EPO - Parametrização e Inversores de Frequência

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INTRODUÇÃO:Vamos aqui abordar sobre o inversor de freqüência, que é um dispositivo capaz de gerar uma tensão de baixo custo, que obtêm a finalidade de controlar a velocidade de um motor de indução trifásico, o que acaba gerando uma grande economia de energias.O seguinte trabalho apresenta desde como se desenvolve o inversor, começando pela primeira etapa de um circuito trifásico, explicando também sobre o circuito monofásico, como é sua instalação, seu funcionamento, quais cuidados obter, o dimensionamento, quais inversores existem, como ele é por dentro e até mesmo sobre sua parametrização (que é o qual informa ao inversor a condição de trabalho que irá operar).A pesquisa para esse trabalho foi realizada através de livros e pesquisas na Internet, para saber mais informações sobre esse tema, basta ler o seguinte.

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CAPA DO TRABALHO:

INTRODUO:

Vamos aqui abordar sobre o inversor de freqncia, que um dispositivo capaz de gerar uma tenso de baixo custo, que obtm a finalidade de controlar a velocidade de um motor de induo trifsico, o que acaba gerando uma grande economia de energias.

O seguinte trabalho apresenta desde como se desenvolve o inversor, comeando pela primeira etapa de um circuito trifsico, explicando tambm sobre o circuito monofsico, como sua instalao, seu funcionamento, quais cuidados obter, o dimensionamento, quais inversores existem, como ele por dentro e at mesmo sobre sua parametrizao (que o qual informa ao inversor a condio de trabalho que ir operar).

A pesquisa para esse trabalho foi realizada atravs de livros e pesquisas na Internet, para saber mais informaes sobre esse tema, basta ler o seguinte.INVERSORES DE FREQUNCIA

A funo do inversor de freqncia a mesma do conversor CC, isto , regular a velocidade de um motor eltrico mantendo seu torque (conjugado).

A diferena agora o tipo de motor utilizado. Os inversores de freqncia foram desenvolvidos para trabalhar com motores AC.

O motor AC tem uma srie de vantagens sobre o DC:

- Baixa manuteno;

- Ausncia de escovas comutadoras;

- Ausncia de faiscamento;

- Baixo rudo eltrico;

- Custo inferior;

- Velocidade de rotao superior.

Essas vantagens levaram a indstria a desenvolver um sistema capaz de controlar a potncia (velocidade + torque) de um motor AC.

Conforme vemos na frmula: N = 120.f / P

Onde:

N = rotao em rpm.

f = freqncia da rede, em Hz.

P = nmero de plos.

Podemos entender, que a velocidade de rotao de um motor AC depende da freqncia da rede de alimentao. Quanto maior for a freqncia, maior a rotao e vice-versa.

Assumindo que o nmero de plos de um motor AC seja fixo (determinado na sua construo), ao variarmos a freqncia de alimentao, variamos na mesma proporo sua velocidade de rotao.

O inversor de freqncia, portanto, pode ser considerado como uma fonte de tenso alternada de freqncia varivel.

Claro que isso uma aproximao grosseira, porm d uma idia pela qual chamamos de acionamento CA, de inversor de freqncia.

Os circuitos internos de um inversor so bem diferentes de um acionamento CC (conversor CC).

A figura 3. Ilustra um diagrama simplificado dos principais blocos.

A primeira etapa do circuito formada por uma ponte retificadora (onda completa) trifsica, e dois capacitores de filtro.

Esse circuito forma uma fonte DC simtrica, pois h um ponto de terra de referncia. Temos ento uma tenso contnua + V/2 (positiva) e uma V/2 (negativa) em relao terra, formando o que chamamos de barramento DC.

O barramento DC alimenta a segunda etapa, constituda de seis transistores IBGTs e que, atravs de uma lgica de controle (terceira etapa), liga e desliga os transistores de modo alternarem o sentido de corrente que circula pelo motor.

Antes de estudarmos como possvel transformar uma tenso DC em AC, atravs do chaveamento de transistores em um circuito trifsico, vamos fazer uma prvia em um circuito monofsico.

Observem a Figura 4, e notem que a estrutura de um inversor trifsico praticamente igual ao nosso modelo monofsico. A primeira etapa o mdulo de retificao e filtragem, que gera uma tenso DC fixa (barramento DC) e que alimenta 4 transistores IGBTs. Imaginem agora que o circuito da lgica de controle ligue os transistores 2 a 2 na seguinte ordem: primeiro tempo transistores T1 e T4 ligados, e T3 e T2 desligados.

