinária aos esforços observada apenas após a redução de um prolapso genital coexistente. Objetivo: Investigar a IUO por meio de exame físico e estudo urodinâmico (EUD), comparando os dois métodos; Pesquisar a incidência de incontinência urinária de esforço De Novo após o tratamento cirúrgico do prolapso; Avaliar a efetividade e segurança da realização da cirurgia de sling concomitante à correção cirúrgica do prolapso Método: Estudo prospectivo observacional incluindo 105 mulheres portadoras de prolapso genital estágios III e IV, segundo a classificação Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP–Q), com indicação de tratamento cirúrgico. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, as pacientes foram submetidas a anamnese e exame físico para avaliação e estadiamento do prolapso genital. Durante o exame físico foi realizado o teste de esforço (manobra de valsalva e tosse) com redução do prolapso, com a paciente em posição supina e ortostática. Posteriormente, as pacientes foram submetidas ao EUD com redução do prolapso em ambas as posições. A redução do prolapso foi realizada com gaze montada em pinça Cheron. Os dois testes foram realizados com a bexiga repleta com 300ml. A incontinência oculta foi considerada quando a perda urinária era observada ao exame, durante as manobras de esforço, apenas após a redução do prolapso. Para a avaliação da incontinência urinária durante a consulta de pós-operatório, foi solicitado que a paciente realizasse manobras de esforço (valsalva e tosse) em posição de litotomia ou ortostática. Resultado: Foram incluídas 105 mulheres com prolapso genital, das quais 70 (66,7%) foram classificadas estádio III e 35 (33,3%) estádio IV. Foram diagnosticadas com IUO 63 (60%) mulheres, sendo que 48 (76,2%) tiveram diagnóstico de IUO em ambas as avaliações, oito foram identificadas apenas no exame físico sete apenas no EUD. Vinte e sete (25,7%) pacientes não apresentaram incontinência urinária de esforço (IUE) em nenhuma das avaliações e 15 (14,3%) tiveram diagnóstico de IUE sem necessidade de redução do prolapso. Encontrou-se um valor de Kappa de 0,648 (IC 95%, 0,441-0,854) na avaliação da concordância entre os testes. Os resultados parciais do seguimento pós-operatório ainda estão em análise. Conclusão: O exame físico e o estudo urodinâmico são equivalentes e concordantes para diagnosticar incontinência urinária oculta.

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Nome do trabalho: FATORES PREDITIVOS DE LETALIDADE E COMPLICAÇÕES DAS INFECÇÕES DOS ESPAÇOS FASCIAIS PROFUNDOS DO PESCOÇO Autor: Evelyn de Almeida Ramos Co-autor: Julia Nascimento Kawamukai Orientador: Prof. Dr. Marcelo Benedito Menezes Co-orientador: Dr Alexandre Babá Suehara

RESUMO Introdução: As infecções dos espaços fasciais profundos do pescoço (IEPP) são afecções graves que acometem os diversos espaços do pescoço. A mais temível complicação é a mediastinite descendente necrosante, que necessita de diagnóstico precoce e tratamento agressivo. Essas infecções frequentemente são polimicrobianas e ocorrem posteriormente a outras infecções, como cáries dentárias, faringite, tonsilite; após traumas na região da cabeça e pescoço, cirurgias ou mesmo em pacientes usuários de drogas injetáveis. Objetivo: Identificar os fatores preditivos de letalidade e complicações das infecções dos espaços profundos do pescoço com o intuito de estabelecer um tratamento mais agressivo antes de sua evolução para a mediastinite ou complicações graves, e propor uma diretriz de conduta para o seu diagnóstico e tratamento. Método: Estudo retrospectivo de 309 casos, tratados pela Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FCMSCSP, desde o período de junho de 1997 até dezembro de 2017, onde foram analisados dados demográficos, as doenças associadas, a apresentação clínica, os exames laboratoriais, o tempo de permanência hospitalar, o número de espaços anatômicos acometidos, os achados cirúrgicos e a microbiologia, no intuito de estabelecer fatores de predição de letalidade e complicações graves dessas infecções cervicais. Resultado: Obtivemos 130 (42%) pacientes mais graves que complicaram da infecção, sendo a letalidade desta casuística relacionada à infecção de 11% (35 doentes). As complicações mais comuns foram obstrução de via aérea (19,4%), choque séptico (19%), mediastinite descendente (16,8%) e empiema pleural (11,7%). Para a ocorrência de morte, obtivemos os fatores choque séptico e presença de necrose de pele, com riscos de 290 vezes e 55 vezes, respectivamente. Para a ocorrência de complicações, obtivemos a presença de cardiopatia (risco de quase 11 vezes), choque séptico (risco de 70 vezes), fasciíte necrosante (quase 3 vezes) e necessidade de reoperação (risco de 3,4 vezes). Conclusão: Os fatores preditivos de morte são a presença de choque séptico e necrose tecidual. Os fatores preditivos de complicações são cardiopatia associada, choque séptico, ocorrência de fasciíte necrosante e necessidade de reoperação. A fasciíte necrosante é um fator importante para ocorrência de complicações e, nestes casos a conduta cirúrgica deve ser mais agressiva. A mediastinite descendente apresenta uma taxa de letalidade alta e o sucesso no tratamento está no diagnóstico precoce e intervenção cirúrgica mais agressiva.

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Nome do trabalho: Uso de citrato de sildenafil na prevenção de pré-eclâmpsia: um estudo experimental em ratas Wistar Autor: Bruno Del Guercio von Sydow Co-autor: Maria Clara Silveira de Carvalho Orientador: Rômulo Negrini

RESUMO Introdução: A formação inadequada da circulação placentária pode gerar eclampsia. Atualmente existem métodos para predizer se a doença ocorrera ou não, entretanto não existe medidas preventivas atualmente. Acredita-se que o ponto-chave seja melhorar a vascularização placentária. Acredita-se que a expressão errônea de genes relacionados com fatores angiogênicos e vasodilatadores (tais como VEGF e óxido nítrico) sejam os pilares da etiopatogenia da doença. Postula-se que uma das formas de evitar a má circulação placentária seja aumentar a disponibilidade de óxido nítrico (NO) nos seus vasos. Um dos métodos pesquisados é o uso de Citrato de Sildenafil, inibidor da Fosfodiesterase tipo 5, responsável pela degradação do NO. Considerando não haver medidas preventivas contra a pré-eclâmpsia, doença de alta morbimortalidade em nosso meio, é imprescindível a realização de pesquisas nesse sentido. Além disso, é sabido que o processo de placentação de ratas é muito semelhante ao dos humanos, tornando o modelo animal interessante para pesquisar o efeito e repercussões do Citrato de Sildenafil na mãe e no feto, bem como avaliar o seu potencial terapêutico. Objetivo: Investigar os efeitos do Citrato de Sildenafil na prevenção da pré-eclâmpsia num modelo experimental realizado em ratas grávidas, da linhagem Wistar, no qual a hipertensão arterial será induzida com o uso de NG-Nitroarginina metil estér. Método: No estudo, forma utilizadas 64 ratas grávidas, divididas em 4 grupos – P,S, P+S e C- , os quais receberam, respectivamente: NG-Nitroarginina metil éster (indutor da pré-eclâmpsia); citrato de sildenafil; NG-Nitroarginina metil éster associado ao citrato de sildenafil; controle.Para avaliar ciclo estral a fim de programar o acasalamento das ratas, coletou-se fluido vaginal, depositados em lâmina de vidro para observação em microscopia de luz. Quando reconhecido o ciclo em proestro (primeira fase), manteve-se as ratas por 48 horas para acasalamento. Os animais foram mantidos em condições laboratoriais padronizadas, sob um ciclo claro/escuro de 12 horas, com dieta sólida de Purina e acesso à agua ad libitum. Nos dias 0 e 20 do estudo, coletou-se amostra de urina de 24 para quantificação proteinúria e aferição da pressão arterial pelo método de plestismografia de cauda. A primeira foi quantificada através do método espectofotométrico.Os animais foram sacrificados (decapitação), laparotomizados para remoção dos fetos. Estes foram retirados, pesados e separados das placentas, também pesadas isoladamente. Obteve-se amostras de coração e rim, congelados para análise histológica posterior. Por fim, em análise estatística, observaram-se as seguintes variáveis: número de filhotes e seus pesos, pesos das placentas, pressão arterial e microalbuminúria. Tais dados foram analisados por técnica de variância, complementada com o teste de comparações múltiplas envolvendo os pares de grupos, com dados considerados significativamente estatísticos, adotando-se p<0,05

Resultado: Do total de 64 cruzamentos realizados, 33 ratas apresentavam-se gestantes no dia do sacrifício, distribuindo-se 9 no grupo C, 9 no grupo P, 7 no grupo S e 8 no grupo P+S. Foram analisados o peso fetal individual e total, o peso das ratas no décimo dia de gestação, a variação das pressões arteriais sistólicas(PAS) e diastólica(PAD), a variação da microalbuminúria, o peso individual das placentas e o número total de filhotes de cada rata. Os dados foram obtidos através da técnica de análise de variância (paramétrica e não paramétrica), complementada com o teste de comparações múltiplas envolvendo todos os pares de grupo. Os resultados obtidos foram considerados significativamente estatísticos adotando-se p<0,05.

Conclusão: O tratamento com Sildenafil mostrou-se ineficiente para o controle da PA das ratas com eclampsia. Entretanto, ai restam as análises histológicas dos tecidos coletados. Contrario ao que se esperava, houve redução do peso dos fetos no grupo P+S e não houve diferença estatística no peso das ratas no décimo dia, na variação de microalbuminúria, no peso das placentas e número de filhotes, não podendo inferir conclusões baseando-se nessas variáveis. Um fator limitante do estudo foi a grande perda amostral (48,43%), resultando em “n” pequeno (n=33). Além disso, houve viés de metodológico para análise da microalbuminúria, devido a contaminação com ração e fezes dos animais. Devido a tais limitações, sugerimos novos estudos com amostragem maior, bem como um controle mais adequado das variáveis em questão.

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RESUMO DOS TRABALHOS Comitê Externo: Profa. Dra. Aurea Tamami Minagawa Toriyama

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Nome do trabalho: Consequências Assistencias e Epidemiológicas da Implementação da Rede de Atenção Psicossocial no Município de São Paulo. Autor: Daniel Figueiredo de Almeida Alves Orientador: Prof. Dr. Oziris Simões

RESUMO Introdução: Com o lento processo de redemocratização brasileira e as diversas lutas sociais reformistas, após o regime militar instaurado em 1964, a questão social toma centralidade nos debates da formulação da constituição cidadã de 1988. Por isso, não é de se estranhar que no bojo desta problemática a saúde tome centralidade, com esta importância materializada no Movimento da Reforma Sanitária Brasileira (MRSB). Na esteira e a reboque deste processo reformista no setorial saúde - proveniente das esquerdas progressistas - a Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB) é alavancada e os seus marcos teóricos e práticos revelados. Porém, a análise material desta reforma particular e de seus marcos descolados da totalidade social brasileira e de suas diversas determinações incorreria em erros analíticos importantes. Desse modo, faz-se necessário analisar os dados empíricos da implementação da Rede de Atenção Psicossocial, decorrente da Reforma Psiquiátrica, à luz dessa realidade específica. Objetivo: Analisar a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no município de São Paulo e seu decorrente processo de expansão e regionalização no período de 2008 a 2017. Método:Para tanto, empregou-se uma abordagem em tempos distintos. A primeira de cunho quantitativa, do tipo descritiva com enfâse para elaboração de séries históricas com intuito de analisar a conformação das diversas modalidades de serviços ofertados, leitos, internações por causas específicas e o padrão de mortalidade por suicídio em São Paulo e seus desdobramentos nas coodernadorias regionais de saúde. Em segundo momento, uma abordagem de cunho de qualitativa, do tipo documental, com a análise dos seguintes documentos: Crítica a Razão Dualista, 2013 (Oliveira, Francisco); Dialética da Dependência In: Ruy Mauro Marini Vida e Obra, 2011 (Marini, Ruy); Política Social: fundamentos e história, 2011 (Behring, Elaine; Boschetti, Ivanete). Com intuito de compreender a totalidade social na qual a Reforma Psiquiátrica Brasileira desdobra-se. Resultados:A Reforma Psiquiátrica com todos os seus avanços pragmáticos com relação ao acesso e atenção a saúde é incompleta e setorial dentro do próprio Sistema Único de Saúde no município de São Paulo. Traz avanços importantes na ampliação de serviços em níveis diferentes do hospitalar, mas ainda está fortemente baseada na lógica de internações (Leitos e AIHs); ocorre uma ampliação do acesso e disponibilidade de profissionais formados mais distantes da lógica da medicalização, porém estes estão concentrados aos CAPS e não permeiam a Atenção Primária (UBS); a divisão técnica do trabalho coletivo intensifica-se na forma dos profissionais médicos especialistas migrando sua força de trabalho para 'longe' dos pressupostos da Reforma Psiquiátrica e concentrando-se em serviços de cunho hospitalar e emergencial, inclusive, com uma redução dos números totais destes atendimentos à custas do profissionais situados em CAPS; a mortalidade geral por suicídio permanece praticamente inalterada e refrataria à estes avanços pragmáticos e o perfil epidemiológico de morbidade em internação qualitativamente muito semelhante. Conclusão: Apesar deste estudo ser uma primeira aproximação com a problemática das Reformas do setorial saúde pela perspectiva da teoria da dependência e trabalhando com dados de séries históricas de período recente, é possível inferir certas conclusões pelo aporte teórico e pela análise documental realizados. A Reforma Psiquiátrica traz avanços substânciais, porém, possui características incompletas, inconclusas e hibridiza diferentes perspectivas de atenção à saúde, é setorial dentro do próprio setor saúde por não privilegiar a Atenção Primária como locus fundamental e enclausurar-se em níveis secundários, possui mínimo impacto no perfil de morbi-mortalidade em saúde mental e na prática não rompe de maneira radical com o modelo biomédico e medicalizador. Dentro de uma perspectiva de análise de tendência histórica e da questões estruturante da realidade brasileira, a Reforma Psiquiátrica nos moldes atuais dificilmente romperá estes entraves impostos caso não retome uma perspectiva radical de saúde e revolução do modo de (re)produção material da vida social.

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Nome do trabalho: Análise da pertinência dos exames complementares solicitados há mais de seis meses pela Atenção Básica de Saúde no contexto do Programa “Corujão da Saúde” da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo Autor: Ricardo Machado Castanheira de Souza Co-autor: Amanda Frias Orientador: Prof. Dr. Nivaldo Carneiro Junior

RESUMO Introdução: A solicitação cada vez mais frequente de exames complementares nas consultas médicas tem se tornado incompatível com a disponibilidade de oferta, impactos negativos no orçamento e não garantia da integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS), gerando insatisfações na população usuária. No âmbito do município de São Paulo essa questão é sensível, exigindo do gestor do SUS respostas imediatas. Nessa direção, surge, em 2017, o Programa “Corujão da Saúde”, da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), visando zerar as filas de espera com mais de seis meses para realização de alguns exames solicitados na rede de atenção básica: Ultrassonografia (USG), Ressonância Magnética Nuclear (RMN), Tomografia Computadorizada (TC), Ecocardiografia (ECO), Mamografia (MMG) e Densitometria Óssea. Objetivo: Caracterizar os exames complementares solicitados pela Atenção Básica em Saúde após período maior ou igual a 180 dias no Município de São Paulo. Método: Estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, realizado no período de setembro de 2017 a agosto de 2018. O universo amostral foi os exames incluídos no Programa “Corujão da Saúde”, solicitados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Coordenadoria Regional de Saúde Centro, SMS-SP. O material disponilizado pelos setores de “regulação regional” e “informações central” da SMS-SP. As variáveis selecionadas foram: tipos de exame, data de nascimento, data de solitação, hipótese diagnóstica, local de realização do exame. Análise das variáveis realizada a partir de um “banco de dados” elaborado, utilizando a ferramenta Excel-Microsoft 2010. Resultados: Dos 2790 procedimentos solicitados no período, 88% eram ultrassonografias. A faixa etária mais predominante foi de adulto. A ultrassonografia mamária bilateral foi o procedimento mais solicitado, algo discutível, dado que este não é um exame de rastreamento e/ou rotina na Atenção Básica de Saúde. 73% dos exames apresentaram tempo de espera de 6 a 12 meses para sua realização. A Rede Própria efetuou a maior parte dos exames complementares. Conclusão: A solicitação de exames complementares deve ser uma questão estrategicamente incorporada na supervisão e na educação permanente na gestão dos serviços de saúde. Nessa perspectiva, implantação de protocolos clínicos qualifica a assistência, contribuindo para uma racionalidade eficiente do sistema de saúde, como também previne possíveis iatrogenias.

