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  • 7/24/2019 FT2-Aula 3 fisica

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    Mecnica dos fluidosH idrosttica (I tem 3)

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    Prof. Dr. Bruno Barros Cunha

    Departamento de FsicaDAFISUniversidade Tecnolgica do Paran - UTFPR

    Fsica 2

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    Viso Geral

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    1. Fluidos;2. Hidrosttica;3. Presso;4. Lei de Stevin;5. Princpio de Pascal;

    6. Vasos comunicantes;7. Manmetro;8. Princpio de Arquimedes;9. Variao da Presso com a altitude;

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    Fluidos

    Um fluido, ao contrrio de um slido uma substncia que pode escoar. Os fluidosassumem a forma do recipiente em que so colocados;

    Eles se comportam dessa forma porque um fluido no pode resistir a uma fora paralela sua superfcie;

    Um fluido uma substncia que escoa porque no pode resistir a uma tenso decisalhamento;

    3

    Fluidos

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    Mecnica dos Fluidos

    O segmento da fsica que estuda o efeito das foras em fludos conhecido como a mecnicados fludos;

    Hidrosttica

    Quando os fludos esto em equilbrio esttico;

    Hidrodinmica

    Quando os fludos esto sujeitos a foras externas diferentes de zero;

    4

    Fluidos

    Quando discutimos os corpos rgidos, estamos interessados em concentraes de matriacomo blocos de madeira, bolas de tnis ou barras de metal.

    As grandezas fsicas que utilizamos nesse caso e em termos das quais expressamos as leis deNewton so a massa e a fora.

    No caso dos fluidos, estamos mais interessados em substncias sem uma forma definida e empropriedades que podem variar de um ponto a outro da substncia. Nesse caso, mais til emmassa especfica epressodo que em massa e fora.

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    Massa especfica mdia

    Por definio grama a massa de 1 cm de gua emunidade de cgs (centmetro-grama-segundo)

    Slido Lquido GsFLIGAO > FLIGAO > FLIGAO

    =

    =

    =1

    10

    100

    1

    3

    = 1000 kg/m

    Temperatura ()

    gua(mximo) a 4 C

    1 (materiais em geral)

    Observaes:

    as massas especficas da maioria dos slidos e dos lquidos so aproximadamenteindependentes da temperaturae dapresso;

    Os gases so fortemente dependentes dessas grandezas; 5

    Massa Especfica

    Para determinar a massa especfica de um fluido emum certo ponto do espao, isolamos um pequenoelemento de volume Vem torno do ponto e medimos

    a massa m do fluido contido nesse elemento devolume.

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    Massa Especfica

    Teoricamente, a massa especfica em umponto qualquer de um fludo o limitedessa razo

    Quando o elemento de volume (V) emtorno do ponto tende a zero.

    Devemos supor que o volume do

    fluido muito maior que de umtomo e regular (com a mesmamassa especfica em todos os pontos)

    E no granulado por causa dapresena dos tomos. Isso permite

    escrever a massa especfica na forma:

    =

    =

    No SI (kg/m) Massa

    Volume

    Arcompressvel e a gua pouco compressvel

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    Unidade conveniente de volume para Fluidos, o litro (L)

    1 = 10 = 103

    Flutuao dos corpos na gua

    < <

    Tabela de massa especficasmio= 22,5 10 kg/m

    alumnio= 2,7 10 kg/mtijolo = 1,4 2,2 10 kg/mgua

    (4

    C)= 110 kg/m

    7

    Massa Especfica

    madeira

    Tijolo

    Densidade

    a razo entre sua massa especfica e amassa especfica de outra substncia,usualmente a gua a 4 C.

    gelo= 0,9210 kg/mmadeira(carvalho)= 0,6 0,910 kg/m = 1,293kg/mhidrognio

    = 0,08994 kg/m

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    Presso em um Fluido

    Considere um pequeno sensor de pressosuspenso em um recipiente cheio de fluido, comona Figura ao lado. O sensor formado por um

    mbolo de rea A que pode deslizar no interiorde um cilindro fechado que repousa sobre umamola. Um mostrador registra o deslocamentosofrido pela mola (calibrada) ao comprimida pelofluido, indicando assim o mduloA. Definimos apresso do fluido sobre o mbolo como:

    =

    =

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    Presso em um fluido - conceito

    Relao entre uma determinada fora e sua rea de

    distribuio.

    Observao: a fora uma quantidade vetorial, mas a presso uma quantidade escalar.

    =

    = /

    A unidade no SI

    9

    Presso em um Fluido

    1 atm = 101,325 kPa =760 torr = 14,70 lb/in

    Mdulo volumtrico (B)Razo entre o aumento de P, e o decrscimo relativo devolume, (- V/V).