Nesse caso, a corrente circula no sentido de A para B (fig.5); segundo tempo- transistores T1 e T4 desligados, e T3 e T2 ligados. Nesse caso, a corrente circula no sentido de B para A (fig.6).

Ao inverter-se o sentido de corrente, a tenso na carga (motor) passa a ser alternada, mesmo estando conectada a uma fonte DC. Caso aumentemos a freqncia de chaveamento desses transistores, tambm aumentaremos a velocidade de rotao do motor, e vice-versa.

Como os transistores operam como chaves (corte e saturao), a forma de onda da tenso de sada do inversor de freqncia sempre quadrada.

Raramente encontramos aplicaes monofsicas nas indstrias.

As maiorias dos inversores so trifsicos, portanto, faamos outra analogia de funcionamento tomando como base ainda o inversor trifsico da figura 3.

A lgica de controle agora precisa distribuir os pulsos de disparos pelos 6 IGBTs, de modo a formar uma tenso de sada (embora quadrada), alternada e defasada de 120 uma da outra.

Como temos 6 transistores, e devemos lig-los 3 a 3, temos 8 combinaes possveis, porm apenas 6 sero vlidas, conforme veremos a seguir.

Na figura 7 representamos os IBGTs como chaves, pois em um inversor assim que eles funcionam.

A lgica de controle prorpocionar as seguintes combinaes de pulsos para ativar (ligar) os IBGTs:

1 tempo T1, T2, T3

2 tempo T2, T3, T4

3 tempo T3, T4, T5

4 tempo T4, T5, T6

5 tempo T5, T6, T1

6 tempo T6, T1, T2

As possibilidades T1, T3, T5, e T4, T6, T2 no so vlidas, pois ligam todas as fases do motor no mesmo potencial. No havendo diferena de potencial, no h energia para movimentar o motor, portanto essa uma condio proibida para o inversor. Vamos analisar uma das condies, e as restantes sero anlogas. No 1 tempo temos T1, T2 , T3 ligados e os restantes desligados. O barramento DC possui uma referncia central (terra), portanto temos +V/2 e V/2 como esto DC. Para que o motor AC possa funcionar bem, as tenses de linha Vrs, Vst e Vtr devem estar defasadas de 120.

O fato da forma-de-onda ser quadrada e no senoidal (como a rede) no compromete o bom funcionamento do motor. Para esse primeiro tempo de chaveamento, teremos:Vrs = +V/2 V/2 = 0

Vst = +V/2 (-V/2) = + V

Vtr = -V/2 V/2 = - V

Notem que, quando falamos em Vrs, por exemplo, significa a diferena de potencial entre R (no caso como T1 est ligado igual a +V/2) e S (+ V/2 tambm). Analogamente: Vst = + V/2 (-V/2) = + V, e por a vai!

Caso faamos as seis condies (tempos) que a lgica de controle estabelece aos IBGTs, teremos a seguinte distribuio de tenses nas 3 fases do motor. Traduzindo essa tabela em um diagrama de tempos, teremos a trs formas-de-onda de tenso, conforme mostra a figura 8. Notem que as trs fases esto defasadas de 120 eltricos, exatamente como a rede eltrica trifsica.Como vimos anteriormente, se variarmos a freqncia da tenso de sada no inversor, alteramos na mesma proporo a velocidade de rotao do motor.

Normalmente, a faixa de variao de freqncia dos inversores fica entre 5 e 300 Hz (aproximadamente).

A funo do inversor de freqncia, entretanto, no apenas controlar a velocidade de um motor AC. Ele precisa manter o torque (conjugado) constante para no provocar alteraes na rotao, quando o motor estiver com carga.

Um exemplo clssico desse problema a mquina operatriz. Imaginem um inverso controlando a velocidade de rotao de uma placa (parte da mquina onde a pea a ser usinada fixada) de um torno. Quando introduzimos a ferramenta de corte, uma carga mecnica imposta ao motor, que deve manter a rotao constante. Caso a rotao se altere, a pea pode apresentar um mau acabamento de usinagem.

Para que esse torque realmente fique constante, por sua vez, o inversor deve manter a razo V/F constante. Isto , caso haja mudana de freqncia, ele deve mudar (na mesma proporo) a tenso, para que a razo se mantenha, por exemplo:

f = 50 Hz V = 300 VV/F = 6

Situao 1: o inversor foi programado para enviar 50 Hz ao motor, e sua curva V/f est parametrizada em 6. Automaticamente, ele alimenta o motor com 300 V.

f = 60 Hz V = 360 V

V/f = 6

Situao 2: o inversor recebeu uma nova instruo para mudar de 50 Hz para 60 Hz. Agora a tenso passa a ser 360 V, e a razo V/f mantm-se em 6. Acompanhe a curva mostrada na figura 9.

