Fotografe Tecnica e Pratica - Issue 41 2014

A R E V I S TA Q U E VA L E P O R U M A A U L A D E F O T O G R A F I A

Edição 41 | www.europanet.com.br

Aprenda como devem ser usados os acessórios nas fotos com duas especialistas

Casamentos Os conceitos para diagramar álbuns e fotolivros

Imagens aéreas Dicas de Joás Souza para fotografar a partir de avião ou de helicóptero

newbornFOTOGRAFIA DE

Aprenda a administrar o dinheiro

da sua empresa de fotografia

MAIS

Entenda o processo

da estabilização óptica

Como explorar a beleza

em imagens de moda

Panorâmicas O premiado Marcio Cabral mostra os segredos para fazer imagens espetaculares

Ensaio de surfe com

light painting e flash

Editor e Diretor Responsável: Aydano RorizDiretor Executivo: Luiz SiqueiraDiretor Editorial e Jornalista Responsável:Roberto Araújo - MTb.10.766 - [email protected]

REDAÇÃODiretor de Redação: Sérgio Branco - [email protected]: Karina Sérgio GomesRepórteres: Livia Capeli e Gabrielle Winandy Chefe de Arte: Welby DantasEdição de Arte: Izabel Donaire Revisão: Denise R. CamargoColaboraram nesta edição: Alex Montesso, Aline Budzyn, EileenParker, Laura Alzueta, Joás Souza, Marcelo Maragni, Marcio Cabral,Mario V. Amaya, Rogério Andrade e Williams Moraes

PUBLICIDADE ([email protected])Diretor Comercial: Mauricio Dias (11) 3038-5093

São PauloCoordenador: Rodrigo Sacomani Executivos de Negócios: Angela Taddeo, Adriana Gomes, Alessandro Donadio, Elisângela Xavier, Ligia Caetano, Renato Perón e Roberta Barricelli Criação Publicitária: Paulo Toledo – (11) 3038-5103Tráfego: Gabrielle Saraiva

Outros EstadosBrasília: New Business - (61) 3323-0205Nordeste (Alagoas, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grandedo Norte): Espaço de Mídia - (81) 9976-8544Bahia e Sergipe: Aura Bahia – (71) 3345-5600/9965-8133Paraná: GRP Mídia - (41) 3023-8238Rio Grande do Sul: Semente Associados - (51) 3232-3176 Santa Catarina:MC Representações - (48) 3223-3968 Publicidade - EUA e Canadá: Global Media +1 (650) 306-0880

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CIRCULAÇÃOGerente: Ézio Vicente ([email protected])Equipe: Henrique Guerche, Paula Hanne e Michelle Pereira

ATENDIMENTO AO LEITOR E LIVRARIASGerente: Fabiana Lopes ([email protected])Coordenadora: Tamar Biffi ([email protected])Atendentes: Carla Dias, Josi Montanari, Vanessa Araújo, Maylla Costa,Márcia Queiroz, Camila Brogio, Bia Moreira, Graziele Dantas, MilaArantes e Gisele Silva

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DESENVOLVIMENTO DE PESSOALTânia Roriz e Elisangela Harumi

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Sérgio Branco, Diretor de Redaçã[email protected]

Confesso que fiquei surpreso com o número de pessoasque se acotovelavam na entrada de um estande durantea mais recente feira PhotoImage Brasil, realizada em SãoPaulo (SP). Ao chegar mais perto para ver o que era,

descobri que se tratava de uma loja especializada em acessóriospara fotos de recém-nascidos, o segmento de newborn que, ao queparece, virou uma febre entre uma certa parcela de fotógrafos.

Diante de tal indício, T&P decidiu dar sua contribuição paraquem busca espaço nesse mercado – bem disputado, comotodos hoje na fotografia – e publica nesta edição a primeira deuma série de quatro aulas sobre o tema. Foram convidadas asespecialistas Eileen Parker e Laura Alzueta, também sócias-fundadoras da novíssima Associação Brasileira de Fotógrafos deRecém-Nascidos (ABFRN), que, segundo elas, foi criada parasugerir algumas normas que visam à segurança e ao conforto dosbebês, orientando a conduta dos fotógrafos.

Na primeira aula, elas tratarão de como escolher osacessórios e a maneira certa de usá-los durante as produções deimagens com os recém-nascidos, pequenos e indefesos seresque realmente precisam ser tratados com o maior cuidadopossível, com higiene impecável e extremo profissionalismo porparte de quem se propõe a fotografá-los.

A fotografia de bebês em cenários ou situações inusitadas,vestindo adereços, roupinhas não convencionais ou fantasias,ficou famosa mundialmente graças à australiana Anne Geddes,a pioneira nesse segmento que, quando ela começou (em 1992,com um calendário), não era chamado de newborn. Tivemos oprazer de entrevistar Geddes com exclusividade na edição 201de Fotografe (ela nunca havia tratado do assunto antes comnenhuma revista brasileira) e uma frasedela sempre me vem à mente quando oassunto é newborn: “Sempre serei muitograta às minhas primeiras clientes, queprovavelmente não tinham ideia decomo eu estava nervosa e de como erainexperiente”. Certamente muitosoutros fotógrafos também passarampor esse processo diante de recém-nascidos. Que as aulas sobre o temaajudem a amenizar isso. Boa leitura.

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Sumário

O fotógrafo Joás Souza ensina macetes parafotos feitas a partir de aviões e helicópteros

6 Os segredos dafotografia aérea

Confira dicas eesquemas de luz dofotógrafo RogérioAndrade de comoretratar a beleza emimagens de moda

34Aprenda com asespecialistasEileen Parker eLaura Alzuetacomo escolhere usar adereços

14

Fotografia de moda

Luz diferente para surfe E mais

Acessórios para newborn

Panorâmicas: Marcio Cabral explicacomo consegue imagens incríveis

Estabilização óptica: entenda o sistemacriado para evitar que a foto saia tremida

Mercado: Alex Montesso dá a receita doplanejamento financeiro para fotógrafos

Diagramação de álbum: veja quaisos conceitos envolvidos no processo

24

48

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60Foto da capa: Joás Souza, Kamille Raupp e Marcio Cabral

Marcelo Maragnimostra umaforma criativade fotografaros surfistas esuas pranchas

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Desfrute Dos DetalhesMelhore toDas as proDuções

Novo sensor CMOS full-frame FX de 36.3 megapixels sem filtro ótico passa-baixa (OLPF), para uma retenção de detalhes desde o branco neve até o preto carvão

Processamento de imagem EXPEED 4

51 pontos de foco, incluindo 15 sensores de tipo cruzado

Incrível para TV, vídeos e sets de filmagem

A evolução da alta definição

Novo modo AF de Área de Grupo

D-Movie Full HD 1080p: 60/25/24p

Gravação de áudio abrangente de alta fidelidade e controle de reprodução

Ampla faixa de sensibilidade ISO 64 - 12.800 (expansível 32 - 51.200)

2014. Produto Importado. Imagens meramente ilustrativas. Lente não faz parte do kit. Informações sobre o produto e seus recursos, leia cuidadosamente o Manual de Instruções e acesse www.nikon.com.br

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LCD OLED de 3.2” e 1.229 mil pontos

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Técnica&Prática6 Técnica&PráticaTécnica&Prática6

Imagem aérea do bairro RioVermelho, em Salvador (BA):em fotos de orla, a maré e atransparência da água são itensimportantes a ser obervados

Técnica&Prática 777

Afotografia aérea é um importantesegmento. Com o crescimento daeconomia brasileira, principalmentedo setor imobiliário, esse tipo de

trabalho é cada vez mais solicitado, pois setrata de uma ótima ferramenta para mostrar alocalização de grandes empreendimentos,implantar virtualmente as perspectivas deprédios e indústrias antes de construídos ouacompanhar o desenvolvimento de grandesobras. Há ainda trabalhos voltados para a

preservação de ecossistemas ou dedocumentação de desmatamentos para quematua com fotografia de natureza e meioambiente. E surge também em registros depaisagens e cenários turísticos parafotógrafos especializados em viagens.

Negócios à parte, um dos grandesprazeres da fotografia aérea é poder apreciaras paisagens de um ponto de vistaprivilegiado. Quem já teve a oportunidade dever as fotos do fotógrafo francês Yan-Arthur

POR JOÁS SOUZA (TEXTO E FOTOS)

fotografiaaéreaVeja que tipo de aeronave usar, os desafiostécnicos a superar e os cuidados que devemser tomados para fotografar com segurança

Aprenda como fazer

dicA TécnicA

Técnica&Prática8

apropriada para o objetivo e para oorçamento. Normalmente, aviões ouhelicópteros são os mais comuns, sendo oprimeiro o mais fácil de alugar em escolasde aviação ou de empresas de táxi-aéreo.

Porém, quando você estiver lá emcima fotografando, deverá se atentarpara não enquadrar pedaço da asa ou dotrem de pouso (aviões), hélice ou degrau(helicópteros). Principalmente quandousar objetiva grande angular ou acâmera na vertical.

A Agência Nacional de Aviação Civil(Anac) estabelece que aviões não podemvoar abaixo de 1.000 pés (304,8 metros)em áreas urbanas ou de 500 pés dequalquer pessoa, estrutura ouembarcação. Aviões não conseguem voarbem devagar, pois precisam de umavelocidade mínima para se manter emaltitude estável. Um avião com quatrolugares, por exemplo, não opera comsegurança a menos de 130 km/h. Isso,dependendo do trabalho, poderepresentar um problema.

Entre os melhores e mais popularesaviões para fotografia aérea está oCessna “asa-alta”. É um dos favoritosdevido à baixa velocidade de voo quealcança de forma segura e a largajanela, que pode ser aberta durante ovoo. O Cessna 177RG Cardinal é,

Bertrand, no livro The Earth From TheAir, entende muito bem o que isso querdizer. Porém, para captar boas imagensdo alto não basta apenas terconhecimento técnico. É preciso tertambém habilidade artística ecriatividade para conseguir enxergar ecompor paisagens atraentes.

PLANEJAR O VOOO primeiro passo para a realização de

fotos aéreas é a escolha da aeronave

O fotógrafo Joás Souzaao lado e dentro deum Cessna 177RGCardinal, uma dasmelhores aeronavespara quem quer fazerimagens aéreas

Técnica&Prática 9Técnica&Prática 9

provavelmente, o melhor modelopor causa da falta de suporte daasa e também pelo fato de o tremde pouso poder ser recolhidodeixando a visão mais livre.

COM HELICÓPTEROCom um helicóptero, a aventura

muda de figura. Você pode voar coma porta removida, o que dá totalliberdade para usar a câmera.Legalmente, um helicóptero podevoar a qualquer altitude, contantoque esteja em uma área aberta osuficiente para ter espaço para umaaterrissagem de emergência emcaso de uma falha mecânica,evitando assim causar qualquer tipode dano a pessoas ou propriedadesno trajeto.

Em geral, a velocidade mais

eficiente para um helicóptero é nacasa dos 100 km/h, e, se necessário,o aparelho pode ficar parado no arou até mesmo voar de “ré”(operações que dependem dadireção do vento e da habilidade dopiloto). Essa facilidade tem um customais salgado que o de um Cessna.