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Nome do trabalho: Múltiplos Tratamentos por Tuberculose em Região Central de Grande Cidade, 2008-2016: Perfis, Causas e Características Autor: Flávio Guinsburg Hamburger Orientador: Maria Josefa Penon Rujula Gonçalves

RESUMO Introdução: A tuberculose continua a afligir milhões mundialmente, com importante número de casos no Brasil, e, em especial, na região central do Município de São Paulo. Uma parcela significativa dos pacientes com tuberculose necessita de mais de um tratamento para a doença, exigindo um melhor entendimento das causas e consequências destes retratamentos. Objetivo: Estudar pacientes com mais de um tratamento para a tuberculose notificados de 2008 a 2016 nos Distritos Administrativos da região central do Município de São Paulo. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal com dados secundários obtidos do sistema TBWeb, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa. Os critérios de inclusão eram ter tido mais de um tratamento por tuberculose notificado no sistema TBWeb no período entre 2008 e 2016, sendo o paciente residente na região central do município de São Paulo,. O critéris de exclusão era desconhecimento do desfecho do caso. Dados demográficos, epidemiológicos e clínicos disponíveis no sistema TBWeb foram estatisticamente analisados com o software SPSS 21.0. Aplicou-se teste t para variáveis quantitativas e qui-quadrado ou teste de Fisher para as qualitativas. Se adotou p<0,05 como significativo. Resultado: Entre 4105 casos de tuberculose, 570 eram retratamentos, sendo que 249 pacientes tiveram mais de um tratamento, resultando em uma média de 2,3±0,7 tratamentos por paciente. A maioria era do sexo masculino (72,3%), com idade média de 37,2±14 anos. 48,9% dos casos com informação ermam HIV+. O motivo mais comum para o retratamento era o abandono do tratamento anterior (59,4%), havendo também redivivas e falências de tratamentos (28,1% e 10%). Em 37,5% dos casos em que foi realizado teste de sensibilidade foi detectada resistência aos fármacos utilizados no tratamento. Quanto ao desfecho, houve cura em 46,5% dos casos, novo abandono em 26,5% e óbito em 12%. Retratamento por abandono e HIV+ estavam associados a piores desfechos, enquanto retratamento por falência está associado a maior número de curas. Também se notou que em pacientes HIV+ era observado um menor número de casos de resistência bacteriana. Conclusão: Inexiste um perfil único para pacientes com múltiplos tratamentos na região central do município de São Paulo, mas um grupo heterogêneo, com diferentes necessidades e especificidades, cabendo ao sistema de saúde conseguir supri-las, seja com maior oferta de testes de sensibilidade, possibilitando o melhor tratamento aos casos de resistência ou com tratamento diretamente observado, a fim de se diminuir os abandonos, para verdadeiramente se cumprir o princípio da equidade na saúde

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Nome do trabalho: Uso de hormônios sem prescrição entre mulheres transexuais e travestis no Estado de São Paulo Autor: Luca Fasciolo Maschião Orientador: Maria Amélia Veras

RESUMO Introdução: No mundo, mulheres transexuais e travestis são desproporcionalmente afetadas por epidemias de violência, descriminação, problemas de saúde mental, uso de substâncias, HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Este quadro se encontra intimamente relacionado a contextos sociais de marginalização, com altos índices de desemprego, baixa renda e pouco acesso a serviços de saúde gerais e procedimentos específicos que essa população pode necessitar. Essa falta de acesso a procedimentos específicos para essa população, como hormonoterapia e cirurgia de transgenitalização, frequentemente leva à realização de procedimentos sem supervisão médica, como injeção de silicone industrial e uso de hormônios sem prescrição. No Brasil, a oferta de procedimentos de transição supervisionados é regulamentada desde 2013 como Processo Transexualizador. No entanto, diversas limitações ao acesso perduram, com alta prevalência de uso de hormônios sem prescrição pela população. Buscando caracterizar tais barreiras de acesso, analisamos as prevalências e associação entre uso de hormônios sem prescrição e fatores sociodemográficos, identidade de gênero, acesso ao nome social e fatores relacionados ao início desse uso entre mulheres transexuais e travestis do estado de São Paulo. Objetivo: Descrever o uso de hormônios sem prescrição por amostra obtida de mulheres transexuais e travestis do estado de São Paulo, caracterizado sua associação com escolaridade, idade, raça/cor, renda, identidade de gênero, acesso ao nome social, idade de início de uso de hormônios, violência e discriminação relacionados a identidade de gênero. Método: O Projeto Muriel foi um estudo transversal realizado entre Novembro de 2014 e Outubro de 2015. Uma amostra de 673 pessoas transexuais e travestis foram amostrados pelo método snowball com cotas consecutivas em serviços públicos sociais, assistenciais e de saúde, sendo aplicado um questionário semi-estruturado por entrevistadores no local. esta análise restringiu-se à amostra de mulheres transexuais e travestis (n=616). Estatística descritiva e modelos de regressão de poisson bivariados e multivariados foram realizados para avaliar, respectivamente, as características sociodemográficas e relacionadas a procedimentos de transição na amostra, bem como a associação entre uso de hormônios sexuais sem prescrição e fatores hipoteticamente associados. Resultado: Em nossa amostra, 90,7% (n=559) das participantes relataram já ter usado hormônios, das quais 79,2% (n=444) sem prescrição médica. Em modelo multivariado, Iniciar uso de hormônios antes dos 18 anos de idade (RPa 1,51; IC95% 1,08 - 2,10), escolaridade menor do que ensino fundamental (RPa 1,25; IC95% 1,02 - 1,54) e menor do que ensino médio (RPa 1,16; IC95% 1,07 - 1,27), e identificar-se como travesti (RPa 1,19; IC95% 1,09 - 1,29) foram preditores de uso de hormônios sem prescrição. Ademais, ter o nome social respeitado em serviços de saúde se mostrou um fator protetor (RPa 0,84; IC95% 0,76 - 0,93) contra esta prática.

Conclusão: A prevalência de uso de hormônios sem prescrição é alta, particularmente se considerarmos o recrutamento de parte da amostra em serviços públicos de saúde, indicando o impacto de barreiras no acesso a serviços de saúde por mulheres transexuais e travestis. Suas associações com início de uso de hormônios antes dos 18 anos, níveis mais baixos de escolaridade e identidade de travesti destacam grupos para os quais o acesso é ainda mais restrito. Adicionalmente, o efeito protetor do respeito ao nome social sugere que tal política está relacionada a maior acesso a serviços de saúde pela população. Tais achados permitem compreender melhor o quadro de falta de acesso desta população a serviços que podem necessitar, indicando direções para que as políticas públicas ajudem a prevenir comportamentos de risco, promovendo melhores indicadores de saúde para a população de mulheres transexuais e travestis.

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Nome do trabalho: Estudo prospectivo, morfométrico, da região distal do úmero aplicado à prática clínica Autor: Fernando Viamont Guerra Co-autora: Jéssica Mendes Paes Orientadora: Celina Siqueira Barbosa Pereira

RESUMO Introdução: A região distal do úmero compreende uma séria de depressões e elevações ósseas e o seu conhecimento anatômico é de suma importância para o planejamento de procedimentos cirúrgicos. Há uma lâmina óssea, denominada septo supratroclear, localizada superiormente à tróclea, na parte distal do úmero, que pode estar perfurada, dando origem a uma variação anatômica conhecida como forame supratroclear (FST). A taxa de ocorrência dessa variação está entre 0% e 60% e ela acomete de forma variável diferentes etnias. O FST é comumente associado à presença de uma cavidade medular estreita, o que poderia dificultar a eventual colocação da haste intramedular em uma cirurgia para correção de fraturas da região distal do úmero. Em avaliações radiológicas, a presença do FST pode causar uma interpretação errônea ao ser confundida com uma lesão cística ou mesmo osteolítica. Desse modo, percebe-se a relevância do estudo da região distal do úmero e do FST do ponto de vista morfológico, radiológico, clínico e cirúrgico. Objetivo: Realizar diversas medidas de estruturas anatômicas presentes na região distal do úmero para determinar a morfologia dessa região, além de detectar a presença do FST e calcular o seu tamanho, em úmeros humanos adultos. Método: Dos 60 úmeros secos de cadáveres brasileiros, de sexo e idade desconhecidos, selecionados previamente no acervo do Departamento de Morfologia da FCMSCSP, 12 foram excluídos com base nos critérios de inclusão e exclusão. Os 48 ossos restantes foram submetidos a uma série de medidas para a análise morfométrica da sua região distal, com o auxílio de dois paquímetros digitais. O estudo dos ossos foi realizado por dois observadores independentes, que fizeram três medidas de cada um dos itens avaliados, em momentos diferentes e de maneira cega, totalizando seis medidas por osso. Os valores obtidos pelos dois observadores foram submetidos à análise estatística, com o auxílio do programa SPSS versão 21.0. Para se determinar as correlações intra-observador e inter-observador, foram utilizados o coeficiente de correlação intra-classe (CCI) e o coeficiente de correlação de Pearson, respectivamente. Resultado: Dos 48 ossos úmeros analisados, 28 (58,33%) eram úmeros direitos e 20 (41,67%), úmeros esquerdos. Em relação à distância interepicondilar, a média encontrada foi de 58,92 ± 4,10mm, com valor mínimo de 51,25mm e máximo de 67,32mm. Em relação à espessura do septo supratroclear, a média encontrada foi de 1,82 ± 1,55mm, com valor mínimo de 0,00mm e máximo de 7,57mm. A presença do FST foi notada em 13 (27,09%) dos 48 ossos estudados, sendo seis (46,15%) em úmeros direitos e sete (53,85%) em úmeros esquerdos. Em relação à largura do FST, a média dos valores encontrados foi de 4,95 ± 2,18mm, com valor mínimo de 1,78mm e máximo de 8,54mm. Em relação à altura do FST, a média dos valores encontrados foi de 3,66 ± 1,44mm, com valor mínimo de 1,51mm e máximo de 6,07mm. A correlação intra-observador foi muito alta (valores do CCI acima de 0,9) para as medidas da distância interepicondilar, espessura do septo supratroclear, largura e altura do FST, e foi abaixo da ideal para os diâmetros crânio-caudal e látero-lateral da fossa do olecrano, nas análises realizadas pelos dois observadores. A correlação inter-observador foi muito alta não só para as medidas que tiveram um CCI acima de 0,9 para ambos os observadores, como também para os valores obtidos na análise da menor distância entre a borda medial da fossa do olécrano e a crista supra-epicondilar medial e da menor distância entre a borda lateral da fossa do olécrano e a crista supra-epicondilar lateral. Conclusão: Há diversas formas de se tomar medidas da região distal do úmero para conhecer melhor sua morfologia e morfometria. A distância interepicondilar, a espessura do septo supratroclear e os diâmetros do FST, quando presente, foram reprodutíveis pelos dois observadores, sendo consideradas as melhores medidas para descrever essa região. A presença do FST nos úmeros analisados foi relevante, mostrando que se trata de uma variação anatômica relativamente frequente. Esse fato deveria ser de conhecimento de todos os profissionais que estão envolvidos no diagnóstico e tratamento de afecções que acometem a região distal do úmero, para a escolha da melhor opção terapêutica a ser seguida.

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Nome do trabalho: Obesidade e sintomas depressivos entre grupos de vulnerabilidade no município de São Paulo - Brasil Autor: Luísa Vachiaveo Albertino Orientador: Danielle Bivanco-Lima

RESUMO Introdução: A obesidade e os transtornos depressivos são agravos prevalentes no Brasil e no mundo, com evidência de associação entre si. Existe ainda relação entre vulnerabilidade social e risco aumentado de excesso de peso e depressão. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo avaliar a associação entre obesidade e rastreamento de sintomas depressivos em moradores de áreas com reduzida vulnerabilidade, indivíduos moradores de áreas com alta vulnerabilidade e imigrantes bolivianos que vivem na região central do município de São Paulo. Método: O estudo apresentou corte transversal baseado em inquérito domiciliar, sendo entrevistados adultos moradores da região, avaliados através de sorteio de áreas censitárias com diferentes vulnerabilidades sociais, classificadas através do Index Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) e na identificação de imigrantes bolivianos usuários de unidade básica de saúde da região, com informações auto relatadas sobre sintomas depressivos, peso e altura. A análise estatística foi realizada através do teste de Qui-Quadrado e cálculo de razão de prevalência (RP) pelo método de Poisson. O nível de significância estatística utilizado foi de 5%. Resultado: Foram entrevistados 1.100 indivíduos, sendo 430 (39,1%) moradores de áreas de baixa vulnerabilidade, 487 (44,3%) moradores de áreas de alta vulnerabilidade e 183 (16,6%) imigrantes Bolivianos moradores da região central. Houve maior frequência de obesidade entre imigrantes (16,6%) e moradores de áreas de alta vulnerabilidade (12,7%) (p=0.001). A presença rastreamento positivo de sintomas depressivos foi mais frequente nos imigrantes (46,4%) e moradores de áreas de alta vulnerabilidade (40,4%) (p<0.0001). Na análise estratificada, foi observado que há associação de obesidade em indivíduos com rastreamento positivo para sintomas depressivos ocorre no grupo de moradores de áreas de baixa vulnerabilidade (RP 2,33, CI 95% 1,15-4,72), mas não no grupo de áreas de alta vulnerabilidade ou imigrantes. A prevalência de rastreamento positivo para sintomas depressivos em indivíduos obesos foi observada em moradores de áreas de baixa vulnerabilidade (RP 1,89, CI 95% 1,18-3,03) e áreas de alta vulnerabilidade (RP 1,11, CI 95% 1,01-1,75), mas não entre imigrantes bolivianos. Conclusão: A associação entre obesidade e sintomas depressivos é heterogênea entre grupos de diferentes vulnerabilidades sociais.

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Nome do trabalho: O papel do suporte social e atividades extracurriculares na síndrome de Burnout em alunos do Internato de Medicina Autor: Maria Carolina Pedro Fontana Co-autor: Igor Prado Generoso Orientador: Danielle Bivanco-Lima

RESUMO Justificativa e Objetivos: A Síndrome de Burnout (SB) compreende sofrimento psíquico relacionado às demandas do trabalho, com sintomas de Exaustão Emocional (EE), Despersonalização (DP) e Realização Pessoal (RP) reduzida. A SB está associada a redução da empatia, pior clima de trabalho e redução do profissionalismo, além do risco de transtornos depressivos e suicídio. Estudos estimam a prevalência de SB entre 45 a 56% em estudantes de medicina, com 35 a 45% de alta EE e 26 a 38% de alta DP (Dyrbye LN, 2016). O objetivo deste estudo é descrever a prevalência da Síndrome de Burnout e o papel do suporte social e atividades extracurriculares em alunos do internato da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Métodos: Trata-se de estudo transversal que incluiu os internos do quinto e sexto ano do curso de medicina da FCMSCSP no ano de 2015. Um total de 121 alunos (60,5% do universo de internos) responderam aos questionários auto-aplicados, com questões sociodemográficas e escala validada para SB: “Maslach Burnout Inventory – Human Services Scale”. Foi realizada análise descritiva, utilizado teste do qui-quadrado entre as variáveis independentes e as dependentes: Síndrome de Burnout e suas subescalas (EE, DP e RP). O erro alfa foi considerado menor do que 5%. Resultados: A distribuição entre os sexos foi de 68 participantes do sexo masculino (56,2%) e 53 do sexo feminino (43,8%). A prevalência de SB foi de 57,6% entre os participantes, sendo 52,9% entre os homens e 47,1% entre as mulheres, sem diferença entre os sexos (p=0,39). Quanto à dimensão EE, 47,7% dos homens e 52,3% das mulheres apresentavam alta EE (p=0,17). Em relação à DP, 59,6% dos homens e 40,4% das mulheres apresentam alta DP (p=0,51). Quanto a reduzida RP, a prevalência foi de 60,9% dos homens e 39,1% das mulheres (p=0,42). Não houve diferença entre participantes com e sem síndrome de Burnout em relação a nenhuma variável sociodemográfica. Comparando as atividades extracurriculares não há diferença significativa entre alunos com e sem síndrome de Burnout, nem entre as três dimensões estudadas Não houve diferenças em relação ao suporte social (e seus subgrupos) entre indivíduos com alta pontuação em cada uma das 3 subscalas. Conclusões: A elevada prevalência da SB identificada nos internos do quinto e sexto ano de medicina revela a importância do sofrimento psíquico na formação médica. Os dados encontrados são maiores do que esperado na literatura, especialmente em relação a alta despersonalização. É fundamental a análise das condições acadêmicas associadas ao desenvolvimento da SB e também a criação de medidas preventivas e de apoio ao sofrimento psíquico dos estudantes.

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Nome do trabalho: “Avaliação da prevalência de lesões ortopédicas em jogadores de capoeira Autor: Marina Cruz Barbosa Reis Orientador: Karina de Cássia Braga Ribeiro

RESUMO Introdução:A capoeira é um esporte de tradição oral, sem um suporte técnico avançado. A formação dos Mestres e Professores de capoeira dá-se através do que lhes é passado, tanto pelas histórias contadas, tanto pelos movimentos ensinados, que, quanto mais aprimorados dentro da roda, permitem a mudança de graduação, os cordões. No entanto, a complexidade de movimentação está cercada pela ausência de uma técnica esportiva ou de conhecimento anatômico, o que leva aos diversos tipos e a alta frequência de lesões ósteo-musculares ou ligamentares que os atletas acabam sofrendo. É partindo dessa premissa, que esse trabalho científico buscou avaliar a prevalência de lesões ortopédicas em jogadores de capoeira. Objetivo:O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos indivíduos que apresentam lesões, segundo características de pessoa, lugar, tempo além de descrever a prevalência das lesões segundo ausência ou presença de interação com outro jogador. Método:Foi aplicado um questionário a capoeiristas em diferentes escolas de capoeira, para se identificar aspectos socioeconômicos, a frequência e o tipo de lesões ortopédicas. A partir das informações recolhidas pela pesquisa, foi elaborada uma tabela no Excel cujos dados totais resultantes foram transportados para o programa Stata, onde foram analisados. Resultados:Foram computados e analisados dados referentes a 59 capoeiristas do município de São Paulo. A maioria dos capoeiristas entrevistados eram homens (75%). Mais da metade dos capoeiristas não possuíam ensino superior (66%) e tinham idade média de 32 anos (variando de 18 a 58 anos). A prevalência do atleta ter sofrido qualquer lesão ortopédica, durante a prática de capoeira, foi igual a 91,3% (IC 95% 78,3;96,8), enquanto a prevalência de lesões presentes nos capoeiristas, no momento da entrevista, foi igual a 74,4% (IC 95% 59,6;85,2). Baseando-se na classificação dos tipos de lesão, observamos maior prevalência de entorse (54,3%, IC 95% 39,4; 68,5), seguido de lesão muscular (36,9%, IC 95% 23,9; 52,1], contusão (34,7%, IC 95% 22,1; 50,0), luxação (32,6%, IC 95% 20,3; 47,8) e fratura (26,0%, IC 95%15,1;41,1]. Entre os homens, a prevalência de qualquer tipo de lesão foi igual a 93,7% (IC 95% 76,7; 98,5) e entre as mulheres, a prevalência observada foi igual a 85,7% (IC 95% 51,9;97,0). Conclusão:Concluiu-se que a prevalência das lesões ortopédicas foi extremamente alta entre os atletas e que a presença de lesões atuais também se faz de grande importância. Porém, mesmo machucados, os atletas continuam seus treinamentos excessivos. Esse fato pode ser um fator de risco para a cronificação e o surgimento de novos tipos de lesão. Cabe, a partir desse momento, um aumento da amostra para que outras variáveis possam ser associadas e novas conclusões sobre o processo de trauma dos atletas sejam apresentadas.

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Nome do trabalho: Fissuras de mamilo: orientações de enfermagem no pré-natal e puerpério Autor: Beatriz Chagas Rodrigues de Almeida Orientador: Livia Keismanas de Ávila RESUMO

Introdução: O trauma mamilar é causa comum para o abandono do aleitamento materno, por ocasionar dor e desconforto às puérperas. Entre 80 e 96% das mulheres experimentaram algum grau de dor na primeira semana após o parto. A causa básica da lesão de mamilo é uma alteração no padrão de sucção do recém-nascido, sendo este inadequado. As orientações para a prevenção dessa complicação no aleitamento devem ser realizadas durante o pré-natal e puerpério.