    Osslidos elquidos so relativamente incompressveis; Os gasesso facilmente compressveis;

    =

    1

    = +

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    Cilindro imaginrio

    gm

    1F

    2F

    10

    Presso em um Fluido

    = +

    =A =A

    A massa mda gua no cilindro segundo a equao, = , onde o volume Vdo cilindro produto da rea da baseApela sua altura .Assim m igual a = ( );

    = +

    A= + (y )

    = + g(y )

    l d

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    Lei de StevinPresso em uma coluna lquida

    Observaes quanto apresso:

    Aumenta linearmente com a profundidade em qualquer recipiente;

    a mesma em todos os pontos de mesma profundidade;

    Em um ponto de um fluido em equilbrio esttico depende da profundidade desse ponto,

    mas no da dimenso horizontal do fluido ou recipiente.

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    Presso em um Fluido

    h

    rea(A) P0

    P

    = = =

    = ()

    = + ; (, constante)

    = + ; (presso na profundidade )

    l id

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    Presso em um Fluido

    Em um ponto de um fluido em equilbrio esttico depende da profundidade desseponto, mas no da dimenso horizontal do fluido ou recipiente.

    Problema Prtico 2. A figura mostra quatro recipientes de azeite. Ordene-os deacordo com a presso na profundidade h, da maior para a menor.

    Problema Prtico 1. A que profundidade, abaixo da superfcie de um lago, estum mergulhador, se a presso igual a 2,00 atm? (A presso na superfcie 1,00atm.)

    = + hUsando gua= 998 kg/m1 atm = 1,01325 105Pa

    P Fl id

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    Presso absoluta a soma de duas parcelas.1. Presso devida atmosfera, que aplicada

    superfcie do lquido;2. gh, a presso devida ao lquido acima do

    nvel 2.

    A diferena entre um presso absoluta e umapresso atmosfrica chamada de pressomanomtrica

    pman

    h

    pat

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    Presso em um Fluido

    = = +

    Presso manomtrica

    Presso absoluta (P)

    P Fl id

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    Presso em um Fluido

    Problema Prtico 3. Um mergulhador novato, praticando em um piscina, inspira ar suficientedo tanque para expandir totalmente os pulmes antes de abandonar o tanque a umaprofundidade L e nadar para a superfcie. Ele ignora as instrues e no exala o ar durante asubida. Ao chegar superfcie, a diferena entre a presso externa a que est submetido e apresso do ar em seus pulmes 9,3 kPa. De que profundidade partiu? Que riscopossivelmente fatal est correndo?

    A presso a uma profundidade h em um lquido dado por na qual a pressomanomtricagh soma presso atmosfricap0.

    Na profundidadeLo mergulhador enche os pulmes e a presso externa sobre ele est acima do normal e dada por:

    Onde a massa especifica da gua 998 kg/m. Quando o mergulhador sobe, a presso externa sobre ele

    diminui at se tornar igual presso atmosfrica p0 quando o mergulhador atinge a superfcie. A presso

    sangunea tambm diminui at voltar ao normal. Entretanto como o ar no foi exalado a presso do ar nos

    pulmes permanece no valor correspondente profundidadeL. A diferena entre a presso mais alta emais baixa no trax

    A diferena de presso de 9,3 kPa (9 % da presso atmosfrica) que suficiente para romper os pulmes

    do mergulhador e forar a passagem de ar do pulmes para a corrente sangunea , que transporta o ar para o

    corao matando o mergulhador.

    = +

    = +

    = = m95,0m/s)kg/m)(9,8(998

    Pa9300

    g

    pL

    P Fl id

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    No lado esquerdo, a interface est a uma distncia l + d abaixo da superfcie do leo, temos:

    Igualando essas duas expresses e explicitando a massa especfica desconhecida, obtemos

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    Presso em um Fluido

    Problema Prtico 4. O tubo em forma de U contm dois lquidos em equilbrio esttico: nolado direito existe gua de massa especfica de 998 kg/m, e no lado esquerdo existe leo demassa especfica desconhecida x. Os valores das distncias indicadas na figura so l= 135 mme d = 12,3 mm. Qual a massa especfica do leo?

    = +

    = + ( + )

    A presso pint no nvel correspondente interface leo-gua do ladoesquerdo depende da massa especfica x da altura do leo acima dainterface. A gua do lado direito mesma altura est submetida mesma presso pint. Isso acontece porque, como a gua est emequilbrio esttico, as presses em pontos na gua no mesmo nvel so

    necessariamente iguais, mesmo que os pontos estejam separadoshorizontalmente.

    No lado direito, a interface est uma distncia labaixo da superfcie dagua e para o lado direitotemos:

    kg/m915mm12,3mm135

    mm135

    kg/m)998(

    1

    dlguax

    M di d P

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    Medindo a Presso

    Barmetro de mercrioUsado para medir a presso da atmosfera. Otubo enchido com mercrio e invertido com aextremidade aberta mergulha em um recipiente

    com mercrio.