O valor de V/f pode ser programado (parametrizado) em um inversor, e depender da aplicao.

Quando o inversor necessita de um grande torque, porm no atinge velocidade muito alta, atribumos a ele o maior V/f que o equipamento puder fornecer, e desse modo ele ter um melhor rendimento em baixas velocidades, e alto torque.

J no caso em que o inversor deva operar com altas rotaes e com torques no to altos, parametrizados um V/f menor e encontramos o melhor rendimento para essa outra situao.

Mas, como o inversor poder mudar a tenso V, se ela fixada no barramento DC atravs da retificao e filtragem da prpria rede?

O inversor altera a tenso V, oriunda do barramento DC, atravs da modulao por largura de pulso (PWM).

A unidade lgica, alm de distribuir os pulsos aos IGBTs do modo j estudado, tambm controla o tempo em que cada IGBT permanece ligado (ciclo do trabalho).

Quando V tem que aumentar, os pulsos so alargados (maior tempo em ON) e quando V tem que diminuir, os pulsos so estreitados.

Dessa forma, a tenso eficaz entregue ao motor poder ser controlada.

A freqncia de PWM tambm pode ser parametrizada e geralmente encontra-se entre 2,5 kHz e 16 kHz. Na medida do possvel, devemos deix-la prxima do limite inferior, pois assim diminumos as interferncias eletromagnticas geradas pelo sistema (EMI).

Observe na figura 10 um conjunto de cinco inversores de freqncia para centro de usinagem.

O INVERSOR POR DENTRO

A figura 11 exibe um diagrama de blocos de um inversor de freqncia tpico.

Cabe lembrar que cada fabricante utiliza sua prpria tecnologia, mas esse modelo abrange uma grande parte dos inversores encontrados no mercado atual.

Podemos, portanto, dividi-lo em 4 blocos principais:

1 bloco CPU

A CPU (Unidade Central de Processamento) de um inversor de freqncia pode ser formada por um microprocessador ou por um microcontrolador (como o PLC). Isso depende apenas do fabricante.

De qualquer forma nesse bloco que todas as informaes (parmetros e dados do sistema) esto armazenadas, visto que tambm uma memria est integrada a esse conjunto.

A CPU no apenas armazena os dados e parmetros relativos ao equipamento, como tambm executa a funo mais vital para o funcionamento do inversor: gerao dos pulsos de disparo, atravs de uma lgica de controle coerente, para os IGBTs.

O funcionamento dessa lgica est descrito no artigo passado.

2 bloco IHM

O 2 bloco o IHM (Interface Homem Mquina).

atravs desse dispositivo que podemos visualizar o que est ocorrendo no inversor (display) e parametriz-lo de acordo com a aplicao (teclas). A figura 12 mostra um IHM tpico, com suas respectivas funes. Esse mdulo tambm pode ser remoto.

3 bloco Interfaces

A maioria dos inversores pode ser comandada atravs de dois tipos de sinais: analgicos ou digitais. Normalmente, quando queremos controlar a velocidade de rotao de um motor AC no inversor, utilizamos uma tenso analgica de comando. Essa tenso se situa entre 0 e 10 Vcc. A velocidade de rotao (rpm) ser proporcional ao seu valor, por exemplo:

1 Vcc = 1000rpm, 2 Vcc = 2000 rpm, etc...

Para inverter o sentido de rotao, basta inverter a polaridade do sinal analgico (ex: 0 a 10 Vcc sentido horrio e -10V a 0 anti horrio). Esse o sistema mais utilizado em mquinas ferramentas automticas, sendo que a tenso analgica de controle proveniente do controle numrico computadorizado (CNC).

Alm da interface analgica, o inversor possui entradas digitais. Atravs de um parmetro de programao, podemos selecionar qual entrada vlida (analgica ou digital). 4 bloco - Etapa de potnciaA etapa de potncia constituda por um circuito retificador, que alimenta (atravs de um circuito intermedirio chamado barramento DC) o circuito de sada inversor (mdulo IGBT).