Para aqueles que não têmexperiência com helicópteros, adúvida sobre a segurança daaeronave pode surgir. Contudo, oshelicópteros mais modernos sãoextremamente confiáveis quando a

Joás Souza ao lado dohelicóptero; a porta da

aeronave sendo retiradae o fotógrafo colocando o

cinto de segurança

Herança de família

O baiano Joás Souza, 36 anos,herdou o ofício de fotógrafo do pai.Em 1998, passou a atuarprofissionalmente na área e, desde2000, dedica-se a fotografia dearquitetura e imagens aéreas. A fimde fotografar novas paisagens eprojetos arquitetônicos, mudou-separa Londres, na Inglaterra, em2005, onde resideaté hoje. Fotografaprincipalmentepara estúdios dearquitetos,designers deinteriores,empresas epromotoresimobiliários.

Para saber mais www.joasphotographer.com

dicA TécnicA

Técnica&Prática10

manutenção está em ordem. As chancesde uma falha mecânica são mínimas. Ataxa de acidentes fatais comhelicópteros leves é de 1 a cada 100.000horas de voo, sendo que a maioria dosacidentes é sempre ligada ao mautempo ou à tentativa do piloto de fazeruma manobra arriscada.

Se a ideia é voar só com o objetivode fazer fotos, será bem improvável queo fator mau tempo ocorra, já quenormalmente uma condição climáticaruim não será favorável para fotografar.Outro fator de segurança é que muitoprovavelmente a decolagem e o pousoserão em uma grande área aberta. E,para mais segurança, prefira voar comum piloto bem experiente em vez de umnovato, mesmo que custe umpouco mais.

QUANTO CUSTA A maioria das grandes cidades

brasileiras tem empresas de aluguel dehelicóptero a um custo médio de R$ 1.800a hora. O mais popular para fotografiaaérea é o Robinson R44, bem estável ecom a comodidade de ter assentostraseiros para colocar um assistente ou amala de equipamentos.

Uma opção de helicóptero mais barataé o pequeno Robinson R22, de doislugares. O problema é que, diferente doR44, você não vai ter espaço para levarum assistente ou muito equipamento. Ese você for grandalhão ou gordinho vaificar raspando no piloto o tempo todo. Umoutro problema é a disponibilidade:apesar de ser menor e mais barato, não éfácil de encontrá-lo para alugar, pois émuito mais usado em escolas de aviação.

Registro na Costado Sauípe, Bahia:em fotos de praia,use como referênciaa linha do horizonte,que quanto maisnítida, melhor


Uma vantagem de se usarum helicóptero é queraramente você precisará deuma distância focal maior que100 mm para tentar isolardeterminada cena, pois bastapedir para o piloto fazer a aproximação. Jáse você estiver em um avião, normalmentenuma altitude acima daquela que ohelicóptero voa, e quiser isolardeterminado prédio, por exemplo, vocêterá de usar uma distância focal de pelomenos 200 mm, o que irá requerer umavelocidade de disparo ainda maior paraque as imagens não saiam tremidas.

VIBRAÇÕESAs imagens mais nítidas são feitas

com uma câmera montada num tripé edisparada via temporizador, controleremoto ou cabo disparador para assegurarque o seu dedo não irá afetar aestabilidade da câmera. Então, como épossível obter imagens bem nítidasquando se fotografa de dentro de umveículo em movimento (em altavelocidade) e que vibra simultaneamente?

A maneira mais fácil decongelar uma imagem é usarvelocidades de disparo altas,algo em torno de 1/500s e1/750s. Essas velocidadescongelam bem imagens feitas

com lentes até 100 mm acopladas a umacâmera full frame. O melhor a fazer éajustar a câmera para o modo Tv emmodelos Canon (S para Nikon, Sony ePentax) para ter prioridade de velocidadee deixar a câmera escolher o diafragma.

Diante de um céu de brigadeiro, semnenhuma nuvem, aproveite que háapenas a fonte de luz do sol e beneficie-se da leitura de luz incidente em vez darefletida. Assim você não terá surpresascom fotos sub ou superexpostas. Porém,tenha cuidado com fotos em contraluz.Nesses casos, ter uma velocidade eabertura fixas pode não criar o resultadodesejado. Você terá de ir para o ajustemanual e fazer compensações de luz.

As câmeras digitais atuaispossibilitam trabalhar com ISO maisalto do que no passado sem que hajaperda de qualidade com o aparecimento

Para fazer imagensnítidas, como essa emArembepe (BA), épreciso usar velocidades altas dedisparo, em tornode 1/500s e 1/750s Fotografias aéreas

feitas sob o sol domeio-dia não sãomuito interessantes,pois ficamchapadas. Já fotosfeitas no começo damanhã ou mais parao final da tarde sãomuito maisatraentes, pois assombras provocadaspelo baixo ângulo deincidência do solpronunciam muitomelhor o formato edimensões dasconstruções, o relevoou a paisagem. Emfotos na orla, fiquede olho na maré, naposição do sol e natransparência daágua. No caso deprédios, dependeráda posição deiluminação solar, quevaria durante o ano.

Horário defotografar

dicA TécnicA

Técnica&Prática12

excessivo de ruído. Isso dá achance de fazer fotos aéreas deum pôr do sol quase noturno semperder a alta velocidade deobturação – algo que até algunsanos atrás era impraticável.

Caso a sua câmera ou lentetenha estabilizador de imagem,certifique-se de que ele esteja ativo.E se isso não for o suficiente (o quequase nunca é para vídeo), a melhorsolução é adquirir ou alugar umgiroscópio de estabilização manual.

A empresa KenyonLaboratories constrói, aluga evende esse equipamento, queresiste a qualquer tipo devibração. Não é um equipamentofácil de usar, pois você tem demanter o equilíbrio, aguentar opeso e segurar possíveisturbulências ao mesmo tempo emque faz as fotos (o que pode serbastante cansativo). Portanto, ébom gastar um tempo na academiaantes de planejar usar um dessespor mais de 15 minutos.

Outra dica: não se escore naaeronave. Assim, você captarátoda a vibração do motor. Tentesentar o mais independentepossível, sem tocar os braços ou acâmera em qualquer parte dohelicóptero ou do avião.

Não se preocupe comprofundidade de campo quando

estiver lá em cima. Tudo estarápraticamente no infinito e qualquerabertura da lente vai oferecer aprofundidade que você quer, a nãoser que esteja usando uma telelonga (acima de 300 mm). Em geral, adistância hiperfocal da lente éencontrada em aberturas médias.Portanto, ajuste o ISO e a velocidadepara tentar trabalhar comdiafragmas entre f/5.6 e f/8 paraobter uma ótima nitidez.

Para ter horizontes nítidos, nãofotografe em dias nublados ou de

alta umidade. Isso faz com que apaisagem fique azulada e com baixanitidez (exceto se a foto fordocumental). Cores, brilhos econtrastes podem ser controlados naedição final da imagem.

Caso você viva perto da praia, amelhor referência para boas

fotos a grande altitude é analisar alinha do horizonte. Quanto maisnítida, melhor.

Para fotografar outra aeronave,o ideal é usar uma zoom como

uma 24-120 mm ou a 28-135 mmcom diafragma f/8 ou f/11. E, claro,em companhia de piloto que saibavoar em formação. Se a outraaeronave estiver muito próxima,você terá de usar uma grandeangular, o que pode ocasionarindesejáveis distorções. Se as duas

aeronaves estiverem com a mesmavelocidade, isso ajudará muito noresultado das fotos.

Mantenha o olho no horizontepara mantê-lo nivelado e saiba

balancear a quantidade de céu e terradependendo de que foto queiratransmitir. Se a sua câmera tiver orecurso do horizonte virtual para oalinhamento, não deixe de usá-lo.

O rotor do helicóptero deve estarbalanceado para evitar grandes

vibrações. Algo semelhante se passacom um carro há 100 km/h com ospneus não balanceados. Se você notarque o helicóptero está desbalanceadodurante o voo, aumente o ISO. Priorizesempre a velocidade do obturador. Amenor velocidade possível de serusada dependerá da vibração dohelicóptero ou do avião. Comteleobjetiva ela deverá ser aindamaior do que com uma grandeangular. A sua capacidade de segurara câmera sem tremer a mão tambémé importante. E quando as fotos foremno início de noite use o modo Manual.

Ter uma câmera com GPS internoou conectado pode ser muito útil

para identificar com precisão alocalização de cada foto.

Jamais fotografe através dajanela. Peça ao piloto para tirar

a porta antes de decolar. E procure se manter em posição segura, bempreso à aeronave.

Dicas do especialista

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Para evitar queas vibraçõesda aeronave

atrapalhem, tentesentar sem apoiaros braços e outraspartes do corpo no helicóptero


LENTES APROPRIADASAs lentes mais úteis na fotografia

aérea são as grandes angulares entre16 mm e 28 mm (para sensor full frame). As grandes angulares irão,inevitavelmente, pegar uma parte daaeronave. Mas faz parte da experiênciae isso pode ser recortado na edição.Quando fotografar uma cena que incluio interior da aeronave, como piloto epassageiro, experimente usar um flash(pode ser até o pop-up) para balanceara baixa luz do interior da aeronave coma intensa luz vindo de fora.

Quando se tem o dia inteiro em terrafirme para fazer a foto perfeita, semdúvida, você buscará a melhor qualidadecom lentes fixas e tripé. Mas, quando há

um motor bebendo combustível a umataxa de R$ 1.800,00 por hora, é melhoracelerar e optar pela conveniência deuma lente zoom com estabilizador deimagem e que seja a mais luminosapossível. Para iniciantes em fotografiaaérea, eis alguns kits sugeridos:

Econômico – Canon EOS Rebel T5icom lente Canon EF-S 17-55 mm f/2.8 IS USM ou Nikon D5300 com lente18-55 mm VR.

Avançado – Canon EOS 5D III comlente Canon EF 24-105 mm f/4 IS USMou Nikon D800 24-120 mm f/4 VR.

Para fotografar de um avião, arecomendação é ter uma zoom CanonEF 70-200 mm f/2.8 II IS USM ou umNikon AF-S 70-200 mm f/2.8G ED VR II.

Registro de umaestação de tratamentode água nos arredoresde Londres, Inglaterra:para quem quer fazerfotos a partir de umavião, a telezoom

70-200 mm f/2.8 é amais recomendável

DicAs ProFissionAis

Técnica&Prática14

Aproposta da fotografiade recém-nascidos éregistrar algunsmomentos dos primeiros

dias de vida do bebê em cenáriosdelicados, lúdicos e criativosmontados por quem entende doassunto e que usa do bom sensopara não expor os pequenos a riscos.

Com a crescente demanda noBrasil de ensaios de newborn,muitos fotógrafos passaram aprestar esse serviço. O problemaé que, infelizmente, nem todosrealizam o trabalho com umaconduta correta – não por faltade habilidade técnica com afotografia, e sim por ausência deconhecimento sobre acessóriosadequados, manipulação segurae cuidados com a higiene.

