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Feminismos em Quadrinhos, Representaçõe s Sociais Prof.ª Dr.ª Valéria Fernandes da Silva 01/16/2022 1

Feminismos em Quadrinhos

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DIA 09/10/2012 - Trabalho da 2ª mesa-redonda do SIMPÓSIO-GEFEM-UNB.

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Feminismos em

Quadrinhos, Representaçõ

es Sociais

Prof.ª Dr.ª Valéria Fernandes da Silva

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Mulheres Quadrinistas?

• O Yellow Kid (1895) é considerado a primeira HQ.•No entanto, Rose O’Neill (1874-1944) publicou seu primeiro quadrinho alguns meses antes. • Um dos equívocos no Ocidente é acreditar que a indústria de quadrinhos sempre foi masculina.

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Ethel Hays criou a personagem Flapper Fanny em 1924. Utilizando um estilo art noveau, marcou época. Em 1931, a tirinha passou a ser desenhada por outra mulher, Gladys Parker.

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• As artistas americanas eram quase especialistas em quadrinhos infantis ou sobre flappers. • Com a II Guerra, elas se fizeram presentes em todas as áreas e também nos comics de ação. É o caso de Wing Tips de Ruth Atkinson.

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Mulheres Quadrinistas e a Guerra

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• Em 1941, William M. Marston criou a primeira super-heroína a Mulher Maravilha. • Durante vários anos, ela foi a única super-heroína adulta dos comics, com revista própri e sem a tutela masculina.

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A Mulher Maravilha

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• A questão do bondage tem sido utilizada para desqualificar a personagem.

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• No entanto, Batman, Super Homem também passaram pela mesma situação… e ainda passam.

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• Miss Fury foi a primeira super-heroína criada

por uma mulher.• Tarpe Mills foi

responsável pela

personagem entre 1944-

1949.

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• Com o retorno dos homens da guerra, poucas permaneceram na indústria. Mesmo as comics de romance eram feitas por homens. As meninas deixaram de interessar como consumidoras e os quadrinhos femininos desaparecem. 9

Backlash: Mulheres para Casa

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Dados da Indústria em 2012

Somente 11,2% dos profissionais da Marvel são mulheres, dentre os desenhistas, elas são 1,3%; entre os roteiristas, elas representam 5%.

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Dados da Indústria em 2012

Somente 9,9% dos profissionais da DC são mulheres, dentre os desenhistas, elas são 2,8%; entre os roteiristas, elas representam 3%.

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A ausência das mulheres na indústria tem impacto na forma como as mulheres são apresentadas nas HQs americanas.

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• Sexualização; • Futilidade; • Debilidade física;• Infantilização;• Narcisismo; • Instabilidade

emocional;• Irracionalidade;

Marcas de Gênero associadas ao

Feminino:

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• Um dos pôsteres do filme Os Vingadores foi muito criticado por reforçar estereótipos.

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• A crítica feita pelo artista Kevin Bolk.

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• HQs autobiográficas têm servido como lugar de subjetivação, afirmação, retomada ou construção de identidades. • É um terreno no qual as mulheres se destacam: Marguerite Abouet, Alison Bechdel, Marjane Satrapi, Rosalind P. Penfold, Marisa Acocella Marchetto, etc.

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• Em Aya de Yopougon, Marguerite Abouet retorna para a Costa do Marfim na década de 1970, e discute questões de gênero, desconstruindo a idéia de África miserável que povoa o imaginário Ocidental.

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• Alison Bechdel trouxe para os quadrinhos norte americanos o olhar lesbiano. Sua obra mais conhecida é Dykes to Watch Out For (1983-2008). No Brasil, sua obra mais conhecida é Fun Home – Uma Tragicomédia em Família (2006).

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Persepólis de Marjane Satrapi dá vida às suas memórias pessoais sobre a Revolução Islâmica de 1979 e a vida no Irã nos anos que se seguiram.

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Mangá, uma outra história... • No Japão, as mulheres produzem quadrinhos para o seu próprio consumo e há toda uma parcela do mercado que é direcionado para o público feminino, os shoujo mangá.

20Morte de Maria Antonieta no mangá A Rosa de Versalhes ( ベルサイユのばら ) de Riyoko Ikeda

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• Os shoujo mangá não quadrinhos feministas, mas tratam de temas de interesse das mulheres e estão atentos aos temas contemporâneos.

• São dezenas de títulos lançados todos os meses com as mais diferentes temáticas, abordagens e diferentes demografias.

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• Há obras, como Confidential

Confessions, de Momochi Reiko, trazem questões

fministas e promovem o

empoderamento das meninas.• Prostituição,

bullying, estupro, assédio sexual,

etc. são tratados no quadrinho

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• No Japão há muitas autoras e algumas produzem para revistas que não são voltadas para o público feminino.

• Ainda assim, as leitoras as seguem e mangás como Hataraki-Man, de Moyoco Anno, são elogiados por abordarem de forma crível a difícil experiência das mulheres japonesas no mundo do trabalho.

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Joana D’ArcUma releitura Feminista

• As autoras Valérie Mangin e

Jeanne Puchol lançaram este ano a graphic

novel "Moi, Jeanne d’Arc" (“Eu, Joana

D’Arc”).

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• Valéria Fernandes • Contato: [email protected] • Shoujo Café: http://

www.shoujo-cafe.com

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