INSTALAO DO INVERSOR

Feita essa pequena reviso da estrutura funcional do inversor, vamos mostrar como instal-lo. A figura 13 ilustra a configurao bsica de instalao de um inversor de freqncia. Existe uma grande quantidade de fabricantes, uma infinidade de aplicaes diferentes para os inversores. Portanto, o esquema da figura refere-se verso mais comum.

Sensores e chaves extras, com certeza, sero encontrados em campo, mas a estrutura a mesma.

Os terminais identificados como: R, S e T (ou L1, L2 e L3), referem-se entrada trifsica da rede eltrica. No comum encontrarmos inversores monofsicos aplicados na indstria.

Para diferenciar a entrada da rede para a sada do motor, a sada (normalmente) vem indicada por: W, V e U.

Alm da potncia, temos os bornes de comando. Cada fabricante possui sua prpria configurao, portanto, para saber quem quem temos de consultar o manual do respectivo fabricante.De qualquer maneira, os principais bornes so as entradas (analgicas ou digitais) e as sadas (geralmente digitais).

No exemplo da figura 13, temos um CNC comandando um inversor atravs da sua entrada analgica (0 a 10 Vcc).Nesse caso, as entradas digitais foram utilizadas para um boto de emergncia e um sensor de velocidade de rotao (encoder).PARAMETRIZAO

Para que o inversor funcione a contento, no basta instal-lo corretamente. preciso informar a ele em que condio de trabalho ir operar. Essa tarefa justamente a parametrizao do inversor.

Quanto maior o nmero de recursos que o inversor oferece, tanto maior ser o nmero de parmetros disponveis.

Obviamente, neste artigo, veremos apenas os principais e no utilizaremos particularidades de nenhum fabricante, pois um mesmo parmetro, com certeza, muda de endereo de fabricante para fabricante.

A partir de agora, portanto, nosso inversor imaginrio ser da marca Saber.

O Inversor de freqncia Saber tem as mesmas funes dos demais fabricantes (Siemens, Yaskama, ABB, etc...), porm, temos a liberdade de nomearmos segundo a nossa convenincia, a ordem dos parmetros.

Isso no dever dificultar o trabalho com inversores reais, pois basta associarmos com os indicados pelo manual do fabricante especfico.

PARMETRO 001:

Tenso nominal do motor.

Esse parmetro existe na maioria dos inversores comerciais, lembrando que no necessariamente como P 001, serve para informarmos ao inversor qual a tenso nominal em que o motor ir operar.Suponha que o motor tenha tenso nominal 380 VCA. Como vamos introduzir essa informao (parmetro) no inversor?

Tomando uma base a figura 12 (IHM) vamos observar a seqncia de teclas. O display dever estar 0.0 (pois s podemos parametrizar o inversor com o motor parado).

1 passo

Acionamos a tecla P e as setas para acharmos o parmetro. Ex: P e at achar o parmetro respectivo.

No nosso caso, logo o 1 0 0 0 1

2 passo

Agora se aciona P novamente e o valor mostrado no display ser o valor do parmetro e no mais a ordem em que ele est. Ex: 0 2 2 0

3 passo

Como no exemplo a tenso desse parmetro est em 220 VCA e nosso motor funciona com 380 VCA, acionamos P e at chegar nos 380. Ex: 0 3 8 0

4 passo

Basta acionar P novamente e o parmetro estar programado.

Cerca de 90% dos inversores comerciais funcionam com essa lgica! Todos os demais parmetros so programados de forma anloga.

Parmetro 002:

Freqncia mxima de sada.

Esse parmetro determina a velocidade mxima do motor.

Parmetro 003:

Freqncia mnima de sada.

Esse parmetro determina a velocidade mnima do motor.

Parmetro 004:

Freqncia de JOG.

A tecla JOG um recurso que faz o motor girar com velocidade bem baixa. Isso facilita o posicionamento de peas antes da mquina funcionar em seu regime normal.Por exemplo: encaixar o papel em uma bobinadeira, antes de o papel ser bobinado efetivamente.

Parmetro 005:

Tempo de Partida (rampa de subida).

Esse parmetro indica em quanto tempo deseja-se que o motor chegue velocidade programada, estando ele parado.

O leitor pode pensar:

Quanto mais rpido melhor.

Mas, caso o motor esteja conectado mecanicamente a cargas pesadas (Ex: placas de tornos com peas grandes, guindastes, etc...), uma partida mais rpida poder desarmar disjuntores de proteo do sistema.

Isso ocorre, pois o pico de corrente, necessrio para vencer a inrcia do motor, ser muito alto.

Portanto, esse parmetro deve respeitar a massa da carga e o limite de corrente do inversor (figura 14).

