16
15 agosto 19h00 Exsultate, jubilate! M/6 anos Grande Auditório Ana Paula Russo La Nave Va ⁄ António Carrilho

Exsultate, jubilate!

  • Upload
    others

  • View
    13

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Exsultate, jubilate!

1

15 agosto19h00

Exsultate, jubilate!

M/6 anosGrande Auditório

Ana Paula Russo La Nave Va ⁄ António Carrilho

Page 2: Exsultate, jubilate!

32

fichA ArtísticA

Soprano Ana Paula russoTrompete stephen MasonDireção musical, direção artística, flauta solo, arranjos António carrilhoCravo José carlos AraújoViolinos Pedro Lopes, tomás soares, Agnes sarosi, Maria João Matos, Luciana cruz, Miguel Gomes, cristiana Abreu, Luís corral Viola Paul Wakabayashi, Gabriela Barros, André Araújo, Pedro falcãoVioloncelo césar Gonçalves, fernando costaContrabaixo Marta Vicente, Evanilda VeigaOboé Joel Vaz, Pedro capelãoTrompa Daniel canas, Jaime resendeFagote Lurdes carneiro

Na capa, Ana Paula Russo e, na contracapa, António Carrilho,fotografados por © Manuel Luís Cochofel

Exsultate, jubilate!Ana Paula russo La Nave Va / António carrilho

Page 3: Exsultate, jubilate!

3

ProGrAMA

Georg Philipp telemann (1681-1767) Ouverture – Suite em Ré Maior, TWV 55: D21

i. Ouvertureii. Plainte iii. Tintamare

Johann sebastian Bach (1685-1750) Cantata Jauchzet Gott in allen Landen, BWV 51

i. Ária: Jauchzet Gott in allen Landen ii. Recitativo: Wir beten zu dem Tempel an iii. Ária: Höchster mache deine GüteiV. Chorale: Sei Lob und Preis mit EhrenV. Finale: Alleluja!

carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) Concerto para Flauta e Orquestra, Wq 22

i. Allegroii. Un poco andante iii. Allegro di molto

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Exsultate, jubilate, K 165

i. Ária: Exultate, jubilate ii. Recitativo: Fulget amica dies iii. Ária: Tu verginum corona iV. Finale: Alleluja

Page 4: Exsultate, jubilate!

54

Exsultate, jubilate K.165, motete para uma voz solista, é uma das mais conhecidas obras de W. A. Mozart.O brilhantismo desta obra resulta do entusiasmo de um Mozart muito jovem que, com apenas 16 anos, bem no final do ano de 1772, conheceu, na corte ducal de Milão, o virtuoso castrato Venanzio Rauzzini (1746-1810). Os seus malabarismos vocais impressionaram de tal forma o jovem austríaco, que o inspiraram na composição de uma das mais imortais páginas de música, decorrendo a sua estreia a 17 de janeiro de 1773 na citada cidade italiana.A exuberância do seu Alleluja integra, certamente, o imaginário de todos nós. É essa exuberância e alegria, renovada por um tempo que, desejamos todos, constitua um virar de página definitivo da realidade pandémica que sobre nós se abateu, que o agrupamento La Nave Va, dirigido pelo não menos virtuoso António Carrilho, se propõe apresentar um programa pensado como um convite. Um convite ao público para se deixar guiar pelo conforto das brilhantes e calorosas harmonias barrocas, assinadas por alguns dos mais notáveis compositores da época, como Telemann ou C. P. E. Bach, coroadas aqui pela mensagem redentora da cantata de J. S. Bach Jauchzet Gott in allen Landen BWV 51 («Aclamai Deus em todas as nações! Todas as criaturas que o céu e o mundo contêm devem exaltar a Sua glória»).

Jenny silvestre

Page 5: Exsultate, jubilate!

5

Page 6: Exsultate, jubilate!

76

Jauchzet Gott in allen Landen!(BWV 51)

1. Aria s Jauchzet Gott in allen Landen!Was der Himmel und die WeltAn Geschöpfen in sich hält,Müssen dessen Ruhm erhöhen,Und wir wollen unserm GottGleichfalls itzt ein Opfer bringen,Dass er uns in Kreuz und NotAllezeit hat beigestanden.

2. recitativo s Wir beten zu dem Tempel an,Da Gottes Ehre wohnet,Da dessen Treu,So täglich neu,Mit lauter Segen lohnet.Wir preisen, was er an uns hat getan.Muss gleich der schwache Mund von seinen Wundern lallen,So kann ein schlechtes Lob ihm dennoch Wohlgefallen.