POR LIVIA CAPELI

newborn Fotografia de

Como escolher os acessórioscertos para a sessão fotográficaNa primeira aula da série, saiba quais são os adereçosmais apropriados e veja os cuidados na hora daprodução do ensaio com dicas de duas especialistas

Com a preocupação de ajudarquem quer entrar no ramo, bemcomo dar dicas para aqueles quedesejam se aprimorar naárea, Técnica&Práticaconvidou as experientesfotógrafas EileenParker e Laura Alzuetapara falar sobre osprincipais pontosreferentes à fotografia derecém-nascidos em umasérie de quatro aulas.

Nesta primeira reportagem, as especialistas comentam arespeito dos modelos de adereçose cenários, quais são os materiaise dimensões mais apropriadospara os acessórios que serãousados e a assepsia correta dosprodutos. Veja as dicas.


Na fotografiade newborn é

necessário muitocuidado com os

materiais usadosno ensaio

Laur

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lzue

ta

DicAs ProFissionAis

Técnica&Prática16 Técnica&Prática16

BEM-ESTAR É BÁSICOA questão mais importante

na fotografia de recém-nascidosé a segurança da criança. Foi porisso que as experts Laura Alzuetae Eileen Parker junto com mais seisfotógrafas do segmento fundaram aABFRN (Associação Brasileira deFotógrafos Recém-Nascidos), criadapara alertar os fotógrafos sobre aspráticas de segurança e o confortodos bebês. Se você pretende fazerfotografias de newborn, antes decomeçar esta aula e as demais, valeverificar algumas normas no sitewww.abfrn.com.br e se informarmais sobre o assunto.

Geralmente é recomendado queo ensaio seja realizado entre oquinto e o 13o dia de vida do bebê(momento em que eles estão maiscalmos, dormem mais, têm menoscólicas e são mais flexíveis), e os

pequenos devem ser colocadossobre locais confortáveis.

Por isso, Laura afirma que, antesde decidir pelos acessórios usadosna sessão, é necessário pensar nobem-estar do recém-nascido. Pois,além de poder prejudicar a saúdedo bebê, a sensação de desconfortoem uma posição mal planejadaé transmitida na imagem, causandouma má impressão para quemvê o resultado.

Um dos acessórios de cena maisseguros para acomodar bebês paraas fotos, segundo Laura, é o pufe.Laura, assim como Eileen, é adeptado recurso e conta que, além de serfácil de transportar por ser muitoleve (alguns modelos têm alças,ideal para quem realiza ensaios nacasa do cliente), o pufe é muitoversátil, pois pode ser giradodelicadamente durante a sessão,

Eileen Parker

Sócia-fundadora da ABFRN(Associação Brasileira deFotógrafos de Recém-Nascidose membro da NAPCP (Memberof the National Association ofProfessional ChildPhotographers), a ex-publicitáriaEileen Parker, 48 anos, éespecialista em fotos degestantes e newborn, bebês efamílias. Com grande experiênciaem captar imagens de pequenos,tendo já fotografado centenasde bebês, Eileen fezdiversos cursosinternacionaiscom algunsprofissionaisimportantes dosegmento, comoas americanasKelley Ryden,Tracy Raver eStephanie Robin.

Para saber maiswww.eileenparker.com.br

Acessórios de cena, conhecidos como props, devem ser atraentes e seguros

Aut

oret

rato


posicionando a criança no ângulodesejado. Fora isso, o acessórioproporciona a fácil transição deposes sem incomodar muito o bebê.Vale lembrar que, tanto no pufequanto em qualquer outra superfícieem que o recém-nascido sejacolocado, é importante deixara cabeça dele sempre um poucomais levantada em relação ao corpo.Existem rolos próprios para asustentação, contudo, é fácilimprovisar com pedaços de tecidosou fraldas de pano que podem ficarescondidos debaixo das mantasusadas para forrar o local.

Mantas de sofá, xales e atéblusas de tricô também dão umcharme especial ao ensaio. Umamanta de sofá, por exemplo, podeser bem esticada sobre um pufe,fazendo um pequeno fundoinfinito preso em um suporte defotografia apropriado.

Debaixo da layer delã hipoalergênica

existem camadas detecidos para a peledo bebê não entrarem contato com omaterial do qual é

feito o props

O props de ninhotem tamanho

apropriado paraconfor tar o bebê

Pinças de altapressão ajudama prender amanta nosupor te

Supor teapropriado ébásico parafazer fundo

infinito

Use manta ouxale de sofácomo fundopara a foto

O pufeprecisa terenchimentoapropriado

Quando aluz de

estúdio éusada, deveser rebatidae não direta

A touquinha é feita de materialantialérgico e é

sempre lavada entreuma sessão e outra

Um calço deapoio disfarçadopor baixo dalayer deixará acabeça do bebêmais elevada emrelação ao corpo

Fo

tos

: E

ileen

Par

ker

DicAs ProFissionAis


MATERIAL ADEQUADONas lojas especializadas em

acessórios para fotos de newborn,os pufes são comercializadosvazios, ou seja, apenas uma capaque depois deve receber umenchimento. Os recheios maisrecomendados são os de pérolas depoliestireno, conhecidas tambémcomo pequenas bolas de isopor.

Essas pérolas precisam ter entre4 mm e 5 mm. Somente esse tipo deenchimento vai garantir firmeza emaciez adequadas, tornando o pufemoldável e proporcionando ochamado efeito memória, que faz oformato e o encaixe perfeito do bebêem cima do acessório.

O investimento nesse tipo deenchimento é mais alto, no entanto,duradouro e seguro. As especialistasalertam que outros materiais maiscomuns para enchimento, tais comoespuma, estofo ou farelo de isopor,podem ser prejudiciais porliberarem micropartículas de pó.

Os pufes próprios parafotografia de newborn têm medidasespecíficas de segurança. Osdiâmetros mais apropriadoscomeçam em 80 cm e vão até1,20 m, variando entre 20 e 50 cmde altura. Geralmente são feitos emcouro sintético e têm fecho de zíperresistente, o que facilita a limpezae a higienização.

NINHO SEGUROTanto os fotógrafos quanto os

pais querem ter as fotos do bebêdentro de cestinhos, caixinhas oucaminhas. Logicamente que acriança dentro de um acessóriode cena (ou props, como sãochamados pelos profissionaisdo ramo) enriquece o ensaio.

O que muitos desconhecem,porém, é que os cenários precisamatender a rigorosos padrões dehigiene, conforto e segurança. E a maioria das produções maisousadas, que parecem ser

Laura Alzueta

Graduada em Publicidade ePropaganda, a fotógrafa LauraAlzueta, 53 anos, já clicou cercade 400 bebês. Atenta aosdetalhes, as imagens que produzremetem sempre a umaexpressão simples e orgânica e se destacam por ela só usar a luznatural. Muitas poses remetem aobebê ainda dentro do útero, numasuave combinação de luz,acessórios e reações espontâneasque ocorrem a cada vez que umnovo bebê é fotografado. Elatambém ministra workshopssobre a técnica de fotografar osrecém-nascidos eé uma dassócias-fundadoras daABFRN(AssociaçãoBrasileira deFotógrafos deRecém-Nascidos).

Para saber maiswww.lauraalzueta.com.br

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A imagem dobebê foi feitaem um pufe ecom a mantausada como

fundo infinito


inseguras, é resultado de umacombinação de imagens fundidas viaPhotoshop (ou outro programa). Nessescasos, o trabalho é composto por mais de uma imagem com manipulação nocomputador. Veja no exemplo acimacomo algumas poses devem serrealizadas de maneira segura, conforme o proposto pelas normas de segurançasugeridas pela ABFRN.

Há muitas opções de cores e estilosde props, tanto em lojas especializadasno assunto quanto em comérciopopular (garimpe na região da Rua 25de Março, no centro de São Paulo, lojasde departamento, armarinhos e

artesanato). Até mesmo uma folha secaque cai de uma palmeira pode ser umprops, desde que seja bem higienizadae com a proporção ideal para acomodarum recém-nascido.

TAMANHO CORRETOÉ fundamental se certificar de que

o acessório de cena escolhido tenha otamanho adequado para acomodar obebê de maneira que fique proporcionalna imagem. Muitos acessórios sãofeitos de madeira e não devem contervestígios de farpas ou qualquer outromaterial. A pintura desses objetos deveser feita sempre com tinta atóxica. Já

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Acima, a imagem após manipulação; abaixo, a sequência de fotos antes da retirada noPhotoshop da mão da assistente segurando a cabeça do bebê para assegurar que não tombe

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os cestos de vime devem ser produzidoscom material firme.

Os cestos, caixotes e baldes ideaispara acomodar recém-nascidos naclássica posição sentada com a cabeçae os braços apoiados na borda devemter diâmetro a partir de 25 centímetros.Já para aquelas poses na qual o bebê écolocado deitado dentro do props énecessário no mínimo 45 cm de largura.

A especialista Eileen Parker ressaltaque é de extrema importância que ofotógrafo coloque um contrapeso dentrodo cesto ou do caixote que receberá obebê para a foto na pose sentada. “Maisde um terço do peso da criança está nacabeça. Para evitar que o props tombe,use um saco de feijão ou de açúcar nofundo, do lado oposto ao que seráposicionado o corpo do bebê sentado”,ensina Eileen.

CONFORTO EM CAMADASAlém de dar um aspecto mais

gracioso na imagem, deixando cestos,caixotes e caminhas mais confortáveispara os bebês, as layers (como sãochamadas as várias camadas de tecidose mantas que são colocados dentro dosacessórios de cena para acomodar obebê) servem de proteção para que apele da criança não tenha contato diretocom os props. Os que ficam aparentes naimagem e têm contato com a pele devemser antialérgicos. Já aqueles que serãousados apenas para forrar a superfíciepodem ser de qualquer material.

Nas lojas especializadas em produtospara fotos de newborn nacionais e doexterior, existem opções diversas de layersjá prontas, tais como tranças produzidascom lã de carneiro pura, mantas de peloalto e mantas felpudas feitas de tricô. No

O quecomprar

CESTO DE CIPÓ Com abertura de 40 cmde diâmetro, feito emmaterial natural R$50

PELO SINTÉTICO Longo e macio. Ficaótimo sobre cestos,baldes, vasos emantasR$79,99

TRANÇA DE LÃ CRUAFeita com lã decarneiro pura. Podeser usada para enfeitarcestos como uma layerR$90

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Uma das diversas maneiras de usar o wrap

Com um tecido macio e elástico ou wrap apropriado você podeenrolar, embrulhar ou aninhar o bebê delicamente; note como acriança é flexível e Laura consegue moldá-lo na pose desejada

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entanto, não dá para descartar osprodutos feitos em casa de maneiraartesanal, como também aqueles itensencontrados em lojas de tecido – basta terbom gosto e preocupação com a maciez esegurança do material na hora da escolha.