Objetivo: Traçar perfil sóciodemográfico de puérperas internadas na maternidade/alojamento conjunto do hospital Irmandade de Misericórdia da Santa Casa de São Paulo, identificar quais orientações as puérperas receberam sobre fissuras de mamilos durante o pré-natal e no período de internação e propor um guia ilustrativo de orientação de enfermagem para puérperas sobre a amamentação, prevenção e tratamento de fissuras mamilares.

Método: Pesquisa exploratória, descritiva, quantitativa. Após aprovação da Comissão Científica da FCMSCSP e do CEP Santa Casa de São Paulo (CAAE: 68040217.5.0000.5479), a coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento com 19 questões objetivas. Os dados foram transferidos para uma planilha no Microsoft Excel® e submetidos à estatística descritiva.

Resultado: Participaram do estudo 55 puérperas; A média de idade foi de 27 anos; 45% estavam em união estável; 53% trabalhavam, dessas, 17% trabalhavam como recepcionistas e 68% trabalhavam de 7 á 9 horas/dia; 40% tinham ensino médio completo; 55% tiveram de 1 à 2 gestações e 60% tinham de 1 à 2 filhos/vivos; 98% realizaram o pré-natal em Unidades Básicas de Saúde, sendo que, 41% realizaram de 06 à 10 consultas e 61% realizaram as consultas com médico (a) e enfermeiro (a); 64% receberam orientações de como amamentar, sendo destas, somente 17% foram recebidas no serviço de pré-natal; 62% (das 55 puérperas) receberam informações sobre fissuras de mamilo, sendo que, só 29% receberam durante a consulta pré-natal; 55% (das 55 totais) receberam informação sobre a prevenção de fissura mamilar, 77% (n= 23 das 30) receberam que a posição correta ao mamar previne fissuras mamilares, assim como a pega correta do bebê no mamilo (77%); De um total de 153 informações, 54% (n=83 das 153) foram recebidas durante o pré-natal; 49% (das 55 puérperas) receberam orientações sobre tratamento de fissura mamilar, sendo destas, 82% receberam que “passar o próprio leite no mamilo” trata as fissuras. Conclusão: Ao analisar os resultados percebemos que as orientações sobre amamentação e problemas mamários ainda são pouco exploradas durante o atendimento pré-natal, desta forma podemos inferir que a assistência neste período se restringe a problemas que interferem na gestação, sem a devida valorização à saúde da puérpera. Contudo, ao nos depararmos com o déficit de orientações dadas no pré-natal sobre a fissura mamilar (amamentação, prevenção e tratamento), foi proposto um guia ilustrativo, com comunicação simples de orientações de enfermagem, reforçando informações oferecidas pela Caderneta da Gestante (2014) e por outros meios do Ministério da Saúde

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Nome do trabalho: Avaliação do conhecimento da população de mulheres transexuais e travestis sobre AIDS, IST, formas de prevenção e fatores associados Autor: Aline Borges Moreida da Rocha Orientador: Maria Amélia de Sousa Mascena Veras

RESUMO Introdução: O conceito de vulnerabilidade aplicado à saúde, que ganhou relevância com a epidemia de HIV/AIDS, identifica os determinantes dessa epidemia, nos aspectos que vão de suscetibilidades individuais a formas de estruturação de programas de saúde. Dentro desse referencial, a população de mulheres transexuais e travestis se encontra mais vulnerável em termos de saúde, enfrentando diferentes barreiras de acesso, que permeiam o conhecimento sobre as infecções sexualmente transmissíveis, estratégias de prevenção e serviços disponíveis, além da marginalização, preconceito e transfobia. Objetivo: Descrever e analisar o conhecimento sobre HIV, Sífilis e Hepatites Virais, métodos prevenção e serviços de testagem e verificar associação entre esse conhecimento e variáveis sociodemográficas e de comportamento sexual, de uma amostra de travestis e mulheres transexuais da cidade de São Paulo. Método: Este estudo utiliza dados obtidos na cidade de São Paulo, através estudo transversal, de natureza quantitativa, que utilizou do método de amostragem e análise estatística denominado Respondent Driven Sampling (RDS), executado de novembro de 2016 a maio de 2017. Estatística descritiva foi utilizada para acessar a amostra, apresentando os resultados de variáveis categóricas em proporções ponderadas com base na rede social das participantes, utilizando o método RDS. As análises estatísticas foram conduzidas utilizando os programas RDS ANALYST e STATA13. Resultado: No total de 386, 40.64% (IC 95%: 33.24 – 48.49) apresentaram resultado positivo para infecção por HIV. Quase totalidade da amostra reconhece que uma pessoa pode se infectar pelo vírus do HIV e por hepatites (B e C) em uma relação sexual sem uso de preservativos, respectivamente 99.40% (IC95%: 88.60 – 96.46) e 94.13% (IC95%: 89.81 – 96.68). A respeito de estratégias de prevenção, 68.43% (IC95%: 61.03 – 75.00) e 32.02% (IC95%: 25.20 – 39.69) conheciam, respectivamente sobre a profilaxia pós e pré-exposição ao HIV (PEP e PrEP). 98.89% (IC95%: 97.10 – 99.58) das participantes sabem onde realizar o teste de HIV e 61.03% (IC95%: 53.19 – 68.33) realizou o último teste há menos de seis meses. Conclusão: De acordo com os dados obtidos neste trabalho, é possível concluir que as mulheres transexuais e travestis possuem um alto conhecimento sobre as diferentes formas de se infectar por HIV, sífilis e hepatites virais (B e C) e um importante conhecimento sobre estratégias de prevenção e locais de testagem, ainda que apresentem altas taxas de infecção por HIV e outras ISTs. No contexto das vulnerabilidades aplicadas à saúde, através dos dados obtidos neste trabalho, a hipótese sobre o impacto da vulnerabilidade individual afetando a incorporação de informações de qualidade sobre práticas de prevenção pode ser levantada. Além disso, no contexto da vulnerabilidade programática, a efetividade dos programas de prevenção de HIV e outras ISTs pode ser questionada, dado as altas taxas de infecção encontradas.

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Nome do trabalho: Influência da Lei Maria da Penha na prevalência de violência doméstica: um estudo em pronto socorro do centro de São Paulo Autor: Marina Rovai Co-autor: Gabriela Bellini de Souza Orientador:Tânia Di Giacomo Do Lago

RESUMO Introdução:A violência contra a mulher é considerada um problema de saúde pública mundial (OMS). Essa questão tem ganhado importância no cenário mundial, devido à alta prevalência e sérias repercussões para a saúde da mulher. A Lei Maria da Penha foi implementada em 2006 no Brasil, criando mecanismos para coibir, punir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Entretanto, existem poucos estudos na literatura que buscam determinar o real impacto dessa lei na redução dos casos de violência no Brasil. Objetivo: Estimar a prevalência de violência no pronto socorro ginecológico da Santa Casa de São Paulo (PSDOGI) e comparar os resultados obtidos com dados de pesquisa semelhante realizada em 2005, avaliando o impacto da Lei Maria da Penha no número de casos de violência relatados no PSDOGI. Método: Foi realizada análise de um estudo transversal, resultado da aplicação do questionário aplicado em 270 mulheres de 18 a 49 anos que procuraram os serviços do PSDOGI entre outubro de 2017 e janeiro de 2018. Uma análise descritiva foi utilizada para calcular as prevalências de violência por meio de variáveis sócio-demográficas da entrevistada. Os dados coletados foram comparados com os obtidos em 2005 por meio do software Stata13. Resultado:A idade média das entrevistadas em 2018 é de 29.14 (desvio padrão = 7.39). Das 270 mulheres, 70.74% (N=191) encontravam-se empregadas, 39.63% (N=107) tinham ensino médio completo e 64.81% (N=175) estava casada ou vivendo com um companheiro. No trabalho feito em 2005 com 510 mulheres, a idade média foi de 31.1 anos (desvio padrão = 8.9), 61.2% (N=315) tinham algum emprego e, a maior parte das entrevistadas (53,9%) frequentou a escola até o ensino fundamental, sendo que destas mulheres (N=275), apenas 23,3% concluíram esta etapa da formação básica. A situação afetivo conjugal (N=455) da pesquisa de 2005 revelou que 67% (N=342) estava casada ou vivendo com um companheiro. Sobre a violência reportada, 41.48% (N=112) mulheres em 2018 relataram sofrer algum tipo de violência durante a vida, enquanto em 2005, considerando um N total de 493, esta porcentagem foi de 56.79% (N=280). Em 2018, 35.56% (N=96) disseram ter sofrido violência psicológica alguma vez na vida, 22.22% (N=60) violência física e 11.48% (N=31) violência sexual, contra 50.5% (N=249) de violência psicológica, 37.5% (N=185) de violência física e 18.7% (N=92) de violência sexual em 2005. Conclusão:No estudo a porcentagem de mulheres que sofreu algum tipo de violência foi reduzida de 56,79% em 2005, antes da aprovação da Lei Maria da Penha, para 41,48% em 2018. Houve também mudança do perfil socioeconômico, sem que, no entanto, houvesse relação da prevalência de violência com educação ou emprego.

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Nome do trabalho: Uso racional de antimicrobianos: aplicação de instrumento na prescrição médica. Autor: Carolina Palamin Buonafine Orientador: Dr. José Cássio de Moraes

RESUMO Introdução: Os antibióticos são a segunda classe de medicação mais consumida nos hospitais, dessa maneira gera consequências para toda a dinâmica clínica e financeira de um hospital. Assim sendo, a prescrição médica de antimicrobianos está intimamente relacionada ao uso inadequado de antimicrobianos, no aumento de Infecções Relacionadas à Assistência À Saúde, e por conseqüência nos altos custos ao uso irracional desses medicamentos. Diante dessa problemática, a pesquisa relaciona o uso indiscriminado de antibióticos e seus reflexos no prognóstico do paciente, na Unidade de Clínica Médica de um Hospital Privado Filantrópico no Centro da Cidade de São Paulo. Para isso foi implantado um check-list diário para uso de antibiótico, em que guia a prescrição médica por meio de algumas perguntas, como a possibilidade de substituição da posologia para via oral. Esse check-list possui como conceito teórico referencial o Efeito Hawthorne, o qual evidencia uma tendência das pessoas se comportarem diferentemente quando sabem que estão sendo observadas. Objetivo: Descrever a eficiência do uso de instrumento (check-list) na prescrição médica como forma de uso racional de antibiótico, baseado em dados de consumos de antibióticos e dados de permanência dos pacientes na unidade (número de pacientes/dia). Método: O desenho do estudo é transversal, exploratório e de análise quantitativa dos dados. A população de estudo foi analisada a partir dos dados gerenciais e indicadores administrativos da Unidade de Clínica Médica do Hospital da Santa Casa de São Paulo. A partir dos dados administrativos e gerenciais da Unidade de Clínica Médica foram avaliados os seguintes resultados no período em que foi utilizado o referido instrumento na prescrição médica (agosto a setembro de 2015): diminuição no consumo de antibióticos, tempo médio de internação e consumo, relação entre consumo de antimicrobianos endovenosos e orais. Os dados foram comparados com os meses anteriores e posteriores da implantação do instrumento nos anos de 2014 e 2015. Foram comparados os meses pré uso do instrumento (março e abril), meses antecedentes (maio à julho), período de uso (agosto de setembro) e período depois do uso ( outubro à dezembro), dos anos de 2014 e 2015.

Resultado: Quanto a Razão entre Consumo de Antimicrobianos Gerais e Número de Pacientes Internados no decorrer dos anos de 2014 e 2015 observou-se uma queda do consumo em 2015 a partir do mês de julho em relação ao ano de 2014. Dentro do período de julho à setembro de 2015 houve uma queda de quase 20% da razão entre consumo de antimicrobianos e número paciente, nesse mesmo período em 2014, houve um acréscimo de 30% na razão em estudo. Essa tendência à queda no consumo geral em 2015 permanece até outubro. O de consumo geral de antibióticos orais mostrou um aumento substancioso do uso de antimicrobianos orais no ano de 2015 em relação ao ano de 2014. O destaque mais importante está entre os meses de julho e outubro de 2015, com pico máximo de quase 300 unidades de consumo em relação ao ano de 2014.

Conclusão: Após a implementação instrumento, houve uma queda observada de consumo geral de antimicrobianos durante o treinamento da equipe pré-implementação e durante a aplicação do check-list, após a sua retirada, à tendência à queda de consumo notada não permanece. Outro importante destaque é a mudança de escolha de via de administração durante a aplicação do instrumento, em que se notou um aumento no consumo de antimicrobianos orais, o que pode mostrar uma sugestiva mudança de comportamento do médico ao prescrever um medicamento.

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Nome do trabalho: Efeitos do treinamento muscular inspiratório na força muscular respiratória, capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com hipertensão pulmonar Autor: Lucas Mellaci Bergamascki Orientador: Vera Lúcia dos Santos Alves

RESUMO Introdução: A hipertensão pulmonar (HP) é uma doença que causa alterações cardiopulmonares e musculares com limitações funcionais importantes ao indivíduo principalmente para realização de atividades da vida diária e exercícios. Há estudos que apontam o benefício do treinamento físico para pacientes com HP, porém a limitação de acesso a programas de reabilitação supervisionados traz a necessidade de uma abordagem diferente, como a hipótese de que o protocolo de TMI aplicado em pacientes com HP em ambiente domiciliar, possa melhorar a qualidade de vida, capacidade funcional e força muscular destes indivíduos. Objetivo: Avaliar o impacto de um protocolo com TMI na capacidade funcional, força muscular inspiratória e qualidade de vida nos pacientes com HP. Método: Estudo duplo-cego, randomizado, controlado, com pacientes do ambulatório multiprofissonal de HP de um hospital universitário. Os participantes do estudo e o pesquisador principal ficaram cegos quanto à divisão randomizada dos dois grupos (TMI e SHAM). Todos os participantes receberam informações sobre procedimentos e concordaram em participar, com a assinatura de uma declaração de consentimento informado. Os pacientes foram selecionados com bases em critérios de inclusão e exclusão, sendo que 26 foram abordados no ambulatório, e 14 foram excluidos por não preencherem os critérios. Todos os participantes foram submetidos à avaliação para coleta de dados (sexo, idade, peso, estatura, etiologia da HP, cateterismo cardíaco direito, classe funcional de acordo com a NYHA adaptada a pacientes com HP, oxigenioterapia e medicamentos em uso). Os participantes realizaram as avaliações no mesmo dia, com intervalo de tempo para descanso. A PImáx foi avaliada pelo aparelho POWERBreath KH2 e medida após expiração máxima com um intervalo de descanso de um minuto entre as cinco manobras, das quais três foram aceitas e, pelo menos duas, deveriam apresentar valores de diferença menor que 10% do valor mais alto. O teste de caminhada de seis minutos (TC6) mensurou antes, logo após e um minuto após ao término do percurso: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio, falta de ar e percepção de fadiga (escala de Borg modificada). O questionário de qualidade de vida aplicado foi o Sf-36. O protocolo TMI, foi realizado com o paciente em casa. O grupo de tratamento realizou o TMI com o POWERbreathe Line Plus com 30% da PImáx durante 30 minutos por dia, sete dias por semana, por 12 semanas. Uma vez por semana a PImáx foi medida presencialmente e a resistência ajustada para manter o treino com 30% da PImáx. O grupo SHAM treinou com o mesmo equipamento e orientações do TMI, porém com o equipamento sem mola de resistência. Os dados foram analisados com o SPSS, versão 13.1, com nível de significância de <0,05. Foi usado o teste t de Student e o qui-quadrado para dados nominais e o teste U de Mann-Whitney para dados ordinais. Resultado: A média de idade dos 12 pacientes avaliados foi de 40,5 anos (±10,8), peso de 68,0kg(±14,8) e altura de 160,0cm(±8,9). No estudo, 87,5% dos participantes eram do sexo feminino, com 50% de etiologia idiopática, 37,5% por doenças do tecido conjuntivo e 12,5% por sequelas de esquistossomose. Quanto a classificação funcional (CF), 75% dos participantes são CF NYHA III e 25% CF NYHA II. No TC6, o grupo TMI obteve média de 404,40m (±170,5) na avaliação pré-protocolo, e 431,41m (±35,32) após o treinamento, enquanto o grupo SHAM obteve 406m (±115,7) e 410,44m (±42,43), respectivamente, com diferença estatisticamente significante no intra grupo para o TMI. Não houveram relatos de intercorrências durante o treinamento em casa e ausência mudanças da qualidade de vida avaliada pelo Sf-36 no estudo. Em relação a Pimax, o grupo de TMI apresentou média de 36,55 mmHg (±25,33) na avaliação e 41,23 mmHg (±18,31) na reavaliação, enquanto o grupo SHAM obteve média de 38,15 mmHg (±18,77) e 39,23 mmHg (±18,91), sem diferença estatisticamente significante entre grupos e intra grupos. Conclusão: O protocolo com TMI gerou impacto positivo na capacidade funcional avaliada pela distância percorrida no TC6 nos pacientes com HP.