3. Aria s Höchster, mache deine GüteFerner alle Morgen neu.So soll vor die VatertreuAuch ein dankbares Gemüte

Aclamai a Deus, toda a terra!(BWV 51)

1. Ária (soprano)Aclamai a Deus toda a terra!Todas as criaturas queContêm o céu e a terraDevem exaltar a sua glória,Façamos agora também umSacrifício ao nosso Deus,Pois esteve connosco sempre,Na cruz e no sofrimento.

2. recitativo (soprano)Elevamos as preces ao templo,Onde reside a honra de Deus,Onde esta fidelidade,Todos os dias renovada, É premiada com grandes bênçãos. Louvamos o que Ele fez em nós.Apesar de as bocas balbuciarem frágeis os seus milagres,Este nosso fraco louvor ainda assim lhe agradará.

3. Ária (soprano)Altíssimo, renova a Tua bondadeTodos os dias de ora em diante.Assim, diante do amor paternal,A consciência agradecida mostrará,

Johann sebastian Bach (1685-1750) Cantata Jauchzet Gott in allen Landen, BWV 51

Page 7: Exsultate, jubilate!

7

Johann sebastian Bach (1685-1750) Cantata Jauchzet Gott in allen Landen, BWV 51

Durch ein frommes Leben weisen,Dass wir deine Kinder heißen.

4. choral s Sei Lob und Preis mit EhrenGott Vater, Sohn, Heiligem Geist!Der woll in uns vermehren,Was er uns aus Gnaden verheißt,Dass wir ihm fest vertrauen,Gänzlich uns lass’n auf ihn,Von Herzen auf ihn bauen,Dass uns’r Herz, Mut und SinnIhm festiglich anhangen;Drauf singen wir zur Stund:Amen, wir werdn’s erlangen,Glaub’n wir aus Herzensgrund.

5. Aria s Alleluja!

Através de uma vida devota,Que somos chamados Teus filhos.

4. coral (soprano)Louvor, Glória, Honra a Deus Pai, Filho e Espírito Santo!Ele multiplicará em nós O que nos prometeu em Sua graça,Para que acreditemos n’Ele firmementeE nos abandonemos a Ele completamente,Para que confiemos n’Ele de todo o coração,Que o nosso coração, vontade e pensamentoSe unam a Ele fortemente;Por isso cantamos agora;Ámen, iremos conseguirSe acreditarmos do fundo do coração.

5. Ária (soprano)Aleluia!

Page 8: Exsultate, jubilate!

98

1. AllegroExsultate, jubilate,o vos, animae beate,dulcia cantica canendo,cantui vostro respondendo,psallant aethera cum me.

RecitativeFulget amica dies,jam fugere es nubila et procellae;exortus est justis inexspectata quies.Undique obscura regnabat nox,surgite tandem laeti,qui timuistis adhuc,et jucundi aurorae fortunataefrondes dextera plena et lilia date.

2. AndanteTu virginum corona,tu nobis pacem dona,tu consolare affectus,unde suspirat cor.

3. Molto allegroAlleluja, Alleluja…

Exultai, alegrai-vos,Vós almas abençoadasentoando doces cânticos;em resposta ao vosso cantar,que os céus cantem comigo.

Raiou um dia agradável,dissiparam-se nuvens e tormentas;surgiu para os justos uma calma inesperada,quando reinava a noite escura;levantai-vos, pois, alegremente,os que ainda temeis,e, felizes por este dia,oferecei com abundância grinaldas e lírios.

Tu, coroa das virgens,tu dá-nos a paz, tu dá sossego aos ânimossempre que o coração sofrer.

Aleluia, aleluia…

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791) Exsultate, jubilate, K 165

Traduções gentilmente cedidas pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Page 9: Exsultate, jubilate!

9

Antó

nio

Car

rilho

Step

hen

Mas

on

Ana

Paul

a Ru

sso

Page 10: Exsultate, jubilate!