“A maioria dos acessórios usadoscomo layers pode ser lavado à mão ou namáquina com sabão neutro (para nãooferecer riscos de alergia). É importantesempre mantê-los limpos entre umasessão e outra”, explica Laura. Aespecialista lembra que nessa faseos bebês têm baixa imunidade. Por isso,é importante redobrar o cuidado com alimpeza, reforça ela.

Como se trata de recém-nascido,durante o ensaio é bem comum acontecerde a criança fazer cocô sobre as layers.Uma dica esperta para evitar que o“acidente” afete todas as camadas de

mantas é usar entre uma layer e outra umplástico ou uma manta absorventeespecial vendida em lojas especializadasem produtos para fotos de newborn.

CUIDADOS E ESTILOSOutro artifício bastante usado nesse

tipo de ensaio são os adereços quevestem e enfeitam a cabeça dos bebês.Existem headbands (lacinhos de cabeça),minicoroas, viseiras, saias, asas de anjoe roupinhas tapa-fraldas. A maioria éconfeccionada em tricô com lã importadaou tecido muito delicado. Assim comoas layers, devem receber os mesmoscuidados de higienização.

O wrap (outro termo bastante usadopor quem faz fotos de newborn) é umtecido importado muito macio e queoferece elasticidade. É usado paraembrulhar o bebê de maneira bem

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O quecomprar

Lembre-se de também forrar as bordas;coloque um tecido ou manta absorvente

para evitar acidentes com cocô e xixi 3 Finalize a montagem do props com a layer

escolhida para aparecer na foto; nãoesqueça de manter tudo sempre muito limpo4

Coloque um ou dois quilos de qualquerpacote de alimento (arroz, açúcar...) no

fundo do balde ou cesto para criar contrapeso 1 Faça camadas de tecidos para acomodar

o bebê com conforto; a primeira pode serfeita com uma manta ou cobertor bem macio2

Como preparar o props para receber o bebê

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Técnica&Prática22

aconchegante na hora das fotos. Dápara conseguir um efeito similar semprecisar adquirir o produto importadousando outros recursos, como ataduraelástica tipo strap band (coloridas),rendas e lenços femininos, que são bemleves, elásticos e transparentes.

A dica é inovar para não cair narepetição, porém dentro dos limites dobom senso e respeitando a segurança eo conforto, usando tecidos macios esuaves, ensina Eileen.

Cuidado para não sair comprandotudo o que vê pela frente. Aprenda afazer boas combinações de cores eevite misturar muitos tipos de material,priorize a simplicidade. No começo, valeinvestir em adereços com cores maisneutras e que sirvam tanto para meninos

quanto para meninas. Tente nãoexagerar na produção. Pesquisebastante e busque seu próprio estilousando referências. Lembre-se de que ofoco será sempre o bebê.

Atualmente há muitas vertentes delinguagem, tais como a linha vintage,adotada por Eileen Parker (que explora oromantismo usando objetos retrôs), e oestilo orgânico, do qual Laura Alzueta éadepta (que dá preferência a elementosque passam a ideia de serenidade, comcores pastéis e poucos acessórios). Oimportante é ser criativo.

Na próxima aula, Eileen Parker eLaura Alzueta darão dicas detalhadassobre manipulação e posicionamentodos bebês, além de cuidados com afisiologia dos recém-nascidos.

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TOUCA COM POMPOM Feita com lãimportada, nãoprovoca alergiana criança R$69

MACACO TAMANHO PFeito em crochê comlinha hipoalergênica,para o bebê segurardurante a fotoR$58

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Acima, o estilo vintage proposto pela fotógrafa Eileen Parker, que engloba o uso de acessóriosretrôs; abaixo, o aviador de Laura Alzueta é composto por cores pastéis e poucos acessórios

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imagenspanorâmicas

Aprenda truques para fazerChapada dos Veadeiros (GO): em fotos noturnas, faça a série seguindo o movimento das estrelas, da direita para a esquerda

Técnica&Prática 25Técnica&Prática 25Técnica&Prática 25

Écomum, principalmente emviagens, o turista quererreproduzir em uma fotografia omáximo possível de uma

paisagem. Para ser bem-sucedido natarefa, é aconselhável fazer algumasimagens em sequência,movimentando-se lateralmente e,depois, juntá-las lado a lado em umprograma de edição. O resultado final éa conhecida imagem panorâmica,estilo que ganhou mais destaque naera digital, tendo inclusive umconcurso internacional próprio, o Pano

Awards, no qual o brasiliense MarcioCabral, 40 anos, ficou em segundolugar na categoria Natureza nacompetição de 2014.

Como muitas câmeras digitais vêmcom software para “costurar” as fotosfeitas em sequência lateral, é umaimagem relativamente simples de serfeita – antigamente, na era do filme, sócâmeras especialmente construídaspara registrar panoramas eram capazesde oferecer essa possibilidade. Masquem curte imagens panorâmicas ebusca mais qualidade deve aprender

POR GABRIELLE WINANDY (TEXTO) E MARCIO CABRAL (FOTOS)

O processo érelativamentefácil, mas quembusca maisqualidade precisaentender osparâmetros paraobter resultadosprofissionais

dicas Profissionais

Técnica&Prática26

mais sobre a técnica para obter fotosdignas de prêmio. Por isso, T&P convidouCabral para ensinar a você algunstruques dessa arte.

A ideia principal por trás de umapanorâmica é que ela seja constituída de

três ou quatro imagens feitas uma ao ladoda outra – preferencialmente na vertical,segundo Marcio Cabral, para obter umamaior resolução. Em seguida, essascapturas serão sobrepostas parcialmenteem um programa de edição de imagens.

Para fazer umapanorâmica como aacima, das fendas doAntelope, no Arizona(EUA), é precisoestar atento avariações de luz


Pode ser o bom e velho Photoshop,mas Cabral prefere usar doisespecializados: o PTGui (que custa apartir de R$ 252) e o Kolor AutopanoGiga (a partir de R$ 610).

Segundo o especialista, é

preciso estar atento a algunsdetalhes, como alterações de luz,que ocorrem principalmente aonascer ou ao pôr do sol. Para evitá-las, Cabral usa uma alta velocidadepara fazer as imagens no menor

intervalo de tempo possível. Issoserve também para evitar distorçõesde movimento causadas pelo ventoou, caso seja na praia, das ondas domar. Se não houver jeito de evitar adistorção por causa das ondas, que

dicas Profissionais

Técnica&Prática28

estouram em questão de segundos, asolução pode ser fazer a imagem comlonga exposição, para deixar a água comuma textura menos definida.

Outra complicação surge quando asfotos são realizadas à noite. A capturaprecisa ser feita em exposição lenta,mas as estrelas se movem. Portanto,

nesses casos, Cabral faz as fotos dadireita para a esquerda (seguindo omovimento das estrelas), voltadosomente para o céu, e depois faz outrado resto do cenário. Em seguida, faz ajunção de céu e terra via software.

Para que o processo dê certo, éessencial que as imagens estejam

Uma panorâmicapode ser constituídade fotos verticais, quedepois são tratadase parcialmentesobrepostas, comomostra a sequênciaacima, que resultouna imagem do altofeita em Bonito (MS)

29Técnica&Prática 29

perfeitamente alinhadas, seja parafotografar de dia ou de noite. Umtripé (ou monopé) é essencial.Quando o fotógrafo precisa entrardentro d'água para fazer o registro,a situação se complica um pouco.Se houver pedras no chão e não formuito fundo, dá para usar um tripé

– não é possível apoiar em coraisporque eles quebram. “Masmesmo assim é cansativo levar otripé enquanto você se move pelaágua. Mais atrapalha do queajuda”, diz Cabral.

Ele geralmente usa um monopéretrátil conectado a uma caixa-

estanque com uma bolha de nívelque garante a estabilidade. Quandoo lugar é muito fundo, Cabralprende a câmera a uma boia ou faza foto na mão mesmo. Para ser feitaem ambiente aquático, outraexigência é que a água seja bemcristalina – no Brasil, isso pode ser

dicas Profissionais

Técnica&Prática30

Para fotos destetipo, é necessáriofotografar primeiroo céu, depois a terrae juntar os dois naedição via software

Quando a ideia forfotografar de dentrod’água, é precisoescolher um lugarcom águas cristalinas,como no Rio da Prata,em Bonito (MS)

encontrado em Fernando de Noronha(PE) e Bonito (MS), principalmente.

LUGAR CERTONão é uma boa ideia fazer a imagem

no mesmo momento em que encontra umcenário atraente porque nem sempre vocêtem as condições ideais (a lente certa ou aluz mais apropriada, por exemplo). Orecomendável é voltar outro dia, depois deuma pesquisa que aponte qual é o melhorhorário para capturar a luz maisinteressante e qual estação do ano produzum cenário mais impactante. O experiente

Marcio Cabral conta que pode passaralguns dias ou até dois meses planejandouma fotografia.

E há vezes em que as circunstânciasrealmente não permitem fotografarpanorâmicas – em noite de lua cheia, porexemplo, não é possível ver a Via Láctea.Para evitar isso, aliás, o especialistarecomenda o uso de aplicativos queinformem com precisão a localização e omelhor dia para a visualização da ViaLáctea, caso o interesse seja esse (ele usao Star Walk, disponível para iOS, Android eWindows Phone).

Técnica&Prática32

EQUIPAMENTOPara Cabral, qualquer câmera

que use lentes intercambiáveis é osuficiente para uma boa imagempanorâmica. No quesito objetiva,ele recomenda que seja uma supergrande angular ou uma olho depeixe. Cabral usa em suas imagensuma Canon EOS 5D Mark III comuma lente da Nikkor 14-24 mmadaptada a ela.

Para ele, qualquer fotógrafo que

se interesse pelo tema deveprocurar cada vez maisconhecimento fazendo cursos,consultando sites e blogsespecializados, ler tutoriaise se inspirar em mestres dosegmento de panorâmicas. Eleainda faz isso até hoje para ter umaprofundamento cada vez maiornão só de panorâmicas, comotambém em técnicas fotográficasem geral, que podem abrir a mente

e mostrar novas formas de fazerum registro diferente.

Cabral recomenda o sitewww.360cities.net, que usa para conferir tutoriais, dicas e seinspirar. Como referência nosegmento de imagens panorâmicas,ele indica o fotógrafo norte-americano Galen Rowell (1940-2002), especializado em natureza epaisagem que foi colaborador darevista National Geographic.

Marcio Cabral

Marcio Cabral, de 40 anos,formou-se em Geologia etrabalhou até 2000 nessesegmento. Fotografava desde1997, mas foi somente em2000 que mudou de rumodefinitivamente, quando passoua vender imagens de paisagempara revistas e jornais. Em 2006começou a trabalhar companorâmicas eimagens em360º. Com otempo, passou a comercializarmaterial tambémpara hotéis,galerias,aplicativose bancosde imagens.