Parmetro 006:

Tempo de parada (rampa de descida).

O inversor pode produzir uma parada gradativa do motor. Essa facilidade pode ser parametrizada e como a anterior, deve levar em considerao a massa (inrcia) da carga acoplada (figura15).

Parmetro 007:

Tipo de frenagem

Parmetro = 1- parada por rampa

Parmetro = 0 - parada por CC

No inversor saber, o parmetro 007 pode assumir dois estados: 1 ou 0. Caso esteja em 1, a parada do motor obedecer a rampa programada no P 006. Caso esteja em 0 o motor ter sua parada atravs da injeo de corrente contnua em seus enrolamentos.

Em um motor AC, quando submetemos seus enrolamentos a uma tenso CC, o rotor pra imediatamente (estaca), como se uma trava mecnica atuasse em seu eixo. Portanto, o projetista de mquinas deve pensar muito bem se assim mesmo que ele deseja que a parada ocorra. Normalmente esse recurso utilizado para cargas mecnicas pequenas (leves), e que necessitam de resposta rpida (ex: eixos das maquinas -ferramentas).

Parmetro 008:

Liberao de alterao de parmetros:

Parmetro = 1, os parmetros podem ser lidos e alterados.

Parmetros =0, os parmetros podem ser apenas lidos.

Esse parmetro uma proteo contra curiosos.Pare impedir que algum, inadvertidamente, altere algum parmetro da maquina, utiliza-se um parmetro especifico como proteo.

Parmetro 009:

Tipo de entrada

Parmetro =1, a entrada significativa analgica (0-10 Vcc).

Parmetro =0, a entrada significativa digital.

Esse parmetro diz ao inversor como vamos controlar a velocidade do motor.

Caso esteja em 1, a velocidade ser proporcional tenso analgica de entrada. A entrada digital ser ignorada.

Caso o parmetro esteja em 0, a velocidade ser controlada por um sinal digital (na entrada digital), e o sinal analgico no mais influenciar.

Parmetro 010:

Freqncia de PWM

Parmetro =1: freq.PWM = 2kHz

Parmetro =2: freq.PWM = 4kHz

Parmetro =3: freq.PWM = 8kHz

Parmetro =4: freq.PWM = 16kHz

Esse parmetro determina a freqncia de PWM do inversor. Notem que para P 010= temos 2kHz, e os demais dobram de valor at 16 kHz (freqncia mxima). Para evitarmos perdas no motor, e interferncias eletromagnticas (EMI), quanto menor essa freqncia, melhor.

O nico inconveniente de parametrizarmos o PWM com freqncias baixas (2 ou 4 kHz) a gerao de rudos sonoros, isto , a maquina fica mais barulhenta. Portanto, devemos fazer uma anlise crtica das condies gerais do ambiente de trabalho, antes de optarmos pelo melhor PWM.

Como dissemos anteriormente, existe uma infinidade de parmetros nos inversores.

Neste artigo, mostramos apenas os 10 principais, que j sero suficientes para o leitor colocar para rodar qualquer mquina.

Lembre-se que o inversor de freqncia da marca Saber fictcio. A ordem dos parmetros foi inventada para viabilizar a didtica, porm, bem parecida com a maioria dos inversores comerciais.

Para parametrizar um inversor real, basta consultar o manual do fabricante, e fazer uma analogia com pequenas diferenas no sero obstculos para o leitor.

DIMENSIONAMENTO

Como posso saber: qual o modelo, tipo e potncia do meu inversor para a minha aplicao?

Bem, vamos responder a essa pergunta em trs etapas:

Potncia do Inversor:

Para calcularmos a potencia do inversor, temos de saber qual motor (e qual carga) ele acionar. Normalmente, a potncia dos motores dada em CV ou HP. Basta fazermos a converso para watts, e o resto fcil. Vamos dar um exemplo prtico:

Rede eltrica= 380 VCAMotor= 1 HP

Aplicao= exaustor industrial

Clculos:

1 HP= 746 W (e 1 CV = 736 W).

Portanto, como a rede eltrica de 380 VCA, e os inversores (normalmente) possuem um fator de potncia= 0,8 (cos = 0,80), teremos:

I = corrente do inversor

Tenso de rede x cosj

Tenso de entrada = 380 VCA

Corrente nominal = 2,5 A (arredondando 2,45 para cima).Tipo de Inversor:

As maiorias dos inversores utilizados so do tipo escalar. S empregamos o tipo vetorial em duas ocasies: extrema preciso de rotao e torque elevado para rotao baixa ou zero (ex: guindaste, pontes rolantes, elevadores, etc...). Como no nosso caso trata-se de um exaustor, um escalar suficiente.