1110

Ana Paula RussoNasceu em Beja. Completou o Curso Superior de Canto do Conservatório Nacional, estudou em Salzburgo e Lucerna com Elisabeth Grümmer e H. Diez e trabalhou com Gino Becchi, C. Thiolass, Regine Resnick e Marimi del Pozo. Licenciou-se em Canto pela Escola Superior de Música de Lisboa.Como solista, tem atuado em inúmeros concertos de Lied, ópera e oratória, quer no nosso país, quer no estrangeiro. Destacam-se, nomeadamente, trabalhos para a Fundação Gulbenkian, RTP, RDP, a Europália-91 (em Bruxelas), espetáculos no âmbito de Lisboa 94 — Capital da Cultura e a participação nos Festivais de Música dos Capuchos, Leiria, Estoril, Algarve, Póvoa de Varzim, Figueira da Foz e no Festival Internacional de Macau. Dos muitos concertos e recitais destacam-se obras como O Livro dos Jardins Suspensos, de A. Schönberg, Les Noces, de Stravinsky, Les Illuminations, de Britten, a Cantata op.29 de Webern, obras de A. Chagas Rosa, os Carmina Burana de Orff e as operetas Monsieur Choufleuri… e Bataclan, de Offenbach.Em 1988, obteve o 1.º prémio de Canto no concurso da Juventude Musical Portuguesa e no Concurso Olga Violante; no mesmo ano, em Barcelona, foi finalista no Concurso F. Viñas. Em 1990, foi laureada nos Concursos Internacionais de Oviedo e Luísa Todi. Em 1989, representou Portugal, através da RTP, no concurso Cardiff Singer of the World.Gravou para CD uma coletânea de canções de Natal para canto e guitarra e um programa de peças musicais relacionadas com o Palácio da Ajuda. Em 1996, foi a soprano-solista das gravações para CD da obra Matutino dei Morti, de J. D. Bomtempo. Em 1999, integrou o elenco que gravou para CD a ópera de M. Portugal Le Donne Cambiate, no papel de Condessa Ernesta.No Festival de Macau de 1992 interpretou, com grande sucesso, o papel de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. A sua carreira tem tido um destaque especial no âmbito da ópera e música cénica, podendo ser referidos os papéis de: Oscar (O Baile de Máscaras), Marie (A Filha do Regimento), Ninette (O Amor das Três Laranjas), Musetta (La Bohème), Adele (O Morcego), Clorinda (La Cenerentola), Condessa Ernesta (As Damas Trocadas), Hanna (A Viúva Alegre), Najade (Ariadne auf Naxos), Cunegonde (Candide), Vespetta (Pimpinone), Eurydice (Orfeu nos Infernos), Rouxinol (na ópera homónima de Stravinsky), entre muitos outros. Desempenhou um papel protagonista da ópera Corvo Branco, de Philip

Page 11: Exsultate, jubilate!

11

Glass, levada à cena na Expo’98 e no Teatro Real de Madrid e, em julho de 2001, em Nova Iorque (Lincoln Center). Em 2011, participou na estreia mundial da ópera A Rainha Louca, de Alexandre Delgado, e já em março de 2012 cantou na estreia moderna da ópera O Basculho de Chaminé, de Marcos Portugal. Em 2016, foi Madame Lidoine na ópera Diálogo das Carmelitas, de Poulenc, no Teatro Nacional de São Carlos.Em abril de 1998 integrou o elenco que fez a estreia mundial da ópera Os Dias Levantados, de A. Pinho Vargas, gravada posteriormente em CD para a EMI. No 10.º aniversário da morte do compositor, interpretou o soprano solista do Requiem de Fernando Lopes-Graça, versão editada em CD. Entre muitas gravações discográficas, lançou um CD de composições ibero-americanas para canto e guitarra com o título de Melodia Sentimental, gravou um CD de árias e duetos dedicado ao repertório cantado pela cantora Luísa Todi, gravou também em CD a Missa Grande, de Marcos Portugal. Mais recentemente lançou o CD Homenagem a Artur Santos, peças para canto e piano. Foi galardoada com o prémio de Música Erudita pela revista Mais Alentejo.É professora de Canto na Escola de Música do Conservatório Nacional e da Academia de Música de Almada.

Stephen MasonStephen Mason diplomou-se no Royal College of Music, em Londres, que frequentou entre 1980 e 1984, tendo-lhe sido atribuídos o First Year Brass Prize (1981) e o College Top Brass Prize (1983). Ainda em Londres, tocou em várias orquestras com as quais se deslocou a Itália e ao Golfo Pérsico. Gravou com a Orquestra da BBC e tocou primeiro trompete na Orquestra Sinfónica de Bournemouth.Em Portugal, foi primeiro trompete na Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos, lugar que ocupou até à sua extinção, em 1992. Foi também primeiro trompete na Orquestra Sinfónica Portuguesa, ocupando essa posição desde a sua fundação, em 1993, até 1997. Foi primeiro trompete solista na Orquestra Gulbenkian, de 1997 até 2017, ano em que se reformou. Tem tocado com as maiores orquestras portuguesas.Em 1994, integrou a Filarmónica de Londres na interpretação da Segunda Sinfonia de Mahler, no âmbito do evento Lisboa’94.Tem tocado com vários conjuntos de música de câmara, tendo sido transmitidas pela RDP as interpretações de História do Soldado,

Page 12: Exsultate, jubilate!