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RESUMO DOS TRABALHOS Comitê Externo: Profa. Dra. Roseli Oselka Saccardo Sarni

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Nome do trabalho: Determinação de concentrações de MKRN3 em população pré púbere na cidade de São Paulo-SP Autor: Gabriela Grosso Frioli Orientador: Professora Doutora Cristiane Kochi

RESUMO Introdução: A puberdade é período em que ocorre grande mudança física, psíquica e é definida como o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Durante a puberdade, ocorre o estirão de crescimento, que é mais precoce nas meninas do que nos meninos. Também há grande mudança da composição corporal, sendo que há aumento da massa gorda nas meninas e aumento da massa magra nos meninos. As alterações físicas da puberdade estão sob o controle do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, pelo incremento do pico de liberação do LH e FSH em resposta à estimulação pelo GnRH. O gene MKRN3 vem sendo estudado como o principal inibidor de secreção de GnRH antes do início da puberdade. Objetivo: Avaliar as concentrações de MKRN3 em crianças pré púberes saudáveis, avaliar a associação das concentrações do MKRN3 com o grau de maturação óssea e avaliar as diferenças de concentração do MKRN3 em relação ao gênero. Método: Foi realizado um estudo longitudinal, que avaliou 67 pacientes pré púberes, sendo 31 meninas e 36 meninos (meninas de 6 a 10 anos de idade cronológica; meninos de 7 a 12 anos de idade cronológica), estudantes de escolas públicas da cidade de São Paulo. Os pacientes foram avaliados no início do estudo e 10 meses e após, com realização de análise antropométrica. Devido ao fato de não ter conseguido o financiamento necessário para a realização das análises laboratoriais, o projeto se desenvolveu apenas com a análise estatística dos dados antropométricos das crianças selecionadas para estudo associada a uma revisão bibliográfica de estudos previamente realizados sobre a relação existente entre níveis séricos baixos da proteína MKRN3 e Puberdade Precoce Central. Resultado: A média de idade na primeira visita foi de 7,7 (sendo que a menor criança avaliada apresentava 6,1 anos na época e a criança mais velha, 12,8) e, na terceira visita, de 8,6 (tendo, então, a criança mais nova 6, 9e a mais velha 13,6 anos). A média do escore Z das estaturas foi de 0,13 na primeira visita (variando de -1,82 a 1,99) e de 0,23 na terceira visita (variando de -1,77 a 2,01) e dos IMCs foi de 0,45 na primeira visita (variando de -1,2 a 3,1) e de 0,3 na terceira visita (variando de -1,2 a 3,5). Nenhuma criança apresentou baixa estatura. A partir da análise dos IMCs observou-se que uma em 67 crianças apresentava um quadro de obesidade e dezessete em 67 apresentavam sobrepeso, representando 25,4% do N total. Não foi observada relação entre zIMC e idade óssea ou idade cronológica. Não foram observadas diferenças significantes no zE e no zIMC entre a primeira e a terceira avaliação. Observou-se uma correlação entre o valor de idade óssea e a velocidade de crescimento apresentada entre a primeira e a terceira visita (r = 0,612, p< 0,001), sendo que as crianças que apresentaram maior idade óssea ao inicio do estudo, no momento da terceira visita mostraram VC>8cm/ano, indicando o estirão característico de entrada na puberdade. Oito de 67 alunos apresentaram VC>8cm/ano ao final do estudo, sendo, desses, sete meninas e um menino. Das sete meninas, 4 apresentavam sobrepeso. A media de idade cronológica das sete meninas com VC>8cm/ano foi de 8,9 (1,2) anos no início da avaliação e a de idade óssea foi de 10,2 (2,1) – IO-IC = 1,3 (1,6). A media da velocidade de crescimento apresentada por elas foi de 9,6 (1,1) cm/ano. Conclusão: No presente estudo, observamos que 7 meninas apresentavam velocidade de crescimento sugestiva de estirão puberal no período de acompanhamento, com média de idade cronológica de 8,9 anos. Isso sugere que essas meninas tiveram uma antecipação da entrada em puberdade, pois a média populacional para início de puberdade é de 10 anos. Chama a atenção que 4/7 meninas apresentavam excesso de peso. As mesmas quatro meninas com sobrepeso de nosso estudo também mostraram ter uma Idade Óssea avançada para a idade, o que reforça seu quadro de antecipação puberal e indica que a obesidade também pode estar envolvida no processo de maturação óssea, como comprovam Groot CJ et al ao demonstrarem que o aumento dos níveis de sulfato de desidroepiandrosterona (DHEAS) em crianças obesas está diretamente relacionado ao avanço da Idade Óssea nessas crianças, assim como o aumento de secreção de insulina gerado pela obesidade. Apesar dos resultados de nosso trabalho serem consoantes com os estudos realizados anteriormente, é importante ressaltar a limitação gerada pelo número amostral (n = 7). Além disso, um segundo problema do estudo realizado foi a disponibilidade apenas dos dados antropométricos para análise. Não foi possível avaliar em nosso estudo os níveis de MKRN3 das crianças participantes, porém sabemos por pesquisas já realizadas que tal gene também tem um importante envolvimento na antecipação da puberdade. O MKRN3 parece ser a principal substância que inibe o início da puberdade. Mutações inativadoras no gene MKRN3 foram descritas em pacientes com puberdade precoce central familiar. Hagen et al demonstraram em sua pesquisa que meninas com puberdade precoce apresentam níveis mais baixos de MKRN3 circulantes quando comparadas a meninas que entraram na puberdade dentro da faixa etária esperada – confirmando o papel do gene como um dos principais inibidores da secreção de GnRH hipotalâmico antes da puberdade. Tendo isso em mente, pode-se dizer que nosso estudo permitiu concluir que tanto a obesidade quanto a redução dos níveis séricos de MKRN3 assumem papeis importantes quando se trata de desenvolvimento precoce da puberdade, ambos agindo sobre o eixo hipotalâmico-hipofisario-gonadal.

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Nome do trabalho: Avaliação do comportamento aversivo de Rattus norvegicus experimentalmente infectado por duas cepas distintas de Toxoplasma gondii (ME49 e VEG): Estudo de marcadores epigenéticos Autor: Giulio de los Santos Fortuna Co-autor: Lariane Monteiro Barbosa Orientador: Sergio Vieira dos Santos

RESUMO Introdução: Em roedores, a infecção experimental por Toxoplasma gondii pode gerar comprometimento da memória e aprendizado, bem como atenuar a aversão inata de ratos para urina do predador, tornando-a um atrativo. Acredita-se que essas alterações, que ocorrem principalmente por alterações epigenéticas na região da amígdala, beneficiem o protozoário, facilitando a transmissão para o hospedeiro definitivo, isto é, felídeos. Objetivo: O objetivo do presente trabalho será verificar a relação entre infecções por cepas distintas de Toxoplasma gondii (ME49 e VEG) e alterações comportamentais (memória, aprendizado e aversão à urina de gato) e metilação do promotor de arginina-vasopressina (AVP) na região da amígdala do cérebro de Rattus norvegicus infectados. Método: Machos adultos de Rattus norvegicus foram infectados com Toxoplasma gondii das cepas ME49 e VEG, sendo divididos em três grupos: G1- animais infectados por T. gondii – cepa ME49; G2 - animais infectados por T. gondii – cepa VEG; e Grupo Controle – animais sem infecção. Após dois meses da infecção, para análise do comportamento aversivo ao odor da urina de gato, foi conduzido experimento em Labirinto em T, Campo Aberto/Arena e Actômetro. Após avaliação do comportamento, os animais foram submetidos à eutanásia para recuperação do sistema nervoso central e análise da metilação do promotor de arginina-vasopressina por meio da digestão por enzimas de restrição sensível a metilação (HpaII e BstUI). Para análise das diferenças estatísticas entre os grupos tratados com enzima e não tratados foi utilizado Teste-t de Student. Para análise da variância das variáveis comportamentais foi utilizado Teste de Análise de Variância (ANOVA). Resultado: Não foi observada diferença estatisticamente significante no tempo de permanência, nem na frequência de entrada no braço do Labirinto em T com a urina do gato entre os ratos infectados e controle. Em Campo Aberto, encontrou-se diferença estatisticamente significante no tempo de permanência na periferia mais longa nos ratos infectados pela cepa VEG. Além disso, houve diferença estatisticamente significante no número de quadrantes pelos quais os ratos infectados pela cepa VEG e os ratos do grupo controle movimentaram-se, locomovendo-se menos os ratos infectados pela cepa VEG. Ademais, os ratos infectados pela cepa ME49 e os ratos controle permaneceram maior tempo entre o centro e periferia do que os ratos infectados pela cepa VEG. Detectou-se um valor de Ct maior após o tratamento com a enzima HpaII nos ratos do grupo infectado com T. gondii da cepa VEG de maneira estatisticamente significante quando comparados aos grupos infectados com a cepa ME49 e controle. Além disso, o grupo dos infectados com a cepa VEG apresentou maior magnitude de valor de ΔCt em comparação ao grupo controle, o que não foi observado de forma estatisticamente significante no grupo de infecção pela cepa ME49. Obteve-se um valor de Ct maior após o tratamento com a enzima BstUI nos ratos do grupo controle de maneira estatisticamente significante quando comparados aos grupos infectados. Todavia, não houve diferença estatisticamente significante na magnitude de valor de ΔCt entre os grupos infectados e controle. Conclusão: Os dados apresentados no estudo demonstram, portanto, que a manipulação epigenética do gene da AVP na amígdala de ratos machos infectados pelo protozoário T. gondii apresenta uma variação de acordo com a cepa infectante e com a região promotora analisada. Além disso, observou-se que a hipometilação genética não necessariamente resulta no comportamento esperado de atenuação da aversão ao odor da urina do gato e de maior caráter exploratório em ratos infectados pelo T. gondii, sendo necessária a análise da oscilação temporal da manipulação comportamental e a realização de experimentos comportamentais mais próximos da realidade ambiental em futuros estudos.

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Nome do trabalho: Recorrência de Glomerulonefrites e Glomerulonefrites De Novo após transplante renal: Experiência de um único centro no Brasil Autora: Giovana Teixeira Leite Orientadora: Patrícia Malafronte

RESUMO Introdução: As glomerulonefrites (GN) são importante causa de doença renal crônica estágio V, sendo responsáveis por 30 - 50% dos pacientes submetidos a transplante (Tx) renal. Sua recidiva pós-transplante é a terceira causa mais comum de perda do enxerto, ocorrendo em 6 a 19,5% dos pacientes. Estudos identificaram como fatores de risco para a recorrência de GN após o Tx renal: receptor do sexo masculino, altos níveis no painel de reatividade, tipo de glomerulonefrite e doador vivo relacionado. As formas de glomerulonefrites primárias mais frequentes que podem apresentar recorrência após o Tx renal são: Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF), Nefropatia da IgA (NIgA), Glomerulonefrite Membranosa (GNM) e Glomerulonefrite Membranoproliferativa (GNMP). Outra forma de GN após Tx Renal são as glomerulonefrites de novo, que têm taxa de prevalência de 1,8%. A GN de novo mais comum é a GNM de novo. Objetivo: O estudo propõe analisar a prevalência, a apresentação clínica, o tratamento e a evolução das recorrências de glomerulonefrites e das glomerulonefrites “de novo” em receptores de transplante renal de um único centro. Método:Foram analisados retrospectivamente os prontuários médicos de receptores de transplante renal acompanhados no ambulatório de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo no período de 1985 a 2018, totalizando uma amostra de 433 pacientes. Para caracterizar a população estudada de recidivas de glomerulonefrites e de glomerulonefrites de novo, foram coletados os dados demográficos, etiologia da doença de base, o tempo e tipo de diálise, o tempo de transplante renal até o diagnóstico da recorrência ou do aparecimento da doença de novo, o número do transplante, o tipo de doador, o esquema de medicação imunossupressora, o antígeno leucocitário humano (HLA), o tempo de isquemia fria e ocorrência de função retardada do enxerto, função renal e apresentação clínica no momento do diagnóstico da recorrência ou do aparecimento da doença de novo, tipo de tratamento realizado e a evolução do enxerto. Resultados: Foram analisados prontuários de 433 pacientes. Dentre esses, 128 (29,5%) tinham o diagnóstico confirmado por biópsia renal de uma glomerulonefrite (GN) primária como doença de base: 43 (33,6%) eram portadores de GESF, 9 (7%) eram Nefropatia do IgA, 15 (11,7%) eram GNMP, 4 (3,1%) GN membranosa, 6 (4,6%) eram Síndrome de Alport, 1 (0,7%) Síndrome de Goodpasture e 50 (39%) pacientes tinham o diagnóstico de GN crônica. A taxa de recorrência da doença de base nos 128 pacientes portadores de GN primária foi de 8,6% (11), sendo 13,9% (6) em pacientes portadores de GESF, 22,2% (2) em pacientes portadores de Nefropatia por IgA e 20% (3) em pacientes com GNMP, não houve nenhum caso de recorrência de GN membranosa. A média de idade desses pacientes no momento do transplante foi de 26,9 anos (variando de 8 a 47 anos). Em relação a cor, 8 (72,7%) pacientes foram reportados como brancos, 2 pardos (18,2%) e 1 (9,1%) negro. Quanto ao sexo, 5 (45,5%) pacientes eram do sexo feminino e 6 (54,5%) do sexo masculino. Quanto às GN de novo, dos 433 pacientes transplantados no serviço, 5 (1,1%) apresentaram tal diagnóstico após o transplante renal, sendo 4 (80%) casos de GESF e 1 (20%) de GN membranosa. Esses 5 pacientes apresentavam como doença de base: Refluxo Vesico Ureteral, Doença Renal Policística, GN endo e extra capilar, GN membranosa e Lúpus Eritematoso Sistêmico. Conclusão: Embora a amostragem desse estudo não permita análises estatisticamente significantes, a análise descritiva dessa amostra e sua comparação com os dados da literatura são muito significativas e relevantes para a área. A caracterização do perfil de cada glomerulonefrite pós-transplante é essencial para a prevenção, detecção precoce e tratamento efetivo. Para o maior avanço nessa área, novos estudos, preferencialmente multicêntricos, caracterizando as glomerulonefrites após transplante a partir de seus marcadores séricos (moléculas responsáveis pela fisiopatologia dessas doenças) e biópsias protocolares (detecção de glomerulonefrites ainda assintomáticas) serão determinantes.

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Nome do trabalho: Potencial Evocado Auditivo Cortical na estimativa de limiares auditivos eletrofisiológicos por condução óssea e aérea em indivíduos com perda auditiva. Autor: Isabella Soares Tomazini Orientador: Alessandra Spada Durante

RESUMO Introdução: Os potenciais evocados corticais (PEAC), refletem principalmente a atividade do tálamo e do córtex auditivo. A resposta exógena mais comumente observada são os picos P1, N1 e P2. Na avaliação eletrofisiológica, a fim de predizer os limiares auditivos de maneira confiável, destaca-se a necessidade de realização do exame eletrofisiológico por condução óssea, a fim de analisar a presença de diferenças entre limiares de via aérea e via óssea e determinar o tipo da perda auditiva. O National Acoustic Laboratory desenvolveu nos últimos anos um dispositivo chamado HEARLab com a finalidade de pesquisar o PEAC, de forma automática, sendo assim mais acessível na aplicação clínica. O PEAC traz a vantagem de avaliar a resposta cortical em pessoas que tem deformidades anatômicas e/ou não possam colaborar na avaliação comportamental. Sua tecnologia avançada permite reduzir o registro de ruído e interferência, por meio de eletrodos que são mais sensíveis na captação de respostas. Estudos recentes realizados com o equipamento de análise automática de resposta HearLab mostraram sua viabilidade na pesquisa dos limiares eletrofisiológicos corticais em neonatos e adultos tanto por condução aérea (Oliveira et al. 2018; Durante et al. 2017 ) quanto por condução óssea (Costa, 2017; Brito, 2018), no entanto avaliaram normo-ouvintes. Pesquisas na literatura utilizando a condução óssea no potenciais evocados auditivos são escassas. Assim, a hipótese do presente estudo é que seja possível estimar com segurança os limiares auditivos em adultos com perda auditiva por meio dos PEAC obtidos em equipamento de análise automática de resposta. Objetivo: Caracterizar os limiares eletrofisiológicos com perda auditiva, por meio do equipamento de analise automático dos potencias evocados auditivos cortical por condução óssea e aérea em adultos com perda auditiva sensorioneural. Método: Este estudo transversal observacional e descritivo obteve a aprovação no CEP da ISCMSP. O estudo avaliou 12 adultos com perda auditiva sensorioneural bilateral simétrica de grau leve a moderado. O PEAC foi registrado com estímulo “tone burst” apresentado por meio de vibrador ósseo e fones de inserção nas frequências de 500 Hz, 1, 2 e 4 kHz inicialmente na intensidade de 60 dB NA, em seguida a intensidade foi rebaixada até a identificação do limiar. O limiar cortical foi definido automaticamente por meio do teste estatístico Hotelling's T2, e registrado como sendo o menor nível no qual uma resposta cortical estava presente (p<0,05). Foram analisadas as latências das ondas P1, N1 e P2 na intensidade máxima e no limiar, e os limiares tonais audiométricos e eletrofisiológicos por condução aérea e óssea. As medidas foram analisadas por meio do teste estatístico de Wilcoxon. Resultados: As latências dos componentes do PEAC observadas para a condução por via óssea e aérea foram similares , tanto na intensidade máxima quanto no limiar exceto para o componente P1 de 500Hz (p=0,004) na intensidade mínima e para os componentes P2 de 500 e 4kHz (p<0,04) na intensidade máxima, sendo que a via aérea apresentou as maiores latências. Pode-se observar em média limiares de 40,83; 47,08; 58,63; 45,90 dB NA para via óssea, e média de limiares de 46,67; 61,67; 60; 59,16 dB NA para via aérea, respectivamente nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000Hz. Todas as frequências apresentaram limiar eletrofisiológico aéreo médio superior ao audiométrico aéreo. As diferenças entre os limiares eletrofisiológico e audiométrico por condução aérea foram em média de 14,17; 10,83; 10,83; 10,83; 3,33dB, para as frequências de 500 Hz, 1, 2 e 4 kHz respectivamente. Já para a condução óssea foram observadas menores diferenças entre os limiares eletrofisiológico e audiométrico em média de 4,58; -1,25; 14,09; -7,27 dB, para as frequências de 500 Hz, 1, 2 e 4 kHz respectivamente. Conclusão: Os resultados do presente estudo evidenciam o valor preditivo do PEAC obtido por meio de equipamento de análise automática de resposta, na estimativa do limiar auditivo de adultos com perda auditiva sensorioneural, por condução aérea e óssea.

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Nome do trabalho: Avaliação do limiar de dor de mulheres com e sem diagnóstico de vaginismo Autor: Letícia Midori Ikedo Co-autor: Caroline Schmiele Namur Orientador: Vera Lúcia dos Santos

RESUMO Introdução: As disfunções sexuais apresentam uma importante prevalência entre as mulheres. O vaginismo é uma disfunção sexual feminina na qual a mulher apresenta dor durante a relação sexual e não é capaz de permitir penetração. A condição engloba aspectos anatômicos e emocionais. A dor causada pelo vaginismo pode ser avaliada através da Escala Visual Analógica (EVA) e com o uso de algômetro de pressão, podendo ser tratada de diferentes maneiras, incluindo eletroestimulação. A literatura não apresenta estudos que investigam o uso do algômetro na avaliação perineal e a eletroestimulação como possibilidade de tratamento em mulheres com disfunção sexual. Objetivo: Avaliar o efeito da eletroestimulação sobre a dor no vaginismo. Método: Foram selecionadas 60 mulheres divididas em dois grupos: 30 com diagnóstico de vaginismo grau III e 30 sem disfunção sexual. O limiar de dor na região do períneo foi avaliado com o algômetro de pressão e aplicado a EVA. Em seguida foi realizado o Biofeedback eletromiográfico também para avaliação do limiar de dor. No grupo de mulheres com vaginismo foi aplicado um protocolo de 12 sessões com eletroestimuação. Após as sessões de tratamento com a eletroestimulação, as 30 participantes com vaginismo tiveram todo o processo de avaliação repetido para reavaliação. Resultado: Após o tratamento o grupo com vaginismo apresentou diminuição da dor referida na EVA e aumento no limiar de dor testado pela algometria após intervenção com eletroestimulação. Conclusão: Estão presentes na literatura trabalhos que citam a eletroestimulação como uma opção para reabilitação do assoalho pélvico, como melhor opção de tratamento para o vaginismo. Todavia, apesar da literatura não apresentar conclusão a respeito do tratamento com eletroestimulação para mulheres com vaginismo, o presente trabalho apresentou melhora na comparação pré e pós intervenção nas mulheres com vaginismo e valores de algometria próximos aos das mulheres do grupo controle. A intervenção realizada mostrou melhora do quadro de disfunção sexual das pacientes diagnosticadas com vaginismo, tendo relevância estatística significante na análise dos dados. O tratamento fisioterápico com eletroestimulação pode ser uma nova alternativa para a redução do limiar de dor e tratamento das mulheres com vaginismo.