Para saber maiswww.pbase.com/marciocabral

Acima, panorâmica dasTorres del Paine, no Chile; e,ao lado, Cabral usando ummonopé retrátil para fazerpanorâmicas e imagens em

ângulo de 360º

205 X 275:Layout 1 17/02/2014 16:24 Página 1

ESTÚDIO

Técnica&Prática34

Afotografia de belezapode ser explorada emdiversas frentes: sejapara atender à pauta de

publicações especializadas emmoda, beleza ou saúde, ou paracatálogos e propaganda decosméticos. Independentementedo meio, porém, esse estilo pedemodelos com pele saudável,cabelos bem tratados e umailuminação que contextualize oeditorial ou o uso do produto.

Dentro do gênero de fotografiade beleza existem ainda trêsestilos: beleza tradicional, quetem uma abordagem mais

POR LIVIA CAPELI (TEXTO) E ROGÉRIO ANDRADE (CONSULTORIA E FOTOS)

beleza Dicas para fotos de

Olhos expressivos, boca volumosa, pele saudável e cabelo bemtratado: esses são os principais pontos que marcam os aspectosabordados nesta última aula da série sobre fotografia de moda

comercial, cujo interesse é vendero produto, como para catálogosde maquiagens; beleza de moda,em que os acessórios e as roupasganham mais destaque ecostumam ser mais usados emeditoriais ou capas de revista demoda; e tendência de beleza,que tem uma linguagem maisconceitual, que vai na contramãodo estilo clássico e tem a intençãode apresentar novidades sobre ouniverso da moda, da estética e domercado de beleza.

Acompanhe nesta última aulada série as dicas de RogérioAndrade sobre o assunto.

Rogério Andrade

Fotógrafo de moda e publicidadecom 10 anos de experiência, atuaatendendo a diversas editoras eagências de São Paulo. Licenciadoem artes pela USP e pós-graduado em comunicação pelaPUC/SP, Rogério Andrade usa aestética das artes tradicionais eestratégias de comunicaçãovisual como linguagem desofisticação e belezaincondicional.Como professor,ministra aulas eworkshops sobretécnica,iluminação emestúdio,fotografiapublicitária,entre outros.

Para saber maisrogerioandrade.com

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tra

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AgradecimentosÀs modelos Isadora Juárez (L’Equipe), JuliaBachmann (L´Equipe) e Rafaela Frederick (Joy), a Gabriella D´Orazio (produção de moda ebeauty stylist (gabrielladorazio.wix.com/job); àCamila Adi (maquiagem e cabelo; agência JoyModel Management e Agência L’Equipe Model

Modelo de belezatradicional quegeralmente éusada paraproduções maiscomerciais evendas deprodutos

ESTÚDIO

Técnica&Prática36

ESTILO DE MODELO: a escolhada modelo tem relação direta com oproduto de beleza que está sendocomercializado. Lembrando que ospontos de interesse nesse segmento são: cabelos, olhos, boca e pele.

BELEZA: se o cliente pretendedemonstrar uma nova linha de sombrasou delineadores, por exemplo, a modeloprecisa ter olhos grandes e expressivos.Se for produtos para os lábios, a boca deveser volumosa. Quando o importante forvender cremes para a pele do rosto, amodelo tem de ter um aspecto saudávele extremamente suave. Já o cabelonecessita ser bem tratado e ter corte e corde acordo com o que precisa ser vendido.

ESTILO DA IMAGEM: normalmenteesse estilo é caracterizado pela ausênciade roupas e ombros nus. A falta deacessórios procura evidenciar os produtosusados para a maquiagem e para otratamento da pele e dos cabelos.

COMPOSIÇÃO: geralmente asimagens são realizadas em estúdiocom o uso de fundo branco de recorteou fundo branco com textura. Commenos frequência são usados fundosescuros. Essa solução é para modeloscom pele clara e cabelo loiro. O ângulode visão é importante para evidenciar oelemento de beleza em questão. Porexemplo: para cabelos ou olhos, osângulos mais altos são os maisindicados. Já para a boca são usadosplanos mais baixos.

ILUMINAÇÃO: luzes que expressamnaturalidade e evidenciam a beleza damodelo normalmente são conseguidascom acessórios de tamanho grande(octosoft, hazy ou softbox). Elas devem ser posicionadas à frente damodelo e inclinadas levemente de cima para baixo. Esse posicionamento e a natureza suave da fonte de luz tende a amenizar a textura de pele eatenuar os defeitos.

BELEZA TRADICIONALA foto feita de umângulo mais alto

do que o da posição damodelo tem o objetivode evidenciar amaquiagem dos olhos

Esta imagem tem aintenção de vender

produtos de beleza,portanto é importanteque a modelo possuacaracterísticas diversasrelacionadas, tais comolábios volumosos, pele suave, olhosexpressivos e cabelobem tratado

1

2

1 2

Dois refletorespara criarfundo 100%

branco

O fundo brancopara recor te é

bastante utilizadoem imagens debeleza, por

ajudar a destacara modelo e amaquiagem

Neste caso, o cabelopreso diminui a

impor tância visual desseponto e colabora paraenfatizar os outroselementos de beleza,

como a boca e os olhos

Modelo com olhosexpressivos e bocacom traço marcanteé ideal para umbom trabalho de

maquiagem e “vende”melhor produtos

cosméticos

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Os ombros nusajudam a

evidenciar amaquiagem

Octosoftgrande frontal

como luzprincipal

Técnica&Prática38

ESTILO DE MODELO: a garota precisater características relacionadas ao tipode moda que será abordado notrabalho, que pode ser casual, glamour,conceitual ou sensual (como visto nasaulas anteriores).

BELEZA: nesse aspecto, o tipo debeleza da modelo é bem amplo porestar relacionado ao tipo de moda.No entanto, modelos com olhar maisexpressivo, boca bem desenhada, uma pele suave e sem marcasevidentes e com cabelo que ofereçampossibilidades de penteados diferentestêm as características que contribuempara um resultado efetivo.

ESTILO DA IMAGEM: as roupas, osacessórios, além dos tons e sombras daimagem, estão vinculados aos aspectosda moda que se deseja apresentar.Todavia, as fotos seguem geralmentesempre dois estilos: um com imagensmais contrastadas, sombras duras emaior tensão visual. E outro queapresenta cores mais equilibradas,luzes suaves e sombras menosevidentes, prezando a naturalidade.

COMPOSIÇÃO: os fundos alternamentre o branco (fazendo uma linhamenos carregada) e o escuro (apelandopara cores, texturas e efeitos deiluminação, como degradê). Oenquadramento geralmente é maisconservador, evitando ângulos e cortesmais ousados. O corte ainda preza porevidenciar o rosto mostrando partes daroupa que a modelo está usando.

ILUMINAÇÃO: busca-se por luzes maisfrontais para melhor apresentação doselementos de beleza, assim como luzeslaterais, para evidenciar a expressão e ocomportamento da modelo.

BELEZA DE MODA

Um exemplo deimagem de beleza

de moda que procuratransmitir sofisticação,para isso, a maquiagemé mais carregada; oscabelos presos juntocom os acessóriosajudam a reforçar essa ideia

O enquadramentodestaca o rosto

e parte da roupa,permitindo umacontextualização daimagem de beleza com o estilo de modamais romântico

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2

Beauty dishem ângulo de30 graus àesquerda

Ilustração: Felipe Riskevich

Fundo depapel cinza

Rebatedorbranco àdireita

A modelo temnariz mais

arrebitado e olhosexpressivos,

contribuindo paraum aspecto defotografia debeleza de moda

correspondente aoestilo clássico

Par te da roupa émostrada na foto,

evidenciando oestilo de beleza

de moda

A iluminaçãoparcialmente lateralajuda a destacar aexpressividade damodelo, sem deixar

de lado aimpor tância dos

aspectos de beleza

Técnica&Prática40

ESTILO DE MODELO: o estilo pedemodelos com traços fortes e exóticos eexpressão impactante.

BELEZA: funcionam bem modelosque tenham olhos fundos e amendoados,queixo acentuado, sobrancelhas grossase boca carnuda.

ESTILO DA IMAGEM: pede aspectosnão convencionais tanto em elementosde composição quanto de iluminação. Adireção de modelos e produção devemexpressar a sensação de tensão,causando forte impacto visual.

COMPOSIÇÃO: explora fundosescuros e pouco convencionais dafotografia de beleza tradicional,revelando aspecto de tensão.O enquadramento é mais ousado comcortes que abrangem mais do que orosto, deixando aparecer na maioriadas vezes boa parte da roupa, dosacessórios e do corpo, opondo-se àfotografia de beleza de moda.

ILUMINAÇÃO: os esquemas deiluminação clássicos (nos quais se buscaa naturalidade) devem ser evitados.Portanto, luzes de baixo para cima,sombras múltiplas e bem densas, assimcomo uso predominantemente de coresescuras (em comparação a imagens debeleza tradicional), ajudam a marcar apele, colaborando para criar esse estilo.

TENDÊNCIA DE BELEZAAs sombras densasescurecem a

lateral da face e são umaforma de evidenciar oestilo tendência ao seopor ao estilo clássicode iluminação

A modelo temcomportamento

e expressão bastantefortes e impactantes, o que colabora com abusca de tensão visual

1

1 2

2

Duassombrinhasbrancas emângulo de 90 grausem ambosos lados

Ilustração: Felipe Riskevich

Sobrancelhagrossa e

volumosa emrelação aomodelo

tradicional

Olhos maisamendoados e

fundos remetem aoestilo tendência de

beleza

Queixo acentuadoe boca carnudaafirmam o estilo


fotos de surfeUma nova luz para

Técnica&Prática 43Técnica&Prática 43Técnica&Prática 43

Fotografar surfe é difícil, fazer lightpainting também. Juntar os dois étarefa para poucos. MarceloMaragni, de 35 anos, é um dos

poucos fotógrafos a encarar o desafioproposto pela Red Bull, empresa austríacaque faz marketing ligando seu nome aesportes de ação. Para ser bem-sucedido

na tarefa, o brasileiro precisou adaptarquatro pranchas para que tivessem umsistema elétrico com lâmpadas de led, eduas levavam um flash feito sobencomenda embutido na ponta.

O fotógrafo gastou cerca de R$ 2 milcom cada prancha. Eram quatro pranchaspara dois surfistas, os brasileiros Adriano

POR GABRIELLE WINANDY (TEXTO) E MARCELO MARAGNI (FOTOS)

Nascido de um projeto da Red Bull com o fotógrafoMarcelo Maragni, o uso de light painting e flash surge

como uma nova forma de registrar o esporte

Luzes de ledforam instaladasna prancha paracriar o efeito delight painting

FoTograFia criaTiva

Técnica&Prática44

ondas para surfe, localizada em Al Ain, nosEmirados Árabes Unidos. Não seriapossível fazer as fotos no mar porque airregularidade das ondas moveria o flashque estava na água, em uma caixa-estanque, tornando o posicionamento deleerrático. Outra vantagem de usar a piscinafoi que Marcelo Maragni pôde colocar um

de Souza e Pedro Scooby, que asrevezavam conforme a exigência deMaragni: cada um tinha uma prancha comtipos de iluminação diferentes (ou só ledou led e flash). A preparação durou quatrosemanas, três delas apenas para garantirque as pranchas estivessem perfeitas.