Modelo e fabricante:

Para escolher o modelo, basta consultarmos os catlogos dos fabricantes ou procurarmos um que atenda (no nosso exemplo) as seguintes caractersticas mnimas:

(Tenso de entrada: 380 VCA

(Corrente nominal: 2,5 A

(Tipo: escalar.

Todas as demais funes so opcionais.

Quanto ao fabricante, o preo deve determinar a escolha. Apenas como referncia ao leitor, os mais encontrados na indstria so:

(Siemens;

(Weg;

(Yaskawa;

(GE(Fanuc) e

(Sew.

Inversor VetorialConforme j visto, o inversor escalar, para que o torque na carga se mantenha constante, dever manter constante a curva (tenso sobre freqncia). Ao variar-se a freqncia de alimentao de um motor, o inversor escalar deve variar, na mesma proporo, a tenso de alimentao.

A figura 16 mostra um exemplo tpico. Notem que quando temos uma freqncia de 1,5 Hz, o valor da tenso 6 V.

Neste caso temos a curva = = 4. Quando mudamos para uma freqncia de 60 Hz (nominal do motor) a tenso passa a ser 240 V, o que mantm constante a vazo pois = 4.

A partir da a curva no se manter mais constante isso causa uma pequena queda de torque. Fica bvio por essa curva que o inversor escalar no pode oferecer altos torques em baixa rotao.

O torque funo da corrente de alimentao, e como temos de abaix-la (devido a reduo da tenso) proporcionalmente a freqncia, o torque tambm cai.

Caso a curva no se mantenha constante, o motor funcionar com sobressaltos de potncia, o que, provavelmente, causar problemas na carga acionada.

A curva pode ser parametrizada no inversor escalar e o seu valor ideal depende da aplicao.

O inversor vetorial no tem uma curva pr-estabelecida (parametrizada).

Na verdade, essa curva varia de acordo com a solicitao do torque. O inversor vetorial, portanto, possui circuitos que variam a tenso e freqncia do motor, atravs do controle da corrente de magnetizao (IM) e da corrente do rotor (IR). Vide figura 17.

Podemos notar que pela figura 18 a diferena significativa na curva torque X rpm dos dois tipos de inversores. Notem que o escalar permite a queda de velocidade para dar incio ao aumento do torque, o que no ocorre no vetorial.

Ainda falando de performance, a figura 19 ilustra a diferena na resposta dinmica. Podemos perceber claramente que, quando a carga muda solicitao de torque rapidamente, o inversor escalar demora um tempo muito maior para encontrar o ponto estvel de trabalho.

Princpio de funcionamento de um Inversor Vetorial Mas como funciona um inversor vetorial?

Antes de respondermos essa pergunta vamos estudar um pouco sobre o modelo eltrico do motor de induo. A figura 20 indica de que forma o torque proporcional a corrente rotrica.

Por sua vez, o fluxo magntico proporcional a corrente de magnetizao do estator. Podemos concluir, finalmente, que o torque proporcional a duas correntes: a de magnetizao (IM) e a rotrica (IR).

O inversor vetorial, atravs do controle dessas correntes (figura 21), estabelece o acionamento dos IGBTs de potncia. Ele pode ainda operar em malha fechada (com encoder para monitoramento da rotao), ou em malha aberta (sem encoder). Quando est em malha fechada, sua preciso ainda maior (figura 22).

APLICAES TPICAS

Qual inversor devo utilizar, o vetorial ou escalar?O inversor vetorial dever ser utilizado quando necessitamos de pelo menos uma das caractersticas abaixo:

Torque elevado com baixa rotao ou rotao zero (Ex: ponte rolante).

Controle preciso de velocidade (Ex: eixo-rvore de mquinas operatriz).

Torque regulvel (Ex: trao eltrica).

O inversor escalar pode ser utilizado quando necessitamos de:

Partidas suaves (Ex: motores com cargas de alta inrcia).

Operao acima da velocidade nominal do motor (Ex: furadeiras, fresadoras).

Operao com constantes reverses (Ex: eixos coordenados de mquina ferramenta).

Uma observao importante: a de que sempre um inversor vetorial pode substituir um escalar, mas nem sempre o escalar pode substituir um vetorial.

Apesar disso, nem toda aplicao crtica o bastante para o uso do vetorial.