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Nome do trabalho: Ação de moduladores de lisinas (K)-deacetilases sobre o metabolismo celular em astrócitos expostos ao estresse oxidativo e excitotoxicidade: possível papel neuroprotetor na Esclerose Lateral Amiotrófica Autor: Jorge Luiz de Barros Torresi, Co-autor: Mariana Dutra Brito Orientador: Tatiana Rosado Rosenstock

RESUMO JUSTIFICATIVA e OBJETIVO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara que afeta 1,89 indivíduos a cada 100 mil. Embora muito esteja sendo feito no sentido de contornar o processo de morte celular, pouco se sabe sobre a gênese da doença. De fato, muitos são os mecanismos aventados para subsidiar o processo de neurodegeneração, dentre eles, podemos destacar o estresse oxidativo, a excitotoxicidade e a disfunção mitocondrial. Sendo assim, o objetivo desse projeto foi avaliar o efeito neuroprotetor de moduladores de lisinas deacetilases (KDACs) sobre o metabolismo mitocondrial e sobrevivência celular em cultura primária de astrócitos após aumento do estresse oxidativo (utilizando H2O2) e indução da excitotoxicidade (após exposição à neurotoxina LBMAA). MÉTODOS: Para alcançarmos nosso objetivo, utilizamos cultura primária de astrócitos de camundongos C57BL com 3 dias de vida. Para ensaios de viabilidade, as células foram submetidas ao teste de MTT; todas as células foram tratadas com H2O2 ou LBMAA e concentrações crescentes de diferentes KDACS (TSA, SB, MS-275 e SBHA). Os níveis de histona H3 total e histona H3 acetilada foram avaliados por western blot, enquanto que o potencial de membrana mitocondrial foi investigado por fluorescência após a incubação das células com TMRE. O metabolismo mitocondrial foi também analisado pela razão ATP/ADP e piruvato/lactato, bem como através de medidas do consumo de oxigênio e da biogênese mitocondrial. A análise estatística foi feita por One-Way anova seguido do teste post-hoc Bonferroni e/ou pelo Teste t-Student (foi considerado estatisticamente significante p<0,05). RESULTADOS: Observamos que nos modelos celulares utilizados, as mitocôndrias estão despolarizadas e há uma redução na expressão do gene Pgc1 alpha além de diminuição do consumo de oxigênio. Tais alterações estão associadas ainda a um decréscimo da relação ATP/ADP e diminuição viabilidade celular. Ao mesmo tempo, demonstramos que o MS-275 e SB foram capazes de resgatar a relação ATP/ADP, restabelecer o potencial de membrana mitocondrial e restaurar a viabilidade celular. CONCLUSÃO: Assim, concluímos que a utilização de alguns inibidores de KDACs se mostrou benéfico e neuroprotetor no modelo de estresse oxidativo, sendo capaz de melhorar a sobrevivência celular provavelmente devido à modificação, para níveis normais, do potencial de membrana mitocondrial e dos níveis de ATP. Com isso, podemos sugerir que modificação na acetilação de histonas pelas KDACS pode levar a um efeito neuroprotetor por meio da modulação epigenética celular. Com isso, tais agentes apresentam grande potencial terapêutico para qualquer doença neurodegenerativa que tenha como mecanismo de patogênese o estresse oxidativo.

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Nome do trabalho: DISFUNÇÃO COGNITIVA PÓS-OPERATÓRIA EM PACIENTES SEM COMPROMETIMENTO COGNITIVO PRÉ-OPERATÓRIO Autor: Bruno Derwood Mills Costa de Carvalho Co-autor: João Vitor Altoé de Souza Orientador: Profa Dra Ligia Andrade da Silva Telles Mathias

RESUMO Justificativa e objetivos: À medida que a expectativa de vida aumenta, particularmente nos países em desenvolvimento, espera-se que o número de cirurgias realizadas em pacientes idosos aumente proporcionalmente. Estudos randomizados e controlados mostraram que a incidência de Doença Cognitiva Pós Operatória (DCPO) aumenta em pacientes idosos. Entre os fatores de risco significativo, estariam incluídos os pacientes com comprometimento cognitivo pré-operatório. O objetivo do presente estudo foi determinar a proporção de pacientes com disfunção cognitiva no período pré-operatório e no pós-operatório precoce (1° dia) e verificar a relação de DCPO com a duração da cirurgia e o tipo de anestesia. Método: Após aprovação de CEP da Instituição foram estudados pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos ou de urgência/emergência, de pequeno, médio e grande porte com idade superior a 65 anos, estado físico ASA I, II e III segundo a American Society of Anesthesiologists (ASA). Foram excluídos os pacientes submetidos a cirurgias cardíacas e neurocirurgias; pacientes com diagnóstico prévio de desordens psiquiátricas e pacientes com limitação de audição, de leitura e/ou de escrita que impossibilitasse a realização do teste. Após a realização da avaliação pré-anestésica, os pacientes foram submetidos ao teste Mini-Exame do Estado Mental. Na enfermaria, no 1° dia de pós-operatório (PO), os pacientes foram novamente submetidos ao MEEM. As variáveis analisadas durante avaliação pré-anestésica foram: idade, gênero, peso, altura, IMC; grau de escolaridade; doenças associadas; Classificação do estado físico (ASA); medicações em uso; escore da escala de avaliação cognitiva MEEM. No pós-operatório foram coletadas e analisadas as seguintes variáveis: procedimento cirúrgico realizado; técnica anestésica; duração da anestesia e do procedimento cirúrgico; intercorrências anestésico-cirúrgicas; escore do MEEM. Resultados: Participaram do estudo 243 pacientes, com média de idade de 73,6 (DP 3,34), 35% do sexo masculino e 65% do sexo feminino, 73,5% ASA II e 26,5% AA III, 30,1% submetidos a bloqueio do neuroeixo e 69,9% a anestesia geral. Os procedimentos realizados variaram, sendo a maioria cirurgias eletivas, do aparelho digestivo, ortopédicas e urológicas, como duração média de 262 ± 128 min. A comparação dos valores médios de MEEM no pré-operatório e 1° dia de PO mostrou diferença significativa (Teste de Wilcoxon – p = 0,0257); a incidência de DCPO aumentou 13,75% no 1° PO em relação aos valores pré-operatórios (p = 0,0438), mas não foi observada correlação entre a incidência de DCPO e o tempo de cirurgia ou o tipo de anestesia (p>0,05). Conclusão: este estudo mostrou que o ato anestésico-cirúrgico teve impacto negativo na incidência de disfunção cognitiva.

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Nome do trabalho: Eficácia da respiração profunda, de um livro de autoajuda e dos efeitos aditivos das duas intervenções na redução do consumo de cigarros, motivação, ansiedade e depressão dos pacientes da lista de espera do ambulatório de tabagismo, da clínica de pneumologia da Santa Casa de São Paulo. Autor(a): Felipe Teijeiro Cabral Co-autor(a): Annelise Akemi Higa Lee Orientadora: Profa. Dra. Vera Lúcia dos Santos Alves

RESUMO Introdução: Há pouca evidencia clinica no campo de intervenções não farmacológicas na redução de consumo de cigarros em pacientes que não passaram por atendimentos para parar de fumar. Objetivo: Analisar o efeito da leitura de um livro e de exercício com respiração profunda para o consumo de cigarros, níveis de depressão, ansiedade e motivação para parar de fumar. Métodos: Esta série de casos foi feita em pacientes da lista de espera de um Ambulatório de Tabagismo. Todos foram recrutados aleatoriamente em quatro grupos: Grupo RP, que aprendeu as técnicas de respiração profunda; Grupo RP+L, que aprendeu técnicas de respiração profunda e leu um livro; Grupo L, que fez somente a leitura de um livro; Grupo C, que foi o controle e não sofreu nenhuma intervenção. Os pacientes foram avaliados quanto ao consumo de cigarros, medido pelo aparelho de monoximetria, o nível da depressão (Escala de Beck), ansiedade, pela escala de Beck e a motivação pela escala University of Rhode Island Change Assessment (URICA). Além disso utilizamos o teste de Fagerström para medir a dependência de nicotina. Todos os testes iniciais foram refeitos após 15 dias, que foi o período de acompanhamento do estudo. Resultados: O estudo contou com a participação de 39 pacientes, 66% eram do sexo feminino, com média de idade de 48,31 anos, anos maço médio de 36,86, monoximetria inicial de 26,62ppm e final 21,69ppm. Houve pequenas variações em todos os grupos após o período de acompanhamento do estudo com diminuição de monoximetria de 21,40ppm para 20,40ppm no controle, 28,89ppm para 20,89ppm no L; 24,1ppm para 18,30ppm no RP e 32,30ppm para 27,10ppm no RP+L. Tal tendência também foi observada na motivação, havendo predominância de pacientes no estado contemplativo antes da intervenção e no estágio de ação após a intervenção. Nas escalas de ansiedade, depressão e dependência de nicotina não houve significância, provavelmente justificada pelo tamanho amostral. Conclusão: Apesar de não observarmos alterações significativas em nosso estudo, concluímos que as intervenções propostas podem impactar em níveis de depressão, ansiedade e motivação para parar de fumar.

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Nome do trabalho: Avaliação retrospectiva do quadro clínico, tratamento e desfecho de mulheres com síndrome coronariana aguda – Estudo comparativo com homens Autor: Isabela Maravalle Ramos Co-autor: Beatriz Nobre Monteiro Paiatto Orientador: Roberto Alexandre Franken

RESUMO Introdução: A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morte no mundo, atualmente. Gênero é uma importante variável, uma vez que o sexo feminino pode constituir-se, dependendo da idade, em fator protetor ou de risco. É clássico na literatura que as mulheres são subtratadas. Objetivo: Verificar em nosso serviço diferenças em tempo de chegada ao hospital, quadro clínico, diagnóstico, tratamento e desfecho da DAC aguda entre homens e mulheres. Método: Estudo retrospectivo de dados coletados de prontuários fornecidos aleatoriamente pelo SAME de pacientes com DAC aguda atendidos no Pronto Socorro de hospital terciário de São Paulo (SP), no período de março/2013 a agosto/2015. Foram analisados fatores demográficos, clínicos e de evolução. Em análise estatística descritiva e teste T, foi utilizado o programa SPSS 13.0 e, em modelos de regressão bivariada e qui-quadrado, o programa STATA 13.0, avaliando a associação entre preditores e desfechos. O nível de significância adotado foi 5%. Resultado: Foram analisados 210 prontuários, sendo 72 mulheres (34,3%), com média de idade 63,4 anos, e 138 homens (65,7%), com média de idade 57,5 anos, (p<0,001). As mulheres, comparadas aos homens, apresentaram mais dor atípica isoladamente (sem acompanhar dor precordial) 11,1% vs. 4,3% e menos dor precordial como queixa de entrada no serviço 86,1% vs. 90,5% (p=0,325). Mulheres chegam ao hospital mais que 12h após o início dos sintomas, 34,7% vs. 25,3%, (p=0,110). Elas tiveram mais diagnósticos de infarto agudo do miocárdio sem supra de ST ou angina instável 66,7% vs. 51,4% (p=0,012). Foram submetidas à cinecoronariografia similarmente aos homens 95,8% vs. 96,4% (p=0,845), porém demorando mais que 48h entre admissão e procedimento 29,2% vs. 14,5%, (p=0,064). A associação entre esse intervalo de tempo e diagnóstico de IAMCSST mostrou-se significativo (p<0,001), consistindo em um fator acelerador. O grupo feminino foi mais submetido a tratamento clínico (38,9% vs. 33,3%) e menos à angioplastia (52,8% vs. 53,6%) e à revascularização cirúrgica (8,3% vs. 13,1%) (p=0,512). Elas sofreram mais complicações (23% vs. 22,1%) e evoluíram mais a óbito (12,5% vs. 5,8%, p=0,091). Conclusão: Mulheres com DAC aguda foram acometidas em idade mais avançada, tiveram maior prevalência de IAMSSST e mortalidade. Houve tendência para mais dor atípica, chegada mais tardia ao hospital, mais complicações e menos intervenção.

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Nome do trabalho: “Otimização da indicação de tomografia computadorizada de crânio em motociclistas vítimas de trauma leve” Autor: CRISTIANO BELOW Co-autor: ISABELA CAMPOS BRIANTI Orientador: JOSÉ GUSTAVO PARREIRA

RESUMO Introdução: O número de acidentes de tráfego envolvendo motociclistas aumentou significativamente nos últimos anos. Vítimas de traumas leves podem ter lesões graves em segmento cefálico, o que justifica a indicação liberal de tomografia computadorizada (TC). Com intuito de diminuir exames negativos, buscam-se critérios objetivos para indicação de TC que sejam baseados em dados de nosso país, uma vez que os existentes derivam de dados estrangeiros e que podem não refletir nossa realidade. Objetivo: Identificar um subgrupo de motociclistas vítimas de acidentes de tráfego com baixo risco de lesões em que a TC de crânio não seria necessária. Método: Estudo prospectivo de todos os motociclistas vítimas de acidentes de tráfego, em uso de capacete fechado. Foram incluídos para análise os que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, apresentaram escala de coma de Glasgow de 15 a admissão no pronto socorro, estiveram conscientes, orientados e sem fatores que alterassem os resultados de exame físico. Foram utilizados os “Critérios Canadenses” para seleção de pacientes para TC de crânio. Resumidamente, a TC de crânio estaria indicada nos pacientes com: escala de coma de Glasgow menor que 15 em até duas horas após o trauma, suspeita clínica de fraturas de crânio, sinais de fraturas de base de crânio, mais de 1 episódio de vômito, idade superior a 65 anos, amnésia maior que 30 minutos e mecanismo de trauma “perigoso”. A frequência e gravidade de todas as lesões encontradas bem como seu tratamento foram anotadas. Os pacientes foram questionados em até três meses no trauma, por via telefônica, se houve algum problema relacionado ao trauma cranioencefálico. Os que manifestassem sintomas suspeitos, seriam chamados para reavaliação médica. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da ISCMSP, sob o número 59539216.9.0000.5479. Resultado: No período de 01 de agosto de 2017 a 01 de Junho de 2018, foram incluídos 208 motociclistas vítimas de acidente de tráfego. Dos 208 pacientes, 27 (13,0%) eram do sexo feminino e 181 (87,0%) eram do sexo masculino. A idade variou de 15 a 64 anos (31,7 ± 9,7 anos), sendo que 8 (3,9%) eram menores de 18 anos). 72 pacientes (34,6%) foram ejetados do veículo e 02 (1%) não estavam usando capacete. Na admissão, a escala de coma de Glasgow variou de 3 a 15 (14,6 ± 1,5), sendo que 179 (86,0%) pacientes tinham ECG 15. A pressão arterial sistólica variou de 70 a 190 mmHg (129,3 ± 16,1 mmHg); a frequência cardíaca variou de 55 a 143 batimentos por minuto (81,5 ± 13,8 bpm); A frequência respiratória variou de 12 a 28 inspirações por minuto (18,0 ± 2,3 ipm. Em relação ao segmento cefálico, 72 (34,6%) pacientes referiram ter sofrido trauma cranioencefálico no momento do acidente; 1 (0,5%) paciente apresentou alteração da cervical no momento do exame físico; 24 (11,5%) apresentaram perda de consciência; 18 (8,6%) apresentara confusão mental; 4 (1,9%) apresentaram amnésia; 1 (0,5%) apresentou tontura; 3 (1,4%) apresentaram vômitos; 13 (6,25%) apresentaram equimose/hematoma em face e/ou crânio; 6 (2,9%) apresentaram sinais de fratura de base de crânio no momento do exame físico. Em relação a TC de crânio: 90 (43,3%) pacientes realizaram tomografia de crânio sendo que 12 (5,8%) apresentaram alterações no exame. 3 (1,4%) apresentaram fratura de calota craniana; 6 (2,9%) apresentaram fratura de face; 3 (1,4%) apresentam hematoma epidural; 4 (1,9%) apresentaram hematoma subdural; 2 (1,0%) apresentaram contusão cerebral; 3 (1,4%) apresentaram hemorragia subaracnóidea; 1 (0,5%) apresentou edema cerebral; 4 deles necessitaram de tratamento cirúrgico (3 drenagens de hematoma extradural e 1 drenagem de hematoma epidural). Não houve readmissões destes pacientes no período. Foram contatados por telefone 160 pacientes que não apresentaram queixas relacionadas ao acidente. Conclusão: Dos 90 pacientes que realizaram TC de crânio, 12 apresentaram alterações no exame e 04 necessitaram de tratamento cirúrgico. Do total destes 90 pacientes, apenas 02 apresentavam ECG de 15 e ambos relataram perda de consciência no momento do trauma, e nenhum deles necessitou de tratamento cirúrgico. Assim, no presente estudo, motociclistas vítimas de acidente de tráfego, admitidos com ECG 15, exame físico normal e sem sintomas no momento da admissão, não apresentaram lesões cranioencefálicas. Ou seja, neste grupo de pacientes a tomografia computadorizada de crânio não deveria ser solicitada de rotina.