O local escolhido foi uma piscina com

Marcelo faz uma fotoem longa exposiçãopara capturar o lightpainting e, no final,usa o flash paracongelar a ação,resultando em fotoscomo a acima


andaime sobre a água para seaproximar mais do surfista na horada foto. A câmera que usou naocasião foi uma Nikon D800 comuma objetiva zoom 70-200 mm f/2.8.“Levei todas as lentes que tenho, sópor precaução, mas acabei usandosó uma”, lembra.

A fórmula era relativamentesimples: fazer a imagem com longaexposição de 2 ou 3 segundos paracaptar o light painting geradopelas luzes de led instaladas naprancha e, com um estouro deflash no final, para registrar osurfista. A complicação vem dos

fatores externos essenciais àfotografia, como os surfistas: elestêm um limite de tempo em queaguentam surfar. No ensaio queMaragni realizou, só conseguiufazer as fotos (no final, cerca de350 imagens) durante três horaspor dia (foram três dias de fotos). E

Acima, Marcelo instalando o sistema elétrico na prancha, um processo quedemorou cerca de três semanas; abaixo, a prancha pronta para as fotos

FoTograFia criaTiva

Técnica&Prática46

Para a imagem serbenfeita, era preciso queo ambiente estivessetotalmente escuro, algodifícil para o fotógrafoe para o surfista

as ondas da piscina sóarrebentavam a cada 45 segundos,o que também atrasava o projeto.

Outro problema era o foco:precisava ser manual e, como oambiente ficava escuro até omomento em que o flashdisparava, o fotógrafo tinha de“prever” onde o surfista estaria e aque distância. “Esse foi o maiordesafio”, comenta ele. A escuridão,aliás, não era ruim somente paraele, mas também para o surfista,que se equilibrava na prancha semver quase nada, apenas o que asluzes no fundo da piscinapermitiam. E como o light paintingcriado na situação não podia serplanejado, devido ao carátermomentâneo da foto, Maragni eraobrigado a confiar que a imagemficaria boa. A parte que elecontrolava era evitar fazer uma

foto em que a luz se sobrepusesseao atleta.

Não é, no entanto, “um bicho desete cabeças”, como MarceloMaragni diz. Para o fotógrafo, o lightpainting no surfe é como qualqueroutro. “Só o que é preciso é o velhométodo de tentativa e erro paraadquirir prática e capturar a melhorimagem possível”. Ele já havia feitoexperiências unindo o light paint aoskate e à dança, no caso, o ensaiode break dance B-Boys in Motiondurante a final latino-americana doRed Bull BC One, em Salvador, hátrês anos.

O trabalho feito com os surfistasnos Emirados Árabes Unidos foiuma ideia de Marcelo, que a propôsà Red Bull e foi aceita para fins derelações públicas. As fotos servirampara promover os atletas em váriasrevistas e jornais pelo mundo.

Marcelo Maragni

Há dez anos no segmento, opaulistano de 35 anos é um nomeconhecido na fotografia deesportes radicais. Faz parte dotime da Red Bulle da SanDiskExtreme, fazendotrabalhos aindapara revistas ejornais. Às vezes,faz trabalhoscom moda,dança, viagem enatureza.

Para saber maiswww.maragni.com.br

205 x 275 - ALTA.indd 14 12/09/2014 16:15:56

dica Técnica

Técnica&Prática48

Orecurso da estabilização deimagem está presente em umavariedade de lentes para DSLRe mirrorless e até em câmeras

compactas e smartphones. Cada marca odenomina de maneira diferente: IS (Canon),VR (Nikon), SteadyShot (Sony), Mega O.I.S.(Panasonic e Leica), IBIS (Olympus), SR(Pentax), OS (Sigma) e VC (Tamron). O objetivoé um só: compensar vibrações na câmera ena lente, permitindo o uso de exposiçõesmais longas sem registrar tremores nasfotos. Isso é importante nas distâncias focaislongas (teleobjetivas), close-ups (objetospequenos vistos de perto) e com qualquerlente em situações de pouca luz em quenão se deseje usar o flash.

Cabe aqui não fazer confusão: aestabilização não visa congelar qualquermovimento. Se a imagem incluir objetosmóveis que normalmente sairiam borrados(por exemplo, uma pessoa caminhando emperfil, com o obturador em 1/4s), o borradocontinuará visível na foto. Mas, se o temafor estático, assim ele permanecerá.

Antes que a tecnologia de estabilizaçãofosse inventada, usava-se uma regra práticapara determinar a exposição mais longapossível com a câmera na mão sem granderisco de tremer. Bastaria selecionar para oobturador um número correspondente aoinverso da distância focal. Assim, com umalente de 200 mm a velocidade máxima seguraseria de 1/200s; a 50 mm, de 1/50s; e assim

A maioria das objetivas e câmeras atuais tem esse recurso mágico,que até parece bruxaria. Como funciona e no que isso afeta afotografia? Pode ser usado o tempo todo? Veja as respostas.

estabilizaçãode imagem

O segredo da

POR MARIO VÁZQUEZ AMAYA

Em fotos deshows, porexemplo, osistema deestabilizaçãoajuda bastanteo fotógrafo

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dica Técnica

Técnica&Prática50

As lentes Sigma (à esq.) têm sistema OS e as da Tamron contam com o VC

Nikon D810 ou D800, em especial,conhecem a sensação de ampliarno computador uma fotoaparentemente perfeita para verdetalhes borrados, ainda queínfimos. A nitidez extrema doequipamento não perdoa nada.

As duas maiores marcas de

câmeras incluem um sistema deestabilização em cada objetivacom a sigla IS (Canon) ou VR(Nikon). Mas as câmeras de lenteintercambiável da Sony (Alpha eNEX), Pentax (K) e Olympus (PEN eOM-D) fazem a estabilização nosensor e não na lente, estendendoos benefícios a qualquer objetivaque possa ser encaixada nelas.

Um feito impressionante,mas que não é uma aplicaçãocotidiana, é o recurso dascâmeras Pentax K-5 e K-r (ambasestabilizadas no sensor) paraastrofotografia. Acopladas a umreceptor de GPS, podem cancelaro movimento do céu em fotosastronômicas de longa exposição,de forma similar a um telescópio.

Os sistemas mais recentes daOlympus e Panasonic corrigemtambém a inclinação da câmera,até certo grau. Os fabricantes queoptaram por estabilizar as lentesafirmam que seus sistemas sãosuperiores à estabilização nosensor com as distâncias focaismais longas. Todavia, otestemunho dos própriosusuários é inconclusivo.

A estabilização óptica na lentefoi introduzida ainda na era dofilme, com a compacta NikonZoom 700VR em 1994. No anoseguinte, a Canon criou a primeiraobjetiva de SLR estabilizada, aEF 75-300mm f/4-5.6 IS USM.Inicialmente era possível umaestabilização da ordem de doispontos (dobrando o tempo deexposição). Hoje é típica umaestabilização de quatro pontos.Mas existem lentes avançadas,como a Canon EF 200 mm f/2 L ISUSM, que alcançam cinco pontos.

A estabilização é útil em baixaluz com a câmera na mão, o quejustifica em tese a sua inclusão emqualquer objetiva e não apenas nasteles. As lentes Canon EF fixas de24 mm, 28 mm e 35 mm agora vêmcom IS, enquanto a Nikon ofereceVR somente nas lentes longas, da85 mm Micro para cima.

por diante. As vibrações, de tãopequenas, não apareceriam nasfotos feitas com filme de 35 mm.

Entretanto, por conta daresolução elevadíssima que ascâmeras e lentes modernasoferecem, essa regra acabou seesfarelando. Os proprietários da

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A compacta de filmeNikon Zoom 700VRfoi a primeira câmeraa contar com sistemade estabilização

A Canon 200 mm f/2tem um avançadosistema IS com doismodos que alcançaaté 5 pontos deestabilização


COMO FUNCIONAUma objetiva é composta

por vários elementos (lentesindividuais). Ao movimentar umgrupo desses elementos no mesmoplano do sensor, é possível deslocara imagem projetada sem alterar ofoco ou a geometria. Se essedeslocamento for feito na direçãocontrária a uma vibração, omovimento será compensado e oborrão na foto eliminado. Portanto,o componente fundamental doestabilizador óptico é um grupo deelementos “flutuantes”, suspensosdentro da lente e dotados deliberdade de movimento nos eixosvertical e horizontal.

Para mover o grupo ópticoexistem dois eletroímãs. Ossensores de movimento são um parde giroscópios, similares aos que são usados em smartphonespara reorientar a tela. Ummicroprocessador avalia asinformações dos giroscópios etraduz isso em comandos elétricosnos eletroímãs para efetuar omovimento. O tempo de resposta dosistema é da ordem de 2 milésimosde segundo, adequado paracancelar as vibrações mais comunsque ocorrem entre 0,3 e 30 Hz.

COMO USARA estabilização não é necessária

quando a câmera está montada emtripé. O sistema poderá gerar

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A estabilização óptica é uma grande aliada de todo tipo de fotógrafo

1 - InstabilidadeSe o fotógrafo movera câmera no clique, aluz entra distorcida

2 - SensoresQuando o obturador épressionado até a metade,sensores giroscópicos detectamas vibrações causadas por tremor

5 - ImagemO resultado final produz umaimagem livre de imperfeiçõespor movimentos involuntários

3 - Deslocamento da lenteA lente se desloca levando emconta o movimento por tremore estabiliza a imagem

4 - CorreçãoA tecnologia conseguediscernir quais são osmovimentos intencionaise quais são involuntários

Como é o processo de estabilização

A zoom Canon24-70 mm f/4(à esq.) contacom o HybridIS, maisavançado; nasobjetivas daPanasonic, osistema foibatizado deMega O.I.S.

Técnica&Prática52

vibrações na tentativa de estabilizaro que já está parado. As lentes deDSLRs mais modernas detectamautomaticamente se estãomontadas em tripés e desativam osistem de estabilização.

A técnica do panning – nomedado ao movimento feito com acâmera para acompanhar temasrápidos, como carros e motos,borrando o fundo – pode confundira estabilização da lente, afetando oenquadramento. As câmeras daCanon trazem um modo especial,chamado Mode 2, que detecta adireção do panning e cancela

somente os movimentosperpendiculares. A Nikon, por seulado, diz que nas lentes VR queproduz a detecção do panning éautomática e não requer a ativaçãode nenhum modo especial.

Ao fotografar a partir de umautomóvel, embarcação ouaeronave em movimento, a Nikonrecomenda usar o modo Active VR,que responde melhor às vibraçõesde grande amplitude presentesnesses casos. É aconselhável nãoapoiar a câmera diretamente nasportas ou janelas dos veículos, poiseles transmitem à câmera vibrações

muito rápidas e intensas que osestabilizadores não podem corrigir.

Uma terceira opção no sistemada Canon, presente apenas emalgumas objetivas, é o Mode 3,que entra em ação somente nomomento do disparo.