    O espao acima da coluna de mercrio contmapenas vapor de mercrio, cuja presso tobaixa temperatura ambiente que pode serdesprezada.

    = + g(y )

    A presso atmosfrica p0 em termo da altura h da coluna de mercrio pode ser obtida daequao.

    Escolhemos o nvel 1 como sendo o da interface ar-mercrio, e o nvel 2 como sendo o do alto

    da coluna de mercrio. Em seguida, fazemos = 0, = e = = 0

    Unidade (torr) g valor padro (9,80665 m/s) Mercrio com 0 C

    = gh

    Medindo a Presso

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    Medindo a Presso

    Manmetro de Tubo AbertoEste instrumento usado para medir a presso manomtricapmdeum gs. Ele formado por um tubo em forma de U contendo umlquido, com uma das extremidades ligada a um recipiente cuja

    presso manomtrica se deseja medir e a outra aberta para aatmosfera. Vamos escolher os nveis 1 e 2, fazendoy1= 0, p1= p0 e y2 = -h, p2= p

    Obtemos

    Onde a massa especfica do lquido contido no tubo. A pressomanomtrica diretamente proporcional a h.

    Sobrepressso, presso absoluta maior do que a presso

    atmosfrica. (presso manomtrica positiva).Ex.: pneus.

    Quando a presso absoluta menos do que a presso atmosfrica.(presso manomtrica negativa).Ex.: algum que usa um canudo para beber um lquido.

    = + g(y )

    = =

    = +

    Princpio de Pascal

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    Princpio de Pascal

    AA ABFB

    FA

    Princpio de Pascal

    Uma variao de presso aplicada em um lquido (fluido incompressvel) confinado transmitida sem reduo, a todos os pontos do fluido e s paredes do recipiente.

    Vasos Comunicantes (Elevador hidrulico)

    =

    Aplicaes:Manobra de Heimlich mtodo pr-hospitalar dedesobstruo das vias areas superiores por corpoestranho. Resumidamente, uma pessoa fazendo amanobra usa as mos para fazer presso sobre o final

    do msculo diafragma. Isso comprimir os pulmes efar presso sobre qualquer objeto estranho natraqueia esquerda.

    Empuxo e Princpio de Arquimedes

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    Empuxo e Princpio de Arquimedes

    Empuxo e Princpio de Arquimedes

    Um corpo total ou parcialmente mergulhado em um fluido sofre um empuxo de baixo para cimaigual ao do fluido por ele deslocado.

    m

    1F

    2F

    m m

    gF

    apgF

    (a) (b) (c)

    21 FFE

    E

    gF

    (d) (e) =

    F

    g ap

    Variao da Presso com a Altitude

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    Variao da Presso com a Altitude

    hRT

    Mg

    epp

    0

    Esta equao baromtrica

    relaciona a presso atmosfrica, P,em equilbrio hidrosttico naaltitude, h, com temperaturatermodinmica, T, sujeito a umcampo gravitacional constante.Onde:

    P0 a presso atmosfrica emum nvel de referncia comaltitude ao nvel do mar.

    g a acelerao da gravidade; R a constante dos gases; M a massa molar do gs.

    Esta equao poder ser utilizadapara outros gases confinados queexperimentam altitudes diferentes.As presses adotadas na frmuladevero ser as presses do gs.

    Em Elevadas AltitudesAqui, a fora da gravidade naatmosfera menos intensa, e asmolculas de ar ficam distantesumas das outras. Portanto,

    quanto mais o alpinista direitasubir, menor a pressoatmosfrica sobre ele e maisrarefeito do ar.

    Perto da SuperfcieOs gases da atmosfera sedeformam com a foa dagravidade e se concentram,conforme indica o desenho.Quanto mais prximo do nvel domar e do centro da Terra maior a

    presso atmosfrica.

    Variao da Presso com a Altitude

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    Variao da Presso com a Altitude

    Quanto maior a altitude, menor ser o ponto deebulio.Por exemplo, o Monte Everest fica na Cordilheira doHimalaia, cuja altitude de 8848m e sua presso

    atmosfrica de 240 mmHg. Nesse local, a gua entraem ebulio muito mais rpido do que ao nvel do mar,possuindo um ponto de ebulio de aproximadamente71 C.

    O contrrio tambm ocorre, em lugares que ficamabaixo do nvel do mar, a gua ferver a umatemperatura maior do que 100 C, porque a pressoser maior, como mostra o grfico ao lado.

    Assim, quanto maior for a presso sobre a superfcie,mais difcil ser para suplant-la e para o lquido entrarem ebulio, logo, o ponto de ebulio ser maior. Poroutro lado, se a presso for menor, ser mais fcil entrarem ebulio e o ponto de ebulio ser menor.