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Nome do trabalho: Efeito do treinamento muscular respiratório na capacidade funcional, força muscular respiratória e qualidade de vida em pacientes com doença arterial obstrutiva periférica Autor: Daniela Costa Malheiros Co-autor: Orientador: Vera Lúcia dos Santos Alves

RESUMO Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) resulta do estreitamento e enrijecimento da luz das artérias dos membros inferiores, como parte do processo de doença aterosclerótica vascular sistêmica. O sintoma clássico da doença é a claudicação intermitente e dor nos grupos musculares dos membros inferiores que causam limitação importante e afetam a qualidade de vida dos pacientes acometidos. A prática de exercício físico supervisionado é recomendada como primeira linha de tratamento para os pacientes com DAOP, e resulta na melhora da capacidade deambulatória e força muscular. A literatura já mostra que o treinamento dos músculos inspiratório realizado com pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e cardiopatas promove ganho de força e resistência da musculatura respiratória, o que leva à redução da dispneia, melhora no desempenho e funcionalidade. Porém não localizamos na literatura um protocolo para treino inspiratório em pacientes com DAOP que fosse executado em ambiente domiciliar. Objetivo: Verificar o efeito do treinamento da musculatura respiratória na capacidade funcional, força muscular respiratória e qualidade de vida em pacientes com DAOP. Método: Estudo prospectivo controlado e randomizado, com pacientes diagnosticados com DAOP, acompanhados pelo ambulatório da Vascular de um hospital universitário. A avaliação contou com coleta de dados como idade (anos), sexo, peso (Kg), altura (m), classe funcional, classificação de Fonteine e Rutherford. A força muscular inspiratória (PImáx) foi avaliada pelo aparelho de musculatura inspiratória eletrônica POWERBreath KH2 (POWER Breathe International Ltd. Warwickshire, Inglaterra). O teste de caminhada de seis minutos (TC6) mensurou antes, logo após e um minuto após ao término do percurso: a pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação periférica de oxigênio, falta de ar e percepção de fadiga foram determinadas com a escala de dispneia de Borg modificada.O questionário de qualidade de vida aplicado foi de claudicação de Edimburgo.O protocolo para o grupo intervenção teve o treino muscular inspiratório (TMI), realizado com o paciente em casa. Resultado: Dos 30 pacientes incluídos, a claudicação de Edimburgo mostrou que a dor em pernas era mantida por mais de 10 minutos em cerca de 75% deles, com esse valor sendo de 50% no grupo intervenção, sem haver, porém, significância estatística. A média da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos pelo grupo intervenção foi de 320,44m (± 80,41) na avaliação e 398,50 (±90,74) na reavaliação. No grupo controle, a média da distância percorrida apresentada foi 316,80 (± 77,79) na avaliação e 333,42 (± 81,10) na reavaliação. Quanto a pressão inspiratória máxima na avaliação os participantes apresentaram média de PImáx de 33,15mmHg (±19,43) para o grupo intervenção e 41,67 mmHg (±17,44) na reavaliação. Já no grupo controle obtiveram média de PImáx de 35,23 mmHg (±16,98) na avaliação e 36,23 mmHg (±18,91) na reavaliação, sem diferença estatisticamente significante na análise entre grupos e intra grupos. Conclusão: Concluímos que houve impacto positivo do treino na capacidade funcional dos pacientes, com aumento da distância percorrida no teste da caminhada.

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Nathalia oliveira

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Nome do trabalho: Avaliação do conhecimento de médicos residentes sobre aspectos éticos no atendimento de adolescentes Autor: Stephanie Metran Cassab Orientador: Maria José Carvalho Sant’Anna

RESUMO Introdução: De acordo com dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística (IBGE) de 2010, o Brasil possui pouco mais de 34 milhões de adolescentes, considerando a faixa etária entre 10 e 19 anos, correspondendo a aproximadamente 18% da população total do país. (IBGE, Censo 2010) A adolescência caracteriza-se por profundas alterações do desenvolvimento biológico, psicológico e social, evidenciada pela "crise normal da adolescência", que surge da interação do indivíduo com seu meio. Na adolescência vários marcos são superados sequencialmente e o jovem tenta atingir a sua individualidade, maturidade cognitiva, emocional, social e física.Os comportamentos iniciados nessa idade são cruciais para a vida toda, pois repercutem no desenvolvimento integral do ser humano.(Aberastury, A., & Knobel, M. Adolescência normal. Porto Alegre: Artmed 1989) Sendo o médico pediatra o profissional com formação e com conhecimento necessários, deve ser ele o responsável pelo atendimento deste jovem. O atendimento deve ser sempre pautado nas características e singularidades desta faixa etária, baseado nos princípios éticos de privacidade, confidencialidade e sigilo.(Sociedade Brasileira de Pediatria) Levando-se em consideração a relevância das inseguranças, principalmente dos pediatras, para a realização do atendimento de adolescentes, o objetivo de nosso estudo é avaliar o conhecimento de médicos residentes de pediatria, através de um questionário semi-estruturado e auto- aplicável, a respeito de aspectos éticos que permeiam atendimento ao paciente dessa faixa etária. Objetivo: : Analisar o conhecimento de médicos residentes de pediatria, da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, sobre aspectos éticos no atendimento de adolescentes Método: Estudo transversal, no qual, foram avaliados residentes matriculados do 1º ao 4º ano do Departamento de Pediatria da ISCMSP no ano 2018, através da aplicação de um questionário de autopreenchimento. Para a análise estatística os dados foram analisados pelo programa SPSS Amos 13.0 Resultado: Na amostra foi possível observar que 46,3% dos residentes não tiveram medicina do adolescente na grade currícular, de suas respectivas universidades. Quando questionados se sentiam-se capacitados a realizar o atendimento de adolescentes, 87% disseram SIM e 13% NÃO. Ao serem questionados sobre o direito do adolescente a privacidade, 25% conheciam a idade mínima contemplada pelo ECA, e 75% não conheciam. No que se refere a quebra de sigilo, houve uma grande discordância com relação aos motivos pelos quais o médico deve revelar informações aos responsáveis. Por exemplo, 29,6% acredita que os pais não devem ser comunicados em caso de contagio pelo virus HIV, enquanto 64,8% acredita que os pais devem ser comunicados caso um adolescente menor de 14 anos mantenha relações sexuais com um indivíduo maior de 18 anos. Conclusão: Os médicos entrevistados não estão suficientemente preparados para se deparar com questões de ordem prática e legais relacionadas ao atendimento dessa população, principalmente no que diz respeito a sigílo e a quebra dele, quando necessário.

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RESUMO DOS TRABALHOS Comitê Externo: Prof. Dr. Vani Xavier de Oliveira Junior

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Nome do trabalho: Patologia cirúrgica dos tumores cardíacos : Avaliação da experiência do Laboratório de Anatomia Patológica da Beneficência Portuguesa de São Paulo Autor: Camila Jia Huei Tai Orientador: Dra. Geanete Pozzan

RESUMO Introdução: Os tumores primários do coração são extremamente raros, com uma incidência estimada de 0.0017 a 0.33%, sendo as metástases 40 a 100 vezes mais frequentes. São, em sua maioria, representados por tumores benignos como o mixoma, tipo histológico mais frequente. Dos tumores malignos, os angiossarcomas são os de maior relevância. Objetivo: descrever a incidência de tumores cardíacos operados num grande centro de cirurgia cardiovascular, classificá-los histologicamente, distribuir os casos por sexo e idade, descrever os principais sinais e sintomas de apresentação dos tumores cardíacos, e o tempo de evolução e prognóstico pós-cirúrgico. Método: Em um período de 17 anos (2000-2016) foram analisados 117 casos de tumores cardíacos. Foi realizada a revisão e classificação histológica dos tumores cardíacos e levantamento dos prontuários para avaliação de parâmetros clínicos e evolução. Resultado: Os tumores cardíacos representaram 0,029% do movimento de patologia cirúrgica do serviço de anatomia patológica. Correlação clínico-patológica foi possível em 86 casos. Os pacientes eram predominantemente do sexo feminino (66,3%), e a idade média de diagnóstico de 51,8 anos. As manifestações clínicas mais frequentes foram dispneia (57%), precordialgia (31,4%), fadiga (27%) e taquicardia (17,4%). Todos os pacientes foram tratados cirurgicamente, com média de internação de 7 dias. A maioria dos tumores eram benignos (95,3%) sendo os mixomas os mais comuns (84%). As neoplasias malignas representaram apenas 4,6% dos casos, todos angiossarcomas. O átrio esquerdo foi o sítio primário mais frequente (66,3%). Conclusão: Os tumores primários do coração são raros e as manifestações clínicas podem ser confundidas com outras doenças cardíacas, devendo ser considerados no diagnóstico diferencial. São mais frequentemente benignos e o mixoma é o tipo histológico mais comum, com bom prognóstico após a ressecção cirúrgica, tratamento de escolha. Contudo, se não descobertos e abordados a tempo podem trazer complicações graves gerando a morte dos pacientes.

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Nome do trabalho: “Comparação dos achados histopatológicos do adenocarcinoma de próstata em exame de biópsia e de prostatectomia radical, de acordo com a escala de fator prognóstico de Gleason” Autor: Vítor Scucuglia Bugalho Orientador: Dino Martini Filho

RESUMO Introdução: Em 2016, a Sociedade Internacional de Uropatologia (ISUP) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotaram nova forma de estadiamento para o adenocarcinoma de próstata: a escala de fator prognóstico, que gradua a Pontuação de Gleason em 5 grupos clínicos distintos. Esse estudo tem o objetivo de comparar os achados histopatológicos do adenocarcinoma de próstata encontrados em exame de biópsia com os de prostatectomia radical, utilizando a Pontuação de Gleason e, com base nisso, reclassificar os casos de acordo com a nova escala de fator prognóstico, verificando se a classificação de um paciente em determinado grupo para a biópsia se mantém na prostatectomia radical. Objetivo: Classificar as biópsias de próstata quanto à escala de Gleason e Grupo Prognóstico (OMS/ISUP 2016) e comparar os novos resultados com o laudo antigo; Classificar as peças de prostatectomia radical quanto à escala de Gleason e Grupo Prognóstico (OMS/ISUP 2016) e comparar os resultados com o laudo antigo; Comparar, nos casos reclassificados, a escala de Gleason e o Grupo Prognóstico atribuídos tanto à biópsia prostática como à peça de prostatectomia de um mesmo paciente. Método:Foram incluídos neste estudo 97 pacientes com biópsia de próstata e 100 casos de próstata de pacientes submetidos à prostatectomia radical, todos pertencentes ao serviço de Anatomia Patológica do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo entre os anos de 2006 e 2014. Desse grupo, foi possível selecionar 78 pacientes em que as neoplasias foram avaliadas inicialmente pela biópsia e posteriormente pelo estudo anatomopatológico dos órgãos retirados por prostatectomia radical. Foram excluídos casos com preparados histológicos incompletos ou em condições inadequadas de preservação As lâminas foram analisadas em microscopia óptica utilizando os mais recentes critérios de Gleason e da escala de fator prognóstico, seguindo como base os critérios listados no livro da OMS de Uropatologia de 2016 (ISUP). A revisão de lâminas foi feita por dois patologistas do Departamento de forma independente; os casos de resultados discrepantes foram revisados conjuntamente, estabelecendo-se diagnóstico de consenso. Resultado: Comparando-se o Gleason da Biópsia revisada com o Gleason da Prostatectomia radical revisada, de 78 pacientes pareados no total, 31 (41%) apresentaram um mesmo Gleason na Biópsia e na Prostatectomia radical; 19 (24.4%) e 27 (34.6%) apresentaram um “score” menor ou maior, respectivamente. Comparando-se o Grupo prognóstico da Biópsia revisada com Grupo prognóstico da prostatectomia radical revisada, de 78 pacientes pareados no total, 31 (41%) apresentaram um mesmo Gleason na Biópsia e na Prostatectomia radical; 19 (24.4%) e 27 (34.6%) apresentaram um grupo prognóstico menor ou maior, respectivamente. Conclusão: A reavaliação dos espécimes histológicos tanto das biópsias como das peças cirúrgicas obtidas por prostatectomias radicais, usando os critérios mais recentes de Gleason e Fator Prognóstico, resultou em modificações quantitativas em 51.60% e 54% dos casos, respectivamente. Comparando os achados em um mesmo paciente das biópsias revisadas com as alterações identificadas nas peças cirúrgicas de prostatectomias radicais revisadas, também, houve diferenças quantitativas em 59% dos casos, tanto quanto ao Gleason como para os Grupos Prognósticos da OMS

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Nome do trabalho: Avaliação do comportamento aversivo de Rattusnorvegicus experimentalmente infectado por duas cepas distintas de Toxoplasma gondii (ME49 e VEG): Estudo imunohistoquímico de marcadores de Arginina-Vasopressina Autor: Lariane Monteiro Barbosa Co-autor: Giulio de Los Santos Fortuna Orientador: Pedro Paulo Chieffi

RESUMO Introdução: Em roedores, a infecção experimental por Toxoplasma gondii pode atenuar a aversão inata de ratos para urina do predador, tornando-a um atrativo. Acredita-se que essas alterações beneficiam o parasito facilitando a transmissão para o hospedeiro definitivo (Mitra et al, 2013). HariDass e Vyas (2014) verificaram que ratos infectados por Toxoplasma gondii expostos ao odor da urina de gato, têm a região medial pós-dorsal da amígdala (MePD), que está relacionada com comportamento reprodutivo e social, ativada. Em condições normais, a amígdala medial pós-ventral (MePV), e não a MePD, seria ativada, gerando comportamento aversivo ao odor do gato, predador natural destes roedores. Os estudos com roedores experimentalmente infectados apresentam resultados claros de alterações comportamentais (Correia et al. 2014; Lamberton et al. 2008), imunohistoquímico e interferência em marcadores epigenéticos em regiões do sistema nervoso central relacionados com comportamento aversivo (Hari-Dass e Vyas, 2014), entretanto, os trabalhos mostram apenas resultados avaliando infecção de apenas um tipo de cepa do parasito. O conhecimento acerca dos mecanismos que levam a modificações comportamentais, sejam elesepigenéticos, neuromoduladores ou simplesmente efeitocolateral da infecção, é importante para criação de medidas preventivas, bem como pesquisas de novas drogas para controle de infecções parasitárias relacionadas com alterações de comportamentos. Objetivo: O objetivo do presente trabalho será verificar ocorrência de mecanismos de atração desencadeados por contato com urina de gato, através da marcação de arginina-vasopressina (AVP) produzida na região da Amigdala Medial Pós-Dorsal (MePD) do cérebro de Rattus norvegicus infectados por duas cepas distintas de Toxoplasma gondii. Método: Trinta machos adultos de Rattus norvegicus (6 a 8 semanas) foram divididos em três grupos com 10 animais cada: G1- animais infectados por T. gondii – cepa ME49, G2 - animais infectados por T. gondii – cepa VEG e Grupo controle – animais sem infecção. Após dois meses de infecção, os animais foram expostos a urina de gato e perfundidos, via transcardial, para remoção do sistema nervoso central. Foram feitas secções coronais da região da amigdala cerebral (Bregma -2,76 to -3,24; inrteraural 6,24-5,76), com espessura de 40 µm cada. As reações de imuno-histoquímica para proteína c-Fos e AVP foram efetuadas separadamente.Os cortes foram montados em lâminas gelatinizadas e a imunomarcação foi quantificada e fotografada utilizando microscópio Nikon Eclipse E-200 com câmera acoplada. Escolheu-se um corte de cada animal (Bregma - 3,12/-3.14 mm, Atlas XXX) para contagem de neurônios marcados por c-Fos nas regiões MePD e MePV. Resultado: A marcação de neurônios produtores de AVP detectou que os animais infectados com a cepa VEG possuem maior quantidade desses neurônios marcados na MePV quando os animais são estimulados ou não estimulados (p< 0,05) em comparação com o grupo controle. Quando observado os dados obtidos a partir da contagem dos mesmos neurônios na MePD (p<0,05), constata-se, que os animais infectados com a cepa VEG com estimulo e sem estimulo também possuem maior quantidade de neurônios marcados em relação ao grupo controle. No grupo infectado com a cepa ME em contraposição ao grupo controle, observou-se apenas diferença estatisticamente significante (p<0,05) na marcação de neurônios que expressam AVP na MePD dos animais não estimulados, com maior marcação no grupo controle. Na análise da expressão da proteína FOS na região da MePD e MePV dos ratos infectados em contraposição ao grupo controle, a única alteração estatisticamente significante (p<0,05) foi observada na comparação entre as regiões MePD dos animais estimulados e infectados, sendo que, os animais infectados com a cepa ME 49 apresentaram maior marcação. Conclusão: Os dados obtidos no trabalho evidenciam que há uma alteração neurológica em nível molecular na expressão de AVP dos ratos infectados, com ativação da MePD e MePV dos ratos infectados por toxoplasma gondii, sejam esses estimulados ou não, com diferença entre as cepas. Esses dados ampliam o que foi encontrado por HariDass e Vyas (2014) que verificaram que ratos infectados por Toxoplasma gondii apenas quando expostos ao odor da urina de gato, teriam somente a região medial pós-dorsal da amígdala (MePD) ativada.Concomitantemente os resultados avaliados corroboram com o que foi descrito pelos mesmos autores, mostrando que há uma alteração imunohistoquímica com interferência em marcadores epigenéticos em regiões do sistema nervoso central relacionados com comportamento aversivo. Sendo esse o primeiro trabalho que analisou a diferença entre a infecção com cepas distintas, os resultados evidenciaram uma diferença entre elas, assim como Carneiro (2017), evidenciou diferença comportamental entre camundongos. Como Auger et al. 2011 descreveu que a infecção por T. gondii pode também aumentar a produção testicular de testosterona e consequentemente promover a produção de AVP na região da amigdala, como nesse trabalho não foi realizada a dosagem hormonal, essa pode ser uma causa da diferença encontrada entre as cepas. Com isso, é necessário a realização de mais estudos que possam analisar a interferências de outras áreas do cérebro no comportamento aversivo dos ratos a urina dos gatos quando infectados.