A estabilização da Nikonfunciona enquanto o botão dedisparo estiver semipressionado. Seo fotógrafo utilizar o botão AF-ONpara focalizar (uma prática comumna fotografia de esportes), o VRsomente entrará em ação noinstante do disparo. Nesse caso, aestabilização será menos eficaz, pordispor de menos tempo de ação.

Por fim, o novo sistemachamado Hybrid IS da Canondetecta e corrige também osmovimentos laterais da câmera. Porenquanto, está disponível apenasnas lentes EF 24-70 mm f/4 L ISUSM e EF 100 mm f/2.8L Macro ISUSM. As objetivas EF-M 18-55 mmf/3.5–5.6 IS STM e EF-S 18-135 mmf/3.5–5.6 IS STM oferecem mais umtipo de estabilização, chamadoDynamic IS, que é otimizado paraa captura de vídeo.

Com lentes Canon, a técnica do panning deve ser feita com o ajuste do Mode 2

Para cobrir esportes com tele e em ambientes em que não sepode usar flash, a estabilizaçãofacilitou a vida dos profissionais

Mario Amaya

Com duas décadas de experiênciaem jornalismo, artes e marketing,envolveu-se cedo com a fotografiadigital, passando a escrever sobreo lado técnico das imagens paravárias revistas e sites. Concentrasua produção fotográfica emarquitetura,viagens eflagrantesurbanos.Lançou em2014 seuprimeiro livro defotografias,intitulado Ishoot SP+NY.F

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Técnica&Prática54

mercadO

Do desgaste do equipamento ao investimento em divulgação,veja por que é importante estimar alguns custos com as dicas do

especialista Alex Mantesso na terceira aula da série

Oerro mais comum de qualquerfotógrafo empreendedor deprimeira viagem é não saberseparar a renda pessoal da renda

empresarial. O primeiro deslize ocorrequando o dono do negócio se apropria dosganhos da empresa para gastar comdespesas pessoais. E é aí que o barco afunda. Segundo o consultor Alex Mantesso, o

sucesso e a lucratividade de uma empresade fotografia dependem primeiramente dofotógrafo definir uma renda mensal pessoalfixa, ou seja, um salário. Esse valor devesanar todas as despesas pessoais doprofissional, tais como custo de moradia,vestuário, alimentação, transporte e lazer,entre outras (o melhor método é anotar tudoo que gasta e com o quê). Não se pode

aumentar a retirada de valores daempresa conforme a necessidadepessoal. Isso certamente prejudicaráa lucratividade. O consultor explica que se no final de

cada mês, após o pagamento de todos oscustos empresariais (como desgaste doequipamento fotográfico, aluguel do estúdio,taxas, seguros – incluindo o próprio saláriomensal), sobrar algum valor no caixa daempresa será necessário considerar oacumulado como um lucro do negócioe não do fotógrafo. “O lucro pode ser utilizado em

momentos de instabilidade de mercadoou necessidade de investimento, comoaquisição de uma câmera nova, porexemplo”, conta o consultor.

POR LIVIA CAPELI (TEXTO) E ALEX MANTESSO (CONSULTORIA)

O planejamento

financeiroda empresa de fotografia

O fotógrafo deve manteros custos organizados em

planilhas para avaliar arentabilidade do negócio

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Técnica&Prática56

Se o fotógrafo gastar todo o lucro daempresa em benefício próprio, no futuro, quando o negócio precisar deinvestimento, certamente será precisotirar dinheiro do próprio bolso para bancaras despesas do negócio, o que poderálevar tanto o profissional quanto aempresa de fotografia à falência.

DEFINIR OS CUSTOSHá fotógrafos que trabalham em casa,

no sistema home office, e existemprofissionais que precisam manter umestúdio ou uma estrutura para trabalhar.Independentemente da escolha do seumodelo de trabalho, é importante criaruma planilha e listar os custos mensaiscom o máximo de detalhes possível. Nãose esqueça de mencionar na planilha oseu salário fixo. Se o seu caso for o da estrutura de

estúdio, some gastos de aluguel, telefonefixo, hospedagem de site, contabilidade,seguros e divulgação da empresa. Mesmo que você trabalhe na casa dos

pais ou na própria casa, lembre-se de quesempre haverá um gasto ou outro. Vocêdeve considerar a energia elétrica que éusada para ligar o computador ou o custode uma ligação telefônica para falar comum cliente. Não se esqueça de somartambém em uma planilha os valores dascontas básicas (água, luz, aluguel, impostopredial, entre outros). A planilha ao lado pode servir de

exemplo para ambos os modelos detrabalho, basta trocar a descrição pela queatende melhor a sua situação.

DEIXAR A INFORMALIDADEPara quem precisa emitir nota fiscal

para atender a clientes que exigem esseprocedimento, ser formalizado como umempreendedor individual pode ser umaboa vantagem. Se você optar em seguiresse caminho, é importante considerar natabela de custos fixos profissionais osimpostos que serão pagos no caso deemitir nota fiscal para clientes. Alex Mantesso explica que existem

basicamente quatro modalidades deenquadramento fiscal: MEI (MicroEmpreendedor Individual), SimplesNacional, Lucro Presumido e Lucro Real.Segundo ele, o Lucro Presumido e o Lucro

O fotógrafo empreendedor deve considerar desde os custos com odesgaste do equipamento fotográfico até as taxas e impostos pagos

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R$ 80

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R$ 300

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R$ 2.610

Aluguel

Luz

Água

Telefone fixo

Celular empresa

Acesso à internet

Impostos

Salário fixo (próprio)

Limpeza e manutenção

Compras de supermercado

Taxas bancárias

Hospedagem de site

Seguro de equipamentos

Seguro do imóvel

Outros - indique

Divulgação

Reinvestimento em equipamentos

Total de custos fixos

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R$ 7.590

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R$ 2.610

Descrição ValorMensal

Exemploestúdio

Exemplohome office

Custos fixos profissionais mensais

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Real são destinados a empresas ecorporações maiores, sendo que a maioriados fotógrafos optam pelo sistemaSimples Nacional e o MEI. A decisão de se registrar como MEI

ou Simples Nacional tem relação diretacomo duas importantes informações: aprimeira é se você atuará sozinho oupretende ter sócios; a segunda é sobre onível de faturamento que espera ter.Veja a diferença entre os dois tipos de

enquadramento no quadro ao lado paradecidir qual é a melhor opção.

BOM SENSO NA DIVULGAÇÃOFazer propaganda do próprio

trabalho certamente trará maisvisibilidade para o negócio. Algunsprofissionais optam por fazerdivulgação de forma esporádica e deacordo com a rentabilidade do negócio.O problema é que nem todos avaliamo impacto disso, pois divulgação emexcesso representa desperdício damesma maneira que pouca divulgaçãosignifica menos clientes. É fundamental definir no

planejamento financeiro da empresade fotografia um valor viável a serdestinado a diferentes meios dedivulgação, seja em um site, um anúncioem revista ou o gasto na impressão depanfletos. Segundo Mantesso, é comumo questionamento de qual o nível idealde investimento em relação aofaturamento e, infelizmente, essarelação não é tão direta como parece. “Quando se inicia uma atividade,

o investimento em publicidade é bemgrande, já que as vendas ainda não seestabilizaram. Nessa fase, o melhormesmo é definir um valor viável e quepermita fazer ações que geremresultados”, ensina Mantesso. No caso, vale a pena ser mais

conservador e procurar não investir maisdo que 20% da projeção de vendas paracada mês. Em negócios mais maduros ecom vendas estabilizadas, por exemplo, amédia deinvestimentoem publicidadegeralmente englobaentre 5% e 10% dofaturamento.

É importante visitar o Portal do Empreendedor para checar informações

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MEI Simples Nacional

Constituição

Nível defaturamentopermitido

Custo deimplantação

Custo mensal

Impostosobre venda

Individual. Um CPF sópode gerar um CNPJ MEIe não existe apossibilidade de sócios

Permite a constituiçãocom mais de umproprietário

Até R$ 60 mil por ano ou média de R$ 5 mil por mês

Diversos, sendo que aprimeira faixa vai até R$ 240 mil por ano

Cerca de R$ 41,20 (categoriaprestador de serviços)

Cerca de R$ 600entre contador e ISS

Não há 6% na primeira faixa

Não há Cerca de R$ 1.200

Existem gastosmesmo quando setrabalha em casa,

em um estúdioimprovisado

Técnica&Prática58

mercadO

VOLUME DE VENDASÉ importante que o fotógrafo

empreendedor procure prever umaexpectativa de vendas para osmeses seguintes à abertura donegócio. Isso o ajudará a avaliar sevale a pena investir no tão sonhadonegócio de ser o próprio chefe.Lembre-se: é necessário terfrieza e cautela para nãosuperestimar os resultados. Mantesso explica que nesse

ponto a maioria dos fotógrafosprocura estimar valores em moedareal. No entanto, é uma tarefa bemcomplicada e com pouca ounenhuma referência. “O melhormesmo é fazer essa estimativaconsiderando quantidade detrabalhos que serão realizados acada mês. Isso sim é bem maispalpável”, afirma ele. O passo a passo para isso se

resume na seguinte forma: analisecom calma o seu histórico de vendas.Caso não exista um, pense emquantos trabalhos você acreditaser factível considerar como meta.Por exemplo, se está em seu primeiromês de operação, fechará entre ume dois trabalhos. No segundo, entretrês e quatro, e assim por diante. Lembre-se de que as taxas de

crescimento não são constantes ediminuem com o passar do tempo. No primeiro mês, é provável que onegócio cresça 100%; no segundo,50%; e no terceiro, 30% – a tendênciaé que decresça com o tempo.Depois de definir a quantidade

de trabalho estimado, multipliquepelo valor de venda e custos dosserviços prestados. O resultadorepresentará a venda bruta eo lucro de cada mês.

EVOLUÇÃO DO NEGÓCIOApós fazer uma estimativa

do volume de vendas, vale reuniros dados levantados em uma novaplanilha para indicar como seráa previsão de evolução da empresade fotografia em termos delucratividade. Assim como naprevisão de volume de vendas,o ideal é montar um cenário depelo menos dois anos.

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Dados

Venda brutaImpostos (6% Simples)Venda líquidaCusto serviçosLucro brutoCustos mensaisDivulgaçãoResultadoResultado acumulado

(A)(B)

(C=A-B)(D)

(E=C-E)(F)(G)

(H=E-F-G)

800487524003523.310500-3.458

1.400841.3166007163.310500-3.094-6.552

7.8004687.3323.7003.6323.310500-178-6.730

2.6001562.4441.0001.4443.310500-2.366-9.096

8.6005168.0844.1003.9843.310500174-8.922

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5

Para exemplificar o cálculo, foi considerado uma atuação com o Simples Nacional (6% de impostos) em sistema dehome office e um orçamento de divulgação de R$ 500 por mês.

Alex Mantesso

Alex Mantesso, 40 anos, atuadesde 2008 em diversas áreas dafotografia, como retrato, eventosocial e produto. Combinando issocom a própria experiência nasáreas de gestão e marketing, eleministra cursos e workshops degestão de negócios parafotógrafos no InstitutoInternacional de Fotografia (IIF)em São Paulo,ensinandotécnicas deplanejamento denegócios, dicasde como cobrarpelo trabalho de fotografia eestratégiaspara maiorlucratividade.