1312

de Stravinsky, Quiet City, de Copland, e o Concerto Brandeburguês n.º 2, de J. S. Bach. Ao longo dos últimos anos, tem-se dedicado ao trompete natural, interpretando vários concertos para trompete e cordas.No âmbito do V Festival Internacional de Música de Mafra, coordenou o concerto do conjunto de trompetes Charamelas d’El-Rei, com John Wallace, John Miller, Robert Farley e outros trompetistas portugueses e britânicos. Foi professor de Trompete na Escola Profissional de Almada durante vários anos. É professor da Escola Superior de Música de Lisboa desde a abertura do curso de Trompete, em 1998.Frequentemente dá masterclasses de trompete por todo o país.

La Nave VaO ensemble barroco La Nave Va foi criado em 2004 por António Carrilho e Luísa Tavares, com o objetivo de redescobrir e trazer a cena o repertório de câmara vocal e instrumental dos séculos XVII e XVIII, tocado em instrumentos de época. Tem a direção artística e musical de António Carrilho.O nome, inspirado no imaginário de Federico Fellini, evoca aventuras, descobertas, viagens pelo mundo e pelo tempo, tendo por veículo a música. Ousaremos transportar-vos a tempos idos, a salões de castelos e palácios, a igrejas e capelas, e até a velhos teatros onde outrora muita música soou, muitos risos, suspiros, lágrimas e silêncios se escutaram. E vibraram corações sem idade. Os instrumentos e as vozes, ora apenas uma, ora duas ou três, o lânguido acorde de um alaúde, ou o som de uma flauta a flutuar no espaço... A Música de Sempre.Este ensemble já se apresentou com diversos programas e formações na Temporada de Cravo de Óbidos, no Festival de Música do Bombarral, no Festival de Ópera de Óbidos, no Festival Are-More em Vigo, no Europarque, no Centro Cultural de Belém, no festival Cistermúsica de Alcobaça, no festival de Sintra e na Sé Catedral do Porto.As suas produções mais ambiciosas, tanto pelo número de participantes como pelos meios envolvidos, foram as óperas de câmara Dido e Eneias, de Henry Purcell, e La Déscente d’Orphée aux Enfers, de Marc-Antoine Charpentier, realizadas em Vigo, em Óbidos, em Alpiarça (em associação com a produtora Eventos Ibéricos) e no Auditório de Espinho, assim como o programa de árias de bravura para tenor no Festival Cistermúsica de Alcobaça.

Page 13: Exsultate, jubilate!

13

António CarrilhoConcertista, criador conceptual de conteúdos, professor em masterclass e diretor artístico e musical, António Carrilho divide a sua atividade musical entre a flauta de bisel e a direção, abrangendo um repertório que vai desde o Trecento italiano até à música mais recente dos nossos dias, sem deixar, no entanto, de interpretar e transcrever a música do século XIX.Foi solista com as orquestras Gulbenkian; Sinfónica Portuguesa; Metropolitana de Lisboa; Orchestrutopica; Den Norsk Katedralenensemblet (Noruega); Sinfonietta de Lisboa; Divino Sospiro; Os Músicos do Tejo; Orquestra Barroca de Haifa (Israel); La Nave Va; Orquestra Sinfónica da Póvoa de Varzim; Orquestra Barroca de Nagoya (Japão); La Pais du Parnasse (Espanha); Orquestra de Cascais e Oeiras; Concerto Balabile (Holanda); Orquestra de Câmara da Madeira; e Orquestra Barroca do Amazonas (Brasil). Foi premiado nos concursos internacionais Recorder Moeck Solo Competition (Inglaterra), assim como Recorder Solo Competiton of Haifa (Israel).É diretor artístico e musical de La Nave Va, assim como é diretor musical e solista de La Paix du Parnasse (Espanha) – membro da associação «Grupos Españoles de Música Antiga» – e faz parte dos agrupamentos Syrinx : XXII – membro da associação «Chamber Music America»; Syrinxello; Borealis Ensemble; Orlando Furioso; Os Músicos do Tejo; e diretor musical de Melleo Harmonia Antigua, apresentando-se em importantes festivais na Europa, América, Oceânia e Ásia. Gravou para as etiquetas: Encherialis; Numérica; Naxos; DGartes/MPMP; portugaler; dialogos; Musik Fabrik; Arte France/RTP.Ministra masterclasses nos Cursos Internacionais de Música Antiga de Urbino em Itália e nos Cursos Internacionais de Música de Mateus (direção pedagógica) em Portugal, tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, Holanda, Austrália, Espanha, Alemanha, Itália, Índia, Japão e Brasil.É professor adjunto na ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas. Leciona na ANSO – Academia Nacional Superior de Orquestra.Tem arranjos editados na AvA musical editions.

Page 14: Exsultate, jubilate!

1514

Page 15: Exsultate, jubilate!

15

La Nave Va

Page 16: Exsultate, jubilate!

www.ccb.pt

APOIO MEDIA

Desig

n G

ráfic

o: C

hang

e is

Goo

dC

CB

2021