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Nome do trabalho: O microambiente tumoral na graduação histológica de linfomas foliculares. Autor: Pedro Dragone Pires Orientador: Roberto Antônio Pinto Paes

RESUMO Introdução: O linfoma folicular é o segundo tipo de linfoma mais comum. Histologicamente, as células tumorais possuem origem em linfócitos B do centro germinativo de linfonodos, logo é esperado que apresentem positividade para CD20, CD10 e BCL-6. Essas células também são caracterizadas, em 85% dos casos, por apresentar translocação t(14;18)(q32;q21) que leva a expressão de BCL-2 (anômala para linfócito B do centro germinativo). Clinicamente, o linfoma folicular costuma ser indolente, acometendo principalmente adultos de idade média de 60-65 anos, apresentando-se na forma de linfadenopatias superficiais, ou de sintomas associados ao crescimento de linfonodos. A evolução clínica natural de pacientes com linfoma folicular é muito variada, sendo o tempo médio de sobrevida de 8 a 10 anos. O microambiente tumoral é o ambiente molecular e celular no qual as células neoplásicas existem e interagem, possuindo extrema importância, principalmente em linfomas foliculares, por participar da sobrevivência e proliferação tumoral. Com isso, estudos têm investigado a correlação de células específicas do microambiente tumoral com prognóstico clínico e evolução para diferentes tratamentos. Objetivo: Verificar se existe diferença na apresentação do microambiente tumoral em diferentes graus histológicos de linfomas foliculares. Método: Trata-se de um estudo de amostra consecutiva dos casos com diagnóstico de linfoma folicular no Unidade de Serviço de Anatomia Patológica do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no período de Janeiro de 2010 a Janeiro de 2017. Foram incluídos casos com diagnóstico de linfoma folicular grau 1, 2 e 3a. Afim de confeccionar um bloco de Tissue Microarray (TMA), selecionou-se duas áreas de melhor representação do tecido neoplásico de cada caso por microscopia. Portanto, foram representadas duas amostras de cada bloco com pulsões de 1 mm2. Com o bloco de TMA, foram confeccionadas lâminas de imunohistoquímica de confirmação diagnóstica e de avaliação do microambiente tumoral. Para confirmação diagnóstica, usou-se os marcadores imunohistoquímicos CD20, CD10, BCL-2, BCL-6 e Ki-67, analisados por microscopia por dois patologistas. Para avaliação do microambiente tumoral, usou-se CD3, CD4, CD8, CD68, CD56, CD1a, FOX-P3, PD-1, S-100 e c-Kit. As lâminas de avaliação do microambiente tumoral foram escaneadas em aparelho Aperio Digital Pathology Slide Scanner em objetiva de 40x (Leica Biosystems, Buffalo Grove, IL, USA). As imagem foram analisadas através do programa QuPath, pelo qual foi possível calcular a concentração dos marcadores (células positivas por mm2) para cada amostra e, consequentemente, para cada caso. Finalmente, para correlacionar as concentrações de marcadores do microambiente tumoral com os graus histológicos 1/2 e 3a do linfoma folicular, usou-se teste U de Mann-Whitney. Resultado: No trabalho, foram incluídos 37 casos através da revisão morfológica e imunohistoquímica. A idade média dos pacientes ao realizarem a biópsia em questão foi de 59,8 anos, sendo deles 19 (51,4%) homens e 18 (48,6%) mulheres. Desses, 14 (37,8%) casos diagnosticados como linfoma folicular grau 1/2, e 23 (62,2%) casos como linfoma folicular grau 3a. Para o CD3, a mediana de concentração para o grau 1/2 foi 5039 células positivas/mm2 e para o grau 3a foi de 6171 células positivas/mm2,sendo p = 0,0891. Para o CD8, a mediana de concentração para o grau 1/2 foi 864 células positivas/mm2 e para o grau 3a foi de 922 células positivas/mm2, sendo p = 0,6858. Para o CD68, a mediana de concentração para o grau 1/2 foi 262 células positivas/mm2 e para o grau 3a foi de 668 células positivas/mm2, sendo p = 0,0061. Para o PD-1, a mediana de concentração para o grau 1/2 foi 1179 células positivas/mm2 e para o grau 3a foi de 1845 células positivas/mm2, sendo p = 0,1775. Para o S-100, a mediana de concentração para o grau 1/2 foi 125 células positivas/mm2 e para o grau 3a foi de 227 células positivas/mm2, sendo p = 0,0172. Para os demais marcadores (CD4, CD56, CD1a, FOX-P3 e c-Kit) as reações imunohistoquímicas foram insatisfatórias, sendo necessário repetir as reações para posterior análise. Conclusão: Os marcadores CD68 e S-100 tiveram resultados estatisticamente significantes, evidenciando que em nosso meio a maior infiltração de macrófagos associados ao tumor é característico do linfoma folicular grau 3a em relação ao grau 1/2.

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Nome do trabalho: “Diagnóstico anatomopatológico de explantes cardíacos e avaliação da concordância com o diagnóstico clínico. Experiência do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo”. Autor: Giovanna Moreira Arcas Co-autor: José Henrique Andrade Vila; José Pedro da Silva Orientador: Geanete Pozzan

RESUMO Introdução: Apesar dos grandes avanços no tratamento clínico dos pacientes com insuficiência cardíaca refratária, o transplante cardíaco representa o tratamento cirúrgico definitivo, padrão-ouro. Entre as doenças que mais frequentemente resultam em transplante, temos a cardiopatia isquêmica; a hipertensão arterial; as valvopatias, a Doença de Chagas e as cardiomiopatias. A literatura mostra que nem sempre os diagnósticos clínico e o anatomopatológico do coração explantado são concordantes. Este trabalho procurou relatar a experiência de um laboratório de anatomia patológica, sediado num grande centro de cirurgia cardiovascular, no estudo dos corações explantados. Objetivo: Traçar perfil epidemiológico dos pacientes submetidos ao transplante cardíaco; Descrever os diagnósticos anatomopatológicos dos explantes cardíacos; Comparar o diagnóstico clínico e anatomopatológico dos corações explantados. Método: Levantamento dos casos de transplante cardíaco recebidos para estudo no laboratório de Anatomia Patológica, no período de agosto de 1999 a fevereiro de 2017. Os diagnósticos anatomopatológicos foram classificados nas seguintes categorias: 1. Cardiopatia isquêmica; 2. Miocardiopatias (dilatada, hipertrófica, restritiva, arritmogênica, miocardio não compactado e doença de Chagas); 3. Cardiopatias congênitas; 4. Valvopatias; 5. Cardiopatia hipertensiva; 6. Aneurisma da aorta ascendente. Foram levantados os prontuários e os pacientes foram caracterizados quanto ao sexo, idade e diagnóstico clínico pré-transplante. Resultado: Foram levantados 98 casos de corações explantados enviados para estudo ao laboratório de anatomia patológica CIP, no período agosto de 1999 e fevereiro de 2017. Destes, 5 eram casos de retransplante, que foram avaliados em separado. A maioria foi constituída por homens (76 casos - 77,6%) e a idade variou de 1 a 72 anos (média= 45,2). Entre os casos submetidos a transplante pela primeira vez (93 casos), o exame anatomopatológico mostrou que a cardiopatia isquêmica foi a causa subjacente em 25 pacientes (26,88%), enquanto as causas não isquêmicas representaram 73,12% dos casos (miocardiopatias 57 casos - 61,29%; cardiopatias congênitas 6 casos - 6,45%; valvopatias 3 casos - 3,23%; cardiopatia hipertensiva e aneurisma de aorta ascendente com 1 caso cada - 1,08% cada). Entre os 5 casos de retransplante as causas foram: rejeição aguda celular (1 caso) e arteriopatia do transplante (2 casos), recidiva da Doença de Chagas (1 caso) e infiltração de carcinoma de mama proveniente do doador (1 caso). A análise dos prontuários foi possível em 71 casos dos 93 pacientes submetidos ao primeiro transplante. Em cinco prontuários não havia relato sobre o diagnóstico clínico pré-transplante, casos que foram retirados desta análise. Restaram então 66 casos para análise da concordância entre os diagnósticos clínico e anatomopatológico. Houve discordância em 15 casos (22,72% dos casos), representados por 11 miocardiopatias (73,33%), sendo 6 de miocardiopatia dilatada e 5 de miocardiopatia arritmogênica; 3 cardiopatias isquêmicas e uma valvopatia. Nos pacientes submetidos a retransplante (5 casos), apenas dois prontuários estavam disponíveis. Em 1 deles houve concordância quanto à causa do retransplante e no outra não havia menção no prontuário sobre a possível causa. Conclusão: O transplante cardíaco constitui o tratamento cirúrgico definitivo em pacientes com insuficiência cardíaca refratária, sendo que a escassez de doadores representa o maior fator limitante. Os pacientes submetidos ao transplante são em sua maioria homens, com ampla variação na faixa etária, predominando adultos com média de 45,2 anos nesta casuística, conforme observado na literatura. Nos diferentes relatos da literatura, as doenças cardiovasculares que causam a insuficiência cardíaca refratária costumam ser divididas em dois grupos: de natureza isquêmica e não isquêmica. Em nossa experiência, as doenças não isquêmica prevaleceram, com as miocardiopatias representando 61,29% dos casos, seguidas pela cardiopatia isquêmica (26,88%). Experiência semelhante foi relatada por Jae-Hong Lee (2016). Poucos trabalhos ressaltam a discordância entre o diagnóstico clínico e anatomopatológico [5]. Em nossa casuística esta discrepância aconteceu em 22,72% dos casos, relacionada principalmene ao diagnóstico das miocardiopatias (73,33% - 6 de miocardiopatia dilatada, 5 de miocardiopatia arritmogênica). O estudo anatomopatológico representa o padrão-ouro no diagnóstico da doença cardíaca responsável pelos quadros de insuficiência cardíaca refratária e pode contribuir para a caracterização das variações morfológicas de cada doença, auxiliando na compreensão das diferentes apresentações clínicas, o que pode certamente aprimorar a abordagem clínico-cirúrgica destes pacientes.

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Nome do trabalho: Correlação entre distância anogenital e expressão de receptor androgênico em meninos pré-púberes: um estudo piloto. Autor: Guilherme Gotti Naves Co-autor: Marina Buchpiguel Orientador: Carlos Alberto Longui

RESUMO Introdução: O desenvolvimento do trato genital masculino ocorre durante um período especifico da vida fetal, no qual defeitos na produção de testosterona ou na ação do receptor androgênico (RA) podem levar a distúrbios da vida reprodutiva tal como hipospádia. Estudos mostram que a distância anogenital (DAG) pode ser um bom preditor da ação de andrógenos durante esse período, e que uma DAG menor está relacionada a distúrbios da vida reprodutiva em meninos. Objetivo: Nosso estudo objetiva correlacionar a DAG com a expressão do gene do RA em tecido genital de meninos pré-púberes sem distúrbios do desenvolvimento sexual. Objetivo: Nosso estudo objetiva correlacionar a DAG com a expressão do gene do RA em tecido genital de meninos pré-púberes sem distúrbios do desenvolvimento sexual. Método: Estudamos pacientes acompanhados pelo Unidade de Cirurgia Pediátrica da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, selecionamos meninos pré-púberes sem qualquer distúrbio morfológico. A DAG foi medida do centro do ânus até a base do escroto. Comprimento peniano e circunferência também foram medidos. Para a analise do RNAm do RA, realizamos um swab da mucosa uretral e calculamos a expressão relativa do gene através do ciclo limiar da fluorescência em relação ao ciclo de amplificação (CT) e comparamos os CT gerados pelo RA e BCR (∆CT). Resultado: Foi possível observar uma correlação positiva entre a DAG e um tamanho peniano. Não houve uma correlação entre DAG e ∆CT, (r = -0,04; p = 0,89). Discussão: A correlação entre a DAG e o tamanho peniano indica que o estimulo androgênico que é responsável pelo crescimento do pênis, pode ser também responsável pelo aumento da DAG. Conclusão: No nosso estudo piloto, não houve correlação entre a DAG e expressão de RA. O poder de teste foi abaixo do ideal, demonstrando que é necessário um maior número de pacientes para estudar essa relação.

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Nome do trabalho: Investigação das ações do extrato aquoso obtido da polpa do fruto da Euterpe oleracea Mart (açaí) na síntese de óxido nítrico em células endoteliais vasculares de rato e humana Autor: Juliana Pereira Tavares de Melo Orientador: Profª Drª Maria Thereza Gamberini Co-orientadora: Profª Drª Fabiana Henrique de Melo

RESUMO Introdução: A Euterpe oleracea Mart. (açaí) é descrita como uma planta benéfica para a saúde pelo alto conteúdo de antocianinas, flavonóides glicosilados com efeitos antioxidante, hipolipidêmico, antiaterosclerótico, antiinflamatório, imunomodulatório e hipocolesterolêmico. Estudos anteriores do nosso grupo demonstraram que o extrato aquoso (EA), obtido da polpa do fruto do açaí, causou hipotensão associada a vasodilatação em ratos Wistar normotensos anestesiados. Objetivo: Investigar as ações do extrato aquoso obtido da polpa do fruto da Euterpe oleracea Mart (açaí) na síntese de óxido nítrico em células endoteliais vasculares de rato e humana. Método: Para este estudo foram avaliadas as respostas concentração-resposta e tempo-resposta do EA na síntese de óxido nítrico assim como os possíveis mecanismos de transdução celular envolvidos na ativação da enzima NO sintase tanto nas células REC como nas HUVEC. Para obtenção dos resultados, foi utilizado como método a cultura das células REC e HUVEC, ensaio de viabilidade celular, dosagem de óxido nítrico (NO), dosagem de ânion superóxido, extração de proteínas, Western Blot. Resultado: Os resultados obtidos mostraram que a incubação (24 h) do EA (1-1000 µg/ml) em células endoteliais de rato não alterou a viabilidade celular em relação ao controle. Somente a maior concentração do EA induziu redução na viabilidade celular. Comparando-se as respostas do EA nas mesmas concentrações em células HUVEC, observou-se uma significativa redução na viabilidade celular para todas as concentrações testadas. Em vista disto, apenas as células endoteliais de rato foram empregadas para dosagem de NO. Para estes experimentos, foram realizadas curvas concentração (10 a 300 µg/ml) e tempo-resposta (2min a 3h) do EA. Os resultados obtidos por citometria e fluorimetria mostraram que EA não determinou nenhuma variação na produção de NO em relação ao controle. Desse modo, aumentamos as concentrações do EA (500 a 1000 µg/ml) em uma avaliação do mesmo tempo- resposta anterior (2min a 3h), o que evidenciou uma diminuição na produção de NO em relação ao controle em todas as concentrações utilizadas. Dessa forma, estabelecemos a concentração de 500 µg/ml e 100 µg/ml do EA para a dosagem de ânion superóxido, em uma avaliação tempo- resposta (2min a 3h) por fluorimetria, no qual obteve-se como resultado o aumento da produção de ânion superóxido na concentração de 500 µg/ml e não houve variação na concentração de 100 µg/ml em relação ao controle. Para a realização do Western Blot foi utilizado a concentração de 500 µg/ml nos tempos de 2min e 15 min, demonstrado uma diminuição do no grau de fosforilação da Akt em relação ao controle. Conclusão: Os resultados indicam que o a resposta vasodilatadora do EA não se dá pela ação direta do EA em células endoteliais induzindo a ativação de eNOS. Além disto, demonstramos que concentrações elevadas do EA determinaram redução na síntese de NO e aumento da produção de ânion superóxido, o que caracteriza a disfunção endotelial, o que não ocorre em concentrações menores, efeito que pode ser atribuído por ação de compostos presentes em concentrações minoritárias no EA e que são reveladas apenas quando utilizamos altas concentrações tornando-se prejudicial. Portanto, é possível concluir que o EA da Euterpe oleracea Mart (açaí) possui um limite dose/concentração-efeito para os seus efeitos benéficos. Para a continuidade da pesquisa e esclarecimento da ação do EA, seria fundamental a dosagem de BH4 e BH2, pois o superóxido regula a produção do BH4, cofator da produção de NO, diminuindo as suas taxas de oxidação e promovendo o acúmulo do composto BH2, que compete com o BH4 para ligar-se a eNOS, com isso, a redução na razão BH4: BH2 é o principal determinante da atividade da eNOS.

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Nome do trabalho: Uso da citologia como método de armazenamento de amostras em autópsia para estudos moleculares Autor: Eduardo Achar Filho Co-autor: Lucas Souza Hoelz de Matos Orientador: Prof Dr Mauro Ajaj Saieg

RESUMO Introdução e objetivos: Técnicas auxiliares modernas como a biologia molecular tem sido incorporada às autopsias como forma de estudo auxiliar no diagnóstico de neoplasias, condições infecciosas e condições genéticas antes não desvendadas em estudos pós-morte. Uma das grandes implicações, contudo, para o amplo uso de técnicas moleculares em autópsia é a preservação das amostras para futura extração de material nucleico. Opções como o rápido congelamento e uso de meios de preservação de material nucleico podem ser utilizadas para minimizar o impacto de degradação destas amostras, com resultado superior à fixação em formol e parafina, porém com necessidade de logística mais complexa e custos adicionais. Dentro deste cenário, a citologia desponta como possibilidade viável para armazenamento de amostras de autópsias, com alternativa para maior preservação da qualidade do material molecular. Recentemente em nosso serviço validamos o uso da citologia como método diagnóstico em autópsias, com coleta de amostras esfregadas da mesma área que as coletadas para o estudo histológico. Com isso, nos parece natural prosseguir o estudo com a utilização destas amostras coletadas para averiguar a quantidade e qualidade de DNA extraível, comparando-o com o obtido das amostras dos mesmos locais processadas em parafina. Métodos: O DNA será extraído das amostras citológicas (esfregaços) e suas amostras histológicas correspondentes, a partir de material previamente coletado em estudo anterior de validação do uso de esfregaços para o diagnóstico em necropsias. A quantidade e qualidade do material e seu índice de pureza serão avaliados através do estudo espectrômetro e sucesso na reação de polimerase em cadeia. Resultado: Foi extraído DNA de 108 amostras concomitantes, sendo 54 de material histológico e 54 de material citológico, obtidos de diversos órgãos com variadas doenças, conforme tabela anexa. Os resultados da quantificação do DNA proveniente das amostras extraídas estão discriminados na mesma tabela anexa. De maneira geral, casos de histologia e citologia tiveram quantidades exíguas de DNA extraído, com baixíssimos níveis de pureza (relação A260/280), o que inviabilizou a amplificação das amostras, não sendo possível a comparação das amostras. Discussão e Conclusão: No presente estudo, tivemos resultados negativos quanto a extração de DNA das amostras histológicas e citológicas obtidas de material de necropsia, com DNA insuficiente na grande maioria das amostras e com baixo índice de pureza (relação 260/280), o que impediu a amplificação das amostras. Muitas são as razões possíveis para os nossos achados: os cadáveres muitas vezes demoram um tempo bastante razoável para serem preservados em câmaras refrigeradas, o que acelera o mecanismo de autólise tecidual e consequentemente leva a uma degradação intensa dos ácidos nucléicos. Além disso, a ação bacteriana imediatamente após a morte também auxilia na degradação do DNA, com produção de DNAases que fragmentam ainda mais os ácidos nucléicos e impossibilitam seu estudo. Somado a estes fatores, o armazenamento de amostras de tecido pós estudo de necropsia é também feito de forma demorada, e com uso de fixadores próprios para estudo histológico e não molecular. Todos estes fatores levam a uma intensa degradação do DNA e dificuldade de seu estudo em amostras obtidas a partir de necropsias, tanto fixadas em parafina quanto esfregadas em lâminas para estudo citopatológico. Estudos adicionais com maior controle do tempo de morte até a refrigeração e estudo dos tecidos, além de maior controle sobre a fixação e preservação dos tecidos pós retirada do cadáver são necessários para o maior entendimento dos fatores associados a esta degradação e podem estimular futuros projetos visando maior qualidade do DNA obtido destas amostras e possível utilização em testes moleculares que ajudem a elucidar causas morte e possam ser usados em pesquisas que aumentem nosso conhecimento sobre doenças potencialmente fatais. Desta forma, no presente estudo, realizado em amostras retrospectivas sem controle de variáveis que influenciam a preservação dos ácidos nucléicos, concluímos que o material extraído das amostras citológicas não refletiu significativa superioridade às amostras extraídas dos cortes histológicos, sendo ambas com baixa qualidade e pureza para aplicação em testes moleculares.