Para saber mais www.mantesso.com.br

Dados

Serviço:book defamília

quantidadepreçocusto



vendacusto

Serviço:festa deaniversário

Serviço:book degestante

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21.600800

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3.3001.500

1800800

3500600

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1.3001.400

32.4001.600

21.500400

1700300

4.6002.300

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5

Faça o estudo para um período mínimo de dois anos e lembre de considerar as sazonalidades do ramo de atuação.As informações de venda e lucro serão usadas na etapa final para avaliação do negócio.

Expectativa de vendas

Evolução de lucratividade

Sair da informalidade traza vantagem de poder emitir nota fiscal para o cliente


Perceba que apesar de ter um lucrobruto, os valores fixos pesam e o resultadoé negativo. Essa situação é comum noinício de qualquer negócio. SegundoMantesso, para manter a empresa empleno funcionamento, é necessário contarcom um capital de giro reserva. “Esse é outro ponto no qual os

empreendedores costumam errar,principalmente porque desconsiderama necessidade de reserva para podersustentar a empresa durante o períodode maturação”, diz. Ele explica que, paradeterminar a necessidade de capital degiro, devem ser somados todos osresultados negativos previstos até queo resultado acumulado seja positivo.Com a criação dessa “curva de

resultados” é estabelecida uma metamensal de vendas. Esse é um grandepasso para um negócio de sucesso, jáque cria um termômetro periódico queindica se as coisas estão indo conformeo planejado ou não.Segundo Mantesso completa, é

fundamental acompanhar os resultadosmensalmente, comparando-os com aprevisão. “Tome decisões para melhorar orumo de sua empresa. Não deixe que o diaa dia apenas aconteça sem que você saibaem que direção está indo”, alerta.

Não é necessário contratarcontador, você mesmo pode fazer

todo procedimento

Poderá emitir nota fiscal

Tem direito a aposentadoria

Tem direito a contratar umfuncionário registrado que receba umsalário mínimo ou o piso da categoria

Será enquadrado no programaSimples Nacional e ficará isento de

tributos federais

Antes de fazer seu cadastro do MEI, é necessário fazer uma Consulta Comercial na prefeitura da sua

cidade. Ao fazer o pedido, solicite a lista dadocumentação necessária para dar continuidade ao

processo assim que sua consulta for liberada.

Depois de liberada sua consulta pelaprefeitura, faça seu cadastro no site

www.portaldoempreendedor.gov.br, queirá gerar o seu CNPJ. Imprima o documento.

Junte a documentação solicitada pela prefeitura da sua cidade e o documento

impresso no site do Portal do Empreendedor.

Leve toda a documentação à prefeitura e aguarde o alvará.

Para gerar nota fiscal, a prefeitura da sua cidade irá indicar onde realizar a impressão das

notas ou lhe dará a opção da nota fiscal eletrônica.

O fechamento daempresa é tão

complicado quantoqualquer outro

Dificuldade paraabrir uma conta

bancária de pessoajurídica e

de conseguircrédito bancário

CLIENTES PESSOAISVANTAGENS

EMPREENDEDOR INDIVIDUAL EM 5 PASSOS

CLIENTESDESVANTAGENS

Como se tornar um Empreendedor Individual (MEI)

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Para saber mais acesse: http://migre.me/lRxci

design

Técnica&Prática60

Seja de casamento ou de festa de aniversário, álbuns e fotolivrosajudam a contar e a guardar momentos importantes. Confira

POR KARINA SÉRGIO GOMES

Conceito e edição

Todo fotógrafo que pretendeganhar dinheiro comfotografia de eventossociais – segmento em que

a cobertura de casamento é o filémignon – precisa saber comoapresentar bem para o cliente oresultado de seu trabalho. E um dospontos básicos é ter noção de comodiagramar um álbum fotográfico ouum fotolivro. São versões modernas

dos antigos álbuns, em que asampliações das fotos eram colocadasem encadernações, sem muitaspossibilidades de criatividade. Na eradigital, fazer um álbum ou fotolivrocom estilo pode render mais até quea cobertura do casamento, tais aspossibilidades que existem paradiagramação e impressão.“O álbum é como se fosse o

documento, a comprovação de que o

Etapas importantes para diagramar fotos

Cada álbum requer umconceito e uma ediçãoespecial que tenha aver com o evento e

com o cliente

design

Técnica&Prática62

Sempre pergunteaos noivos se

eles querem umdocumento

familiar, em quevocê deve exploraramigos e parentes(ao lado), ou umregistro geral do

evento, com opçõesde fotos mais

artísticas (acima)

evento ocorreu. É um momento decelebração ver as fotos impressas,pois a emoção é diferente. E hápessoas dispostas a pagar maispelo álbum do que pela coberturafotográfica”, diz Willians Moraes,fotógrafo e professor dediagramação de álbuns e fotolivrosno Instituto Internacional deFotografia, em São Paulo (SP). Eletambém alerta que muitos clientes,

além de conferir as fotos no site doprofissional, querem ver umexemplo de álbum físico para sabercomo o trabalho será entregue.E o serviço está tão em alta que

há até pessoas dedicadas só àdiagramação, como a gaúcha AlineBudzyn, 25 anos, que desde 2009produz álbuns para diferentesprofissionais. “Encontrei essaprofissão por acaso. Fui fazer um

curso para tratamento de fotoscom os fotógrafos Joel e IsaRichter e eles estavam precisandode uma pessoa que diagramassepara eles e fui fazer esse trabalho.Acabei gostando, estudei oassunto e me especializei”, contaela, que hoje cursa Publicidade ePropaganda e toca o seu próprionegócio, a empresa Aline B. –Design de Álbuns.


É importante criar um conceito para a diagramação de cada álbum, um bookdegestante (acima) não pode ser parecido com um ensaio de newborn (abaixo)

O formato fotolivro émais recomendado

para fotos de crianças

O CONCEITOUm álbum, porém, não pode ser

apenas um livro com fotos impressas.“É um trabalho artesanal que deveser pensado cliente a cliente”, defineWillians. Os dois profissionaisdestacam que é preciso pensar emum conceito para cada edição quenorteará a criação e deverá combinarcom o estilo de fotos do fotógrafo ecom o evento que cobriu. “Não dápara fazer o mesmo álbum para umcasamento rústico e para um maisluxuoso, ou para um ensaio infantil eum newborn. Cada momento pedeum tipo de diagramação. Por isso,sempre peço um briefing para osfotógrafos. Às vezes, dá paraentender o estilo dos noivos ou dafesta pelas fotografias”, explica Aline. Para cada conjunto de registros, o

enfoque das fotos será diferente. Emum casamento, valoriza-se mais osnoivos; em álbum de festa infantil,mais as crianças e depois os paiscom o filho; um álbum de newborngeralmente é menor e com poucasfotos que explorem as melhoresexpressões do bebê.

Willians, que fotografa maiscasamento, ensina que éimportante perguntar para osnoivos qual é a importância doregistro para eles. “Você devetrabalhar com a ideia de‘desconstrução’. Esse é um conceitomuito usado na arquitetura e naengenharia. Você precisa saberprimeiro o tipo de álbum que ocliente espera receber e trabalhardesde o começo da cobertura jápensando no projeto final. Isso vai

ajudá-lo na hora da cobertura doevento”, diz. Se o intuito for umdocumento familiar, na edição,deve-se valorizar mais as fotoscom parentes e com os amigos. Seos noivos querem um registro geralda cerimônia, é possível dar maisdestaque há detalhes e fazer fotosmais artísticas. E essa escolha vaimudar totalmente um álbum deoutro, afirma o especialista.Há também diferenças entre o

fotolivro e o álbum fotográfico. Noprimeiro, não é usado papelfotográfico, a impressão é em papel couchê, que é mais fino. Égeralmente usado para eventosmenores e com menos fotos. Aline indica que para imagens

de criança seja feito o fotolivro, porser mais leve, o que facilita para ospequenos folheá-lo e interagir com apublicação. Já o álbum é maispesado e feito com papelfotográfico, que tem cerca de 1 mmde espessura e é encadernado.Costuma ser mais usado para fotosde casamento por ser maissofisticado. No entanto, a atençãona diagramação para os doismodelos deve ser a mesma.

O álbum oufotolivro devecontar uma históriacom começo, meioe fim. E cadalâmina pode conterum assuntoespecíficoD

ICA

Concentre temase personagensem uma únicalâmina, comopadrinhos (aolado); ou mesmoa sequência deum movimento(abaixo)

design

Técnica&Prática64

A EDIÇÃOUm álbum clean de 60 páginas deve

ter 75 fotos, de acordo com Aline. “Esseé um bom número de fotos, que permitedeixar um respiro nas páginas e nãofica cansativo”, diz. Geralmente, osfotógrafos enviam para ela todas asimagens a ser colocadas no projetográfico, já editadas e numeradas naordem que devem entrar. Mas em geralé a designer que escolhe o tamanho e odestaque de cada foto. “Eles confiamno meu trabalho e sabem que seihierarquizar bem os fatos. Em um

casamento, dou mais destaque para asfotos de alianças e dos noivos. Em umálbum de festa infantil, tento destacar,além da criança, os detalhes dacomemoração”, ensina.Já Willians tem dois modelos de

edição. No primeiro, seleciona asimagens-chave que não podem faltar noálbum e o cliente escolhe as demaisfotos para compôr o projeto. Nosegundo, ele escolhe sozinho as fotose já entrega o trabalho pronto. Oimportante, em qualquer um dos dois,é que seja contada a história em uma

Cada dupla depáginas deve contar

uma história ouconter um assunto,como decoração, naprimeira, e o noivo

esperando a noiva e oencontro, acima

65Técnica&Prática 65

design

Técnica&Prática66

narrativa linear. O álbum deve sercomo um livro, com começo, meioe fim. E cada lâmina tambémdeve contar uma passagem inteira do evento ou mostrar seuspersonagens. Em um casamento,por exemplo, apresentar ospadrinhos na pista de dança comos noivos, depois os irmãos. Emuma festa de criança, uma lâminacom os pais, depois com os avós, e

assim por diante.É nesse processo também que

você deve ter cuidado para nãomisturar fotos preto e branco comcolorida em uma mesma páginadupla. Esse zelo não se deveapenas por ser considerado poucoestético. De acordo com Aline, sehá uma foto preto e branco entrequatro coloridas, o cérebro vai seater apenas à monocromática e

processar que já viu as demais. Omesmo ocorre se for o contrário.“O peso entre as fotos ficadesigual. A única preto e brancoou colorida vai se destacar e fazercom que as outras passemdespercebidas”, explica.Na próxima edição, os dois

profissionais darão dicas práticasde diagramação, cores de fundo etipos de fontes de letras.

Não se deve misturarfotos preto e brancocom coloridas naslâminas, pois a únicaP&B ou colorida vaise destacar noconjunto fazendo asdemais passaremdespercebidas

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Fotografe Tecnica e Pratica - Issue 41 2014