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Nome do trabalho: Avaliação do Efeito de Peptídeos Antioxidantes em Ratos Submetidos ao Modelo Experimental de Epilepsia Induzido por Pilocarpina Autor: Angela Hyun Ji Kim Co-autor: David Ramos da Silva Orientador: Profa. Dra. Luciana Malavolta Quaglio

RESUMO Introdução: Epilepsia é uma doença crônica, que atinge aproximadamente 65 milhões de pessoas no mundo, sendo a maior parte dos pacientes, de países em desenvolvimento. Uma das alterações provocadas pela epilepsia consiste na elevação das espécies reativas de oxigênio (EROs) no encéfalo e o estresse oxidativo em consequência, causando danos aos neurônios. Atualmente, apesar da disponibilidade de 15-20 fármacos antiepilépticos, a resistência a esses medicamentos e os problemas clínicos por eles causados compromete mais de um terço dos pacientes com epilepsia. Dessa maneira, nos últimos anos, o número de estudos que visam à descoberta de compostos que possam ser mais eficientes para o tratamento dessa patologia, no qual se incluem os peptídeos antioxidantes, vem aumentando consideravelmente. Objetivo: Desta forma, esse projeto tem como objetivo principal avaliar o efeito de peptídeos antioxidantes na intensidade de crises epilépticas em ratos submetidos ao modelo experimental de epilepsia induzido por pilocarpina. Método: Os peptídeos propostos foram sintetizados pelo método da síntese de peptídeos em fase sólida através da estratégia Fmoc/tBut. A clivagem final do peptídeo da resina e a remoção dos grupos protetores das cadeias laterais foram efetuadas em uma mistura contendo elevado teor de TFA (Reagente K). Após todo o processo de síntese, os peptídeos passaram por um processo de caracterização em HPLC e espectrometria de massas, na qual foi verificada a pureza dos mesmos. Para a indução do estado do mal epiléptico, os animais (n = 60) foram pré-tratados com uma injeção subcutânea de metil-escopolamina na dose de 1mg/kg, usada com a finalidade de minimizar os efeitos colinérgicos periféricos da pilocarpina. Trinta minutos após este pré-tratamento, a pilocarpina foi administrada, intraperitoneal (i.p), na dose de 300mg/kg. Após duas horas de status epilepticus, os animais foram tratados com diazepam, na dose de 10mg/kg, por via intraperitoneal com o intuito de interromper as manifestações comportamentais do status epilepticus (SE) e, assim, assegurar a sobrevida dos ratos. Logo após a recuperação do SE, os animais são encaminhados para o biotério, que é equipado com um sistema de monitorização 24h/dia por vídeo câmera para avaliar o número de crises apresentadas durante os 21 dias de tratamento com os peptídeos. Cabe ressaltar que o tratamento é iniciado somente após a apresentação da primeira crise espontânea. Resultado: Os peptídeos I (H-β-Ala-His-OH) e II (H-β-Ala-His-Gln-Gln-Gln-Gln-OH) propostos foram sintetizados e purificados de maneira satisfatória. No presente estudo, utilizamos o modelo experimental de epilepsia induzido pela pilocarpina, na dose de 300 mg/Kg, para a análise comportamental dos animais e observação da frequência das crises recorrentes por 21 dias. Para isso, dividimos os animais em 3 grupos: Pilo (n=4), Pilo + Peptídeo I (n=4), Pilo+ Peptídeo II (n=4); com a dose dos peptídeos de 3 mg/Kg. No grupo controle Pilo, a média de crises foi de 3,76 crises/dia. No grupo Pilo + Peptídeo I, a média foi de 0,77 crises/dia e no grupo Pilo + Peptídeo II, a média de crises foi de 1,64 crises/dia. Os resultados mostraram que houve uma redução de ≈ 80% de frequência de crises no grupo Pilo + Peptídeo I comparado com o grupo controle Pilo, enquanto no grupo Pilo + Peptídeo II a redução foi de 56% de frequência de crises quando comparado com o grupo controle Pilo. Conclusão: Os peptídeos I (H-β-Ala-His-OH) e II (H-β-Ala-His-Gln-Gln-Gln-Gln-OH) propostos foram eficientes em diminuir o número de crises epilépticas dos animais submetidos ao modelo de epilepsia induzido por pilocarpina na ordem de 80% e 56%, respectivamente, em relação ao grupo controle pilocarpina. Estes resultados foram corroborados pelas análises dos cortes histológicos que mostraram uma maior atrofia do hipocampo no grupo controle em relação aos grupos tratados com os peptídeos. Entretanto, embora o modelo de epilepsia induzido por pilocarpina seja o mais consagrado na literatura, esse modelo acarreta em um índice de mortalidade em torno de 60% e por se tratar de resultados inéditos precisaríamos de um n de animais por grupo maior para a realização de um teste estatístico para a validação dos resultados encontrados. Apoio Financeiro: FCMSCSP and FAPESP.

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Nome do trabalho: O papel neuroprotetor de peptídeos antioxidantes em diferentes modelos celulares de Esclerose Lateral Amiotrófica Autor: Guilherme Garuti dos Santos, Co-autor: Jorge Luiz de Barros Torresi Orientador: Tatiana Rosado Rosenstock

RESUMO JUSTIFICATIVA e OBJETIVO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa rara caracterizada pela degeneração progressiva de neurônios motores seguida de atrofia muscular. Pelo fato do aumento dos níveis de estresse oxidativo estar relacionado com o desenvolvimento dessa neuropatologia degenerativa, o objetivo desse projeto foi verificar a ação neuroprotetora de diferentes peptídeos antioxidantes frente a disfunção mitocondrial, que é a principal causa do aumento de espécies reativas de oxigênio. Avaliamos, especificamente, modificações no metabolismo dessa organela. Para isso, foram utilizados diferentes agentes indutores de estresse oxidativo em cultura de neurônios: peróxido de hidrogênio (H2O2) e tert-Butil hidroperóxido (t-Butil). MÉTODOS: As células SH-SY5Y (neuroblastomas humanos) foram cultivadas e plaqueadas em meio DMEM-F12 e tratadas com H2O2 (2 mM, por 1 hora) e t-Butil (2mM, por 1 hora) para averiguar a sobrevivência celular. Além disso, dois diferentes peptídeos antioxidantes foram utilizados a fim de averiguar seu efeito neuroprotetor, o DN1605 (Thr-Arg-Asn-Tyr-Tyr-Val-Arg-Val-Leu-OH) e a carnosina (H-β-Ala-His-OH). Para mensurar a viabilidade celular, foram realizados experimentos com o Vybrant® MTT Cell Proliferation Assay Kit (Invitrogen). Já para analisar o metabolismo mitocondrial, o potencial de membrana mitocondrial foi avaliado usando o indicador fluorimétrico TMRE (500nM, 1 hora a 37ºC), o cálcio intracelular com o fluoróforo Fluo-3-AM (10 µM, 1 hora, 37ºC) e os níveis de estresse oxidativo com o indicador H2DCFDA (20 µM, 1 hora, 37ºC). O FCCP foi utilizado como controle positivo por ser um desacoplador da cadeia respiratória. RESULTADOS: Podemos observar que há um aumento da morte celular frente aos indutores de estresse oxidativo, e que essa morte é inibida significantemente frente os antioxidantes testados. Verificamos também que tanto a Carnosina, quanto o DN1605, conseguem reverter de forma significativa as disfunções mitocondriais induzidas pela H2O2 e t-Butil, nomeadamente alteração da homeostase de cálcio, despolarização mitocondrial e aumento da produção de espécies reativas de oxigênio. CONLUSÃO: Desta forma, podemos concluir que os peptídeos testados nesse trabalho, Carnosina e DN1605, conseguiram, nas condições por nós avaliadas, proteger as células neuronais da disfunção mitocondrial e consequente morte celular. Salientamos ainda, que a utilização dos peptídeos antioxidantes pode ser de extrema importância terapêutica não apenas para a ELA, mas para todos os processos os processos degenerativos relacionados com a disfunção mitocondrial. Contudo, devemos ressaltar que ainda se faz necessário a investigação de quais mecanismos/vias de sinalização estão sendo de fato moduladas por tais peptídeos a fim de que haja a promoção desses efeitos neuroprotetores.

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Nome do trabalho: Quantificação do índice proliferativo Ki67 em tumores neuroendócrinos pancreáticos através da análise de imagem digital Autor: Hanny Rui Qi Chen Co-autor: Letícia Midori Ikedo Orientador: Fabíola Del Carlo Bernardi

RESUMO Introdução: Tumores neuroendócrinos (TNEs) são neoplasias epiteliais com fenótipos neuroendócrinos. Os TNEs pancreáticos (TNEPs) podem secretar ou não hormônios, provocar sintomas clínicos, metastatizar e comportar-se de maneira benigna ou extremamente agressiva. Estudos apontam prevalência de aproximadamente 25-30/100.000 habitantes nos EUA. Os TNEPs são classificados como: baixo grau G1 (<2 mitoses/10 CGA e/ou índice Ki67 < 3%), grau intermediário G2 (2-20 mitoses/10 CGA ou índice do Ki67 de 3%-20%) e alto grau G3 (> 20 mitoses/10CGA ou índice de Ki67 >20%). Uma das dificuldades é determinar o índice de proliferação celular através da imunomarcação das células tumorais pelo Ki67 com acurácia, reprodutibilidade e praticidade. O método usado hoje em dia é a contagem semiquantitativa com estimativa visual (“eyeballing”); método rápido, barato, mas com baixa acurácia. Outra alternativa é a contagem manual a partir de fotomicrografias de áreas com alta positividade para o Ki67 (hot-spots) dos cortes histológicos. Esses cortes são digitalizados e a contagem feita em programa analisador de imagem. Objetivo: Comparar os dois métodos referidos acima em casos diagnosticados com TNEPs na ISCMSP de 2004 a 2016, e comparar os dados epidemiológicos desses pacientes com a literatura. Método: Foram levantados os casos no banco de dados do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital ISCMSP. Foram excluídos casos com material e/ou dados insuficientes. Os blocos de parafina dos respectivos casos foram submetidos a cortes histológicos, desparafinados e submetidos a banhos sucessivos de álcoois seriados, lavados em água corrente e deionizada. A reação de imuno-histoquímica foi realizada com recuperação antigênica e bloqueio da peroxidase endógena. As lâminas foram lavadas, incubadas com anticorpos primários, lavadas com PBS e incubadas com o reagente pós-primário e polímero de terceira geração, marcado com imunoglobulinas e enzima peroxidase. Seguiu a revelação com diaminobenzidina contra coloração com hematoxilina e montagem. Foram considerados positivos quando os núcleos das células tumorais coraram na tonalidade marrom. As lâminas foram digitalizadas e selecionados os campos com maior positividade (hot-spots) e exportada para o software de análise de imagem (Image Pro Plus). Pelo método manual, o índice de Ki67 foi representado pela porcentagem de células tumorais positivas do total de células tumorais. A contagem mitótica dos tumores foi feita em aproximadamente 10 campos de grande aumento por lâmina. Os casos foram classificados em G1, G2 ou G3. Os médicos patologistas do Serviço de Anatomia Patológica da ICMSCSP fizeram pelo método de estimativa visual a classificação do índice Ki67. Os resultados dos dois métodos, número de campos contabilizados e o tipo de material proveniente (peça cirúrgica, biópsia ou punção) foram unificadas em tabela e comparadas. Resultado: Foram levantados 24 casos, 83,33% do sexo feminino e 16,67% do sexo masculino. A idade médoa foi 46,9 anos e a mediana 45,5 anos. Desses, 12 casos foram excluídos por materiais e/ou dados insuficientes. Foram examinadas um total de 15 lâminas coradas com Ki67. O material foi proveniente de peças cirúrgicas, biópsias e punções. A média de campos analisados por caso foi 11,6 e a média de células contabilizadas por campo foi 1683,6. Pelo método de estimativa visual 10 casos foram classificados como G1, 2 casos como G2 e 3 casos como G3, enquanto que pelo método de contagem manual 9 casos foram classificados como G1, 4 como G2 e 2 como G3. Em 83,34% casos obtivemos a mesma classificação pelos dois métodos. Em 3 casos analisamos duas amostras do mesmo paciente, e em um deles houve diferença na classificação entre as duas amostras. Conclusão: A epidemiologia foi coincidente com a literatura, com predominância do sexo feminino (83,3%), idade média de 46,9 anos, enquanto a literatura mostra média de 50 anos. As amostras não foram semelhantes quanto a qualidade, apenas 5 eram provenientes de peça cirúrgica, cuja representação tumoral é mais adequada. Os casos com representações diferentes possibilitaram comparar os resultados entre eles. Em um caso a estimativa visual foi diferente, o material de peça cirúrgica teve a graduação histológica inferior, enquanto a punção mostrou um índice alto. Com isso, interpretamos que talvez em uma estimativa visual rápida podemos considerar positivas células não tumorais em meio ao tumor. Essa dificuldade foi observada em 5 casos de amostra por punção com “cell-block”, porém muitas vezes é o único material disponível para diagnóstico. Houve uma concordância de 83,34% entre os dois métodos. Os casos discordantes foram aqueles de grau intermediário pela contagem manual. Esses resultados mostram que o principal problema na graduação dos TNEs está nos resultados intermediários. Dependendo do método utilizado, classificação pode ser diferente e assim alterar o prognóstica desses pacientes. O n utilizado no estudo não resultou em dados estatisticamente significantes. Mais estudos devem ser realizados para determinar melhor método para quantificação do índice Ki67 nos TNES.

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Nome do trabalho: Uso da Microscopia Confocal in vivo na avaliação do tratamento de estrias com laser fracionado não ablativo Nd: YAP 1340 Nm Autor: Bárbara Cristina Sousa Orientador: Elisete Isabel Crocco

RESUMO Introdução: Estrias ou striae distensae (SD) podem ser entendidas como lesões na pele que possuem um impacto psicológico e sua causa exata e fisiopatogenia são desconhecidas. Os tratamentos da SD permanecem um desafio, sendo o laser fracionado não ablativo sugerido como tratamento de escolha. O mecanismo de ação desse tratamento baseia-se na sua capacidade de indução de dano térmico controlado, através das chamadas zonas de tratamento microscópicas, com contração imediata de algumas fibras colágenas e posterior remodelamento dérmico. A análise de eficácia do tratamento realizado pode ser feita através de fotografias, opinião do paciente e médico, além de dados histopatológicos, um procedimento invasivo. Não há consenso sobre métodos não invasivos, fáceis e reprodutíveis para analisar as estrias em estudos clínicos. O exame de microscopia confocal reflectante (MCR) é um método diagnóstico não invasivo que captura imagens com resolução celular das camadas superficiais da epiderme e derme papilar, sendo uma possível alternativa para avaliar as características microestruturais das estrias, sem submeter o paciente a um procedimento cirúrgico para análise de dados. Este estudo propõe analisar as imagens e dados obtidos após o tratamento de pacientes com laser Nd: YAP 1340 nm de estrias recentes e realizar a avaliação da eficácia através de métodos não invasivos. Objetivo: O objetivo principal deste projeto é avaliar a eficácia e segurança do tratamento de cicatrizes de estrias com laser fracionado não ablativo Nd: YAP 1340nm (Plataforma Etherea®, Industra, São Carlos, Brasil) através de avaliação clínica e por microscopia confocal reflectante in vivo. Método: Após aprovação pelo comitê de ética, foram selecionadas 15 pacientes da Clínica de Dermatologia da Santa Casa de São Paulo, com estrias recentes. Destes, 9 prosseguiram até o final do tratamento que consistia em 4 sessões mensais de aplicação com laser fracionado não ablativo Nd YAP 1340nm (Plataforma Etherea®, Industra, São Carlos, Brasil) nas estrias mais longas de cada paciente. Foram coletadas da amostra (pré e pós tratamento): documentação fotográfica para análise de 5 dermatologistas, mensuração da largura da estria tratada in loco para análise estatística, autoavaliação preenchida pelos pacientes e utilização da técnica de microscopia confocal in vivo, obtendo-se a espessura da estria, que foi analisada estatisticamente, e imagens das características microestruturais das estrias. Resultado: Análise estatistica com o teste t pareado sobre as medidas de largura das estrias dos pacientes antes e após o tratamento com laser fracionado não ablativo, obteu-se p= 0,0017 (p<0,05). Enquanto, o mesmo análise pelo mesmo teste nas medidas de espessura, obteu-se p= 0,4931. Já a auto-avaliação mostrou um decréscimo nos quesitos psicossociais e da expectativa do tratamento, ao mesmo tempo que houve um aumento em querer fazer a terapia com o laser nas estrias. Já a avaliação por especialistas em dermatologia das fotos mostrou a subjetividade desse método. Conclusão: O tratamento das estrias com laser não ablativo de Nd (1540nm) demonstrou-se efetivo na diminuição da largura das estrias, nos parâmetros aplicados; enquanto não houve melhora significativa nas medidas de espessura das estrias, obtidas por meio de microscopia confocal. Enquanto, a avaliação das imagens da microscopia confocal demonstram alterações estruturais e qualitativas do colagéno, pós-tratamento e a auto-avaliação demonstra satisfação parcial do tratamento, com uma diminuição de expectativa em relação à um novo tratamento, porém com uma diminuição do impacto psicossocial.

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Isabela Maragon Pasoti

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